Inditex reforça no digital e investe 2.700 milhões até 2022

  • ECO
  • 13 Julho 2021

O grupo Inditex vai aplicar 1.000 milhões de euros em digitalização e 1.700 milhões em espaços comerciais até 2022, anunciou a dona da Zara.

A Inditex planeia investir 2.700 milhões de euros até 2022, ao abrigo de um plano focado na digitalização da empresa e nos espaços comerciais.

Concretamente, o grupo que controla a Zara quer aplicar 1.000 milhões de euros em tecnologia e no desenvolvimento da sua plataforma online, enquanto os restantes 1.700 milhões destinar-se-ão às lojas físicas.

De acordo com o Cinco Días, a Inditex pretende apostar numa integração entre as compras físicas e online. A empresa já tem presença digital em 200 países e gera em torno de 15 milhões de visitas por dia.

Este plano foi apresentado por ocasião da assembleia-geral de acionistas da Inditex. Desde 2012, a empresa já investiu 11 mil milhões de euros em tecnologia, segundo o jornal espanhol.

Além deste investimento, a empresa têxtil pretende apertar a exigência ao nível da sustentabilidade. Por isso, antecipou a meta de alcançar a neutralidade carbónica para 2040, dez anos antes do que tinha estabelecido inicialmente.

Como tal, já no próximo ano, a empresa quer usar apenas energia renovável nas suas operações. Pretende ainda reduzir em 25% o consumo de água na sua cadeia de abastecimento.

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BCP cai quase 2% e pressiona bolsa de Lisboa

A praça lisboeta encerrou a segunda sessão da semana no vermelho, com o BCP a protagonizar as maiores perdas. Nas demais praças do Velho Continente, o dia também foi de recuos.

Após ter tocado em máximos de um mês, a bolsa de Lisboa voltou a “terreno negativo”. A praça portuguesa terminou a sessão desta terça-feira no vermelho, seguindo a tendência registada nas demais praças europeias. O BCP protagonizou as maiores perdas.

O índice de referência na praça lisboeta, o PSI-20, terminou a sessão a recuar 0,45%, para 5.196,010 pontos. Nas restantes bolsas do Velho Continente, o dia também foi de perdas, ainda que, de modo geral, mais ligeiras. O Stoxx 600 desceu 0,04%, para 460,62 pontos, o alemão Dax desvalorizou 0,05%, para 15.782,62 pontos, o francês CAC-40 perdeu 0,23%, para 6.544,11 pontos, e o espanhol IBEX-35 recuou 1,5%, para 8.684,30 pontos.

Na bolsa de Lisboa, destaque para o BCP, cujos títulos desvalorizaram 1,97%, para 12,97 cêntimos. Também no vermelho, as ações da EDP Renováveis caíram 1,5%, para 21 euros, as da EDP recuaram 0,42%, para 4,749 euros, e as da Galp Energia perderam 0,47%, para 8,836 euros, depois de ter revelado que a sua produção de petróleo caiu 3%, no último trimestre. Isto embora as vendas de produtos petrolíferos tenham subido com o desconfinamento.

Quanto às cotadas que valorizaram, os títulos da Altri somaram 0,56%, para 5,3700 euros, no dia em que a GreenVolt — que é detida pela papeleira — definiu o preço a que irá vender as suas ações no aumento de capital que levará à entrada em bolsa, nos 4,25 euros cada. Em causa está o valor mais baixo do intervalo de preços definido.

A protagonizar os maiores ganhos esteve a Jerónimo Martins, cujas ações subiram 0,89%, para 16,930 euros, no dia em que uma casa de investimento polaca — país onde a retalhista portuguesa também opera — ter elevado o preço-alvo para 20,90 euros e a recomendação de “manter” para “comprar”. Também no retalho, os títulos da Sonae ganharam 0,31%, para 0,7990 euros.

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Tancos: Leitura do acórdão prevista para 11 de outubro

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

A leitura do acórdão do processo do furto e recuperação das armas do paiol de Tancos, que envolve 23 arguidos, incluindo o ex-ministro Azeredo Lopes, está prevista para 11 de outubro.

A leitura do acórdão do processo do furto e recuperação das armas do paiol de Tancos, que envolve 23 arguidos, incluindo o ex-ministro Azeredo Lopes, está prevista para 11 de outubro, anunciou esta terça-feira o juiz-presidente do julgamento.

“Para a leitura do acórdão designo o dia 11 de outubro, pelas 14:00”, afirmou o magistrado judicial Nelson Barra, no julgamento do Tribunal Judicial de Santarém que decorreu no Centro Nacional de Exposições, justificando a data com a necessidade de ponderação de toda a prova produzida.

Nessa prova, estão incluídos o depoimento de 22 arguidos e as declarações de quase 200 testemunhas, além de toda a documentação que constitui o processo principal de 68 volumes e vários apensos.

O presidente do coletivo de juízes admitiu alterações aos factos, cuja comunicação será feita por escrito, e, em função disso, poderá ser reaberta a audiência. A leitura do acórdão decorrerá no Palácio da Justiça.

O caso do furto das armas foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a recuperação de algum material ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a Polícia Judiciária Militar (PJM), em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

Em causa está um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Além do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, são também arguidos o antigo diretor da PJM Luís Vieira e o ex-porta-voz desta instituição militar Vasco Brazão, além de elementos da GNR de Loulé.

Nove dos arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, que se demitiu do cargo ministerial no seguimento do processo, e os dois elementos da PJM, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O julgamento começou em 02 de novembro de 2020.

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Governo da Madeira sugere “lóbi político” em defesa da Zona Franca

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

Pedro Calado, vice-presidente do Governo da Madeira, acredita que é necessário fazer "lóbi político" em Bruxelas para defesa da Zona Franca. As pessoas "não devem ter medo das palavras", atirou.

O vice-presidente do Governo da Madeira defendeu esta terça-feira a necessidade de a região criar um lóbi político para defender os interesses da Zona Franca junto da União Europeia.

“Tem de ser feito um trabalho de lóbi político a nível de Bruxelas, da União Europeia, para a defesa intransigente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira”, a concessionária pública do Centro Internacional de Negócios desta região (CINM), afirmou Pedro Calado.

Falando aos jornalistas à margem da cerimónia dos prémios ambientais da Zona Franca da Madeira, o governante argumentou que as pessoas “não devem ter medo das palavras”.

“Quando se fala em lóbis tem sempre uma conotação negativa, mas todas as outras praças que existem a nível internacional fazem o seu trabalho de casa e são muitas vezes protegidas”, apontou, complementando que a Madeira tem de “fazer o mesmo”.

Na sua opinião, “a Madeira não pode ficar atrás, tem de fazer o seu lóbi político para defender os interesses da Zona Franca”, reforçou.

Pedro Calado salientou que o CINM tem mais de 6.000 postos de trabalho dependentes direta e indiretamente da Zona Franca”. A “SDM e o CINM, neste momento, contribuem com 12 a 15% das receitas fiscais da região”, o que representa um valor “acima dos 100 milhões de euros, que são vitais para o desenvolvimento económico e social da Madeira”, acrescentou.

Quando se fala em lóbis tem sempre uma conotação negativa, mas todas as outras praças que existem a nível internacional fazem o seu trabalho de casa e são muitas vezes protegidas.

Pedro Calado

Vice-presidente do Governo da Madeira

O vice-presidente considerou também que o funcionamento da SDM, que agora é uma empresa pública, “está a correr bem e até agora ninguém sentiu diferenças”. “O trabalho que estava a ser feito mantém-se, o conselho de administração continua a trabalhar com o Governo Regional como já era feito antigamente”, explicou, acrescentando que “não se registaram grandes alterações” no seu funcionamento. Segundo o governante, “as únicas condicionantes que existem aqui é em termos de procedimentos administrativos internos”, estando as situações obrigadas às regras para a administração pública.

“O grande esforço que tem de ser feito é na divulgação e defesa da imagem que o centro tem lá fora. A promoção da imagem da SDM tem de ser muito bem feita, profissional e é isso que estamos a contar que o conselho de administração faça”, declarou.

Para Pedro Calado, é preciso fazer “um grande trabalho para atrair investimento estrangeiro para a região, o que já está contemplado no plano de atividades da SDM, um trabalho a ser feito a nível nacional e internacional”.

A Zona Franca da Madeira ou o CINM foi criado na década de 80, tendo a primeira concessão da atividade de gestão e exploração sido estipulada em 1987, por um período de 30 anos, que findou em fevereiro de 2017.

O Governo da Madeira chegou a adjudicar um novo contrato de concessão de serviço público, com idêntico objeto e para vigorar até 31 de dezembro de 2027, mas a Comissão Europeia não permitiu a sua atribuição a um operador económico privado sem procedimento concorrencial.

Por este motivo, foram desencadeados os mecanismos para a aquisição da parte do capital social da SDM detida pelos respetivos acionistas privados”, nomeadamente, o Grupo Pestana (47,73%) e a Francisco da Costa (3,41%).

O Governo Regional decidiu adquirir os 51% do capital privado por 7,3 ME, passando a SDM a ser detida pela região, o que foi concretizado em dezembro de 2020.

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Mudança do BCE dá “segurança” à política orçamental de Portugal, diz João Leão

O Ministério das Finanças vê como "muito positiva" a revisão da estratégia da política monetária efetuada pelo Banco Central Europeu na semana passada. E admite que acrescenta "segurança" a Portugal.

A revisão da estratégia de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), anunciada na passada quinta-feira por Christine Lagarde, presidente do BCE, foi bem recebida no Terreiro do Paço. Questionado pelo ECO, o Ministério das Finanças considera que a mudança é “muito positiva” e assinala que “acrescenta segurança e solidez à definição da política orçamental” em Portugal.

18 anos depois da última revisão, o BCE decidiu fazer um período de reflexão, o qual ficou concluído na semana passada com o anúncio das mudanças: o objetivo passa a ser alcançar uma taxa de inflação de 2%, em vez da expressão “abaixo, mas perto de 2%”; a meta passa a ser simétrica, “o que significa que os desvios negativos e positivos da inflação face ao objetivo são igualmente indesejáveis”; e os custos com a casa vão passar a ser mais incorporados na inflação e nas decisões do banco central.

Em reação à mudança, o Ministério das Finanças responde ao ECO que “vê como muito positiva a recente revisão de estratégia feita pelo BCE”. “No imediato, contribuiu para garantir um maior apoio à economia“, argumenta o gabinete de João Leão, assinalando que “irá contribuir para a melhorar a gestão macroeconómica da Zona Euro”.

Esta segunda-feira, em entrevista ao Público (acesso condicionado), o ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, tinha dito que a “revisão da estratégia do BCE é uma boa notícia para Portugal”.

Questionadas sobre se esta revisão implicará alguma mudança na política orçamental do país, as Finanças, lideradas há um ano por João Leão, respondem que “não necessariamente”. “Podemos é afirmar que a política monetária ganha agora novos graus de liberdade para encarar um cenário de baixas taxas de juro – que não se prevê que desapareça tão cedo”, escrevem, ressalvando que “esse aspeto acrescenta segurança e solidez à definição da politica orçamental”.

Ou seja, apesar de Portugal ter de retomar a redução da dívida pública e de cumprir com as regras orçamentais no médio prazo, tal como alertou recentemente a secretária de Estado do Orçamento, a pressão temporal que incide sobre o país acaba por ser menor graças a estas mudanças. A expectativa do Governo é que a dívida pública comece a cair já este ano, devido à retoma da economia.

A revisão de estratégia anunciada permite uma capacidade maior por parte do BCE para manter políticas acomodatícias nos próximos meses“, concretiza o Ministério das Finanças, acreditando assim que “a autoridade monetária tem agora mais agilidade para definir a sua política num cenário de recuperação económica”.

A expectativa é que esta mudança adie a necessidade de aperto monetário, sendo que nos últimos meses já havia discussões sobre o tema por causa do aumento temporário (até ao momento provocado por efeitos transitórios) da taxa de inflação.

Quanto mais tempo o BCE mantiver a sua política monetária acomodatícia, mais tempo os Estados da Zona Euro mais endividados, como é o caso de Portugal, têm para endireitar as contas públicas, evitando uma retirada prematura dos apoios à economia perante a crise pandémica.

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Kennedys com receitas globais de 308 milhões de euros

Entre 2020 e 2021, a Kennedys registou um valor de receitas globais de 800 milhões de euros, um crescimento de 11%. Já em Portugal, a sociedade não avançou o valor do crescimento.

A sociedade de advogados Kennedys faturou cerca de 308 milhões de euros entre maio de 2020 e abril de 2021. Segundo a firma inglesa, este valor representa um crescimento de 11% face ao valor registado nos resultados financeiros de 2019/2020. Já em Portugal, a sociedade não avança o valor do crescimento.

“Os resultados registados pela Kennedys no último ano, perante um contexto de grande adversidade, foram verdadeiramente impressionantes. Em Portugal, os números continuam a ser muito animadores, o que nos leva a olhar para o futuro com otimismo“, refere Paulo Almeida, sócio responsável pela atividade da firma em Portugal.

O líder da firma em Portugal acredita que estes números não seriam possível sem a dedicação e o profissionalismo de uma equipa “excecional”.

“As pessoas são o nosso maior ativo. Por isso mesmo, no último ano, fomos das primeiras sociedades a assumir que não iria efetuar qualquer corte nos rendimentos de sócios ou colaboradores, nem dispensar ninguém. Pelo contrário. Continuámos a promover e a contratar pessoas, a crescer e temos orgulho em afirmar que honrámos todos os compromissos assumidos. O futuro será certamente desafiante, contudo, estou certo de que nos iremos manter fiéis à nossa estratégia, que passa por apoiar os nossos clientes em todas as frentes e assegurar que eles, bem como os nossos colaboradores, podem encarar o futuro com confiança”, conclui.

Em comunicado, a Kennedys refere também que cresceram em 10% no número de colaboradores, em todo o mundo, elevando o total para cerca de 2.300. A firma inglesa apostou ainda em cinco novos escritórios: São Francisco (EUA), Telavive (Israel), Leeds (Reino Unido), Perth (Austrália) e Mascate (Omã), e estabeleceu uma parceria (Canadá – associação com a Doldens).

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Marcelo pede “máximo aproveitamento, eficiência e transparência” na execução do PRR

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

Na mensagem divulgada esta terça-feira sobre o PRR, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda a aprovação" do Plano de Recuperação e Resiliência português.

O Presidente da República saudou esta terça-feira a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal pelo Ecofin e pede que a sua execução assegure “o máximo aproveitamento” dos fundos europeus, com “eficiência e transparência”.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa defende “que os responsáveis políticos devem garantir a continuidade desta ocasião única e deste período histórico, durante todo o prazo de utilização até 2026, independentemente de quem exerça em cada momento funções governativas, em função dos ciclos políticos eleitorais, antes e depois de 2023″.

“O Presidente da República, cujo mandato termina em 2026, acompanhará e contribuirá para essa continuidade”, lê-se na mesma nota.

O Conselho Ecofin, constituído pelos ministros da Economia e das Finanças da União Europeia, aprovou hoje os primeiros 12 planos de recuperação e resiliência, entre os quais o de Portugal, ao qual corresponde um valor global de 16,6 mil milhões de euros.

Na mensagem divulgada esta terça-feira sobre o PRR, Marcelo Rebelo de Sousa “saúda a aprovação” do plano português, referindo que este “constitui, juntamente com o quadro financeiro plurianual [da União Europeia], uma base muito importante para a reconstrução económica e social” do país nos próximos anos.

A execução do plano deve garantir o máximo aproveitamento, eficiência e transparência da execução destes fundos europeus, bem como sublinha que os responsáveis políticos devem garantir a continuidade desta ocasião única e deste período histórico, durante todo o prazo de utilização até 2026, independentemente de quem exerça em cada momento funções governativas, em função dos ciclos políticos eleitorais, antes e depois de 2023″, acrescenta.

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PS propõe para o TC juiz desembargador António José Ramos

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

António José da Ascensão Ramos é juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Leiria.

O PS propôs o desembargador António José Ramos como candidato a juiz do Tribunal Constitucional (TC), numa eleição que será feita pela Assembleia da República em 22 de julho, disse à Lusa fonte do partido. António José da Ascensão Ramos é juiz presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Leiria.

Já o PSD, que tinha de indicar três nomes para o TC, voltou a insistir no professor de Direito e atual presidente da Entidade das Contas e Financiamentos Públicos José Figueiredo Dias – nome que já foi chumbado em março – e propõe ainda a juíza conselheira no Supremo Tribunal Administrativo Maria Benedita Urbano e o professor de Direito na Faculdade de Coimbra Afonso Patrão para este órgão.

Em março, José Eduardo Figueiredo Dias falhou a eleição para juiz do Tribunal Constitucional, com mais votos brancos do que favoráveis.

O nome proposto pelo PSD para substituir Manuel da Costa Andrade, que tinha terminado em fevereiro o seu mandato, recolheu apenas 103 votos favoráveis do total de 225 votantes, muito aquém dos dois terços exigidos pela Constituição.

Agora, além dessa vaga ainda em aberto, os deputados terão de eleger mais três juízes para o TC, para substituir três elementos que terminam o seu mandato de nove anos em 12 de julho: Fernando Vaz Ventura, Maria de Fátima Mata-Mouros e Maria José Rangel Mesquita. Os candidatos a juízes do TC terão de ser ouvidos antes da eleição pela Comissão de Assuntos Constitucionais e a sua aprovação exige uma maioria de dois terços dos votantes (por voto secreto).

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Volkswagen vai construir fábrica de baterias em Espanha

"Pretendemos construir a terceira gigafábrica em Espanha", diz a VW. Fábrica espanhola será a terceira do grupo, que terá outras unidades na Suécia e na Alemanha.

A Volkswagen já escolheu onde irá construir a nova fábrica de baterias para alimentar a eletrificação dos seus automóveis. França, Portugal e Espanha tinham sido apontados como destinos potenciais, mas a “candidatura” lusa não passou disso mesmo, com a fabricante alemã a decidir-se por terras de nuestros hermanos.

“Estamos a impulsionar a nossa estratégia de baterias e pretendemos construir a terceira gigafábrica em Espanha. Este local permitiria um abastecimento altamente seguro para a produção planeada de veículos elétricos em Espanha”, diz Thomas Schmall, responsável de tecnologia do Conselho Executivo do Grupo Volkswagen e CEO da Volkswagen Group Components.

Tal como as duas primeiras fábricas previstas para a Suécia e a Alemanha, que devem arrancar em 2023 e 2025, respetivamente, “planeamos construir a potencial gigafábrica em conjunto com um parceiro estratégico”, afirma o responsável. “Na sua fase final, no fim da década, a fábrica poderá ter uma capacidade anual de 40 gigawatts-hora”, remata o também presidente do Conselho de Administração da Seat.

Para esse objetivo, o CEO da Seat, Wayne Griffiths, diz que vão candidatar-se “para participar no PERTE anunciado pelo Governo espanhol”. “O nosso objetivo é cooperar com o governo para transformar o país num polo europeu de mobilidade elétrica e a fábrica Seat em Martorell numa fábrica de veículos 100% elétricos”, refere o responsável, citado em comunicado.

A gigante germânica, que está a apostar cada vez mais nos modelos elétricos e eletrificados, “pretende fazer de Espanha um pilar estratégico nos seus planos globais de eletrificação”, relegando para segundo plano outras geografias que chegaram a ser aventadas, como Portugal. “O Grupo Volkswagen e a Seat estão dispostos a cooperar com o Governo espanhol para transformar o país num polo líder de mobilidade elétrica”, remata Herbert Diess, CEO do Grupo Volkswagen.

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Qualificação é o que separa as gerações mais jovens das anteriores. Um retrato dos novos líderes

Mais qualificados, conectados com o mundo e eternos aprendizes. Assim são as gerações que entram no mercado de trabalho e que obrigam as empresas a adaptarem-se ao novo talento.

Mais qualificados, conectados com o mundo e eternos curiosos que querem aprender mais e mais… Assim são os jovens das gerações mais recentes que começam a entrar no mercado de trabalho. Entre eles e as gerações anteriores a principal diferença está na qualificação.

“O que mudou, claramente, é a qualificação. As novas gerações são mais qualificadas, estão tecnicamente mais preparadas também. E isso muda a maneira como chegam às empresas e como querem ser geridos nas organizações”, começa por dizer Isabel Viegas, coordenadora do programa “Leading HR into the Future: Programa para Diretores de Recursos Humanos” e professora na Católica-Lisbon, durante o webinar Uploading the future: a próxima geração das competências internacionais”, do Inov Contacto.

“Não se pode liderar um jovem qualificado como se lidera um jovem sem qualificação. Hoje, um jovem qualificado não quer ser gerido à tarefa. Há aqui um grande desafio para as empresas.”

Além da qualificação, o retrato de Isabel Viegas dá conta também de uma geração mais conectada, não só entre ela, mas com o mundo, que sabe procurar o conhecimento e ir buscá-lo não apenas às escolas e com um sentido de propósito maior.

Estes jovens querem saber porque se levantam todos os dias de manhã, porque trabalham naquela empresa e não noutra… Querem, no fundo, ter um propósito. Há aqui uma obrigação de as empresas de trazerem as noções da missão, da visão e dos valores para as suas pessoas“, considera a professora universitária, salientando que atribuir-lhes funções interessantes, dar-lhes autonomia e oportunidades de crescimento são fatores muito importantes na atração e retenção das novas gerações.

“Eles querem sentir que estão sempre a crescer. Noto que os jovens que estão a chegar às empresas querem, rapidamente, experimentar outras coisas e aprender mais. As empresas têm de perceber que estes jovens têm uma ambição do ponto de vista da aprendizagem muito maior, precisam de criar momentos de desenvolvimento.”

"Não se pode liderar um jovem qualificado como se lidera um jovem sem qualificação. Hoje, um jovem qualificado não quer ser gerido à tarefa. Há aqui um grande desafio para as empresas.”

Isabel Viegas

Também o tema da diversidade e inclusão está, agora, muito mais presente nas organizações. E assim a geração Z o exige. Se, para Isabel Viegas, as gerações anteriores começaram a fazer este caminho, pelo menos no sentido de aceitar a diferença, agora, a força laboral mais jovem quer tirar partido da diversidade, “entende que tudo o que é diferente é uma riqueza que se traz para a equipa e para a empresa”.

Riscos ao nível da saúde

As maiores preocupações estão, por sua vez, nos níveis de ansiedade, dúvidas e receios das gerações mais recentes. Algo que já se sentia antes, mas que, inevitavelmente, a pandemia acabou por acentuar. Mas, ao mesmo tempo, a Covid-19 trouxe este tema para o radar das empresas.

“Já cuidávamos da saúde das pessoas, mas de outra maneira, talvez mais da saúde física. Agora, estamos preocupados em criar ambientes saudáveis, em que os jovens possam experimentar, aprender, ser eles próprios… Onde o líder é uma pessoa que está à disposição das equipas, em vez de ser um líder mais prescritivo”, finaliza a docente na Universidade Católica.

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Centeno desdramatiza subida “temporária” da inflação

O governador do Banco de Portugal não vê uma subida sustentada da inflação na Zona Euro. Quanto à revisão do BCE, Centeno diz que é preciso usar a "margem de manobra" adicional já na próxima reunião.

A 22 de julho, os governadores dos bancos centrais da Zona Euro reúnem-se para adaptar as decisões do Banco Central Europeu (BCE) à nova estratégia de política monetária. Em antecipação, o governador do Banco de Portugal começa a pressionar os seus pares, pedindo que se reflita a maior “margem de manobra” no comunicado dessa reunião. Caso contrário, arriscam a perder credibilidade, avisa. Quanto à subida da inflação, Mário Centeno desdramatiza, classificando-a de “temporária”.

Relativamente à recente subida dos preços na Zona Euro, o ex-ministro das Finanças diz que as causas são “eminentemente temporárias”, nomeadamente a reversão da redução do IVA na Alemanha, a recuperação da cotação do petróleo e os problemas nas cadeias de valor mundiais. “É expectável que estes fatores, os quais irão temporariamente aumentar a taxa de inflação em 2021, não sejam duradouros e, por isso, a nossa previsão para 2023 é de uma taxa de inflação de 1,4%, significativamente abaixo de 2%“, explica Centeno numa entrevista à Reuters divulgada esta terça-feira.

Ou seja, o problema no médio prazo continua a ser uma inflação abaixo da meta do BCE, a qual mudou da expressão “próxima, mas abaixo de 2%” para uma versão simples de 2%. Além disso, ficou clarificado que a meta é simétrica, o que significa que os 2% não são um teto, podendo a inflação ir além dos 2%, temporariamente e de forma moderada. Estas mudanças dão “maior margem de manobra do que antes”, considera Centeno, fazendo pressão aos colegas para refletirem essa maior liberdade de ação já na próxima reunião de política monetária.

Em concreto, o governador do Banco de Portugal pede que haja uma atualização do “forward guidance” (orientação sobre o futuro da política monetária), uma das componentes da comunicação do BCE mais vigiadas pelos mercados financeiros. A ideia é adaptá-lo já a 22 de julho ao “novo enquadramento” da estratégia de política monetária, “caso contrário perderia credibilidade”, avisa Centeno. Quanto ao PEEP, o programa de compras criado no início da pandemia, este manter-se-á em reinvestimento dos montantes até ao final de 2023, sendo que ainda não foi decidido quando começarão a fase de desinvestimento.

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Vacina portuguesa termina ensaios não clínicos com “elevada segurança e eficácia”

  • Lusa
  • 13 Julho 2021

Empresa Immunethep informou esta terça-feira que, através de ensaios não clínicos, "foi possível confirmar a eficácia da vacina em infeções letais por SARS-CoV-2".

A biotecnológica portuguesa Immunethep anunciou esta terça-feira que os ensaios não clínicos da sua vacina contra o coronavírus já terminaram e demonstraram “uma elevada segurança e eficácia” numa infeção letal por SARS-CoV-2.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa sediada em Cantanhede, no distrito de Coimbra, refere que nos ensaios não clínicos foram usados como modelo animal os ratinhos transgénicos k18-hACE2 que, infetados com o coronavírus, desenvolvem uma doença semelhante aos humanos.

Citado no documento, o cofundador e diretor científico da Immunethep afirma que, “através destes ensaios não clínicos e da taxa de sobrevivência de 100% observada, foi possível confirmar a eficácia da vacina em infeções letais por SARS-CoV-2”.

A biotecnológica portuguesa sediada em Cantanhede, Portugal, estava a realizar ensaios pré-clínicos da sua vacina SIlba (SARS-CoV-2 Inactivated for Lung B and T cell Activation), há vários meses.

“Após a infeção com um inóculo letal do vírus verificamos que, comparativamente com ratinhos controlo (que não sobreviveram), os animais vacinados tinham uma sobrevivência de 100% nos animais vacinados com a vacina SIlba, observável logo na primeira semana após a infeção, além disso, não demonstraram quaisquer efeitos adversos após a vacinação”, lê-se na nota.

Desde a sua fundação, em 2014, que a Immunethep se tem dedicado ao desenvolvimento de imunoterapias, principalmente contra infeções bacterianas multirresistentes, contando atualmente com dez colaboradores.

“A realização deste projeto em Portugal permite o desenvolvimento de competências únicas à escala global no desenvolvimento de vacinas e outros produtos biológicos”, conclui o cofundador e diretor executivo da Immunethep, Bruno Santos.

Este responsável sublinha ainda que o rápido apoio por parte das entidades governamentais “é essencial para que possamos dar continuidade aos ensaios clínicos da vacina, a tempo de contribuir para a resolução da pandemia da covid-19”.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.044.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 187,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.173 pessoas e foram registados 912.406 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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