Aceleração na vacinação traz “condições que serão mais incómodas para quem se vacina”, admite Costa

Primeiro-ministro aponta que será feito um esforço para acelerar a vacinação nas próximas semanas, podendo levar a constrangimentos.

Numa altura em que se multiplicam os relatos de filas para a vacinação contra a Covid-19, o primeiro-ministro admite que o “esforço” que será feito para acelerar o processo levará a “condições que serão mais incómodas para quem se vacina”. Ainda assim, aponta que é um reforço da segurança de todos, nomeadamente para a segunda toma.

O país enfrenta uma quarta vaga da pandemia, o que “exige que aceleremos o processo de vacinação”, sinaliza o primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3. “Vai ser feito um esforço muito grande nas próximas duas semanas, com condições que serão mais incómodas para quem se vacina”, assume.

No entanto, é um processo que “reforçará a segurança de todos, particularmente aqueles que vão ver mais rapidamente alcançada a segunda dose da vacinação”, acrescenta. Costa alerta ainda que a situação “não nos permite distração quanto ao nosso comportamento e o dever que temos de nos proteger e proteger outros”, com medidas como a máscara e distanciamento.

A aceleração do ritmo da vacinação, que conjuga várias formas de marcação atualmente, nomeadamente o autoagendamento, tem causado algumas filas nos centros de vacinação. O coordenador da task-force para o plano de vacinação já tinha admitido esta possibilidade, pedindo mesmo desculpas antecipadamente.

“Eventualmente poderão ocorrer algumas filas indesejáveis, o processo não será tão rápido como o desejável e peço desde já desculpa aos utentes que tiverem de esperar uma hora ou hora meia numa fila, mas é a moeda de troca entre a qualidade do processo pelo ritmo de vacinação e pela urgência. Nesta fase temos de privilegiar a urgência”, disse o vice-almirante Gouveia e Melo.

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Iberdrola Portugal anuncia nova direção

Carla Costa assume a direção de relações institucionais da Iberdrola Portugal e Rui Afonso é o novo diretor-geral da Iberdrola Clientes Portugal.

A Iberdrola Portugal está a fazer mudanças na liderança de forma a apostar no crescimento comercial e apoiar a carteira de investimentos em energias verdes. Carla Costa assume a direção de relações institucionais da Iberdrola Portugal e Rui Afonso é o novo diretor-geral da Iberdrola Clientes Portugal.

“A nova liderança da Iberdrola Portugal dará maior capacidade comercial à empresa, aprofundará as estratégias de transição energética e reafirmará o compromisso com famílias e empresas”, lê-se em comunicado.

Depois de 19 anos a dirigir a empresa, enquanto diretora-geral da Iberdrola Clientes Portugal, Carla Costa vai agora assumir novas funções, transversais a todas as áreas de negócio. Será responsável por implementar a estratégia de corporate da empresa em Portugal, coordenar a comunicação das várias áreas de negócio e desenvolver as relações institucionais com os principais stakeholders.

Rui Afonso iniciou o seu percurso na Iberdrola em 2004, desenvolvendo a carteira de clientes no segmento PME e, posteriormente, grandes contas como key account manager. Em 2012 liderou o arranque da Iberdrola no segmento residencial, coordenando a gestão de parceiros Iberdrola e, em 2020, assumiu funções de head of sales nacional.

O profissional passa a liderar o trabalho de crescimento comercial e de coordenação estratégica, tendo como três grandes prioridades o alinhamento estratégico com a Iberdrola no mundo; o desenvolvimento de uma equipa de reconhecida capacidade técnica, multifacetada, cada vez mais dinâmica e apta de dar resposta aos desafios do presente e do futuro; e o investimento em customer experience.

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Tetra Pak acaba com palhinhas de plástico. Agora são todas em papel

A fábrica da Tetra Pak, sediada em Lisboa, erradicou as palhinhas de plástico e alterou todas as linhas de produção para passar a produzir exclusivamente palhinhas em papel.

A Tetra Pak anunciou o fim da produção das palhinhas de plástico na sua fábrica em Lisboa, para se dedicar exclusivamente à produção de palhinhas de papel. A fábrica já alterou todas as linhas de produção para começar a produzir apenas palhinhas amigas do ambiente.

“Termina hoje a jornada da Tetra Pak Tubex Portugal na produção de palhinhas de plástico. Foi uma honra servir os nossos clientes e acompanhar o desenvolvimento da distribuição de alimentos em Portugal, sempre “protegendo o que é bom”, durante quatro décadas. Mas urge a mudança e como tal vamos continuar agora a escrever a nova página da fábrica de Lisboa, com a expansão das palhinhas de papel, suportando a ambição de sustentabilidade da Tetra Pak”, explica a gerente da Fábrica Tetra Pak Tubex Portugal, Daniele De Franciscis.

As palhinhas de papel são certificadas de acordo com os parâmetros da Forest Stewardship Council (FSC), de forma a garantir que o papel utilizado vem de florestas com gestão responsável e outras fontes controladas.

A Tetra Pak quer ser mais verde e tem vindo a reforçar e implementar inovações nas soluções que apresenta, como é o caso das tampas integradas nas embalagens, fabricadas com polímeros vegetais e que permitem uma melhor reciclagem, uma vez que, ao estarem unidas às embalagens, o risco de dispersão durante o processo de recolha e reciclagem acaba por ser mais reduzido.

A empresa, que conta com 25.000 colaboradores em mais de 80 países, é líder mundial em soluções de processamento e embalagem alimentar e assume-se como a primeira empresa de embalagens de cartão a produzir palhinhas de papel na Europa.

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CBRE reforça capital markets no Porto com Eduardo Pimenta

Profissional transita da Savills Aguirre Newman, em Madrid. Reforço na CBRE Porto surge numa altura em que a consultora considera expectável um forte dinamismo na região no segundo semestre.

Eduardo Pimenta é o novo diretor de capital markets da CBRE no Porto. O novo responsável transita da Savills Aguirre Newman, em Madrid passando agora na CBRE a assumir responsabilidades nas áreas de transações de imóveis de rendimento, terrenos e edifícios para remodelação na região Norte.

“O Porto e o Norte do País são incontornáveis no atual mercado imobiliário nacional e internacional, fazendo por isso todo o sentido que a CBRE fortaleça a sua presença nesta região. O Eduardo Pimenta, com a sua experiência nos mercados português e espanhol, vem contribuir decisivamente para aumentar a qualidade dos serviços que prestamos aos nossos clientes no mercado do Grande Porto”, explica Francisco Horta e Costa, diretor geral da CBRE, citado em comunicado, sobre a contratação.

“A CBRE é uma empresa com uma estratégia de crescimento sólida e ambiciosa, e o mercado do Porto é um dos eixos estratégicos desse crescimento. É uma região que está no radar dos investidores e que se tem posicionado diversas vezes como o primeiro destino de investimento de grupos e fundos internacionais. Espero contribuir para o crescimento e desenvolvimento da marca CBRE a Norte, apoiando todos os clientes localmente”, diz, por seu turno, Eduardo Pimenta, diretor de capital markets da CBRE, no Porto.

O reforço na unidade da CBRE no Porto surge num momento em que a “região Norte do País, e particularmente o distrito do Porto, fazem parte da estratégia” da consultora imobiliária e revelam um “grande potencial de crescimento”, sendo, dizem, “expectável um forte dinamismo deste mercado no segundo semestre do ano devido à procura ativa por parte de investidores.”

Licenciado em Economia pela Universidade do Porto e com uma pós-graduação em Gestão Imobiliária pela mesma instituição, Eduardo Pimenta tem mais de 15 anos de experiência no setor imobiliário, em particular na área de avaliações, mas também nas de consultoria e assessoria a clientes em compras e vendas de imóveis.

Transita da Savills Aguirre Newman, em Madrid, onde estava desde 2010 e onde, desde 2017, era Diretor. Cushman & Wakefield Moscovo (2007-2009) e Colliers P&I, no Porto são outras consultoras que fazem parte do seu percurso profissional.

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Portugal bate recorde com 141.500 vacinas num só dia

  • ECO
  • 6 Julho 2021

Nas últimas 24 horas foram administradas em Portugal 141.500 vacinas. Objetivo foi alcançado através de "um esforço adicional" dos profissionais de saúde, diz a task force.

Portugal atingiu um novo recorde de vacinas administradas num só dia. Foram, de acordo com informação avançada pela task force à TVI 24, 141.500 as vacinas dadas na segunda-feira, 5 de julho, superando a meta que tinha sido anunciada durante o fim de semana.

De acordo com a task force, este objetivo foi alcançado através de “um esforço adicional” dos profissionais de saúde, sendo que o acelerar do processo de vacinação tem estado a levar a longas filas nos centros de vacinação.

Face ao aumento do número de infetados nas últimas semanas, o vice-almirante Gouveia e Melo já tinha avançado no sábado, que Portugal iria acelerar o ritmo de vacinação, prevendo que seja possível vacinar cerca de 850 mil utentes por semana, nesta duas semanas, antecipando tempos de espera mais longos.

Até ao momento, o número de primeiras doses administradas ascende a 5,203 milhões, sendo que 3,568 milhões de pessoas já terminaram o esquema vacinal. Em todo o território nacional, já foram administradas mais de nove milhões de vacinas. Portugal conta já com um total de 9.138.620 de inoculações.

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MP e Autoridade Tributária fazem buscas na EDP e na APA por causa do negócio das barragens

As autoridades estão a investigar a venda de seis barragens no Douro a um consórcio liderado pela francesa Engie, confirma o DCIAP. A EDP já confirmou as diligências.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público anunciou esta terça-feira, em comunicado, que estão a ser realizadas buscas em 11 locais do país, no âmbito de um inquérito dirigido pelo DCIAP e cuja investigação se encontra a ser efetuada pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

As buscas estão a decorrer na EDP e na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que já confirmaram as diligências. O DCIAP fala em buscas em Lisboa, Porto, Amadora e Miranda do Douro, em “instalações de barragens, escritórios de advogados, um organismo do Estado, uma sociedade de contabilidade e sociedades ligadas ao setor hidroelétrico”.

“No processo investigam-se factos relacionados com o negócio da transmissão de seis barragens do grupo EDP para o consórcio francês integrado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova (Grupo Natixis). Em causa estão suspeitas da prática de crime de fraude fiscal”, confirmou o DCIAP em comunicado. O inquérito encontra-se em segredo de justiça.

A inspecionar o negócio há vários meses, a AT tem um prazo máximo de um ano para apresentar as suas conclusões sobre se houve ou não planeamento fiscal agressivo por parte da EDP e se há ou não lugar ao pagamento de 110 milhões de euros relativos ao Imposto de Selo da operação.

“A EDP confirma que foi hoje alvo de uma operação de busca com a coadjuvação da Autoridade Tributária no âmbito da venda de um portefólio de seis barragens à Engie, por alegada fraude fiscal. A EDP está a prestar toda a colaboração com as autoridades e mantém-se convicta de que a operação de venda cumpre todos os requisitos legais”, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

Também a APA informou estar a “receber na sua sede uma diligência processual por mandado do Ministério Público”.

Intervêm na operação 29 Inspetores da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC​), 37 inspetores da Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais (DSIFAE), incluindo 10 especialistas do Núcleo de Informática Forense, sendo que a operação em curso, para além de elementos da UGC e da DSIFAE, conta ainda com 28 militares da Unidade de Ação Fiscal da GNR, incluindo dois especialistas em informática forense. Nas diligências participam sete magistrados do Ministério Público e cinco magistrados judiciais.

Em abril, a diretora-geral da AT, Helena Borges, tinha garantido no Parlamento, em audição na Comissão de Orçamento e Finanças, que o Fisco estava já, naquele momento, a realizar uma inspeção à venda das seis barragens da EDP no rio Douro à francesa Engie, e que a mesma foi espoletada “independentemente de a sua discussão pública” ter subido de tom.

Numa audição anterior, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, insistiu na justificação do não-pagamento do Imposto do Selo precisamente com a aplicação desta diretiva europeia, sem responder aos deputados se a EDP invocou ou não o artigo 60.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

A diretora-geral da AT garantiu ainda que esta operação está a ser analisada, tal como “outras que envolvam complexidade”. No caso da venda das barragens estão a ser recolhidos todos os elementos de prova que permitam justificar as eventuais correções que venham a ser feitas.

“O momento da fundamentação é decisivo, tem de ser sólida e capaz de sobreviver ao escrutínio, estas matérias acabam com frequência nos tribunais”, rematou Helena Borges, revelando que em 2020 a AT usou a norma anti-abuso mais vezes do que em 2019. Neste momento a AT tem a decorrer correções fiscais no valor de 20 milhões, 40 milhões e 200 milhões.

A responsável da AT confirmou também que teve conhecimento da operação de venda das barragens porque a EDP o comunicou ao mercado. “Não soubemos por nenhuma outra via e não houve qualquer envolvimento direto prévio da Unidade de Grandes Contribuintes”, disse a diretora-geral. A EDP e a Engie “tinham oportunidade de saber em antecipação a nossa posição sobre a matéria”, mas escolheram esse não-aconselhamento e não pediram qualquer informação vinculativa, acrescentou.

O negócio está também debaixo de olho do Ministério Público. Em março, o PSD entregou na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de averiguação da venda de seis barragens da bacia do Douro pela EDP, considerando que o Governo favoreceu a empresa e concedeu-lhe uma “borla fiscal”.

O anúncio foi feito no parlamento pelo líder parlamentar do PSD, Adão Silva, que salientou tratar-se de um negócio que rendeu à EDP 2,2 milhões de euros “sem o pagamento de IRC, de Imposto de Selo, de Imposto Municipal de Transações e de Emolumentos”.

Para o PSD, estão em causa “responsabilidades partilhadas” do Ministério do Ambiente – que acompanhou o processo de venda pela EDP das seis barragens na bacia do Douro (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Foz Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro) a um consórcio liderado pela Engie – e do Ministério das Finanças, que tinha a “responsabilidade de cobrar impostos” neste negócio.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h56)

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1 em cada 2 trabalhadores europeus mais velhos e com poucos estudos está fora do mercado de trabalho

O nível de educação e o tipo de emprego têm um impacto considerável no emprego dos trabalhadores europeus com mais de 55 anos, indicam os dados divulgados pelo Eurostat.

Apesar de os níveis de desemprego serem mais elevados entre os mais jovens, é entre os trabalhadores europeus com mais de 55 anos que é mais comum estar fora do mercado de trabalho. De acordo com o Eurostat, mais de uma em cada duas pessoas com 55 a 64 anos, com baixos níveis de educação, está fora do mundo laboral.

No último ano, quase seis em cada 10 pessoas (59,6%) na referida faixa etária estavam empregadas, na União Europeia. Em comparação, entre os mais jovens (20 a 54 anos), essa fatia estava fixada nos 76,2%. Por outro lado, os níveis de desemprego entre os mais jovens eram mais elevados do que entre os mais velhos.

O Eurostat adianta, contudo, que a fatia de indivíduos fora do mercado de trabalho era maior entre estes últimos (55 a 64 anos) do que entre os primeiros (20 a 54 anos). De notar que quem está fora do mundo laboral não conta para o cálculo do desemprego, daí que, tudo somado, os mais jovens registem níveis de desemprego mais elevados.

De acordo com o Eurostat, no último ano, 51,3% das pessoas com 55 a 64 anos que contavam com baixos níveis de educação estavam fora do mercado de trabalho, fatia bastante superior à verificada entre as pessoas com 20 a 54 anos.

Aliás, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia sublinha que o nível de educação tem um peso relevante no emprego dos indivíduos de todas as idades. “A taxa de emprego tanto para indivíduos mais ou menos jovens depende do seu nível de educação. Quanto mais elevado o nível de educação, mais elevada a taxa de emprego“, observa o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, esta terça-feira.

Assim, em 2020, os jovens com baixos níveis de educação registaram uma taxa de emprego de 59,9%, aqueles que contavam com níveis de educação médios uma taxa de 75,7% e aqueles que contavam com níveis de educação elevados uma taxa de 85,7%. Do mesmo modo, enquanto 44% dos trabalhadores com 55 a 64 anos e baixos níveis de educação estavam empregados, entre aqueles com níveis de educação elevados essa taxa estava fixada em 75,6%.

Outro ponto determinante na análise do emprego entre os mais velhos é o tipo de ocupação. O Eurostat adianta que um em cada cinco trabalhadores mais velhos tem hoje uma profissão liberal, ocupação associada, por outro lado, a apenas um em cada 10 não empregados (desempregados ou fora do mercado). Já as ocupações nos serviços e vendas, por exemplo, estão mais representadas entre os não empregados do que entre os empregados.

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Há uma nova variante da Covid-19, possivelmente mais contagiosa. É a Lambda

OMS classificou a variante Lambda como "variante de interesse" e pediu que fossem feitos mais estudos. Surgiu no Peru e já está presente em vários países, inclusive Austrália e Reino Unido.

Há uma nova variante do SARS-CoV-2 a preocupar especialistas e governos, por ser, possivelmente, mais contagiosa e perigosa que as variantes que conhecemos até ao momento: é a variante Lambda. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já a classificou como “variante de interesse” (a Delta está no nível superior, mais grave).

A mutação apareceu pela primeira vez no Peru – país que, atualmente, tem a maior taxa de mortalidade de Covid-19 do mundo – e está relacionada com cerca de 80% dos casos desse país desde abril deste ano. No último mês já se disseminou para cerca de 30 países, levando a OMS a classificá-la como “variante de interesse” a 14 de junho.

Jeff Barrett da Covid-19 Genomics Initiative de Londres no Welcome Sanger Institute, disse ao Financial Times que a variante Lambda “tem um padrão único de sete mutações na proteína spike que o vírus usa para infetar células humanas” e que os especialistas encontraram uma mutação semelhante à da variante Delta, indicando que é altamente contagiosa.

A Austrália é um dos países onde esta nova variante já foi identificada, bem como o Reino Unido — onde já havia uma grande presença de outra variante perigosa, a Delta.

Quanto à eficácia das vacinas nesta nova variante os estudos ainda são preliminares, mas já se dividem. Na Universidade do Chile, em Santiago do Chile, os investigadores consideraram que a Lambda é mais infecciosa do que as variantes Alfa ou Gama e que as mutações desta variante conseguem “fugir” aos anticorpos da vacina. Em causa está apenas a utilização da vacina CoronaVac (uma das vacinas chinesas).

Já outro estudo, da New York University Grossman School of Medicine, indica que “as vacinas em uso permanecerão protetoras contra a variante Lambda“. De realçar que, nos Estados Unidos, as vacinas a serem usadas são Moderna, Pfizer e Janssen e diferentes vacinas podem ter eficácias diferentes.

Ainda assim, a OMS sublinhou que mais estudos são necessários para avaliar a eficácia da vacinação contra esta nova variante.

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Para fazer face à procura, Leroy Merlin abre dois centros de logística

Com o crescimento do mercado de construção, bricolage e jardins, a Leroy Merlin acaba de inaugurar dois novos espaços de logística em Palmela e Oliveira do Bairro.

A pandemia fez disparar a procura por materiais de construção, bricolage e jardim. O Leroy Merlin registou um crescimento de 304%. Para cumprir com os prazos de entrega e disponibilidade de stock o grupo apostou em dois novos espaços ligados à logística, o Centro de Distribuição Regional Margem Sul, em Palmela, e o Armazém Centralizado de Cerâmica, em Oliveira do Bairro.

“Estas aberturas são fruto de um projeto de reposicionamento das plataformas regionais da Marca e da necessidade que a Leroy Merlin sente de estar mais próxima dos seus clientes e de agilizar os processos em loja e o fluxo de stocks. Com este projeto-piloto do Centro de Distribuição Regional Margem Sul, a Leroy Merlin quer avançar rumo à criação de uma infraestrutura de plataformas que responda às necessidades de apoio às lojas, ao mesmo tempo que retira das lojas tarefas logísticas que não acrescentam valor, libertando-as para a preparação dos Pedidos Cliente e outras funções de valor acrescentado”, explica José Miranda, diretor de operações de supply chain da Leroy Merlin em Portugal.

O novo Centro de Distribuição Regional Margem Sul, situado em Palmela, tem cerca de 6.500 metros quadrados divididos entre cerca de 3.000m2 de placa operacional e os restantes para uma zona de armazenamento em altura, conta com três naves logísticas, oito cais desnivelados de cargas e descargas e uma capacidade de armazenamento de 3.700 paletes em rack. Destacam-se ainda os espaços sociais para as equipas e uma zona de open space para potenciar o trabalho colaborativo.

A estrutura vai servir as lojas de Almada, Setúbal, Barreiro, Montijo e Évora. A escolha da localização justifica-se pela sua proximidade às lojas, que rentabiliza os custos operacionais e de pegada de carbono face à Plataforma Regional de Lisboa. O novo Centro de Distribuição Regional Margem Sul terá disponível uma zona exclusiva para utilizar o serviço de Click & Collect para recolher as encomendas feitas previamente em loja ou online.

O Armazém Centralizado de Cerâmica, situado em Oliveira do Bairro, tem 3.000 metros quadrados e está inserido numa estratégia de gestão de políticas de stock. Este espaço visa dar resposta a variáveis inerentes a esta tipologia de artigos, como o espaço, a gestão dos lotes e as quebras possíveis em stock. Com este novo armazém, a Leroy Merlin quer fazer entregas a nível nacional em 48h, quer em loja, quer ao domicílio do cliente.

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Ikea tem nova diretora de marketing em Portugal

Mónica Sousa, desde 2018 marketing communications manager na empresa, sucede agora a Helena Gouveia, que vai exercer a mesma função na Suécia.

Mónica Sousa é a diretora de marketing da Ikea Portugal.

Mónica Sousa é a nova diretora de marketing da Ikea Portugal. Anteriormente, exercia já a posição de marketing communications manager na empresa, tendo sido responsável por todo o conteúdo e comunicação externa no país, desde que chegou à gigante de retalho, em abril de 2018.

“A Ikea é uma das melhores marcas para trabalhar. É por isso com grande entusiasmo que assumo a direção de marketing, num momento em que o mundo e as necessidades dos portugueses também estão a mudar. Queremos continuar a reforçar os pequenos gestos mais sustentáveis, explicar as histórias por detrás dos nossos produtos e inspirar as pessoas viver uma vida melhor em casa”, refere Mónica Sousa, citada em comunicado.

A profissional sucede a Helena Gouveia, que vai exercer a mesma função na Suécia, como country marketing manager para o mercado sueco, e será, também, responsável pela comunicação de posicionamento da marca, referente ao grupo de países a que pertencem Portugal, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca e Bélgica.

“A Ikea é a minha casa há 13 anos e assim continuará, agora num novo país. Estou muito entusiasmada com este novo desafio, tanto por poder viver no país de origem da marca, mas, também, por manter a relação com o mercado e as equipas portuguesas, com quem cresci, aprendi tanto e criei projetos de comunicação que são agora referências em todo o mundo”, diz Helena Gouveia.

Mónica Sousa conta mais de 18 anos de experiência em comunicação. Passou pela coordenação da estratégia de marketing em empresas como a Fnac e a Sonae MC.

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Estas são as 11 mudanças que PCP e PS querem fazer à lei laboral

O PS ajudou o PCP a provar um diploma que prevê a reversão de algumas das medidas laborais aprovadas pelo próprio PS, em 2019. Alargamento do período experimental pode, assim, vir a ser revogado.

Algumas das alterações ao Código do Trabalho aprovadas pelo PS, com a ajuda da direita, há dois anos, poderão agora vir a ser revertidas. Isto porque o mesmo PS decidiu viabilizar um projeto de lei do PCP que estabelece, por exemplo, a revogação do polémico alargamento do período experimental para jovens à procura do primeiro trabalho e desempregados de longa duração. Ao todo, são 11 as grandes mudanças à lei laboral propostas pelos comunistas no diploma que mereceu “luz verde” dos socialistas e que, por isso, desce agora à especialidade.

A 19 de julho de 2019, foi aprovada — com o voto favorável do PS e a abstenção de PSD e CDS-PP — a revisão do Código do Trabalho, que na base tinha um acordo assinado na Concertação Social entre Governo, sindicatos (à exceção da CGTP) e confederações patronais. As medidas incluídas nesse pacote mereceram duras críticas por parte dos partidos mais à esquerda, já que muitas das propostas que apresentaram (nomeadamente sobre o trabalho por turnos e a contratação coletiva) ficaram pelo caminho. “Não restou nada das propostas da esquerda neste processo“, disse o bloquista José Soeiro, na altura. E na mesma linha, José Luís Ferreira, do PEV, atirou: “Hoje é um dia mau para quem trabalha“.

Essas alterações ao Código do Trabalho viriam a entrar em vigor alguns meses depois (a 1 outubro do mesmo ano), mas agora, nem dois anos volvidos, o PS decidiu viabilizar um projeto de lei do PCP que poderá reverter algumas dessas medidas.

O polémico alargamento do período experimental

Uma das medidas polémicas que poderá agora vir a ser revertida é o alargamento do período experimental para os jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

Antes da revisão da lei laboral de 2019, a estes dois grupos de trabalhadores aplicava-se um período experimental de 90 dias, exceto nos casos em que desempenhassem cargos de “complexidade técnica, elevado grau de responsabilidade ou que pressuponham uma especial qualificação, bem como os que desempenhem funções de confiança”, cargos de direção ou quadros superiores.

Contudo, a partir de 2019, e à revelia da esquerda, esse período passou para 180 dias, tendo BE, PCP e PEV pedido a fiscalização sucessiva de tal alargamento. A resposta do Palácio Ratton chegou este ano. Os juízes consideraram o alargamento constitucional, exceto no caso dos trabalhadores à procura do primeiro trabalho que já tenham sido contratados a termo, anteriormente, por pelo menos 90 dias.

Ou seja, para estes últimos, o período experimental já foi, entretanto, revertido para os 90 dias originais, mas para os demais mantém-se atualmente os 180 dias fixados em 2019. O projeto de lei do PCP aprovado, esta quarta-feira, vem, contudo, revogar o alargamento em questão, o que significa que, a receber o “sim” final do Parlamento, também esses trabalhadores voltarão a ter de cumprir um período experimental mais curto.

Assim, seria revertida uma das medidas mais polémicas e criticadas da revisão mais recente do Código do Trabalho. Uma medida que a esquerda já disse ter sido responsável pelo agravamento da situação de desproteção de milhares de trabalhadores durante a pandemia, já que, por terem estado nesses 180 dias no início da crise sanitária, foram “os primeiros” a serem dispensados pelos empregadores.

Adeus, contratos especiais de muita curta duração?

Outra das medidas polémicas do Código do Trabalho que agora pode chegar ao fim, à boleia do projeto de lei viabilizado pelo PS, são os contratos especiais de muita curta duração.

Até 2019, essa figura estava disponível apenas para a atividade sazonal do setor agrícola ou para eventos turísticos, não podendo exceder os 15 dias.

A partir de outubro de 2019, deu-se, contudo, um duplo alargamento dos contratos de muita curta duração. Por um lado, a duração máxima passou para 35 dias. Por outro, ficaram disponíveis para todos os setores de atividade, desde que o empregador tenha um “acréscimo excecional e substancial da atividade, cujo ciclo anual apresente irregularidades decorrentes do respetivo mercado ou de natureza estrutural”.

O projeto de lei do PCP, que desceu à especialidade, vem agora pôr um ponto final nesse tipo de contrato, revogando-o por completo.

Contratação a prazo prestes a ficar mais limitada

Há também pontos em que o diploma comunista não reverte as medidas de 2019, mas aprofunda-as. É o caso das limitações aos contratos a prazo.

No caso dos contratos a termo certo, até 2019, era possível renová-lo três vezes até ao máximo de três anos. A partir de 2019, manteve-se o número máximo de renovações, mas a duração limite baixou para dois anos. Agora, com a aprovação do projeto do PCP, os contratos a termo certo poderão passar a ser renovados, no máximo, por duas vezes e as partes poderão deixar de conseguir estipular, à partida, que o contrato não fica sujeito a renovação.

Já no que diz respeito aos contratos a termo incerto, até 2019, podiam durar até seis anos. Com a revisão de 2019, esse limite baixou para quatro anos. E agora o PCP, apoiado pelo PS, quer reduzi-lo para três anos.

Outra das medidas incluídas no projeto de lei, agora aprovado na generalidade, é a redução das situações em que é possível recorrer à contratação a termo, aprofundando o caminho já começando em 2019. A revisão do Código do Trabalho desse ano fez com que deixasse de ser possível celebrar contratos a termo certo para a contratação de trabalhadores à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração — continuou a ser possível, contudo, fazê-lo com desempregados de muita longa duração — e deixou claro que só é permitido o recurso a esse tipo de contratos, em caso de lançamento de nova atividade, em empresas com menos de 250 trabalhadores (antes, esse teto estava nos 750 trabalhadores).

O PCP quer agora retirar, de todo, a possibilidade de contratar a termo certo pelo lançamento de nova atividade e travar a contratação a termo também no caso do recrutamento de trabalhadores em situação de desemprego de muita longa duração.

Aliás, os comunistas querem reduzir a três os motivos que podem justificar a celebração de contratos a termo resolutivo: a substituição temporária de trabalhador que, por qualquer razão, se encontre impedido de prestar serviço ou em relação ao qual esteja pendente em juízo ação de apreciação da licitude do despedimento; Atividades sazonais; e a execução de uma tarefa ocasional ou serviço determinado precisamente definido e não duradouro

Desta forma, o PCP, com o apoio do PS, retira da lei laboral as outras definições de “necessidade temporária”, que tinham sido deixadas no Código do Trabalho em 2019, como a substituição de trabalhador a tempo completo que passe a prestar trabalho a tempo parcial por período determinado, o acréscimo excecional de atividade da empresa e a execução de obra, projeto ou outra atividade definida e temporária.

Também no que diz respeito à contratação a termo, o projeto de lei comunista deixa claro que o regime previsto na lei não pode ser afastado ou modificado, de todo, por instrumento de regulamentação coletiva. Até 2019, por essa via, era possível, de resto, alterar os limites de duração e renovações e, a partir desse ano, passou a ser apenas possível modificar o que se entende por “necessidade temporária da empresa” e o regime de preferência na admissão.

Ainda nos contratos a termo, os comunistas querem deixar claro que tais documentos devem conter a categoria do trabalhador ou conteúdo funcional — em vez da atividade do trabalhador — e o horário de trabalho — além do período normal de trabalho e o local de trabalho.

E a propósito da preferência na admissão, o PCP quer reforçar esse direito, defendendo, no projeto de lei agora aprovado, que comece a valer logo durante o contrato e que a sua violação seja sinónima da anulação do processo de recrutamento ou de uma indemnização equivalente a seis vezes a retribuição base. Até aqui, essa violação levava a uma indemnização bem menos pesada, isto é, três vezes a retribuição base do trabalhador em causa.

Outra das medidas incluídas no projeto de lei comunista é o aumento do período em que empregador não pode fazer novas admissões a prazo, depois de cessação de um contrato a termo por motivo não imputável ao trabalhador. Atualmente, não pode fazê-lo “antes de decorrido um período de tempo equivalente a um terço da duração do contrato, incluindo renovações”. Mas o PCP quer que não possa fazê-lo “antes de decorrido um tempo equivalente a metade da duração do contrato, incluindo renovações”.

Ainda sobre esse ponto, os comunistas entendem que a violação desse prazo deve fazer com que o novo contrato a termo celebrado pelo empregador seja considerado sem termo e que, mesmo que não haja violação desse prazo, se estiver em causa o mesmo posto de trabalho, tal conversão aconteça, mecanismos que não encontram qualquer vestígio na legislação hoje em vigor.

Presunção de contrato de trabalho ganha novos contornos

Por outro lado, o projeto de lei aprovado com o aval do PS mexe num mecanismo que o próprio Governo está também a estudar mudar numa outra sede, isto é, no âmbito do Livro Verde sobre o Futuro do Trabalho. Em causa está o artigo n.º 12 do Código do Trabalho: o mecanismo de presunção de contrato de trabalho.

Atualmente, pode presumir-se que existe um contrato de trabalho, quando se verifica “alguns” dos seguintes pressupostos: a atividade seja realizada em local pertencente ao seu beneficiário ou por ele determinado; os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados pertençam ao beneficiário da atividade; o prestador de atividade observe horas de início e de termo da prestação, determinadas pelo beneficiário da mesma; seja paga, com determinada periodicidade, uma quantia certa ao prestador de atividade, como contrapartida da mesma.

Ora, o PCP quer reforçar esse mecanismo, especificando que devem estar presentes não “alguns” desses pressupostos, mas, pelo menos, dois e acrescenta dois pontos à referida lista de características que podem levar ao reconhecimento de contrato: a dependência económica e a situação do prestador de atividade estar sob orientação do beneficiário da atividade.

Além disso, os comunistas querem deixar claro que a existência de, pelo menos, dois pressupostos deve dar lugar a um contrato de trabalho sem termo, considerando que este teve início desde o começo da prestação da atividade do trabalhador.

Sanções para empregadores que promovam precariedade

Por outro lado, o projeto de lei do PCP adita ao Código do Trabalho um novo artigo que estipula sanções económicas, fiscais e contributivas para empregadores que recorram à precariedade, bem como a obrigatoriedade de abrirem um processo de recrutamento para o preenchimento do posto de trabalho em questão, no prazo de um mês. Entre as sanções, está, por exemplo, a proibição de a empresa se candidatar e de receber, durante o prazo de três anos, fundos comunitários ou qualquer tipo de apoio do Estado ou de receber, durante o prazo de dois anos, qualquer tipo de benefício ou isenção fiscal.

Este projeto de lei — que mereceu os votos contra apenas do PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal — segue agora para a Comissão de Trabalho, para ser analisado, discutido e, eventualmente, alvo de propostas de alteração, não sendo, por isso, certo o que virá a ser efetivamente mudado no Código do Trabalho e que medidas de 2019 serão apagadas da lei laboral.

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Mão de ferro da China leva Didi a afundar 30% na bolsa de Nova Iorque

A bolsa de Nova Iorque ainda nem abriu e as ações da Didi já estiveram a afundar 30%, uma semana depois do IPO. Na segunda-feira, Pequim ordenou que a aplicação seja retirada das principais lojas.

As ações da Didi Global estão a afundar 21,64% nas negociações antes da abertura dos mercados, para 12,17 dólares, menos de uma semana depois de os títulos terem chegado à bolsa de Nova Iorque a valerem 14 dólares cada. A oferta pública inicial tinha gerado um encaixe de 4,4 mil milhões de dólares para a empresa asiática.

A queda é uma reação dos investidores à mão de ferro das autoridades chinesas. No domingo, Pequim ordenou que as principais lojas de aplicações móveis deixem de disponibilizar a app da Didi, uma plataforma eletrónica de transporte semelhante à Uber, líder de mercado na China.

Como os mercados norte-americanos estiveram encerrados na segunda-feira, por causa do Dia da Independência, que foi assinalado no domingo, a sessão desta terça-feira será a primeira ocasião que os investidores terão para transacionarem os títulos. Segundo a Bloomberg, as ações da Didi já estiveram a valer 10,9 dólares, uma desvalorização de 30% face à cotação de fecho da última sessão.

Quem investiu na oferta pública inicial, já está a perder dinheiro. “As táticas do governo chinês aparentam ter o duplo propósito de manterem os seus líderes empresariais sob controlo, ao mesmo tempo que garantem que a dor recai principalmente sobre os investidores nos EUA, mais do que na China”, afirmou à agência financeira Michael O’Rourke, chief market strategist da JonesTrading.

A queda das ações da Didi poderá alastrar-se a outras empresas. É o caso da Uber, a segunda maior acionista da companhia, cujos títulos estão a desvalorizar 1,28% nas negociações antes da abertura das bolsas norte-americanas.

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