Irmão de Berardo também é arguido. Há 12 suspeitos

  • ECO
  • 1 Julho 2021

Jorge Berardo é suspeito de ter ajudado o irmão a esconder património dos bancos que têm procurado executar dívidas de cerca de mil milhões de euros

Jorge Sabino Rodrigues Berardo, irmão de Joe Berardo, também está na lista dos 12 arguidos do caso que investiga a relação do empresário madeirense com a banca, avança o Expresso (acesso pago).

De acordo com o jornal, Jorge Berardo é suspeito de ter ajudado o irmão a esconder património dos três bancos (Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco) que procuram há anos executar dívidas de cerca de mil milhões de euros.

Joe Berardo e o seu advogado André Luís Gomes estão detidos esta terça-feira. Respondem pelos crimes de burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança qualificada e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.

Há mais três arguidos particulares que foram constituídos no âmbito desta investigação iniciada em 2016: Carlos Santos Ferreira (ex-presidente da Caixa e BCP), Fátima Câmara (contabilista na Madeira), e Sofia Catarino (vogal do conselho de administração da Associação de Coleções). O Observador noticiou que Renato Berardo, filho de Joe Berardo, também está na lista dos arguidos.

Além destes, foram ainda constituídos seis arguidos coletivos: Sociedade Luiz Gomes & Associados, Atram Sociedade Imobiliária S.A. (detida a 100% pela mulher de Berardo, Carolina), Associação Coleção Berardo, Associação de Coleções, Moagens e Associadas SA e Metalgest – Sociedade de Gestão, SGPS, SA.

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IGCP quer até 3,75 mil milhões em dívida de curto prazo este verão

Entidade responsável pela gestão da dívida pública vai continuar a realizar leilões de longo prazo. No caso da dívida de curto prazo, irá fazer três leilões para obter até 3,75 mil milhões.

Portugal vai continuar a ir aos mercados durante o verão. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública pretende manter-se ativa no financiamento através de obrigações do Tesouro (OT), embora não revele qual o objetivo de captação de fundos neste trimestre, complementando essas operações com o financiamento de curto prazo através do qual pretende captar até 3,75 mil milhões de euros.

Na atualização do programa de financiamento para este terceiro trimestre do ano, o IGCP revela que “prevê emissões de OT através de leilões, sendo esperadas colocações de 750 a 1.000 milhões de euros por leilão”. Não refere, contudo, qual o montante global a captar, que é, geralmente, revelado dias antes do anúncio da operação.

No que toca às emissões de dívida de curto prazo, a agência liderada por Cristina Casalinho revela claramente o total de operações a realizar no mercado nestes três meses, bem como o valor a captar: 3,75 mil milhões.

O primeiro leilão de dívida de curto prazo irá ter lugar a 21 de julho, sendo esta a operação em que o montante indicativo a captar é mais elevado: até 1.500 milhões de euros, aproveitando o lançamento de uma nova linha a 12 meses.

Em agosto serão feitos os leilões de mais curto prazo, sendo também expectável captar o menor valor entre os três leilões deste verão. Já em setembro, altura em que será lançada uma outra linha a 12 meses, o IGCP espera captar até 1.250 milhões de euros.

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APECOM com nova direção. Maria Domingas Carvalhosa preside

A nova direção executiva da associação empresarial pretende reposicionar e fortalecer o setor das consultoras de comunicação.

A APECOM, associação empresarial que representa o setor das consultoras de comunicação, já elegeu os novos órgãos sociais. Maria Domingas Carvalhosa, em representação da Wisdom Consulting, irá presidir a direção.

Ricardo Salvo (CV&A), José Franco (Corpcom), Sofia Gaio (F5C), Francisco Teixeira (Hill+Knowlton Strategies) Maria João Soares (JLM) e Tiago Vidal (LLYC) completam a direção, ocupando o cargo de vice-presidentes.

“Nos próximos dois anos de mandato a nova direção da APECOM pretende, através de um esforço de unidade entre todos os seus associados, fazer face aos novos desafios e exigências que as mudanças que já se vislumbram na nossa sociedade, aceleradas por esta recente pandemia, vieram colocar às consultoras”, lê-se em comunicado.

Entre os objetivos assumidos, o novo executivo propõe-se a refletir, redefinir e reposicionar o setor da comunicação. Além disso, quer atuar em matérias como a regulamentação da atividade profissional da representação de interesses legítimos, a comunicação digital ou a ativação de marca.

As presidências da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal ficam, respetivamente, com Teresa Figueira, em representação da Central de Informação, e Salvador da Cunha, do Grupo Lift. Integram, ainda, estes órgãos, Daniel Vaz, da M Public Relations, António José Laranjeira, da Midlandcom, Mariana Vitorino, da Porter Novelli, e Renato Póvoas, da Guess What.

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Fatura pública com a saúde dispara na pandemia. Despesa dos privados cai 10%

A despesa corrente em saúde atingiu o valor mais elevado da série estatística em 2020. Valor foi influenciado pela subida nos gastos públicos, de 6,6%.

A despesa corrente pública em saúde aumentou 6,6% em 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19. Por outro lado, a despesa corrente privada recuou 10,3% no ano passado, segundo as estimativas da Conta Satélite da Saúde, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Apesar da queda no lado privado, o salto nos gastos públicos com saúde foi suficiente para se registar uma subida na despesa total no setor. O aumento foi de 0,4% no ano passado, para atingir os 20.482,0 milhões de euros, o valor mais elevado da atual série, segundo os dados preliminares do INE.

“Em consequência dos comportamentos divergentes da despesa corrente pública e da despesa corrente privada, a primeira correspondeu a mais de dois terços do total (67,6%), a proporção mais elevada desde 2010″, sinaliza o INE.

Para a queda na despesa privada, “destaca-se, em particular, a forte diminuição das consultas e cirurgias não urgentes e da atividade dos prestadores privados (a suspensão dos cheques de cirurgia, no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, de consultas e de exames não urgentes são ilustrativos desta situação), que contribuíram para a diminuição da despesa dos cidadãos em saúde”, explica o INE.

Já as “medidas adotadas para reorganizar a atividade assistencial dos prestadores públicos, centrada no cuidado e tratamento de doentes Covid-19” fizeram crescer a despesa pública. Enquanto os custos com pessoal (contratações, horas extra e outros) aumentaram 6,8%, o consumo intermédio
(equipamentos de proteção individual, medicamentos e outros) cresceu 16%.

De salientar que a despesa corrente em saúde não inclui o investimento, por exemplo relativo à compra de ventiladores e outros equipamentos para as unidades de cuidados intensivos.

Ainda assim, a pandemia desempenhou um papel central na despesa em saúde no ano passado. Em 2019, “a despesa corrente pública tinha registado uma taxa de crescimento nominal inferior à despesa corrente privada (4,9% e 6,7%, respetivamente)”, ressalva o INE, notando assim que o maior salto na fatura pública não era uma tendência.

Pandemia trava trajetória de crescimento da despesa das famílias

Quando se olha para a despesa dos principais agentes financiadores públicos e privados, é possível perceber que a pandemia levou a uma queda nos gastos das famílias, que tinham vindo a subir nos últimos anos. Já a despesa das outras entidades da administração pública e do Serviço Nacional de Saúde (SNS) cresceu.

“Estima-se uma redução do financiamento suportado pelos subsistemas de saúde públicos voluntários (-8,4%) e pelas famílias (-12,8%) devido, principalmente, à diminuição da procura de cuidados de saúde pelos cidadãos e da atividade dos prestadores privados”, esclarece o INE. O receio do contágio pela Covid-19 travou as idas ao hospital e centros de saúde.

Já as medidas adotadas para responder à pandemia, que tiveram impacto nomeadamente no aumento dos custos com o pessoal e do consumo intermédio, sustentaram o crescimento da despesa das outras entidades da administração pública (+25,6%) (que integram as entidades do Ministério da Saúde) e do SNS e dos Serviços Regionais de Saúde das Regiões Autónomas (+6,0%), sublinha o organismo estatístico.

Nesta Conta Satélite da Saúde, que usa como base 2016, são ainda atualizados números referentes a 2019. A despesa corrente dos principais prestadores aumentou: hospitais públicos (+7,0%), farmácias (+6,6%) e hospitais privados (+6,1%), nesse ano.

(Notícia atualizada às 12h05)

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Maior parte das vítimas de fraude bancária são consumidores “com pouca destreza digital”

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

Segundo a Deco, capacitar clientes e consumidores para a transição digital da banca, irá contribuir para diminuir as desigualdades no conhecimento e no acesso aos serviços bancários digitais.

A associação para a defesa do consumidor Deco alertou, esta quinta-feira, para o facto de a iliteracia digital ser umas das principais causas das fraudes bancárias, pelo que “é urgente criar formas rápidas para capacitar consumidores frágeis”.

A maior parte das vítimas dos crimes de fraude bancária são os próprios consumidores e clientes dos bancos com pouca destreza digital”, alerta Natália Nunes, coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco, que hoje irá participar, em Alvaiázere, na III edição das Conferências do Centro, dedicada ao tema “O Futuro da Banca”, que tem transmissão online.

A Deco está preocupada com a prioridade dada às empresas quando se fala na aplicação dos fundos europeus da chamada “bazuca”, sem que sejam ponderadas, em simultâneo, as ajudas de que muitas famílias irão fatalmente necessitar.

É urgente criar formas rápidas para capacitar consumidores frágeis com alguma literacia digital e financeira e, dessa forma, evitar fraudes bancárias”, afirma Natália Nunes.

Segundo a Deco, capacitar clientes e consumidores para a transição digital da banca, melhorando os níveis de literacia financeira da população socialmente mais vulnerável, irá contribuir para diminuir as desigualdades no conhecimento e no acesso aos serviços bancários digitais.

“O futuro da banca é um tema que afeta todos os portugueses. Poder debatê-lo aqui, num território de baixa densidade, confirma que muitas questões centrais para o país podem encontrar no interior novas respostas”, afirma Luís Matos Martins, CEO da Territórios Criativos, a empresa de consultadoria e de apoio ao empreendedorismo que organiza as conferências.

O responsável, citado na mesma nota, refere que a iniciativa “vai abrir portas a uma ponderação sobre formas eficazes de tornar mais acessíveis as competências digitais que a banca irá impor aos seus clientes”.

O aumento de fraudes bancárias registado nos últimos meses, muitas delas relacionadas com a aplicação MB WAY, tornou urgente a implementação de medidas específicas para prevenir estes crimes.

“A iliteracia digital é uma emergência social que se tem agravado com o desenvolvimento dos mercados financeiros, a crescente complexidade de produtos, serviços e ferramentas financeiras digitais”, afirma Luís Matos Martins.

A presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, Célia Marques, relembra o encerramento do balcão do Millennium BCP no seu concelho por “critérios de viabilidade económica” e os “transtornos graves que isso causou à população”.

“As pessoas de Alvaiázere ficaram extremamente confrangidas por não terem meios para se deslocar às sucursais mais próximas. Mas, sobretudo, ficaram limitadas por não possuírem conhecimentos suficientes para iniciar uma relação digital com o seu banco”, explica.

A III Conferência do Centro conta, ainda, entre outras, com as participações de João Orvalho (professor do ensino superior e especialista em data science), de Marco Neves (administrador executivo do BPF – Banco Português de Fomento) e de Maria Luísa Aldim (CEO da VGD Consulting).

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OMS alerta para “nova vaga” da Covid-19 na Europa

Depois de 10 semanas de recuo, os novos casos voltaram a aumentar na Europa. Menos restrições, mais ajuntamentos e viagens e a variante Delta são algumas das causas apontadas pela OMS.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, esta quinta-feira, que depois de mais de dois meses de declínio de casos de coronavírus na Europa, o número voltou a aumentar. Há risco de uma nova vaga.

“Haverá uma nova vaga na Europa, a menos que continuemos disciplinados”, disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, durante uma conferência de imprensa.

Já “na semana passada, o número de casos aumentou 10%, impulsionado pelo aumento das viagens, ajuntamentos e flexibilização das restrições sociais”, avisou.

Além das razões mencionadas, Hans Kluge também aponta a variante Delta como causa dos problemas da Europa. “[A variante] Delta ultrapassa a Alfa muito rapidamente e já está a traduzir-se num aumento do número de hospitalizações e mortes. Em agosto, a variante será dominante na Europa.”

O problema, segundo o responsável, é que em agosto a região não estará totalmente vacinada (ainda há muitos europeus à espera da primeira dose da vacina) e, além disso, estima que as restrições não deverão ser impostas pelos governos europeus durante o verão, mantendo-se os países abertos aos turistas.

Para Kluge estão, assim, reunidas as condições para uma nova vaga de hospitalizações e mortes em excesso antes do outono: novas variantes, atraso na vacinação e aumento dos ajuntamentos sociais.

E lembrou: “As vacinas são eficazes contra a variante Delta. Não uma dose, mas duas doses. Os atrasos em vacinar custam vidas e economias, e quanto mais lenta for a vacinação, mais variantes irão emergir“. Pior, o diretor para a Europa indicou que metade dos idosos e 40% dos profissionais de saúde europeus estão ainda por vacinar – longe da meta de vacinar 80% da população adulta.

Tome a vacina. Não pense duas vezes“, concluiu.

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Com um milhão de hóspedes em maio, turismo recuperou, mas continuou abaixo dos níveis pré-pandemia

O setor turístico continuou a recuperar em maio, embora ainda abaixo de níveis pré-pandemia. Britânicos representaram 25% das dormidas dos estrangeiros.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam um milhão de hóspedes em maio, um aumento de 680% face ao ano passado, o que mostra que o setor continuou a dar os primeiros passos na recuperação. Ainda assim, manteve-se longe dos níveis pré-pandemia, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicada esta quinta-feira.

Em abril, os alojamentos turísticos nacionais receberam um milhão de hóspedes, num total de 2,1 milhões de dormidas. Estes números representam disparos de 681,3% e 687,7%, respetivamente. Ainda assim, apesar de mostrarem uma forte recuperação (iniciada em abril), continuam abaixo dos números de 2019. Comparando com maio desse ano, o número de hóspedes caiu 62,3% enquanto o número de dormidas desceu 68,6%.

Numa análise mais fina aos hóspedes, o mercado interno (peso de 61,2%) contribuiu com 1,26 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais totalizaram 800,1 mil. Dentro do mercado internacional, os britânicos representaram um quarto das dormidas em maio, seguindo-se os mercados espanhol (14,3%), alemão (10,8%) e francês (9%).

A 17 de maio, Boris Johnson permitiu a vinda de britânicos para Portugal, o que levou a um aumento das reservas, sobretudo no Algarve e na Madeira. Por isso, esses dados refletem essas duas últimas semanas de maio. Contudo, no final desse mês, o Downing Street mudou de ideias e retirou Portugal da “lista verde”, obrigando os britânicos que voassem para cá a fazer quarentena no regresso a casa.

No que toca às localizações mais procuradas, o Algarve concentrou 24,7% das dormidas naquele mês, seguido da Área Metropolitana de Lisboa (20,1%), do Norte (19,7%) e do Centro (15%), refere o INE. A estada média nos estabelecimentos turísticos (2,08 noites) aumentou 0,8% (-27,2% em abril).

(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)

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Dinheiro para apoiar emprego leva dívida pública para os 274,8 mil milhões

A dívida pública, na ótica de Maastricht, subiu 2,1 mil milhões de euros em maio para os 274,8 mil milhões de euros. O rácio tinha subido para um novo máximo de 137,1% do PIB no primeiro trimestre.

A dívida pública, na ótica de Maastricht (a que interessa a Bruxelas), subiu 2,1 mil milhões de euros em maio para os 274,8 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Em abril, a dívida pública tinha descido 2,5 mil milhões de euros, após o máximo de março, e o rácio terminou o primeiro trimestre num novo recorde: 137,1% do PIB.

Para esta subida contribuiu o acréscimo de empréstimos, por via, essencialmente, do recebimento da segunda tranche do empréstimo da Comissão Europeia (2,4 mil milhões de euros) ao abrigo do instrumento europeu SURE“, explica o banco central em comunicado. Essa transferência foi feita no final do mês de maio na forma de empréstimo com juros baixos para proteger o emprego e ajudar a pagar outros custos da pandemia.

O IGCP estima que Portugal poupe entre 14 a 15 milhões por ano só com a primeira tranche de 3 mil milhões de euros que foi recebida em dezembro, tal como o ECO noticiou, num total de 204 e 219 milhões até ao fim do empréstimo. O país terá de começar a reembolsar o dinheiro recebido da Comissão Europeia ao abrigo do SURE daqui a oito anos.

Dívida pública sobe 2,1 mil milhões de euros entre abril e maio por causa do SURE

Fonte: Banco de Portugal.

Quanto ao rácio de endividamento público, este subiu 3,5 pontos percentuais no primeiro trimestre face ao quarto trimestre de 2020 (133,6% do PIB). Este é o resultado de dois efeitos: por um lado, o PIB contraiu 3,3% no primeiro trimestre face ao quarto trimestre; por outro lado, o montante mensal da dívida pública cresceu 4,8 mil milhões de euros no primeiro trimestre.

Apesar desta subida no início de 2021, a expectativa é que o rácio diminua nos próximos trimestres dada a forte recuperação da economia, o que deverá levar a crescimentos do PIB de dois dígitos no segundo trimestre. A previsão do Governo é chegar ao final do ano com um rácio da dívida pública de 128% do PIB, menos 5,6 pontos percentuais do que o de 2020. Esta previsão tem subjacente um crescimento anual da economia de 4% e um défice de 4,5% do PIB em 2021, mas estas estimativas poderão mudar quando for apresentado o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022).

Sobre os dados mensais, os números do banco central revelam ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas — a chamada “almofada financeira” — aumentaram 1,3 mil milhões de euros para os 20,6 mil milhões de euros. Assim, a dívida pública líquida de depósitos aumentou 800 milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 254,2 mil milhões de euros.

A próxima atualização dos dados do endividamento público ocorre a 2 de agosto.

(Notícia atualizada às 11h18 com mais informação)

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Calibração dos novos processos financeiros: o carácter definitivo das soluções de improviso

  • ECO + EY
  • 1 Julho 2021

Gonçalo Cardoso, Senior Manager EY, Global Compliance & Reporting Services explica como é que a função financeira pode contribuir para o contexto futuro e dos três pilares do seu novo modelo hibrido.

A pandemia Covid-19 acelerou de forma inevitável e premente uma realidade para a qual apenas algumas organizações se encontravam preparadas: o trabalho remoto.

Organizações de diferentes dimensões e estágios de digitalização tiveram de reagir com rapidez a uma situação sem precedentes, onde a tecnologia, resiliência, agilidade e redefinição de processos desempenharam um papel preponderante.

Os últimos 18 meses constituíram um período de procura de soluções (muitas vezes) de remediação e sobrevivência, que se acredita que nos levam a um ponto sem retorno: a reinvenção da função financeira das organizações.

Gonçalo Cardoso, Senior Manager EY, Global Compliance & Reporting Services.

Com a evolução da pandemia, é tempo de proceder à avaliação das novas abordagens e projetar de que forma poderão contribuir os departamentos financeiros das organizações num contexto futuro, assente num modelo que, tudo indica, será híbrido e terá por base três pilares:

  • As pessoas – Inevitavelmente, as pessoas continuarão a desempenhar um papel chave nas organizações, sendo fundamental criar medidas que permitam fomentar o compromisso, a criatividade e alinhamento com os objetivos, processos/tarefas, que conjugados com uma forte componente tecnológica, tenderão a ser, cada vez mais, centrados na análise e revisão da informação financeira e não na sua preparação.
  • Os processos – Assume especial preponderância revisitar as alterações introduzidas durante o “período pandémico”, fazer o comparativo entre o passado e o presente, avaliar as forças e fraquezas da mudança e documentar em conformidade. A documentação dos processos financeiros tem sido ao longo dos tempos uma das áreas mais menosprezadas, sendo fulcral proceder à sua recuperação e atualização, tendo em conta a implementação de tecnologia, por forma a garantir a sustentabilidade, agilidade da função financeira, em tempos de mudança e incerteza, para que a informação financeira tenha a qualidade e tempestividade adequada à tomada de decisão.
  • A tecnologia – É igualmente fundamental aferir se a tecnologia introduzida e/ou adaptada é aquela que melhor se coaduna com as necessidades da organização, bem como garantir que tem as bases necessárias para poder alicerçar modelos de trabalho essencialmente digitais e remotos, que deverão ter, na sua génese, ferramentas apropriadas e dotadas de soluções robustas e ágeis que permitam a redução de tarefas manuais, repetitivas e sujeitas a erro.

O desafio pode ser grande, mas as oportunidades e benefícios que podem resultar deste novo paradigma, acredita-se, que são imensuravelmente maiores. A função financeira das organizações terá necessariamente que se autoavaliar e, muitas vezes, procurar parceiros experientes que consigam apoiar na calibração destes três pilares de forma transversal e equilibrada, sob pena de as soluções de improviso/recurso se tornarem definitivas mas inapropriadas.

Para saber mais sobre Tax & Finance, visite a página da EY. Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Banco Montepio vende 19% de empresa de minas por 67 milhões

Banco liderado por Pedro Leitão desfez-se da posição que detinha na Almina, uma empresa mineira de Aljustrel e que esteve no centro de uma polémica há quatro anos.

O Banco Montepio vendeu a participação de 19% que tinha na Almina, uma empresa mineira de Aljustrel. A operação permitiu um encaixe financeiro bruto de 67 milhões de euros, mas terá impacto nulo no resultado deste ano.

Em comunicado enviado ao mercado, o banco liderado por Pedro Leitão adianta que o negócio terá um impacto positivo nos seus rácios de capital, “estimado em base proforma no final do primeiro trimestre de 2021, de 7 pontos base no rácio Common Equity Tier 1 e 9 pontos base no rácio de Capital Total, em ambos os casos traduzindo a diminuição dos ativos ponderados pelo risco”.

Em causa está a venda de 9.500 ações da Almina, equivalente a 19% do capital social da empresa de minas, com o banco a não revelar a identidade do comprador. Apenas diz que “a concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de contínua redução de ativos não estratégicos e constitui uma das medidas de aumento dos rácios de capital conforme previsto no Plano de Financiamento e Capital”.

A Almina esteve no centro de uma polémica há quatro anos, quando o banco tentou desfazer-se do ativo através da criação de um veículo (Vogais Dinâmicas) com a Martifer.

A operação gerou muitas dúvidas. Seria o próprio banco a financiar a Vogais Dinâmicas para adquirir os 19% da Almina ao banco. No âmbito deste negócio, a EY avaliou a participação em 93 milhões de euros, o que iria permitir ao banco registar uma mais-valia de 24 milhões nas contas. A operação não chegou a avançar depois das dúvidas levantadas pela KPMG e de o conselho de supervisão do Montepio ter abortado o negócio.

O Banco Montepio, detido na quase totalidade pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), registou prejuízos de 16 milhões de euros no primeiro trimestre do ano.

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Bloq.it quer duplicar equipa até ao final do ano. Já começou a recrutar

A startup portuguesa que desenvolve tecnologia para cacifos inteligentes tem, neste momentos, uma equipa de oito colaboradores. O objetivo é ter o dobro dos elementos no final de 2021.

A Bloq.it pretende duplicar a equipa até ao final do ano, passando dos atuais 8 elementos para 16 colaboradores. Neste momento, a startup portuguesa tem vagas para diferentes áreas, desde a engenharia informática ao desenvolvimento de negócios.

“Apesar da pandemia, a Bloq.it tem conseguido ultrapassar os desafios que surgem e continuar a fazer a diferença, criando soluções que são essenciais ao que a ‘nova realidade’ exigiu. Neste momento estamos à procura de pessoas ambiciosas e prontas a integrarem uma equipa em rápido crescimento para continuar a desenvolver tecnologia para cacifos inteligentes”, afirma João Lopes, COO e cofundador da startup, citado em comunicado.

A empresa procura candidatos criativos, organizados, preparados para desafios, com abordagem prática e motivação.

A Bloq.it está presente em mercados internacionais como Holanda, França, Grécia, Jordânia, Espanha e Peru. No próximo ano, a empresa espera continuar a expansão da tecnologia dos cacifos inteligentes e ajudar negócios de setores como o retalho, logística e distribuição a manter a atividade e ultrapassar os desafios gerados pela pandemia.

Os interessados podem obter mais informação e enviar a sua candidatura através do LinkedIn da startup.

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BCE admite dividendos na banca a partir de outubro

  • Lusa
  • 1 Julho 2021

“A melhoria das perspetivas económicas, graças aos rápidos progressos nas campanhas de vacinação, reduziu a probabilidade de cenários graves”, apontou Christine Lagarde.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse esta quinta-feira que, devido à “melhoria das perspetivas económicas”, a recomendação contra repartição de dividendos na banca poderá expirar no final de setembro, admitindo distribuição em outubro.

“O Conselho Geral […] observou que, se as condições económicas e do setor financeiro não se deteriorarem, a nossa recomendação sobre a restrição das distribuições que inclui os dividendos durante a pandemia de covid-19 poderá caducar no final de setembro de 2021”, declarou Christine Lagarde, falando por videoconferência numa audição da comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.

A responsável justificou que “a melhoria das perspetivas económicas, graças aos rápidos progressos nas campanhas de vacinação, reduziu a probabilidade de cenários graves”, numa altura em que mais de 60% dos adultos europeus recebeu pelo menos uma dose da vacina anticovid-19.

A questão da distribuição de dividendos nos bancos será analisada pelo Conselho Geral do BCE na próxima reunião, de 23 de setembro, depois de o banco central ter solicitado às instituições financeiras da zona euro que se abstivessem ou se limitassem na repartição de lucros até 30 de setembro deste ano, devido à instabilidade económica criada pela pandemia.

Em concreto, o banco central pediu que, a existir distribuição de dividendos neste período, não fosse superior a 15% dos lucros acumulados entre 2019 e 2020. Situação essa que Christine Lagarde admite ser revertida a partir de outubro.

“É claro que a recuperação em curso ainda acarreta incerteza, também devido à propagação de mutações do vírus”, assinalou a responsável, numa altura em que a variante Delta – detetada na Índia e mais transmissível que qualquer outra – se continua a propagar no espaço comunitário.

De acordo com a responsável, as “preocupações” do BCE incidem então, nesta “fase atual da pandemia”, sobre “a instabilidade financeira ou a passagem de riscos de liquidez no setor empresarial não financeiro para vulnerabilidades nas contas nesse mesmo setor”.

“O forte crescimento dos empréstimos na fase inicial da pandemia, suportado por generosas medidas de apoio à liquidez, resultou num maior endividamento das empresas. Isto é especialmente verdade para as pequenas empresas e, claro, para os setores vulneráveis”, observou Christine Lagarde.

Por isso, “é importante evitar que a combinação de dívidas elevadas e lucros mais fracos, especialmente nos setores mais duramente atingidos pela crise, conduza a insolvências de empresas que são viáveis a médio prazo”, vincou. “Caso contrário, isto poderá impulsionar os custos económicos desta crise e, como segundo efeito direto, aumentar o risco para as carteiras de empréstimos bancários”, alertou a responsável.

Christine Lagarde adiantou ser “igualmente importante lidar eficazmente com as insolvências de empresas viáveis, para que os recursos possam ser reafetados de forma mais produtiva e rápida”. “Ainda estamos à frente da curva no que respeita às vulnerabilidades relacionadas com a dívida de empresas não financeiras”, concluiu.

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