Tecnologia ao serviço da internacionalização empresarial

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  • 17 Novembro 2022

A AEP, através do projeto Next Challenge Asia, vai apoiar as PME portuguesas que pretendam traçar uma estratégia de internacionalização com o Japão, a Coreia do Sul e a China.

O Next Challenge Asia é um projeto promovido pela AEP e cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia, que visa apoiar as PME portuguesas a diversificarem os seus mercados de exportação em três países com potencial económico – o Japão, a Coreia do Sul e a China.

Para atingir os objetivos, a AEP delineou uma série de atividades de capacitação das PME portuguesas e de promoção dos produtos portugueses nos mercados em destaque para o projeto.

Dentro das atividades propostas inclui-se o lançamento de três ferramentas digitais de utilização totalmente gratuita, que permitem aos empresários diagnosticar o interesse dos mercados, avaliar o grau de preparação da empresa para iniciar a internacionalização e delinear uma estratégia para fazê-lo com sucesso.

A Business Intelligence é a primeira dessas ferramentas e dedica-se à caracterização dos três mercados, de forma a permitir às empresas comparar e identificar oportunidades e características chaves de cada um, a fim de auxiliar na tomada de decisão.

Através da Business Knowledge, segunda ferramenta do projeto, é possível diagnosticar o nível de preparação atual (no que diz respeito aos fatores críticos de sucesso) para a iniciação de um processo de internacionalização nos mercados asiáticos alvo. Os utilizadores precisam apenas de responder a um inquérito sobre seis tópicos essenciais – conhecimento, capital humano, capital relacional, capacidade financeira, reputação e visão internacional.

A terceira ferramenta disponível no projeto é a Business Strategy e dedica-se à preparação do plano estratégico individual de abordagem aos mercados através de um questionário que avalia aspetos essenciais da envolvente interna e externa da empresa e do estabelecimento de objetivos a curto e médio prazo. Daqui, resulta uma estratégia de definição de segmentos de mercado, posicionamento e marketing-mix.

As três ferramentas digitais – Business Intelligence, Business Knowledge, Business Strategy

Estas ferramentas podem ser utilizadas em separado ou em conjunto, sendo que a utilização das três assegura uma tomada de decisão mais eficiente e completa.

Como complemento, e de forma a reforçar o objetivo de munir as PME de informação relevante para todo este processo, o projeto disponibiliza ainda de forma gratuita Guias Digitais com informação relevante sobre os países, tais como a cultura empresarial, oportunidades e constrangimentos de acesso aos mercados ou apoios e incentivos de que as empresas podem beneficiar.

O projeto Next Challenge Asia destina-se a micro e PMEs portuguesas das fileiras Agroalimentar, Casa, Materiais de Construção e Infraestruturas (Água e Energia), no entanto as ferramentas são de utilização gratuita e podem ser acedidas por todos os empresários, independentemente da fileira que representam. Pode encontrar os conteúdos aqui.

Portugal Premium Experience: Os produtos portugueses em destaque

No âmbito do projeto está prevista a realização de quatro ações de promoção dos produtos portugueses – uma em cada um dos três mercados-alvo e outra delas já realizada em Portugal, em outubro deste ano, no Portugal Premium Experience.

O Portugal Premium Experience trouxe a Portugal cerca de 30 potenciais parceiros de negócio japoneses, sul-coreanos e chineses, para um programa de três dias, onde puderam contactar com empresários portugueses, visitar fábricas e empresas, participar em palestras, workshops setoriais e sessões de networking.

Portugal Premium Experience

Para 2023 estão previstas ações de promoção do Portugal Premium Experience em Tóquio, Seul e Pequim, em datas a anunciar brevemente.

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Corticeira Amorim junta 150 colaboradores para plantar 3.000 sobreiros

Desde 2011 que os colaboradores do grupo de transformação de cortiça colaboram nesta atividade, tendo já contribuído para a plantação de 24.500 árvores em Portugal.

Uma centena e meia de voluntários da Corticeira Amorim vai juntar-se já no próximo sábado, 19 de novembro, a partir das 10h, na Quinta Grande, em Coruche, para a plantação de 3.000 sobreiros. A iniciativa, em parceria com a Quercus, surge no âmbito do “Green Cork”, e integra-se nas comemorações do centésimo aniversário da Amorim Cork, unidade de rolhas da Corticeira Amorim. Desde 2011 que os colaboradores do grupo de transformação de cortiça já contribuíram para a plantação de 24.500 árvores em Portugal.

“Os montados de sobro (florestas de sobreiros) regulam ciclos hidrológicos, protegem contra a erosão dos solos, fomentam uma biodiversidade de relevância, diminuem o risco de desertificação e são barreiras contra incêndios, importantes sumidouros naturais de CO2 e motores de desenvolvimento social, ambiental e económico”, explica a Corticeira, em comunicado.

E detalha: “Social porque asseguram trabalho em toda a sua cadeia de valor, nomeadamente nas áreas rurais, fixando as populações; ambiental visto que o montado, parte integrante de um dos 36 hotspots mundiais de biodiversidade, fornece valiosos serviços dos ecossistemas; e económico tendo presente o contributo para a criação sustentada de valor em toda a fileira.”

A empresa fomenta também vários programas de recolha e reciclagem de rolhas de cortiça e adota os princípios basilares da economia circular ao utilizar todos os subprodutos de transformação da cortiça. “O desígnio é alavancar a consciência ecológica da sociedade contemporânea, estimular uma economia de baixas emissões de carbono e favorecer a redução dos impactos ambientais”, refere.

Lançado pela Quercus em 2008, o projeto Green Cork apresenta-se como o primeiro programa estruturado de recolha seletiva visando a reciclagem de rolhas de cortiça, contando com o apoio da Corticeira Amorim desde o arranque.

Em 2019, numa ação concertada com a associação ambientalista e a Missão Continente, o Green Cork distribuiu 500 000 «Rolhinhas» (depósitos para recolha de rolhas de cortiça) entregues pelas lojas Continente ao público para incentivar a reciclagem de rolhas, contribuindo para a reflorestação das florestas portuguesas através do Floresta Comum (projeto de rearborização do Green Cork).

Até à data, a iniciativa recolheu mais de 100 milhões de rolhas, tendo permitido, ao mesmo tempo, a plantação de mais de 1,3 milhões de árvores.

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Economia reage ao Tribunal de Contas: “Valores orçamentados para as medidas devem ser tomados como uma estimativa”

"Governo teve a capacidade, flexibilidade e humildade de adaptar as medidas inicialmente pensadas, reforçando-as orçamentalmente, sempre que necessário e possível", diz o Ministério da Economia.

O Tribunal de Contas denunciou esta quinta-feira que dois terços da ajuda prometida pelo Governo na pandemia ficaram pelo caminho, depois de analisar a eficácia das 24 medidas identificadas pelo Ministério da Economia, então gerido por Pedro Siza Vieira para o efeito. As conclusões da entidade liderada por José Tavares são explicadas pela Horta Seca com a incerteza do momento que se vivia e a necessidade de tomar “decisões de imediato”.

“O Governo teve a capacidade, flexibilidade e humildade de adaptar as medidas inicialmente pensadas, reforçando-as orçamentalmente, sempre que necessário e possível, e reconfigurando-as sempre que tal se revelou adequado a bem da economia portuguesa”, recorda o Ministério da Economia, em comunicado enviado às redações.

Sem desmentir as conclusões do tribunal, o Ministério defende que “os valores orçamentados para as medidas devem ser tomados como uma estimativa, muitas vezes desenvolvida sem o desejável conhecimento sobre as diferentes variáveis, apenas estimáveis com prazos que impediriam a tomada de decisão que se impunha”.

Notando que a recessão de 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, em 2020 foi “mais acentuada do que na média dos países da área do euro (6,6%) e mais expressiva do que a prevista no Orçamento Suplementar (6,9%) em junho de 2020”, o Tribunal de Contas nota que, contudo, só foi “gasto com as medidas de reação à pandemia menos de 10% (98 milhões de euros) da despesa orçamental do Programa Orçamental Economia (1.006 milhões de euros)”.

No relatório, a instituição considera ainda que “a informação prestada sobre as medidas extraordinárias não foi completa, nem suficiente, não tendo promovido a responsabilização, a transparência e o escrutínio públicos quanto à eficácia dessas medidas em atingir os seus objetivos e assegurar a recuperação do impacto adverso da pandemia na economia”.

Pedro Siza Vieira, na altura ministro da Economia, recusou comentar o relatório. Questionado pelos jornalistas esta quinta-feira, à margem do 33.º Congresso da Hotelaria e Turismo, em Fátima, disse que “o relatório não é sobre o [antigo] ministro”. “O ministério se quiser que responda”, acrescentou.

(Notícia atualizada às 14h48 com declarações de Pedro Siza Vieira)

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Estado tem 50 milhões para comprar e depois alugar imóveis de empresas do turismo e indústria

Objetivo é "disponibilizar liquidez que permita o investimento por parte das empresas, sobretudo, na adaptação, requalificação e modernização dos imóveis".

O Governo vai lançar esta quinta-feira um novo programa para a reabilitação de imóveis, com uma dotação de 50 milhões de euros, destinado às empresas do turismo e da indústria, anunciou o ministro da Economia. Chama-se “Call 50 | Turismo e Indústria”.

A ideia é que o Governo, através dos fundos de investimento imobiliário geridos pela Turismo Fundos, possam adquirir os imóveis de empresas do turismo e da indústria e, subsequente, os arrendem às empresas em questão com contratos de longo prazo. De acordo com os detalhes do programa, está ainda prevista a opção de recompra por parte das empresas.

O objetivo é “disponibilizar liquidez que permita o investimento por parte das empresas, sobretudo, na adaptação, requalificação e modernização dos imóveis afetos à atividade turística ou industrial”, lê-se.

Assim, o programa destina-se, essencialmente, a empresas que sejam proprietárias de imóveis afetos à atividade turística ou industrial. Complementarmente, são também elegíveis, em operações de sale, invest and lease, as empresas que, não sendo proprietárias de imóveis afetos à atividade turística, se proponham investir na sua requalificação e no seu subsequente arrendamento.

E ainda as empresas que, não sendo proprietárias de imóveis não afetos à atividade turística, e que se situem em territórios de baixa densidade, se proponham investir na sua reconversão para utilização turística e no seu subsequente, refere o Ministério da Economia, em comunicado enviado esta quinta-feira.

O montante máximo por operação é de seis milhões de euros e o preço de aquisição corresponderá, no máximo, a 85% da média do valor das avaliações imobiliárias. O valor da renda resulta da aplicação de uma taxa fixa de 4% sobre o valor de aquisição. Nos territórios de baixa densidade, a taxa pode ser reduzida até aos 2,5 % (taxa fixa).

As empresas interessadas deverão submeter as suas propostas através de um formulário, disponível aqui.

(Notícia atualizada às 14h55 com mais informação)

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Reino Unido apresenta plano de aumento de impostos

  • Lusa
  • 17 Novembro 2022

Economia britânica vai manter-se abaixo dos níveis pré-pandemia até ao final de 2024, segundo previsões oficiais. Forte subida dos custos da energia retira poder de compra.

O Reino Unido vai registar uma queda de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, enquanto a inflação também deverá descer para 7,4%, revelou nesta quinta-feira o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, no parlamento britânico. O Governo apresentou um plano de cortes na despesa pública e aumento de impostos no valor de 55.000 milhões de libras (63.000 milhões de euros).

Com base nas estimativas do Gabinete de Responsabilidade Orçamental [Office for Budget Responsibility, OBR), Hunt admitiu que “o Reino Unido, tal como outros países, está agora em recessão”.

“De um modo geral, este ano, a economia ainda deverá crescer 4,2%. O PIB cai então em 2023 em 1,4%, antes de subir” 1,3% em 2024, 2,6% em 2025 e 2,7% em 2027, adiantou Hunt. Por conta disto, a economia britânica vai manter-se abaixo dos níveis pré-pandemia até ao final de 2024.

O ministro acrescentou que “os preços mais elevados da energia explicam a maior parte da revisão em baixa do crescimento acumulado desde março“, cuja responsabilidade atribuiu ao impacto da invasão russa da Ucrânia.

Com base nas estimativas do Gabinete de Responsabilidade Orçamental, cujo relatório completo será publicado esta tarde, a taxa de inflação, que atingiu 11,1% em outubro, vai descer até 9,1% em dezembro e para 7,4% no próximo ano.

Segundo Hunt, as medidas que o Governo apresentou hoje de cortes na despesa pública e aumento de impostos no valor de 55.000 milhões de libras (63.000 milhões de euros) “ajudam a inflação a cair acentuadamente a partir de meados do próximo ano”.

O Governo britânico também antecipa um aumento do desemprego dos atuais 3,6% para 4,9% em 2024, mas este valor deverá voltar a descer.

O ministro das Finanças revelou também que nos próximos cinco anos o Reino Unido vai reduzir o volume de endividamento para mais de metade.

Este ano, disse, o executivo deverá endividar-se em 177 mil milhões de libras (203.000 milhões de euros), correspondente a 7,1% do PIB, mas em 2023 deverá descer para 140.000 milhões de libras (160.000 milhões de euros), equivalente a 5,5% do PIB e em 2027 e 2028 para 69.000 milhões de libras (79.000 milhões de euros), 2,4% do PIB.

Como resultado, o rácio da dívida pública em relação ao PIB deverá cair de um máximo de 97,6% em 2025 e 2026 para 97,3% em 2027 e 2028.

A revisão das projeções foi feita no âmbito de um orçamento extraordinário destinado a tapar um “buraco” nas contas públicas estimado em 55.000 milhões de libras (63.000 milhões de euros) com cortes na despesa pública e aumento de impostos.

“Hoje apresentamos um plano para enfrentar a crise do custo de vida e reconstruir a nossa economia. As nossas prioridades são a estabilidade, o crescimento e os serviços públicos”, afirmou Hunt.

O ministro disse que o plano “também conduz a uma recessão mais baixa, contas de energia mais baixas, crescimento mais elevado, e um sistema de ensino e NHS [sistema de saúde público] mais forte”.

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Resultados da banca portuguesa melhoram, mas inflação traz riscos, alerta DBRS

A DBRS alerta para o impacto da inflação e dos preços da energia, a médio prazo, na qualidade dos ativos dos bancos.

O crescimento da receita e menores provisões sustentaram os resultados da banca portuguesa nos primeiros nove meses do ano, nota a DBRS. No entanto, a agência de notação financeira alerta que há riscos na qualidade dos ativos a médio prazo, que se prendem com a inflação e os altos custos de energia.

Num relatório que analisa a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Novobanco, Montepio, BPI e Santander Totta, a DBRS começa por apontar que o resultado líquido total dos maiores bancos portugueses “quase duplicou face ao mesmo período em 2021, principalmente devido a maiores receitas e menores provisionamentos e imparidades cobranças”.

Os lucros totais até setembro foram de 1.913 milhões de euros, acima dos 1.043 milhões no mesmo período de 2021. “A maioria dos bancos ultrapassou os níveis de lucro pré-pandemia, beneficiando de um significativo aumento da margem financeira e das comissões, fruto de um ambiente de taxas mais favorável e recuperação sustentada da economia pós-pandemia, em particular nos setores orientados para exportações e no turismo”, salienta a agência de rating.

No entanto, os resultados de alguns bancos “continuaram a refletir o impacto das medidas de reestruturação, como simplificação corporativa, alienação de ativos não essenciais, bem como mudanças regulatórias recentes”.

A DBRS nota que a “qualidade dos ativos permaneceu resiliente apesar do ambiente mais desafiador”. Contudo, alerta que “a pressão inflacionista persistente e os altos custos de energia adicionará stress aos devedores e aumentará os riscos de qualidade de ativos no médio prazo”.

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Empresas interessadas em participar no piloto da semana de quatro dias já podem candidatar-se

Durante os próximos três meses vão decorrer várias sessões de esclarecimento com as empresas interessadas em saber mais sobre o projeto. A primeira sessão acontece já esta sexta-feira.

As empresas do setor privado que queiram fazer parte da experiência da semana de quatro dias de trabalho, organizada pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, já podem manifestar o seu interesse no site criado para o efeito. De 18 de novembro e 20 de janeiro haverá cinco sessões de esclarecimento. No final, as organizações partilharão a sua decisão final sobre a participação — ou não — no projeto-piloto, noticiou o Público.

“Estamos à procura de empresas em todos os setores. Desde empresas no setor das tecnologias, que sabem que, para contratar os melhores, têm de oferecer mais do que um bom salário, até restaurantes, onde a rotação de trabalhadores e os constantes problemas de recrutamento têm levado a uma perda de clientes e tornado o dia a dia insustentável. Estamos à procura de fábricas, que tenham grandes problemas de absentismo, e empresas de consultoria ou de outros serviços que achem importante os trabalhadores voltarem para o escritório, mas compreendem que o trabalho não pode voltar a ser como antes da pandemia”, diz Pedro Gomes, o economista e professor da Universidade de Londres que vai coordenar o projeto-piloto, num vídeo publicado no YouTube.

Pedro Gomes salienta ainda que qualquer empresa, independentemente da sua dimensão ou localização, pode participar na experiência. “Fica aqui o meu desafio para as empresas portuguesas, para que se juntem a nós e experimentem a semana de quatro dias. A experimentação faz parte do ADN das melhores empresas. É tão natural as empresas testarem novos produtos, experimentarem novos fornecedores, diferentes técnicas de publicidade ou variações nos preços, porque não experimentar uma forma diferente de organizar o trabalho?”, apela o economista.

O maior risco que as vossas empresas enfrentam não é experimentarem a semana de quatro dias ao longo de seis meses, mas sim que um dos vossos maiores concorrentes se antecipe“, acrescenta.

As empresas interessadas podem preencher o formulário de inscrição disponível no site do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), onde devem indicar o que motiva o potencial interesse em aderir ao programa-piloto da semana de quatro dias, quais os benefícios que esperam atingir e em qual das cinco sessões de esclarecimento pretendem participar.

O projeto-piloto, a realizar durante seis meses em empresas do setor privado, com o objetivo de avaliar os impactos desta modalidade de gestão do horário laboral, nas empresas, nos trabalhadores e nas suas famílias, não implicará corte de salário, apenas redução de horas semanais. As organizações que participarem no projeto — voluntário e reversível — não terão contrapartida financeira. O Estado dará apenas suporte técnico e administrativo para apoiar a transição.

Entre março e maio será feita a preparação da experiência-piloto, que arrancará, posteriormente, em junho e se prolongará até novembro de 2023.

Piloto não reúne consenso

O piloto não reúne consenso, nem junto dos sindicatos, nem do patronato. E na Função Pública os próprios sindicatos questionam o projeto.

No setor empresarial, na área do turismo — setor que atravessa período de forte escassez de pessoas –, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, considera até a semana de trabalho mais curta uma “vergonha nacional”.

“Se for um horário de trabalho em que as 40 horas são trabalhadas em apenas quatro dias, isso obriga a uma flexibilidade e, para algumas unidades, até poderia ser produtivo“, disse, durante o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que decorre até esta sexta-feira em Fátima.

“Numa indústria em que sentimos que há uma redução da qualidade de serviço, nesta fase do campeonato, passar para quatro dias [de trabalho] e manter a carga horária é um desastre, um tiro nos pés”, afirma. “Depois da questão do novo aeroporto, é a segunda maior vergonha nacional”,

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Atividade económica e consumo privado estão a abrandar

Ambos os indicadores têm vindo a registar uma desaceleração nos últimos meses, mas esta é mais pronunciada no consumo privado. 

Os indicadores coincidentes do Banco de Portugal (BdP) apontam para um abrandamento da atividade económica e do consumo privado em setembro deste ano, segundo os dados divulgados esta quinta-feira.

O indicador que mede a atividade económica registou uma variação homóloga de 6,2% em setembro, depois de uma subida de 6,5% no mês anterior. Já o consumo privado evoluiu 2,3%, abaixo dos 2,9% verificados em agosto deste ano, de acordo com as estatísticas da instituição liderada por Mário Centeno.

Ambas as métricas já têm vindo a registar uma desaceleração nos últimos meses, nomeadamente desde o verão, mas esta é mais pronunciada no consumo privado.

Esta quinta-feira foi também divulgado o indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal, que na semana terminada a 13 de novembro “aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade inferior à observada na semana anterior”.

Este indicador, que cobre diversas dimensões como o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, consumo de eletricidade e de gás natural, carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e compras efetuadas com cartões, permite “identificar atempadamente alterações na atividade económica”. Está também a mostrar uma travagem.

Apesar destes dados, o ministro das Finanças sinalizou esta quarta-feira que acredita que a economia portuguesa vai conseguir escapar a um cenário de contração no último trimestre deste ano – “seria mais positivo do que muitos analistas pensam” –, contribuindo para que o crescimento do PIB supere a estimativa inscrita na proposta de Orçamento do Estado para 2023. Fernando Medina prevê ainda assim uma “desaceleração significativa” no próximo ano, com o Executivo socialista a prever um abrandamento para 1,3%.

Já Mário Centeno alertou que “um cenário prolongado de inflação trará incerteza, perda de confiança dos agentes económicos e uma inevitável recessão”. Por esta razão, o governador do BdP defendeu a atuação do Banco Central Europeu na subida das taxas de juro para controlar a escalada da inflação e considerou que “não agir teria um custo recessivo maior”.

Recorde-se que a economia cresceu 0,4% em cadeia no terceiro trimestre, com uma evolução homóloga de 4,9%. Para o quarto trimestre, os economistas ouvidos pelo ECO falam de estagnação, valores marginalmente negativos, forte desaceleração. As estimativas apontavam para um crescimento do PIB este ano entre 6% e 6,5%, sendo que na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Executivo aponta para um crescimento de 6,5% este ano.

No entanto, Medina apontou que “mesmo que o crescimento [em cadeia] seja zero no quarto trimestre, vamos ter uma taxa de crescimento de 6,7% em 2022, uma das mais elevadas da Europa”.

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Brasil ganha mundial, Portugal fica em sétimo, diz a universidade de Oxford

  • ECO
  • 17 Novembro 2022

Brasil, Argentina e, a fechar o pódio, os Países Baixos são as seleções com a maior probabilidade de vencer o Mundial 2022, segundo a Universidade de Oxford. Portugal surge na sétima posição.

Mesmo ainda sem o Mundial no Qatar ter dado ainda o pontapé de saída já se fala nos potenciais vencedores da competição. O Brasil é a grande favorita a levantar o troféu no dia 18 de dezembro, com Portugal a ficar fora do top-5 das nações com maiores hipóteses de vencer a prova, segundo as mais recentes previsões da Universidade de Oxford.

Através de um modelo matemático criado pela instituição de ensino chegou-se à conclusão que Brasil, Argentina e, a fechar o pódio, os Países Baixos são as seleções com a maior probabilidade de vencer o Mundial 2022. Já Portugal surge na sétima posição, atrás de Espanha, França e Bélgica.

Pela primeira vez a disputar-se no Médio Oriente, a competição é composta por um total de 32 seleções, incluindo Portugal, distribuídas por oito grupos distintos — com quatro equipas cada — e as partidas serão disputadas entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro.

Portugal encontra-se no Grupo H, onde terá de enfrentar as seleções do Gana, Uruguai e Coreia do Sul. Para passar à próxima fase da prova, o conjunto liderado pelo selecionador Fernando Santos é obrigado a terminar a fase de grupos nos dois primeiros lugares. A seleção nacional estreia-se no Mundial contra os ganeses no dia 24 de novembro.

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A mediação de seguros deve ser phygital

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  • 17 Novembro 2022

No mercado de seguros, a transição para o digital tem-se intensificado pela praticidade e rapidez de acesso aos serviços. Contudo, a necessidade de intervenção humana tem tornado o processo phygital.

A distribuição profissional de soluções de seguros (mediação) foi durante muito tempo confundida com a simples venda de seguros, como se a função do mediador fosse apenas a de promover o vínculo contratual entre uma companhia e um cliente.

A alteração das condições estruturais do mercado de seguros, por via da consolidação das companhias, da sua especialização e foco no produto e no pricing, da regulação prudencial e comportamental mais exigente num contexto europeu e da evolução tecnológica tem permitido ao setor da distribuição profissional de seguros evoluir para um redesenho bastante profundo do seu papel e das suas motivações.

Em primeiro lugar, a mediação tem hoje um papel muito mais alargado e complexo do que apenas a promoção das soluções de seguro disponibilizadas pelas companhias, porque a sua atividade acrescenta-lhes e incorpora-lhes um serviço de valor acrescentado, que é percebido, estimado e valorizado pelos seus clientes, fazendo a diferenciação que efetivamente cria valor.

Este serviço constitui uma verdadeira extensão do produto base, porque alarga a sua utilidade real e constrói uma satisfação diferenciada e duradoura, que resulta do trabalho do mediador junto do cliente e do mercado, ao cruzar uma interpretação correta das necessidades de quem precisa de um seguro com o conhecimento das soluções técnicas adequadas à sua circunstância.

Ao cruzar estas duas realidades, o mediador formula hipóteses de solução do problema concreto da vida do cliente e, nessa medida, presta um serviço de elevada valia económica às duas partes contratantes, pois um quadro de informação técnica, honesta e transparente, permitirá decisões racionais e informadas, ou seja, expectativas realizadas e relações mais satisfatórias.

Por outro lado, a tecnologia passou a ter um papel decisivo em todo o processo de distribuição, desde logo porque as companhias têm vindo a digitalizar o negócio e a fornecer mecanismos de interação com os seus sistemas que se tornam imperativos por razões de eficiência, de rapidez e até de certeza jurídica.

No mercado de seguros, por se tratar de produtos incorpóreos, há uma natural apetência para as soluções digitais, porque se adaptam de forma evidente aos requisitos de conveniência que os clientes exigem, sobretudo na fase de pesquisa de mercado.

É, por isso, um desafio cada vez maior para a mediação moderna e empresarial conjugar as exigências de uma presença competente e evolutiva no ecossistema online e desenvolver uma intervenção humana marcada pela proximidade e pelo compromisso com o cliente concreto.

A NacionalGest tem procurado desenvolver de forma harmoniosa estas duas capacidades, seja pelo apetrechamento informático e educação digital das suas equipas e lojas, seja pela preparação das pessoas para um desempenho profissional tecnicamente esclarecido e fortemente relacional junto dos clientes.

Cláudio Gonçalves, Diretor Geral da NacionalGest

A nossa reflexão sobre a distribuição moderna de seguros levou-nos para um modelo de trabalho que poderíamos designar como phygital, pois baseia-se numa rede lojas físicas que permitem uma relação presencial, humanizada e comprometida, mas aposta também de forma decidida na disponibilização de um acesso digital quer à oferta de seguros quer ao serviço complementar.

Na verdade, a nossa maior ambição é que não haja descontinuidades significativas entre os dois ambientes e que os clientes se sintam confortáveis em migrar de um para outro – físico e digital – com as mesmas certezas relativamente à competência de quem os serve em nome da NacionalGest.

Neste enquadramento, as lojas NacionalGest assumem-se como verdadeiros hub ou plataformas de relação, plenamente alinhadas com a estratégia de disponibilidade permanente no ecossistema digital, usando a complementaridade como uma força distintiva geradora de confiança e recompra.

Qualquer cliente da NacionalGest sabe que, mesmo subscrevendo um seguro online, pode em qualquer momento dirigir-se a uma das 28 lojas espalhadas de Norte a Sul, e com toda a conveniência tratar de solucionar qualquer necessidade, seja adicionar uma nova cobertura específica seja regularizar um sinistro.

Esta promessa de uma distribuição de seguros completamente focada na conveniência do cliente, cruzando processos físicos de relação presencial baseada numa network com processos digitais tecnologicamente suportados não é isenta de dificuldades e desafios permanentes.

Porém, trata-se de uma promessa que obtém a compreensão e estima dos clientes, abrindo perspetivas de crescimento que não estariam ao alcance de uma organização tradicional, que insistisse apenas na repetição dos velhos paradigmas comerciais fundados na assimetria de informação entre quem compra e quem vende.

Já somos Phygitais, porque estamos perto dos clientes no físico e no digital, estejam eles onde estiverem e quando mais precisam nós estamos presentes e cumprimos as suas expectativas.

Consolidar é positivo, mas não basta ter dimensão, importa também e sobretudo cumprir o compromisso da nossa marca e apresentar as melhores soluções de proteção, acompanhando o ciclo de vida dos clientes para estar perto quando o nosso serviço é relevante.

Texto por Cláudio Gonçalves, Diretor Geral da NacionalGest

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PRR tem 7,7 milhões para reabilitar ilhas no Porto

O autarca Rui Moreira e o ministro Pedro Nuno Santos formalizam acordo para a reabilitação das Ilhas da Lomba, no Porto, num investimento de 7,7 milhões de euros suportado por fundos do PRR.

A reabilitação de 47 casas das Ilhas da Lomba, no Porto, vai ser financiada com 7,7 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O acordo de comparticipação é formalizado esta sexta-feira pelo autarca portuense Rui Moreira e pelo ministro da Habitação e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

A conclusão da reabilitação e entrega das habitações aos atuais moradores, que entretanto serão realojados, está prevista para 2026. A obra envolve um investimento de 7.712.488,00 euros, financiado pelo PRR, “na sequência da aprovação de uma candidatura da empresa municipal ao Programa de Apoio ao Acesso à Habitação”, adianta o município num comunicado. Este programa permitiu “a execução de candidaturas ao financiamento no âmbito do 1.º Direito com uma comparticipação de 100%”.

Segundo a autarquia liderada pelo independente Rui Moreira, a assinatura do protocolo de comparticipação, entre o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e a empresa municipal Porto Vivo, SRU, “representa o primeiro passo no sentido da reconversão das Ilhas da Lomba“, na freguesia do Bonfim, em estado de “degradação e insalubridade”.

O projeto de reabilitação tem a assinatura da equipa da arquiteta Maria Souto de Moura e as tipologias, num total de 47 habitações, deverão variar entre T1 e T3. Esta obra “constitui a primeira fase de resposta às carências habitacionais identificadas na Estratégia Local de Habitação do Município do Porto, em núcleos degradados e promovida diretamente pela Porto Vivo, SRU”, adianta o município.

A assinatura do protocolo é antecedida pela visita à ilha municipal da Bela Vista, no centro da cidade, e ainda a um edifício municipal reabilitado que se situa na mesma artéria. A Bela Vista é “uma das três ilhas municipais num universo privado de cerca de 950 ilhas” da cidade que foi reabilitada com um investimento municipal na ordem dos 1,3 milhões de euros. “Foi possível manter todos os moradores no local onde sempre viveram, com condições de habitabilidade e conforto significativamente melhores”, concluiu a autarquia da Invicta.

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José Manuel Galvão Teles foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade

O fundador e sócio honorário da Morais Leitão, José Manuel Galvão Teles, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade pelo Presidente da República.

José Manuel Galvão Teles, fundador e sócio honorário da Morais Leitão, foi condecorado na passada quarta-feira, dia 16 de novembro, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, impôs as insígnias ao grande advogado, numa cerimónia restrita onde estiveram também presentes a mulher e família.

“José Manuel Galvão Teles é um nome maior da advocacia portuguesa, mas também – e sobretudo – um nome ímpar na construção do Portugal democrático, um projeto que continua a perseguir em todas as dimensões da sua vida”, refere o escritório.

José Manuel Galvão Teles, Senior Partner e fundador da Morais LeitãoMorais Leitão

Exercendo advocacia desde 1961, José Manuel Galvão Teles está em permanente compromisso com a realidade política e social do país em que nasceu, “escolheu sempre intervir ativamente, em nome da construção de um Portugal democrático e justo, como político, como advogado e como indivíduo”.

Nos anos 60, foi presidente Nacional da Juventude Católica, fundador e dirigente da “Cooperativa Pragma” (dissolvida posteriormente pela PIDE), editor dos “Cadernos GEDOC”, presidente do “Centro Nacional de Cultura” e colaborador da revista “O Tempo e o Modo” (e consequentemente interrogado pelo regime quanto às atividades desenvolvidas), candidato a deputado pela Oposição (CDE) nas eleições de 1969 e advogado de defesa em importantes processos políticos, como a defesa do arquiteto Nuno Teotónio Pereira. Opôs-se sempre à guerra colonial, com uma voz muito ativa, intervindo e alertando publicamente para a situação política nacional.

“Após a revolução de 25 de abril, continuou a exercer como um dos advogados mais brilhantes da sua geração, sem contudo abdicar da participação ativa na vida política do país, designadamente enquanto fundador e dirigente do GIS, Grupo de Intervenção Socialista, tendo-se mantido até meados dos anos 90 como dirigente nacional do Partido Socialista”, sublinhou o escritório.

Ainda em 1974 e 1975, no âmbito da descolonização, foi chefe de delegação do Governo português em diversas missões de natureza política e económico-financeira, designadamente em Angola e Moçambique, negociando com as diferentes fações.

Na sua sequência, assumiu em 1975/76 o cargo de Embaixador de Portugal nas Nações Unidas, em Nova Iorque. Deste período, salienta-se o seu papel fundamental no processo de negociação da descolonização, bem como a oposição à ocupação de Timor-Leste, pela sua independência.

Nos anos 70 e 80, fez parte da Presidência do Tribunal Internacional para Julgamento dos Crimes do Apartheid.

De 1996 a 2006 foi membro do Conselho de Estado, por designação do Presidente da República, Jorge Sampaio. Em 2005 foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Em 2010 recebeu a medalha de Honra da Ordem dos Advogados, tendo sido em 2022 galardoado com o Prémio de Carreira da Advocacia Societária pela Associação das Sociedades de Advogados de Portugal (ASAP).

Ao longo da sua vida de advogado patrocinou algumas das ações cíveis de maior valor julgadas em tribunais portugueses. Foi igualmente advogado de defesa, com sucesso, em alguns dos mais importantes e mediáticos processos-crime. Paralelamente, em reconhecimento da sua experiência e relevância no desenvolvimento do Direito Civil e do Direito das Sociedades, José Manuel Galvão Teles assumiu variadíssimos cargos executivos e não executivos nos órgãos sociais das mais relevantes empresas nacionais e estrangeiras a operar em Portugal.

Apaixonado pelas artes, fundou e foi dirigente de várias associações e fundações privadas ligadas à cultura, como a Fundação Serralves, a Fundação Mário Soares, a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna e a Fundação Júlio Pomar.

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