Ministro da Saúde admite alargar 112 transfronteiriço a outras regiões do país

Pizarro admite alargar "a outras regiões" o projeto que vai permitir que a resposta dos episódios de urgência, através do 112, seja feita com partilha de meios e hospitais entre o Norte e Galiza.

O ministro da Saúde admite alargar “a outras regiões do país” o projeto-piloto que vai permitir que a resposta dos episódios de urgência, através do 112, seja feita com partilha de meios e hospitais entre o Norte e a Galiza.

Em causa está um protocolo que vai ser assinado esta sexta-feira na XXXIII Cimeira Luso-Espanhola, tendo vista a partilha do serviço de emergência 112 entre a região Norte e a Galiza com assistência de um ou outro lado da fronteira consoante for mais vantajoso para os utentes, tal como avançou esta sexta-feira o Jornal de Notícias. Este projeto-piloto vai entrar em funcionamento assim que for assinado e vai abranger os distritos de fronteira do Norte e Galiza.

Vai ser possível a um cidadão que tenha um episódio de emergência e que telefone para o 112 ser socorrido pelo meio mais adequado e que esteja mais próximo“, explicou a ministra da Coesão Territorial, em declarações à RTP3, à margem da cimeira ibérica que decorre esta sexta-feira em Viana do Castelo, sinalizando que “isso significa que um cidadão português pode ser socorrido por um serviço de emergência 112 espanhol, pode ser tratado numa unidade de saúde espanhola” bem como o seu contrário.

Além disso, depois de ser socorrido e caso exista necessidade de um “tratamento subsequente” o utente pode “escolher em que serviço continua a fazer esse tratamento”, acrescentou Ana Abrunhosa. “A experiência que temos tido nestas duas regiões porque elas são atravessadas por autoestradas e os protocolos que existem no caso de acidentes de grande severidade e que envolvam vários feridos permitiu-nos fazer este protocolo”, justificou ainda a governante.

Já o ministro da Saúde destacou que “o mundo moderno de hoje é um mundo de interdependências” e que os serviços de saúde são “uma rede coordenada”. “A emergência médica faz parte deste sistema e não há nenhuma boa razão para que não tenhamos uma cooperação transfronteiriça”, sinalizou Manuel Pizarro, em declarações transmitidas pelas RTP3, à margem da inauguração do novo hospital de Lagos, admitindo que “esse projeto possa vir a ser alargado a outras regiões do país”.

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Portugal está “a viver um momento bastante delicado”, diz CEO do BPI

O presidente executivo do BPI antecipa que a subida das taxas de juro tenha um impacto significativo no número de contratos de crédito à habitação que serão renegociados.

Em menos de um ano as taxas Euribor passaram de valores negativos para valores próximos dos 3%. A evolução das taxas de juro está a pressionar fortemente os orçamentos familiares e a exigir novos desafios à banca para evitar um aumento do crédito em incumprimento. É com base nesse ambiente que João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, considera que o país está “a viver um momento bastante delicado”.

No decorrer da apresentação dos resultados dos últimos noves meses aos jornalistas esta sexta-feira, João Pedro Oliveira e Costa revela que o banco está a adotar uma posição bastante pragmática e que desde o início da subida das taxas de juro tem vindo a monitorizar mais de perto a situação financeira dos seus clientes, identificando os que estão em maior dificuldades e “pensando em medidas abrangentes” para os ajudar.

Apesar de sublinhar que o banco está relativamente confortável com a carteira de crédito do banco, destacando que têm “bastante capital e liquidez para enfrentar a situação que vem pela frente”, João Pedro Oliveira e Costa revela que vão “colocar todas as soluções em cima da mesa”.

O líder do BPI refere que a instituição tem “de ter abertura para ajudar os clientes”. “Temos de ser suficientemente criativos para encontrar as soluções mais adequadas para cada cliente”, sublinhando que o banco fará de tudo ao seu alcance para “que os portugueses mantenham o sonho de manterem a sua casa e a estabilidade familiar”.

Sem revelar qual é a taxa de esforço média dos créditos à habitação dos seus clientes, nem o número de contratos que antecipa que venham a usufruir das medidas do diploma do Governo, João Pedro Oliveira e Costa revela que são os contratos realizados nos últimos seis meses que mais deverão solicitar a renegociação dos contratos e que isso resultará num “aumento considerável dos contratos renegociados”.

O banqueiro adianta ainda que o número de contratos de crédito à habitação à taxa fixa representa 30% da totalidade dos contratos realizados este ano e que a taxa fixa tem um peso de 14% sobre a totalidade dos créditos à habitação do banco.

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Gasóleo desce 4 cêntimos na próxima semana, mas a gasolina vai ficar 2,5 cêntimos mais cara

Para a semana deverá pagar 1,901 euros por litro de gasóleo simples e 1,842 euros por litro de gasolina simples 95. Mas estes valores ainda vão ser revistos para incorporar os novos descontos no ISP.

Na próxima semana, quando for abastecer à bomba, vai ter boas e más notícias. Tudo depende do combustível que usa no seu veículo. Se encher o tanque com gasóleo, então vai gastar um pouco menos, já que é esperada uma descida de quatro cêntimos por litro. Mas se o combustível é gasolina, prepare-se, então, pois vai ter de pagar mais 2,5 cêntimos por litro, avançou ao ECO fonte do mercado.

Assim, deverá passar a pagar 1,901 euros por litro de gasóleo simples e 1,842 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras.

Mas os preços ainda vão sofrer um ajustamento, não só para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, o Executivo deverá anunciar esta sexta-feira os novos descontos a aplicar no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Em outubro o Governo decidiu reduzir o desconto em 4,4 cêntimos na gasolina e 0,1 cêntimos no gasóleo, porque os preços dos combustíveis estavam a começar a abrandar. Com a chegada do mês de novembro será feita uma nova revisão dos apoios que resulta da aplicação da fórmula criada pelo Executivo.

Esta sexta-feira, refira-se, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, seguem a subir 3,46% para os 97,95 dólares por barril, face a um declínio do dólar e ao prolongamento dos riscos de abastecimento, embora os receios de recessão e aumento dos surtos de Covid-19 na China mantenham as cotações do ouro negro sob controlo.

Não é muito habitual que os preços dos dois combustíveis tenham desempenhos contrários, mas a menor pressão sobre o diesel, o combustível mais usado para aquecimento na Europa, tendo em conta as temperaturas mais amenas deste inverno, ajudam a explicar esta evolução divergente.

A evolução dos combustíveis a partir da próxima segunda-feira surge após uma descida dos preços dos combustíveis esta semana: O gasóleo desceu 1,5 cêntimo e a gasolina desceu 1,8 cêntimos.

Evolução do preço do Brent em Londres

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Road 2 Web Summit. Musiversal vence prémio startup mais promissora

Musiversal e Windcredible são as vencedoras foram reconhecidas no programa organizado pela Startup Portugal.

A Musiversal, que permite a músicos produzirem obras com outros músicos de todo o mundo via transmissão ao vivo, foi considerada a Startup Mais Promissora do Road 2 Web Summit, programa promovido pela Startup Portugal. A Windcredible, que criou micro geradores eólicos para ambiente urbano, foi a que obteve melhor desempenho no bootcamp. Ao todo, foram atribuídos 20 mil euros.

“Estamos abertos a investimento e a escalar para sermos o próximo unicórnio português”, disse Xavier Jameson, cofundador e COO da Musiversal, vencedora da Startup Mais Promissora do Road 2 Web Summit. O projeto, que já conta com 35 músicos — um deles ucraniano — permite que criadores de música produzam as suas obras recorrendo a artistas de todo o mundo através da transmissão ao vivo. Ganhou um prémio de 15 mil euros.

A Windcredible, que criou micro geradores eólicos para aplicações urbanas, industriais e rurais, venceu o prémio de startup com melhor desempenho no bootcamp, no valor de 5.000 euros. O microgerador — com capacidade de produzir 2,7 MWh (megawatt-hora) por ano, metade do consumo de energia de um lar — deverá ser comercializado o mais rápido possível, aponta Filipe Fernandes, fundador.

A edição deste ano da Road 2 Web Summit do programa recebeu 200 candidaturas, tendo sido selecionadas 100, das quais 55% com base em Lisboa e as restantes de outras zonas do país. Destas, 25% são startups de impacto, fundadas por minorias sub-representadas na comunidade empreendedora portuguesa ou com fundadores impactados pela guerra na Ucrânia. Ao todo as startups já levantaram 11 milhões de euros.

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TAP “lamenta” pré-aviso de greve e continuará a procurar um acordo

A companhia aérea "lamenta" a convocação da greve e vai continuar a negociar com os tripulantes. Sindicato volta a reunir a 6 de dezembro, dois dias antes da paralisação.

A TAP “lamenta” o pré-aviso de greve para 8 e 9 de dezembro aprovado pelo principal sindicato que representa os tripulantes de cabine, mas continua disponível para negociar o novo acordo de empresa. “A TAP lamenta a decisão e continuará a trabalhar com os tripulantes de cabina numa solução de novo Acordo de Empresa para a classe que seja digna para ambas as partes e respeite também o esforço que todos os portugueses investiram na companhia”, reagiu fonte oficial da transportadora aérea, numa declaração enviada à comunicação social.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) aprovou na quinta-feira um pré-aviso de greve na TAP para os dias 8 e 9 de dezembro. A assembleia geral contou com a participação de 572 associados e 363 associados representados por procurações (num total de 935), tendo a paralisação sido aprovada por uma maioria de 553 votos a favor. Houve ainda 92 votos contra e sete abstenções.

Na assembleia geral foi ainda aprovada, por unanimidade, uma censura à gestão da companhia aérea, “reprovando o modo por que essa gerência tem vindo a deteriorar as condições de trabalho dos Tripulantes de cabine, rejeitando também a postura da empresa em protelar a implementação de medidas que poderiam atenuar aquele agravamento em manifesto desprezo pelos interesses da nossa classe e da própria TAP”.

Os associados do SNPVAC aprovaram também (932 votos a favor) a decisão da direção do sindicato de recusar liminarmente a proposta de novo Acordo de Empresa apresentado pela TAP, “subscrevendo a determinação de recorrer ao atual Acordo de Empresa substancialmente melhorado, como ponto de partida e base para qualquer negociação futura”.

No dia 6 de dezembro, antes ainda da greve, será realizada uma segunda sessão da assembleia-geral, para avaliar a evolução e o impacto das negociações entre o SNPVAC e a TAP. Nesse dia ficara claro se a paralisação avança ou não.

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Líderes do BCE reiteram foco no combate à inflação

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Novembro 2022

Christine Lagarde e Luis de Guindos reforçaram a determinação do banco central em reduzir a inflação à taxa de 2%, antes que se torne persistente e enraizada.

A presidente e o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) frisaram esta sexta-feira que o foco da instituição é baixar a inflação para 2%, apelando aos 19 governos da Zona Euro para evitarem alimentar as subidas dos preços com despesas demasiado generosas, noticia a Reuters.

Num discurso na Estónia, Christine Lagarde começou por reconhecer um atraso nos aumentos das taxas de juro pelo BCE, mas defende que os decisores políticos não têm o luxo de esperar para ver os seus efeitos.

“Se víssemos, por exemplo, a inflação tornar-se mais persistente e as expectativas estarem em risco de desancoragem (quando choques de preço a curto prazo mudam expectativas a longo prazo) não poderíamos esperar até que o impacto total das medidas políticas se materializasse“, disse, acrescentando que o BCE teria de “tomar medidas adicionais” até estar confiante de que “a inflação regressará ao objetivo em tempo útil”.

Falando numa conferência em Madrid, Luis de Guindos apontou no mesmo sentido que Lagarde. O vice-presidente do BCE sublinha que o foco deve ser a “redução do apoio à procura” e a “proteção contra o risco de uma persistente mudança ascendente nas expectativas da inflação”.

Quer de Guindos, quer Lagarde reiteraram uma mensagem que já têm transmitido nos últimos dias: os governos devem cingir-se a apoios “temporários” e “direcionados” às famílias mais afetadas pela atual crise inflacionário, evitando apoiar a procura.

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Tem mais de 75 anos? “Casa aberta” para receber reforço da Covid já está disponível

  • Lusa
  • 4 Novembro 2022

As pessoas com 75 ou mais anos podem, a partir desta sexta-feira, tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na modalidade de “Casa Aberta”.

As pessoas com 75 ou mais anos podem, a partir desta sexta-feira, tomar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na modalidade de “Casa Aberta”, anunciaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

No âmbito da campanha de vacinação outono/inverno, esta modalidade está agora disponível para o reforço sazonal contra a Covid-19 para pessoas com 75 ou mais anos de idade, “descendo assim a faixa etária para que mais utentes possam deslocar-se aos locais de vacinação sem ser preciso marcação”, referem os SPMS em comunicado.

Recomendam, no entanto, o recurso às senhas digitais para facilitar a organização deste processo.

A “Casa Aberta” continua também disponível para grupos profissionais prioritários, com recurso a senhas digitais, e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos

Segundo dados dos SPMS, foram vacinados, entre o dia 7 de setembro e quinta-feira, mais de 1,7 milhões de utentes contra a Covid-19 e mais de 1,7 milhões contra a gripe em Portugal Continental, dos quais mais de 1,3 milhões receberam as duas vacinas em simultâneo.

A campanha de reforço sazonal contra a Covid-19 dirige-se a pessoas com 60 ou mais anos, grávidas com idade igual ou superior a 18 anos e doenças definidas pela norma publicada pela Direção-Geral da Saúde.

São também abrangidas pessoas com 12 ou mais anos com patologias de risco, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e profissionais de Estabelecimentos Prisionais.

Para os residentes ou profissionais de Estabelecimentos Residenciais Para Idosos e na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e para profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados estão indicadas as duas vacinas.

A vacinação contra a gripe é também recomendável para quem tem idade igual ou acima dos 65 anos, crianças com seis ou mais meses que apresentem patologias crónicas associadas, doentes crónicos e imunodeprimidos e grávidas. As vacinas estão também disponíveis para os grupos prioritários, nomeadamente profissionais de saúde.

Desde o dia 7 de setembro que decorre a campanha de reforço sazonal em vários centros de vacinação espalhados pelo país, e irá prolongar-se até dezembro, tendo como prioridade proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença grave, a hospitalização e a morte.

O objetivo é vacinar este ano 3 milhões de pessoas elegíveis e por isso reforça-se a importância da adesão à vacinação, em particular dos mais vulneráveis, para ficarem desde já mais protegidos para os próximos meses”, salientam os SPMS.

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Preço da carne sobe 21%, lacticínios 19% e frutas e legumes 15% desde o início da guerra

Cabaz de produtos essenciais monitorizado pela Deco encareceu mais de 27 euros desde o início da guerra. Carne, lacticínios e as frutas e legumes foram as categorias que mais subiram de preço.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o preço de um cabaz de produtos essenciais disparou mais de 27 euros para 210,85 euros, o que representa uma subida de quase 15%, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). A carne, os laticínios e as frutas e os legumes são as categorias que mais aumentaram de preço, com subidas de 21%, 19% e 15%, respetivamente.

A invasão russa da Ucrânia veio puxar ainda mais pelos preços da energia, agravando a escalada de preços de diversos produtos alimentares. Deste então, o preço do mesmo cabaz de bens essenciais disparou 27,22 euros, o que representa um aumento de 14,83% face ao registado em 23 de fevereiro (183,63 euros), um dia antes da guerra, totalizando já 210,85 euros.

Em causa está a monitorização feita desde então pela Deco a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga.

Nos últimos oito meses, a carne, os laticínios e as frutas e legumes foram as três categorias que mais aumentaram de preço. Entre 23 de fevereiro, um dia antes de o conflito eclodir, e a passada quarta-feira, o preço da carne disparou 21,17% (mais 6,83 euros), enquanto os laticínios aumentaram 19,08% (mais 2,19 euros) e as frutas e os legumes encareceram 15,27% (mais 3,60 euros). Já o preço do peixe subiu 14,75% (mais 8,90 euros), a mercearia 11,84% (4,99 euros) e os congelados 5,12% (71 cêntimos).

Já no que toca aos produtos que mais aumentaram de preço desde o início da guerra está o açúcar branco (48%), a laranja (47%), a pescada fresca (46%), a polpa de tomate (37%), a couve-coração (36%), o carapau (34%), o bife de peru (33%), o leite UHT meio gordo (32%), o frango inteiro (30%) e a batata vermelha (28%).

Certo é que, de semana para semana, os preços destes produtos variam, aumentando ou reduzindo o custo total do cabaz. Na última semana analisada — entre 26 de outubro e 2 de novembro –, o preço do cabaz recuou apenas dois cêntimos, sendo que os produtos que mais aumentaram foram os douradinhos de peixe (15%), o carapau (14%), o peixe-espada-preto (8%), os medalhões de pescada e as ervilhas ultracongeladas (ambos 6%), o peito de peru fatiado, o queijo flamengo e a carcaça tradicional (4%) e o atum posta em óleo vegetal e o atum posta em azeite (ambos 3%).

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Trofa deixa de ser o “único” município do país sem Paços do Concelho e poupa 220 mil euros em rendas

Num investimento de 11 milhões de euros, a Trofa vai deixar de ser o "único" município do país sem Paços do Concelho próprio. E passa a poupar, anualmente, 220 mil euros em rendas de edifícios.

“O concelho da Trofa é, até à data, o único dos 308 municípios que não tinha infraestruturas próprias de Paços do Concelho. A partir de sábado deixaremos de pagar rendas anuais na ordem dos 220 mil euros, pelos vários edifícios” espalhados pela localidade que alocam os diversos serviços, começa por afirmar ao ECO/Local Online o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto. Ao longo destes três anos, a autarquia investiu 11 milhões de euros nesta obra “emblemática” para a localidade.

O edifício dos Paços do Concelho é a concretização de um “sonho” e “um legado” que fica para as próximas gerações, principalmente depois da criação do concelho da Trofa, a 19 de Novembro de 1998, frisa o autarca social-democrata, também vice-presidente da Direção do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana do Porto (AMP). “É um orgulho deixar uma obra que honra todos aqueles que se deslocaram a Lisboa no dia 19 de novembro de 1998 e que, acredito, marca e marcará diferentes gerações de trofenses”, sublinha o edil.

Até à data, os serviços da Câmara Municipal da Trofa estão distribuídos por 17 espaços da localidade, passando, a partir deste sábado, a funcionar no novo edifício dos Paços do Conselho, depois da aquisição, recuperação e requalificação de uma antiga fábrica de produtos alimentares, num investimento de 11 milhões de euros.

O município passa a ter uma poupança anual de 220 mil euros em rendas.

Sérgio Humberto

Presidente da Câmara Municipal da Trofa

Do bolo de 11 milhões de euros de investimento nos Paços do Concelho, um total de 1,5 milhões são financiados por fundos comunitários, adianta o autarca que espera ainda receber um subsídio de 840 mil euros, fruto do contrato programa assinado com o Ministério da Coesão Territorial.

Com este novo espaço, “o município passa a ter uma poupança anual de 220 mil euros em rendas“, realça o autarca que tem previsto para a autarquia 60 milhões de orçamento para 2023, mais meio milhão do que no atual ano.

Eleito presidente da Câmara Municipal da Trofa a 29 de setembro de 2013, e reeleito a 1 de outubro de 2017 e a 26 de setembro de 2021 com maioria absoluta, Sérgio Humberto diz que, quando tomou as rédeas do concelho, há nove anos, só em rendas a autarquia gastava 340 mil euros que, entretanto, conseguiu baixar para os atuais 220 mil euros.

“O município da Trofa era o segundo mais endividado do país há nove anos quando assumi as funções de presidente da Câmara”, adianta Sérgio Humberto, assegurando que “agora está entre os 50 mais estáveis financeiramente“.

O novo edifício é autossustentável do ponto de vista energético e de consumo de água.

A inauguração conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, da presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP), Luísa Salgueiro, e do presidente do PSD, Luís Montenegro.

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BPI aumenta lucros em 18% para 286 milhões de euros

Nos primeiros nove meses do ano o BPI registou ainda uma subida de 7% do crédito e 8% dos depósitos.

O Banco BPI fechou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 286 milhões de euros, 18% acima do verificado em termos homólogos de 2021. João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, refere que “a atividade em Portugal contribuiu com 159 milhões de euros para os resultados“, que corresponde um aumento de 25% em relação a mesmo período homólogo de 2021.

O BPI revela ainda que o produto bancário comercial sobe 9% para os 614 milhões de euros e a margem financeira aumentou 10% para 374 milhões de euros “suportada pelo crescimento do volume de crédito e a refletir já a subida das taxas de mercado”, refere o banco em comunicado.

A sustentar o produto bancário esteve também o crescimento de 7% das comissões que contabilizaram 219 milhões de euros. “Para este aumentou contribuiu o aumento das operações de crédito, das comissões associadas a contas, intermediação de seguros, vendas de fundos e investimento e seguros de capitalização”, refere o BPI em comunicado.

Os resultados do banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa destacam ainda a subida de 7% do crédito concedido à economia para 28,9 mil milhões de euros, que permitiu ao banco aumentar a quota de mercado na concessão de crédito em 40 pontos base, em termos homólogos, para os atuais 11,4%.

Também os depósitos cresceram 8% para 30,4 mil milhões de euros, representando cerca de 71% do ativo e constituem a principal fonte de financiamento do banco.

Em conferência de imprensa a decorrer esta sexta-feira, João Pedro Oliveira e Costa revela ainda que nos primeiros nove meses do ano o banco reduziu 12 balcões que levaram à dispensa de 18 pessoas.

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Euribor a seis e 12 meses em novos máximos de janeiro de 2009

  • Lusa
  • 4 Novembro 2022

A taxa Euribor mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação subiu esta sexta-feira para 2,278%. Nos prazos a três e a 12 meses, a Euribor avançou para 1,734% e 2,794%, respetivamente.

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira a três, seis e 12 meses, nos dois prazos mais longos para novos máximos desde janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo a 6 de junho, subiu esta sexta-feira para 2,278%, mais 0,053 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • A Euribor a 12 meses avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 2,794%, mais 0,059 pontos do que na quinta-feira e um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também avançou esta sexta-feira, ao ser fixada em 1,734%, mais 0,002 pontos do que na quinta-feira, depois de ter avançado para um novo máximo desde março de 2009, de 1,737%, a 1 de novembro. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Visto para nómadas digitais deve dar “benefício extra” se forem para o interior do país

Secretária de Estado revelou na Web Summit que o programa de vistos para nómadas digitais deve ser ajustado no "curto prazo" para dar um "benefício extra" aos que optarem pelo interior do país.

O novo programa de vistos para nómadas digitais deve ser ajustado no “curto prazo” para conferir um “benefício extra” aos que escolham ir para o interior de Portugal, defendeu esta sexta-feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, numa intervenção na Web Summit.

Num painel sobre o tema, Rita Marques reconheceu que o programa pode causar “um problema” no imediato, com tantos estrangeiros a escolherem as cidades de Lisboa e Porto para o teletrabalho, aumentando os custos da habitação. “Há uma dor crescente. Temos sido vítimas do nosso sucesso e isso é válido para os nómadas digitais como para o turismo também”, assumiu.

Assim, “o Governo tem de estar muito atento e criar políticas públicas que façam sentido”. “No curto prazo, este visto pode dar um benefício extra se não vier para Lisboa mas sim para o interior”, confirmou a governante, que, horas antes, tinha afirmado à Renascença a mesma abertura para “analisar”, “verificar” e “melhorar” a iniciativa do Governo.

O programa de vistos para atração de nómadas digitais entrou em vigor no final do mês passado. Os destinatários são cidadãos com rendimentos superiores a quatro ordenados mínimos (cerca de “2.800 euros por mês”, disse a responsável), que mais facilmente podem vir temporariamente em teletrabalho para Portugal. Rita Marques exemplificou que o foco está não só nos cidadãos norte-americanos como também nos portugueses emigrantes.

Ao mesmo tempo, Portugal tem atraído cada vez mais nómadas digitais internacionais por via do regime dos Residentes Não Habituais, que permite a redução de IRS a novos residentes estrangeiros ou cidadãos portugueses que tenham estado emigrados mais de cinco anos. Em concreto, a taxa passa a 20% dos rendimentos do trabalho ou atividade profissional, em vez das taxas progressivas, que vão até 48%.

A secretária de Estado detalhou que os nómadas digitais “são muito importantes” e podem “dar um impulso à economia”. Assim, o novo programa tem “dois objetivos” principais: a atração de jovens para Portugal, porque o país tem “uma qualidade de vida excelente” e um “problema demográfico” que também afeta a Europa no geral; e a atração de portugueses “que se foram embora há uns anos”. “Estamos a vender o país não só a pessoas internacionais mas a portugueses que trabalham em empresas americanas”, exemplificou.

“Esperamos que dê resultados positivos num curto espaço de tempo”, frisou, sem avançar os números concretos das estimativas do Governo.

Na mesma intervenção, Rita Marques defendeu também que, para ser “sustentável”, é necessário que se adotem medidas que promovam a integração dos nómadas digitais nas comunidades locais. A secretária de Estado suscitou a ideia de existir um responsável local que “faça o contacto e a ponte entre os nómadas digitais e as comunidades locais”, dando como exemplo o “grande caso de sucesso” da Madeira.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h15)

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