Elon Musk planeia demitir até metade dos 7.500 funcionários do Twitter

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

Os despedimentos podem já ocorrer na sexta-feira, se não antes. Musk pediu aos funcionários que trabalhem em tempo integral em projetos selecionados.

O empresário Elon Musk está a planear demitir até metade dos 7.500 funcionários da rede social Twitter, segundo pessoas ligadas à compra da empresa digital, como parte do corte planeado de custos, avança esta quinta-feira o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Como parte desses planos, o bilionário pretende cortar cerca de 3.700 postos de trabalho da empresa digital adquirida por 44 mil milhões de dólares (45,3 mil milhões de euros), segundo duas pessoas familiarizadas com o projeto, embora o número exato esteja sujeito a alterações.

O Washington Post, citando uma pessoa familiarizada com o tema, já tinha avançado que o corte de 25% dos funcionários da rede social faz parte do plano de Elon Musk.

De acordo com o Financial Times, Musk também pretende exigir o trabalho presencial nos escritórios a partir de segunda-feira, o que reverteria a política atual do Twitter, que permite que os funcionários trabalhem de qualquer lugar.

Os despedimentos podem já ocorrer na sexta-feira, se não antes, de acordo com as informações do FT, acrescentando que Musk já deixou a sua marca no Twitter desde que finalizou a aquisição, pedindo aos funcionários que trabalhem em tempo integral em projetos selecionados.

No final da semana passada, Musk reformulou a equipa, demitindo executivos, incluindo o responsável do Twitter, Parag Agrawal, enquanto levou para a empresa um pequeno grupo de conselheiros de confiança, incluindo o seu advogado pessoal, Alex Spiro.

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Temperaturas na Europa sobem acima do dobro da média global

Eventos climáticos -- na maioria inundações e tempestades -- afetaram mais de meio milhão de pessoas e causaram danos económicos na ordem dos 50 mil milhões de dólares.

As temperaturas na Europa aumentaram mais do que o dobro da média global nos últimos 30 anos, sendo “dona” do maior aumento entre os cinco continentes. Eventos climáticos — na maioria inundações e tempestades — afetaram mais de meio milhão de pessoas e causaram danos económicos na ordem dos 50 mil milhões de dólares só no ano passado.

Estas conclusões são apresentadas no estudo Estado do Clima, feito pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), produzido em parceria com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus e relativo a 2021. No período entre 1991 e 2021, as temperaturas na Europa aqueceram em cerca de 0,5 graus centígrados (°C) por década.

“A Europa apresenta um retrato de um mundo a aquecer e lembra-nos que até sociedades bem preparadas não estão a salvo dos impactos de eventos climáticos extremos”, afirma o secretário-geral da WMO, Petteri Taalas, citado em comunicado, ao mesmo tempo que relembra as ondas de calor e seca que assolaram o Velho Continente em 2021. Segundo o relatório, estão a ser criadas condições para fogos “mais frequentes, intensos e devastadores, com consequências socioeconómicas e ecológicas significativas”.

As ondas de calor são descritas como os fenómenos climáticos mais mortíferos, “particularmente no oeste e sul da Europa”, tendo em conta a coexistência de três fatores: a subida de temperatura, a urbanização do território e o envelhecimento da população. Doenças como alergias têm também tendência a ser cada vez mais comuns como consequência do aumento de temperatura.

Numa nota mais positiva, a Europa é considerada “uma das regiões ais avançadas” na cooperação além-fronteiras, sendo que por isso é dos continentes mais eficazes na execução de sistemas de alerta, pelo que 75% da população está protegida desta forma, dizem as mesmas entidades.

Em paralelo, o relatório assinala que os países europeus têm conseguido reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. Em 2020, estas emissões tinham decrescido 31% e comparação com os níveis de 1990, quando o objetivo é uma redução de 55% até 2030.

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CEO da TAP: “É preciso cautela em dar um prazo para a venda”

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

Christine Ourmières-Widener recorda que a aprovação do plano de reestruturação por Bruxelas demorou um ano, pelo que qualquer processo que seja necessário aprovar "vai levar muito tempo".

O Governo quer vender a TAP dentro de um ano, mas a CEO da companhia aérea pede “cautela em estabelecer um prazo”. “Só para a aprovação do plano de reestruturação foi preciso um ano”, recorda Christine Ourmières-Widener, numa entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), sublinhando que “qualquer processo que seja material e que tenha de ser aprovado vai demorar muito tempo”.

Antes da venda, a presidente executiva da TAP considera que é necessário “assegurar muitas coisas que são estratégicas” para a transportadora, “como os trabalhadores, o hub em Lisboa, o peso da companhia na economia do país e a ligação a países chave”. Ainda assim, considera “positivo” que muitas companhias já tenham manifestado interesse, o que é o caso do grupo IAG, donos da Iberia e British Airways, assim como da Air France-KLM e da Lufthansa. “O país devia ter orgulho em ter uma companhia que captou o interesse e o reconhecimento de três grandes players que veem valor na TAP“, aponta.

Sobre os resultados financeiros da companhia, que na quarta-feira reportou lucros de 111 milhões de euros no terceiro trimestre — apesar de registar um prejuízo de 91 milhões até setembro —, Christine Ourmières-Widener assinala que “todos os sinais apontam para um fim de ano positivo“. No entanto, ressalva a “incerteza com os preços do jet fuel e com uma possível disrupção”. “Temos de ser bastante cautelosos”, realça a CEO.

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Empresa chinesa cria fábrica de baterias para automóveis elétricos em Portugal

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

Acordo com a AICEP Global Parques prevê a aquisição de “direitos de superfície, com o objetivo de montar uma fábrica de ponta mundial, altamente inteligente, informatizada e automatizada.

A empresa chinesa de baterias para automóveis elétricos China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) anunciou esta quinta-feira ter chegado a acordo para criar uma fábrica em Portugal.

Num comunicado à bolsa de valores de Hong Kong, a CALB revelou a assinatura na quarta-feira de um memorando de entendimento com uma subsidiária da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

O acordo com a AICEP Global Parques prevê a aquisição de “direitos de superfície, com o objetivo de montar uma fábrica de ponta mundial, altamente inteligente, informatizada e automatizada, com zero emissões de carbono”, disse a empresa.

A CALB “não assinou ainda um acordo legalmente vinculativo”, pelo que “a cooperação contemplada no memorando de entendimento pode ou não avançar”.

A empresa referiu ainda que a eventual instalação de uma fábrica em Portugal seria parte de uma estratégia para criar “bases industriais na Europa”.

Em dezembro de 2021, a CALB anunciou a assinatura de um acordo com a consultora alemã Drees & Sommer para planear a primeira fábrica na Europa, que poderia produzir, por ano, baterias com uma capacidade total de 20 GWh.

Segundo a China Automotive Power Battery Industry Innovation Alliance, uma associação industrial, a CALB foi em 2021 a terceira maior fabricante chinesa de baterias para automóveis elétricos.

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Fotogaleria: War Room gere comunicações do Web Summit

1600 antenas de wifi, 50 quilómetros de cabos, 150 mil dispositivos móveis ligados em simultâneo e uma sala para gerir toda esta rede de comunicações. Chamam-lhe War Room e o ECO foi visitá-la.

Chamam-lhe “War Room” e é aqui que está instalada, entre dezenas de laptops, monitores e mapas, a sala de supervisão e monitorização das redes de comunicações na Altice Arena e FIL durante os quatro dias da Web Summit. Em articulação com o centro de gestão e supervisão que se encontra em Picoas, cerca de 100 pessoas monitorizam o desempenho das redes wireless, tv, wired e móvel instaladas no recinto.

Sendo a primeira vez que o recinto está coberto com 5G, a operação de gestão das redes é feita por turnos “porque o Web Summit não acaba só às 18h00. Continuamos aqui e as pessoas olham para a rede para a preparar para o dia seguinte”, refere João Teixeira, CTO da Altice Portugal. Esta é uma operação que começou a ser preparada há cerca de dois meses.

Todo o dispositivo montado no recinto tem capacidade para suportar 150 mil dispositivos ligados em simultâneo na rede wireless. No total estão instalados cerca de 50 quilómetros de cabo de rede e fibra ótica, mais de 1600 antenas de wifi, 1000 pontos de acesso e 300 switchs no recinto.

O ECO passou pela “War Room” da Altice Arena. Veja as imagens na fotogaleria abaixo.

 

 

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“Manter a inflação elevada teria um custo recessivo ainda maior”, alerta Centeno

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

"Há um avolumar de algumas pressões, localizadas, do lado da procura. Isto, com a manutenção das pressões do lado da oferta, conflui numa pressão inflacionista que não está a abater", diz Centeno.

Em contracorrente com as declarações do primeiro-ministro e do Presidente da República na semana passada, o governador do Banco de Portugal (BdP) saiu em defesa do Banco Central Europeu (BCE) e argumenta que manter taxas de inflação elevadas “teria um custo recessivo maior do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca”.

Em entrevista ao Público (acesso condicionado), Mário Centeno pede às empresas e aos países do euro que ajudem no combate à inflação, que “não é um exclusivo dos bancos centrais”. O governador faz mesmo um apelo em concreto às empresas: “Temos visto uma subida de preços na generalidade dos bens e serviços do índice de preços no consumidor e, em muitos casos, para além daquilo que se poderia esperar face ao que são as pressões inflacionistas vindas da oferta. O que isto quer dizer é que, tal como apelamos a uma contenção do nível salarial, também gostaria de o fazer ao nível empresarial, para que se refletisse nos preços um grau de conservadorismo que permitisse de facto a inversão deste ciclo de inflação“.

Para Mário Centeno, “há outros fatores a contribuir para a inflação, para além dos do lado da oferta“. “Devido ao volume de poupanças que as famílias e as empresas acumularam ao longo da crise do Covid-19 e ao estado do mercado de trabalho, que é muito bom, assistimos principalmente durante o segundo e terceiro trimestres deste ano a uma pressão sobre o lado da procura muito visível. O setor do turismo é um desses exemplos”, explica o antigo ministro das Finanças. “Há de facto um avolumar de algumas pressões, que acho que são localizadas, não são generalizadas, do lado da procura. Isto, com a manutenção das pressões do lado da oferta, conflui numa pressão inflacionista que não está a abater“, conclui.

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Ganhos do BCP e da Galp Energia seguram Lisboa no “verde”

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

As bolsas europeias fecharam em "maré vermelha" face aos receios de um abrandamento do comércio mundial mais severo do que o esperado. Lisboa escapou às perdas à boleia do BCP e da Galp Energia.

A bolsa de Lisboa escapou à “maré vermelha” registada na Europa, sustentada pelos ganhos de 2,40% do BCP e pela subida de 1,90% da Galp Energia. No entanto, os CTT e a Nos impediram ganhos mais expressivos.

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Dois anos de Banco de Fomento, dez casos polémicos<span class='tag--premium'>premium</span>

O Banco de Fomento celebra dois anos, mas não há motivos para festas. Dez casos que marcaram a atividade de um banco de desenvolvimento que está à espera de uma nova administração.

O Banco Português de Fomento arrancoua 3 de novembro de 2020,mas para as três instituições que lhe deram origem, por fusão – Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua, Instituição Financeira de Desenvolvimento e PME Investimentos– foi um dia como todos os outros. Não havia uma nova estrutura montada, nem uma nova administração para entrar em funções. Dois anos depois,o que aconteceu? “ Não estou contente com o desempenho do Banco de Fomento, temos de melhorar”, disse o ministro da Economia, António Costa Silva, há dias, no debate do Orçamento para 2023. O Banco de Fomento apresentou lucros, começam agora a a sair do papel alguns dos instrumentos há muito planeados, mas o rasto de casosfazem recordar que o que nasce torto… O ECO escolheu dez casos que marcaram os últimos dois anos.

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Hoje nas notícias: Centeno, TAP e julgamentos

  • ECO
  • 3 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O governador do Banco de Portugal defende que manter taxas de inflação elevadas “teria um custo recessivo maior do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca”. A CEO da TAP pede cautela em estabelecer prazo para a venda da companhia. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Centeno: “Manter a inflação elevada teria um custo recessivo ainda maior”

Em contracorrente com as declarações do primeiro-ministro e do Presidente da República na semana passada, o governador do Banco de Portugal (BdP) saiu em defesa do Banco Central Europeu (BCE) e argumenta que manter taxas de inflação elevadas “teria um custo recessivo maior do que aquele que o aumento das taxas de juro provoca”. Em entrevista ao Público, Mário Centeno pede ainda às empresas e aos países do euro que ajudem no combate à inflação, que “não é um exclusivo dos bancos centrais”.

Leia a entrevista completa no Público (acesso condicionado)

“É preciso cautela em dar um prazo para a venda da TAP”, diz CEO da companhia

O Governo quer vender a TAP dentro de um ano, mas a CEO da companhia aérea pede “cautela em estabelecer um prazo”. “Só para a aprovação do plano de reestruturação foi preciso um ano”, recorda Christine Ourmières-Widener, em entrevista ao Jornal de Negócios, sublinhando que “qualquer processo que seja material e que tenha de ser aprovado vai demorar muito tempo”. Antes da venda, a presidente executiva da TAP considera que é necessário “assegurar muitas coisas que são estratégicas” para a transportadora, “como os trabalhadores, o hub em Lisboa, o peso da companhia na economia do país e a ligação a países-chave”.

Leia a entrevista completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Centenas de julgamentos adiados por falta de transporte

Com a greve dos guardas prisionais em curso a diligências não urgentes, já foram adiadas 392 audiências, na sua maioria de julgamento, durante cerca de dois meses. Para mitigar os efeitos do protesto, que deverá durar pelo menos até ao fim do ano, os tribunais têm adotado medidas como classificar as sessões como inadiáveis e recorrer a videoconferência.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Elites apoiam Rui Rocha na liderança da IL, Carla Castro aposta nas bases

A corrida à sucessão de João Cotrim Figueiredo na liderança da Iniciativa Liberal divide-se entre dois deputados do partido que, aparentemente, faziam parte da mesma equipa e da mesma linha política do ainda presidente. Com a iminente saída de Cotrim Figueiredo, a estrutura da IL, que apoia Rui Rocha, e as bases do partido, a aposta de Carla Castro, confrontam-se numa luta mais renhida do que o previsto. Cotrim Figueiredo já anunciou apoio à candidatura de Rui Rocha.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Jogos sociais e online renderam mais de 291 mil euros por dia ao SNS

Os jogos sociais da Santa Casa, como o Euromilhões, o Totoloto e as raspadinhas, e os jogos de apostas online, como o Placard, deram aos cofres do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mais de 291 mil euros por dia em 2021. No total, o contributo destes jogos para o SNS ao longo do ano passado foi superior a 106 milhões de euros, mais quatro milhões face a 2020, segundo dados do Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras e Orçamentais da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

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Governo sem condições de pagar 156 milhões de despesas com a Covid-19 aos municípios, diz ministra

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

São 156 milhões que os municípios reivindicam ao Governo como o total de gastos que tiveram no combate à pandemia, segundo uma avaliação do Tribunal de Contas, uma verba que não consta do OE2023.

O Governo não tem condições de pagar os 156 milhões de euros reivindicados pelos municípios como despesa no combate à Covid-19, disse, em entrevista à Lusa, a ministra da Coesão Territorial. Ana Abrunhosa, que tutela as autarquias, destacou que do fundo de solidariedade europeia sobram apenas cerca de 20 milhões.

“Neste momento, não temos condições de corresponder a essa reivindicação da Associação Nacional de Municípios (ANMP). A única abertura que temos, e já transmitimos, foi no âmbito daquele que é o apoio do Fundo de Solidariedade da União Europeia”, que representa um total de 60 milhões de euros, disse a responsável.

Não temos condições de acompanhar esse pedido de 156 milhões, mas a nossa margem é esgotar o pacote de 60 milhões dos fundos de resgate da União Europeia, que são verbas que vêm diretamente da Comissão Europeia e que vieram num contexto também de emergência”, acrescentou.

Um total de 156 milhões é reivindicado pelos municípios ao Governo como o total de gastos que tiveram no combate à Covid-19, segundo uma avaliação do Tribunal de Contas, uma verba que não consta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), como esperavam.

Não temos condições de acompanhar esse pedido de 156 milhões, mas a nossa margem é esgotar o pacote de 60 milhões dos fundos de resgate da União Europeia.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão

À Lusa, Ana Abrunhosa explicou que foram abertos concursos para a verba disponível de 60 milhões, e que destes foram já atribuídos cerca de 40 milhões, pelo que “a margem do Governo estará em perceber como é que pode ainda transferir cerca de 20 milhões”.

“Em situações de urgência e de emergência – e bem – os municípios usaram toda a flexibilidade. Só que muitas das vezes isso depois não acautela as exigências de formalidade de documentação que nós temos quando pretendemos apoiar essas despesas com fundos europeus. E é isso que justifica o facto de termos aberto e aprovado um apoio de 60 milhões e até agora só ter sido paga a despesa que não chega a 40 milhões”, explicou, sublinhando que, “sem juízos de valor”, parte do que foi submetido em candidatura e aprovado “não foi pago precisamente pelo rigor” exigido nos procedimentos e na documentação que não foram acautelados num processo de “urgência e de emergência, como foi o caso da Covid-19”.

Quanto às despesas realizadas no combate à Covid-19 pelas freguesias, que ainda não receberam qualquer apoio, o secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel, destacou que o Governo está a encontrar uma fórmula, no âmbito da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), para apresentar à Associação Nacional de Freguesias (Anafre).

A DGAL beneficia, através do OE, de verbas para contratos-programa de cooperação técnica e financeira com as autarquias, no valor de seis milhões de euros, e poderá ser a partir desta verba que será adaptada uma solução para as freguesias.

“Teremos de abrir avisos e terão que ser criadas regras que terão de ser iguais ou idênticas àquelas que foram criadas para os municípios. Não há razão para serem muito diferentes. E, através daí, as freguesias podem-se candidatar e as candidaturas serão apreciadas pelas CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional] e terão o seu percurso normal”, explicou.

Teremos de abrir avisos e terão que ser criadas regras que terão de ser iguais ou idênticas àquelas que foram criadas para os municípios. Não há razão para serem muito diferentes. E, através daí, as freguesias podem-se candidatar e as candidaturas serão apreciadas pelas CCDR.

Carlos Miguel

Secretário de Estado da Administração Local

O parlamento ouve hoje, no âmbito do debate na especialidade da proposta de OE2023, a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) e a ministra que tutela as autarquias, Ana Abrunhosa, estando prevista a votação final global do documento em 25 de novembro.

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Descentralização da ação social para os municípios não será adiada, garante ministra

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

De um universo de 278 municípios, foram 90 os que já aceitaram voluntariamente as competências descentralizadas na área da ação social e que outros 15 irão exercê-las até ao final do ano.

A ministra da Coesão Territorial avançou que mais de 100 municípios estarão a exercer competências na ação social até ao final do ano, pelo que não está previsto que o prazo da descentralização nesta área seja prorrogado.

Em entrevista à agência Lusa, Ana Abrunhosa, que tutela as autarquias, destacou que, de um universo de 278 municípios, foram 90 os que já aceitaram voluntariamente as competências descentralizadas na área da ação social e que outros 15 irão exercê-las até ao final do ano.

Numa altura em que Governo e Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) ainda negoceiam um acordo para esclarecer as competências nesta área, Ana Abrunhosa não considera necessário, para já, prorrogar o prazo definitivo para a descentralização da ação social, agendado para 1 de janeiro de 2023.

“Estamos de forma intensa a trabalhar nesse acordo, mas a ação social, de acordo com o que está previsto por lei, passará para os municípios no dia 1 de janeiro e, portanto, a partir do momento em que, num universo de 278, 105 já aderiram de forma voluntária, não me parece que tenhamos condições de adiar. Mas essa situação ainda não se colocou e, portanto, para já não. Não antevemos qualquer alteração à data de passagem destas competências”, afirmou.

A ação social, de acordo com o que está previsto por lei, passará para os municípios no dia 1 de janeiro. A partir do momento em que, num universo de 278, 105 já aderiram de forma voluntária, não me parece que tenhamos condições de adiar.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão

Este adiamento tem sido pedido por diversos autarcas, nomeadamente os presidentes independentes das Câmaras do Porto, Rui Moreira, e de Oeiras, Isaltino Morais, além do presidente da Câmara de Mafra, Hélder Sousa, que também é líder dos autarcas social-democratas.

O Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), em discussão na especialidade na Assembleia da República, contém 1.204 milhões de euros no Fundo de Financiamento para a Descentralização (FFD), um reforço superior a 200 milhões em relação ao corrente ano.

A educação, que já passou para os 278 municípios do continente, tem na proposta de OE2023 cerca de mil milhões de euros, a maior fatia do FFD, depois de Governo e ANMP terem assinado um acordo setorial com as responsabilidades e a avaliação dos custos do exercício desta competência e da saúde.

No entanto, segundo a ministra, há alguns valores que ainda estão a ser revistos com os municípios, pelo que “é normal que o FFD seja reforçado” através da educação.

O montante atual inclui o valor da manutenção das instalações, a passagem de pessoal não docente para os municípios, apoio alimentar e refeições, os transportes (nomeadamente para crianças com necessidades especiais) e as atividades extra-curriculares.

No FFD falta incluir o apetrechamento das escolas (ginásios e laboratórios, por exemplo), o reforço de pessoal não docente na área dos assistentes técnicos de informática, a atualização do valor das refeições e dos transportes e o pagamento de seguros, encargos de saúde, higiene e segurança no trabalho dos trabalhadores, que passam para os municípios.

Referindo-se aos 201 municípios que podem assumir competências na área da saúde, Ana Abrunhosa destacou que há 52 que estão a exercer essas tarefas e que têm destinados 127 milhões no FFD para 2023.

Neste caso, para que o município exerça as competências, tem de as aceitar através da celebração de autos de transferência que terão em conta as especificidades de cada autarquia, o que tem contribuído para que o processo seja mais moroso.

O maior problema nesta área da saúde é um bocadinho a partilha de informação, ou seja, é as ARS sentarem-se com os municípios, partilharem informação e assinarem o contrato de transferência.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão

“O maior problema nesta área da saúde é um bocadinho a partilha de informação, ou seja, é as ARS (Administrações Regionais de Saúde) sentarem-se com os municípios, partilharem informação e assinarem o contrato de transferência”, disse.

A ministra que tutela as autarquias vai ser ouvida esta quinta no Parlamento no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, tal como a ANMP e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre).

A votação final global do documento está prevista para 25 de novembro.

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Economia russa entrou em recessão no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 3 Novembro 2022

O Ministério do Desenvolvimento Económico prevê uma contração económica de 2,9% em 2022, a que seguirá outra, em 2023, de 0,8%. Organismos independentes têm previsões mais negativos.

A economia da Federação Russa entrou em recessão técnica no terceiro trimestre do ano, com uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,4%, segundo a informação divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Económico russo. Esta baixa do PIB segue-se à ocorrida entre abril e junho, de 4,1%, sendo assim a segunda baixa trimestral consecutiva. Para o conjunto do ano, aquele Ministério prevê uma contração económica de 2,9%, a que seguirá outra, em 2023, se bem que de dimensão inferior, de 0,8%.

As previsões do próprio Governo da Rússia são menos negativas do que as apontadas por organismos independentes internacionais, que apontam para uma recessão entre os 5% e os 10% em 2022.

Este desempenho económico ocorre com a Federação Russa sujeita a sanções por ter invadido e atacado militarmente a Ucrânia. No total, a economia russa está sujeita a 12.739 medidas sancionatórias, se se somarem as restrições impostas pela comunidade internacional antes e depois da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, pelo levantamento do portal Castellum.AI.

Os dirigentes de Moscovo asseguraram que a economia se adaptou bem às novas circunstâncias, apesar de os indicadores mostrarem o contrário.

O banco central russo (BCR), por sua vez, reviu em 28 de outubro as suas previsões, antecipando uma contração em 2022 entre 3,0% e 3,5%, uma melhoria face às que avançou em julho, que apontavam para uma baixa do PIB entre 4% e 6%. Para 2023, o BCR espera a continuação de uma situação de recessão, com uma queda do PIB entre 1% e 4%.

Esta quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, vai reunir com membros do Governo para analisar a situação da economia.

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