Medidas anti-inflação tiveram impacto de 3.386 milhões até outubro, estima UTAO

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O impacto, calculado pela UTAO, resulta do efeito cumulativo das medidas que diminuíram a cobrança de receita (1.896 milhões de euros) e que agravaram a despesa (1.490 milhões de euros).

As medidas de mitigação da subida da inflação agravaram o saldo das administrações públicas, em contabilidade pública, em 3.386 milhões de euros até outubro, calcula a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

De acordo com o relatório que analisa a evolução orçamental de janeiro a outubro, em contabilidade pública, da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), divulgado esta quinta-feira, “o impacto direto das medidas de política destinadas a mitigar as consequências económicas da inflação agravou o saldo global em 3.386 milhões de euros até ao final de outubro”.

No entanto, considerando a despesa registada em operações extraorçamentais este efeito aumenta para 3.843 milhões de euros, segundo o relatório. Para os técnicos que dão apoio ao parlamento, as medidas com efeito no saldo global ascenderam a 3.386 milhões de euros, resultando do efeito cumulativo das medidas que diminuíram a cobrança de receita (1.896 milhões de euros) e que agravaram a despesa (1.490 milhões de euros).

O relatório indica que a despesa em operações extraorçamentais ascendeu a 457 milhões de euros, respeitando a apoios a setores de produção agrícola. A UTAO refere ainda que “o valor apurado no final do mês de outubro inclui medidas de mitigação dos efeitos da inflação no poder de compra das famílias e no agravamento dos custos de produção das empresas, anunciadas nos meses de setembro e outubro, representando 65,8% do esforço financeiro estimado pelo Ministério das Finanças para o conjunto do ano de 2022 (5.150 milhões de euros)”.

Os técnicos indicam que o impacto direto do pacote inflação na receita ascendeu a 1.896 milhões de euros, repartindo-se entre as perdas definitivas (1.547 milhões de euros) e temporárias (350 milhões de euros). Já o impacto direto das medidas covid-19 no saldo global foi -1.857 milhões de euros, “resultando do agravamento da despesa (1.984 milhões de euros), parcialmente atenuado pelo cofinanciamento comunitário e revenda de vacinas a países terceiros”.

A UTAO destaca ainda que a despesa efetiva consolidada do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) executada pelas Administrações Públicas até final de outubro situou-se em 468 milhões de euros. No entanto, assinala que “a dois meses de encerrar o ano, a implementação do PRR aferida pela execução orçamental nos subsectores da Administração Central e da Segurança Social continua a registar uma subexecução significativa, uma vez que a receita efetiva cobrada representa 17,2% da previsão anual e a despesa efetiva apenas 15,6%”.

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Marcelo lembra à maioria PS que “não há poderes absolutos”

No Parlamento, o Presidente da República recordou também a atual "diversidade de posições" dos partidos com assento na Assembleia, fator que considera ser vantajoso para a democracia portuguesa.

Apesar da maioria absoluta do Partido Socialista, Marcelo Rebelo de Sousa disse esta quinta-feira, durante o discurso protocolar de Boas Festas do Parlamento, que “não há poderes absolutos” e que todos os poderes dependem de outros.

“Nem o facto de existir uma maioria absoluta de um só partido no Parlamento, realidade que o atual Presidente da República não tinha ainda vivido, apagou a vivência muito intensa [dos últimos meses] e que é boa para a democracia”, afirmou o Presidente da República, em declarações emitidas pela RTP3.

Depois, recordou que todos os poderes acabam por depender de outros poderes: “Não há poderes absolutos e isso é uma das riquezas da democracia. Assim temos vivido”, atirou o Presidente da República. Declarações que surgem depois de o primeiro-ministro, António Costa, ter sido criticado pela oposição pela atitude com que deu uma entrevista à Visão, cuja declaração chamada à capa da revista era “habituem-se” — referência aos quatro anos de mandato em maioria.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou, ainda, que os últimos meses foram “muito intensos” e recordou a atual “diversidade de posições” no Parlamento. “Penso que esta Assembleia será a que tem a composição mais numerosa e variada de formulações políticas na história da democracia portuguesa. Se não é ‘a’, é ‘uma das'”, referiu, durante a sua intervenção. Fatores que considera serem “bons” para a democracia portuguesa, que acredita manter-se “firme”.

“Quando olhamos para esse mundo fora, para o número de regimes não democráticos que se vai multiplicando, e o número de regimes democráticos que aqui e ali se vai definhando — com todos os defeitos que têm as democracias, e temos de convir que estão muito fragilizadas, desadequadas ou obsoletas com esta evolução acelerada dos fatores economias, socais, políticos e culturais –, o que é facto é que a democracia portuguesa tem enfrentado desafios difíceis e já vamos em inúmeras legislaturas. E conseguimos, às vezes utilizando instrumentos que não tinham sido pensados para o efeito, enfrentar pandemias, percorremos um estado de emergência… Vamos passando por crises variadas e a democracia portuguesa cá está firme, aliás, na multiplicidade da representação na Assembleia de República”, defendeu.

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Governo sobe teto das rendas que podem integrar programa Porta 65

O Governo decidiu aumentar o teto dos imóveis que passarão a integrar o programa Porta 65. Pedro Nuno Santos diz ser uma "atualização significativa".

O Governo decidiu aumentar o teto dos imóveis que passarão a integrar o programa Porta 65. O anúncio foi feito num conferência de imprensa pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

“Há muitos imóveis que estão foram do programa, porque os tetos das rendas estão limitados. Obviamente que, ao longo dos últimos anos, fomos assistindo a um aumento muito significativo das rendas e, portanto, muitas casas foram ficando de fora do programa“, explicou Pedro Nuno Santos.

Assim, o Governo decidiu aumentar os tetos de forma a permitir que muitas casas passem a integrar o programa Porta 65. O ministro sublinhou que esta alteração vai possibilitar que muitos jovens que “ficavam de fora porque não encontravam casas com rendas compatíveis com o programa” possam agora aceder ao programa.

Em termos exemplificativos, Pedro Nuno Santos referiu que um T2 em Lisboa tem, no quadro atual do programa, um limite de 756 euros que passará para 1.150 euros em 2023. No Porto, o limite atual é de 581 euros e passará para 1.000 euros no próximo ano.

“Uma atualização significativa do teto dos imóveis que estarão abrangidos pelo programa Porta 65″, sublinhou. Em outubro, o Governo já tinha avançado que iria atualizar até ao final do ano os tetos máximos de renda do Porta 65.

Já há muito tempo que o Governo anunciava a intenção de mexer neste programa, mas só recentemente começou a dar os primeiros passos. Em outubro, foram introduzidas mudanças através do Orçamento do Estado para 2022, onde deram possibilidade, entre outros aspetos, de um jovem ter acesso ao Programa de Arrendamento Acessível (PAA) e receber apoio do Porta 65 Jovem.

O Porta 65 conta com três concursos anuais e, para serem elegíveis, os candidatos não podem ter um rendimento mensal corrigido superior a quatro vezes o valor da renda máxima admitida para cada zona, sem exceder quatro vezes o salário mínimo nacional.

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Governo cria apoio até 200 mil euros para empresas afetadas por catástrofes

Apoios às empresas estão limitados a 200 mil euros para que processo "possa ser célere", sem ser necessário pedir autorização a Bruxelas. Apoios só serão dados depois de deduzidos os seguros.

O Governo aprovou esta quinta-feira a criação de um instrumento jurídico para ajudar as empresas a restabelecer a sua atividade económica em casos de situações adversas, como deslizamento de terras, incêndios, cheias, tornados terramotos, entre outros. O diploma permitirá dar um apoio até 200 mil euros a essas empresas, depois de acionados os seguros e os apoios das câmaras. De fora ficam as empresas na área da agricultura e florestas, que têm acesso a outro tipo de medidas.

“Este diploma para as empresas vai acelerar muito o processo” de apoio a restabelecer a sua atividade económica, explicou a ministra da Coesão, no final da reunião do Conselho de Ministros. “Não havia um diploma legal ao qual recorrer que fosse um edifício jurídico para apoios às empresas nestas situações extremas “, contextualizou Ana Abrunhosa, precisando que agora serão abertos, em simultâneo, os concursos para conceder o apoio às empresas afetadas pelos incêndios em setembro, na Serra da Estrela, e pelas inundações agora em dezembro.

“Doravante, sempre que se verificar uma ocorrência extrema, já não é preciso um decreto-lei. Basta determinar se a situação é extrema e o valor da taxa de apoio“, acrescentou Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão explicou ainda que os apoios às empresas estão limitados a 200 mil euros para que “o apoio possa ser célere” sem ser necessário pedir autorização a Bruxelas, o que seria necessário de acordo com as regras comunitárias da concorrência caso o valor fosse superior. Foi, por exemplo, o que se passou no caso dos apoios às empresas intensivas em gás, precisou.

Terá sempre de haver um relatório de danos feito por uma entidade ou pessoas certificadas para o efeito, acrescentou a ministra da Coesão, precisando que as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) têm listas de pessoas que o podem fazer, como seguradoras por exemplo. Por outro lado, os “apoios só serão dados depois de deduzidos os seguros que as pessoas devem acionar imediatamente e dos apoios das câmaras. Mas está previsto que “os apoios podem ir até 100%”, acrescentou.

Ana Abrunhosa detalhou que a partir do momento em que este diploma seja aprovado, em futuras situações adversas decorrentes de catástrofes naturais, para que as empresas possam vir a beneficiar este apoio, bastará que o Conselho de Ministros decrete que a situação é excecional, mas não é necessário ser decretado o estado de calamidade. Depois de elencados os municípios afetados por essa “situação adversa”, as empresas neles inseridas — indústria, comércio e serviços — poderão ter acesso ao apoio que será acionado. Estes apoios serão coordenados pelas CCDR à semelhança do que acontece com o fundo de emergência municipal.

Quanto ao levantamento dos danos causados pelas cheias do início do ano, Ana Abrunhosa revelou que as autarquias juntamente com as CCDR ainda o estão a fazer assim como algumas estruturas dos Ministério da Agricultura e Ambiente. “O relatório dos dados será entregue no final deste ano se tudo correr bem”, acrescentou a responsável que, no entanto, alertou que a transferência das verbas não será automática.

“Há que reunir em Conselho de Ministros e criar apoios para as diferentes tipologias de danos”, disse, recordando que os autarcas que sofreram com os incêndios em setembro estão a receber agora o apoio do fundo de emergência municipal. Ana Abrunhosa apontou para janeiro o Conselho de Ministros que irá definir esses apoios.

Depois da decisão do Executivo é preciso abrir avisos, as empresas apresentarem candidaturas, avaliar posteriormente se cumprem as exigências dos apoios e depois será feita a transferência das verbas. Mas nunca na totalidade. Haverá sempre lugar a um adiantamento para ajudar no caso de haver empreitadas, mas depois é necessário dar provas da execução das verbas para serem feitas as transferências subsequentes. “São verbas públicas que exigem certos procedimentos”, explicou Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão sublinhou ainda a necessidade de “evitar que haja duplicação de apoios”.

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Câmaras passam a ser “a porta de entrada” para pedir RSI

Com descentralização na Ação Social, as câmaras municipais passam a ser responsáveis pela entrada dos processos relativos ao Rendimento Social de Inserção (RSI), bem como pelo seu acompanhamento.

O Governo aprovou esta quinta-feira, no Conselho de Ministros, o diploma que regula a descentralização na área da Educação e da Ação Social. Neste último caso, as câmaras municipais passam a ser responsáveis pela entrada dos processos relativos ao Rendimento Social de Inserção (RSI).

“Hoje aprovamos a alteração dos diplomas que regulam a descentralização na área da Educação e da Ação Social, fruto do entendimento a que chegámos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses”, afirmou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, numa conferência de imprensa, acrescentando que, em causa, estão “alterações significativas” no que diz respeito aos encargos com “seguros, medicina do trabalho”.

Nesse sentido, e no que diz respeito à Educação, o diploma contempla agora uma “nova área” que diz respeito ao “financiamento aos municípios para contratação de assistentes técnicos na área da informática”, à luz da digitalização nas escolas, bem como a atualização que foi feita no âmbito do Orçamento do Estado dos custos de manutenção das escolas.

Depois, a ministra sublinhou que, neste período de “inflação e de guerra”, o acordo da Ação Social é “particularmente importante”, lembrando que, neste âmbito, o que passa para os municípios diz respeito ao “atendimento vulgarmente conhecido como SAS [Serviços de Ação Social]” e o RSI.

“Serão os municípios que farão o atendimento e que determinarão alguns apoios que resultam desses atendimentos”, explicou, acrescentando que, no que toca ao RSI, “a aprovação continua a ser feita pelos serviços centrais do Ministério, mas a porta de entrada dos processos passa a ser nas câmaras municipais”. Também o acompanhamento dos processos será feito pelos municípios.

Além disso, foi ainda aprovado um diploma que tem como objetivo criar um instrumento jurídico que permita “ao Conselho de Ministros criar um apoio que permita o restabelecimento das atividades económicas das empresas diretamente afetadas” por desastres naturais, como incêndios, inundações ou deslizamentos de terras “com prejuízos diretos até 200 mil euros“. Esta medida é dirigida a empresas ligadas ao setor do comércio, indústria e serviços, sendo que os processos serão coordenados com pelas CCDR. De fora ficam as empresas ligadas às agriculturas e florestas.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h16)

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Governo limita aumento das portagens a 4,9% em 2023

O preço das portagens vai aumentar até 4,9% em 2023, um valor abaixo do que as concessionárias propuseram em novembro com base na inflação. Medida vai custar 140 milhões ao Estado.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que limita o aumento das portagens em 4,9% a partir de 1 de janeiro de 2023, bem como um “mecanismo de repartição de responsabilidades” que chama à equação o Estado, as concessionárias e os próprios utilizadores.

A medida tinha sido prometida pelo primeiro-ministro, António Costa, e vai custar cerca de 140 milhões de euros ao Estado, estima o Governo. Uma das contrapartidas deste acordo é permitir às concessionárias aumentarem as portagens nos próximos quatro anos 0,1 pontos percentuais a mais do que a taxa que será determinada para cada um desses anos.

Com esta decisão, as portagens vão aumentar em 2023, para os utilizadores, menos do que as concessionárias tinham proposto em novembro com base na taxa de inflação. O anúncio de que o Governo decidiu travar essa subida foi feito num conferência de imprensa pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

O ministro confirmou que, com base nos contratos de concessão, as empresas que detêm as concessões rodoviárias tinham pedido aumentos entre 9,5% e 10,5% a partir de janeiro. Mas recordou que esses mesmos contratos preveem “a possibilidade de o Estado intervir e controlar o aumento das taxas de portagens”.

“Era para nós claro que um aumento entre 9,5% e 10,5% era insuportável, mas que também há contratos, responsabilidades partilhadas entre todos”, continuou o ministro Pedro Nuno Santos. Por isso, em 2023, os utilizadores terão de suportar um aumento de 4,9%, que é “inferior a metade daquilo que as concessionárias tinham solicitado”.

“Acima desses 4,9%, 2,8% serão responsabilidade do Estado e o remanescente, até aos 9,5% ou 10,5%, consoante as diferentes concessões, será suportado pelas concessionárias”, acrescentou o ministro Pedro Nuno Santos, considerando que a solução encontrada é “equilibrada”, partilhando as responsabilidades.

Depois das notícias em novembro de que os cidadãos e empresas arriscavam um aumento de cerca de 10% das portagens em 2023, o primeiro-ministro assegurou que tal não iria acontecer, abrindo a porta, desse modo, a uma intervenção do Estado para travar a subida das taxas. Para António Costa, “nada” justificaria uma subida de 10% e até as próprias concessionárias mostraram-se, de imediato, disponíveis para negociar. É o que agora se confirma.

Na semana passada, também o ministro Pedro Nuno Santos veio insistir que iria apresentar uma “solução” para “travar o aumento das portagens”, sublinhando que não haveria uma subida em linha com a subida da inflação.

Já esta semana, a notícia de que o Governo se preparava para limitar a subida das portagens foi avançada pelo Jornal de Negócios, que sublinhava que a intenção passava por definir um limite máximo para o aumento das portagens em 2023 acima do travão de 2% que foi aplicado às rendas, mas abaixo dos 9% a 10% propostos pelas concessionárias. O jornal referia que o limite rondaria os 5%, como agora se confirma.

(Notícia atualizada às 14h16 com mais informação)

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“Não temos escolha”, diz vice do BCE sobre a subida dos juros

  • ECO
  • 22 Dezembro 2022

Luis de Guindos acredita que subidas de 50 pontos base nos juros vão tornar-se na nova norma no curto prazo. “Devemos esperar um aumento das taxas nesse ritmo por um período de tempo", adiantou.

O vice-governador do Banco Central Europeu (BCE) diz que não há outra alternativa senão continuar a subir as taxas de juro para controlar a inflação. Luis de Guindos adianta que as subidas de 50 pontos base vão tornar-se na “nova norma no curto prazo”.

Questionado pelo jornal francês Le Monde (acesso pago, conteúdo em francês) sobre a pressão de muitos governos para abrandar os aumentos das taxas de juro, o espanhol respondeu que o aperto monetário do BCE é a “melhor forma” de os ajudar.

“Atualmente, é o principal problema para muitos países europeus. É certo que aumentar as taxas de juros significa aumentar os custos de financiamento dos governos. Mas temos um mandato e temos de cumpri-lo: a inflação está hoje em 10% e a inflação subjacente em 5%, enquanto nossa meta é de 2%”, afirmou.

Neste cenário, de Guindos diz que não há outra opção. “Não temos escolha e acho que não ter a possibilidade de desviar da meta é bom. Porque se não controlarmos a inflação, se não colocarmos a inflação em uma trajetória de convergência para 2%, será impossível que a economia recupere”, argumentou.

Na última reunião, o BCE subiu as taxas diretoras em 50 pontos base, depois da subida de 75 pontos nas reuniões anteriores. De Guindos acredita que vão tornar-se na nova norma. “Devemos esperar um aumento das taxas de juros nesse ritmo por um período de tempo”, adiantou.

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Emissões poluentes voltam a cair em 2021 com aumento do investimento do Estado e indústria no ambiente

No reverso da moeda, os resíduos setoriais aumentaram mais de 20%, em particular no setor da construção.

As despesas para a proteção do ambiente em 2021 aumentaram quase 34% na Administração Pública e 18% na indústria. No mesmo ano as emissões de gases com efeito de estufa caíram 1,3% – a quinta descida consecutiva nestas emissões, de acordo com as estimativas provisórias do o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Depois de, em 2020, Portugal ter superado a meta de redução de até 23% dos gases com efeito estufa emitidos face a 2005, em 2021 a descida foi de 33,8% face a esse mesmo ano, colocando o país no bom caminho para atingir a meta definida para 2030, quando se espera uma queda entre 45% a 55%.

A redução atual nas emissões decorre sobretudo do aumento de 4,5% da eletricidade produzida a partir de fontes de energia renovável em 2021, um crescendo que se verifica, também, desde 2017, conta o INE, no boletim Estatísticas do Ambiente, que publicou esta quinta-feira. No final do ano passado, 64,9% do total de eletricidade era produzida a partir de fontes renováveis.

No mesmo período, a despesa das Administrações Públicas em atividades de proteção ambiental manteve a tendência ascendente, fixando-se em 1.378 milhões de euros em 2021, acima dos 1.035 milhões de euros gastos em 2020. Em termos de Fundos de Coesão, até dezembro de 2021 as aprovações do Portugal 2020 no domínio do ambiente, face às dotações programadas, ascenderam a 100,4% (4.013 milhões de euros), estando concretizado 61,2% (2.443 milhões de euros) do valor das aprovações.

Do lado das empresas, 15,3% das firmas industriais desenvolveram atividades de gestão e proteção do ambiente (-1 p.p. em comparação com 2020). Os investimentos das empresas aumentaram 18,3%, sobretudo tendo em conta a variação positiva na área de “Proteção da Qualidade do Ar e Clima” (60,5%).

Também em 2021, as entidades produtoras de bens e serviços de ambiente faturaram 10,6 mil milhões de euros (contra 8,6 mil milhões de euros em 2020), dos quais 5,7 mil milhões de euros resultaram de atividades ambientais no âmbito de gestão dos recursos, correspondente a um acréscimo de 18,8% face a 2020.

Contudo, nem tudo são boas notícias. O crescimento económico a que se assistiu em 2021 deu origem a mais resíduos setoriais – subiram 20,4% –, sendo que no setor da construção o salto foi de 53,1%, a acompanhar os 39,5 mil milhões de euros adicionais de produção no setor.

“O indicador de preparação para a reutilização e reciclagem de resíduos urbanos acentuou a tendência de decréscimo, atingindo 32% em 2021 (-6 p.p face a 2020) e afastando-se da meta de 55% a atingir em 2025”, alerta o INE. A Entrada Direta de Materiais na economia nacional aumentou 6,9%, embora ainda sem atingir os níveis de 2019.

Menos área ardida

Em Portugal continental, o ano 2021 classificou-se como quente e seco. A década 2012-2021 foi a mais quente desde 1931 (anomalia de +0,49 ºC) e a segunda mais seca, correspondendo a 75% do valor normal de precipitação.

Mais uma vez, o calor trouxe consigo incêndios que devastaram uma parcela relevante do território nacional. No entanto, assinala o INE, 2021 registou o menor número de incêndios rurais dos últimos 10 anos em Portugal continental (8 186 ocorrências) e a segunda menor área ardida (28,4 mil hectares).

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INCode.2030 revela profissões e competências prioritárias na digitalização

Auxiliar de saúde, bombeiro, contabilista e farmacêutico são algumas das profissões que o INCoDe.2030 considera prioritárias.

O INCoDe.2030 reuniu as 49 profissões prioritárias, bem como as 22 competências digitais para o emprego, tendo em conta o atual contexto de transição digital. Auxiliar de saúde, bombeiro, contabilista e farmacêutico são apenas algumas das profissões destacadas, enquanto análise de dados, resolução de problemas técnicos e conhecimentos de programação estão entre as skills para o emprego. No estudo “Estudo para a Empregabilidade (não TIC) no Futuro”, que se foca no emprego não TIC em Portugal, são identificadas as exigências de diferentes perfis profissionais, num horizonte de três a seis anos.

“Numa sociedade cada vez mais digitalizada, em que as profissões assentam de forma crescente em instrumentos digitais, é especialmente relevante assegurar que os trabalhadores e as trabalhadoras têm as competências para garantir o exercício da sua profissão”, comenta Luisa Ribeiro Lopes, coordenadora-geral do INCoDe.2030.

“Com este estudo, o INCoDe.2030 espera contribuir para o desígnio de ajudar empresas e colaboradores a superar os desafios impostos pela transição digital”, acrescenta a responsável, citada em comunicado.

Auxiliar de saúde, bombeiro, contabilista, empregado de bar, enfermeiro, farmacêutico, motorista, rececionista e vendedor em loja são algumas das profissões que fazem parte da lista de profissões prioritárias, realizada pelo INCoDe.2030 em colaboração com a PwC Portugal e a McKinsey & Company.

Já no que toca ao quadro de referência de 22 competências digitais para o emprego, é possível destacar análise de dados e estatística, código de conduta em ambiente digital, resolução de problemas técnicos e conhecimentos de programação.

No estudo foram ainda desenvolvidos percursos formativos no digital para cada profissão, com testes de diagnóstico para posicionamento numa jornada de formação. No âmbito deste estudo, estão disponíveis vários materiais que têm como finalidade identificar as necessidades de capacitação e formação digital destes profissionais explicados através de um guia metodológico.

Consulte toda a informação aqui.

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Atividade económica e consumo privado voltam a abrandar em novembro

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

“Em novembro, os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado continuaram a apresentar uma taxa inferior à do mês anterior”, refere o banco central em comunicado.

Os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado voltaram em novembro a abrandar face ao mês anterior, informou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

“Em novembro, os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado continuaram a apresentar uma taxa inferior à do mês anterior”, refere o banco central em comunicado.

No mês de novembro, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi de 5,2% (6,5% em novembro de 2021), abrandando face aos 5,4% de setembro.

Já a variação homóloga do indicador para o consumo privado diminuiu de 2,5% em outubro para 2,1% em novembro. Em novembro de 2021 tinha sido de 7,5%.

Considerando o trimestre terminado em novembro, as taxas de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram de 5,4% e 2,5%, respetivamente, o que compara com 5,6% e 3,0%, pela mesma ordem, do trimestre terminado em outubro.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de 6,5%, enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de 4,8%.

Os indicadores coincidentes procuram captar a evolução subjacente do respetivo agregado macroeconómico, pelo que não refletem em cada momento a taxa de variação homóloga desse agregado.

O BdP alerta que, “na atual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.

“Adicionalmente – acrescenta – o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo”.

A próxima divulgação dos indicadores coincidentes do BdP ocorrerá em 12 de janeiro do próximo ano.

Também esta quinta-feira, o BdP informou que, na semana terminada em 18 de dezembro, o indicador diário de atividade económica (DEI), que retrata em tempo quase real a evolução da economia portuguesa, aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade “superior à observada na semana anterior”.

O DEI é um indicador lançado pelo BdP para identificar alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do Banco de Portugal ou do Eurosistema.

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Bankinter passa cheque anti-inflação de 500 euros aos colaboradores

Pagamento integral do passe social, subida do subsídio de refeição e implementação de um dia de teletrabalho para as áreas centrais são outras das medidas que já tinham sido aprovadas.

O Bankinter Portugal vai avançar com um apoio extraordinário de 500 euros aos colaboradores pago com o processamento de salário de dezembro. A medida visa mitigar o impacto da inflação nos rendimentos dos colaboradores. Em Portugal o banco tem 780 trabalhadores.

“Perante o contexto económico atual, e procurando atenuar o impacto da subida generalizada de preços no custo de vida dos colaboradores do Bankinter Portugal, a comissão executiva do banco aprovou um apoio extraordinário de 500 euros, pago aos colaboradores já no processamento salarial de dezembro”, informa fonte oficial numa nota enviada à Pessoas/ECO.

A medida agora conhecida junta-se a um anterior conjunto de apoios específicos já aprovados pela instituição financeira que passam pelo pagamento integral do passe social ou pela subida, em três euros por dia, do subsídio de almoço, para 14 euros. O banco implementou ainda para as áreas centrais de um dia de teletrabalho, o que “contribui para a redução de 20% nos custos de deslocação, também com impactos positivos ao nível de sustentabilidade”.

“O Bankinter Portugal continuará a acompanhar a evolução macroeconómica e social, procurando as soluções mais adequadas a cada momento para os seus colaboradores”, refere a mesma fonte.

Novobanco, Montepio e Montepio Crédito, Caixa, Santander, Crédito Agrícola, BNP Paribas são outras das instituições do setor que já avançaram com apoios extraordinários aos seus colaboradores para mitigar o impacto da subida de preços nos rendimentos.

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Macron “adia” entrada de Kiev na NATO para não irritar Rússia

  • Lusa
  • 22 Dezembro 2022

O presidente francês considera que a entrada da Ucrânia na NATO seria vista pela Rússia como um confronto direto.

O presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que a entrada da Ucrânia na NATO seria vista pela Rússia como um confronto direto, pelo que defende que este não será o “cenário mais provável” no futuro próximo.

“A entrada da Ucrânia na NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] seria percebida pela Rússia como um confronto. Não é com essa Rússia que queremos lidar”, afirmou, em entrevista a vários jornais, entre os quais o francês Le Monde, o norte-americano The Wall Street Journal e o libanês An Nahar.

Para Emmanuel Macron, é necessário dar, no final do conflito, “garantias de segurança” tanto à Ucrânia como à Rússia, posição que reiterou na entrevista, apesar de já ter recebido muitas críticas de Kiev e da Europa de leste.

“No final, teremos de colocar todos na mesma mesa”, considerou, acrescentando que não quer que sejam “apenas os chineses e os turcos a negociar no dia seguinte” ao fim das hostilidades.

O presidente francês voltou também a defender a autonomia estratégica da Europa, dentro da NATO, mas com menor dependência dos Estados Unidos.

“Não há arquitetura de segurança europeia sem autonomia estratégica, na NATO e com a NATO, mas não dependente da NATO”, sublinhou.

“Uma aliança não é algo de que eu dependa, é algo que eu escolho (…) Devemos repensar a nossa autonomia estratégica”, disse.

Depois da guerra, deve haver um acordo “que construa uma nova ordem de estabilidade e segurança naquela região da Europa”, mas, segundo Macron, a Aliança Atlântica não deve ser a única ferramenta para alcançar este resultado.

“Não podemos pensar na segurança desta região apenas através da NATO”, disse, criticando o envio de ‘drones’ (aeronaves não tripuladas) pelo Irão para a Rússia. “Está a ser criada uma espécie de multilateralismo do terrorismo”, denunciou.

Macron defendeu ainda que a Ucrânia deve concentrar o seu esforço militar na recuperação do território ocupado pela Rússia desde 24 de fevereiro, deixando implícito que a devolução da Crimeia pode ser adiada.

Embora a recuperação da península da Crimeia, ocupada e anexada pelos russos em 2014, seja algo quase sagrado para o Governo de Kiev, Macron considerou que a prioridade deve ser defender “a Ucrânia atual”.

O líder francês insistiu ainda que a guerra deverá terminar na mesa de negociações e não no campo de batalha. “Sempre defendi não achar que este conflito possa ser encerrado apenas por meios militares”, lembrou, mostrando-se, no entanto, muito cético quanto à disponibilidade de Moscovo para se sentar e negociar. “O que os russos têm pedido desde o início é a rendição, não a paz”, referiu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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