Preços dos materiais de construção 10,1% mais caros em fevereiro

Os preços das materiais usados no setor da construção estavam 10,1% mais caros em fevereiro deste ano, em termos homólogos. No total, os custos de construção aumentaram 8,6%.

O aumento dos custos de construção continua a acelerar, atingindo uma variação homóloga de 8,6% em fevereiro deste ano, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta é a maior subida em 14 anos, desde julho de 2008, mês em que se registou uma subida de 9%, de acordo com a série histórica.

Em fevereiro de 2022, estima-se que os custos de construção de habitação nova tenham aumentado 8,6% em termos homólogos, mais 1,2 pontos percentuais (p.p.) que o observado no mês anterior, traduzindo aceleração da variação dos preços em ambas as componentes“, revela o gabinete de estatísticas, detalhando que “o preço dos materiais e o custo da mão-de-obra apresentaram, respetivamente, variações homólogas de 10,1% e de 6,4%”.

No caso do preço dos materiais, esta é a maior subida homóloga desde agosto de 2008 (11,2%). No caso do custo da mão-de-obra, este é o maior crescimento homólogo desde apenas novembro de 2021 (6,8%), o que sugere que esta componente ainda não está a ser influenciada pela recente aceleração da taxa de inflação. Anteriormente, o custo na construção estava a subir pela falta de oferta e pela forte expansão do setor, o que aumentou a procura por mão-de-obra.

O Instituto Nacional de Estatística detalha quais são os materiais que mais estão a contribuir para o crescimento dos preços: “Os aços, os produtos cerâmicos, o gasóleo, vidros, aglomerados e ladrilhos de cortiça e madeiras e derivados de madeira“. Todos estes materiais apresentam um crescimento homólogo superior a 20%.

Após um período em que foi a mão-de-obra a dar um maior contributo para a subida dos custos da construção, desde o segundo semestre de 2021 que tem sido o aumento do custo dos materiais a ditar a trajetória, como mostra o gráfico do INE. Assim, tem sido mais pelos materiais do que pela mão-de-obra que se tornou cada vez mais caro construir uma casa.

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Novos conflitos e pandemia aumentam desordem social e criminalidade global, diz Prosegur Research

  • Servimedia
  • 6 Abril 2022

A polarização, a erosão da confiança nas instituições e as circunstâncias económicas, sanitárias e sociais dos últimos meses foram as principais causas, segundo um relatório da Prossegur Research.

O mundo está a experimentar um “extraordinário aumento da desordem social”, bem como um aumento do crime organizado e da governação criminal, de acordo com a Prosegur Research, plataforma de análise recentemente criada pela Prosegur sobre o presente e o futuro da segurança global, noticia a Servimedia.

A extrema polarização, a forte erosão da confiança nas instituições e as difíceis circunstâncias económicas, sanitárias e sociais vividas nos últimos meses, especialmente na sequência da pandemia da Covid-19, contribuiriam significativamente para este aumento da desordem social.

Estas são algumas das tendências incluídas nos dois primeiros relatórios deste observatório sobre o presente e o futuro da segurança global, “Um mundo diferente: chaves para o futuro” e “O mundo em 2022”, com base nos quais os analistas da Prosegur Research estabeleceram as sete chaves para o futuro que estão a moldar um novo ambiente global e que terão impacto na perceção e gestão dos riscos de segurança nos próximos anos.

Como salienta a revista The Economist, a democracia sofreu um retrocesso em 70% dos países do mundo em 2020, com uma deterioração adicional em 45% deles no último ano. Estes resultados baseiam-se na primeira das chaves apresentadas pela Prosegur Research: a existência de um poder difuso e descentralizado, distribuído entre atores estatais e não estatais (lobbies, grandes empresas tecnológicas). Salienta também que, a par de um certo grau de desglobalização física, existe uma ameaça de fragmentação do mundo em blocos. As autocracias têm aumentado o seu peso.

Por outro lado, os relatórios sublinham a significativa fragmentação social e a volatilidade e incerteza do mundo de hoje como outra questão chave. A este respeito, observam que, globalmente, houve um aumento de 244% de motins e manifestações antigovernamentais entre 2011 e 2019.

A fadiga pandémica é também citada entre as razões para o sentimento de protesto, aumentando a perceção do choque sistémico. A este respeito, o Fundo Monetário Internacional já alertou para o aumento da agitação social resultante dos impactos económicos e sociais da pandemia e do recente conflito na Ucrânia.

A terceira chave, de acordo com a análise da Prosegur Research, é a procura de novos modelos económicos, mais inclusivos de todos os atores envolvidos na economia, como reação à crise financeira de 2008 e aos impactos económicos da Covid-19. Neste momento, a crise da Ucrânia está a emergir como um dos acontecimentos que mais acentua os problemas da cadeia de abastecimento e a inflação a nível global.

Os relatórios também destacam o surgimento de uma nova onda de consciência social, que está a reforçar a resiliência comunitária e a solidariedade social como contraponto ao desespero, à fadiga pandémica e à vulnerabilidade às crises sanitárias, económicas e ambientais.

A convergência tecnológica é outro motor fundamental, uma vez que contribuirá a um ritmo acelerado para redefinir setores e melhorar serviços e produtos. No entanto, como os analistas da Prosegur Research salientam, o seu potencial disruptivo e de convergência significa uma amplificação das superfícies de ataque, como é o caso do cibercrime em dispositivos móveis, IoT e cloud. Isto é agravado pela emergente guerra fria tecnológica gerada pela crise do microchip e dos semicondutores.

Por outro lado, os dois primeiros relatórios da Prosegur Research apontam a pandemia como um fator que levou à expansão do conceito de saúde física para uma saúde holística, que inclui a saúde mental, alimentar e social. Segundo os especialistas, “70% dos últimos surtos epidémicos têm a sua origem na desflorestação e, portanto, o risco do aparecimento de novas pandemias é apenas uma questão de tempo“.

A sétima e última das chaves que apontam como configurador do novo ambiente global é a procura de um equilíbrio entre crescimento económico, cuidado com o ambiente e bem-estar social, que se materializa atualmente na exigência dos cidadãos de que as empresas respeitem os critérios mínimos de ESG. Entre outros dados, é destacado que os consumidores escolhem empresas ambiental e socialmente conscientes, e 70% têm isto em conta na escolha de uma marca.

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Tribunal da Concorrência recebeu mais de 16 milhões só dos processos com multas mais elevadas

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

O Tribunal da Concorrência recebeu, desde a sua criação, em 2012, mais de 16 milhões de euros de coimas, apenas dos recursos de contraordenações dos níveis 2 e 3 (superiores a 100.000 euros).

O Tribunal da Concorrência recebeu, desde a sua criação, em 2012, mais de 16 milhões de euros de coimas, apenas dos recursos de contraordenações dos níveis 2 e 3 (superiores a 100.000 euros).

Segundo dados da Comarca de Santarém fornecidos à Lusa, desde a instalação do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em 30 de março de 2012, até ao final de 2020, dos recursos de contraordenação, níveis 2 e 3, julgados e arquivados após recurso para os Tribunais Superiores, “foram cobrados, provenientes de coimas, mais de 15.900.000 euros e de custas mais de 95.000 euros”, grande parte pagos voluntariamente pelos recorrentes.

Dados referentes a 2021, indicam que, até ao final do ano, foi pago um valor total de 1.502.758 euros, correspondendo 773.439 a coimas de nível 1 (até 100.000 euros), cerca de 150 mil a coimas de nível 2 (entre 100.000 e 500.000), 530 mil euros a coimas de nível 3 (acima dos 500.000 euros) e 49.218 euros a execuções.

Se até 2020 não eram pagas cauções, a partir dessa altura o TCRS instituiu a obrigação de os arguidos terem de prestar cauções das coimas a que vêm condenados pelas autoridades administrativas.

“Estão a ser prestadas cauções de valores muito significativos ao Tribunal”, disse à Lusa Mariana Machado, juíza titular do Juízo 1 do TCRS, dando exemplo dos 100 milhões de euros de caução no processo que ficou conhecido como “cartel da banca” e que terá sentença no final deste mês.

Fonte judicial adiantou que, nos processos que envolvem bancos, as cauções, em regra no valor de 50% da coima aplicada pela entidade administrativa, têm sido prestadas por garantia bancária.

No caso da EDP que se encontra em fase de julgamento, a empresa depositou como caução o valor integral de 48 milhões de euros, correspondente à coima a que foi condenada pela Autoridade da Concorrência por abuso de posição dominante entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013, da qual recorreu para o TCRS.

“A partir do momento em que passou a haver prestação de caução, os problemas de pagamento das coimas mitigaram-se”, disse Mariana Machado, salientando que, após alguma resistência inicial, esta prática “começa a ser interiorizada”.

Nos processos do BES entrados antes da exigência de prestação de caução tem havido “intercomunicabilidade com outros processos em que há apreensões” e “comunicações para, uma vez transitadas as coimas, serem salvaguardados” os interesses do Tribunal, disse.

Como exemplos, Mariana Machado referiu o arresto preventivo interposto pelo Ministério Público no processo BESA/Eurofin, no qual o ex-presidente do BES Ricardo Salgado foi multado em 4 milhões de euros, e a ação cível de impugnação pauliana (para contestar uma decisão lesiva dos legítimos interesses dos credores) da decisão do juiz de instrução Ivo Rosa de levantamento do arresto de 700 mil euros depositados numa conta do Deutsche Bank em nome da mulher de Ricardo Salgado.

Da primeira decisão do universo BES, de abril de 2018, transitada em julgado em novembro de 2020, continuam a ser feitas diligências para obter o pagamento dos 3,7 milhões de euros a que Ricardo Salgado foi condenado, uma vez que não houve pagamento voluntário, estando o outro arguido, o ex-responsável financeiro do BES Amílcar Morais Pires a pagar em prestações os 350.000 euros a que foi condenado.

Sobre o dinheiro das coimas pagas junto do TCRS, Mariana Machado explicita que “entra na conta geral do Estado”, salientando não existir qualquer interesse do Tribunal no desfecho dos processos.

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Ordem dos Advogados nomeia Rogério Alves para gabinete de apoio a vítimas de assédio

  • Lusa
  • 6 Abril 2022

O antigo bastonário dos advogados foi escolhido pela OA para acompanhar alunos, docentes e funcionários que queiram recorrer ao gabinete de apoio às vítimas de assédio e discriminação na FDUL.

O antigo bastonário dos advogados Rogério Alves foi escolhido pela Ordem para acompanhar alunos, docentes e funcionários que queiram recorrer ao gabinete de apoio às vítimas de assédio e discriminação na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

A Ordem dos Advogados anunciou esta quarta-feira em comunicado que, “no quadro das suas atribuições estatutárias de defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, decidiu responder positivamente à solicitação da Faculdade de Direito de Lisboa e designou para o efeito o antigo bastonário Rogério Alves, que aceitou desempenhar essa função”.

Os casos de assédio moral e sexual na FDUL foram divulgados na segunda-feira pelo Diário de Notícias, que deu conta de a faculdade ter aberto um canal para receber denuncias de assédio e discriminação e em 11 dias terem sido comunicadas 50 queixas, relativas a 10% dos professores.

Na terça-feira, a direção da FDUL anunciou a criação de um gabinete de apoio às vítimas de assédio e discriminação, na sequência das dezenas de denúncias recebidas em março, e explicou que o objetivo é prestar apoio e aconselhamento jurídico às vítimas que queiram prosseguir com queixas disciplinares ou criminais.

Do ponto de vista do acompanhamento jurídico, a faculdade referiu que o objetivo é informar os alunos sobre a relevância disciplinar ou criminal do caso, para os ajudar a reunir provas e explicar-lhes o que será necessário fazer para prosseguir com os processos.

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Candidaturas para Talent Academy da BI4ALL abertas até 8 de abril

Pela primeira vez, e como forma de responder à sua necessidade crescente de contratação, a empresa vai realizar três edições desta iniciativa, em abril, junho e setembro.

As candidaturas para a 12.ª edição da Talent Academy da BI4ALL decorre até 8 de abril. A iniciativa anual tem como objetivo potenciar e acelerar a integração de jovens recém-licenciados no mercado de trabalho. Pela primeira vez, e como forma de responder à sua necessidade crescente de contratação, a empresa vai realizar, em apenas um ano, três edições desta iniciativa: em abril, junho e setembro. O objetivo é apoiar a entrada de mais 40 jovens no mercado laboral.

“A Talent Academy é uma oportunidade incrível para todos aqueles que querem abraçar o mundo dos dados. Ao longo dos anos, o excelente conteúdo, os melhores especialistas e os mais dedicados formandos têm feito da academia um sucesso”, comenta José Oliveira, CEO da BI4ALL, em comunicado.

Com três edições previstas para este ano, a BI4ALL pretende apoiar a entrada de mais de 40 jovens recém-licenciados no mercado de trabalho, através de um programa de formação intensivo e remunerado, de base teórica e prática, desenvolvido por especialistas e dedicado aos jovens apaixonados por tecnologia.

O programa desenvolvido pela empresa de serviços de data analytics e inteligência artificial, que tem a duração de cerca de um mês e meio, promete aprofundar o conhecimento dos participantes em diferentes tecnologias, bem como fomentar o pensamento analítico e a sua aplicabilidade prática nas organizações.

Para estas academias, a BI4ALL procura jovens com formação académica em informática, gestão da informação, matemática aplicada, engenharias ou similar, entre outras competências que são valorizadas pela empresa, como bons conhecimentos de inglês e espírito colaborativo.

No final da formação, os jovens terão a oportunidade de integrar projetos da empresa de âmbito nacional e internacional.

Para mais informações e candidaturas às edições da Talent Academy de 2022, consultar aqui.

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AHRESP pede que Orçamento do Estado seja “redesenhado”

A associação que representa o setor hoteleiro e da restauração pede que o OE2022 seja "redesenhado" dado o impacto da guerra e diz que "é imperativo" avançar com medidas específicas para as empresas. 

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende que o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) deve ser “reajustado” tendo em conta “todas as mudanças no contexto económico” e sinaliza que “é imperativo” avançar com medidas específicas que apoiem as empresas.

“Com o novo Governo em funções, e tendo em conta todas as mudanças no contexto económico, é da maior relevância que o novo Orçamento do Estado para 2022 seja ajustado às reais necessidades das nossas empresas e rapidamente aprovado”, aponta a associação que representa o setor hoteleiro e da restauração, no boletim diário desta quarta-feira.

Neste contexto, a entidade liderada por Ana Jacinto avisa que “o atual clima de guerra e o sucessivo e galopante aumento dos custos de energia, dos combustíveis e das matérias-primas (sobretudo alimentares), estão a colocar uma enorme pressão na gestão dos negócios”, pelo que defende que “é imperativo” que o documento contenha “medidas específicas que apoiem as empresas no imediato”, dado que estas “estão muito fragilizadas”, na sequência do impacto económico provocado pela pandemia.

“É por isso absolutamente essencial que o OE2022 disponibilize medidas que possam apoiar as empresas e assim garantir a sustentabilidade dos negócios e a manutenção dos postos de trabalho”, sinaliza a AHRESP.

Na segunda-feira, o novo ministro das Finanças garantiu que a proposta do OE2022 terá uma resposta às consequências económicas e sociais da guerra na Ucrânia, ainda que sem mais detalhes. Fernando Medina revelou que a nova proposta será apresentada ainda este mês.

Recorde-se que a marcação da repetição das eleições legislativas para o círculo da Europa, veio atrasar ainda mais a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2022. Ainda assim, na semana passada, o Presidente da República disse que “há uma preocupação de recuperar o tempo perdido” e referiu que o objetivo é ter o documento em vigor “o mais tardar” em julho.

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Rock ‘n’ Law está de volta e vai apoiar refugiados

A edição de 2022 do Rock 'n' Law vai apoiar os refugiados. O processo de submissão de candidaturas para escolher o projeto beneficiário deste ano já abriu e decorre até dia 27 de abril.

“Abram as cortinas, acendam as luzes… O Rock ‘n’ Law está de volta“. Foi assim que a organização do evento de solidariedade anual que junta vários escritórios de advogados anunciou o regresso. Na edição de 2022 o apoio irá para os refugiados.

Não podíamos ficar indiferentes aquela que infelizmente será uma das palavras do ano: os refugiados“, refere a organização nas redes sociais.

O processo de submissão de candidaturas para escolher o projeto beneficiário deste ano já abriu e decorre até dia 27 de abril. Podem encontrar todas as especificações para submeterem o projeto num formulário online.

“Projetos que apoiem não só os que fogem do atual conflito Ucrânia/Rússia, mas também que apoiem todos os que sofrem por qualquer outra catástrofe que os obrigue a sair do seu país de origem e a pedir acolhimento num país terceiro”, explicam.

Em 2021, a organização decidiu não realizar a tradicional edição, após em 2020 ter realizado o evento virtualmente, mas continuou a “ajudar quem mais precisa”. As sociedades de advogados organizadoras decidiram fazer um donativo no valor de 35.000 euros ao Abem: Rede Solidária do Medicamento da Associação Dignitude.

O projeto escolhido permite o acesso ao medicamento a pessoas carenciadas. “38,4% dos medicamentos comparticipados são para o sistema nervoso, e com o apoio do Rock ‘n’ Law o programa abem irá ajudar 350 portugueses no acesso aos medicamentos, contribuindo para a estabilidade e melhoria da saúde mental em Portugal“, refere a organização.

O Rock ‘n’ Law é uma iniciativa solidária e que ao longo das 13 edições angariou mais de 700 mil euros através de um evento de música e solidariedade promovido por sociedades de advogados e que move a sociedade civil e as empresas.

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Webtalk. Os Benefícios Fiscais ao Investimento

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Quais são os benefícios fiscais ao IRC mais relevantes? Quais as consequências de usar um ou outro? Qual o mais favorável para cada setor da empresa? Acompanhe o debate no dia 18 de abril, às 10h.

Segundo dados da Autoridade Tributária, os valores da dedução à coleta no âmbito dos Benefícios Fiscais ao IRC cresceram 24% de 2019 para 2020, perfazendo um total de 694 milhões de euros. Então, quais são os mais relevantes para os investidores?

Registe-se na webtalk “Benefícios Fiscais ao Investimento”

No que diz respeito a empresas, destacam-se: Benefícios Fiscais Contratuais ao Investimento Produtivo (BFCIP), o Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI), o Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI II), a Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR), os Benefícios fiscais aplicáveis aos Territórios do Interior, o Sistema de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento (SIFIDE) e o Patent Box.

Todos estes Benefícios Fiscais visam promover e apoiar o investimento em setores considerados estratégicos da economia, favorecendo o crescimento sustentável, a criação e manutenção de emprego, o desenvolvimento regional e o reforço da estrutura do capital das empresas.

A lista de regras é extensa e alguns investimentos são elegíveis em mais do que uma tipologia. Assim: qual o mais favorável para o setor da empresa em concreto? Quais as consequências de usar um ou outro dos benefícios fiscais? Quais as diferentes condições de elegibilidade e aplicabilidade? Para descobrir estes e outros elementos-chave dos benefícios fiscais para investidores, assista à webtalk “Benefícios Fiscais ao Investimento”, no próximo dia 18 de abril, pelas 10h, no site e Facebook do ECO, uma iniciativa do ECO em parceria com a Yunit Consulting.

O debate contará com a participação de Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consultung, Eduardo Silva, diretor técnico da Yunit Consulting, Sandra Barradas, diretora de Planeamento e Controlo Financeiro da Joaquim Chaves Saúde, e Zuzana Fabianová, CEO da Wondercom. A moderação é de André Veríssimo, redator principal do ECO.

Registe-se aqui e acompanhe a webtalk “Benefícios Fiscais ao Investimento”.

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Entrevista a Pedro Rebelo de Sousa. Edição de abril da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 6 Abril 2022

Na Advocatus de abril pode ler a entrevista ao managing partner da SRS e especiais sobre as metas climáticas dos escritórios de advogados e a forma como a guerra na Ucrânia pode afetar o setor.

Pedro Rebelo de Sousa, managing partner e fundador da SRS Advogados, tem aconselhado clientes nacionais e internacionais em operações de grande relevo em questões de direito financeiro e acompanhado reestruturações e transações de M&A. Numa entrevista exclusiva à Advocatus, fala pela primeira vez abertamente sobre o que não resultou com a integração do escritório de Gabriela Rodrigues Martins e Dulce Franco (AAA) e da transição geracional de que o escritório irá presenciar no prazo de dois anos. “O futuro não sou eu”, diz o advogado com mais de 40 anos de experiência.

Faz ainda uma avaliação da situação na Ucrânia e do que serão as prioridades do novo Governo. Admite admirar a Vieira de Almeida, PLMJ e Morais Leitão e assume que a SRS – que prepara agora um rebranding – não baixou a faturação no período pandémico.

Pedro Rebelo de Sousa, managing partner da SRS Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 15MAR221

Poucas foram as empresas que em 2021 estabeleceram metas climáticas. Nem todas as sociedades de advogados questionadas pela Advocatus assumem que estabelecem metas, mas garantem que a sustentabilidade é uma preocupação e têm adotado várias medidas e iniciativas. Para as firmas a luta contra as alterações climáticas e a preservação da biodiversidade e dos recursos naturais são desafios urgentes.

O conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia teve início no dia 24 de fevereiro e desde então que várias cidades ucranianas têm sido alvo de bombardeamentos. Ainda sem um fim à vista, as consequências desta guerra ainda são incalculáveis. A Advocatus foi tentar perceber de que forma este conflito entre a Rússia e a Ucrânia pode vir a mudar o panorama da procura dos serviços das sociedades de advogados.

Teresa Madeira Afonso, sócia da PLMJ, em entrevista ao ECO/Advocatus - 15MAR22
Teresa Madeira Afonso, sócia da PLMJ, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Teresa Madeira Afonso é a advogada do mês desta edição. A sócia de M&A da PLMJ conta com 12 anos de experiência profissional, centrando a sua atividade no direito comercial, com especial enfoque em temas de direito imobiliário comercial e financeiro. Desenvolve a sua atuação profissional, em particular, na estruturação, negociação e acompanhamento de transações de M&A e private equity, constituição e acompanhamento de fundos de investimento e de capital de risco, na aquisição de portfolios de créditos, bem como na assessoria a operações de financiamento e de reestruturação empresarial em vários setores da indústria, do imobiliário e turismo.

Tomás Zenóglio de Oliveira, sócio da VMA, esteve à conversa com a Advocatus e fez um balanço sobre os quatro anos de atividade do escritório. O advogado avançou que contam duplicar a equipa ainda em 2022 e prevê que sejam capazes de celebrar mais parcerias e novas associações com firmas de outros países. O sócio mostrou-se ainda entusiasmado com o “advento da inteligência artificial na advocacia”. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

VMA Advogados - 08MAR22
Tomás Zenóglio de Oliveira, partner da VMA AdvogadosHugo Amaral/ECO

O recente ranking da TTR – Transactional Track Record, com análise do período entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro de 2022, revela quais foram os principais escritórios de advogados e legal advisors, nas principais operações de M&A, Venture Capital, Private Equity e Asset Acquisition. A Garrigues liderou por valor total das operações, com 286,25 milhões de euros, e ainda por número de transações, com oito.

Assine a revista Advocatus aqui.

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Presidente da Ucrânia vai ser convidado para falar no Parlamento

  • ECO
  • 6 Abril 2022

Conferência de líderes da Assembleia da República discute o requerimento apresentado pela deputada do PAN para convidar o Presidente ucraniano para discursar no Parlamento.

O Presidente da República convidará imediatamente o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a discursar na Assembleia da República assim que haja “luz verde” do Parlamento português, o que deverá acontecer já esta quarta-feira, segundo o Público (acesso condicionado).

Desde o início da guerra da Rússia, Zelensky tem discursado em diversos Parlamentos dos países ocidentais, incluindo Reino Unido, Canadá, EUA e Alemanha, através de streaming de vídeo, sendo que na terça-feira falou perante os deputados espanhóis.

A conferência de líderes tem reunião marcada para esta quarta e vai discutir o requerimento apresentado pela deputada do PAN, Inês Sousa Real, para convidar o Presidente ucraniano para discursar na Assembleia da República. O Público lembra que se Zelenskii aceitar discursar para o Parlamento português, será sempre a convite do Presidente, seu homólogo, pelo que terá de haver articulação com o novo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

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Lá fora nas notícias: combustíveis, carvão e Intel

Cerca de 4 mil estações de serviço espanholas ameaçam fechar portas antes da Páscoa. Fim das importações de carvão russo poderá fazer subir ainda mais preços de energia. Intel sai da Rússia.

Cerca de quatro mil estações de serviço espanholas ameaçam fechar portas antes da Páscoa. A Comissão Europeia prepara-se para pôr fim às importações de carvão russo, contudo, a decisão poderá levar a uma subida ainda mais expressiva dos preços de energia a nível global. No plano empresarial, a Intel anunciou a suspensão de operações na Rússia, enquanto a Volkswagen vai cortar os modelos de motor a combustão e aposta nos novos carros. Surto de Covid em Xangai aumenta pressão sobre risco de interrupção nas cadeias de abastecimento globais.

El Economista

Cerca de quatro mil estações de serviço espanholas ameaçam fechar portas antes da Páscoa

A Confederação Espanhola de Estações de Serviço (CEES) alertou o Governo espanhol que se não responder aos pedidos do setor, nomeadamente esclarecendo qual será o tratamento fiscal e contabilístico do desconto de 20 cêntimos por litro de combustível aos clientes, a atual situação pode inviabilizar a continuação da venda de combustível. “Se se trata de um desconto no preço, ou seja, de um subsídio, precisamos que o confirmem por escrito, com menção expressa das implicações fiscais que esta circunstância terá para os nossos clientes que solicitem fatura”, sinaliza a confederação, que agrega mais de 4 mil estações de serviço.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo e espanhol)

Bloomberg

Fim das importações de carvão russo ameaça fazer subir ainda mais preços de energia a nível global

A Comissão Europeia prepara-se para propor um novo pacote de sanções à Rússia, incluindo a proibição das importações de carvão russo na região, em resposta às atrocidades alegadamente cometidas pelas forças armadas russas em Bucha, na Ucrânia. Contudo, dado que a Rússia é o principal fornecedor europeu de carvão e dado que parece existir uma alternativa clara para compensar esse comércio, a decisão poderá conduzir a um efeito “dominó” fazendo escalar ainda mais os preços da energia, segundo a Bloomberg.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Intel suspende operações na Rússia

A fabricante de chips norte-americana Intel anunciou que suspendeu as operações na Rússia, juntando-se ao vasto leque de empresas que abandonaram o país na sequência da invasão russa à Ucrânia. “Intel continua a unir-se à comunidade global na condenação da guerra da Rússia contra a Ucrânia e apela a um rápido regresso à paz”, sinaliza fonte oficial da empresa, em comunicado. Esta decisão surge depois de no mês passado, a fabricante de chips ter interrompido o envio de novos produtos para a Rússia e Bielorrússia.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Financial Times

Volkswagen corta modelos e aposta nos carros caros

A Volkswagen vai cortar os modelos de motor a combustão até final da década e vender menos carros para se concentrar na produção de veículos mais rentáveis. “A meta chave não é crescer. Estamos (mais focados) na qualidade e nas margens, do que no volume e na quota de mercado”, declarou o CFO do fabricante alemão, Arno Antlitz, em entrevista. Antlitz adiantou que a Volkswagen vai reduzir a gama de carros a gasolina e gasóleo, de pelo menos mais de 100 modelos em todas as marcas, em 60% na Europa nos próximos oito anos. A Volkswagen vai dar prioridade aos modelos mais caros, como a Audi e Porsche.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Guardian

Surto de Covid em Xangai aumenta pressão sobre risco de interrupção nas cadeias de abastecimento globais

O surto de Covid em Xangai, na China, continua “extremamente severo”, tendo levado as autoridades chinesas a impor um confinamento que abrange cerca de 26 milhões de pessoas. O bloqueio ameaça devastar a economia do país e causar fortes interrupções nas cadeias de abastecimento globais que já estão sobre elevada pressão. Embora esteja abaixo de outros valores já registados a nível internacional, este é o pior surto na cidade desde que o vírus surgiu em Wuhan em janeiro de 2020. Em março, a atividade dos serviços da China contraiu ao ritmo mais acentuado em dois anos e os economistas apontam que a interrupção das cadeias de abastecimento globais “continua a ser um risco grande e crescente”.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Portugal financia-se em três mil milhões a dez anos com disparo na taxa de juro

Custos de financiamento de Portugal agravaram-se significativamente, mesmo com um forte apetite dos investidores. Procura por dívida superou os 15,5 mil milhões, cinco vezes a oferta.

Portugal financiou-se esta quarta-feira em três mil milhões de euros na emissão de dívida sindicada a dez anos. A operação contou com forte procura, que superou os 15,5 mil milhões de euros. Ainda assim, os custos agravaram-se significativamente, refletindo as atuais condições do mercado.

Com o livro de ordens já encerrado, os termos finais da operação são estes, de acordo com a agência de informação financeira IFR: o prémio exigido pelos investidores fica nos 35 pontos base ao qual se acresce a taxa mid swap do euro a dez anos, que está nos 1,34%. O que significa que Portugal terá de suportar um juro a rondar os 1,7%.

Os investidores deram ordens acima dos 15,5 mil milhões de euros, incluindo uma fatia de 1,7 mil milhões de euros suportada pelos bancos que apoiaram o IGCP nesta operação que vem estabelecer uma nova referência a dez anos no mercado de dívida de Portugal. A agência que gere a dívida pública vai dar mais detalhes à tarde, nomeadamente sobre o perfil e origem dos investidores, isto se seguir os procedimentos habituais.

Barclays, BBVA, CaixaBI, Deutsche Bank, JPMorgan e Santander foram os bancos contratados pelo IGCP para venderem as obrigações com maturidade em 16 de julho de 2032 e que contam com ratings de Baa2 da Moody’s e de BBB da S&P e Fitch.

Esta é a segunda emissão sindicada que a agência liderada por Cristina Casalinho realiza este ano. Logo a abrir o ano, o IGCP captou um financiamento de três mil milhões de euros com títulos a 20 anos, com uma taxa de juro a rondar os 1,2%. Agora paga mais por títulos com maturidade mais reduzida.

A operação compara com a emissão sindicada a dez anos realizada em abril do ano passado e através da qual Portugal conseguiu um financiamento de quatro mil milhões com um juro de apenas 0,3%.

A diferença para o resultado de hoje — nomeadamente a taxa final — não resulta tanto do prémio de risco pedido pelos investidores (29 pontos base há um ano contra os 35 pontos base desta operação), mas antes da taxa midswap do euro que há um ano estava nos 0,0166% e agora está nos 1,34%.

Resultados das últimas emissões sindicadas de dívida a dez anos

Fonte: IGCP, IFR

Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, explica que “a subida [do custo de financiamento] acaba por refletir o momento que temos no mercado de dívida”. “Os bancos centrais, com o BCE incluído, têm vindo a anunciar o fim dos programas quantitativos, seguidos de subidas de taxas de juro, para fazer face à elevada inflação que se tem mostrado mais persistente do que inicialmente se esperava. Por outro lado, temos a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, que trouxe um risco adicional para a Europa e ainda agravou mais a questão inflacionista“, refere o responsável.

“Apesar do aumento dos prémios de risco que estamos a verificar globalmente e que podem vir a prejudicar os países mais endividados, ainda estamos longe dos níveis críticos de taxas”, assinalou ainda Filipe Silva.

"Apesar do aumento dos prémios de risco que estamos a verificar globalmente e que podem vir a prejudicar os países mais endividados, ainda estamos longe dos níveis críticos de taxas.”

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Diretor de investimentos do Banco Carregosa

Portugal testou o apetite do mercado num momento de elevado stress entre os investidores. A taxa das obrigações a dez anos superou os 1,5% na véspera no mercado secundário, reforçando máximos de três anos.

São vários os fatores que estão a impulsionar os juros da dívida não só portuguesa mas também dos outros governos da Zona Euro e também dos EUA, incluindo a escalada dos preços, que está a ser ainda mais potenciada pela guerra na Ucrânia, e também a resposta dos bancos centrais para lidar com a inflação.

(Notícia atualizada às 12h05 com comentário de Filipe Silva, diretor do Banco Carregosa)

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