PCP diz que deixou de haver justificação para uso de máscara nas escolas

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

O uso de máscara nas escolas constitui "uma forte limitação às aprendizagens e um fator de condicionamento à sociabilidade em meio escolar", defendem os comunistas.

O PCP considerou esta terça-feira ter deixado de haver razões para a obrigatoriedade de utilização de máscaras de proteção anti-covid nas escolas e que a sua manutenção é “uma forte limitação às aprendizagens”.

Numa nota enviada às redações, os comunistas argumentam que “não há razões que justifiquem o prolongamento da obrigação do uso de máscara nas escolas”, uma vez que a “evolução pandémica e o avanço do processo de vacinação alteraram substancialmente as razões” que determinaram a sua utilização para mitigar a propagação da pandemia.

“O uso de máscara nas escolas constitui, conforme comprovam professores e outros agentes educativos, uma forte limitação às aprendizagens e um fator de condicionamento à sociabilidade em meio escolar, cujo prejuízo é hoje evidente”, sustentou o partido.

O PCP acrescentou que “quando se exigem medidas que permitam recuperar aprendizagens” perdidas nos últimos dois anos, continuar a obrigar as crianças a utilizar máscaras nas escolas “só contribuiu para as dificultar”.

Portugal registou, na semana de 5 a 11 de abril, 59.434 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, 145 mortes associadas à covid-19 e um aumento de doentes internados, indicou na sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, o número de casos confirmados de infeção desceu 2.528 em relação à semana anterior, registando-se também uma redução de sete mortes na comparação entre os dois períodos.

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Lisboa sem energia. Petróleo afunda 5% e castiga Galp

Mercado petrolífero não gostou de ver o FMI a cortar as perspetivas para o crescimento da economia global este ano. Brent cai mais de 5%, castigando a Galp e, por arrasto, a bolsa de Lisboa.

Na primeira sessão da semana, depois do fim de semana prolongado da Páscoa, e num contexto de subida dos juros da dívida, a bolsa de Lisboa desvalorizou esta terça-feira, assim como as principais praças europeias. As negociações continuam condicionadas pela guerra na Europa, desencadeada pela invasão da Rússia à Ucrânia.

O benchmark europeu Stoxx 600 perdeu 0,72%, enquanto o francês CAC-40 cedeu 0,74%, com os investidores a pesarem na balança a hipótese de uma vitória de Marine Le Pen contra Emmanuel Macron na segunda volta das Presidenciais este fim de semana. O alemão DAX, o britânico FTSE 100 e o espanhol IBEX-35 registaram quedas mais marginais.

Enquanto isso, o PSI recuou 0,44% e fechou a cotar em 6.106,57 pontos. O índice de referência português cedeu à pressão das empresas do setor energético, que dominam a primeira liga da bolsa de Lisboa.

A EDP Renováveis caiu 1,43%, mas é a Galp Energia que mais se destaca: perdeu 1,38%, numa altura em que o preço do petróleo do Mar do Norte (Brent) desliza mais de 5%, para 107,36 dólares. A queda é atribuída pela Reuters à revisão em baixa da perspetiva para o crescimento da economia mundial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), encarada como um sinal de que a procura por petróleo pode ser inferior ao esperado.

Entre as cotadas de peso, o BCP contribuiu para a descida do PSI ao desvalorizar 0,47%. Mas foi a Altri que liderou as quedas em Lisboa, com um recuo de 1,62%, seguida pela perda de 1,5% da GreenVolt.

A contrabalançar o índice estiveram os títulos da Jerónimo Martins, que subiram 1,07%, enquanto os CTT avançaram 0,68% e a Sonae subiu 0,58%. Ganhos que não foram suficientes para arrastar a bolsa para território positivo.

As bolsas europeias contrariam, deste modo, a subida muito significativa dos principais índices em Wall Street. Por volta da hora de fecho dos mercados europeus, o norte-americano S&P 500 somava 1,3%, enquanto o Dow Jones ganhava 1,21%. No Nasdaq, os ganhos eram tangentes a 2%.

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Portugal é o 4.º país da UE que mais depende de gás natural importado

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Abril 2022

A par com Espanha, Estónia e Bélgica, Portugal registou uma taxa de dependência de importações de gás natural de 100%, ficando acima da média da União Europeia (83%).

A taxa de dependência das importações de gás natural de Portugal subiu de 99% em 2020 para 100% em 2021. Segundo dados publicados esta terça-feira pelo Eurostat, este aumento de 1 ponto percentual (p.p.) torna Portugal o quarto Estado-membro da União Europeia (UE) mais dependente de gás natural importado, a par com Bélgica, Estónia e Espanha.

Com estes valores, Portugal fica também acima da média do bloco comunitário, que no seu conjunto apresentou uma taxa de dependência das importações de gás natural de 83% no ano passado, ou seja, menos 1 p.p. do que em 2020 (84%). No total, 17 países superaram a média da UE na dependência das importações de gás natural.

De acordo com o gabinete europeu de estatística, o ligeiro recuo da UE na dependência das importações foi “significativamente influenciado” pelo facto de a maioria dos Estados-membros utilizarem stocks de gás natural que foram importados em anos anteriores. Aliás, a queda nos stocks de gás natural em 2021 foi a maior desde 2008.

À frente de Portugal na dependência das importações de gás natural em 2021 ficaram Malta (103%), a Suécia (102%) e a Lituânia (101%), que aumentaram as suas reservas. A Espanha, a Estónia e a Bélgica apresentaram uma taxa de 100%, igual à portuguesa.

Fonte: Eurostat

Pelo contrário, a menor dependência das importações de gás natural foi registada na Roménia (24%), seguida da Dinamarca (26%) e dos Países Baixos (33%).

Na comparação com 2020, o maior aumento na taxa de dependência das importações de gás natural verificou-se em Malta, que passou de 96% em 2020 para 103% em 2021, ou seja, aumentou em 8 p.p.. Seguiu-se a Irlanda, com um crescimento de 64% em 2020 para 71% em 2021 (mais 7 p.p.), e a Roménia (de 17% em 2020, aumentou para 24% no ano passado, correspondendo a mais 7 p.p.).

As maiores descidas, por seu lado, foram registadas na Letónia (de 121% em 2020 para 61% em 2021, isto é, menos 59 p.p.), na Áustria (de 73% em 2020 para 51% em 2021, menos 22 p.p.) e na Eslováquia (de 88% em 2020, recuou 20 p.p., para 69% no ano passado).

O impacto de uma potencial perturbação das importações deve ter em conta a importância do gás natural no cabaz energético global“, ressalva o Eurostat. Dando os exemplos da Suécia, Finlândia e Estónia, cuja dependência das importações ronda os 100%, destaca que a quota do gás natural no cabaz energético destes países é relativamente baixa (3%, 7% e 8%, respetivamente).

Já a maior percentagem de gás natural no cabaz energético verificou-se em Itália (40%), que tem uma dependência das importações de 94%. Os Países Baixos (38%) têm a segunda maior quota de gás natural no seu cabaz energético, mas a sua dependência das importações é muito menor, devido à sua produção interna de gás natural. Portugal registou uma quota de gás natural no cabaz energético de 24%.

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Ministra da Defesa defende objetivo de 2% do PIB para investimentos militares

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

"As nossas Forças Armadas merecem ter esse reconhecimento, quer do ponto de vista do apoio às pessoas, às condições de serviço dos militares, mas também dos recursos materiais", disse.

A ministra da Defesa reafirmou esta terça-feira em Santa Margarida o objetivo do Governo em alcançar de forma progressiva os 2% do PIB em investimentos no setor que tutela, tendo destacado como prioritários os investimentos na modernização e os compromissos com a NATO.

“Vamos procurar modernizar, naturalmente, é um dos grandes objetivos do programa do Governo, é explícito, e vamos fazê-lo progressivamente”, disse Helena Carreiras, realçando que “não se trata de um sprint”, antes de “uma corrida de fundo”.

“E vou empenhar-me para que isso aconteça. As nossas Forças Armadas merecem ter esse reconhecimento, quer do ponto de vista do apoio às pessoas, às condições de serviço dos militares, mas também dos recursos materiais que hoje tive oportunidade de ver aqui, uma demonstração magnífica das capacidades do nosso exército”, afirmou.

A governante falava aos jornalistas no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância (Santarém), onde se reuniu com as chefias militares e assistiu a uma demonstração de capacidades do Exército português, num exercício de fogos reais e que envolveu armamento ligeiro, médio e pesado, como metralhadoras, tanques e mísseis, entre outros equipamentos, tendo feito notar a importância da cooperação para alcançar os objetivos delineados.

Vim, aliás, ouvir os militares, ouvir o Exército português, saber das suas expectativas, da motivação dos militares, dos problemas, para podermos prosseguir a trabalhar em conjunto. Pude também observar as suas capacidades e, sim, é um grande objetivo fazê-lo durante os próximos anos”, reiterou Helena Carreiras, ladeada pelo secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira.

Questionada sobre as verbas previstas no Orçamento de Estado para 2022 são suficientes para alcançar os objetivos da modernização das Forças Armadas, a governante reiterou que “esse é um caminho” que o país tem de fazer, “não no imediato, apenas, mas durante os próximos anos”, tendo apontado à meta dos 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Como digo, creio que não se trata de um ‘sprint’, é uma corrida de fundo, e estarei cá para apoiar o trabalho que tenha de ser realizado de forma muito cooperativa, naturalmente no quadro do Governo para assegurar essa modernização”, reiterou.

Relativamente aos compromissos internacionais e ao apelo da NATO para que os seus membros disponibilizem 2% do PIB, a governante assumiu que esse é um compromisso do governo.

“Esse é o caminho, é o compromisso que já foi assumido pelo senhor primeiro-ministro, e o meu antecessor sublinhou também a necessidade de reforçarmos e avançarmos nesse sentido”, vincou, tendo destacado uma norma inscrita no orçamento no âmbito da NATO.

“Neste orçamento há uma norma que gostaria de reforçar, é que, sendo apesar de tudo um orçamento para menos tempo, está inscrita a norma de assegurar o compromisso que temos nestas missões de reforço da Aliança Atlântica no flanco Leste. Isso é muito importante porque de facto é aquilo que garante a vontade e a disponibilidade do Governo para honrar esses mesmo compromissos e isso está inscrito neste orçamento”, sublinhou.

Questionada sobre a guerra na Ucrânia e se Forças Armadas Portuguesas estarão disponíveis para servir na defesa das fronteiras dos aliados da NATO, Helena Carreiras reiterou os compromissos assumidos e a disponibilidade para as solicitações a cada momento.

“Nós fazemos parte de alianças militares, temos compromissos assumidos no quadro da União Europeia e da NATO e honraremos esses compromissos, como estamos, aliás, a fazer, desde já na Roménia, e estamos disponíveis para aquilo que sejam as solicitações que venham dos nossos aliados”, afirmou a governante, afirmando ter ficado “impressionada” com o exercício de demonstração de capacidades dos militares portugueses a que assistiu.

Fiquei naturalmente impressionada e repito o que disse aos militares quando terminaram a demonstração, que me senti segura, que confio nestes militares, confio naquilo que são as suas capacidades, que têm demonstrado múltiplas vezes em que estão em missões no estrangeiro, mas também em território nacional, como durante a pandemia de covid”, disse.

Questionada sobre o facto de assumir o cargo de ministra da Defesa numa altura complexa em termos internacionais, Helena Carreiras disse ser um momento de defesa e afirmação de valores e de um modo de vida.

“Este é um momento realmente muito particular, mas o que sinto é que estamos todos a ter de enfrentá-lo nas nossas múltiplas posições. Portanto, enquanto ministra, o que posso dizer é que farei o que estiver ao meu alcance, no quadro do Governo, em colaboração com todas as entidades que participam na defesa de Portugal, para que possamos nós também participar deste esforço que a guerra na Ucrânia revela, que é o esforço da defesa, não apenas do nosso território, mas também dos nossos valores e do nosso modo de vida”, concluiu.

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Trabalhadores da Efacec em greve na quarta-feira

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

A greve decorrerá entre as 14:00 e as 16:00 de quarta-feira, estando prevista uma concentração na portaria principal do polo da Arroteia, em Matosinhos.

Os trabalhadores da Efacec cumprem na quarta-feira uma greve de duas horas para exigir aumentos salariais e a compra de matérias-primas, contestar a reprivatização da empresa e reclamar a demissão da administração, avançou fonte sindical à Lusa.

Nos termos do pré-aviso de greve, datado do passado dia 8 e emitido pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) -, a greve decorrerá entre as 14:00 e as 16:00 de quarta-feira, estando prevista uma concentração na portaria principal do polo da Arroteia, em São Mamede de Infesta, Matosinhos, sede da empresa.

A paralisação foi decidida num plenário de trabalhadores realizado em 6 de abril, no qual foi ainda deliberada a realização de uma outra greve no dia 27, “nos mesmos moldes” e cujo aviso prévio foi também já entregue.

Tal como nas três greves parciais de duas horas realizadas em novembro e dezembro do ano passado, os trabalhadores exigem do Governo a compra de matérias-primas, cuja falta dizem continuar a comprometer a laboração da empresa de energia, engenharia e mobilidade.

Reclamam ainda aumentos salariais e a demissão da atual administração e contestam o processo de reprivatização da Efacec, que está atualmente em fase de conclusão.

No passado dia 25 de março, a Parpública anunciou ter assinado nesse dia com a portuguesa DST SGPS o acordo de venda direta da participação que detinha na Efacec, seguindo-se uma “fase de concretização das condições precedentes para o fecho da operação de reprivatização”, que estará em curso.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros que aprovou o negócio, publicada em 25 de fevereiro, a proposta apresentada pela DST foi a que, “ao longo das várias fases do processo, mais se aproximou dos principais objetivos fixados pelo Governo” para venda da Efacec.

O Governo pretendia que o processo de reprivatização dos 71,73% do capital social da Efacec atualmente nas mãos do Estado tivesse ficado concluído até ao final do ano passado, sendo que o grupo DST acabou por ser o único a apresentar uma proposta final de compra.

A entrada do Estado na Efacec decorreu da saída de Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, da esfera acionista, na sequência do envolvimento no caso Luanda Leaks, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária.

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Downloads no telemóvel são mais rápidos nos Açores e mais lentos no Algarve

Dados da Anacom, extrapolados dos testes dos próprios utilizadores, indicam que a região dos Açores registou os débitos de download mais altos do país, enquanto o Algarve teve o pior resultado.

A Região Autónoma dos Açores foi a que registou os downloads mais rápidos através da rede móvel em 2021, enquanto o Algarve registou os débitos mais reduzidos. Os dados são extrapolados dos testes feitos pelos próprios utilizadores com recurso ao NET.mede, a ferramenta de testes à velocidade da internet desenvolvida pela Anacom.

No ano passado, o nível mediano de velocidade de download registado nos Açores ascendeu a 15 Mbps (megabits por segundo) nos acessos móveis, o que compara com os 8 Mbps medidos no Algarve. A preposição mantém-se se a análise incidir sobre as velocidades de upload, com os Açores a liderarem com 9 Mbps e o Algarve em último, com 5 Mbps.

Mas o cenário é muito diferente visto da perspetiva dos acessos fixos. Neste caso, foi a Área Metropolitana de Lisboa a região do país a registar os melhores débitos de download em 2021 (93 Mbps). Já o Alentejo registou as velocidades mais reduzidas (67 Mbps), o que coloca em contraste a qualidade das infraestruturas no litoral versus interior.

Infografia publicada pela Anacom com os principais resultados do NET.mede em 2021

Em 2021, os portugueses testaram a velocidade da internet no NET.mede 1,2 milhões de vezes, uma média de 3.331 testes diários. É uma redução de 202 mil testes face a 2020.

A Anacom avança num comunicado que “os resultados dos testes efetuados demonstram que metade dos testes à velocidade realizados em 2021 atingiram, no download, pelo menos 79 Mbps nos acessos fixos residenciais e 10 Mbps nos acessos móveis”. No upload, “os resultados foram de 44 Mbps ou mais nos acessos fixos residenciais e 5 Mbps nos acessos móveis”, acrescenta o regulador.

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Parlamento britânico vai decidir se Boris Johnson deve ser investigado

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

Na próxima quinta, o parlamento britânico vai debater e votar uma proposta dos trabalhistas sobre a abertura de um inquérito parlamentar ao primeiro-ministro pelo caso partygate no meio da pandemia.

O Parlamento britânico decide na quinta-feira se o primeiro-ministro, Boris Johnson, deve ser investigado por ter alegadamente mentido aos deputados sobre as “festas” que violaram as restrições da pandemia covid-19, foi esta terça-feira anunciado.

O presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, revelou ter autorizado o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, a propor um debate e votação para que a questão seja alvo de um inquérito parlamentar. No entanto, Boris Johnson não deverá estar presente porque tem previsto iniciar uma viagem oficial à Índia no mesmo dia.

Uma decisão favorável implica o apoio de membros do Partido Conservador, que tem uma maioria absoluta. Hoyle disse que não lhe cabe dizer se o código de conduta foi transgredido ou se o primeiro-ministro desrespeitou o Parlamento, mas entende que deve dar “oportunidade aos deputados para avaliarem” a proposta de Starmer.

A comissão parlamentar dos Privilégios vai investigar e produzir um relatório sobre a questão, que depois terá de ser votado pelos deputados. A oposição acusa Johnson de ter mentido deliberadamente no Parlamento, ao afirmar repetidamente que não tinha violado as restrições impostas para travar a propagação do coronavírus de proibir ajuntamentos numerosos em espaços abertos ou fechados.

Na semana passada, o primeiro-ministro, a mulher, Carrie Johnson, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, foram multados por terem participado numa festa de aniversário de Boris Johnson a 19 de junho de 2020, quando o país ainda estava sob confinamento.

Outros ajuntamentos em 2020 e 2021, a maioria em Downing Street, a residência e escritório oficiais do chefe do Governo, continuam sob investigação policial, escândalo que a imprensa denominou de “Partygate”.

As normas ditam que um político deve demitir-se se mentiu deliberadamente na Câmara dos Comuns, mas nada obriga Johnson, que vai esta terça fazer uma declaração sobre o assunto, a fazê-lo.

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UE dá passos no acordo com Índia em altura delicada nas relações com Rússia

A União Europeia e a Índia continuam negociações para um acordos comerciais e de investimento, tendo em vista mais duas rondas ainda este ano.

A União Europeia (UE) e a Índia estão a avançar nas negociações com vista a um acordo comercial, tendo em vista conseguir fechar as conversações antes das eleições em ambas as potências em 2024, adianta Margarida Marques, eurodeputada do PS, em declarações ao ECO. A eurodeputada, que marcou presença numa missão à Índia para estas negociações, admite que é necessário seguir a evolução da posição da Índia face à Rússia, após o país se ter abstido na votação sobre uma resolução contra as ações militares na Ucrânia, no Conselho de Segurança da ONU.

A missão da Comissão do Comércio Internacional (INTA) do Parlamento Europeu, que ocorreu entre os dias 11 e 13 e foi liderada pelo presidente do comité, Bernd Lange, “surge na linha do esforço que tem vindo a ser feito para relançar negociações com a Índia“, conta Margarida Marques. Em 2013 estas “foram interrompidas por falta de acordo, mas em 2021 há a cimeira do Porto UE-Índia e nessa reunião acordou-se o compromisso de relançar negociações”, recorda.

As negociações debruçam-se sobre três domínios específicos: um acordo comercial, um acordo de investimento e um acordo sobre indicações geográficas. A eurodeputada antecipa que “o mais fácil será tratado comercial e o de investimento será mais complexo”. O objetivo é até ao final deste ano ter mais duas rondas de negociações, sendo que o processo continuará em 2023.

Quanto ao calendário, há uma “vontade política” para alcançar o fim da negociação antes das eleições na Índia e para o Parlamento Europeu em 2024, apesar de ser ainda incerto se será possível, aponta Margarida Marques. Certo é que a missão, onde os eurodeputados reuniram com autoridades indianas, com a ministra das Finanças e do Comércio, ouviram empresários indianos e também europeus que têm investimentos e negócios na Índia, bem como os parceiros sociais e o Parlamento indiano e reuniram com think thanks e com a academia, “correu bastante bem” e as expectativas são altas.

Apesar dos avanços, Margarida Marques reconhece a importância da missão ser feita agora, depois da Índia se ter abstido nas Nações Unidas na resolução sobre Rússia. “Isso coloca a Índia numa posição especial no quadro regional e do ponto de vista regional está interessada em tirar dividendos”, admite, sinalizando que os eurodeputados, nas reuniões que tiveram com eles, procuraram “ser muito claros sobre a posição de repúdio pela invasão da Ucrânia”.

“Procurámos sempre perceber como é que a Índia via o seu valor acrescentado ou interesse pelo facto de se ter abstido na votação“, aponta a eurodeputada, interpretando a posição do país à luz da dependência em equipamento militar relativamente da Rússia. Recorda também que a Índia fez um acordo de comércio com a Austrália e está a negociar com o Reino Unido, tendo “urgência em estabelecer acordos que podem reforçar posição na região”.

Ainda assim, salienta que o facto de ter tomado posição não traz para a UE “qualquer vantagem”, só é necessário “reafirmar a posição”face aos eventos. “Temos que olhar para a evolução de posição e procurar perceber que a região também não é fácil”, sublinha.

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De Beers volta a explorar diamantes em Angola

  • Lusa
  • 19 Abril 2022

Angola negociava há vários anos o regresso da De Beers, num processo de recuperação da confiança da diamantífera sul-africana, reconhecido como “difícil”.

A De Beers vai assinar na quarta-feira dois contratos de investimento mineiro com o governo angolano para explorar diamantes nas províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, marcando assim o regresso ao país da diamantífera sul-africana.

Os contratos resultam de “várias rondas negociais entre as instituições angolanas e a De Beers, desde outubro de 2021”, salienta o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet), num comunicado.

A De Beers vai efetuar prospeção de depósitos primários de diamantes numa extensão territorial de 9.984 quilómetros quadrados, nos municípios de Saurimo, Dala e Muconda, na província da Lunda Sul e numa área de 9.701 quilómetros quadrados, nos municípios de Chitato, Lucapa e Cambulo na Lunda Norte.

Angola negociava há vários anos o regresso da De Beers ao país lusófono, num processo de recuperação da confiança da diamantífera sul-africana, reconhecido como “difícil” pelo próprio ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino de Azevedo, em fevereiro de 2020.

O conflito entre a De Beers e o Governo angolano, através da diamantífera Endiama, começou no início de 2000, depois de as autoridades angolanas terem suspendido todos os contratos de compra e venda de diamantes no âmbito de uma reestruturação do setor, que incluiu a criação da Sodiam, empresa a quem foi atribuído o monopólio da comercialização dos diamantes angolanos.

Na sequência desse agravamento de relações, no final de março de 2000, um lote de diamantes provenientes de Angola, enviado pela Sodiam, ficou retido em Antuérpia, Bélgica, durante alguns dias devido a um pedido judicial da De Beers, que defendia os seus direitos sobre a comercialização daquelas pedras preciosas.

Nos meses seguintes, registaram-se várias iniciativas para melhorar o relacionamento entre as duas partes, que incluíram uma deslocação a Luanda do presidente da multinacional sul-africana para se encontrar com o então Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, mas todas sem sucesso.

Por essa razão, em 2001, ano em que suspendeu a sua atividade em Angola, a De Beers moveu vários processos arbitrais contra o Estado angolano, que viria posteriormente a perder.

Em 2018, aquando da sua deslocação a Angola, o CEO da De Beers, Bruce Cleaver, foi recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, manifestando satisfação pelo convite lançado à multinacional para regressar ao país, onde mantém desde 2014 uma presença residual.

Bruce Cleaver será o signatário dos projetos que serão rubricados pela parte angolana por Jacinto Rocha, presidente da Agência Nacional de Recursos Minerais, e José Ganga Júnior, presidente da diamantífera estatal angolana, Endiama.

O comunicado do Mirempet destaca que “o renovado interesse da De Beers em projetos diamantíferos em Angola decorre das reformas implementadas pelo executivo”, conferindo “maior transparência aos processos de outorga de direitos mineiros, bem como uma maior participação no desenvolvimento sócio-económico das zonas mineiras”.

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Albuquerque & Almeida assessora entrada do fundo alemão FoodLabs na Pleez

A operação foi liderada pelo sócio da Albuquerque & Almeida, André Matias de Almeida, e contou com a participação do associado sénior Pedro Sousa Gonçalves e do associado Gonçalo Poejo Grilo.

A sociedade de advogados Albuquerque & Almeida assessorou o Fundo Alemão Atlantic FoodLabs no seu investimento na portuguesa Pleez. A FoodLabs investiu em mais de 30 startups com base tecnológica de FoodTech, tendo ajudado a “construir o mais rápido unicórnio europeu e estabelecido a plataforma líder em Early Stage FoodTech”.

O novo investimento foi liderado pelo fundo FoodLabs e foi acompanhado pela Shio Capital, primeiros investidores da Gorillas & da Choco, assim como investidores já existentes Wisenext e APX e outros “business angels”, num total de 1,5 milhões de euros.

A operação foi liderada pelo sócio da área de Corporate M&A da Albuquerque & Almeida, André Matias de Almeida, e contou ainda com a participação do associado sénior Pedro Sousa Gonçalves e do associado Gonçalo Poejo Grilo.

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Juros da dívida renovam máximos. Taxa a 10 anos perto dos 2%

Mercados obrigacionistas da Zona Euro continuam sob pressão vendedora. Taxa da dívida portuguesa a dez anos superou os 1,9% e aproxima-se da barreira dos 2%.

Os juros da dívida pública portuguesa renovam máximos de vários anos esta terça-feira, com a taxa a dez anos a aproximar-se da fasquia dos 2%, numa sessão em que as obrigações dos outros países da Zona Euro também estão sob pressão vendedora e em que os investidores apostam num Banco Central Europeu (BCE) agressivo para controlar a inflação.

A yield associada aos títulos portugueses a dez anos – o prazo de referência dos investidores – avança para os 1,928%, o valor mais elevado desde novembro de 2018.

No prazo a cinco anos, a taxa está acima de 1,1%. A dois anos, a taxa avança para 0,358%, máximos desde maio de 2017, há cinco anos.

Taxa portuguesa a dez anos acima de 1,9%

Fonte: Reuters

Alemanha, França e os outros países do Sul da Europa como Espanha e Itália também assistem a um agravamento das yields em mercado secundário.

A taxa da dívida alemã a dez anos – o ponto de referência para toda a Zona Euro — aprecia para os 0,914%, alcançando máximos de julho de 2015. No mesmo prazo, as taxas de Espanha e Itália avançam para 1,875% e 2,572%, respetivamente. No caso da França, em vésperas da realização da segunda volta das presidenciais, os investidores estão a exigir um juro de 1,418% pelos títulos do governo a dez anos.

Os analistas explicam o agravamento das yields da dívida com as perspetivas de um BCE mais agressivo para conter a escalada dos preços na Zona Euro e a falta de um compromisso da autoridade liderada por Christine Lagarde para atenuar a pressão dos juros da dívida. Na semana passada, o banco central confirmou os planos para terminar o programa de estímulos no terceiro trimestre e que, “algum tempo depois”, vai começar a subir as suas taxas.

“O BCE manteve as suas opções em aberto, como esperado, mas a falta de uma resposta contra a subida dos juros da dívida da alemã endossa implicitamente expectativas do mercado para uma subida agressiva das taxas de juro”, refere Erjon Satko, analista do Bank of America, citado pela agência Reuters.

Duas fontes adiantaram à agência que o BCE ainda poderá aumentar as taxas em julho. O governador do Banco Central da Áustria, Robert Holzmann, defendeu uma subida das taxas em 50 pontos base até ao outono e o governador do Banco Central da Estónia, Madis Muller, sinalizou que o programa APP poderá terminar em julho.

“Não há mais dúvida se eles (o BCE) vão ou não aumentar as taxas de juros até o final do ano, acho que vão”, comentou Francois Savary, da Prime Partners.

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Galp desafia ecossistema de inovação a colocar IA nas estações de serviço

As propostas vencedoras poderão ganhar um prémio de 10 mil euros. As candidaturas estão abertas até 29 de abril.

A Galp abriu as candidaturas para o seu Hackathon Retail 4.0, um evento que desafia o ecossistema de inovação a propor soluções de inteligência artificial (IA) para melhorar a experiência dos clientes nas suas estações de serviço. As propostas vencedoras poderão ganhar 10 mil euros.

“Aberto a equipas compostas por programadores, profissionais de IT, engenheiros ou estudantes universitários, entre outros públicos, o Hackathon Retail 4.0 da Galp apresenta dois desafios específicos à procura das soluções. As propostas mais inovadoras poderão ganhar um prémio de 10 mil euros”, esclarece a empresa em comunicado.

O primeiro desafio está focado em serviços de lavagem de automóveis com base em inteligência artificial, regras meteorológicas e visão computacional. Já o segundo desafio, também com base em algoritmos de IA, está relacionado com a otimização da oferta de produtos na loja e estimativas de volumes potenciais de vendas.

As inscrições para este Hackathon Retail 4.0 estão abertas até dia 29 de abril. O desenvolvimento e apresentação das propostas irá decorrer até ao final de maio, estando o anúncio dos vencedores agendado para dia 1 de junho.

Para mais informações o Hackathon 4.0 e como se pode inscrever consulte o site.

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