Consórcio da Galp e Northvolt escolhe Setúbal para instalar nova refinaria de lítio

A Galp e a Northvolt anunciaram ter escolhido Setúbal para instalar a refinaria de lítio. Investimento ronda 700 milhões de euros.

A Galp e os suecos da Northvolt anunciaram esta quarta-feira ter escolhido Setúbal como a cidade onde vai ser instalada a nova refinaria de lítio. O investimento ronda os 700 milhões de euros e vai criar, aproximadamente, 200 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos.

Num comunicado conjunto, as empresas, que formam a joint venture Aurora, sinalizam que o local escolhido foi o Parque Industrial Sapec Bay, destacando que este “tem acesso a infraestruturas, caminhos-de-ferro, instalações portuárias e a localização ideal para obter reagentes e reutilizar subprodutos”.

Esta fábrica deverá ter uma capacidade para produzir “entre 28.000 e 35.000 toneladas de hidróxido de lítio” por ano, material utilizado no fabrico de baterias de ião-lítio, sendo que, para esse efeito, a unidade industrial vai utilizar “um processo de conversão comprovado, aproveitando os recentes avanços e tecnologias de processamento para aumentar a sustentabilidade e eficiência da operação”, explica ainda a Galp Energia, na nota de imprensa. Ou seja, o suficiente para a produção de 50 GW de baterias elétricas por ano (o suficiente para 700.000 veículos elétricos).

O consórcio Aurora tinha sido apresentado em dezembro do ano passado e resulta de uma parceira entre a Galp Energia e a sueca Northvolt, sendo detido em partes iguais. Este projeto “fará uso de energia verde para alimentar o processo de conversão, minimizando assim a dependência do gás natural” e é considerado um dos maiores investimentos previstos para o país nos próximos tempos.

A petrolífera portuguesa estima que neste projeto sejam investidos “cerca de 700 milhões de euros” e que sejam criados “mais de 200 empregos diretos qualificados e mais de 3.000 empregos indiretos na região“.

Face a este anúncio, o presidente da Câmara Municipal de Setúbal saúda a decisão, referindo que “Setúbal merece este investimento” e que a escolha revela como o município ” é reconhecido” pelas suas “áreas industriais qualificadas, boas acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e portuárias e uma cidade, um meio social e cultural igualmente atrativos”, sublinha André Martins, citado em comunicado.

A empresa portuguesa prevê que as operações arranquem até ao final de 2025, ao passo que as operações comerciais deverão começar em 2026.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h47)

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Startup apoiada por Ronaldo compra tecnológica de desporto

No ano passado, o craque português deu a cara pela ZujuGP, uma startup de desporto fundada pelo filho do multimilionário Peter Lim. Esta quarta-feira, anunciou ter adquirido a Tokigames.

A startup do filho do multimilionário Peter Lim, que conta com o apoio de Cristiano Ronaldo, anunciou esta quarta-feira ter adquirido outra startup de tecnologia para o setor desportivo.

A ZujuGP quer ser uma comunidade digital de adeptos de futebol e foi fundada por Kiat Lim, filho de Peter Lim, dono da empresa que detém e gere os direitos de imagem de Ronaldo. Agora, vai absorver a equipa que desenvolveu a Tokigames, uma empresa que desenvolve tecnologia para ajudar as marcas desportivas na relação com os fãs.

No ano passado, Cristiano Ronaldo deu a cara pela ZujuGP, tendo publicado várias mensagens de apoio nas redes sociais, usando a hashtag #WritingTheFutureOfFootball (tradução: a escrever o futuro do futebol).

Segundo a Bloomberg, os 14 novos funcionários irão fazer parte de um novo ramo da empresa, a zujuDigital, cuja liderança ficará nas mãos do cofundador da Tokigames, Mervyn Lau. Esta será responsável pela construção de novas funcionalidades na aplicação da ZujoGP, nomeadamente pela tecnologia que irá permitir a interação e o comércio entre os fãs. O lançamento da aplicação da ZujoGP está planeado para o quarto trimestre.

A comunidade digital de futebol será inicialmente lançada nos maiores mercados asiáticos, “países como a Índia, China, Indonésia e Tailândia” visto “oferecerem as maiores oportunidades”, avançou Mervyn Lau. A aplicação da ZujoGP ambiciona permitir que os seus utilizados assistam a jogos em direto, participem em programas, comprem merchandising e interajam com os jogadores de futebol.

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Se tiver um grau de invalidez superior a 60% e fizer trabalhos por fatura-recibo, vou ter benefícios por ser deficiente?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas. Será partilhada uma diariamente ao longo deste mês.

O meu filho de 24 anos tem um grau de invalidez superior a 60%. Em 2021, fez trabalhos para uma empresa através de fatura-recibo. Vai ter benefícios por ser deficiente?

Sim. Os rendimentos das categorias A e B obtidos por contribuintes com deficiência são considerados em 85% para efeitos de IRS, com o limite de 2500 euros anuais. Acima de 25 mil euros anuais, pagam IRS na totalidade. Além disso, o seu filho usufrui ainda de uma dedução à coleta superior à dos restantes contribuintes.

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Quebra nas importações chinesas não trava subida do petróleo. Brent sobe para 108 dólares

Investidores estão a digerir dados que apontam para menor procura por petróleo na China, mas também a hipótese de um embargo ao petróleo russo na UE gerar uma redução no lado da oferta.

Nem a quebra na procura de petróleo pela China é capaz de aliviar os preços do petróleo. Depois de uma subida expressiva na terça-feira, o Brent volta a aumentar em torno de 3,5% para 105,3 dólares. Já o WTI soma 3,2%, para 103,82 dólares.

A China, que é o maior importador de crude do mundo, anunciou esta quarta-feira que comprou 42,71 milhões de toneladas no mês passado, o equivalente a 10,06 milhões de barris por dia. Trata-se de uma quebra de 14% em termos homólogos.

A notícia chegou a aliviar os preços do petróleo no arranque desta sessão, particularmente volátil. Mas os investidores deparam-se com um cenário em que, por um lado, há uma redução na procura e, por outro, perspetiva-se uma quebra na oferta, numa altura em que a União Europeia estuda sancionar Moscovo com a proibição das importações de petróleo russo.

O recuo nas importações chinesas estará relacionado com as medidas do regime de Pequim para tentar travar a propagação de uma vaga de Covid-19. A política de tolerância zero à Covid, caracterizada pelos longos e alargados confinamentos em regiões onde há casos, já está a suscitar receios de uma recessão na segunda maior economia mundial.

(Notícia atualizada às 18h51 com novas cotações)

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Zelensky fala no Parlamento português a 21 de abril

  • ECO
  • 13 Abril 2022

Será às 15 horas no dia 21 de abril que Volodymyr Zelensky vai participar numa sessão na Assembleia da República, por videoconferência.

Na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, utilizou pela primeira vez o termo “genocídio” para descrever a guerra na Ucrânia e as consequências para a economia, desde o início da invasão russa.

O orçamento familiar ou a capacidade de abastecimento de combustível, nada disso deve depender de um ditador declarar guerra e cometer genocídio no outro lado do mundo“, salientou o chefe de Estado norte-americano, citado pela AFP.

Anteriormente, Biden tinha referido que não acreditava que as ações da Rússia na Ucrânia representassem um genocídio, como têm vindo a defender as autoridades ucranianas, classificando-as como “crimes de guerra”.

Esta quarta-feira, em que a invasão russa contabiliza o seu 49.º dia, o líder da Chechénia disse que mais de 1.000 fuzileiros ucranianos se tinham rendido na cidade portuária de Mariupol, que tem estado sitiada pelas tropas russas desde o início da guerra.

Ramzan Kadyrov é um apoiante do Presidente russo, Vladimir Putin, e tem destacado muitos dos seus combatentes para combaterem ao lado da Rússia no seu objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia.

As autoridades ucranianas, por seu lado, não comentaram até agora as declarações feitas pelo líder checheno no seu canal no Telegram.

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📹 Medina reforça Orçamento de Leão por causa da guerra

No Orçamento que vai apresentar ao início da tarde, Fernando Medina coloca de parte mais dinheiro para acudir as famílias e as empresas por causa da guerra.

Antes de deixar o Terreiro do Paço, no passado dia 28 de março, João Leão apresentou o Programa de Estabilidade que o Governo iria entregar a Bruxelas.

Nessa altura, o ex-ministro das Finanças estava a contar gastar este ano 809 milhões de euros de despesa pública adicional para responder aos impactos provocados pela guerra na Ucrânia. Esse valor, segundo as explicações do ex-governante, representava um peso líquido no défice orçamental de 524 milhões de euros.

A fatia de Leão era para amenizar o impacto da subida dos preços dos combustíveis (443 milhões de euros) e para ajudar a suavizar o aumento dos preços do gás e da eletricidade (250 milhões de euros).

Fernando Medina e João Leão na tomada de posse do novo Governo.Hugo Amaral/ECO

Duas semanas volvidas, as contas já foram atualizadas. Na sexta-feira, já com Fernando Medida à frente da pasta das Finanças, o Conselho de Ministro aprovou novas medidas para ajudar as famílias e as empresas por causa da escalada de preços. A alteração mais relevante foi a substituição, a partir do próximo mês, do AUTOvoucher por uma descida mais agressiva do ISP dos combustíveis (com um efeito equivalente a uma baixa do IVA para 13%).

Com o AUTOvoucher o Governo já tinha gasto pouco mais de 90 milhões de euros, mas a descida do ISP vai pesar mais nas contas do Estado: 80 milhões de euros/mês, segundo as estimativas de António Mendonça Mendes, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Este novo pacote de ajuda aprovado na sexta-feira em Conselho de Ministros obrigou Fernando Medina a refazer as contas e a colocar mais dinheiro de lado por causa dos efeitos da guerra. Segundo António Costa revelou esta manhã, num vídeo publicado na página do Governo, “entre descidas de impostos e subvenções, a proposta de orçamento prevê mais de 1.200 milhões de euros de apoio às empresas e às famílias para fazer face à crise aberta com a guerra na Ucrânia”.

“Este é, portanto, um Orçamento de respostas concretas e que nos faz avançar. Um orçamento ajustado à nova conjuntura, sem nunca se desviar dos objetivos estruturais e sem abandonar a trajetória de consolidação orçamental responsável, com contas certas”, defende o primeiro-ministro.

Apesar deste reforço de verbas, a indicação dada esta terça-feira aos partidos da oposição, foi que a previsão do défice de 1,9% para este ano não iria sofrer alterações.

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Juros da dívida a 10 anos sobem para máximo desde dezembro de 2018

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir esta quarta-feira. Na maturidade de referência, a 10 anos, tocaram um máximo de dezembro de 2018.

Os juros da dívida portuguesa sobem a dois, cinco e 10 anos esta quarta-feira, para máximos desde maio de 2017, outubro de 2017 e dezembro de 2018, alinhados com os de Espanha, Grécia, Irlanda e Itália.

Às 8h35 em Lisboa, os juros a 10 anos avançavam para 1,826%, um máximo desde dezembro de 2018, contra 1,648% na terça-feira. Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.

Os juros a cinco anos também subiam, para 1,134%, um máximo desde outubro de 2017, contra 0,864% na terça-feira, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.

No mesmo sentido, os juros a dois anos avançavam, para 0,374%, um máximo desde maio de 2017, contra 0,112% na terça-feira e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.

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Apple alerta que medidas para regular App Store ameaçam privacidade

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Tim Cook critica possibilidade de permitir que utilizadores do iPhone “instalem manualmente” aplicações de lojas online, e defende que tentativas de regulação da App Store ameaçam privacidade.

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, criticou esta quarta-feira as tentativas para regular a App Store, a loja online da gigante de tecnologia norte-americana, e garantiu que esses projetos ameaçam a proteção da privacidade dos utilizadores de iPhone.

Tim Cook, que falava durante um encontro da Associação Internacional de Profissionais de Privacidade em Washington, procurou reunir apoio sobre esta matéria, numa fase em que responsáveis políticos norte-americanos e de outros países procuram forçar a Apple a tornar possível a instalação de aplicações para telemóveis através de plataformas fora da App Store.

“Estamos profundamente preocupados com regulamentações que prejudicariam a privacidade e a segurança dos serviços”, sublinhou o dirigente, citado pela AFP.

“Os perigos que enfrentamos fazem mais do que comprometer os nossos dados, pois comprometem a nossa liberdade como seres humanos”, alertou.

O grupo sedeado em Cupertino, no Estado da Califórnia, encontra-se numa disputa judicial com a Epic Games, criadora do videojogo Fortnite, que procura contornar as regras da App Store e acusa a Apple de exercer um monopólio na compra de bens e serviços na sua loja online.

Em novembro, um juiz federal dos EUA determinou que a Apple permitisse um sistema de pagamento alternativo na App Store, mas também decidiu que a Epic Games não conseguiu provar que a Apple violou a lei da concorrência.

A gigante tecnológica encontra-se também envolvida em vários processos com reguladores europeus.

Permitir que os utilizadores do iPhone “instalem manualmente” aplicações de lojas online que não sejam a App Store ignoraria o processo de verificação da Apple para evitar vírus e limitar a recolha de dados, vincou Cook.

“Isto significa que as empresas que pretendem explorar os dados poderão contornar as nossas regras de proteção da privacidade e começar a rastrear os nossos utilizadores sem que eles saibam”, assegurou o dirigente.

“Isso também permitiria que atores mal-intencionados contornassem o nosso arsenal de medidas de proteção de privacidade, colocando esses atores em contacto direto com os nossos utilizadores”, referiu ainda.

As vozes críticas da Apple acusam a empresa de moldar a App Store para sua vantagem exclusiva, arrecadando grande parte das transações financeiras que ocorrem na plataforma e exercendo um controlo estrito sobre os criadores de aplicações.

“Se formos forçados a aprovar pedidos que não foram validados, as consequências serão profundas”, insistiu Tim Cook.

O responsável da Apple assegurou também que a empresa irá continuar a lutar pela sua posição nesta matéria.

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Jerónimo Martins e grupo EDP pesam na bolsa de Lisboa

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Abril 2022

Embora com perdas ligeiramente menores, a praça lisboeta não escapa à tendência da generalidade das bolsas europeias e abre em terreno negativo. Galp sobe, apesar de diminuição das vendas.

A bolsa de Lisboa abriu a terceira sessão da semana no “vermelho”, com a Jerónimo Martins e o grupo EDP a pesar sobre o PSI. A praça lisboeta segue a tendência das principais bolsas europeias, que continuam em queda, numa altura em que os investidores aguardam por uma decisão do BCE acerca das taxas de juro.

Um dia antes de o BCE anunciar a decisão sobre a política monetária e as taxas de juro, o índice de referência europeu Stoxx 600, que reúne as 600 maiores empresas da Europa, está em queda de 0,3%, tal como o francês CAC-40 e o britânico FTSE. O alemão DAX e o espanhol IBEX-35 desvalorizam 0,4% e 0,5%, respetivamente.

Em Lisboa, o PSI negoceia com perdas mais ligeiras, de 0,12%, para 6.092,41 pontos. Das 15 cotadas, cinco estão em terreno positivo, duas estão inalteradas e as restantes oito no “vermelho”. A Jerónimo Martins está em destaque nas quedas, recuando 1,49%, enquanto a EDP Renováveis e a “casa-mãe” EDP cedem, respetivamente, 0,66% e 0,77%. O BCP perde 0,06%.

A evitar uma queda mais acentuada do índice de referência nacional está a Galp. A petrolífera avança 1,09%, para 12,10 euros, apesar de as vendas de combustível terem recuado 10% no primeiro trimestre deste ano.

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Montenegro acusa Costa de praticar “austeridade direta”

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

Montenegro acusa Costa de praticar “austeridade direta”, discorda de Rio, e considera “contrário e negativo” a possibilidade de se taxar os lucros inesperados das empresas no contexto da guerra.

O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro acusou António Costa de praticar “austeridade direta” e discordou do atual presidente Rui Rio sobre a eventual criação de um novo imposto sobre lucros aleatórios das empresas.

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Rádio Renascença e jornal Público, divulgada esta quarta-feira, Montenegro traça como objetivo vencer as eleições europeias de 2024 e não diz se pretende a continuidade do líder parlamentar recém-eleito, Paulo Mota Pinto.

Questionado se teme ser visto como um candidato ligado a Pedro Passos Coelho – tal como o seu potencial adversário interno nas diretas de 28 de maio, Jorge Moreira da Silva -, admitiu que essa será “a conversa do PS”, mas disse ter orgulho e não vergonha do seu passado.

“Quem deve ter problemas com o seu passado é o dr. António Costa, o meu passado chama-se Pedro Passos Coelho e o passado do dr. António Costa chama-se José Sócrates”, referiu.

Questionado se espera que a proposta de Orçamento de Estado, que será conhecida esta quarta-feira, possa dar resposta aos problemas do país, o candidato à presidência do PSD disse ter “muitas dúvidas”.

“A única coisa nova que apareceu foi a inenarrável proposta ou pré-proposta do ministro da Economia, que foi a criação de mais um imposto. Qual é a resposta às dificuldades que o PS vai trazer? Mais impostos, a resposta de sempre”, criticou.

Confrontado com a posição do atual presidente do PSD, Rui Rio, que disse concordar que lucros inesperados devido ao contexto da guerra possam ter uma taxação específica, Montenegro respondeu: “Mas eu discordo, eu discordo, acho que é um sinal absolutamente contrário e negativo”.

Já questionado se concorda com o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, de que vem aí austeridade encapotada, Montenegro foi mais longe.

“Não é encapotada, é direta, a austeridade do dr. António Costa nunca foi encapotada (…) Ele é um defensor da austeridade embora diga o contrário”, acusou.

Na sua primeira entrevista desde que anunciou ser candidato à presidência do PSD, Montenegro disse não querer contribuir para a “discussão estéril” sobre o posicionamento ideológico do partido, e desvalorizou a relação com o partido Chega.

“O campeonato do PSD não é estar a fazer competição com o Chega, o meu campeonato e o campeonato do PSD é vencer o PS”, disse, assegurando que não irá entrar “em diálogo direto” com o partido liderado por André Ventura.

Montenegro responsabilizou, neste ponto, PS, primeiro-ministro e até o presidente da Assembleia da República – “atual e anterior” – pela centralidade dada ao Chega.

“Gostam de criar casos com o Chega porque a forma habilidosa como o fazem transforma o Chega num ator político parlamentar central, e é isso que o PS quer (…) Há uma habilidade política clara em tornar um não assunto num assunto, eu não vou embarcar nisso, não vamos entrar nesse tipo de jogo”, disse.

Na entrevista ao Público e Renascença, e sobre a relação com a bancada, Montenegro adiantou que terá um gabinete na Assembleia da República e salientou que “o líder parlamentar por definição terá de ter a confiança dos deputados”.

No entanto, o candidato não diz se pretende a continuidade de Paulo Mota Pinto, eleito na semana passada com 92% dos votos, remetendo para depois do Congresso do início de julho “o desenho” completo das novas equipas dirigentes.

“Neste momento, o grupo parlamentar tem uma direção eleita, completamente legitimada, tem um mandato pela frente, avaliaremos em conjunto o que fazer para poder conjugar toda a mecânica de funcionamento dos órgãos nacionais do PSD”, disse, acrescentando ter a “certeza absoluta” de que não enfrentará qualquer hostilidade por parte dos deputados.

Caso vença as diretas de 28 de maio, Montenegro já traçou a meta para a primeira eleição externa que enfrentará, as europeias daqui a dois anos.

“Vamos apresentar uma candidatura em 2024 para vencer as eleições europeias”, disse, admitindo que poderá haver “algum refrescamento” nos candidatos, mas sem falar ainda em nomes.

Se for o próximo presidente do PSD, assegura que contará com Moreira da Silva – “nas funções que pudermos encontrar para o efeito” – e também com Carlos Moedas.

“Será seguramente um elemento preponderante neste caminho, o sucesso dele na Câmara de Lisboa será também um elemento catalisador do sucesso do projeto político do PSD nos próximos anos”, disse.

Questionado como se deve posicionar o PSD num referendo à regionalização que o PS defendeu na campanha eleitoral, Montenegro disse apenas que, “a haver” consulta popular, devem manter-se as atuais regras previstas na Constituição, mas considerando o “tema extemporâneo”, defendendo que primeiro deve ser avaliado o processo de descentralização em curso.

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Vendas de combustíveis da Galp recuam 10% no primeiro trimestre, efeito da guerra e alta dos preços

Produção de petróleo subiu no trimestre, mas a alta dos preços levou as vendas de combustíveis a caírem 10% em cadeia, fruto da menor procura por consumidores e empresas.

A produção de petróleo da Galp Energia subiu 5% no primeiro trimestre, face ao período homólogo, mas as vendas de produtos petrolíferos caíram 10% em cadeia, um efeito da alta dos preços, que pressionou a procura dos consumidores e empresas. A informação foi avançada pela empresa num comunicado difundido através da CMVM.

No primeiro trading update deste ano, a cotada nacional indica que a produção de petróleo subiu 5%, para 117,5 mil barris por dia. Houve um crescimento de 6% da produção no Brasil, mas um recuo de 9% em Angola.

Contudo, é nos combustíveis que se destaca o desempenho da Galp Energia no trimestre. Isto porque as vendas de produtos petrolíferos da empresa liderada por Andy Brown caíram 10% em cadeia, para 1,7 toneladas métricas, num trimestre marcado pelo início da guerra na Europa.

A quebra é explicada pela Galp com o efeito da “sazonalidade”, mas também o “ambiente de preços altos das matérias-primas”, que pressionou as vendas a consumidores e empresas. Na comparação homóloga, porém, registou-se um crescimento de 25%.

Já as vendas de gás natural subiram 13% em termos homólogos e 24% em cadeia, para 5,6 TWh, enquanto as vendas de eletricidade cresceram 20% na comparação homóloga e 2% na comparação com o último trimestre de 2021, fixando-se em 1.139 GWh.

Num período de grande agitação no mercado petrolífero, a Galp processou 10% mais matéria-prima e a margem de refinação subiu de 5,5 dólares por barril de petróleo ou equivalente no quarto trimestre de 2021 para 6,8 no arranque deste ano.

No caso do gás natural liquefeito (GNL), o volume de fornecimento e vendas desceu 19% em termos homólogos, para 14,8 TWh. A empresa justifica a queda com as condições de mercado na Península Ibérica.

A Galp vai apresentar resultados do primeiro trimestre em 3 de maio, antes da abertura das bolsas. As ações da empresa estão a subir 0,79% esta quarta-feira, para 12,07 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h37)

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IRC mínimo de 15% aumenta receita fiscal em 150 mil milhões de dólares por ano, estima FMI

  • Lusa
  • 13 Abril 2022

FMI defende que taxa mínima global de 15% sobre multinacionais aumenta receita fiscal em 150 mil milhões de dólares por ano.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) calculou terça-feira que uma taxa mínima global de 15% sobre os lucros das multinacionais aumenta a receita global dos impostos sobre as sociedades em 150 mil milhões de dólares anuais (5,7%).

Acordada por 137 governos em outubro, a concretização do entendimento vai reduzir os incentivos das multinacionais para procurar um país com fiscalidade mais favorável e aumentar a receita fiscal, segundo uma análise divulgada esta quarta-feira por esta instituição financeira internacional.

Além disso, o facto de os países deixarem de competir entre si na redução de impostos, pode aumentar ainda mais a receita, com o FMI a estimar 8,1% adicionais.

Por outro lado, estes aumentos da receita devem ser complementados com reformas fiscais internas em cada país, que incluam a reformulação de “incentivos fiscais ineficientes”.

Na sua análise, o Fundo expressou a sua satisfação por o acordo ir permitir cobrar impostos às multinacionais onde se encontram os seus clientes, apesar de os seus empregados estarem em outro país.

“Em um mundo em que o comércio digital é muito comum, isto é um avanço que deve ser bem-vindo”, indicou.

Na cimeira do G-20 realizada em Roma, em 30 de outubro, os chefes de Estado das 20 principais economias acordaram um imposto mínimo global sobre as multinacionais para equilibrar o sistema tributário internacional.

O mecanismo, que vai concretizado em 2030, segue o caminho do já traçado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) de um sistema sustentado em dois pilares.

O primeiro determina que o volume do benefício residual das empresas, isto é, o que sobrar depois de o país onde estiver a sede tiver recebido o imposto correspondente a 10% é dividido entre os Estados onde a multinacional opera.

O segundo estabelece uma taxa mínima de 15% para as multinacionais que tenham uma faturação mínima de pelo menos 750 milhões de euros.

 

FMI diz que cadeias de fornecimento adaptaram-se muito rápido à pandemia

As cadeias de fornecimento globais adaptaram-se muito rápido ao novo panorama criado pela pandemia da Covid-19, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que incentivou os países a não se fecharem e continuarem a confiar no comércio mundial.

O FMI refutou políticos e economistas que passaram os últimos meses a culpar a inflação extremamente alta no mundo por interrupções nas cadeias de fornecimento do comércio global, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Num relatório intitulado “Comércio mundial e cadeias de valor durante a pandemia”, a organização financeira internacional recordou as previsões que apontavam para os fortes choques na oferta e na procura desencadeados pela Covid-19, “afundando drasticamente” o comércio.

No entanto, os efeitos “não duraram muito”, indicou, adiantando que as cadeias de fornecimento globais são resistentes e que a complexa rede comercial atual tem mais força para enfrentar esse tipo de choque do que os anteriores modelos, quando cada economia dependia mais de si mesma.

Com esta afirmação, o FMI contesta a tese de políticos e economistas de todo o mundo que passaram meses a culpar a altíssima inflação em grande parte do planeta pelas interrupções no comércio global.

De acordo com essa versão – defendida há meses, por exemplo, pela Administração Biden –, os problemas na cadeia de fornecimento devido à Covid-19 geraram escassez de produtos, que é o que está a contribuir fundamentalmente para o aumento dos preços – até ao início do conflito russo-ucraniano.

Nas últimas semanas, alguns fenómenos que dificultaram o funcionamento normal dessas cadeias – como os congestionamentos nos portos de carga norte-americanos – começaram a diminuir, embora não se tenha verificado numa queda de preços, mas a inflação continua descontrolada nos Estados Unidos, América Latina e Europa.

Por outro lado, o FMI acredita que os países devem diversificar as suas relações comerciais para que em momentos de crise, como os atuais, não haja dependência de um único mercado.

“As interrupções provocadas pela pandemia aumentaram os apelos para realocar a produção em cada país. Mas desmantelar as cadeias globais de valor não é a resposta, mas é precisamente uma maior diversificação que melhora a resistência”, apontou o organismo.

O FMI reconhece que a compra e venda internacional de bens caiu acentuadamente no segundo trimestre de 2020, mas referiu que recuperou para os níveis pré-pandemia nesse mesmo ano.

Uma das descobertas de destaque do estudo é que os países cujos parceiros comerciais impuseram bloqueios mais rígidos tiveram as maiores quedas nas importações de bens.

Até 60% da redução nas importações durante o primeiro semestre de 2020 foi consequência de paralisações de atividades em parceiros comerciais, indicou.

Esse impacto foi ainda maior no caso de indústrias que dependem fortemente das cadeias globais de valor e que estão nas últimas etapas do processo produtivo, como os aparelhos eletrónicos.

De acordo com o FMI, os países asiáticos, que foram os primeiros a serem afetados pela Covid-19, mas também os primeiros a contê-la, aumentaram a sua participação nas importações para a Europa em 4,6 pontos percentuais e para a América do Norte em 2,3 pontos percentuais.

“Esses ganhos foram volumosos e rápidos do ponto de vista histórico, mas à medida que os países se ajustaram à pandemia, desapareceram parcialmente. Isso sugere que foram mudanças temporárias”, anotou o FMI.

Os autores do relatório apontam ainda que os atuais confinamentos na China (em cidades como Xangai) são um lembrete de que as restrições à Covid-19 continuam a ter impacto além do país afetado e que, portanto, é do interesse da população mundial alargar a vacinação.

“Garantir o acesso equitativo a vacinas e tratamentos contra a covid-19 deve continuar a ser a primeira prioridade”, acrescentou.

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