Procura por crédito à habitação vai continuar a subir apesar do travão do BdP

Empréstimos da casa têm regras mais apertadas desde o início do mês. Mesmo assim, os bancos antecipam que a procura por crédito para a compra de habituação vai continuar a subir este trimestre.

Os bancos esperam que a procura por crédito para a compra de casa por parte das famílias continue a subir nos próximos três meses, isto apesar do travão colocado pelo Banco de Portugal às maturidades dos novos empréstimos à habitação.

Espera-se um “ligeiro aumento da procura de empréstimos para habitação” durante o segundo trimestre, mostra o inquérito sobre o mercado de crédito divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

A 1 de abril entrou em vigor a nova recomendação do Banco de Portugal quanto às maturidades dos empréstimos da casa. Quem tem mais de 30 anos viu os prazos máximos dos contratos caírem de 40 anos para 35 anos (para os clientes com mais de 35 anos) e para 37 anos (para os clientes com idade superior a 30 anos e inferior ou igual a 35 anos), no que se traduzirá num aumento dos encargos com a compra de casa.

Apesar do travão do regulador, o setor diz que não espera alterações nos critérios de concessão de crédito às famílias, devendo manter a política seguida até aqui.

As instituições financeiras também esperam que a procura por crédito ao consumo continue a aumentar nos próximos meses, como já aconteceu no trimestre anterior à boleia da maior confiança dos consumidores, sinalizam.

Em relação às empresas, apesar de admitirem que vão apertar “ligeiramente” os critérios de concessão de financiamentos às pequenas e médias empresas, os bancos antecipam um aumento da procura de empréstimos de curto prazo sobretudo por este segmento empresarial

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

JCDecaux vai explorar publicidade exterior em Lisboa. Mas com compromissos, diz AdC

Operadora vai partilhar concessão com a concorrente MOP, desbloqueando o processo parado desde 2018, ano em que venceu o concurso de publicidade exterior de Lisboa.

A Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à JCDecaux para a explorar a publicidade exterior em Lisboa, mas a operadora teve de assumir compromissos para desbloquear a operação. A concorrente MOP irá assumir parte da concessão da publicidade exterior da cidade, contornando o tema da concentração da exploração da publicidade outdoor numa única empresa que, desde 2018, paralisava o novo contrato com a Câmara Municipal. Em causa está a concessão da publicidade outdoor em Lisboa por 15 anos, por um valor de 8,3 milhões/ano.

“A AdC decidiu não se opor à exploração pela JCDecaux da concessão de publicidade exterior em Lisboa, depois de a empresa assumir compromissos que previnem as preocupações concorrenciais que resultariam da exploração da maioria da publicidade exterior em Lisboa por um único operador”, informa o regulador em comunicado.

Os compromissos assumidos incluem a cedência a favor de uma empresa concorrente da JCDecaux de 40% do Lote 1 da referida concessão de publicidade exterior de Lisboa”, refere ainda Concorrência.

A decisão surge depois de a AdC ter sido, a 15 de julho de 2021, notificada da operação de concentração e de a JCDecaux ter apresentado uma proposta de compromissos a 28 de janeiro de 2022, submetida a uma consulta de mercado. A 14 de março de 2022, a JCDecaux submeteu a proposta final de compromissos. “Numa versão revista e reforçada que beneficiou, não só dos comentários e observações recolhidos pela AdC na consulta ao mercado, como também de diligências adicionais realizadas junto das Agências de Meios”, diz a Concorrência.

Concurso contestado

Depois de décadas a gerir a publicidade exterior de Lisboa — juntamente com a Cemark/Cemusa — a JCDecaux venceu em 2018 o concurso de publicidade promovido pela autarquia sob a gestão de Fernando Medina, ficando com a exploração da totalidade da rede, durante 15 anos, por 8,3 milhões/ano.

O desfecho do concurso gerou preocupação no mercado. A Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), que já tinha contestado o modelo do concurso de outdoor desenhado pela autarquia — dividido em lotes, o mesmo previa uma opção de winner takes it all — avançou com uma queixa à AdC.

E a MOP, operadora de publicidade exterior que viu as suas propostas serem excluídas do concurso, depois de vencer numa fase preliminar, também apresentou queixa ao regulador, bem como na justiça. E não foi a única, com vários operadores no concurso a avançar com providências cautelares.

Uma operação de concentração que também gerou preocupação junto da AdC.

“A concessão envolve a instalação e exploração publicitária em mobiliário urbano, designadamente em Mupis de rua e paragens de autocarro, durante 15 anos, tendo sido promovida pelo município de Lisboa na sequência do fim das anteriores concessões de publicidade exterior, exploradas pela JCDecaux e pela Cemark”, recorda o regulador.

“Ao concentrar a exploração publicitária em mobiliário urbano num único operador, ao contrário do que se verificava com as anteriores concessões, a atual concessão resultaria numa menor diversidade de operadores alternativos em Lisboa e, consequentemente, em possíveis entraves à concorrência no mercado nacional da publicidade exterior, o que se traduziria em aumentos potenciais de preços cobrados aos anunciantes e, em derradeira instância, aos consumidores finais“, destaca ainda.

“Estas preocupações concorrenciais ganham uma importância acrescida, não só porque está em causa uma concessão para os próximos 15 anos, mas também porque qualquer campanha publicitária de rua com abrangência nacional terá, necessariamente, que envolver a comunicação publicitária nas ruas de Lisboa.”

“Os compromissos assumidos pela JCDecaux, ao incluírem um desinvestimento de uma parte muito considerável da referida concessão, contribuem para a manutenção de uma diversidade de operadores e de uma estrutura de oferta sensivelmente semelhante à atual, com dois operadores alternativos a explorar a publicidade exterior em Lisboa”, destaca ainda a AdC.

“Estes compromissos de desinvestimento foram considerados suficientes, proporcionais e adequados à resolução dos problemas de concorrência identificados pela AdC e que resultariam da concentração de toda a publicidade exterior em Lisboa, objeto do contrato de concessão, na JCDecaux”, considera o organismo.

“A generalidade das Agências de Meios, pelas quais passa grande parte da procura da publicidade em Portugal, consideraram que o compromisso de desinvestimento, apresentado pela JC Decaux, para um concorrente viável e independente, in casu, a MOP, permite eliminar os problemas concorrenciais que resultariam da operação de concentração, garantindo-se uma alternativa concorrencial à oferta da JCDecaux”, refere ainda a Concorrência.

Participaram no processo, na qualidade de terceiros interessados, a APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes e a APEPE – Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade Exterior, bem como os operadores concorrentes da JCDecaux, a DreamMedia, a Cemark, a MOP e a APSmedia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Isabel Soromenho Sequeira assume cargo de strategic business partner da Cegoc

A profissional vai apoiar as organizações de qualquer setor de atividade a identificarem as suas necessidades de transformação, bem como a construirem soluções.

Isabel Soromenho Sequeira é a nova strategic business partner da Cegoc. A profissional tem pela frente a missão de apoiar as organizações de qualquer setor de atividade na identificação das suas necessidades de transformação e na construção de soluções conjuntas de desenvolvimento que sejam eficazes para as suas pessoas e, em consequência, para o negócio.

“Sinto-me privilegiada por trabalhar com e para as pessoas, ajudando-as a acreditar que é possível reencontrar o equilíbrio, através não apenas de novas ferramentas, mas acima de tudo de novas competências”, afirma Isabel Soromenho Sequeira, citada em comunicado.

A “desafiante realidade atual reforça a ideia de que a mudança é a única constante” e a “ansiedade que se vive nas organizações deve ser substituída pela capacitação das pessoas e consequente confiança de que estaremos prontos para o futuro”, acrescenta.

Licenciada em Gestão, Isabel Soromenho Sequeira é mestre em marketing e frequenta atualmente o programa doutoral em Gestão no ISCTE, onde também é docente. Em mais de 25 anos de atividade, dedicou-se à consultoria e formação nas áreas comercias e de marketing, tendo a oportunidade de desenvolver projetos em empresas de vários setores, nomeadamente na indústria farmacêutica.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moreira quer negociar descentralização diretamente com o Governo

Autarca do Porto diz ter “razões para não confiar” na Associação Nacional de Municípios, recusando “passar cheque em branco” na negociação da passagem de competências na educação, saúde e área social.

Acreditando que “ainda há hipótese de rever a questão da educação” e lembrando que até ao final deste ano ainda vai estar em cima da mesa também a descentralização nas áreas da saúde e da coesão social, Rui Moreira assume a vontade de romper com a Associação Nacional de Municípios (ANMP) para “ter a possibilidade de negociar diretamente com o Governo”.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara do Porto recusa “passar um cheque em branco à ANMP”, liderada atualmente pela autarca socialista de Matosinhos, Luísa Salgueiro, acusando esta associação de ter feito “um negócio [com o Governo] nas costas” das autarquias.

Em causa, diz Rui Moreira, está a resposta dado pelo Governo à providência cautelar que foi apresentada pelo município portuense para tentar travar a descentralização na área da Educação, e à qual o Executivo terá respondido que “o valor a transferir para os municípios, nomeadamente os 20 mil euros por escola para manutenção, foi acordado com a ANMP”.

“Já falei com o Carlos Moedas [presidente da Câmara de Lisboa] esta manhã, que me disse que esperava que aquilo que escrevemos ao primeiro-ministro possa ainda andar para a frente. Não pode acontecer é ficarmos na mão de negociadores [sobre os quais] temos razões para não confiar”, resumiu o presidente da Câmara do Porto.

Rui Moreira diz ser “a favor de uma efetiva descentralização, com uma delegação de competências efetiva e, ao mesmo tempo, acompanhada do respetivo envelope financeiro”. No entanto, vê um “processo feito aos safanões”, em que são passadas tarefas, em vez de competências, e em que “as verbas envolvidas não cobrem minimamente aquilo que é a despesa que passa para os municípios”.

“O que aconteceu na Educação não pode acontecer na coesão social e na saúde. Só na coesão social, isto significa um acréscimo de despesa não coberta de sete milhões de euros para o município do Porto”, contabiliza o autarca portuense. A proposta para o abandono da ANMP será votada pelo Executivo municipal na próxima terça-feira, 19 de abril.

Já esta manhã, na sequência das acusações feitas por Rui Moreira, a presidente da ANMP pediu a Rui Moreira “que se mantenha solidário com os restantes autarcas”. “Estamos, em conjunto com o Governo e ouvindo permanentemente os autarcas, a encontrar soluções que mitiguem ou eliminem essas dificuldades. Não é um processo que esteja concluído, é dinâmico. Ainda agora o Governo tomou posse. Estamos a trabalhar com as várias pastas para que se introduzam alterações que vão ao encontro das reivindicações de Rui Moreira e vários outros autarcas”, referiu, em declarações à TSF.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CP oferece 30.000 viagens no Intercidades com desconto até 80%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Abril 2022

Bilhetes são válidos para viagens a realizar entre 21 de abril e 15 de julho e podem ser comprados com uma antecedência mínima de 10 dias relativamente à data da viagem.

A CP anunciou esta terça-feira que vai disponibilizar 30.000 viagens na segunda classe do Intercidades com um desconto até 80%.

A viagem entre Porto e Lisboa, por exemplo, pode ser comprada a partir de 5,50 euros, revela a empresa em comunicado.

Para quem pretenda viajar entre Lisboa e Aveiro, o custo será de 4,50 euros, tal como nas viagens Valença-Coimbra e Lisboa-Faro. Da capital portuguesa à Covilhã e de Coimbra a Braga, Guimarães ou Viana do Castelo, o preço é de 4 euros.

As viagens mais baratas ao abrigo da promoção são entre Lisboa e Évora ou Beja, cujos preços são de 2,50 euros e 3 euros, respetivamente.

Os 30.000 bilhetes, que correspondem a cerca de 2.470 por semana, são válidos para viagens a realizar entre 21 de abril e 15 de julho. A compra tem de ser feita, no mínimo, dez dias antes da data da viagem (incluindo o dia da compra e o dia da viagem), através da bilheteira online, na app da CP e nos restantes canais CP.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Garrigues e Morais Leitão envolvidas na operação de aumento de capital da TagEnergy

A equipa da Garrigues que assessorou a TagEnergy foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias. A Morais Leitão esteve do lado Capenergie 4, sendo a equipa liderada por Ricardo Andrade Amaro.

A Garrigues Portugal assessorou a TagEnergy no levantamento de 450 milhões de euros em capital numa ronda de investimento que contou com a entrada da gestora de ativos Mirova (com dois mil milhões de euros investidos na área de transição energética) e da firma de Private Equity Omnes (com três mil milhões de euros investidos em energias renováveis), bem como com a participação da Impala, empresa detida pelo milionário francês Jacques Veyrat. Segundo a firma, este levantamento de capital representa a primeira etapa num investimento que deverá rondar, na sua fase final, os dois mil milhões de euros.

A Garrigues coordenou toda a operação de um ponto de vista jurídico, “desde o processo competitivo de seleção dos investidores à realização das entradas de capital, incluindo ainda a negociação dos acordos entre os atuais e novos acionistas, tendo representado, para além da TagEnergy, os acionistas de referência Impala e TagTeam”. A equipa foi liderada pelo sócio Mário Lino Dias e contou com a participação dos advogados Inês Freire de Andrade e José de Seabra Marcão.

A TagEnergy é uma sociedade portuguesa que funciona como plataforma internacional de investimento em energias renováveis, com um crescente portfolio de projetos de 2.700 MW em cinco países: Austrália, Portugal, Reino Unido, França e Espanha. As suas operações abrangem toda a cadeia de valor, desde o desenvolvimento, financiamento, construção e gestão de ativos de projetos eólicos, solares e de armazenamento de energia, até à sua comercialização.

“Este investimento significativo sustentará o rápido crescimento da TagEnergy à medida que dimensiona a sua atividade para acelerar a transição para fontes de energia mais sustentáveis, competitivas e limpas”, explica a firma.

Já a Morais Leitão, em colaboração com a Allen&Overy em França (Paris), assessorou a Capenergie 4 SLP e a Capenergie 4 FPCI (ambos geridos pela sociedade gestora Omnes Capital). Nesta operação de aumento de capital da TagEnergy, S.A. também participou a Mirova, sociedade gestora de fundos sediada em França.

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão, liderada pelo sócio Ricardo Andrade Amaro, incluiu também a associada principal Rute Carvalho da Silva e a associada Margarida Mesquita Machado, sendo ainda de destacar a associada principal Inês Cabral Ferreira, na vertente de direito do trabalho e a associada Mafalda Jardine Neto, na vertente de direito imobiliário. A equipa de europeu e concorrência contou com a participação do sócio Gonçalo Machado Borges.

(Notícia atualizada no dia 14 de abril)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Guerra pode anular metade do crescimento do comércio global previsto para 2022

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

Crise deve reduzir crescimento do produto económico mundial a um intervalo situado entre 3,1 e 3,7% este ano, enquanto o do comércio internacional deve situar-se entre 2,4% e 3,0%.

A guerra na Ucrânia pode anular metade do crescimento das transações internacionais esperado para 2022, segundo uma análise divulgada na segunda-feira pelo secretariado da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Segundo o documento, a crise deve reduzir o crescimento do produto económico mundial a um intervalo situado entre 3,1 e 3,7% este ano, enquanto o do comércio internacional deve situar-se entre 2,4% e 3,0%. Em outubro, a OMC estimava um crescimento das trocas em torno dos 4,7%.

“O povo ucraniano está a viver muito sofrimento e destruição, mas os custos em termos de redução das trocas e da produção vão ser sentidos provavelmente pelas populações do mundo inteiro, devido à subida dos preços dos produtos alimentares e da energia e à redução da disponibilidade das mercadores exportadas pela Federação Russa e Ucrânia”, ainda segundo o secretariado da OMC.

“Os países mais pobres estão fortemente ameaçados pela guerra, porque afetam uma parte maior dos seus rendimentos aos produtos alimentares do que os países ricos”, especificou-se no documento, onde também se previu que esta situação “pode ter um impacto na estabilidade política”.

Se as partes russa e ucraniana no conjunto da produção e do comércio mundiais são relativamente pequenas, estes dois Estados são importantes fornecedores de produtos essenciais, como alimentares e energéticos.

Segundo a OMC, a Federação Russa e a Ucrânia somadas representaram em 2019 cerca de 25% do milho mundial, 15% da cevada e 45% do girassol.

Por seu lado, só a Federação Russa representa 9,4% do comércio mundial de carburantes, parte que sobe para 20% no caso do gás.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação na Alemanha acelera para 7,3% em março

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

A taxa de inflação na Alemanha acelerou para 7,3% em março, a mais elevada desde 1990, segundo os dados provisórios da agência federal de estatística alemã.

A inflação homóloga da Alemanha atingiu 7,3% em março, o nível mais alto desde a reunificação alemã em 1990, disse esta terça-feira a agência federal de estatística alemã (Destatis), confirmando as primeiras estimativas baseadas em dados provisórios.

Em fevereiro, a inflação homóloga foi de 5,1%.

A última vez que um nível semelhante de inflação tinha sido registado na antiga República Federal da Alemanha (RFA) foi em 1981 como resultado do aumento dos preços do petróleo devido à guerra Irão-Iraque.

Em comparação com fevereiro, os preços aumentaram 2,5% em março.

As causas do forte aumento da inflação estão em grande parte relacionadas com a guerra na Ucrânia, a pandemia e os problemas nas cadeias de abastecimento. “Para além da pandemia, a guerra na Ucrânia está a fazer subir os preços na Alemanha, especialmente do combustível, óleo para aquecimento, gás e alimentos“, disse o presidente da Destatis, Georg Thiel.

Os preços da energia eram 39,5% mais altos em março do que no mesmo mês do ano passado.

Nos alimentos, o preço do óleo de cozinha e das gorduras aumentou 17,2% e o dos vegetais 14,8%. No total, os preços dos alimentos subiram 6,2%.

Sem o efeito do pico nos preços da energia, segundo a Destatis, a inflação homóloga teria sido de 3,6%. Excluindo energia e alimentos, a taxa de inflação teria sido de 3,4%.

Os preços dos serviços eram 2,8% mais elevados do que em março de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

#34 Jovens e/na política (com Miguel Costa Matos)

  • ECO
  • 12 Abril 2022

No episódio desta semana, desafiámos o Miguel Costa Matos a debater connosco o interesse dos jovens pela política.

No episódio desta semana, desafiámos o Miguel Costa Matos a debater connosco o interesse dos jovens pela política, a relevância das juventudes partidárias, o recrutamento da classe política e novas formas de participação. Venham daí!

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

O‘Trinta por uma linha’ é um podcast de debate entre três «indivíduos na casa dos trinta» – Afonso Eça, João Tiago Gaspar e José Maria Pimentel – que se juntam para discutir assuntos políticos e económicos “sem partidarites nem salamaleques”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a 12 meses em terreno positivo pela primeira vez desde fevereiro de 2016

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

Euribor a 12 meses sobe para os 0,005%, a primeira vez desde fevereiro de 2016 que está positiva. Euribor a seis meses avança para -0,320%, e a três meses fixa-se nos -0,433%.

As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, seis e 12 meses, no prazo mais longo para terreno positivo pela primeira vez desde fevereiro de 2016.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu esta terça-feira, ao ser fixada em 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016 e mais 0,035 pontos do que na segunda-feira, contra o atual mínimo de sempre, de -0,518%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, também avançou esta terça-feira, para -0,320%, mais 0,014 pontos do que na segunda-feira e um novo máximo desde agosto de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,554%, verificado em 20 de dezembro de 2021.

No mesmo sentido, a três meses, a Euribor avançou para -0,433%, mais 0,002 pontos e um novo máximo desde agosto de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,605%, verificado em 14 de dezembro de 2021.

As Euribor têm estado voláteis, mas sob pressão, desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro, depois de terem começado a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, após o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido à subida da inflação na zona euro.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses entraram em terreno negativo em 21 de abril de 2015, 6 de novembro de 2015 e 5 de fevereiro de 2016, respetivamente.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

INE confirma inflação de 5,3% em março, um máximo de 28 anos

Variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor está no valor mais alto desde junho de 1994. Preços dos produtos energéticos em máximos de 31 anos.

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 5,3% em março, a mais elevada desde junho de 1994, em linha com a estimativa anteriormente divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O aumento é influenciado pelos produtos energéticos e alimentares não transformados.

De acordo com os dados publicados esta terça-feira pelo INE, o indicador de inflação subjacente (excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) acelerou em março, passando de uma variação homóloga de 4,2% em fevereiro para 5,3%.

Por sua vez, a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos foi de 3,8%, “taxa superior em 0,6 p.p. à registada em fevereiro de 2022”. “Este é o valor mais elevado registado desde fevereiro de 2003”, diz o INE. Enquanto isso, o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 5,8% (3,7% em fevereiro).

Mas foi nos preços da energia onde se notou mais esta tendência de crescimento. De acordo com o INE, o agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 19,8% (15% no mês precedente), o valor mais elevado desde fevereiro de 1991, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 5,8% (3,7% em fevereiro).

Comparando com fevereiro, o IPC teve uma variação de 2,5% (em fevereiro, a variação mensal foi 0,4% e em março de 2021 tinha sido 1,4%). “A variação média dos últimos 12 meses foi 2,2% (1,8% em fevereiro)”.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 5,5%, valor mais elevado registado desde o início do IHPC, em 1996, refere o INE. Esta taxa reflete, “sobretudo, diferenças apreciáveis no comportamento dos preços dos bens energéticos, em particular da eletricidade”.

(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Askblue quer ultrapassar os 500 colaboradores. Tem 30 vagas

Para 2022, o CEO da tecnológica acredita que haverá um crescimento na área de inovação e transformação digital. O volume de negócios previsto é de 20 milhões de euros, significando um aumento de 21%.

Depois de ter chegado aos 400 colaboradores, a Askblue pretende passar a fasquia dos 500 colaboradores. Neste momento, a empresa nacional de consultoria tecnológica e negócio tem 30 vagas por preencher. A nível financeiro, no último ano, a companhia registou um crescimento no volume de negócios, fixado em 16,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 22% face a 2020.

“Crescer em termos de negócio significa crescer no número e na qualificação de pessoas. E se investimos mais para ter novas oportunidades, também estamos disponíveis não só para contratar, mas também para apostar no desenvolvimento dos nossos colaboradores. Não abdicamos desta perspetiva de melhoria contínua, em todas as áreas, mas sobretudo na vertente de recursos humanos”, refere Pedro Nicolau, CEO da Askblue, em comunicado.

Consulte as vagas disponíveis aqui.

Para 2022, apesar de o contexto ser de alguma incerteza, o gestor acredita que haverá um crescimento na área de inovação e transformação digital, estando já a ser reforçadas as apostas da empresa em metodologias de desenvolvimento ágil, design thinking, modelo nearshore e no conhecimento profundo dos setores de atuação (banca, seguros, serviços, indústria e utilities).

A empresa tem como objetivo continuar a sua jornada de crescimento, com um volume de negócios previsto de 20 milhões de euros, significando um aumento anual de 21%. O plano prevê que o mercado internacional continue a crescer a um ritmo superior ao nacional.

“Esperamos continuar a desenvolver os atuais mercados internacionais e entrar em novas geografias, de forma sustentada e com maior especialização da nossa oferta. O nosso objetivo passa por garantir a entrega de projetos com qualidade, já que são cada vez mais críticos e complexos para os clientes, que têm em curso iniciativas de transformação digital essenciais para os seus negócios”, esclarece Pedro Nicolau.

Os países nórdicos, o Reino Unido e a Alemanha são algumas das novas geografias que estão a ser dinamizadas.

Nova equipa de gestão

Com o objetivo de preparar a estrutura interna da Askblue para os novos desafios de crescimento, a equipa de gestão foi reforçada com quatro elementos. Paulo Nunes, recentemente promovido a partner, passa a integrar a comissão executiva, enquanto João Queirós irá assumir o cargo de chief financial officer (CFO) e liderar as áreas internas de suporte organizacional (financeira e administrativa, organizational development e IT support).

Ana Sofia Pardalejo, por sua vez, será a responsável pela área de people management, assegurando a liderança da gestão das pessoas em todos os seus domínios, e Carlos Costa Cruz irá liderar o marketing corporativo e a gestão de parcerias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.