Crédito ao consumo cresce ao ritmo mais elevado em dois anos
Bancos emprestaram aos consumidores 20 mil milhões de euros em crédito ao consumo em abril, mais 5,1% do que há um ano e o ritmo de crescimento mais elevado desde abril de 2020.
Os bancos emprestaram aos portugueses 20 mil milhões de euros em crédito ao consumo em abril, mais 5,1% do que há um ano, o ritmo de crescimento mais elevado desde abril de 2020, indica o Banco de Portugal. Mantém-se “a trajetória de aceleração que se verifica desde setembro” do ano passado, nota o banco central.
Para a compra de casa, foram emprestados 98,3 mil milhões de euros em abril, mais 4,8% do que no mesmo mês de 2021. O crescimento observado está em linha com o registado em março e, em abril de 2022, o preço a que os bancos avaliam as casas registou o maior salto de sempre, atingindo um novo recorde de 1.356 metros quadrados, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.
Além disso, no final de abril, os portugueses tinham depositado nos bancos portugueses 177,1 mil milhões de euros, mais 6,9% em termos homólogos, de acordo com a instituição governada por Mário Centeno.
Crédito à habitação e consumo (variação anual, em %):
Crédito às empresas desacelera
Em relação às empresas, o montante total de empréstimos concedidos em abril atingiu 76,4 mil milhões de euros, mais 3,1% do que em abril de 2021. Segundo o Banco de Portugal, manteve-se, deste modo, a “tendência de desaceleração” que se tem observado ultimamente.
“Em abril, esta desaceleração foi transversal às micro e às pequenas e médias empresas e mais expressiva nas empresas dos setores do alojamento e restauração, transportes e indústrias transformadoras. Pelo contrário, aceleraram os empréstimos concedidos às grandes empresas e às empresas do setor do comércio”, indica o supervisor num comunicado.
“No caso das grandes empresas, o montante concedido cresceu 5,7% em relação a abril de 2021, depois de ter crescido 5,3% no mês anterior”, acrescenta o Banco de Portugal.
No final de abril, as empresas tinham depósitos de 64,6 mil milhões de euros nos bancos residentes. Tratou-se de uma subida homóloga de 14,2%.
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