Europa vive situação mais perigosa desde a II Guerra Mundial, diz Stoltenberg

  • ECO e Lusa
  • 4 Agosto 2022

O secretário-geral da NATO alerta para o perigo da situação que se vive na Europa. Gazprom diz que sanções impossibilitam regresso da turbina essencial ao funcionamento do gasoduto Nord Stream.

Com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia ainda sem fim à vista, o secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, afirma que a Europa está a viver o seu momento mais perigoso desde a II Guerra Mundial devido à guerra na Ucrânia.

“Não devemos assustar nem exagerar, mas temos de deixar claro que estamos a viver a situação mais perigosa na Europa desde a II Guerra Mundial”, disse Stoltenberg na abertura do acampamento de verão da Juventude Trabalhista em Utøya, Noruega.

Já a empresa russa Gazprom disse esta quinta-feira que as sanções aplicadas a Moscovo, devido à invasão da Ucrânia, fazem com que seja “impossível” o regresso de uma turbina, da Siemens, essencial ao funcionamento do gasoduto Nord Stream.

Numa nota, a empresa disse que “os regimes de sanções impostos pelo Canadá, União Europeia e EUA, bem como a discrepância entre a situação atual e as obrigações contratuais existentes da parte da Siemens fazem com que seja impossível a entrega” da turbina.

Nas últimas semanas os países europeus têm indicado que acreditam que Moscovo está à procura de um pretexto para atrasar o regresso da turbina e reduzir ainda mais as entregas de gás, no contexto das tensões em torno da Ucrânia.

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Hoje nas notícias: Cativações, seca e dívida pública

  • ECO
  • 4 Agosto 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Banco central compra 1.370 milhões de euros de dívida pública portuguesa em junho e julho deste ano. Entidades da Administração Pública que gastaram menos em bens e serviços durante a pandemia registam agora mais verbas cativadas. Cinco autarquias admitem cortes de água à população devido à seca. Saiba o que marca as manchetes da imprensa portuguesa esta quinta-feira.

BCE compra 1.370 milhões de euros em dívida portuguesa desde junho

O Banco Central Europeu (BCE) está a utilizar os montantes recebidos da amortização de títulos de dívida adquiridos nos últimos anos para comprar nova dívida emitida pelos países do sul, sendo que Portugal foi beneficiado com compras líquidas de 1.370 milhões de euros em junho e julho deste ano. A medida do BCE surge após a entidade acabar com as compras líquidas de dívida para o total da Zona Euro, embora esteja a reinvestir em dívida pública nos países periféricos, como Itália, Espanha, Grécia e Portugal, em resposta à ameaça de escalada das taxas de juro destes países e ao risco de “fragmentação” (agravamento dos spreads entre os juros destes países e as bunds alemãs, por exemplo).

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Cativações penalizam serviços mais afetados pela pandemia

Os organismos da Administração Pública que gastaram menos na aquisição de bens e serviços em 2020, devido à pandemia e às medidas de confinamento, são os que registam agora mais verbas cativadas. Segundo os responsáveis dos organismos públicos afetados, o ano de referência para calcular se as verbas orçamentadas ultrapassam os valores definidos no passado é 2020, um ano marcado pela aplicação de medidas de restrição, sendo que a despesa para 2022 supera largamente a despesa durante a pandemia. Uma despesa está cativada quando, apesar de aprovada pelo Orçamento do Estado, fica congelada mediante autorização do Ministério das Finanças.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Emigrantes arriscam ficar sem acesso a jogos da Liga

A apenas um dia do arranque da Liga de futebol, a RTP ainda não chegou a acordo com a Sport TV para a transmissão de um jogo por jornada do Benfica, Porto ou Sporting na RTP Internacional. Sem um entendimento, os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo arriscam, pela primeira vez desde que a principal competição do futebol nacional deixou de ser transmitida em Portugal em sinal aberto, ficar sem a possibilidade de assistir aos jogos das equipas portuguesas gratuitamente.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Lidl vai “investir 200 milhões de euros” em Portugal este ano

O Lidl quer continuar a apostar em Portugal e, para isso, tem disponíveis 200 milhões de euros para investir este ano. São mais 20 milhões de euros do que no ano anterior. Deste montante, cerca de 125 milhões serão aplicados nas lojas que a cadeia tem espalhadas pelo país, desde remodelações, modernizações e novas aberturas, revelou o CEO, Alexander Frech. Também estão previstas novas contratações.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Cinco câmaras admitem cortes de água e 23 usam autotanques

Já são cinco as autarquias a admitirem cortes de água à população, pelo menos durante a noite, numa altura de seca e de sensibilização para a escassez da água. São elas Manteigas, Mangualde, São Pedro do Sul, Tabuaço e Vale de Cambra. Há ainda mais de duas dezenas de municípios a abastecerem-se com camiões cisterna, noticia esta quinta-feira o Jornal de Notícias.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Preços do petróleo já desceram quase 12% esta semana

Descida dos preços do barril pode trazer mais um alívio na fatura das famílias e empresas com a compra de combustíveis, caso a tendência de queda se mantenha.

Os preços do petróleo recuperavam ao final da manhã desta quinta-feira, depois do anúncio de um dos aumentos de produção mais tímidos da história do cartel internacional de produtores. Mas a subida não chega para evitar aquela que pode vir a ser a maior queda semanal da matéria-prima desde 1 de abril.

As cotações do barril nos mercados internacionais chegaram a descer no início do dia, mas já subiam por volta das 11h em Lisboa. Nessa altura, os futuros do Brent, referência para as importações nacionais, avançavam 0,63%, para 97,39 dólares por barril. Enquanto isso, o norte-americano WTI somava 0,9%, negociando em cerca de 91,48 dólares.

O mercado continua a pesar na balança sinais díspares. Por um lado, a produção em setembro vai aumentar a um ritmo mais lento do que o decidido para julho e agosto, e, esta quinta-feira, a saudita Aramco decidiu aumentar os preços do petróleo no mercado asiático para valores recorde, segundo a Bloomberg.

Mas, por outro lado, os investidores estão a digerir a notícia de que as reservas de crude e de gasolina dos EUA aumentaram inesperadamente na semana passada. E há fortes sinais de desaceleração económica ao nível mundial, que trazem ecos de uma travagem na procura por combustíveis e outros derivados.

Evolução do preço do Brent

Ainda assim, mesmo com a subida dos preços desta quinta-feira, a matéria-prima poderá registar uma das maiores quedas semanais desde o início de abril. Desde segunda-feira, o Brent acumulou uma perda de quase 12%, que pode trazer mais notícias positivas para as famílias, aliviando um dos fatores que têm alimentado a inflação.

Na quarta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu promover um aumento de produção em setembro de apenas 100 mil barris diários. É um dos ritmos mais baixos da história do cartel, o que representou uma derrota diplomática para a Casa Branca.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, visitou a Arábia Saudita recentemente na expectativa de convencer Riade a aumentar a produção num volume capaz de pressionar os preços dos combustíveis (pelo contrário, a Rússia, aliada dos países exportadores, tem interesse em que os preços se mantenham elevados).

(Notícia atualizada às 11h13)

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Lidl tem 200 milhões para investir em Portugal este ano. Vai recrutar 120 pessoas

  • ECO
  • 4 Agosto 2022

Do investimento previsto, 125 milhões de euros vão destinar-se à intervenção em lojas, desde "remodelações, modernizações e novas aberturas", adianta o CEO do Lidl Portugal.

O Lidl Portugal tem 200 milhões de euros disponíveis para investir no país este ano, adiantou o CEO da cadeia alemã, Alexander Frech, em entrevista ao Jornal de Negócios. São mais 20 milhões de euros do que no ano passado, estando também prevista a contratação de mais trabalhadores.

“Queremos continuar a investir no país, de norte a sul, de forma a continuar a ganhar proximidade com os portugueses e levar-lhes a máxima qualidade ao melhor preço. Desta forma, em 2022, vamos investir no país cerca de 200 milhões de euros”, adiantou Alexander Frech, detalhando que, desse valor, “125 milhões se destinam à intervenção” em lojas, desde “remodelações, modernizações e novas aberturas”.

O grupo alemão pretende “intervir em cerca de 25 lojas, das quais seis serão novas”. O objetivo é dar aos clientes “uma experiência de compra cada vez mais satisfatória” e contribuir “de forma ativa para a reabilitação urbana” do país. O CEO do Lidl Portugal adiantou ainda que pretendem criar cerca de 120 novos postos de trabalho, um número que exclui o recrutamento em loja.

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Semana de 4 dias, sextas-feiras livres, 32 horas e o que o flop da Telefónica nos diz sobre o futuro do trabalho

Semana de quatro dias, sexta-feira à tarde livre, semana de 32 horas. As empresas estão a desenvolver várias estratégias para desenhar o futuro do trabalho.

A Feedzai retoma este agosto a semana de quatro dias. Um regresso com ajustes, enquanto outras empresas avançam com estratégias distintas para promover um maior equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho como a sexta-feira à tarde livre ou a semana de 32 horas. Opções que dão que pensar quando a tentativa de avançar com uma semana de quatro dias na Telefónica se revelou um flop junto dos trabalhadores: apenas 2% de um total de 18.000 se mostrou disponível a adotar este modelo em troca de um corte salarial de 16%.

Na Feedzai, o ajuste, neste segundo ano em que a companhia avançou com a semana de quatro dias apenas durante o mês de agosto, não passou pelo corte de salário ou pelo aumento do número de horas ao longo da semana para ‘compensar’ a redução da semana laboral. “Continuamos comprometidos em dar (aos nossos colaboradores) a semana de quatro dias de trabalho em agosto. Decidimos avançar porque queríamos uma boa forma de demonstrar o nosso compromisso com o work-life balance“, justificava, em maio, Dalia Turner, vp people da Feedzai, em declarações à Pessoas.

O motivo para adotar esta medida na unicórnio era simples. “As pessoas não estavam a tirar férias e é uma excelente forma visual de dizer que queremos que tirem tempo para si. E as pessoas começaram a tirar mais férias no verão, precisamente o que pretendíamos. Regressam mais frescas, há um aumento de produtividade, não vimos nenhuma redução de produtividade nesse período em que as pessoas estavam a trabalhar quatro dias por semana”, diz Dalia Turner. “Penso que é uma boa iniciativa.”

Não foi essa a estratégia da Telefónica. Depois do sucesso do piloto com 150 colaboradores, a operadora espanhola negociou com os sindicatos a abertura deste modelo aos restantes 18.000. Para usufruir da redução da jornada de trabalho das 37,5 horas para 32 horas, os trabalhadores sofrem um corte proporcional no seu salário, com a empresa a bonificar 20%, o que se traduzia, na prática, numa perda de 16% na sua remuneração. Apenas 2% disse sim. Num momento em que a economia dá sinais de uma séria travagem e a inflação atinge picos históricos, entre trabalhar menos horas e um corte de salário a opção parece ter sido apenas uma: proteger os rendimentos.

Trabalhar menos e melhor

A operadora espanhola não é a única a afastar-se do modelo ‘clássico’ da semana de 4 dias, que defende redução de horas de trabalho, sem corte nos rendimentos — em Espanha, a Desigual, por exemplo, já avançou com um modelo com contornos semelhantes — e, em Portugal, apesar de inquéritos darem conta do interesse do talento na adoção de uma semana de trabalho mais curta, há quem tenha sérias dúvidas sobre se essa disponibilidade manter-se-ia em caso de corte salarial.

“Para Portugal, o corte salarial para 80% dos trabalhadores não pode estar em cima da mesa. Com um salário mediano de 800 euros, quando 50% dos trabalhadores ganham menos de 800 euros, isso não é uma possibilidade. Há formas de ajustamento que evitam este corte salarial”, considera o economista Pedro Gomes, reader na Birkbeck, University of London e autor de “Sexta-Feira é o Novo Sábado”. Quais? Os ganhos de produtividade obtidos com a medida ou “no limite, uma hora a mais (de trabalho por dia), ou seja, passar para as 36 horas compensa metade do ajustamento”, defende.

Em Portugal, a Feedzai não é a única a avançar com novos modelos de organização do trabalho para lá do remoto ou do híbrido. A PHC anunciou a intenção de dar 12 sextas-feiras por ano aos colaboradores e a Doutor Finanças — que no ano passado avançou com um piloto da semana de quatro dias — este ano está a propor uma semana de trabalho de 32h em vez das 40h tradicionais.

Para Portugal, o corte salarial para 80% dos trabalhadores não pode estar em cima da mesa. Com um salário mediano de 800 euros, quando 50% dos trabalhadores ganham menos de 800 euros, isso não é uma possibilidade. Há formas de ajustamento que evitam este corte salarial.

Pedro Gomes

Reader na Birkbeck, University of London

Na dona do Continente, a MC, a opção para dar mais flexibilidade aos trabalhadores passou por dar a sexta-feira à tarde livre, desde que trabalham mais uma hora de segunda a quinta-feira. Opções que estão a ser adotadas por empresas de menor dimensão, como é o caso da Onya Health. Até 26 de agosto na agência de comunicação especializada no setor da saúde do Porto as sextas-feiras à tarde são livres. Após este período, a consultora pretende recolher feedback e avaliar o impacto da medida na vida dos colaboradores, assim como na produtividade.

E esse é o ‘verdadeiro’ tema: produtividade. Trabalhar melhor e não mais horas. Na Noruega e Dinamarca trabalha-se menos do que as 40 horas semanais e estão no top 10 dos países mais produtivos do mundo. E o piloto da semana de 4,5 dias levado a cabo no ano passado nos Emirados Árabes Unidos com os funcionários públicos revela dados promissores: 70% reporta estar a trabalhar de forma mais eficiente; registou-se uma queda de 55% no absentismo e 71% diz estar a passar mais tempo com a família, revelou, em maio, um responsável governamental num debate do World Forum Economic.

“Se a discussão se centrar apenas em se as empresas conseguem produzir o mesmo em quatro dias do que em cinco estamos a ignorar que há muita atividade económica que vai nascer do tempo de lazer”, argumenta Pedro Gomes.

Não se trata “simplesmente de cortar as horas”, defende o economista, é uma “oportunidade para reorganizar a empresa”. “É exatamente essa oportunidade de reestruturação que seria tão importante para as empresas portuguesas.”

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PRR obriga Estado a fazer mudanças orgânicas

Por causa do PRR, o Governo já mexeu, pelo menos, em dez serviços e organismos públicos ao nível das direções. Mas assim também garantiu melhorias salariais nas equipas.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está a obrigar o Estado a fazer mudanças na sua orgânica. A mais recente foi na Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), publicada esta quarta-feira em Diário da República, mas o Governo já mexeu, pelo menos, em dez serviços e organismos públicos ao nível das direções. E, assim, também garantiu melhorias salariais nas equipas.

De acordo com um levantamento feito pelo ECO, em quatro entidades houve uma redução dos conselhos diretivos e em três um aumento e noutras três as regras foram revistas para permitir valorizações salariais. As alterações introduzidas, muitas já datam de maio, visam reforçar as componentes informáticas e de recolha de dados, pontos fundamentais para assegurar uma monitorização do PRR, no qual os desembolsos estão dependentes do cumprimento de metas e marcos.

Por exemplo, o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo passou a ser dirigido por um diretor, coadjuvado por um subdiretor – cargos de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente –, um cargo que não existia anteriormente. Também o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, que foi equiparado a entidade pública empresarial no âmbito das suas atribuições na área da gestão dos sistemas e tecnologias de informação da Justiça, podendo passar a recrutar técnicos e especialistas de informática, ganhou um vice-presidente passando o conselho diretivo a constituído por um presidente, um vice-presidente e dois vogais.

Mas na esfera do Ministério da Justiça, a Direção-Geral da Política de Justiça perde um subdiretor-geral, ou seja, o diretor-geral passou a ser coadjuvado por dois subdiretores-gerais, com cargos de direção superior de 1.º e 2.º graus, respetivamente. Esta direção tem por missão prestar apoio técnico, acompanhar e monitorizar políticas, organizar e fomentar o recurso aos tribunais arbitrais, aos julgados de paz e a outros meios extrajudiciais de resolução de conflitos, e é responsável pela informação estatística da área da Justiça.

Situação idêntica na Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência que passou a ser liderada por um diretor-geral e um subdiretor-geral, e não dois como até aqui.

Sob a alçada do ministro João Costa está também o Instituto de Gestão Financeira da Educação que garante a programação, a gestão financeira e o planeamento estratégico e operacional das áreas governativas da ciência, tecnologia, ensino superior e educação, mas neste caso o conselho diretivo passou a contar com um vice-presidente além do presidente e dois vogais.

Na Direção-Geral do Património Cultural, a opção foi reduzir para três os subdiretores gerais, numa alteração que visava a operacionalização dos investimentos previstos no PRR em matéria de requalificação do património cultural imóvel, bem como no domínio da transição digital, em particular no desenvolvimento e monitorização de soluções tecnológicas de acesso às coleções, arquivos e bases de dados da responsabilidade da Direção-Geral do Património Cultural. Mas ainda assim foi necessário promover mais alterações.

Finalmente, o IAPMEI, que tem um papel fundamental na gestão dos sistemas de incentivo ao investimento empresarial e ajudar a promover a adoção de tecnologias digitais avançadas por parte das empresas perdeu um vogal não executivo, passando o conselho diretivo a ser composto por um presidente, um vice-presidente e dois vogais.

Mas houve necessidade de mexer noutros organismo como o Instituto de Informática, que foi equiparado a entidade pública empresarial, no âmbito das suas atribuições de construção, gestão e operação de sistemas aplicacionais e de infraestruturas tecnológicas nas áreas de tecnologias de informação do Ministério do Trabalho e Segurança Social e até na própria Direção-Geral do Orçamento, organismo essencial à gestão financeira pública e à boa implementação da Lei de Enquadramento Orçamental e concretização do PRR, a que é atribuída a responsabilidade de coordenação de um centro de competências para a gestão financeira pública.

E para que as equipas possam responder aos desafios, que resultam da execução do PRR, da Estratégia para a Inovação e Modernização do Estado e da Administração Pública 2020-2023 e do Plano de Ação para a Transição Digital de Portugal, há valorizações salariais. Por exemplo, na Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental o seu coordenador e responsável técnico são equiparados a cargos de direção superior de 1.º e 2.º grau, respetivamente e na Direção-Geral de Política do Mar aos chefes de equipas multidisciplinares é atribuído um estatuto remuneratório equiparado a chefe de divisão.

E no Centro de Gestão da Rede Informática do Governo, que passa a ter a responsabilidade pela gestão do Portal do Governo, os técnicos têm uma remuneração base fixada entre as posições remuneratórias previstas para a categoria e carreira de técnico superior, tendo em conta “a natureza e complexidade das funções exercidas, a experiência profissional e as habilitações académicas”.

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Falhou o prazo para levantar cheque com apoio de 60 euros? Saiba como o recuperar

Se deixou passar o prazo para levantar o vale postal, pode ir ao serviço de atendimento da Segurança Social, com o vale não levantado, e solicitar a sua reemissão, diz ao ECO o Ministério do Trabalho.

A segunda tranche do apoio de 60 euros para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços dos bens alimentares de primeira necessidade já está a pagamento desde 22 de julho para os beneficiários da tarifa social de energia. E este mês, em data a anunciar, deverá começar a ser paga às famílias que já recebem uma prestação social mínima. Há quem não receba esta prestação diretamente na conta bancária e por isso é-lhes enviado um vale postal que tem de ser levantado numa estação dos CTT no prazo de um mês. E se deixar passar o prazo?

O ECO questionou o Ministério do Trabalho e da Segurança Social sobre qual o procedimento que deve ser seguido nestes casos.

No caso de deixar passar o prazo para levantar o vale postal, o beneficiário pode dirigir-se ao serviço de atendimento da Segurança Social, com o vale não levantado, e solicitar a sua reemissão”, explica fonte oficial da pasta liderada por Ana Mendes Godinho. “No serviço de atendimento é disponibilizado o formulário PA25 que poderá ser preenchido e entregue nas caixas verdes de ‘entrega de documentos’, disponíveis nos serviços de atendimento”, acrescenta a mesma fonte.

No entanto, quem não se poder deslocar a um centro de atendimento pode descarregar este mesmo formulário do site da Segurança Social em www.seg-social.pt » formulários (Formulário “Requerimento Meios de Pagamento – Devolução, pedido de reemissão ou pedido de fotocópia”). Basta depois enviar o formulário devidamente preenchido, juntamente com o vale não levantado, para a morada dos serviços de atendimento da Segurança Social da área de residência.

Para evitar este tipo de constrangimentos, a Segurança Social pede aos beneficiários de prestações sociais para procederem à atualização dos seus dados pessoais, através da Segurança Social Direta ou no Serviço de Atendimento da Segurança Social da área de residência.

Na Segurança Social Direta, no menu “Perfil”, deve ser selecionada a opção “Dados Pessoais”, seguido de “Atualizar Contactos”. Depois deve verificar o email de contacto e selecionada a opção “Conta Bancária” para atualizar os dados referentes ao IBAN. Mas quem já dispõem de identificação de IBAN na Segurança Social deve receber o pagamento através de transferência bancária. Caso isso não aconteça, então há que contactar os serviços porque existe algum erro.

Finalmente, no caso dos beneficiários que recebem este apoio por vale postal, mas não se podem deslocar à estação dos CTT mais próxima, “é possível autorizar outra pessoa a levantar um Vale Postal”, esclarece a Segurança Social. “Para o efeito, o beneficiário pode endossar o vale postal a terceira pessoa ou passar-lhe uma procuração na qual inclua a identificação do representante e a indicação expressa de que este pode, em sua representação, levantar o vale postal”, conclui fonte oficial.

O apoio de 60 euros foi anunciado no final de março e começou a ser pago no mês seguinte. Inicialmente destinava-se apenas às pessoas abrangidas pela tarifa social de eletricidade mas, em abril, foi alargado aos beneficiários de outras prestações sociais mínimas. Para esses o apoio chegou no mês seguinte. Perante a persistente escalada dos preços – em julho a taxa de inflação foi de 9,1%, o valor mais elevado desde novembro de 1992 — o primeiro-ministro anunciou, a 22 de junho, que o apoio iria ser prorrogado por mais três meses, o que gerou alguma confusão.

O cálculo é feito para esse período, mas o pagamento é único, primeiro para os beneficiários da tarifa social de energia e depois para os restantes beneficiários de prestações sociais mínimas. A meta é abranger cerca de um milhão, o que irá custar aos cofres do Estado 128 milhões de euros.

Em setembro, o primeiro-ministro deverá anunciar um novo pacote de medidas porque o “efeito o inflação vai ser mais duradouro”, disse António Costa, durante o debate do Estado da Nação.

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