PwC renova sede em Portugal. Tem mais de 400 posições em aberto

Consultora adotou em Portugal um modelo de trabalho híbrido, tendo o espaço de escritório em Lisboa sido adaptado a essa nova forma de trabalhar.

A PwC renovou o escritório de Lisboa da consultora, preparando-o para os 1.200 colaboradores que estão a trabalhar neste espaço em modelo híbrido. A consultora tem 400 posições em aberto para o mercado nacional, adiantou fonte oficial da PwC à Pessoas.

A consultora não adianta o valor investido na remodelação da sua sede, situada no Palácio Sottomayor, em Lisboa, levada a cabo pela portuguesa OpenBook Architecture, corporizando os contributos do inquérito realizado junto aos colaboradores da PwC para que identificassem as principais necessidades e pontos de melhoria.

“Uma grande maioria apontou a desatualização do fit-out, outrora existente, dos pontos de vista estético e da organização do espaço. Adicionalmente, questões como a elevada percentagem de espaços fechados em gabinetes e/ou sem luz natural, ausência de espaços de trabalho colaborativo e a necessidade de atualização da sinalética e brand PwC foram fatores identificados no inquérito realizado e tidos em conta nos trabalhos de remodelação”, refere a companhia.

O espaço agora remodelado reflete esses contributos. “Existe uma diversidade enorme de necessidades de ocupação do espaço dentro da PwC. E isso tem muito a ver com o tipo de trabalho que as pessoas e as equipas realizam ao longo do dia. Por esta razão, o projeto incorporou uma grande tipologia de espaços a usar: postos de trabalho em open space, salas de reunião fechadas, salas para reuniões one-to-one, phone boots, zonas de trabalho colaborativo, áreas para reuniões informais, e zonas plug-and-work“, descreve Paulo Ribeiro, partner da PwC e responsável pelo acompanhamento dos trabalhos de remodelação realizados, citado em comunicado.

“A ideia chave é que cada uma das pessoas e das equipas tenham a flexibilidade de escolher qual o espaço que melhor se adequa ao trabalho que têm para realizar durante aquele determinado dia. Por outro lado, para facilitar esta flexibilidade e otimizar a ocupação do espaço, desenvolvemos uma tecnologia que permite efetuar a gestão da ocupação desses mesmos espaços”, acrescenta.

“Outro dos aspetos identificados como muito relevantes para as nossas pessoas prende-se com o conforto térmico e acústico, com a luminosidade e com a qualidade do ar do espaço. Para além da renovação integral da nossa estrutura de AVAC, que já estava pensada, decidimos instalar um sistema que faz a monitorização online de todas aquelas dimensões. Esta monitorização contínua permitirá à equipa de office management gerir o espaço com conhecimento baseado em dados reais e definir as iniciativas que permitam aumentar os níveis de conforto, quando devidamente diagnosticado”, refere ainda o partner da PwC.

Colaboradores em regime híbrido

Composto por sete pisos, distribuído por cerca de 8.000 m2, o espaço apresenta agora um novo layout que procura acomodar um conceito de trabalho colaborativo e ágil, para um universo de 1.200 colaboradores, que adotarão um regime de trabalho híbrido, que combina tempo em casa, no escritório e nas instalações dos clientes, “flexível em função das necessidades pessoais e dos projetos.

O modelo híbrido adotado pelos cerca de 1.800 colaboradores da PwC em Portugal — a empresa tem ainda um escritório no Porto — passa por três dias no escritório e dois em casa, precisa fonte oficial à Pessoas.

E será o modelo adotado pelos futuros colaboradores que a consultora conta recrutar ainda este ano. “Neste momento, fruto do reconhecimento do talento português e do trabalho realizado no mercado pelos clientes temos mais de 400 posições em aberto“, adianta fonte oficial da PwC à Pessoas, recordando que os colaboradores em Portugal prestam serviços para outros mercados como Inglaterra ou Médio Oriente.

Os perfis pretendidos (cada qual com várias vagas) podem ser consultados na página no LinkedIn da consultora, bem como no site da empresa (na área carreiras) que para recrutar o talento está igualmente a recorrer a empresas recrutadoras a operar no mercado.

Desde janeiro que a PwC tem a operar um novo centro de excelência. O hub arranca com cerca de 100 colaboradores especialistas em projetos de transformação SAP, mas a consultora espera chegar às três centenas de colaboradores.

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Transporte aéreo de carga superou nível pré-pandemia em novembro

Movimento de mercadorias nos aeroportos nacionais cresceu 1,2% em novembro face a 2019, seguindo a tendência internacional. Preços também estão a aumentar.

O número de passageiros nos aeroportos nacionais está a crescer de forma significativa face a 2020, mas continua muito longe dos números anteriores à Covid-19. O mesmo não acontece no transporte aéreo de carga, que em novembro superou, pela primeira vez, os níveis pré-pandemia.

O transporte de mercadorias nos aeroportos nacionais cresceu 36,3% no penúltimo mês do ano passado, quando comparado com o período homólogo de 2020. E, pela primeira vez desde a chegada do novo coronavírus, ficou também acima do mesmo mês de 2019, com um crescimento de 1,2%, indicam dados da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Este marco acontece naquela que é a “época alta” do transporte aéreo de mercadorias, entre outubro e as primeiras semanas de dezembro, em antecipação à Black Friday e ao Natal, e segue a tendência internacional de crescimento deste mercado. Os últimos dados da IATA, relativos a outubro, dão conta de um crescimento de 9,4% nas toneladas-quilómetro a nível global face aos níveis de 2019, depois de crescer 9,1% em setembro e 7,5% em agosto.

O aumento no transporte de mercadorias por avião tem sido atribuído à falta de resposta do transporte marítimo e à pressão sobre as empresas para encurtarem o prazo de entrega dos produtos, face às exigências dos consumidores. Não são apenas os volumes que têm aumentado, os preços também. As tarifas cobradas pelas companhias aumentaram em outubro (3,3%) pelo quarto mês consecutivo, superando o pico de maio de 2020.

A IATA alerta, no entanto, que os problemas nas cadeias de abastecimento e a falta de componentes, como microprocessadores, podem ditar uma quebra na produção industrial e no comércio de bens, com impacto negativo no transporte de carga.

A evolução registada em Portugal no mês de novembro deve-se sobretudo ao aumento de 2,4% face a 2019 registado no Aeroporto Humberto Delgado, que naquele mês representou 73% do movimento total. No Francisco Sá Carneiro (20% do total), os volumes ainda ficaram 4,4% abaixo.

Apesar de novembro ter ficado acima dos níveis pré-pandemia, no conjunto de 2021 os números ainda ficam aquém. Os últimos dados do INE indicam que o transporte de carga e correio cresceu 29,6% nos primeiros 11 meses de 2021 para 171 mil toneladas, um volume inferior em 10,5% face ao mesmo período de 2019.

No transporte de passageiros o crescimento face a 2020 foi de 31,8%, para 22,9 milhões de passageiros, número ainda 59,2% abaixo de 2019.

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Sonae entra no índice Bloomberg para a igualdade de género

Grupo liderado por Cláudia Azevedo junta-se a outras sete cotadas - Jerónimo Martins, Galp, EDP, EDP Renováveis, REN, NOS e BCP - no índice de transparência e boas práticas na igualdade de género.

A Sonae foi selecionada para integrar o Bloomberg 2022 Gender-Equality Index (GEI), que inclui na edição deste ano um total de 418 empresas de meia centena de setores — o financeiro, tecnológico e das utilities são os mais representados — e provenientes de 45 países e regiões, com uma capitalização bolsista combinada de 16 biliões de dólares (14,2 biliões de euros).

O grupo nortenho liderado por Cláudia Azevedo junta-se assim à NOS, à REN e a outras cotadas portuguesas, como a Jerónimo Martins, a Galp, a EDP, a EDP Renováveis ou o BCP, que já faziam parte da anterior edição deste índice que visa replicar o desempenho das empresas de capital aberto comprometidas com a prestação de informação transparente sobre as suas práticas e políticas relativas à igualdade de género.

Liderança feminina e pipeline de talento; igualdade de remuneração e paridade salarial; cultura inclusiva; políticas de prevenção contra o assédio sexual; ser uma marca pró-mulher. São estes os cinco pilares de desempenho avaliados no índice, num total superior a 70 indicadores, neste projeto da Bloomberg. Com a multinacional de origem retalhista sediada na Maia a distinguir-se, em particular, nos três primeiros indicadores e a alcançar uma pontuação global de 78%.

Assumimos o compromisso de 39% das posições de liderança serem ocupadas por mulheres até 2023. Esta decisão implica agir no imediato em diferentes etapas da carreira das nossas colaboradoras.

João Günther Amaral

Membro da comissão executiva da Sonae

Na edição de 2022, a pontuação média no GEI foi de 71%. A análise feita às 418 participantes, entre as quais algumas das principais empresas do mundo — as que têm uma capitalização de mercado de mil milhões de dólares são elegíveis para a inclusão no índice –, mostra que as mulheres ocupam 31% das cadeiras nos conselhos de administração. 72% têm um diretor para a área da diversidade e da inclusão (Chief Diversity Officer ou equivalente) e 61% exigem que a lista de candidatos para cargos de gestão seja equilibrada em matéria de género.

Sonae Tech Hub

Falando num “equilíbrio de direitos, liberdades e oportunidades”, João Günther Amaral, membro da comissão executiva, lembra que a Sonae assumiu há três anos o compromisso de ter 39% das posições de liderança ocupadas por mulheres até 2023 e que essa decisão “implica agir no imediato em diferentes etapas da carreira das colaboradoras” do grupo.

“Integrar este índice de referência mundial é um reconhecimento importante do progresso que já alcançámos e vem reforçar a nossa confiança em continuar este caminho pela igualdade”, acrescentou o administrador da Sonae, citado num comunicado enviado às redações esta quarta-feira.

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Miguel Almeida, presidente executivo da NOSHugo Amaral/ECO

Também a NOS se estreia neste índice em 2022, reclamando que a inclusão no GEI reforça o compromisso “para com a igualdade de tratamento e de oportunidades entre todas as suas pessoas, e para com a eliminação de qualquer tipo de discriminação em função do sexo”. Objetivos que diz estarem materializados no Plano para a Igualdade de Género 2022 e na Declaração de Compromisso para a Diversidade e Inclusão da empresa de telecomunicações.

“Os princípios da igualdade, diversidade e inclusão assumem um papel central na estratégia de recursos humanos da NOS, estando intrinsecamente relacionados com a evolução, crescimento e diversificação do nosso negócio. Apostamos na captação e retenção dos melhores talentos e promovemos a igualdade de oportunidades, independentemente do género. Estamos muito conscientes do impacto que estas práticas têm na valorização das nossas pessoas e esta distinção incentiva-nos evoluir cada vez mais”, resume Miguel Almeida, CEO da NOS.

Num mundo tão dinâmico e em permanente mudança, é essencial para o sucesso que as empresas acolham a diversidade, e em particular a igualdade de género.

Andy Brown

CEO da Galp

Já Andy Brown, CEO da Galp, que volta a fazer parte do índice este ano, concorda que “num mundo tão dinâmico e em permanente mudança, é essencial para o sucesso que as empresas acolham a diversidade, e em particular a igualdade de género”. “Estamos determinados a melhorar continuamente e o GEI permite-nos acompanhar o progresso que fazemos e prestar contas por ele”, conclui o líder da empresa energética.

JM e BCP a subir na classificação

A metodologia do GEI assenta na ponderação de dois fatores: 30% para disclosure (divulgação de informação) e 70% para data excellence (desempenho). No conjunto das duas dimensões, a Jerónimo Martins obteve este ano uma classificação de 71,55%, que representa uma subida de 6,5 pontos face à última edição.

Para Susana Correia de Campos, Head of Corporate Employee Relations do Grupo Jerónimo Martins, este resultado “atesta a consistência” com que esta área é trabalhada no seio da retalhista que detém o Pingo Doce (Portugal) ou a Biedronka (Polónia) e que este “é um trabalho diário de melhoria contínua num grupo que [se] orgulha de ter 68% dos cargos de gestão ocupados por mulheres”.

É um trabalho diário de melhoria contínua num Grupo em que nos orgulhamos de ter 68% dos cargos de gestão ocupados por mulheres.

Susana Correia de Campos

Head of Corporate Employee Relations do Grupo Jerónimo Martins

Já o Millennium BCP integra o Bloomberg Gender-Equality Index pelo terceiro ano consecutivo e é o único banco português na lista. A instituição financeira sublinha que o compromisso com todos os critérios ESG (environmental, social and corporate governance) está espelhado na evolução da classificação neste ranking: 77,79% em 2020, 78,11% em 2021 e 80,76% em 2022.

“Sermos referenciados à escala global numa matéria tão relevante é um orgulho para os profissionais do Millennium BCP e constitui um claro sinal do empenho do banco em criar uma cultura empresarial que promove a igualdade de oportunidades, premeia o mérito e a qualidade do trabalho em equipa”, salienta Miguel Maya, citado numa nota de imprensa.

Miguel Maya, presidente do Millennium BCPANTÓNIO COTRIM/LUSA

O presidente da comissão executiva frisa ainda que “uma organização que valoriza a diversidade e a equidade de condições independentemente de género, raça, religião ou orientação sexual, está seguramente mais bem preparada para interpretar novos contextos e desafios, bem como para respeitar e corresponder às necessidades dos clientes num mundo complexo, global e diverso”.

(Notícia atualizada às 18:15 com a declaração de Miguel Almeida)

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Produtores de leite reclamam preço do leite indexado aos custos de produção

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Produtores de leite reclamam “aumento imediato” do preço pago ao produtor indexado aos custos de produção, e recorda que o preço do leite nacional esteve 5 cêntimos/litro abaixo da média da UE.

Os produtores de leite reclamaram esta quarta-feira que os governantes imponham à indústria e à distribuição um “aumento imediato” do preço pago ao produtor, a acompanhar os custos de produção, e a criação de um ‘observatório do leite’.

“Os produtores de leite, representados pela Aprolep [Associação dos Produtores de Leite de Portugal], consideram urgente que os governantes tenham uma palavra forte junto da indústria e distribuição para um aumento imediato do preço base a pagar ao produtor para acompanhar os custos de produção”, refere a associação em comunicado.

Adicionalmente, apelam a que o novo Governo formado após as eleições de 30 de janeiro “seja capaz de criar rapidamente um ‘observatório do leite’ e um mecanismo capaz de atualizar os contratos e indexar o preço do leite aos custos de produção”.

No comunicado, a Aprolep recorda que “os produtores de leite portugueses sofreram desde o início de 2021 sucessivos aumentos dos custos com a alimentação das vacas leiteiras, sem que ocorresse o correspondente aumento do preço do leite pago ao produtor”.

“Após sucessivos alertas da Aprolep, o Ministério da Agricultura anunciou a 6 de julho de 2021 que iria apresentar uma ‘proposta de criação’ de uma subcomissão na PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, para ‘monitorização e análise do setor do leite e produtos lácteos’”, lembra.

Meses depois, “a 3 de setembro, foi anunciada a ‘criação de uma subcomissão específica do setor do leite e produtos lácteos, com o objetivo elaborar propostas de intervenção que resolvam a crise e os problemas que afetam atualmente os produtores’”.

“Um ano após termos lançado os primeiros alertas, o prometido relatório foi finalmente divulgado […] e veio confirmar o que tínhamos denunciado: que o preço do leite em Portugal esteve cinco cêntimos/litro abaixo da média da UE [União Europeia] em 2021, que houve uma redução de 90% no número de vacarias ao longo de uma década (entre 2009 e 2019) e podemos acrescentar que, depois, a redução do número de produtores ainda se agravou e os que resistem estão endividados, revoltados e desanimados”, sustenta a associação.

Embora esteja preocupada com a “ausência de dados atualizados sobre os aumentos dos custos de produção registados no último ano”, a Aprolep considera, ainda assim, que este relatório é “um importante diagnóstico e um ponto de partida para mudar a realidade atual da crise” que o setor atravessa.

Neste sentido, afirma-se “disponível para dar o seu contributo para que este documento seja alvo de estudo, debate, reflexão e base para a tomada de medidas urgentes, que deverão ser rapidamente postas em prática”.

Após ter lançado, no início da campanha para as eleições legislativas, uma manada de vacas de cartão em Lisboa a denunciar que “os políticos abandonaram os produtores de leite”, a Aprolep diz que esperava “uma declaração mais concreta do primeiro-ministro em Vila do Conde, zona da ‘bacia leiteira’, no dia seguinte à divulgação do relatório”.

Confrontada com as declarações então feitas por António Costa – “Não estamos cá só quando as vacas estão gordas. Estamos cá porque sabemos que para as vacas estarem gordas é preciso alimentar o gado, é preciso acarinhar o gado, é preciso tratar bem o gado para que o gado engorde” – a associação lamenta: “Não era isso que esperávamos ouvir”.

Segundo salienta, “o que produtores de leite esperam dos vários candidatos é que, para além das referências ao ‘gado’ e ao gato ‘Zé Albino’, venham ao terreno visitar vacarias e reunir com os agricultores, que digam que já leram ou vão ler o relatório da PARCA, que se informem sobre o custo de ‘alimentar o gado’ e que apresentem medidas concretas” que lhes permitam “receber um preço justo pelo leite para viver com dignidade”.

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Apoio aos combustíveis de táxis e autocarros prolongado até final de março

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2022

Apoio aos combustíveis de táxis e autocarros estende-se até 31 de março, com base num valor de 10 cêntimos por litro, e consumos de 380 litros por mês no táxi e 2.100 litros por mês em autocarros.

A autorização do Governo para prolongar até final de março o pagamento de apoios para compensar a subida dos combustíveis a táxis e autocarros, por “não ter sido possível validar um conjunto significativo” de candidaturas, foi publicada esta quarta-feira.

O apoio, criado por resolução em novembro de 2021, não foi executado na totalidade no ano passado, “por motivos de ordem técnica”, segundo o diploma publicado esta quarta-feira, no qual o executivo justifica não ter sido “possível validar devidamente um conjunto significativo de candidaturas, que cumprem os requisitos fixados pela referida resolução do Conselho de Ministros”, aprovada em 12 novembro.

“Para não penalizar” os operadores cujas candidaturas requerem uma validação adicional, o Governo determina que o Fundo Ambiental possa realizar o pagamento do apoio previsto até 31 de março de 2022, após a devida validação da informação reportada e confirmação da elegibilidade dessas candidaturas, bem como autorizar os encargos plurianuais resultantes da despesa.

Os montantes de apoio, suportados pelo Fundo Ambiental, são calculados com base num valor de 10 cêntimos por litro, assumindo consumos de 380 litros por mês no táxi e de 2.100 litros por mês nos autocarros, tendo por referência o período entre 1 de novembro de 2021 e 31 de março de 2022.

O prolongamento do apoio, previsto para 2021, obrigou a uma reprogramação de encargos do Fundo Ambiental, destinando 10,5 milhões de euros de encargos em 2021 e quatro milhões de euros para este ano, não podendo o apoio exceder 2,5 milhões de euros para os táxis e 12 milhões de euros para os veículos pesados de passageiros, das categorias M2 e M3 ou equivalente, licenciados para transporte público.

O ‘apoio extraordinário e excecional ao setor dos transportes públicos de passageiros com vista à mitigação dos efeitos da escalada de preços do combustível‘, segundo o diploma que o criou, em novembro de 2021, é conferido a veículos que utilizem combustíveis fósseis e que comprovadamente tenham a inspeção periódica obrigatória válida.

O acesso ao apoio depende do preenchimento, pelos operadores dos veículos abrangidos, de formulário de inscrição a disponibilizar pelo Fundo Ambiental no seu sítio na Internet e da submissão da informação necessária à operacionalização do apoio.

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Impasse na extradição de Rendeiro. Processo ainda nem foi devolvido a Portugal

A justiça sul-africana está impedida de considerar válida a cópia dos processos enviado por Portugal para sustentar os mandados de detenção devido a uma quebra de selo.

Uma quebra do selo numa cópia dos processos de João Rendeiro pode provocar um impasse na extradição do ex-banqueiro. Em causa está que a justiça sul-africana não considerou válida a cópia dos processos enviado por Portugal para sustentar os mandados de detenção e a devolução desses processos ainda nem foram recebidas pela PGR portuguesa.

Assim, o Ministério Público de África do Sul tenciona devolver o processo a Portugal para que seja validado novamente. Mas, segundo a SIC Notícias, June Marks, advogada de Rendeiro, contestou essa decisão. Na quinta-feira, a advogada estará (pela primeira vez) presente no tribunal sul africano com o seu cliente, João Rendeiro. Mas tudo indica que ainda não é desta que o processo de extradição vai ser iniciado, precisamente por causa desta questão.

Detido em 11 de dezembro na cidade de Durban, após quase três meses fugido à justiça portuguesa, João Rendeiro foi presente ao juiz Rajesh Parshotam, do tribunal de Verulam, que lhe decretou no dia 17 de dezembro a medida de coação mais gravosa, colocando-o em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Westville.

O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.

Segundo a CNN, a defesa já redigiu uma carta que será enviada ao final da tarde desta quarta-feira pela defesa de João Rendeiro à ONU, onde é denunciada a condição de “insalubridade” da prisão onde o antigo líder do BPP está detido.

Na carta que June Stacey Marks, a advogada de João Rendeiro na África do Sul, escreveu a Guterres é explicitado ainda que Rendeiro foi vítima de “tentativas de extorsão”. A situação na prisão de Westville, afirma-se a carta, “é exasperada por criminosos violentos”. Segundo a denúncia, João Rendeiro “está seguro onde está, mas quando forçado a conviver com outros prisioneiros a situação torna-se incontrolável”.

Explicando que o seu cliente tem quase 70 anos e sofre de “um problema cardíaco causado por febre reumática”, a advogada de João Rendeiro sublinha que não há “reais” instalações médicas e que tentou que o ex-banqueiro fosse visto por um cardiologista, mas “não obteve resposta”.

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Quase 27 mil pediram compensação por não terem recebido subsídio de Natal e férias

Foram já registadas 26.984 prestações compensatórias desde que a Segurança Social passou a permitir que sejam pedidas online. Tempo de deferimento caiu de 71 dias em 2021 para três dias em 2022.

O número de prestações compensatórias cresceu, em termos homólogos, quase 500% desde que a Segurança Social passou a permitir que os requerimentos sejam feitos online. Em causa está um apoio que é atribuído aos trabalhadores que não receberam o subsídio de Natal ou de férias por terem estado impedidos de trabalhar por mais de 30 dias seguidos por doença ou parentalidade subsidiadas.

Conforme escreveu o ECO no início do mês, desde 1 de janeiro que já é possível requerer as prestações compensatórias através da Segurança Social Direta, isto é, digitalmente. A Segurança Social explicou na altura que esta nova funcionalidade vinha tornar as etapas de análise e decisão “mais rápidas”, agilizando, assim, a atribuição deste apoio.

Esta quarta-feira, o Instituto da Segurança Social (ISS) vem acrescentar que, para além da “vantagem de registo e acompanhamento do processo”, o novo serviço digital veio também permitir o “cálculo automático” da prestação. “Com este novo serviço digital e o processo de cálculo automático, será possível reduzir o número de prestações compensatórias sujeitas a análise manual por parte da Segurança Social, o que se traduz numa maior rapidez em todo o processo”, é sublinhado, em comunicado.

Reflexo desta agilização é a subida significativa do número de prestações compensatórias verificadas. “Com a abertura do novo serviço digital, foram já registadas 26.984 prestações compensatórias, face às 4.642 registadas em período homólogo”, adianta o Instituto da Segurança Social. Em causa está, pois, um salto de quase 500%.

Quanto ao cálculo automático do apoio, o ISS indica que já foram processadas 22.190 prestações compensatórias de férias e Natal.

Além disso, com este novo serviço, o tempo médio de deferimento do apoio está agora em três dias, quando em 2021 estava em 71 dias.

Segundo frisa a Segurança Social, estas compensações têm de ser pedidas no prazo de seis meses a partir de 1 de janeiro do ano seguinte àquele a que os subsídios eram devidos — até ao final de junho de 2022 para o subsídio de Natal e de férias de 2021 — ou a partir da data do fim do contrato de trabalho, em caso de cessação do contrato.

As prestações compensatórias são equivalentes a 60% do valor dos subsídios de férias e de Natal que a entidade empregadora não pagou, nos casos em que o beneficiário esteve doente (e a receber o subsídio de doença). Já se o beneficiário tiver estado em licença no âmbito da parentalidade (e a receber os respetivos subsídios), a compensação corresponde a 80% do valor “normal” do subsídio de férias e de Natal.

Este apoio, que se destina a trabalhadores por conta de outrem, gerentes e administradores das pessoas coletivas, pode ser acumulado com qualquer outro subsídio atribuído pela Segurança Social.

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Energias renováveis representaram 37,5% do consumo de eletricidade da UE em 2020

  • Joana Abrantes Gomes
  • 26 Janeiro 2022

Em 2020, as energias renováveis representaram 37,5% do consumo bruto de eletricidade na União Europeia (UE), face a 34% em 2019. Portugal (58%) teve a quarta quota mais elevada entre os 27.

As fontes de energia renováveis representaram, em média, 37,5% do consumo bruto de eletricidade na União Europeia (UE) em 2020, mais três pontos percentuais do que em 2019, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Portugal aparece em quarto lugar no conjunto dos 27 Estados-membros, com uma quota de 58%.

Mais de dois terços do total da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis em 2020 eram provenientes de energia eólica e hídrica, que representaram 36% e 33%, respetivamente.

Fonte: Eurostat

O resto da eletricidade proveio de energia solar (14%), biocombustíveis sólidos (8%) e outras fontes renováveis (8%). O Eurostat sublinha que a energia solar é a fonte renovável “com o crescimento mais rápido” no bloco comunitário, visto que, em 2008, representava apenas 1% da eletricidade consumida na UE.

No conjunto dos 27 Estados-membros da UE, o consumo de eletricidade gerada a partir de energias renováveis em 2020 foi mais elevado na Áustria e na Suécia, com 78,2% e 74,5%, respetivamente.

Fonte: Eurostat

Também na Dinamarca (65,3%), em Portugal (58%), na Croácia (53,8%) e na Letónia (53,4%) a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis foi elevada, representando mais de metade da eletricidade consumida nesses países.

Pelo contrário, a quota de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis foi a mais baixa em Malta (9,5%), Hungria (11,9%), Chipre (12%), Luxemburgo (13,9%) e República Checa (14,8%).

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Linha de alta velocidade obriga a nova ponte Porto-Gaia

  • ECO
  • 26 Janeiro 2022

A linha de alta velocidade entre o Porto e Lisboa vai obrigar à construção de uma nova ponte ferroviária entre o Porto e Gaia. Estação de Campanhã será ampliada.

O Porto vai ter uma nova ponte. A nova linha que vai ligar a Invicta a Lisboa vai obrigar à construção de uma nova ponte ferroviária entre o Porto e Vila Nova de Gaia, avança o Dinheiro Vivo, citando fonte oficial da Infraestruturas de Portugal (IP). Esta travessia será necessária para os comboios de alta velocidade e levará ainda à ampliação da estação de Campanhã.

A famosa linha de comboio de alta velocidade, que pretende ligar o Porto a Lisboa em apenas 1h10, prevista arrancar no início deste ano, vai obrigar à construção de uma nova ponte ferroviária no Porto, uma vez que a atual ponte de São João “encontra-se no limite da sua capacidade” e não conseguirá “acomodar o serviço de alta velocidade”, disse fonte oficial da IP àquele jornal.

Além disso, no final da ponte de São João, do lado de Gaia, não é possível inserir, totalmente em curva, uma nova linha de alta velocidade. A nova ponte ficará, assim, localizada entre a ponte de São João e a ponte rodoviária do Freixo, e dará acesso à estação de Campanhã, passando sobre a praia fluvial do Areinho (em Gaia) e os terrenos da Mota-Engil (no Porto). A altura do tabuleiro será abaixo da cota da ponte do Freixo.

A expansão de Campanhã será, assim, ampliada, mas a nível subterrâneo devido à construção do terminal intermodal rodoviário e do projeto de reconversão do antigo Matadouro. Sob a plataforma haverá uma estação abaixo do nível do solo com duas a quatro linhas. No Porto, a estação terminal da alta velocidade será no aeroporto Sá Carneiro, que também terá espaço para acomodar as oficinas de manutenção dos comboios rápidos.

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Sandra Fernandes é a nova presidente da ANJAP

A ANJAP elegeu novos órgãos sociais para o triénio 2022-2024. Sandra Fernandes é a nova presidente da direção nacional e Márcia Martinho da Rosa e José Miguel Vitorino são vice-presidentes.

No passado dia 22 de janeiro os novos órgãos sociais da Associação Nacional dos Jovens Advogados Portugueses (ANJAP) tomaram posse no Salão Nobre da Ordem dos Advogados, em Lisboa. Sandra Fernandes sucede a Filipe Bismarck como presidente da direção nacional.

“A ANJAP pretende neste mandato reforçar a sua posição para uma CPAS mais justa para todos os jovens advogados, reafirmar a sua posição no que se refere à política de justiça e às relações internacionais”, sublinhou Sandra Fernandes.

Sandra Fernandes, advogada na AE – Aeminium Advogados e antiga presidente da direção regional de Coimbra da ANJAP, é a nova presidente da direção nacional, acompanhada pelos vice-presidentes Márcia Martinho da Rosa, advogada na MMR-Legal Services, e José Miguel Vitorino, advogado associado na Vieira de Almeida.

A associação conta também com um novo presidente da Mesa da Assembleia Geral, Francisco Figueira, uma nova presidente do Conselho Fiscal, Daniela Aires dos Santos, com Manuel Ferreira Mendes como presidente da Direção Regional de Lisboa, Filipe Pereira Duarte como presidente da Direção Regional do Porto, Joana Gomes de Freitas como presidente da Direção Regional de Coimbra, Telma Gonçalves à frente da Direção Regional de Évora, Susana Esteves Pires em Faro e João Fagundes Reis nos Açores.

Direção da ANJAP

As eleições para os diversos órgãos nacionais e regionais da ANJAP tiveram lugar no passado dia 10 de dezembro, tendo os novos órgãos sociais sido eleitos para o próximo triénio (2022-2024).

Fundada em 2001, a ANJAP é a maior e mais antiga associação de jovens advogados do país e foi, até ao passado sábado, presidida por Filipe Bismarck.

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FMI pressiona El Salvador a abandonar bitcoin como moeda oficial

Avaliação anual do Artigo IV insta El Salvador a abandonar a bitcoin como moeda com curso legal no país, considerando que existem "grandes riscos" para a estabilidade financeira.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apelou a El Salvador para que deixe de reconhecer a bitcoin como moeda com curso legal no país, considerando que existem “grandes riscos” no uso da criptomoeda para a “estabilidade financeira, integridade financeira e proteção dos consumidores”. A instituição liderada por Kristalina Goergieva também está preocupada com o plano de El Salvador para emitir obrigações usando bitcoin como colateral.

“Desde setembro de 2021, o Governo adotou a bitcoin como moeda com curso legal. A adoção de uma criptomoeda como curso legal, no entanto, acarreta grandes riscos para a integridade financeira e do mercado, estabilidade financeira e proteção dos consumidores. Pode ainda criar passivos contingentes”, escreve o FMI na mais recente revisão do Artigo IV àquele país da América Central, numa altura em que as criptomoedas e a generalidade dos ativos financeiros têm estado sob pressão nos mercados.

O FMI vai mais longe e insta “as autoridades a que reduzam a abrangência da lei da bitcoin ao remover o estatuto de curso legal à bitcoin”. “Alguns responsáveis também expressaram preocupação com os riscos associados à emissão de obrigações com bitcoin como colateral”, acrescenta o documento.

El Salvador está a tentar obter um financiamento de mil milhões de dólares do Fundo. O país foi notícia no ano passado por ser o primeiro em todo o mundo a adotar oficialmente a bitcoin, uma decisão encabeçada pelo Presidente salvadorenho, Nayib Bukele, que tem 40 anos, usa boné e se autointitula “CEO de El Salvador” no Twitter. Apesar da elevada popularidade de Bukele, a medida não foi bem recebida pelos cidadãos e gerou protestos nas ruas.

Segundo o Financial Times (acesso pago), não existem indícios de que a bitcoin esteja a ser usada pelos cidadãos no dia-a-dia. Ainda assim, Bukele tem aplicado dezenas de milhões de dólares de dinheiro público na compra de bitcoin, algo que, para já, tem levado El Salvador a perder dinheiro. Na semana passada, Bukele voltou ao mercado e aplicou 15 milhões de dólares na compra de 410 bitcoins, numa altura em que o preço da criptomoeda afundou para mínimos de seis meses, anunciou no Twitter.

O Presidente de El Salvador tem outros planos para a criptomoeda. Entre eles, quer construir uma “cidade bitcoin” alimentada a energia de um vulcão, parcialmente através da emissão de mil milhões de dólares em obrigações associadas à criptomoeda. A emissão deve acontecer nas próximas semanas, segundo analistas.

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Esta mala tem 135 anos de garantia. Tantos quanto os que faltam para pôr fim à desigualdade salarial

A mala foi criada pela Ownever para chamar a atenção para a desigualdade social, problema que, segundo o World Economic Forum, só terá fim daqui a 135 anos, em 2157.

2157. Poderia ser um número qualquer, mas é o ano em que o problema da desigualdade salarial chegará finalmente ao fim, segundo um estudo da World Economic Forum. Para chamar a atenção para este longo caminho de 135 anos, Eliana Barros, fundadora da Ownever, lançou um novo modelo de mala que tem gravado na lateral este ano. A mala tem também 135 anos de garantia, e foi distinguida pelos Prémios Lusófonos de Criatividade e pela agência SpringWise.

O objetivo deste produto é “alertar” para a desigualdade salarial. “Segundo um estudo do World Economic Forum, apenas existirá paridade entre salários de homens e mulheres em 2157. Nós já não estaremos cá quando se conseguir atingir essa igualdade e isso é assustador e muito triste”, confessa a empresária, em comunicado.

A mala foi premiada nos Prémios Lusófonos da Criatividade, um festival de publicidade que premeia trabalhos publicitários e de comunicação dos países de língua oficial portuguesa. “Foi uma bela surpresa ganhar uma medalha de prata na categoria de ‘Design de Produto’ e uma medalha de bronze na categoria de ‘Responsabilidade Social/Ambiental’ da empresa”, afirma Eliana Barros.

A portuguesa Ownever foi considerada ainda pela agência SpringWise como uma tendência 2022 em “Lifecycle Luxury” pela sua sustentabilidade e proposta slow fashion, a par de marcas internacionais como a Levi’s ou a Rubelli. “Ser um exemplo na área do luxo e da sustentabilidade é uma grande homenagem à Ownever. É um excelente reconhecimento do trabalho e, por isso, o balanço destes primeiros meses da marca é muito positivo”, assume.

Ainda este ano serão lançadas outras edições especiais. Sem querer avançar pormenores, a jovem designer adianta que os próximos modelos vão continuar na mesma linha. “Mais do que tudo são os nossos valores e só faz sentido ser assim. É mais fácil trabalhar naquilo em que acreditamos”, afirma.

A mala focada na desigualdade salarial é feita por artesãs portuguesas, à semelhança de todas as malas das marcas. Além disso, segue o padrão eco-friendly definido na Ownever, recorrendo a bio-leather.

Depois de ter estudado Design do Produto na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e ter trabalhado em marketing digital durante quatro anos, Eliana Barros decidiu dar o passo em março do ano passado, criando a própria marca, a Ownever.

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