Preços do gás natural disparam mais de 5%, para 123 euros por MWh

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Novembro 2022

Desempenho acontece numa altura de procura moderada, face às temperaturas anormalmente amenas que se têm registado nesta época do ano.

Os preços do gás natural na Europa estão a recuperar das perdas dos últimos dias, numa altura em que os comercializadores pesam o potencial de redução da oferta no inverno face às temperaturas anormalmente quentes e uma procura moderada.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em dezembro está esta manhã a subir 5,86%, para 123,05 euros por MWh, depois de ter caído 5,8% na terça-feira. Nos últimos cinco dias acumulou uma queda de 8,03%.

Evolução dos preços do gás natural nos últimos três meses. Fonte: Barchart

Para as próximas duas semanas, esperam-se temperaturas acima do normal na maior parte da Europa ocidental, enquanto o sudeste do continente deverá ter condições mais frias. Estas circunstâncias têm atrasado a procura por aquecimento e reduzido o consumo de gás por parte das indústrias, o que tem proporcionado algum alívio.

As reservas de gás europeias estão quase 95% cheias, servindo como amortecedor para quando o tempo se tornar mais frio. Ainda assim, os decisores políticos estão a ponderar mais medidas para salvaguardar os mercados de potenciais riscos em meses mais frios.

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MAI anuncia reestruturação do SEF em 2023

  • Lusa
  • 2 Novembro 2022

José Luís Carneiro avançou que no próximo ano vai "concretizar-se a reestruturação do SEF, que permite separar as funções policiais de controlo e de gestão de fronteiras e as funções administrativas".

O ministro da Administração Interna anunciou hoje no parlamento que a reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai concretizar-se no próximo ano.

Durante a apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), José Luís Carneiro avançou que no próximo ano vai “concretizar-se a reestruturação do SEF, que permite separar as funções policiais de controlo e de gestão de fronteiras e as funções administrativas de acolhimento, de integração de imigrantes e de asilo”.

No âmbito da extinção do SEF, que foi adiada até à criação da Agência Portuguesa para as Migrações e Asilo (APMA), as competências policiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras vão passar para a PSP, GNR e Polícia Judiciária, enquanto as atuais atribuições em matéria administrativa relativamente a cidadãos estrangeiros passam a ser exercidas pela APMA e Instituto dos Registos e do Notariado.

A extinção do SEF foi decidida pelo anterior Governo e aprovada na Assembleia da República em novembro de 2021, tendo já sido adiada por duas vezes.

O ministro deu também conta de que em 2023 vai concretizar-se “o desenvolvimento e implementação da interoperabilidade de sistemas de controlo de fronteiras no contexto do Sistema de Informação Schengen de Segunda Geração.

Também no próximo ano, segundo José Luís Carneiro, vão ser feitas “as adaptações tecnológicas necessárias à entrada em funcionamento do Sistema de Entradas e Saídas e do Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem”.

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Dívida pública cai para 120,5% do PIB, abaixo da pandemia

Dívida pública baixou para o rácio mais baixo desde o primeiro trimestre de 2020, ou seja, desde a pandemia. E deverá cair para 115% até final do ano, segundo as contas do Governo.

A dívida pública caiu no terceiro trimestre para um valor equivalente a 120,5% do Produto Interno Bruto (PIB), atingindo valores abaixo dos registados antes da pandemia, de acordo com o Banco de Portugal. O rácio deverá cair para 115% do PIB no quarto trimestre, segundo o Governo.

Em março de 2020, a dívida pública estava nos 119,1% do PIB, tendo disparado para 138,3% no início de 2021, por conta dos apoios massivos do Governo às famílias e empresas (que fez aumentar a dívida em termos brutos) e também da queda abrupta da atividade económica devido aos confinamentos e fecho das fronteiras em todo o mundo para evitar a propagação do vírus da Covid-19.

Desde que atingiu esse pico no primeiro trimestre do ano passado, o endividamento do Estado tem vindo a cair de forma considerável e o Governo aponta para que rácio da dívida face ao PIB atinja os 115% no final deste ano – e alcance os 110,8% no próximo ano. Para esta descida vai contribuir o reembolso de um cheque de 8,4 mil milhões de euros que o IGCP realizou no mês passado. O ministro das Finanças já sublinhou o desejo de tirar Portugal do grupo de países com as maiores dívidas públicas na Zona Euro. Apenas Itália e Grécia têm rácios superiores a Portugal.

Dívida pública em queda

Fonte: Banco de Portugal e previsão do Governo para o final do ano.

Almofada reforçada

Segundo o Banco de Portugal, a dívida pública até aumentou 1,6 mil milhões de euros em setembro, totalizando os 279,8 mil milhões de euros. Contudo, a expansão do PIB mais do que acomodou este aumento, permitindo que o rácio baixasse 2,9 pontos percentuais no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

A instituição liderada por Mário Centeno explica que a subida do endividamento público em setembro refletiu “o aumento de responsabilidades em depósitos (900 milhões de euros), sobretudo em certificados de aforro, e as emissões líquidas de títulos de dívida (700 milhões de euros).

Fonte: Banco de Portugal

Por outro lado, os depósitos das administrações públicas aumentaram 3,6 mil milhões de euros. Na prática, as administrações públicas dispõem de uma “almofada financeira” de cerca de 29 mil milhões de euros, a maior desde, pelo menos, o final de 2018, numa altura em que os governos em todo o mundo enfrentam uma subida dos custos de financiamento por causa da subida dos juros do Banco Central Europeu (BCE).

Deduzida dessa almofada, a dívida pública líquida registou um decréscimo de 2 mil milhões de euros em setembro, atingindo os 250,5 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 11h35)

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Taxa de desemprego sobe para 6,1% em setembro

A taxa de desemprego avançou para 6,1% em setembro, um aumento de 0,1 pontos percentuais face ao registado em junho e agosto, mas inferior ao período homólogo.

A taxa de desemprego em Portugal aumentou ligeiramente em setembro para 6,1%, de acordo com os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Trata-se de uma subida de 0,1 pontos percentuais face ao registado em junho e agosto, mas inferior a setembro do ano passado.

“A taxa de desemprego situou-se em 6,1%, valor superior ao de agosto e de junho de 2022 (0,1 p.p. relativamente a ambos os meses) e inferior ao do mês homólogo de 2021 (0,2 p.p.)”, sublinha o gabinete de estatísticas.

A população desempregada aumentou 1,6% em setembro face a agosto para 318,8 mil pessoas (mais 5,5 mil pessoas desempregadas). Relativamente a igual período de 2021, recuou 2,6% (menos 8,3 mil pessoas).

Evolução da população desempregada e taxa de desemprego em Portugal:

Quanto à população empregada, foi estimada em 4.874,7 mil pessoas, isto é, um decréscimo de 0,2% face a agosto (menos 9,3 mil pessoas empregadas), mas um aumento de 0,1% face aos três meses antes. Já face ao igual período do ano passado, a população empregada aumentou 0,8%.

Já a população ativa recuou 0,1% em setembro face ao mês anterior (menos mil pessoas), mas aumentou 0,2% face a junho e subiu 0,6% face a igual período de 2021 para 5.193,5 mil pessoas. O INE explica estes valores com a redução da população empregada, que “superou o aumento da população desempregada”.

Em contrapartida, a população inativa aumentou 0,1% face a agosto, mas encolheu 0,6% face aos três meses anteriores e 2% face ao período homólogo, estando estimada em 2.464,4 mil pessoas. O INE explica estes dados com o “acréscimo do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis nem procuram emprego (9,9 mil; 0,4%)”.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h39)

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Portuguesa Sensei entra na Unicorn Factory Lisboa. Quer voar para cinco países e duplicar equipa

Startup responsável pela tecnologia das lojas sem caixa do Continente é a primeira a integrar o Scaling Up Program. Quer agora voar para cinco novos países e crescer a equipa para 100 pessoas.

A portuguesa Sensei é a primeira scaleup a entrar para o Scaling Up Program da Unicorn Factory Lisboa, que abre candidaturas esta semana, durante a sétima edição da Web Summit. A startup, responsável pela tecnologia da loja sem caixa do Continente, no Arco do Cego, em Lisboa, quer agora voar para cinco novos países e mais do que duplicar a equipa.

“Para a Sensei é muito importante este programa da Unicorn Factory Lisboa, que se destina a apoiar startups já numa fase de crescimento a desenvolver as capacidades necessárias a crescer e a internacionalizar. Já participámos em vários programas de aceleração internacionais e hoje temos a honra de ser a primeira empresa a juntar-se ao primeiro programa em Portugal focado em scaleups”, diz Joana Rafael, COO e cofundadora da Sensei.

Depois de, em 2021, a Startup Lisboa ter atribuído à Sensei o prémio João Vasconcelos – Empreendedor do Ano, a empresa — fundada em 2017 por Joana Rafael, Nuno Moutinho, Paulo Carreira e Vasco Portugal –, acolhe agora a scaleup no seu programa. O acordo foi assinada esta quarta-feira de manhã, no stand da Startup Portugal, Startup Lisboa e Câmara Municipal de Lisboa, na Web Summit.

“Hoje damos este passo com a Sensei, que se tem provado uma das scaleups mais promissoras do ecossistema e que, para além disso, já tem também resultados comprovados com vários clientes como a Galp, parceira estratégica deste programa, e a Sonae”, diz Gil Azevedo, diretor executivo da Startup Lisboa e Unicorn Factory Lisboa, citado em comunicado.

A Sensei –– que usa a inteligência artificial e desenvolve tecnologia baseada em computer vision para criar experiências de lojas autónomas — já recebeu um investimento total de 6,1 milhões de euros (Techstars, Seaya Ventures, Iberis, Bright Pixel, Ideias Glaciares e alemã METRO AG) e, ambiciona agora, entrar em cinco novos países e crescer a sua equipa de 36 para 100 pessoas.

É a primeira a entrar no programa de scaleups da Unicorn Factory Lisboa, uma promessa eleitoral de Carlos Moedas e que foi apresentada na semana passada no Hub Criativo do Beato. O projeto, que tem um orçamento de oito milhões de euros, passa ainda por um programa de soft landing, visando atrair startups internacionais a se instalar em Lisboa. O objetivo é apoiar, por ano, vinte scaleups de elevado potencial.

As candidaturas ficam abertas até ao final do ano e o programa arranca no início de 2023.

Com duração de oito meses, o programa visa dar aos participantes “competências críticas e ferramentas para uma liderança de sucesso, promovendo parcerias chave, networking e execução através de orientação estruturada e apoio de especialistas, mentores e o know-how de uma lista de mais de 30 das empresas mais relevantes em Portugal e de acesso a investimento, de uma rede de mais de 20 investidores.”

Google, Galp, Delta Cafés, Cuatrecasas, Fidelidade, BPI e PwC são os parceiros estratégicos do programa, aos quais se juntam mais de 25 outros parceiros.

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ONU diz que navios com cereais vão partir dos portos ucranianos na quinta-feira

  • Lusa
  • 2 Novembro 2022

Oito navios com produtos agrícolas devem passar pelo corredor dos cereais esta quinta-feira, de acordo com o Governo ucraniano. Rússia suspendeu acordo sobre as exportações no fim de semana.

Navios carregados com cereais partirão dos portos ucranianos novamente na quinta-feira, apesar de a Rússia ter suspendido o acordo correspondente, informou o Centro de Coordenação Conjunta de Istambul (JCC, sigla em inglês).

“As exportações de cereais e alimentos da Ucrânia precisam continuar. Embora nenhum movimento de navios esteja planeado para 2 de novembro sob a Iniciativa do cereal do Mar Negro, esperamos que navios carregados partam na quinta-feira“, declarou o coordenador das Nações Unidas na delegação do JCC, Amir Abdulla, na rede social Twitter.

Momentos depois, o ministro das Infraestruturas da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, também garantiu, na mesma rede social, que “a Iniciativa do cereal do Mar Negro continua”.

Na quinta-feira, oito navios com produtos agrícolas devem passar pelo corredor dos cereais. Recebemos a confirmação das Nações Unidas”, referiu ainda Kubrakov. “Inspeções também serão realizadas no Bósforo na quinta-feira”, acrescentou o ministro ucraniano.

Moscovo suspendeu o acordo, assinado em julho, após um ataque com drones à frota militar russa em Sebastopol, mas até a terça-feira, os cargueiros continuaram a navegar, confirmou o JCC.

O JCC, órgão estabelecido em Istambul e composto por delegados russos, ucranianos, turcos e das Nações Unidas, anunciou na terça-feira que esta continuação é “excecional e temporária” e que no dia 02 de novembro, não são esperados movimentos de navios.

Quando a delegação russa se retirou, as inspeções dos últimos dias foram realizadas apenas com a Turquia e as Nações Unidas, embora a Rússia e a Ucrânia sejam informadas dos resultados, indicou o JCC.

Numa conferência em Ancara, o Ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlüt Çavusoglu, explicou hoje que tinha falado duas vezes com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, para avaliar os problemas com o acordo de cereais, e que a Rússia tinha “preocupações de segurança” após o ataque à sua Marinha em Sebastopol.

“Não estou a dizer que [os russos] estão certos ou errados, mas têm exigências de segurança. Também escreveram para as Nações Unidas sobre os obstáculos às exportações russas de cereais e fertilizantes. Isso não é novo”, disse Çavusoglu.

Esses produtos “não estão na lista de sanções, mas os navios que os transportam não podem atracar nos portos, não podem contratar seguros, não podem ser pagos”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros turco sobre as queixas de Moscovo.

Em uma entrevista à imprensa, o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, também explicou na noite de terça-feira que seu homólogo russo, Sergei Shoigu, já lhe havia indicado antes do ataque em Sebastopol o seu desconforto pela Rússia não receber as mesmas facilidades que a Ucrânia para exportar os seus produtos.

Akar insistiu que o seu governo está a fazer todo o possível para restabelecer a validade do acordo, mas comentou que, de qualquer forma, os navios com bandeira turca que fazem a rota para os portos ucranianos “não enfrentam problemas”.

Esses navios “continuarão a zarpar”, previu o ministro turco.

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MAI anuncia 17,4 milhões de euros para cibersegurança

  • Lusa
  • 2 Novembro 2022

José Luís Carneiro anunciou um reforço na segurança da Rede Nacional de Segurança Interna, estando previsto para 2023 um investimento de 17,4 milhões de euros em meios de cibersegurança.

O ministro da Administração Interna anunciou esta quarta-feira um reforço na segurança da Rede Nacional de Segurança Interna, estando previsto para 2023 um investimento de 17,4 milhões de euros em meios de cibersegurança.

Durante a apreciação parlamentar na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), José Luís Carneiro avançou que no próximo ano “continuará a ser feito o investimento previsto em tecnologias da informação e comunicação”, preparando o Ministério da Administração Interna (MAI) para “uma transição digital segura”.

O governante sublinhou que esse investimento tem em vista “reforçar a segurança da Rede Nacional de Segurança Interna, fortalecendo os meios de cibersegurança” em 17,4 milhões de euros.

O ministro deu também conta que da partilha de recursos e soluções entre as forças e serviços de segurança, através da gradual integração das estruturas de apoio técnico e de suporte logístico, “eliminando redundâncias e libertando recursos humanos para a área operacional” no valor de 3,1 milhões de euros.

José Luís Carneiro avançou igualmente que em 2023 vão ser investidos 11,5 milhões de euros na nova geração de centros operacionais do 112, que permitirão a geolocalização de chamadas, uma nova aplicação para surdos e a interoperabilidade com os centros operacionais europeus.

Segundo o ministro, os sistemas de informação Schengen vão ser atualizados em oito milhões de euros e o sistema europeu de informação e autorização de viagens em cinco milhões de euros.

José Luís Carneiro referiu ainda que vão ser investidos na rede de comunicações de emergência do Estado SIRESP 36,5 milhões de euros a que acrescem, a cinco anos, mais 75 milhões no âmbito do concurso público internacional e mais 38,5 milhões de euros em outros investimentos.

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Greve dos professores com adesão a rondar os 90%, segundo sindicato

  • Lusa
  • 2 Novembro 2022

Os professores cumprem esta quarta-feira uma greve nacional em protesto contra a alegada falta de investimento do Governo na educação, que entendem estar exposta na proposta de Orçamento do Estado.

A adesão à greve dos professores, em protesto contra o que consideram uma falta de investimento do Governo na educação, estava hoje às 09h30 próxima dos 90%, à semelhança da paralisação anterior, segundo o secretário-geral da Federação Nacional de Educação.

“Os níveis de adesão estão muito próximos dos da greve anterior, ou seja, na ordem dos 90%. Há muitas escolas fechadas de norte a sul do país e outras estão abertas, mas não estão a decorrer aulas por falta de professores”, disse à Lusa João Dias da Silva, remetendo para mais tarde dados concretos sobre a paralisação.

Os professores cumprem esta quarta-feira uma greve nacional em protesto contra a alegada falta de investimento do Governo na educação, que entendem estar exposta na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a Federação Nacional de Educação (FNE), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), entre outras plataformas que convocaram a greve, exigem a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do setor.

As várias estruturas sindicais associadas aos professores e educadores escolheram o dia de hoje para fazer coincidir a greve nacional com a intervenção do ministro da Educação, João Costa, na Assembleia da República, em defesa da proposta orçamental para o setor no próximo ano.

"Os níveis de adesão estão muito próximos dos da greve anterior, ou seja, na ordem dos 90%. Há muitas escolas fechadas de norte a sul do país e outras estão abertas, mas não estão a decorrer aulas por falta de professores.”

João Dias da Silva

Secretário-geral da Federação Nacional de Educação

“É este subfinanciamento, que se está a tornar crónico, que impede a melhoria das condições de trabalho nas escolas, a melhoria das condições de aprendizagem dos alunos e, no caso dos profissionais docentes, que impede a tomada de medidas que confiram atratividade à profissão, levando os jovens professores a abandonarem, os jovens que concluem o secundário a não procurarem os cursos de formação de docentes e os mais velhos a ansiarem pelo momento da sua aposentação”, referiu em comunicado, em 20 de outubro, a Fenprof.

Já a FNE apelou à criação de estímulos para atrair professores para zonas mais desfavorecidas ou com falta de profissionais, à conclusão do processo de recuperação do tempo congelado e ao respeito pelos limites do tempo de trabalho, além da substituição do atual modelo de avaliação de desempenho.

Por sua vez, o SINDEP justificou o uso da “legítima arma da greve” na expectativa de que leve o Ministério da Educação a “voltar à mesa para uma verdadeira negociação e não para um mero ‘faz de conta que negociamos’”.

A estrutura sindical criticou ainda a ausência de uma medicina de trabalho para o setor.

A ASPL lembrou que Portugal fica aquém das metas de investimento no ensino observadas pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e que deveriam ser aumentadas as verbas para eliminar o défice no custo anual de formação dos alunos e na carreira docente, enquanto o SPLIU defendeu um processo negocial sério com a tutela, resumindo que “este é o momento de os educadores e professores retomarem a união e assumirem o seu descontentamento de forma unida”.

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Governo reserva 22,5 milhões para pagar estágios de professores em 2023

  • ECO
  • 2 Novembro 2022

Além dos 22,5 milhões de euros para remunerar os estágios de professores, o orçamento da Educação tem 4,7 milhões para vinculação de professores e 76 milhões para valorizações salariais.

As despesas com pessoal no orçamento da Educação terão um crescimento líquido de cerca de 139 milhões de euros em 2023, disse o ministro da tutela, em entrevista publicada esta quarta-feira no Jornal de Negócios (acesso condicionado). Entre as medidas que contribuem para esse aumento da despesa está o início da remuneração dos estágios de professores a partir do próximo ano, para o qual o Governo reserva um valor que, segundo João Costa, deverá ascender a 22,5 milhões de euros.

Outras medidas que constituirão acréscimos na despesa de pessoal são as valorizações salariais, na ordem dos 76 milhões de euros; a vinculação de 5.000 novos professores, que contará com cerca de 4,7 milhões de euros; e uma estimativa de 40 milhões de euros para progressões na carreira, detalhou o governante. “No médio prazo, estimamos que esta percentagem do peso das remunerações no orçamento se manterá estável”, apontou.

João Costa sublinha que se trata de continuar o “trabalho de redução da precariedade”. “O que queremos é aumentar ainda mais esta taxa de vínculos permanentes ao sistema que, quando há carência de professores, é absolutamente fundamental também como condição da atratividade para esta carreira”, acrescentou. O ministro da Educação indicou ainda que, no Orçamento de Estado para 2023, estão previstos 90 milhões de euros para os manuais escolares.

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“Na Mastercard o nosso foco são pagamentos seguros, simples e confiáveis”

  • BRANDS' ECO
  • 2 Novembro 2022

A propósito do Mastercard Innovation Forum, conversámos com Christian Rau, Senior Vice President Crypto and Fintech Enablement Europe da Mastercard, sobre criptomoedas e inovação em Portugal.

Já muito se falou, escreveu e analisou sobre blockchain, criptomoedas e dinheiro digital. Contudo, o futuro destas soluções ainda é incerto, desde logo, do ponto de vista regulatório. Qual será o futuro do dinheiro digital? Como estão as marcas a contribuir para estabilizar a utilização e o acesso e estes meios de pagamento? Aproveitámos a presença em Portugal de Christian Rau para falarmos do presente e de como vê o futuro destas disrupções tecnológicas.

Durante o Mastercard Innovation Forum, referiu a possibilidade de as criptomoedas se tornarem um fenómeno de massa no futuro. Tendo em consideração as dúvidas que ainda persistem em torno das criptomoeadas, como é que acha que isso vai acontecer?

Christian Rau: A minha expectativa é que os Criptoativos, Blockchain e toda a indústria se tornem cada vez mais mainstream. Isto acontecerá assim que houver novas regulamentações que reduzam a incerteza e ofereçam mais proteção ao consumidor, reduzindo as barreiras de entrada. A atitude de maior abertura aos criptoativos por parte das gerações Z e Alpha, que constituem o núcleo da população ativa, será claramente outra das componentes fundamental para que esta difusão aconteça. Além disso, os primeiros NeoBanks, como é o caso do Revolut, também já começaram a oferecer serviços cripto aos clientes. Ou seja, já não é necessário aceder a uma plataforma específica de compra e venda de criptomoedas e os bancos ditos tradicionais também irão, em breve, oferecer este
tipo de serviços fruto de parcerias que vão fazer com fintechs. Empresas financeiras como a Schwab, a Fidelity e a Citadel já lançaram as suas próprias plataformas de intercâmbio, trazendo mais credibilidade para o ecossistema. Além disso, o euro digital vai tornar o CBDC uma realidade em 2026 e, portanto, também conduzirá a um maior conhecimento de outras criptomoedas de valor estável (fiat). Também as compras de NFT estão a tornar-se cada vez menos um nicho. A Mastercard estabeleceu parcerias com players como a Immutable X, a Candy Digital, The Sandbox, Mintable, Spring, Nifty Gateway e com a MoonPay, um fornecedor de infraestrutura Web3, de modo a facilitar a compra de qualquer ativo digital.

Perante a aparente falta de regulamentação em torno das criptomoedas, como é que a Mastercard tem contribuído para a criação de um sistema regulatório com autoridades públicas, bancos, fintechs,…?

Christian Rau: Partilhamos ativamente a nossa visão com todas as partes interessadas no processo regulatório, porque acreditamos que uma regulamentação clara, consistente e proporcional, que apresente igualdade de condições, proteção ao consumidor e uma inovação responsável, cria um ambiente que estimula a inovação sustentável no setor financeiro e de pagamentos digitais, em geral, mas também nas criptomoedas, em particular. Tal como muitos outros players, vemos como muito positiva a clareza reforçada que a MICA e outras iniciativas regulatórias virão trazer.

A aplicação financeira e de criptoativos “hi” fez uma parceria com a Mastercard para anunciar o primeiro cartão de débito fiduciário e criptográfico personalizável por NFT. Como é que isto pode ser um fenómeno global se há velocidades claramente muito diferentes na implementação e aceitação de criptomoedas?

Christian Rau: A inovação pode ser um fenómeno global, mesmo que não progrida ao mesmo ritmo em todo o mundo. A internet, os smartphones, o e-commerce, os carros inteligentes, a Inteligência Artificial ou a banca online, começaram em alguma parte do mundo e depois evoluíram e difundiram-se para outras geografias. Acreditamos que a capacidade de personalizar um bem físico como um cartão de pagamento com um NFT – ou digital, se pensarmos na Apple Pay -, é uma funcionalidade que os consumidores vão gostar. A personalização de cartões não é novidade, mas o facto de a combinarmos com a exclusividade fornecida pelos NFTs é, genuinamente, algo novo e acreditamos que uma geração nativa em tecnologias web3 impulsionará esta adopção.

Uma vez que os portugueses são considerados early adopters no que diz respeito às tecnologias, que impressão tem da situação em Portugal em relação às criptomoedas e NFTs?

Christian Rau: Vemos Portugal numa posição muito boa – Portugal é o quarto país da EU em termos de penetração da Internet ultrarrápida e a penetração dos smartphones é muito elevada. As pessoas estão familiarizadas com o e-commerce e os mais jovens (geração Z e posteriores) têm uma grande abertura para experimentar novas tecnologias. Estas condições são proxies para uma abertura generalizada a novas tecnologias, a qual é por sua vez uma boa proxy para adoção de criptoativos. Lisboa, como cidade vibrante que é, tem vindo a atrair cada vez mais jovens inovadores e empreendedores, o que cria um ambiente muito fértil para a inovação e, por isso, entendo que o governo português também esteja à procura de criar clareza fiscal e regulatória que impulsionará esta adoção.

Quais são as mensagens mais importantes que gostaria de deixar aos portugueses sobre Crypto e NFTs?

Christian Rau: Na Mastercard o nosso foco são pagamentos seguros, simples e confiáveis, que permitam que os consumidores e os comerciantes cooperem estreitamente com os nossos parceiros, como bancos e empresas de tecnologia, num mundo crescentemente digital.
O Blockchain, Cripto e os NFTs são tecnologias interessantes que ainda estão num estágio inicial, especialmente quando falamos de pagamentos. A combinação dos recursos inovadores dessas tecnologias com o nosso forte compromisso com a supervisão regulatória, proteção do consumidor e estabilidade de valor, é algo que nos deixa muito entusiasmados.
Acreditamos no valor inerente das tecnologias subjacentes e vemo-las a desempenhar um papel na forma como os serviços financeiros, pagamentos e serviços bancários vão funcionar no futuro. No final do dia, cabe aos consumidores escolherem adotar soluções que facilitam as suas vidas e criem valor, e o nosso papel é apenas o de viabilizar essa possibilidade com os parceiros do nosso ecossistema.

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Confederações patronais dizem que semana de quatro dias é inoportuna

  • ECO
  • 2 Novembro 2022

Presidentes da CIP e da CCP consideram que o Governo deveria concentrar-se em questões mais prioritárias, como a falta de mão-de-obra e o aumento dos custos para as empresas.

O projeto-piloto para a semana de trabalho de quatro dias, que está previsto ser lançado no próximo ano e será apresentado esta quarta-feira aos parceiros sociais, não agrada às confederações patronais, noticia o Público (acesso condicionado). No entender dos representantes da indústria e do comércio e serviços, esta não é a altura para se fazerem estas experiências, criticando o Governo por desviar a atenção de problemas mais prementes.

Embora o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considere importante discutir as novas dimensões do mundo do trabalho e a conciliação entre a vida profissional e familiar, vê uma “enorme inoportunidade” na discussão da semana de quatro dias, pois “o país tem outros problemas com que o Governo se deveria preocupar”. “Desenvolvam projetos-piloto para salvar as empresas, para acautelar as famílias dos brutais aumentos. Isso, sim, são projetos-piloto meritórios”, apela António Saraiva.

João Vieira da Lopes, que lidera a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), também sublinha que há “coisas mais prioritárias do que gastar uma reunião da Concertação Social com um tema destes”, tais como “pôr em prática o acordo de formação, discutir as alterações ao Fundo de Compensação do Trabalho e o programa para o comércio, previstos no acordo de Concertação”. Ainda assim, admite que a semana de quatro dias poderá ser experimentada com algum sucesso em áreas como as novas tecnologias, a cultura ou a publicidade.

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Fotogaleria: começou a Web Summit 2022

A Web Summit está de volta. A cimeira tecnológica arrancou na terça-feira com a presença da primeira dama ucraniana, Olena Zelenska. O ECO mostra-lhe os melhores momentos da abertura do evento.

Começou esta terça-feira a sexta edição presencial (em 2020 foi remota) da Web Summit. A edição 2022 traz de novo a Lisboa cerca de 70 mil participantes vindos de todas as partes do mundo, e a avaliar pelas imensas filas para registar a entrada e aceder ao recinto, a expectativa parece ser enorme.

A cerimónia de abertura na Altice Arena, que começou atrasada devido a uma “questão técnica”, trouxe ao evento uma convidada de última hora: a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska. Pelo palco da Altice Arena passaram também António Costa Silva, ministro da Economia; Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Lisa Jackson, responsável pelas políticas ambientais da Apple; e Changpeng Zhao, CEO da Binance.

Numa Altice Arena praticamente esgotada, fizeram-se notar muitos ucranianos entre a plateia, que assistiram particularmente emotivos ao discurso de Olena Zelenska.

Veja em baixo alguns dos momentos da abertura da Web Summit 2022.

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