Portugal é terceiro país europeu onde a comida sobe mais que a inflação
Na comparação entre a inflação dos preços dos alimentos e a inflação geral, Portugal apenas fica atrás da Alemanha e da Suécia.
Portugal é o terceiro país da União Europeia em que a inflação dos produtos alimentares está mais acima da taxa de inflação geral. Entre maio e agosto, esta diferença foi de 4,84 pontos percentuais, segundo a comparação feita pelo jornal Cinco Días.
Apenas a Alemanha (7,27 pontos percentuais) e Suécia (5 pontos percentuais) têm uma diferença maior do que Portugal quando é comparada a variação do preço dos produtos da alimentação com o índice de preços no consumidor. A média da União Europeia é de 5,24 pontos percentuais e a média da zona euro é de 2,58 pontos percentuais.
Num supermercado português, no final da semana passada, um cabaz de bens alimentares essenciais custava 209,98 euros. É uma subida de 14,35% face ao preço registado antes do início da guerra na Ucrânia, segundo o levantamento da Deco Proteste. Mesmo asssim, o preço deste cabaz já tocou no valor máximo de 214,30 euros, registado no final de outubro.
Os laticínios e a carne são as categorias com os maiores aumentos nos últimos nove meses, de 21,01% e 20,08%, respetivamente. No entanto, os aumentos têm-se feito sentir em todas as categorias alimentares analisadas, segundo a mesma publicação. No período analisado, as frutas e os legumes, as mercearias, o peixe e os congelados viram os seus preços subir 13,88%, 13,59%, 11,47% e 11,18%, respetivamente.
Nos próximos anos não se esperam descidas de preços dos alimentos: “enquanto os custos da energia forem altos e continuarem a subir, os preços da comida e da nutrição arriscam fica ainda mais caros”, referem os especialistas do Banco Mundial citados pela publicação espanhola. Segundo a mesma instituição, apesar da descida de 11% dos custos da energia em 2023 e de 12% em 2024, os preços da energia vão continuar 50% mais altos do que na média dos últimos cinco anos até 2025.
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