Portugal é terceiro país europeu onde a comida sobe mais que a inflação

  • ECO
  • 21 Novembro 2022

Na comparação entre a inflação dos preços dos alimentos e a inflação geral, Portugal apenas fica atrás da Alemanha e da Suécia.

Portugal é o terceiro país da União Europeia em que a inflação dos produtos alimentares está mais acima da taxa de inflação geral. Entre maio e agosto, esta diferença foi de 4,84 pontos percentuais, segundo a comparação feita pelo jornal Cinco Días.

Apenas a Alemanha (7,27 pontos percentuais) e Suécia (5 pontos percentuais) têm uma diferença maior do que Portugal quando é comparada a variação do preço dos produtos da alimentação com o índice de preços no consumidor. A média da União Europeia é de 5,24 pontos percentuais e a média da zona euro é de 2,58 pontos percentuais.

Num supermercado português, no final da semana passada, um cabaz de bens alimentares essenciais custava 209,98 euros. É uma subida de 14,35% face ao preço registado antes do início da guerra na Ucrânia, segundo o levantamento da Deco Proteste. Mesmo asssim, o preço deste cabaz já tocou no valor máximo de 214,30 euros, registado no final de outubro.

Os laticínios e a carne são as categorias com os maiores aumentos nos últimos nove meses, de 21,01% e 20,08%, respetivamente. No entanto, os aumentos têm-se feito sentir em todas as categorias alimentares analisadas, segundo a mesma publicação. No período analisado, as frutas e os legumes, as mercearias, o peixe e os congelados viram os seus preços subir 13,88%, 13,59%, 11,47% e 11,18%, respetivamente.

Nos próximos anos não se esperam descidas de preços dos alimentos: “enquanto os custos da energia forem altos e continuarem a subir, os preços da comida e da nutrição arriscam fica ainda mais caros”, referem os especialistas do Banco Mundial citados pela publicação espanhola. Segundo a mesma instituição, apesar da descida de 11% dos custos da energia em 2023 e de 12% em 2024, os preços da energia vão continuar 50% mais altos do que na média dos últimos cinco anos até 2025.

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Empresas FTX devem mais de três mil milhões aos maiores credores

Plataforma de criptomoeda FTX e restantes empresas de Bankman-Fried apresentaram no domingo uma lista dos maiores credores.

Os negócios de Sam Bankman-Fried devem mais de três mil milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros) aos seus maiores credores, de acordo com documentos judiciais citados peloFinancial Times (acesso pago). A plataforma de criptomoeda FTX bem como as restantes empresas de Bankman-Fried apresentaram no domingo uma lista dos maiores credores, dos quais 50 representam dívidas que ascendem a mais de 20 milhões de dólares.

De acordo com registos anteriores, o passivo total das empresas é estimado em mais de dez mil milhões de dólares (9,69 mil milhões de euros), podendo haver mais de um milhão de credores. De acordo com o FT, John Ray III, administrador de insolvência da FTX, disse que nunca tinha visto “uma falha tão completa nos controlos empresariais e uma ausência tão completa de informações financeiras fiáveis“.

A lista de credores, publicada no domingo, mostra que a FTX deve mais de 100 milhões de dólares a dez clientes. As dívidas para com os 50 maiores credores, cujos nomes foram omitidos no processo, ascedem a mais de 20 milhões de dólares. Os clientes da FTX incluíam grandes grupos financeiros que negociavam criptomoedas, como hedge funds.

A FTX divulgou em documentos judiciais que John Ray cobra 1.300 dólares por hora, para além de ter recebido uma taxa de retenção de 200 mil dólares. O especialista em falências contratou ainda três novos executivos para ajudar no processo, incluindo um diretor financeiro, diz o FT. Para esta terça-feira está marcada uma audiência inicial no Tribunal Federal de Falências em Delaware.

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Os desafios organizacionais na resposta aos incidentes

  • ECO + EY
  • 21 Novembro 2022

À medida que vão sendo conhecidos mais ataques cibernéticos, as organizações denotam a necessidade de se protegerem e prepararem para dar resposta a um maior número de ameaças e possíveis incidentes.

Inegavelmente a tecnologia é fundamental para a resposta aos incidentes, mas as imposições legais têm tido um papel cada vez mais relevante. Temos como exemplo o Regime Jurídico da Segurança do Ciberespaço 1, que contém as regras para a notificação de incidentes a ser cumpridas pelas entidades no âmbito de aplicação e o RGPD 2, que contém as regras de notificação à autoridade de controlo perante uma violação de dados pessoais.

O incumprimento da legislação aplicável em matéria de notificação de incidentes acaba por trazer às organizações penalizações financeiras e reputacionais. A legislação e a regulamentação são catalisadores para que as organizações se estruturem de forma a serem capazes de cumprir as imposições legais de reporte de incidentes.

O Diogo Landeiro é Senior Associate, EY Portugal, Cybersecurity, Consulting Services

Para que os ataques sejam identificados, analisados e reportados atempadamente são necessários investimentos em matérias de segurança e com isso as empresas têm procurado a implementação de centros de operações de segurança (SOC – Security Operations Center) que têm como propósito a contínua monitorização, deteção, análise e resposta a incidentes de segurança. O SOC é um “hub” de inteligência que funciona 24×7, pois possui capacidade de correlacionar dados em tempo real ou o mais próximo possível, a partir de tecnologias como redes, servidores, terminais, aplicações, informações transacionais, além de dados relevantes que enriquecem e aumentam a precisão da deteção.

Além da adoção do SOC e novas tecnologias, são necessários processos robustos e bem definidos para o tratamento adequado dos alertas. Tipicamente, o ciclo de vida de tratamento de um incidente identificado por o SOC, apresenta as seguintes fases:

  • Deteção e Análise: para a deteção de eventos e incidentes são utilizadas ferramentas que integram dados, detetam desvios comportamentais e automatizam a resposta, de que são exemplos as tecnologias de orquestração, automação e resposta de segurança (SOAR) e análises comportamentais de entidade e utilizadores (UEBA). Nos dias de hoje, é também comum as organizações adotarem uma postura proativa na identificação de ameaças a que estão expostas, pelo que se utilizam tecnologias que reúnem informações sobre novas ameaças (Threat Intelligence).
  • Contenção e Erradicação: na contenção e erradicação dos eventos e incidentes identificados há um elemento fulcral: Os Playbooks ou Runbooks, que têm como principal função endereçar de uma maneira estruturada a resposta a um ataque. Por exemplo, caso seja detetado o comprometimento da conta de um utilizador por phishing, existe um guia para tratar este tipo de situações que inclui a descrição do fluxo de atividades e áreas a ser envolvidas.
  • Atividades pós-incidente: é das etapas mais omitidas, no entanto, de extrema relevância e
    que implica rever e aprimorar as formas de deteção e resposta dada aos incidentes, que pode passar por melhorias nos playbooks, runbooks, nos processos organizacionais instituídos e implementação de novos controlos.

1 Decreto Lei n.º 65/2021, de 30 de Julho
2 Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de Abril de 2016

Apesar de a tecnologia já fazer uma grande parte do trabalho na resposta aos incidentes o fator humano assume-se como preponderante: as organizações devem formar e sensibilizar os colaboradores para a correta identificação de incidentes de segurança e como reportá-los, pois nem todos os incidentes vão ser identificados pelo SOC.

Assumindo que não existe risco zero, é verdade que nenhuma organização vai evitar na totalidade incidentes de segurança, mas quando ocorrerem, ter capacidades e processos definidos é um bom princípio para minimizar impactos advindos de incidentes de segurança e garantir o seu reporte atempado às entidades adequadas.

Texto por Diogo Landeiro, Senior Associate, EY Portugal, Cybersecurity, Consulting Services

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Arranca hoje maratona de votações para alterar OE2023

  • Lusa
  • 21 Novembro 2022

PS foi o segundo partido que apresentou menos propostas (73) embora estas já tenham aprovação garantida, graças à maioria absoluta.

As votações na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) arrancam nesta segunda-feira, com os deputados a debaterem e votarem as mais de 1.800 propostas de alteração apresentadas pelos vários partidos, um novo recorde.

De acordo com a página da Assembleia da República na internet, foram entregues 1.857 propostas de alteração, mas, entretanto, foram retiradas 19 propostas.

Este é um novo recorde depois das mais de 1.500 propostas entregues no âmbito do Orçamento de 2021 e fixando-se também acima das mais de 1.400 propostas entregues na discussão do Orçamento do Estado para 2022.

A liderar o número de propostas está o Chega, com 506 propostas de alteração entregues, seguido pelo PCP, com 425. Já o PAN entregou 262 propostas, enquanto o maior partido da oposição, o PSD, apresentou 263.

Por sua vez, o Bloco de Esquerda apresentou 156 propostas, o Livre 138 e o PS 73, tendo a Iniciativa Liberal sido o partido com o menor número de propostas apresentadas: 34.

A proposta de OE2023 foi aprovada na generalidade, em 27 de outubro, na Assembleia da República apenas com os votos a favor do PS e abstenções dos deputados únicos do PAN e do Livre.

A votação final global do diploma está marcada para sexta-feira, mas hoje arranca a ‘maratona’ na especialidade em plenário, que se prolonga por toda a semana, com debate de manhã e votações à tarde, como habitualmente.

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Atualizar pensões acima do previsto no OE pode custar 200 milhões, sem pesar no défice

  • ECO
  • 21 Novembro 2022

Proposta do PS cumpre cenário lançado pelo ministro das Finanças, que admitia subia valor das pensões caso a taxa de inflação em novembro fosse superior à prevista.

A proposta do PS que dá a possibilidade ao Governo de actualizar as pensões em 2023 num valor superior ao previsto deverá representar um acréscimo de despesa avaliado entre 150 e 200 milhões de euros. A medida será aprovada na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

O aumento, no entanto, “não tem impacto no défice” porque, ao mesmo tempo que a subida da inflação gera este acréscimo de despesa, também provoca um aumento de receita, defende o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, ao Público (acesso condicionado).

O ministro das Finanças, Fernando Medina, já tinha admitido uma correção no aumento das pensões caso a taxa de inflação calculada em novembro fosse superior à estimada. No OE2023, o Governo pretende aumentar as pensões em até 4,43%, subida inferior à prevista na lei e que foi compensada com a atribuição de meia pensão mensal no mês passado.

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Credores do BES avançam com queixa contra Portugal

  • ECO
  • 21 Novembro 2022

Três subsidiárias de dois fundos norte-americanos avançam com processo contra Portugal por causa de 808 milhões emprestados ao BES antes do seu colapso.

Três subsidiárias de dois fundos norte-americanos, que emprestaram dinheiro ao Banco Espírito Santo (BES) semanas antes do seu colapso, avançaram com um processo contra Portugal no Centro Internacional para a Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID), avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Os autores do processo são três empresas — Suffolk (Mauritius) Limited, a Mansfield (Mauritius) Limited e a Silver Point Mauritius — das Ilhas Maurícias detidas pelos hedge funds Silver Point Capital e Elliot Management (fundo “abutre” de Paul Singer, que já foi acionista da EDP). Estas entidades fazem parte do conjunto de investidores que emprestou 808 milhões de euros ao BES antes do seu colapso, em 2014.

Esse empréstimo foi feito pelo Oak Finance, um veículo financeiro criado pelo Goldman Sachs, e o financiamento foi garantido pelos dois fundos em questão. Avançaram, a 11 de novembro, com um processo a invocar o tratado de investimento bilateral Maurícias-Portugal de 1997, desconhecendo-se o valor exigido no processo.

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Hoje nas notícias: Pensões, BES e juros

  • ECO
  • 21 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A compensação das pensões de 200 milhões de euros sem impacto no défice, o novo processo de credores do BES, os impactos da subida das taxas de juro no crédito à habitação, as dívidas da ARS Norte a enfermeiros e assistentes operacionais e a exigência do Fisco a Duarte Lima são os destaques da imprensa nacional nesta segunda-feira.

Atualizar pensões acima do previsto no OE pode custar 200 milhões

A proposta do PS que dá a possibilidade ao Governo de actualizar as pensões em 2023 num valor superior ao previsto deverá representar um acréscimo de despesa avaliado entre 150 e 200 milhões de euros. O aumento, no entanto, “não tem impacto no défice” porque, ao mesmo tempo que a subida da inflação gera este acréscimo de despesa, também provoca um aumento de receita, defende o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.

Leia a notícia completa no jornal Público (acesso condicionado)

Credores do BES avançam com queixa contra Portugal

Portugal vai sentar-se no “banco dos réus” num processo movido no Centro Internacional para a Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID). O caso tem origem na resolução do Banco Espírito Santo (BES) e foi instaurado por subsidiárias de dois fundos norte-americanos que emprestaram dinheiro à instituição semanas antes do colapso. Um dos fundos que apresentou queixa é o Elliot Management, gerido pelo investidor Paul Singer.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Taxa fixa no crédito à habitação custa mais de 100 euros por mês

Com a escalada das Euribor, as famílias começam a ponderar as taxas fixas no crédito à habitação, mas as ofertas neste mercado ainda são pouco atrativas: a prestação mensal pode subir mais de 100 euros por mês face às soluções com taxa variável. Analisando as soluções disponíveis por quatro dos maiores bancos, em setembro, um crédito de 135 mil euros com uma maturidade de 30 anos, pode ter uma mensalidade entre 521 euros no BCP e 546 euros no BPI.

Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

ARS do Norte deve milhões a enfermeiros e assistentes

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte deve mais de 2,5 milhões de euros a centenas de enfermeiros e secretários clínicos das unidades de saúde familiar (USF) modelo B. Estes profissionais estão, desde janeiro, a receber mensalmente apenas metade dos incentivos a que têm direito pelo desempenho de 2021. A ARS Norte refere que “é previsível que a situação fique regularizada até ao final do ano”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Fisco exige a Duarte Lima 1,52 milhões pela venda de moradia de luxo em 2012

O Fisco está a exigir a Duarte Lima o pagamento de uma dívida superior a 1,52 milhões de euros. Em causa está uma dívida fiscal respeitante ao lucro que um offshore do ex-deputado terá obtido na venda de uma moradia de luxo na Quinta do Lago, no Algarve, em maio de 2012. A moradia foi vendida por 6,5 milhões de euros, somando-se mais dois milhões pela venda dos bens móveis. Duarte Lima impugnou a decisão do Fisco.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Wall Street no vermelho com receio de aperto das restrições da Covid na China

  • ECO
  • 21 Novembro 2022

Bolsas dos EUA foram penalizadas pelos receios dos investidores com um possível aperto das restrições contra a Covid-19 na China, que assiste a um ressurgimento de contágios.

Os três principais índices bolsistas norte-americanos encerraram o dia com quedas entre 0,10% e 1,10%, penalizados pelos receios dos investidores de que a China possa retomar medidas mais rigorosas para combater um ressurgimento de casos de Covid-19 no país.

Em sentido contrário, a Walt Disney destacou-se com ganhos de 6,19%, após ter anunciado na madrugada passada que Bob Iger, que deixou a liderança da companhia em 2020, vai regressar a essas funções com efeitos imediatos.

A sessão desta segunda-feira foi negativa também para as bolsas europeias, tendência à qual a praça de Lisboa não resistiu, mesmo com várias cotadas a valorizar mais de 1%. O principal índice de referência nacional foi penalizado pelas perdas superiores a 3% da Galp Energia, num dia em que os preços do petróleo chegaram a cair cerca de 5%.

No entanto, as cotações da matéria-prima conseguiram recuperar e negoceiam com um recuo ligeiro de 0,4%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Parlamento discute Orçamento do Estado para 2023. Banco de Portugal atualiza endividamento da economia e INE revela quantos portugueses acedem à net. Costa, Medina e Centeno participam em conferência.

O Parlamento discute a proposta de Orçamento do Estado para 2023. O Banco de Portugal atualiza endividamento da economia em setembro e o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revela quantos portugueses acedem à net. António Costa, Fernando Medina e Mário Centeno participam na conferência CNN Portugal International Summit. Decorre o segundo dia do Campeonato do Mundo de Futebol no Qatar com três partidas.

Parlamento discute Orçamento

O Parlamento discute na especialidade a proposta de Orçamento do Estado para 2023 apresentada pelo Governo no mês passado. Os partidos já enviaram as propostas de alteração. A proposta tem a votação final global marcada para o final da semana, tendo a aprovação garantia pela maioria parlamentar do PS.

Como evoluiu o endividamento da economia?

O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) aumentou para 794,4 mil milhões de euros em agosto. O Banco de Portugal atualiza hoje os dados relativos a setembro.

Quem ainda não usa internet?

Em 2021, mais de 80% da população utilizava a internet. Embora sejam cada vez mais os portugueses a acederem à rede, ainda há uma grande franja excluída. Como evoluíram estes números em 2022? É o que responderá o INE quando divulgar os resultados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nas Famílias

Costa, Medina e Centeno em conferência

António Costa, Fernando Medina e Mário Centeno participam na primeira CNN Portugal International Summit, que terá lugar em Lisboa. O evento contará ainda com a participação da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

Segundo dia do Mundial com três jogos

Depois do arranque com o jogo entre o Qatar e o Equador, o Campeonato do Mundo avança para o segundo dia com três partidas: Senegal – Holanda (16h00), Inglaterra – Irão (13h00) e EUA – País de Gales (19h00). Portugal estreia-se na quinta-feira diante do Gana.

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Combustíveis baixam oito cêntimos. Não desciam tanto desde agosto

Combustíveis voltam a descer esta segunda-feira. E de forma mais significativa. Deverá passar a pagar 1,717 euros por litro de gasóleo simples e 1,705 euros por litro de gasolina simples 95.

Esta segunda-feira, quando for abastecer o automóvel, vai ter uma agradável surpresa. Tanto a gasolina como o gasóleo estão oito cêntimos mais baratos do que na semana passada, avançou fonte do mercado ao ECO. Desde agosto que os preços dos combustíveis não desciam tanto.

Agora, vai pagar 1,717 euros por litro de gasóleo simples e 1,705 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas na segunda-feira passada, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras. Mas lembre-se: os preços ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Estes valores já têm em conta a nova revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Assim, durante o mês de novembro, o litro de gasóleo vai baixar 3,8 cêntimos e da gasolina 1,4 cêntimos pela via fiscal.

A descida, explicada pela quebra do Brent do Mar do Norte, que serve de referência para o mercado europeu, faz com que seja necessário recuar a 28 de fevereiro para encontrar os preços do diesel, o combustível mais utilizado em Portugal, mais baratos (essa semana, o preço por litro estava nos 1,675 euros). No caso da gasolina, o recuo será só até 3 de outubro (semana em que os preços eram de 1,701 euros).

Este comportamento dos preços dos combustíveis faz com que a diferença entre abastecer com gasóleo ou com gasolina seja de apenas 12 cêntimos por litro. A mesma da semana passada. Mas este valor não era tão baixo desde 28 de agosto, a última semana em que a gasolina foi mais cara do que o diesel. Desde então, essa tendência histórica inverteu-se. Nesses sete dias de verão a diferença foi de apenas seis cêntimos.

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Municípios vão receber mais 104 milhões. Verbas podem ser usadas sem constrangimentos

Os 104 milhões resultam da má aplicação da fórmula de cálculo das transferências para o Fundo Social Municipal. “Tanto podem ser usados em despesas correntes como de capital”, diz ao ECO Carlos Miguel

Os municípios vão receber uma transferência adicional de 104 milhões de euros que poderão usar em qualquer tipo de despesa este ano ou no próximo, e o principal beneficiário será o município de Sintra. O Governo foi autorizado a transferir, este ano, para “os municípios uma subvenção adicional específica do Fundo Social Municipal no montante de 104 milhões de euros”, pode ler-se na lei publicada sexta-feira em Diário da República.

“Estas verbas resultam de uma aplicação incorreta da fórmula em 2019, 2020 e 2021, ao contrário do que tinha acontecido nos anos anteriores”, explicou ao ECO o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território. “Em 2019 chamámos a atenção do Ministério das Finanças para o efeito, mas manteve-se a interpretação das Finanças. Este ano, com um novo orçamento e também com um novo olhar sobre a aplicação da fórmula, que não é simples, o Ministério das Finanças acabou por estar em sintonia connosco (o Ministério da Coesão e a DGAL, que faz esses cálculos) e com a ANMP”, acrescentou Carlos Miguel.

O responsável acrescenta que a distribuição dos 104 milhões de euros “será feita ainda este ano”. “Com a publicação em Diário da República estamos em condições de começar a distribuir a parte correspondente a cada um”, disse.

Apesar de o Fundo Social Municipal, uma das componentes das transferências da Administração central para a Administração Local, suportar despesas como o transporte de alunos; parte das refeições escolares, nomeadamente de crianças mais carenciadas; ou ainda despesas com vencimentos de assistentes operacionais do primeiro ciclo, a utilização destes 104 milhões de euros “não vai ter restrições”.

Isto é, as câmaras vão poder usar estas verbas em áreas que o FSM não iria financiar. “Tanto podem ser usadas em despesas correntes como em despesas de capital”, diz Carlos Miguel. “Ao receberem o dinheiro que lhes é atribuído por carência daqueles três anos, os municípios levam aquela verba ao seu orçamento e dar-lhe-ão a utilização que melhor entenderem. Não têm de justificar a aplicação desse dinheiro em termos retroativos nas áreas a que dizem respeito”, precisou o secretário de Estado.

Mas cada uma das câmaras não vai receber a mesma verba. “A DGAL teve de fazer contas município a município e ano a ano, de 2019 a 2021, para aferir qual a diferença entre a verba que receberam e a que deviam ter recebido. A partir daí chegou a quantias desiguais em cada um dos municípios”, explicou Carlos Miguel, fazendo questão de frisar que estes cálculos “foram aferidos e tiveram a concordância da Associação Nacional de Municípios.

Os municípios que vão “ganhar” as verbas mais avultadas serão Sintra, que receberá 4,38 milhões adicionais, Vila Nova de Gaia (3,1 milhões), Loures (2,28 milhões), Braga (1,99 milhões) e Odivelas (1,77 milhões).

O dinheiro é distribuído ainda este ano, “porque vai sair do OE de 2022”, e “os municípios dar-lhe-ão o melhor encaminhamento este ano ou no próximo”, explica o responsável. “Não precisam de gastar o dinheiro à pressa”, alerta. “Se não o aplicarem este ano, passará em saldo de gestão positivo e transitará para o próximo ano”, conclui.

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Conheça o gestor das finanças da Galp promovido a CEO. Da banca para a energia, até às prioridades de hoje

Filipe Crisóstomo Silva, lisboeta que estudou em Washington, passou pela banca, e já dedicou 12 anos da sua carreira às finanças da Galp, sobe agora a CEO da empresa. Conheça o seu percurso.

O atual CEO da Galp, Andy Brown, já tinha anunciado que deixaria a presidência executiva da petrolífera, depois de dois anos à frente da empresa. Faltava saber quem o substituiría, e esta quarta-feira a Galp fez saber que a escolha foi unânime entre os acionistas: será Filipe Silva, atualmente o “braço direito” de Brown como responsável financeiro (CFO) da Galp, que vai passar a estar à frente da petrolífera a partir de janeiro.

O novo rosto da Galp é, na verdade, já bem conhecido dentro da empresa, uma vez que já ocupa a posição de CFO na petrolífera desde julho de 2012 — portanto, há mais de dez anos. Desta forma, já integrou a equipa de três CEO da petrolífera: Manuel Ferreira de Oliveira, até 2015; Carlos Gomes da Silva, até 2021; e Andy Brown, até ao final deste ano.

Na nota biográfica disponível no site da Galp, lê-se que Filipe Silva é responsável por nove áreas do centro corporativo: Finanças & M&A [Fusões e Aquisições], Contabilidade e Fiscalidade, Planeamento & Performance [Desempenho], Relações com Investidores, IT & Digital, Transformation Office, Data Office, Procurement & Contratação, Gestão de Risco & Controlo Interno e, finalmente, Auditoria Interna.

Em paralelo com as funções na Galp, Filipe Silva assumiu ainda o cargo de vogal da direção do ISPG – Instituto de Petróleo e Gás, Associação para a Investigação e Formação Avançada e também o pelouro de vogal do Conselho de Administração da Fundação Galp.

“É um executivo com uma vasta experiência na empresa e nos mercados de energia, e estou certa de que esta sucessão é a que melhor permite à Galp continuar o seu percurso de crescimento e transformação, de acordo com as orientações estratégicas definidas. Desejo ao Filipe as maiores felicidades nas suas novas funções”, afirmou Paula Amorim, presidente da Galp, a propósito da substituição.

A questão da transformação da empresa à luz da transição energética é tomada como uma prioridade estratégica para a Galp, e foi entregue a Brown como missão que este deixará por cumprir, passando agora para as mãos de Filipe Silva.

Durante o percurso na Galp, Filipe Silva manteve-se discreto e são poucas as intervenções públicas de que há registo. No entanto, muito recentemente, a 3 de novembro, representou a Galp numa conferência da Bloomberg. Nessa ocasião, destacou os projetos relacionados com a transição energética que a empresa está a desenvolver.

“Queremos ser um grande ator no hidrogénio verde na Península Ibérica”, disse, justificando, contudo, com a necessidade de descarbonizar o “negócio central” da empresa, a refinação, já que, nesse processo, a Galp consome 75% do volume de hidrogénio usado em Portugal, que, para já, é hidrogénio com origem poluente. Ressalvou, ainda assim, que o plano é, além de suprir as próprias necessidades no que diz respeito ao hidrogénio, produzir o suficiente para alimentar outra indústria. “Temos a esperança que os negócios que precisem de hidrogénio verde venham para a Península Ibérica”, disse.

Quanto a autonomizar o negócio de energias limpas para o lançar em bolsa, o recém-apontado CEO defendeu que não é o momento, e que a forma de crescer será através de parcerias, desde que a Galp mantenha o controlo.

Filipe Silva, novo CEO da Galp

O gestor foi ainda, em meados deste ano, um dos nomeados na categoria de melhor CFO na relação com os investidores, da 34.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da consultora Deloitte.

Na altura, em respostas por escrito enviadas ao ECO, partilhou aquela que considera a lição mais valiosa da sua experiência como gestor para enfrentar o momento atual: “Num mundo cada vez mais volátil e imprevisível, é essencial termos muito claro qual é o nosso rumo, ou seja, a estratégia de longo prazo. É igualmente imprescindível fazer uma gestão financeira muito rigorosa, mantendo a solidez do balanço. Ao longo do caminho, é necessário manter a flexibilidade para contornar os obstáculos que possam surgir, mas também para agarrar as oportunidades que nascem nos momentos de rotura”, disse.

Na mesma entrevista, salienta ainda que “toda a estratégia atual da Galp encontra-se centrada na forma de disponibilizar fontes e formas de energia limpa a toda a sociedade, assegurando em simultâneo as suas necessidades energéticas atuais de forma competitiva”.

A dívida da empresa é outro tema recorrente das (poucas) intervenções do ainda CFO da Galp. “Temos muito pouca dívida”, sublinhou na conferência no início de novembro da Bloomberg. A propósito da nomeação para os IRGA, esclareceu que a Galp tem o compromisso de manter o rácio da dívida face ao EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] abaixo de 1, “o que é um nível de endividamento relativamente conservador”, e a maioria da dívida está contratada a taxa fixa, pelo que considera que, nesta ótica, a empresa está “e boa forma” para atravessar a conjuntura. Não esconde, contudo, que a taxa de inflação tem impacto nos investimentos que a empresa faz.

Os analistas também parecem aplaudir a decisão da Galp de apontar Filipe Silva como CEO, com o banco de investimento RBC e a Jefferies a considerarem positiva a escolha, na medida em que transparece uma “política de continuidade” ao nível da gestão, já que Filipe Silva integrava a equipa executiva do CEO demissionário.

Antes da energia, a banca

Antes de se juntar à Galp, Filipe Silva passou por duas instituições financeiras. Foi responsável pela área de Banca de Investimento e pelo negócio de consultoria no Deutsche Bank em Portugal, entre 1999 e 2008. Nesse ano, assumiu o cargo de CEO desta mesma instituição em Portugal, onde permaneceu até 2012.

Antes, passou pelo Banco Finantia, igualmente por um período de 12 anos, sendo que durante dez anos esteve no banco como diretor de finanças corporativas.

O cargo no Banco Finantia foi ocupado diretamente depois de ter concluído a licenciatura em Gestão Económica e Financeira, na Universidade Católica da América, em Washington, em 1986, na qual tirou de seguida um mestrado em Gestão Financeira entre 1986 e 1988.

Filipe Silva nasceu em Lisboa em julho de 1964, tendo agora 58 anos de idade.

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