Preços das casas sobem mais de 13% mas abrandam no terceiro trimestre
Preços das casas dispararam, mas menos do que no trimestre anterior. Grande Lisboa registou menos de 30% dos negócios pela segunda vez desde que há registos, mas concentrou 40% do montante total.
A subida dos preços das casas em Portugal abrandou no terceiro trimestre. No período de julho a setembro, o Índice de Preços da Habitação aumentou 13,1% face aos mesmos três meses do ano passado, um incremento inferior em 0,1 pontos percentuais ao que tinha sido registado no segundo trimestre de 2022, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nos três meses em análise foram registadas 42.223 transações de habitações, menos 2,8% do que em igual período do ano passado e menos 3,2% que no trimestre anterior.
De acordo com o INE, a compra e venda de casas no terceiro trimestre movimentou 8,1 mil milhões de euros, mais 9,6% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior. Além disso, o INE refere ainda que o preço das casas existentes aumentou mais do que o preço das habitações novas na comparação com 2021: 14,7% e 8,4%, respetivamente.
O instituto também fez as contas à taxa de variação média anual do Índice de Preços da Habitação e chegou a uma taxa de 12,7%, que é 0,4 pontos percentuais superior à registada no trimestre anterior e constitui um novo máximo histórico. Porém, enquanto a variação média anual do preço das habitações existentes acelerou, nas novas observou-se uma desaceleração.
Perto de 90% das transações executadas entre julho e setembro envolveu famílias num montante total de 6,9 mil milhões de euros. Noutra perspetiva, o INE declara que 6,6% do total de transações envolveu compradores com morada fiscal num país estrangeiro.
O terceiro trimestre fica ainda marcado por outra particularidade, além da desaceleração dos preços. Segundo o INE, foi a segunda vez que a Área Metropolitana de Lisboa concentrou menos de 30% do total de transações (a primeira vez tinha sido no primeiro trimestre de 2013). Em número, claro, porque em montante a conclusão é diferente. Mais de 40% dos tais 8,1 mil milhões de euros diz respeito a negócios que aconteceram nesta região.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h37)
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