“Ninguém quer o Google a decidir o que é 100% verdade ou mentira”

Diretor geral da Google em Portugal rejeita a ideia de remover do motor de busca o conteúdo considerado falso. Pelo contrário, a empresa retira o incentivo financeiro e eleva a autoridade.

O diretor geral da Google em Portugal desresponsabiliza a plataforma pelo conteúdo falso que seja publicado na web, recusando a ideia de a multinacional filtrar o que é verdade do que é mentira.

“Ninguém quer o Google a decidir o que é 100% verdade ou 100% mentira”, disse Bernardo Correia, numa intervenção no palco do congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre em Lisboa.

Considerando que “um motor de busca é uma coisa completamente diferente de uma rede social”, o diretor geral comparou o Google com uma biblioteca. “É como ir a uma biblioteca e perguntar onde está o livro com toda a verdade. Não há. Mas há livros que não são verdade e ninguém os tira da biblioteca”, argumentou.

O gestor justificou desta forma uma política de moderação de conteúdos mais permissiva, mas reconheceu também que, pelo contrário, a Google pode “elevar as vozes da autoridade”, dando-lhes um “maior destaque”.

Questionado sobre se essa prática não representa um trabalho de edição e curadoria, que é habitualmente feito por meios de comunicação social, Bernardo Correia rejeitou: “Estamos a ajudar a informar, a aumentar a relevância.”

O responsável explicou, depois, que a estratégia da Google na moderação dos conteúdos assenta em três pilares. Primeiro, a remoção de todo o conteúdo ilegal ou que viole as regras do motor de busca. Segundo, a elevação das vozes de autoridade.

O terceiro pilar da política de moderação foi exemplificado por Bernardo Correia com a decisão tomada pela multinacional no ano passado de banir toda a publicidade nos conteúdos que questionam as alterações climáticas. “Não vamos tirar [da plataforma], mas tirámos o financiamento”, rematou.

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Wall Street abre em baixa com receio de subida das taxas de juro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Maio 2022

As tecnológicas estão entre as cotadas que mais pressionam Wall Street, com a Tesla e a Apple a caírem mais de 2%.

Um dia após serem conhecidos os dados da inflação nos EUA, que baixou de 8,5% em março para 8,3% em abril, os três principais índices da bolsa de Nova Iorque voltaram a abrir em queda na sessão desta quinta-feira. As ações de crescimento lideram as perdas, face aos receios dos investidores de que a subida das taxas de juro pela Reserva Federal leve a economia norte-americana a uma situação de recessão.

Neste contexto, enquanto o industrial Dow Jones recua 0,53%, para 31.665,39 pontos, o S&P 500 perde 0,85%, para 3.901,91 pontos, voltando assim a ficar abaixo do patamar dos 4.000 pontos, que chegou a recuperar na terça-feira. O tecnológico Nasdaq lidera de novo as perdas e cai 1,32%, para 11.214,06 pontos, com a Apple e a Tesla a desvalorizarem 2,66% e 3,46%, respetivamente. A Microsoft e a Alphabet, “empresa-mãe” da Google, também abriram em baixa.

Os principais índices norte-americanos voltam assim a ceder, numa altura de forte volatilidade dos mercados, depois de os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC) em abril, divulgados na quarta-feira, terem mostrado que a inflação nos Estados Unidos vai manter-se elevada ainda durante mais algum tempo, o que é um desafio para a Fed na sua tentativa de controlar o aumento dos preços.

Desta forma, aumentam os receios de que o banco central norte-americano não consiga travar a escalada da inflação, atualmente em máximos de quatro décadas, sem mergulhar a economia dos EUA numa recessão.

Esta quinta-feira, o Departamento do Trabalho norte-americano divulgou que o número semanal de inscrições para subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentou para 203.000 na semana passada, mais mil em comparação com o período anterior.

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Estudante da Católica-Lisbon é um dos 100 melhores alunos de gestão de 2022 nos EUA

O único português reconhecido na lista "100 Best & Brightest Business Majors of 2022" foi nomeado pela Knauss School of Business, onde estuda através do programa de Double Degree da Católica.

João Pires Coelho, aluno de double degree da Católica Lisbon School of Business & Economics, que se encontra atualmente na Knauss School of Business, na Universidade de São Diego, foi recentemente considerado um dos 100 melhores e mais brilhantes alunos de gestão dos EUA, de 2022, pela Poets&Quants for Undergrads, uma plataforma de informação prática para estudantes de gestão e negócios.

“Uma distinção inacreditável”, descreve João Pires Coelho. “Representa o reconhecimento de quatro anos de trabalho árduo, durante períodos de grande instabilidade, com aulas a alternar múltiplas vezes entre online e presencial, ou mesmo em time zones completamente diferentes. Representa também o reconhecimento da qualidade de um programa inovador, um undergraduate double degree, que combina o melhor do sistema de educação europeu, com a Católica-Lisbon, com o melhor do sistema americano, na Knauss School of Business. Esta distinção é o culminar do sonho que possuía ao escolher uma faculdade e escolher a Católica-Lisbon pelo programa de Double Degree e pelo sonho de vir estudar para os Estados Unidos”, refere, em comunicado.

Este reconhecimento anual pretende celebrar as conquistas de 100 finalistas universitários, nomeados pelas 50 melhores escolas de negócios dos EUA. O aluno, o único português a ser reconhecido na lista “100 Best & Brightest Business Majors of 2022”, foi nomeado pela Knauss School of Business, instituição onde se encontra a frequentar o programa International Business and Supply Chain Management, pelo seu desempenho académico, liderança extracurricular, potencial inato e compromisso global em promover “business for good”.

João Pires Coelho tinha já sido reconhecido pela Universidade de São Diego, em 2020 e 2021, ao integrar a “Dean’s List”, uma lista reconhecida pelo dean com os melhores alunos da instituição.

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Marcelo vai pedir fiscalização preventiva da futura lei de emergência sanitária

  • ECO
  • 12 Maio 2022

Pedido de fiscalização preventiva poderá evitar eventuais dúvidas e impugnações relativas ao futuro diploma da lei de emergência sanitária, defende o Presidente da República.

O Presidente da República adiantou esta quinta-feira que vai pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva de um eventual futuro diploma da lei de emergência sanitária. “Mais vale prevenir do que remediar”, argumentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações citadas pelo Público (acesso condicionado).

Em causa não estão eventuais fragilidades da lei, mas sim garantir que é robusta, para não surgirem dúvidas. “Imaginem que concordo com a lei e não tenho dúvidas sobre a constitucionalidade. Temo que depois comece a haver recursos ou impugnações de vários cidadãos sobre isto ou aquilo“, apontou o chefe de Estado.

Assim, quando avançar uma nova lei de emergência sanitária, cujo processo legislativo ainda não arrancou, Marcelo vai “apreciá-la e mandá-la para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva”. Tal “dará uma força enorme aos tribunais” para a aplicação da lei, sustentou o Presidente da República.

O anteprojeto de lei de proteção em emergência de saúde pública já foi enviada à Assembleia da República, aos governos regionais e às associações de municípios e de freguesias, segundo anunciou esta quarta-feira o gabinete do primeiro-ministro. O diploma foi elaborado por uma comissão técnica designada por António Costa para estudar a revisão do quatro jurídico aplicável em contexto de pandemia, tendo em conta a experiência vivida com a Covid-19.

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Alto Minho candidata projetos de 16,4 milhões para criar 377 camas para estudantes

  • Lusa
  • 12 Maio 2022

Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e câmaras de Valença e Melgaço candidatam projetos de 16,4 milhões de euros ao Plano de Recuperação e Resiliência para criar 377 camas para estudantes.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e as Câmaras de Valença e Melgaço candidataram ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) projetos de 16,4 milhões de euros para criar 377 camas para estudantes.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, adiantou que uma das duas candidaturas promovidas pela instituição prevê a construção de uma nova residência universitária na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), na avenida do Atlântico, junto à Praia Norte, em Viana do Castelo.

O segundo projeto prende-se com a requalificação do centro académico do IPVC, situado no centro daquela cidade, “num investimento estimado em cerca de 1,5 milhões de euros”.

As nossas expectativas são elevadas, porque os projetos foram bastante bem classificados. Além disso, trata-se de uma necessidade urgente.

Carlos Rodrigues

Presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

Carlos Rodrigues justificou a intervenção com a “necessidade de melhoria das condições do alojamento dos estudantes”, afirmando que “há tipologias de quartos que já não se adequam à realidade atual”.

O responsável adiantou que os dois projetos promovidos pelo IPVC passaram, no final de abril, à segunda fase do processo de candidatura ao PRR, estimando a sua conclusão “até final de julho”.

Em causa está o concurso para apoio financeiro à construção, reabilitação e renovação de residências para estudantes do ensino superior, do PRR, para alargar a atual oferta de camas a preços acessíveis.

“As nossas expectativas são elevadas, porque os projetos foram bastante bem classificados. Além disso, trata-se de uma necessidade urgente”, afirmou, referindo-se à criação de alojamento para os estudantes.

Já as câmaras de Valença e Melgaço, em parceira com o IPVC, promoveram mais duas candidaturas para a construção de residências universitárias para os estudantes que frequentam a Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE) e a Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL), respetivamente.

O projeto para criação de alojamento estudantil a custos acessíveis de Valença prevê a criação de 56 camas, num investimento de 1.812.600 euros.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara, o socialista José Manuel Carpinteira, disse que o município pretende “aumentar as condições para alguns dos alunos deslocados e bolseiros que estudam ou que possam vir a estudar na ESCE”, permitindo-lhes “o acesso a alojamento de qualidade a preços controlados”.

A nova residência universitária será dotada de “salas de refeição, biblioteca, salas de convívio e estudo, lavandarias, área de gestão e administrativa, sala de TV e jogos, estacionamento exterior e espaço exterior de convívio”.

José Manuel Carpinteira adiantou que o local destinado à residência “localiza-se numa zona estratégica do aglomerado urbano da cidade, que garante a proximidade à ESCE e, ao mesmo tempo, num raio de 200 metros permite o acesso a infraestruturas públicas, como ao pavilhão gimnodesportivo, piscina e biblioteca municipal”.

Ao “nível de acesso aos meios de transporte, o espaço encontra-se a uma distância de 10 minutos a pé da Estação Ferroviária de Valença e numa das principais vias de circulação de transporte público”, especificou.

O presidente da Câmara de Melgaço, o socialista Manoel Batista, adiantou que a candidatura do município prevê a reabilitação da escola primária de Prado e a sua adaptação às funções de alojamento estudantil, num investimento de 680 mil euros que criará 21 camas.

O programa de apoio do PRR prevê que os projetos sejam executados até março de 2026.

Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 CTESP e outras formações de caráter profissionalizante.

Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).

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Governo aprova ajuste de preços das obras à subida de custos

Caso os custos com materiais, mão-de-obra ou equipamento subam mais de 20% durante a execução das empreitadas, as construtoras poderão forçar a revisão dos preços.

O Governo aprovou um regime de ajuste de preços das obras ao aumento dos custos. O Conselho de Ministros desta quinta-feira deu ‘luz verde’ ao regime excecional, facultativo e temporário para a subida de preços nas empreitadas. A medida será publicada agora em Diário da República, onde será determinada a data de entrada em vigor.

O decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros “estabelece um regime excecional e temporário no âmbito do aumento dos preços com impacto em contratos públicos”, lê-se no comunicado. “O diploma surge como resposta ao aumento excecional dos custos com matérias-primas, materiais, mão-de-obra e equipamentos de apoio, com impacto em contratos públicos, especialmente nos contratos de empreitadas de obras públicas que venham a ser celebrados ou já em execução”, justifica o Executivo.

Com esta medida, qualquer construtora poderá forçar a revisão dos preços das empreitadas caso os custos de materiais, da mão-de-obra ou do equipamento subam pelo menos 20%, como escreveu esta quinta-feira o jornal Público. (acesso condicionado)

A revisão de preços das obras irá ocorrer mesmo que não haja acordo entre o dono da obra e o empreiteiro.

Também está previsto o prolongamento dos prazos das obras sem penalizações para as construtoras, caso não consigam obter os materiais necessários necessários para a execução das obras “por motivos que comprovadamente não lhe sejam imputáveis”, refere o diploma.

O novo regime pretende evitar que as obras públicas não fiquem paradas por falta de fundos. Exemplo disso são as obras ao abrigo do plano de investimentos Ferrovia 2020, que deverão ficar concluídas até ao final de 2023 e que estão sob supervisão da Infraestruturas de Portugal.

A medida também afeta as autarquias e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, indicou na semana passada o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros, em que a medida foi discutida na generalidade.

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Atividade económica voltou a travar no início de maio

Depois de ter acabado abril em desaceleração, a atividade económica voltou a travar no início de maio. Tal poderá estar relacionado com os impactos indiretos da invasão russa na Ucrânia.

A economia portuguesa travou novamente na semana terminada a 8 de maio, em comparação com a semana anterior, de acordo com os dados do indicador diário de atividade económica (DEI) do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. A atividade económica continua, porém, a ser superior à da mesma altura do ano anterior.

Na semana terminada a 8 de maio, o indicador diário de atividade económica (DEI) aponta para uma taxa de variação homóloga da atividade inferior à observada na semana anterior“, revela o banco central.

Após um pico a meio de abril (ver gráfico), a economia portuguesa começou a desacelerar significativamente em comparação com o mesmo período do ano passado, crescendo agora 2,9% em termos homólogos, de acordo com a média móvel semanal do DEI – indicador diário de atividade económica do Banco de Portugal — a 5 de maio.

Já o último valor diário, relativo a 8 de maio, apontava para um crescimento homólogo de apenas 1,4%.

Estes dados sugerem que as ondas de choque da invasão russa à Ucrânia já estarão a castigar a atividade económica portuguesa. A subida dos preços da energia agravada pelo conflito deverá travar a expansão económica, assim como outros efeitos indiretos através de exportações de bens e serviços, potenciais repercussões da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), entre outros fatores.

No primeiro trimestre, o qual já incluiu um mês inteiro de guerra (março), o PIB surpreendeu pela positiva e cresceu 2,6% em cadeia, superando todas as expectativas. Em março, o consumo de gasóleo e de gasolina — um dos indicadores importantes para a economia — atingiu um máximo histórico.

Mesmo em abril, a economia portuguesa mostrou-se pujante e outros indicadores de confiança até recuperaram, mas no final do mês o DEI começou a mostrar sinais de travagem, agora confirmados pelo arranque de maio. Também a taxa bienal, que permite comparações com o nível pré-pandemia, mostra uma forte deterioração, registando valores negativos tanto na média móvel semanal (-0,3%) como no último valor diário (-4,8%).

Este novo indicador divulgado pelo banco central incorpora diversas séries de informação: o tráfego rodoviário de veículos comerciais pesados nas autoestradas, o consumo de eletricidade e de gás natural — o que poderá ser afetado pelo aumento dos preços acentuado pela guerra —, a carga e correio desembarcados nos aeroportos nacionais e as compras efetuadas com cartões em Portugal por residentes e não residentes.

O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do DEI. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente. A próxima divulgação do DEI está marcada para 19 de maio.

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Reclamações nos criptoativos fazem disparar alertas no Portal da Queixa

Portal da Queixa alerta para queixas recebidas sobre investimento em criptoativos, aponta para falta de literacia digital como a origem de potenciais burlas, e enumera conjunto de riscos a considerar.

Já são inúmeras as reclamações, relacionadas com o investimento em criptoativos, dirigidas a várias entidades do setor, diz o Portal da Queixa. Entre as queixas mais comuns, os consumidores falam em dificuldades no acesso às suas contas, falta de informação clara e concisa, e burlas. O Portal da Queixa sublinha a importância de ter em atenção os perigos, mas também reforçar a literacia digital antes de investir.

Segundo a rede social de consumidores, existe um potencial risco de burla derivado, principalmente, da falta de conhecimento sobre criptoativos, e sobre o risco associado ao investimento nos mesmos enquanto valores imobiliários. O Portal da Queixa, em comunicado, apela à cautela dos consumidores, e dos investidores, no caso de promessas de ganhos avultados e rápidos.

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, defende que existe um “novo padrão de consumo” e investimento, e sendo que os criptoativos se apresentam como “a moeda do futuro”, estes acabam por atrair entusiastas do meio digital. “Sendo este um tema complexo, e ainda não regulamentado, parece-me absolutamente necessário deter um profundo conhecimento sobre o tema antes de avançar com o investimento, algo que nem sempre acontece”, esclarece Lourenço.

O Portal da Queixa deixa ainda um conjunto de riscos a considerar antes de investir neste tipo de produtos, sendo o primeiro relativo ao risco de fraude nas redes sociais, através dos influencers. No entender da plataforma, é necessária atenção quando são usadas estratégias de marketing agressivas, com informação pouco clara, incompleta ou enganadora, pois estes conteúdos focam-se em potenciais ganhos e ofuscam possíveis riscos, havendo ainda, frequentemente, um incentivo financeiro próprio por detrás da promoção.

A plataforma adverte também para o risco de liquidez, visto não estar assegurada a venda dos criptoativos adquiridos, bem como para o risco de perda parcial ou total do investimento, e branqueamento de capitais. Para evitar a perda de investimento, a plataforma aconselha a procurar cláusulas sobre este assunto no caso de haver contratos envolvidos. Dado o anonimato associado aos criptoativos, o portal alerta também para a possível falta de informação quanto à origem dos fundos investidos.

O Portal da Queixa nota, por fim, a falta de regulamentação e proteção dos investidores no que toca ao investimento em criptoativos, pois sem ela, não é possível determinar se os ativos estão abrangidos pela regulamentação aplicável ao mercado de valores mobiliários.

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Empresas vão ter catálogo de serviços para acelerar transição digital

Projeto previsto na "bazuca" deve ser lançado no último trimestre e vai ajudar as empresas na transição digital dos seus negócios. Escolha das PME que entram no catálogo arranca no verão.

Vanda de Jesus lidera a estrutura de missão Portugal Digital desde junho de 2020Hugo Amaral/ECO

O Catálogo de Serviços de Transição Digital, que vai apoiar as empresas na digitalização dos seus negócios, deverá ser lançado no quarto trimestre deste ano, disse ao ECO a diretora executiva da estrutura de missão Portugal Digital, Vanda de Jesus. A criação da ferramenta está prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

De acordo com a responsável, este catálogo vai servir de montra aos serviços de apoio à transição digital prestados por pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, que serão escolhidas por consulta pública, a ser lançada, em princípio, neste verão, revelou a mesma responsável.

Uma empresa que identifique carências de digitalização numa determinada parte da operação pode recorrer ao catálogo para encontrar ajuda, avançando por sua conta ou recorrendo a incentivos do PRR.

Entre esses incentivos estão as aceleradoras de comércio digital, que vão apoiar as empresas mais atrasadas na transição, ou o programa Coaching 4.0, através do qual vai ser possível pedir um voucher de cerca de dez mil euros por empresa, explicou Vanda de Jesus, à margem do congresso anual da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre em Lisboa.

Para as empresas que precisem de ajuda a identificar as necessidades de digitalização, a estrutura de missão Portugal Digital vai disponibilizar também uma espécie de ferramenta de diagnóstico que identifica o respetivo “nível de maturidade digital”, mostrando assim onde estão as principais carências. O lançamento está previsto para o mês de junho, disse Vanda de Jesus.

Academia sai do papel em junho

Além destas iniciativas, a estrutura de missão Portugal Digital está a preparar o lançamento da Academia Portugal Digital. O lançamento estava originalmente previsto para março, mas a diretora executiva revelou estar agora “a tentar ter uma versão beta [fase inicial] até ao final de junho”. A versão final só chegará em 2023, dado que o processo está dependente de concurso público internacional, justificou.

Nesta plataforma, todos os cidadãos terão acesso a cursos gratuitos nas áreas tecnológicas e digitais, o que lhes pode abrir portas em áreas diferentes da sua formação original. A Academia Portugal Digital é, deste modo, direcionada a quem quiser melhorar competências digitais ou procurar uma especialização na área. As empresas também vão poder recorrer à academia para formar os seus trabalhadores.

Acredito que este ano vamos conseguir acelerar o e-residency.

Vanda de Jesus

Diretora executiva da estrutura de missão Portugal Digital

Ajuda à Ucrânia desbloqueia e-residency

Vanda de Jesus fez ainda um balanço do desenvolvimento do e-residency, um programa que vai permitir aos cidadãos estrangeiros a obtenção de identidade e residência digital em Portugal, de forma mais simples e rápida. É uma ideia que o anterior Governo chegou a prever lançar no final de 2021, mas a operacionalização tem-se revelado mais difícil do que o antecipado. Contudo, a guerra na Ucrânia pode ter contribuído para desbloquear este processo.

“Não consigo dar uma data para o e-residency“, disse a responsável. No entanto, salientou que foi feito um “trabalho interagências”, nomeadamente com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Agência para a Modernização Administrativa (AMA) e Instituto dos Registos e Notariado (IRN).

Ora, a necessidade de acolhimento e inclusão rápida dos refugiados ucranianos “veio demonstrar a importância da aceleração quer do e-residency, quer dos nómadas como fenómeno”, explicou.

“Portanto, [o e-residency] está totalmente como ponto de agenda e está reforçado naquilo que era um projeto que vinha do Plano de Ação [para a Transição Digital]. Acredito que este ano vamos conseguir acelerar o e-residency“, concluiu.

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Dona da Tabaqueira atinge meta de 40% de mulheres em funções de gestão

A próxima meta a alcançar já foi estabelecida: 35% de mulheres em cargos superiores até 2025. 

A Philip Morris International (PMI), a dona da Tabaqueira, alcançou o objetivo global de equilíbrio de género a que se tinha comprometido. A companhia já assegura, pelo menos, 40% de representação feminina em funções de gestão prevista para 2022. A próxima meta a alcançar já está definida: 35% de mulheres em cargos superiores até 2025.

“Estou imensamente orgulhoso do compromisso assumido pela PMI, e que nos permitiu alcançar a igualdade de oportunidades no local de trabalho, independentemente do género. O cumprimento deste objetivo demonstra que a nossa estratégia de inclusão e diversidade está a funcionar. A existência de perfis, backgrounds e perspetivas diversificadas permite-nos tomar melhores decisões e mais ponderadas, bem como contribuir para um desempenho melhor e mais sustentável”, afirma Jacek Olczak, CEO da PMI.

“Acredito firmemente que uma cultura baseada na justiça, na inclusão e na diversidade são cruciais para o progresso da PMI na prossecução de um futuro sem fumo e continuarão a beneficiar a nossa empresa, à medida que nos tornamos cada vez mais focados nas necessidades dos nossos consumidores”, acrescenta, citado em comunicado.

O novo objetivo que a empresa agora estabelece –- 35% de mulheres em cargos superiores até 2025 –- demonstra a aposta contínua da PMI em matéria de igualdade de género. Além disso, a empresa anuncia esta quinta-feira também a recertificação de EQUAL-SALARY, atribuída pela Fundação independente EQUAL-SALARY. Esta recertificação confirma que a PMI continua a pagar de forma igual a homens e mulheres pelo desempenho de funções iguais nos mais de 90 mercados onde opera.

“Este foi um esforço levado a cabo por toda a empresa, que exigiu que todos assumissem as suas responsabilidades. Estou extremamente satisfeita por termos atempadamente cumprido o nosso objetivo, mas reconheço que ainda temos um longo caminho a percorrer na nossa jornada de diversidade, igualdade e inclusão. Com isto em mente, o nosso próximo grande objetivo de representação de género inclui 35% de mulheres em cargos superiores até 2025”, diz Silke Muenster, responsável pela área da diversidade da PMI.

“Uma força de trabalho verdadeiramente diversificada é uma parte fundamental para alcançar o nosso objetivo de construir um futuro sem fumo. Estou muito orgulhosa dos progressos que fizemos até à data e estou confiante no que iremos atingir no futuro”, conclui.

Boas práticas

No passado mês de março, Silke Muenster dizia, em conversa com a Pessoas, que a empresa se esforça por recrutar em igual número mulheres e homens. Isso começa logo por, ao redigir os anúncios de emprego, utilizar linguagem neutra, de forma a garantir todos os candidatos, independentemente do género, submetem a sua candidatura.

Silke Muenster, responsável pela área da diversidade da PMI.

Uma vez na empresa, os profissionais podem contar com um programa de desenvolvimento profissional. “Concentramo-nos em apoiar o crescimento e progresso de todos os colaboradores através de planos de desenvolvimento personalizados e acesso a oportunidades de aprendizagem, contribuindo para uma liderança mais equilibrada em termos de género ao longo do tempo”, detalhava a responsável pela diversidade da companhia, na altura.

Ainda neste campo, a PMI começou, a partir de janeiro 2021, a implementar uma licença parental global mais inclusiva. O objetivo é ajudar os seus colaboradores — mulheres e homens — a serem pais mais presentes, capazes de equilibrar a vida pessoal e a vida profissional. “Estes novos princípios de licença mínima proporcionam aos prestadores de cuidados primários um mínimo de 18 semanas de licença parental totalmente remuneradas e aos prestadores de cuidados secundários um mínimo de oito semanas de licença parental totalmente remuneradas”, defendeu Silke Muenster.

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Marriott chega aos mil hotéis na Europa, Médio Oriente e Ásia com abertura do The Westin em Londres

Cadeia internacional alcança o marco de 1.000 hotéis na região EMA (Europa, Médio Oriente e Ásia) com a abertura do The Westin London City.

A Marriott International escolheu Londres para sediar o The Westin London City, naquela que representa a milésima unidade hoteleira na Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Mas os planos de expansão não ficam por aqui. Para 2022 e 2023, a cadeia hoteleira quer somar mais 200 propriedades na mesma região, num total de 38 mil quartos.

“Estamos muito orgulhosos de alcançar mil hotéis da Marriott International em toda a região EMEA. Este crescimento deve-se à nossa história, e parece apropriado que a nossa milésima propriedade seja um fantástico Westin em Londres”, diz Satya Anand, presidente da Marriott International para a EMEA, citado em comunicado. Só no ano passado, a empresa abriu cerca de 90 novas unidades naquela região.

The Westin London City, 1.000º hotel da Marriott International na EMEA.D.R.

O grupo afirma que as marcas Marriott International — AC by Marriott, Moxy Hotels, Courtyard by Marriott, Residence Inn by Marriott, Aloft Hotels, Element Hotels e Four Points by Sheraton — continuam a liderar o crescimento em toda a Europa, respondendo por mais de 50% do atual pipeline da Marriott na região da Europa. A Moxy (pensada para os jovens) vai ganhar 26 hotéis em 2022 e 2023.

Está ainda previsto inaugurar a marca Fairfield by Marriott na Europa em 2025, com os hotéis Fairfield by Marriott Badhoevedorp Amsterdam Schiphol Airport (Holanda) e o Fairfield by Marriott Copenhagen Nordhavn (Dinamarca), refere o comunicado. Esperam-se novas aberturas na Europa, Arábia Saudita e no continente africano, com destinos como o Quénia, Nigéria e Gana.

“À medida que emergimos da pandemia global, continuamos a ver um forte interesse por parte dos proprietários pelo portfólio das 30 marcas de hotéis confiáveis da Marriott“, diz Satya Anand. “Verificámos um aumento de número de membros do Marriott Bonvoy que estão se adaptando às mudanças nos requisitos de viagem para aproveitar essas férias tão importantes o que faz acreditar que o futuro das viagens é brilhante”, acrescenta.

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Portugal é o terceiro país da zona euro com maior peso dos juros pagos no PIB

  • Lusa e ECO
  • 12 Maio 2022

Apesar do peso no PIB, Portugal registou uma redução de 10,8% de despesa em juros relativos à dívida pública.

Portugal é o terceiro país da zona euro com o maior peso dos juros pagos no PIB em 2021, ainda que tenha registado uma redução de 10,8% de despesa em juros relativos à dívida pública, segundo o INE.

Nos dados detalhados relativos à despesa pública em 2021, divulgados hoje, o Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que Portugal registou um dos valores mais altos no peso dos juros pagos no Produto Interno Bruto (PIB) (2,4%), sendo apenas ultrapassado pela Grécia (2,5%) e pela Itália (3,5%), países que apresentaram também um nível de dívida pública, em percentagem do PIB, superior.

Contudo, Portugal pagou cerca de 5,2 mil milhões de euros em juros relativos à sua dívida pública, o que representou uma redução de 10,8% face ao ano anterior e de 38,8% relativamente ao valor registado em 2014, ano da conclusão do Programa de Assistência Económica e Financeira.

“A evolução decrescente dos juros pagos, a partir de 2014, é sobretudo resultado da redução das taxas de juro, uma vez que a evolução da dívida bruta das administrações públicas (consolidada) foi, em geral, crescente”, refere o INE.

O INE recorda que, comparando com o conjunto da zona euro, em 2011 verifica-se um aumento substancial do peso dos juros pagos no PIB em Portugal face à zona euro, “quando o acesso do país aos mercados da dívida ficou fortemente limitado, em plena crise financeira”.

“Nesse ano, o peso dos juros pagos atingiu 4,3% do PIB (contra 3% no conjunto dos países da área do Euro), progredindo para um máximo, em 2014, de 4,9%, quando o valor deste indicador para a área do Euro foi 2,6%. Desde então, o peso dos juros pagos no PIB tem vindo a descer, situando-se, ainda assim, muito acima do registado para o conjunto da área do euro”, sublinha.

Em 2021, a despesa pública total atingiu 101,7 mil milhões de euros, o que corresponde a 48,1% do PIB, menos 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2020, sendo o peso da despesa pública no PIB em Portugal inferior em 4,4 p.p. à média da zona euro.

Peso do investimento público no PIB em Portugal foi o terceiro mais baixo da zona euro em 2021

O investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, mas o peso relativo desta rubrica no Produto Interno Bruto (PIB) foi o terceiro mais baixo da zona euro, segundo dados do INE, divulgados hoje. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento representou 5,3% da despesa pública total em 2021, registando uma variação positiva de 16,9%, face ao ano anterior, ao atingir 5,4 mil milhões de euros.

“Este acréscimo deveu-se, principalmente, à despesa realizada pelas empresas de metropolitano de Lisboa e Porto associada à expansão das respetivas redes e aquisição de material circulante e à aquisição de computadores no âmbito do Projeto de Universalização da Escola Digital pelo Ministério da Educação”, refere o relatório do organismo de estatística.

No entanto, destaca que, quanto ao peso relativo do investimento no PIB, em 2021, apesar deste aumento, “Portugal salienta-se por continuar a apresentar um dos valores mais baixos (2,5%) entre os países da área do Euro” e cuja média foi de 3%. De acordo com os dados do INE, apenas a Irlanda e a Alemanha apresentaram menores pesos do investimento público no PIB em 2021.

Em 2021, o valor nominal da despesa pública aumentou 3,0% face ao ano anterior, atingindo 101,7 mil milhões de euros, representando 48,1% do PIB. As prestações sociais foram a rubrica com maior peso relativo, representando 40,7% do total da despesa, enquanto as remunerações e o consumo intermédio corresponderam a 24,5% e 12,0% desse total, respetivamente.

O INE detalha que, comparando com a zona euro e tomando com referência o PIB, verifica-se que Portugal apresenta pesos relativamente maiores da despesa pública com remunerações e com pagamento de rendimentos de propriedade, e relativamente menores da despesa pública com prestações sociais, consumo intermédio e investimento.

“Detalhando a comparação com os Estados-membros que integram a área do Euro, começando pelas remunerações, em 2021, Portugal encontrava-se a meio da tabela entre os 19 países da área do Euro, com um valor (11,8%) inferior ao de Espanha e Grécia (12,2% e 12,3%, respetivamente) mas superior tanto ao de Itália (9,9%) como à média da área do Euro (10,3%)”, indica.

O INE refere ainda que, relativamente ao consumo intermédio, o peso no PIB, em Portugal, foi inferior (5,8%) ao de Espanha e Itália (6,0% e 6,9%, respetivamente), mas superior ao da Grécia (5,6%), situando a média do conjunto dos países da zona euro em 6,2%.

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