PAN com 30 propostas para OE2022 na expectativa de PS viabilizar mesmo com maioria absoluta

António Costa mostrou abertura para negociar com o PAN na fase de especialidade. O partido avança já com 30 propostas de alterações, sendo que algumas já tinham sido negociadas em outubro de 2021.

Tendo optado pela abstenção na votação, a líder do PAN, Inês Sousa Real, avisou na semana passada no debate do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) que “muito ficou de fora” da proposta do Governo. Em resposta, António Costa mostrou abertura para ir mais além: “Seguramente na especialidade poderemos ter em conta as propostas que venha a apresentar”, disse o primeiro-ministro. Esta segunda-feira o partido avançou com as primeiras 30 propostas ao OE2022, com a esperança de que, mesmo com maioria absoluta, o PS viabilize as suas alterações.

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza deu hoje entrada às primeiras 30 propostas de alteração (PA) para um OE que o PAN pretende que seja mais verde, socialmente mais justo e e mais robusto em proteção animal“, anuncia o partido esta segunda-feira em comunicado. A expectativa do partido é que algumas destas medidas, que já tinham sido negociadas no OE2022 que foi chumbado em outubro do ano passado, venham a ser viabilizadas pelos socialistas.

É o caso da implementação de fluxos de Gestão de Resíduos Têxteis e da despoluição dos rios, assim como o reforço das verbas para a proteção animal e o reforço do dinheiro alocado ao combate contra a pobreza energética. Neste último caso, o PAN tinha proposto na altura “um investimento de 280 milhões no combate à pobreza energética e adaptação das casas às alterações climáticas” e havia abertura do Executivo para aceitar — falta saber se se mantém. A essa proposta acresce o alargamento do acesso à tarifa social de energia e à tarifa social de gás.

O PAN também está convicto que propostas como a Rede Nacional de Bancos de Leite Materno ou a criação da carreira de Técnico Auxiliar de Saúde têm pernas para andar uma vez que o anterior Governo de Costa tinha dado a “luz verde” nas anteriores negociações. Em dúvida está a nova proposta de baixar para 0% o IVA dos bens do cabaz essencial (pão, fruta, legumes, entre outros) uma vez que tal depende da transposição para a legislação nacional de uma nova diretiva europeia aprovada recentemente.

O ECO sabe que o PAN e o Governo ainda não realizaram as habituais reuniões setoriais para negociar o Orçamento, mas tal deverá ocorrer nas próximas semanas. As propostas de alteração ao OE2022 têm de ser entregues até ao final do dia de 13 de maio e a votação na especialidade decorre de 23 a 26 de maio.

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Estes seis jogadores podem render milhões ao Benfica, Sporting e Porto

O Observatório do Futebol apontou os 10 jogadores mais apetecíveis a atuar fora das cinco principais ligas na Europa. Venda de Darwin Nuñez pode chegar aos 70 milhões.

Com a época futebolística prestes a terminar e o mercado de transferências a começar a agitar-se, o Observatório do Futebol do CIES – International Centre for Sports Studies – divulgou esta segunda-feira a lista dos 10 jogadores mais apetecíveis a atuar fora das cinco ligas mais importantes na Europa (Inglaterra, Espanha, França, Itália e Alemanha).

Num relatório que conjuga vários fatores como a idade, a duração do contrato, a equipa atual e a qualidade das exibições na presente época, o avançado Darwin Nuñez, a jogar no Benfica, lidera a tabela onde aparecem mais cinco jogadores que atuam na liga portuguesa de futebol.

O relatório estima que, em caso de transferência, o valor do uruguaio possa chegar aos 70 milhões de euros, valor que poderá ser ultrapassado com facilidade porque o jogador do Benfica já há muito que é seguido pelos principais clubes de topo na Europa, deixando antever um autêntico leilão pelo goleador de 22 anos.

Os sportinguistas Gonçalo Inácio, Matheus Nunes e Pedro Gonçalves, em caso de transferência, podem atingir valores a rondar os 50 milhões de euros, cada.

Esta é a lista dos dez jogadores e respetivos valores (estimados) de transferência:

  • Darwin Nuñez (BENFICA) – 70,7 milhões de euros
  • Anthony dos Santos (AJAX) – 57,5 milhões de euros
  • Gonçalo Inácio (SPORTING) – 52.2 milhões de euros
  • Cody Gakpo (PSV EINDHOVEN) – 49,7 milhões de euros
  • Matheus Nunes (SPORTING) – 49,5 milhões de euros
  • Pedro Gonçalves (SPORTING) – 49,2 milhões de euros
  • Gonçalo Ramos (BENFICA) – 42,9 milhões de euros
  • Diogo Costa (FC PORTO) – 41,4 milhões de euros
  • Charles De Ketelaere (CLUB BRUGGE) – 39,9 milhões de euros
  • Sébastien Haller (AJAX) – 39,6 milhões de euros

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Mélenchon alia-se aos verdes na frente contra Macron

France Insoumise alia-se aos verdes em “momento histórico”, e Partido Comunista pode seguir o exemplo. Esquerda francesa une-se contra Macron e diz estar pronta para “desobedecer às regras europeias”.

O líder da extrema-esquerda francesa, Jean-Luc Mélenchon, da France Insoumise (França Insubmissa), uniu-se aos verdes no que ambos designaram de “um momento histórico, havendo ainda a possibilidade de uma futura aliança com o Partido Comunista, avançou esta segunda-feira a agência Reuters (acesso condicionado).

Os partidos à esquerda procuram formar uma frente unida contra o presidente Emmanuel Macron, para as eleições legislativas do próximo mês, sendo que Fabien Roussel, candidato presidencial do Partido Comunista, já disse que o seu partido pode seguir o exemplo dos verdes.

Macron assegurou um segundo mandato nas eleições de abril, mas precisa do apoio de uma maioria para aprovar a sua agenda legislativa pró-empresas e União Europeia, bem como aumentar a idade da reforma. As sondagens iniciais, para as eleições de 12 a 19 de junho, apontam para o sucesso do atual presidente francês, embora a oposição, à esquerda e direita, procure formar alianças de modo a bloquear as reformas de Macron.

A aliança de Mélenchon com os verdes já anunciou estar pronta para “desobedecer às regras europeias”, nomeadamente em questões orçamentais e de concorrência, embora defendam que França não deve sair da União Europeia ou abandonar o euro. Entre os planos da coligação estão também a redução da idade da reforma para os 60 anos, o aumento do salário mínimo e a definição de um teto máximo nos preços dos produtos essenciais.

Entre as medidas apoiadas por Mélenchon está também a saída francesa da aliança militar da NATO.

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Primeira demissão no Governo. Secretária de Estado da Igualdade e Migrações sai

O Presidente da República aceitou o pedido de demissão da secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Sara Abrantes Guerreiro. Isabel Maria Almeida Rodrigues foi escolhida para sucessora.

O Presidente da República aceitou o pedido de demissão da secretária de Estado da Igualdade e Migrações Sara Abrantes Guerreiro, informa uma nota publicada no site da Presidência. Isabel Almeida Rodrigues foi nomeada para a substituir e vai tomar posse ainda esta segunda-feira.

O Presidente da República aceitou a proposta do Primeiro-Ministro de exoneração, a seu pedido, de Sara Abrantes Guerreiro, como Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, e a nomeação, para o mesmo cargo, de Isabel Maria Duarte de Almeida Rodrigues”, adianta o Chefe de Estado, numa curta nota publicada esta segunda-feira no site da Presidência.

Além disso, o Presidente da República informa ainda que a tomada de posse da nova secretária de Estado da Igualdade e Migrações vai ter “lugar, em cerimónia restrita no Palácio de Belém, esta segunda-feira, dia 2 de maio, pelas 19h30″.

Minutos depois desta nota ter sido divulgada, Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu que o pediu de demissão se deveu a uma “questão pessoal e de força maior”, afastando qualquer ligação com o caso relativo ao acolhimento de refugiados ucranianos pela Câmara Municipal de Setúbal. Recorde-se que o Expresso avançou que refugiados ucranianos foram recebidos na Câmara de Setúbal por responsáveis de uma associação pró-Putin e que alegadamente terão fotocopiado documentos de identificação, levando alguns a sentirem-se ameaçados.

O Chefe de Estado garantiu ainda que se tratou de uma “substituição imediata”, dado que o pelouro dos refugiados “é um pelouro muito importante” no contexto de guerra na Ucrânia, afirmou em declarações transmitidas pela RTP3.

A nova secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Rodrigues, é deputada do PS eleita pelo círculo eleitoral dos Açores e está na Assembleia da República desde 2019. Licenciada em Direito, já desempenhou cargos governativos, como o de secretária Regional Adjunta da Presidência para os Assuntos Parlamentares, segundo consta no site do Parlamento.

(Notícia atualizada)

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Segurança Social prolonga prazo para independentes entregarem declaração trimestral

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

"Atendendo à existência de perturbações pontuais na Segurança Social Direta, foi prolongado até ao dia 4 de maio o prazo para entregar a declaração trimestral", avançou a Segurança Social.

A Segurança Social anunciou esta segunda-feira que prorrogou o prazo para os trabalhadores independentes entregarem a declaração trimestral de abril, até quarta-feira, devido a “perturbações pontuais” no portal.

“Atendendo à existência de perturbações pontuais na Segurança Social Direta, foi prolongado até ao dia 04 de maio o prazo para entregar a declaração trimestral por trabalhadores independentes”, lê-se na nota publicada hoje no ‘site’.

A Segurança Social afirma que está “a trabalhar para melhorar a qualidade dos serviços digitais disponibilizados”, lamentando “qualquer incómodo causado”. Os trabalhadores independentes têm de entregar a segunda declaração trimestral em abril, referente aos rendimentos auferidos entre janeiro e março de 2022.

Os rendimentos recebidos em janeiro, fevereiro e março servem para o cálculo das contribuições dos meses de abril, maio e junho. Já em 23 de abril, a Segurança Social informou que o portal da Segurança Social Direta (SSD) iria estar indisponível “por motivos de intervenção técnica programada no seu sistema de informação”.

Segundo o aviso então publicado, o portal terá ficado indisponível “entre as 16:00 de sábado, dia 23 de abril e as 05:00 de domingo, dia 24 de abril”. “Esta intervenção visa melhorar a qualidade dos serviços digitais disponibilizados”, indicou a Segurança Social.

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Kitch celebra multiculturalidade dos chefs

Através da história de diferentes chefs, o projeto BLEND vai dar a conhecer as influências, ingredientes e técnicas de culturas diferentes que chegam às nossas mesas.

A Kitch acaba e anunciar o lançamento do projeto BLEND, uma plataforma editorial que visa destacar a multiculturalidade nas cozinhas, dentro e fora do universo Kitch.Trata-se de histórias inspiradoras de chefs, empreendedores, cozinheiros e donos de restaurantes que utilizam a comida como forma de misturar e valorizar culturas”, descreve a startup tecnológica portuguesa que tem como missão ajudar os restaurantes a tornarem-se digitais sem abdicarem da sua independência.

A história do chef português Tiago de Lima Cruz é a primeira a integrar este projeto, que dá, desta forma, a conhecer as influências, ingredientes e técnicas de culturas diferentes que chegam às nossas mesas e são reconhecidas como forma de construir ligações genuínas entre diferentes identidades e heranças.

“Queremos estar ao lado dos restaurantes, não só nas suas lutas diárias, mas também em muitas outras que permitam que sejam valorizados, compreendidos e celebrados. Dentro e fora da Kitch. O projeto BLEND é mais um passo nessa direção. São tantas as pessoas e histórias que encontramos e admiramos ao trabalhar todos os dias com restaurantes, que sentimos que podíamos ser capazes de criar um espaço para as dar a conhecer. E, desde então, tem sido uma jornada de aprendizagem e de partilha que queremos levar a mais pessoas”, explica Filipa Corrêa Mendes, VP of brand da Kitch, citada em comunicado.

Todas as histórias que integram o projeto BLEND irão contar com uma peça editorial publicada no site da Kitch e partilhada nas redes sociais da marca. O foco é a pessoa, um chef, empreendedor, cozinheiro ou dono de um restaurante que partilha o seu percurso pessoal, processo criativo, motivações, influências e recordações, assim como a sua visão.

Consulte mais informações no site do projeto.

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Conduril paga dividendo de um euro até ao dia 20 de maio

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

A construtora registou lucros de 5,7 milhões de euros, quadruplicando os resultados em relação a 2020.

A construtora Conduril informou esta segunda-feira que está a pagar, até ao dia 20 de maio, um dividendo de um euro, relativo aos resultados de 2021, indicou, em comunicado publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em 2021, de acordo com o relatório e contas da empresa de Ermesinde, a Conduril registou lucros de 5,7 milhões de euros, quadruplicando os resultados em relação a 2020.

Tendo em conta estes resultados, a empresa apresentou, como proposta de distribuição de dividendos um total de 1,8 milhões de euros, ou seja, um euro por ação, revelou no documento. Os restantes 3,9 milhões de euros têm como destino a rubrica de outras reservas.

O volume de negócios da empresa, de 156,2 milhões de euros, registou um aumento de mais de 25%, em relação ao período homólogo, uma “evolução alicerçada na atividade em Portugal, que representou 64% da atividade total”, destacou a empresa, no mesmo documento. Por sua vez, o EBITDA, de 17,8 milhões de euros, “registou uma melhoria acima dos 30%”, destacou a construtora.

No ano passado, a Conduril “alargou a sua carteira de obras em curso e o seu leque de clientes nas diferentes geografias, com a angariação de novas obras em Portugal, Angola, Moçambique e Zâmbia”. A empresa recordou o seu pedido de indemnização na subconcessão do Algarve Litoral, sendo que mantém “a convicção” de que terá um desfecho favorável ao longo deste ano.

A Conduril empregou, em média, 2.350 colaboradores, 30% dos quais em território nacional e os restantes no continente africano. No final do ano, a certeira de encomendas do grupo era de mais de 500 milhões, indicou, no mesmo documento.

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CCDR-N admite cancelamento de projetos do Norte 2020 devido ao aumento de preços

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

Presidente da CCDR-N admite possibilidade de cancelamento de projetos do Norte 2020 devido a aumento de preços, e considera que flexibilidade na análise da revisão de preços iria ajudar.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, admitiu esta segunda-feira à Lusa a possibilidade de projetos do programa operacional Norte 2020 serem cancelados devido ao aumento dos preços nas obras públicas.

“Há um conjunto de soluções que têm a ver com o acompanhamento de projetos, com a sinalização de projetos onde possam existir maiores ou menores dificuldades, e com eventualmente mesmo o seu cancelamento, se forem projetos que já não consigam ser executados em prazo, e a libertação de verbas para outros”, disse esta segunda-feira António Cunha.

O presidente da CCDR-N falou à agência Lusa antes da 14.ª reunião do Comité de Acompanhamento do Norte 2020, que decorre na tarde desta segunda-feira em Guimarães, no distrito de Braga, contando com representantes da Comissão Europeia e de autoridades nacionais.

António Cunha lembrou que os projetos de obras públicas, uma “parte significativa” do Norte 2020, foram apanhados pelo “fenómeno duplo” da escassez de matérias-primas e do aumento de preços que lhe está associado.

O presidente da CCDR-N alertou que os aumentos nos preços “podem mesmo criar dificuldades eventualmente inultrapassáveis aos projetos”.

“Nós estamos a receber mensagens de preocupação de muitas entidades promotoras, de muitas câmaras municipais. A situação é diversa, tem diferentes leituras, normalmente os projetos em concelhos do interior ainda são mais penalizados por este tipo de lógicas”, explanou à Lusa.

O responsável afirmou ainda que a CCDR-N está a fazer “um acompanhamento muito detalhado” da situação, mas salientou que há questões “associadas a revisões de preços que carecem de alterações a nível regulamentar”, e que ultrapassam a entidade, passando “por decisões quer da Comissão Europeia, quer do Governo”.

Por isso, questionado sobre qual a medida mais urgente para fazer face a este problema, António Cunha considerou que um “quadro de maior flexibilidade para análise da revisão de preços certamente que ajudaria a este processo“.

“Este assunto tem sido abordado em reuniões de caráter mais geral com a Comissão Europeia”, disse esta segunda-feira antes da reunião com os responsáveis europeus, lembrando ainda que não é um assunto específico do Norte, mas sim “de todos os PO [programas operacionais] regionais e de todos os PO que envolvem, nomeadamente, investimentos em infraestrutura física”.

Quanto ao ano de 2022, que se segue ao ano em que o Norte 2020 ultrapassou as metas de execução de 61% (chegando aos 62,3%), o presidente da CCDR-N referiu que face às dificuldades em matérias de preços, “hoje as apreensões são certamente maiores” quanto à prossecução do objetivo de 82,1%.

Destacando o dado positivo de se ter alcançado os 62,3% em 2021, António Cunha não deixou de contrapor que “outra maneira de ver o valor dos 62% é que faltam 38% em dois anos”, já que os fundos têm de estar executados em 2023.

“Ao faltarem 38% em dois anos, quer dizer que as metas para os próximos dois anos são muito exigentes“, disse, lembrando ainda que “1% são 37 milhões de euros”, e os 20% necessários para atingir as metas deste ano rondam os 600 milhões de euros.

Segundo António Cunha, face aos problemas hoje elencados “a questão coloca-se ao nível de revisão de preços”, uma vez que os projetos do Norte 2020 já estão praticamente todos aprovados.

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BCP quer melhor partilha de informação sobre ciberameaças na banca

Administradora do BCP defende que "há muito a fazer" para melhorar a partilha de informação sobre padrões e ameaças informáticas na banca. Comunicação hoje em dia é "muitas vezes informal", revelou.

Diz-se que na cibersegurança não existem concorrentes: idealmente, todos os players de um setor trabalhariam em conjunto para mitigar o risco e combater as fraudes. Para a administradora do BCP Maria José Campos, isto é algo que tem de melhorar no setor bancário, com uma comunicação mais organizada e partilha de informação sobre padrões e ameaças.

“Há caminho a fazer” na “comunicação entre bancos”, disse Maria José Campos esta segunda-feira, numa conferência do Banco de Portugal, onde salientou que essa comunicação “muitas vezes é informal”. A responsável aproveitou a presença de figuras ligadas ao setor financeiro e à área dos pagamentos para apelar a uma “partilha estruturada de novos padrões”, um apelo secundado pelo Banco de Portugal e pela Polícia Judiciária.

A administradora sinalizou que existe agora uma maior preocupação com a cibersegurança na banca, apesar de defender que a proteção “não é uma função só dos bancos”, pois passa também pelo fomento da literacia digital dos cidadãos. O risco de ciberataque de ransomware é até capaz de tirar o sono, admitiu, não pelo pedido de resgate que os burlões fazem pela informação que é cifrada, mas pelo caráter destrutivo deste tipo de incidentes.

Assim, Maria José Campos reiterou que o setor deve “partilhar informação e as melhores práticas”, algo que poderia ajudar a mitigar o risco e combater o cibercrime. “Nesta área, há ainda muito a fazer”, reafirmou.

Também o Banco de Portugal apelou à colaboração no setor. Carlos Moura, diretor do departamento de sistemas e tecnologias de informação do banco central, disse que “esta não é uma matéria concorrencial”, apelando à “cooperação entre entidades públicas e privadas” e autoridades. “A ação colaborativa é determinante. A colaboração é crítica e essencial”, disse o responsável.

O pedido da administradora do BCP e do Banco de Portugal foi ainda ressalvado pelo diretor nacional da Polícia Judiciária. Indicando que “há matérias em que não há competitividade”, Luís Neves elencou situações em que a partilha ajudou as autoridades no combate à criminalidade no passado, pelo que é necessária “partilha antecipada, partilha com a comunidade, partilha de boa-fé e desinteressada”, elencou.

Este tipo de partilha de informação tem vindo a acontecer noutros setores. No início do ano, quando um ciberataque derrubou as operações da Vodafone em Portugal, a operadora admitiu que estava em contacto com as empresas concorrentes. Estas, aliás, terão disponibilizado infraestrutura para ajuda na recuperação da empresa.

“Criou-se a tempestade perfeita” em 2021

Na mesma ocasião, o administrador do Banco de Portugal com a pasta dos pagamentos alertou que os riscos de cibersegurança “aumentaram bastante” em 2021, ano em que se formou uma “tempestade perfeita”. Apesar de os portugueses ainda recorrerem de forma significativa às moedas e notas, o ano passado ficará para a História como aquele em que o digital passou a ser “rei”, disse Hélder Rosalino, num evento promovido pelo supervisor.

“Ainda somos um país com utilização muito significativa de numerário”, começou por dizer o responsável, mas o setor dos pagamentos assistiu a “alterações muito significativas”, aceleradas pela chegada da Covid-19. Para dar uma ideia da dimensão do problema, Hélder Rosalino citou dados internacionais para indicar que se estimam perdas globais de 266 mil milhões de euros nos próximos cinco anos com fraudes nos meios de pagamento.

Em 2021, o sistema financeiro português registou uma retoma do crescimento dos pagamentos, acima dos níveis registados em 2019. Em concreto, os pagamentos online duplicaram face a 2019 e com a maior utilização veio o aumento do número de tentativas de fraude, que terão triplicado, de acordo com dados da Feedzai citados pelo administrador.

(Notícia atualizada às 17h27 com mais informação)

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Doutor Finanças volta a testar semana de trabalho de 4 dias

Ao contrário da primeira experiência, em agosto, agora, os colaboradores escolhem entre tirar a tarde de sexta-feira ou a manhã de segunda-feira. Nos restantes dias trabalham menos uma hora.

Depois de uma primeira experiência no verão, o Doutor Finanças decidiu voltar a implementar a semana laboral de 32 horas (em alternativa às habituais 40 horas semanais). O piloto, para o novo modelo da semana de quatro dias, decorrerá durante o mês de maio. Rendimentos dos colaboradores mantêm-se inalterados apesar da redução de horário.

“A empresa está muito comprometida em encontrar novas formas de trabalho flexível, inovar e desenvolver soluções que vão ao encontro das necessidades e bem-estar dos seus colaboradores. Acreditamos que pessoas felizes desempenham as suas funções com maior foco, assertividade e determinação”, refere Irene Vieira Rua, diretora de recursos humanos do Doutor Finanças.

“Temos vindo a implementar uma série de medidas com o objetivo de promover este bem-estar e equilíbrio dos nossos doutores. Foi nesse sentido que adotámos o modelo de trabalho flexível, permitindo que as nossas pessoas possam escolher o modelo da sua preferência (presencial ou remoto), e quando o fazem”, acrescenta, citada em comunicado.

O Doutor Finanças volta agora a testar a semana laboral reduzida, mas noutros moldes, aproveitando o que foi aprendido na primeira vez, no ano passado.

“Esta redução de horário vai permitir que os 178 colaboradores escolham entre tirar a tarde de sexta-feira ou a manhã de segunda-feira. Nos restantes quatro dias da semana, trabalharão apenas sete horas, em vez das tradicionais oito”, explica a plataforma de finanças pessoais e familiares.

À semelhança da medida implementada em agosto, os colaboradores não terão qualquer consequência ao nível do rendimento.

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Oito milhões de testes comparticipados custaram mais de 118 milhões

  • Lusa
  • 2 Maio 2022

Mais de 1.400 farmácias, quase 720 laboratórios de análises clínicas e cerca de 150 outras entidades, autorizadas pela Entidade Reguladora da Saúde, aderiram a este regime de comparticipação.

Os cerca de oito milhões de testes gratuitos de despiste da covid-19, feitos ao abrigo do regime excecional que terminou no sábado, representaram uma comparticipação de mais de 118 milhões de euros, anunciou o Ministério da Saúde.

Este regime excecional e temporário de comparticipação de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional “permitiu realizar mais de 8,1 milhões de testes, o que correspondeu a um investimento superior a 118,8 milhões de euros” entre julho de 2021 e fevereiro, adiantou à Lusa a mesma fonte.

Segundo o ministério de Marta Temido, estes testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios, que começaram a ser comparticipados a 10 euros e depois a 15 euros, deixaram de ser gratuitos a partir de domingo, tendo em conta a “evolução positiva” da pandemia no país.

“Face à evolução positiva da situação epidemiológica de covid-19 em Portugal e considerando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, deixa de ser promovida a intensificação da realização de testes para deteção do SARS-CoV-2”, adiantou o Ministério liderado por Marta Temido em resposta à Lusa na sexta-feira.

A portaria que vigorou até ao último sábado não foi prorrogada, mas o Ministério assegurou que “os cidadãos continuarão a ter acesso a testes gratuitos”, no âmbito da norma 019/2020 da Direção-Geral da Saúde, que foi atualizada em fevereiro.

Segundo esta norma, perante a evolução positiva da pandemia e a elevada taxa de vacinação em Portugal, é possível progredir para medidas de saúde pública especialmente focadas na prevenção da doença covid-19 grave, o que inclui a estratégia de testagem do coronavírus SARS-CoV-2.

Esta estratégia passou a ser mais dirigida para o diagnóstico da covid-19 em pessoas sintomáticas e para o rastreio da infeção por SARS-CoV-2 em locais de especial risco, como unidades de saúde e instituições de populações vulneráveis.

Mais de 1.400 farmácias, quase 720 laboratórios de análises clínicas e cerca de 150 outras entidades autorizadas pela Entidade Reguladora da Saúde aderiram a este regime de comparticipação dos TRAg de uso profissional.

Segundo o relatório de sexta-feira sobre a situação epidemiológica em Portugal, entre 19 e 25 de abril foram realizados mais de 260 mil testes, uma redução face aos quase de 265 mil despistes feitos na semana anterior, com uma taxa de positividade de 24,2%, bastante acima do limiar de 4% e com tendência crescente.

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Por cada cêntimo que baixa o ISP, Estado perde 6,5 milhões

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais admite que há o risco de nem todos os postos de abastecimento baixarem os preços dos combustíveis. Medida será reavaliada em dois meses.

A decisão de reduzir o Impostos sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) equivalente à redução da taxa de IVA de 23% para 13%, que começou a ser aplicada esta segunda-feira aos preços dos combustíveis, vai ter “um impacto muito significativo nos cofres do Estado”, admitiu o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. António Mendonça Mendes revelou que por cada cêntimo que se desce no ISP isso implica uma perda de receita de 6,5 milhões de euros por mês. Assim, tendo em conta que a redução das taxas de ISP no gasóleo em 11,5 cêntimos por litro de gasóleo e 12,6 cêntimos na gasolina, a medida terá um custo mensal de 80 milhões de euros.

Agora que o Autovoucher chegou ao fim — com 124,4 milhões de euros pagos aos portugueses –, perante a persistente escalada dos preços dos combustíveis o Executivo criou um mecanismo que reduz o ISP como se o IVA sobre os combustíveis fosse de 13% e não 23%, que implica uma redução de 15 cêntimos por litro no ISP da gasolina e de 14 cêntimos no do gasóleo. A esta medida acresce a redução do ISP por via do aumento do IVA de acordo com uma fórmula criada em março. As duas medidas somadas representam uma redução de 20 cêntimos na carga fiscal, mas a perda estimada de receita ao nível do ISP é de 80 milhões de euros por mês, precisou ao ECO fonte oficial do Ministério das Finanças. O mesmo valor que Mendonça Mendes avançou quando anunciou a medida, após o Conselho de Ministros no início de abril.

A penalizar os cofres do Estado, em cerca de 360 milhões de euros, está ainda a decisão de não atualizar a taxa de carbono que travou um aumento de cinco cêntimos nos combustíveis.

Na apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, o ministro das Finanças revelou que a previsão do Executivo apontava para um custo de 170 milhões de euros para reduzir o ISP equivalente à descida do IVA para 13%, durante dois meses, e mais 117 milhões, no mesmo período através da aplicação da fórmula de cálculo semanal do valor do ISP decorrente do aumento do IVA. Estas duas medidas combinadas — que representam a descida da carga fiscal sobre os combustíveis de 20 cêntimos por litro — deverá ter um custo mensal de 143,5 milhões de euros.

António Mendonça Mendes, em declarações à RTP, reconheceu que era preferível reduzir o IVA, em vez de recorrer a esta medida de compensação via ISP, mas como a resposta da Comissão Europeia “ainda não veio”, o Governo optou por avançar “para já com desconto equivalente com redução do ISP”. O pedido de redução do IVA dos combustíveis para 13% foi feito no início de março e caso a resposta seja positiva o processo ainda vai ter de passar pela Assembleia da República, porque a redução de impostos é uma competência do Parlamento e não do Governo.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais explicou que a medida estará em vigor até junho, mas depois será reavaliada, tendo em conta os seus custos. ” A medida está em vigor até ao final de junho e depois reavaliaremos”, disse Mendonça Mendes na RTP, sublinhando que “não há um manual de instruções para as decisões corretas, e por isso têm de ser avaliadas e ajustadas”. O decreto-lei publicado em Diário da República com a redução do ISP prevê que a medida vigore até dezembro, o que dá margem de manobra ao Executivo para poder renovar o apoio para além dos dois meses inicialmente previstos.

Mendonça Mendes reconhece que este esforço de descida da carga fiscal pode ser apropriado pela margens das gasolineiras, mas diz ter “confiança” nos agentes económicos. “Corremos o risco de os postos de gasolina não baixarem tanto”, reconhece, quando questionado se as gasolineiras podem absorver a redução de impostos e não o refletir nos preços finais. O responsável recordou ainda que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai publicar trimestralmente um relatório detalhado relativo à formação dos preços de venda ao público dos combustíveis, do qual constará a evolução das margens das petrolíferas para cada combustível.

O Governo confia na responsabilidade de todos face à situação difícil que vivemos”, disse o secretário de Estado na RTP. Recordando que “o mercado está liberalizado há muitos anos” e que os preços não são definidos pelo Governo, disse ter “confiança que os agentes económicos não incorporem nas suas margens esta descida de impostos“.

Ainda assim, o primeiro-ministro, esta segunda-feira, numa mensagem difundida pelas redes sociais, disse que a ASAE vai fiscalizar se os postos de abastecimento estão a aplicar a redução de 15 cêntimos em cada litro de gasolina simples 95 e de 14 cêntimos em cada litro de gasóleo simples. Valores que serão revistos no próximo mês. Ainda assim, António Costa pediu aos portugueses para olharem “com atenção para a fatura” e certificarem-se que o “desconto é mesmo aplicado”.

Nota: Artigo alterado para precisar que a perda de 6,5 milhões de euros por mês, por cada cêntimo de redução do ISP, não contempla o valor da receita perdida com a descida de 20 cêntimos da carga fiscal sobre os combustíveis.

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