Por que crescemos mais do que os outros no arranque do ano? Turismo e consumo

A economia portuguesa cresceu a um ritmo mais rápido que os restantes países europeus para os quais há dados. Consumo privado e retoma do turismo ajudam a explicar evolução.

O crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano, que foi de 2,6% em cadeia e 11,9% em termos homólogos, ficou acima das previsões dos analistas e acabou por se destacar entre os países europeus para os quais já há dados. Efeitos de base relacionados com a pandemia, bem como diferenças na forma como o aumento de preços se está a sentir em Portugal poderão ajudar a explicar o desfasamento, segundo os economistas ouvidos pelo ECO.

A estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que o PIB português cresceu 2,6% em cadeia (face ao quarto trimestre) nos primeiros três meses deste ano. Já em termos homólogos, o PIB avançou 11,9% uma vez que no primeiro trimestre de 2021 tinha contraído, assim como no primeiro trimestre de 2020.

Assim, ao contrário do esperado pela maioria dos economistas, que apontavam para uma travagem da economia no primeiro trimestre, o PIB português até acelerou face ao quarto trimestre de 2021 e superou todas as previsões. Na nota de análise do BPI, divulgada após os dados serem conhecidos, é notado que “o ritmo de crescimento do PIB superou em muito o estimado pelo BPI Research”.

Olhando para a comparação internacional, disponibilizada pelo Eurostat, que não tem ainda dados para todos os países europeus, Portugal destaca-se pela positiva. Entre os 11 Estados-membros (entre 28) para os quais há dados relativos ao primeiro trimestre, a economia portuguesa tem a variação em cadeia e homóloga mais expressiva.

Evolução do PIB no 1º trimestre de 2022

No “ranking” europeu, apenas se aproximam a Áustria com 2,5% em cadeia e 8,7% em termos homólogos e a Letónia com 2,1% e 5,6%.

Como se explica que Portugal tenha um comportamento tão desfasado face a outros países?

Paula Carvalho, da Unidade de Estudos Económicos e Financeiros do BPI, explica ao ECO que “Portugal beneficiou neste trimestre do alívio das restrições relativas à pandemia, que em países do centro europeu ainda condicionou em alguns casos, dada formação de onda de contágios no pico do Inverno”.

É de recordar que em fevereiro acabou o isolamento de contactos de risco, uma das medidas que mais condicionava a atividade, bem como a recomendação de teletrabalho. Além disso, “o avanço da vacinação terá permitido evitar maiores condicionalismos internamente derivados da Covid-19, e isso refletiu-se numa maior mobilidade face aos restantes países Europeus (medida pelo Google Mobility Report, por exemplo), com natural impacto na atividade”, acrescenta ainda.

Quanto ao impacto da guerra, a economista nota que “a distância do palco do conflito terá também beneficiado os fluxos do turismo, que em janeiro-fevereiro se aproximaram bastante dos níveis de 2019″.

O impacto da escalada de preços ao consumidor tem-se feito sentir com desfasamento em Portugal, pelo que só mais tarde deverá este fator pesar sobre a procura interna

Paula Carvalho

BPI

De facto, o INE refere que “o contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB também aumentou, verificando-se um abrandamento em volume das Importações de Bens e Serviços e uma ligeira aceleração das Exportações de Bens e Serviços, refletindo a recuperação da atividade turística”.

João Lampreia, economista-chefe do Banco BiG, também nota, em declarações para o ECO, que o turismo conta bastante para as exportações, e “aí continuamos a beneficiar da consolidação da recuperação do turismo, que felizmente está a normalizar”.

Mesmo assim, o INE destaca “um contributo mais positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB”, enquanto “o contributo da procura externa líquida se manteve ligeiramente positivo”. “É mau sinal que a subida seja menos sensível na frente externa, que também fora muito afetada”, alerta o economista João César das Neves ao ECO.

No plano dos efeitos da invasão russa da Ucrânia, Paula Carvalho sublinha ainda que “o impacto da escalada de preços ao consumidor se tem feito sentir com desfasamento em Portugal, pelo que só mais tarde deverá este fator pesar sobre a procura interna, nomeadamente consumo privado e investimento”.

No primeiro trimestre do ano anterior fomos o pior da Europa, pelo que estamos a ajustar o péssimo desempenho

João Lampreia

BiG

Para a economista, são estes três fatores que justificam o desfasamento, “olhando sobretudo para a variação trimestral”. Isto já que a comparação homóloga terá mais a ver com efeitos de base, como explica João Lampreia. “No primeiro trimestre anterior fomos o pior da Europa, pelo que estamos a ajustar o péssimo desempenho“, aponta, recordando que essa altura foi marcada por um agravamento da situação pandémica que motivou restrições à atividade.

João César das Neves também aponta que “fomos um dos países europeus mais afetados pela pandemia”, pelo que “é normal que agora estejamos a ser dos que mais cresceram”.

Já a evolução em cadeia serão outros fatores a explicar, nomeadamente o consumo, como apontam os economistas. O próprio INE também sinalizou no destaque desta sexta-feira que “contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou no 1º trimestre, destacando-se o crescimento mais acentuado do consumo privado”.

Paula Carvalho nota que “o consumo privado manteve um registo bastante forte”, condicionado pelos fatores já referidos. “O impacto do aumento da inflação e também das taxas de juro de mercado deverá refletir-se com desfasamento na evolução do consumo das famílias”, sinaliza.

o economista-chefe do Banco BiG sublinha também que estes valores do consumo podem ser surpreendentes numa altura de inflação, nomeadamente porque “na Europa o consumo já nota alguns sinais de inversão”. Em Portugal, esta tendência está assim a ser diferente.

Para além do desfasamento temporal, João Lampreia aponta que eventualmente poderá também influenciar o facto de que “tivemos um impacto grande nos combustíveis”, mas no preço da eletricidade este foi mais significativo nos países com um maior peso do gás. “O ajustamento no consumo tem sido mais forte na Europa, nós só tivemos mais nos combustíveis, e alimentação, mas na parte da eletricidade e energia tivemos impacto menos significativo”, salienta o economista.

É de notar também que quando forem integrados os dados de mais Estados-membros, a comparação poderá ser diferente. Além disso, tendo em conta que os elementos que estão a pressionar as economias ainda estão rodeados de incerteza, não é certo como evoluirá o resto do ano.

Os analistas do BPI, por exemplo, optaram por “manter inalterada a previsão de crescimento no conjunto do ano em 4,2%, pois a ausência de sinais de que o conflito na Ucrânia se possa resolver proximamente continua a constituir um importante fator disruptor do crescimento”. Existe ainda a hipótese, “num cenário em que não haja um agravamento significativo do conflito”, de o banco “rever em alta a atual previsão para 2022”, segundo a nota de análise do BPI.

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Tem dúvidas sobre o IRS? Esclareça-as nestas 20 respostas

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e têm dúvidas sobre este processo, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para ajudar.

A campanha do IRS já arrancou, no primeiro dia de abril, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático, alargado no ano passado, mas mesmo assim certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2022, da Deco Proteste.

Agora, os “recibos verdes” já têm acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se vai sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o IVA dos ginásios, que passou a ser possível descontar no IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para ajudar a esclarecer todas as dúvidas, que foram partilhadas ao longo de um mês. Agora, estão todas reunidas neste artigo, para que possa esclarecer as dúvidas de uma só vez:

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Gasolina deverá descer 11 cêntimos e gasóleo 10 esta segunda-feira

Estava previsto um aumento dos preços dos combustíveis à boleia do brent, mas a redução da carga fiscal anula totalmente esta subida.

Quando for a bomba atestar o carro esta segunda-feira, os combustíveis estarão mais baratos. Deverá pagar menos 11 cêntimos por litro de gasolina e dez cêntimos de gasóleo, já que entrou em vigor a descida mais agressiva do ISP, equivalente à redução da taxa de IVA de 23% para 13%. Essa baixa do ISP é compensada, em parte, pelos aumentos ditados pela cotação do Brent do Mar do Norte, que rondam os quatro cêntimos, segundo adiantou ao ECO uma fonte do setor.

A carga fiscal sobre os combustíveis resultaria numa redução de 15 cêntimos em cada litro de gasolina simples 95 e menos 14 cêntimos em cada litro de gasóleo simples. Esta alteração resulta da aplicação das medidas excecionais e temporárias de resposta ao aumento dos preços dos combustíveis que passam pela redução do ISP equivalente a uma descida da taxa de IVA de 23% para 13%.

No entanto, o preço final não deverá cair tanto. Tendo em conta os valores da cotação do Brent do Mar do Norte, que serve de referência para os preços dos combustíveis na Europa, mas também a desvalorização do euro face ao dólar, na segunda-feira os preços do gasóleo e gasolina deveriam subir cerca de quatro cêntimos.

Apesar do aumento dos preços dos combustíveis previsto à boleia do brent, e que se agravou face às cotações de quinta-feira, a redução da carga fiscal anula totalmente esta subida. Assim, descontando esta subida à redução do ISP, a baixa deverá então rondar os 11 cêntimos na gasolina e 10 cêntimos de gasóleo.

Ou seja, de acordo com os preços médios divulgados pela Direção Geral de Energia e Geologia, um litro de gasóleo (o combustível mais popular entre os portugueses) vai descer para 1,824 euros e o litro de gasolina simples 95 vai descer para 1,86.

Ao contrário das semanas anteriores, o Governo não avançou com nenhuma previsão de variação dos preços dos combustíveis mas não fez mais mexidas no ISP para além da redução prevista.

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Alemanha admite deixar de importar energia da Rússia no verão

  • Lusa
  • 1 Maio 2022

O ministro da Economia da Alemanha revela que o país está a trabalhar para deixar de importar petróleo da Rússia nos próximos meses.

A Alemanha poderá deixar de importar petróleo russo até ao final do verão, afirmou o ministro alemão da Economia e da Energia, Robert Habeck. Em comunicado, citado pela Associated Press, o ministro revelou que, em matéria de importação de recursos energéticos provenientes da Rússia, a Alemanha conseguiu reduzir a quota de petróleo para 12%, a de carvão para 8% e a de gás natural para 35%.

“Todos os passos que temos dado exigem um enorme esforço coletivo de todos os intervenientes e também representam custos para a economia e para os consumidores. Mas são necessários para que não voltemos a ser chantageados pela Rússia”, disse o ministro.

Com a Alemanha a procurar alternativas de fornecimento de energia junto de outros países, Robert Habeck considerou “realista” apontar o fim das importações de petróleo russo até ao final do verão.

A Alemanha tem estado a ser fortemente pressionada para deixar de importar recursos energéticos da Rússia, como boicote em resposta à invasão militar da Ucrânia pelo regime de Vladimir Putin.

No início de abril, a União Europeia (UE) anunciou que irá proibir a importação de carvão russo a partir de agosto, o que representa apenas uma pequena parte de um negócio de energia dominado por petróleo e gás natural, mais lucrativo para o Kremlin e difícil para a UE de sancionar.

Segundo a AP, os Estados-membros da União Europeia pagam à Rússia, em conjunto, 805 milhões de euros diários para terem petróleo e gás natural, sendo a Alemanha um dos principais consumidores.

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Santos Pereira admite “efeitos dramáticos” com a inflação

  • Lusa
  • 1 Maio 2022

Diretor da OCDE está preocupado com efeitos dos aumentos de preços nos rendimentos e na perda de poder de compra.

O antigo ministro da Economia e atual diretor do departamento de Economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Álvaro Santos Pereira, está preocupado com o aumento da inflação e alertou para potenciais “efeitos dramáticos”. “Estou preocupado com a perda de rendimento e poder de compra, e ainda mais preocupado se a inflação ficar fora de controlo, por isso vemos em vários países os bancos centrais a atuar de forma mais decisiva”, disse Álvaro Santos Pereira num debate organizado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) para assinalar o 1.º de Maio, em Lisboa.

“Que consequências terá um aumento de 1% ou 2% das taxas de juro nos empréstimos das casas, e para os Estados? Terá um impacto dramático para as pessoas em muitos países”, disse o antigo governante, acrescentando que os governos “ou mexem nos impostos, ou tentam proteger os mais vulneráveis através de apoio aos rendimentos, que são mais eficazes, mas levam mais tempo” a surtir efeito.

No debate sobre os novos desafios do trabalho, Santos Pereira disse que “se a inflação continuar bastante alta até ao final do ano, o que é muito provável, os trabalhadores vão pedir aumentos, e isso coloca um dilema grande aos governos e às empresas, porque a inflação vai permanecer elevada durante mais tempo do que todos nós gostaríamos“.

A taxa de inflação em Portugal subiu para 7,2% em abril, face aos 5,3% de março, o valor mais alto desde março de 1993, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que indicou que este é “o valor mais elevado registado desde março de 1993”.

Na Europa, a inflação tem igualmente atingido níveis que não eram vistos há várias décadas, o que se deve, sobretudo, ao aumento do preço dos combustíveis, levando a subida dos preços para os 7,5% na zona euro, segundo uma estimativa rápida do Eurostat. “Portugal não é dos países onde a inflação está a ser dramaticamente má, a taxa é de 12 ou 13% nos países bálticos, por exemplo”, concluiu Álvaro Santos Pereira.

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Sporting joga com Gil Vicente e tenta adiar título do Porto. Agora em direto na Sport TV 1

  • ECO + Sport TV
  • 1 Maio 2022

Se Sporting escorregar neste jogo, Futebol Clube do Porto torna-se campeão da Liga Nacional. Se vencerem, leões adiam questão do título.

O campeão da Liga Bwin pode ficar decidido neste domingo. O Sporting enfrenta o Gil Vicente e, se não vencer, entrega o título ao Futebol Clube do Porto. Já se ganharem, os leões adiam a questão do título por mais uma jornada, tornando possível que o Porto se sagre campeão no Estádio da Luz, na próxima jornada.

A equipa verde e branca recebe o Gil Vicente em Alvalade, num jogo que arranca às 20h30 e pode ser acompanhado em direto na Sport TV 1. Esta partida segue-se à vitória do Porto sobre o Vizela por 4-2, este sábado, e pode então ser decisivo para coroar o campeão desta época.

Neste sábado, as águias também subiram a campo no Funchal e venceram o Marítimo por 1-0. Ainda existe assim a hipótese matemática da entrada na Champions, apesar de ser bastante improvável já que depende dos resultados do Sporting. E um empate esta noite dá o acesso direto aos leões.

Na próxima jornada, os encarnados recebem o Porto no Estádio da Luz. Se o título não ficar decidido este domingo, os dragões podem celebrar a vitória do campeonato em casa do rival, como já aconteceu em 2011, sob a liderança de Villas-Boas.

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Top 100 de Marcas de Seguros valoriza 10% em 2022

  • ECO Seguros
  • 1 Maio 2022

Chinesa Ping An perdeu 4% do valor de marca mantendo-se primeira, enquanto Allianz ganhou 15% e sobe ao 2º lugar no ranking Brand Finance Insurance 100.

Qual é o objetivo de uma marca forte: atrair clientes, construir lealdade, motivar os colaboradores? Tudo verdade, mas para uma marca comercial, pelo menos, a primeira resposta deve ser sempre ganhar dinheiro,” afirma David Haigh, Presidente e CEO da Brand Finance Plc, no relatório anual das 100 Marcas mais valorizadas nos seguros, publicado pela consultora britânica.

A Ping An, cujo valor de marca desceu 4% num ano para 42,9 mil milhões de dólares (37,02 mil milhões de euros) em 2022, continua a marca de seguros mais valiosa do mundo e “muito forte”, sendo vista pelos clientes “como um parceiro de seguros de confiança” na China. Enquanto o mundo ocidental olha além de pandemia, à medida que se vão levantando as restrições da crise de Covid-19, as marcas de seguros chinesas “continuam a enfrentar condições extremamente difíceis” face ao ressurgimento da doença, pode ler-se no Brand Finance Insurance 100-2022.

TOP 10 de Marcas mais valiosas nos Seguros (milhões de euros)

Segunda no ranking, a marca Allianz valorizou 15% até 23,1 mil milhões de dólares (19,95 mil milhões de euros), saltando um lugar para ultrapassar a China Life (agora avaliada em 22,9 mil milhões de dólares, -1% do que em 2021), que desceu ao 3º lugar. O crescimento da marca Allianz “foi maior do que qualquer uma das outras cinco marcas de seguros mais valorizadas do mundo, e reflete novas melhorias tanto na força da marca como na sua relevância, uma vez que aproveita as oportunidades pós-Covid,” explica a consultora.

Além da Allianz, que continua a marca mais valorizada da Europa, e da AXA (na 4ª posição, valendo 17,2 mil milhões), a pesquisa mostra que, entre as europeias que operam em Portugal, Ageas estreia-se no ranking, na 92ª posição, Aegon desceu de 64ª em 2021, para 74ª da lista este ano e Mapfre subiu um lugar face a 2021, ocupando agora a 40ª posição. Ainda, enquanto a Zurich deslizou, de 13ª mais valiosa do mundo em 2021, para 19ª no ranking de 2022, a marca Generali recuou de 14ª há um ano, para 16ª em 2022, revelam os resultados dos inquéritos realizados em 35 países. Nota ainda para a Catalana Occidente, a marca espanhola integra a lista na 96ª posição (era 89ª em 2021) e a sul-africana Sanlam, entrando para o ranking no 97º lugar.

Globalmente, depois de ter descido cerca de 30 mil milhões dólares, ou 6% do primeiro para o segundo ano da pandemia (totalizando 433 mil milhões no ano passado), o valor global do índice Brand Finance das 100 mais valiosas dos seguros voltou a subir e atinge agora 475,8 mil milhões de dólares (cerca de 439,5 mil milhões de euros), perto de 10% mais do que no índice de 2021.

Reunindo 38 marcas de seguros (25 americanas e 13 chinesas), os EUA (22,1% do valor do índice) e a China (29,4%) representam mais de metade do valor do índice global. Alemanha, com 5 marcas e a valer 8,3% do Brand Finance Insurance 100, lidera a representação europeia, seguida da França, com 3 marcas e a equivaler a 5% do valor global do ranking de 2022.

Sustentando que as marcas norte-americanas de seguros estão a recuperar melhor da pandemia (do que as chinesas), o estudo realça Geico (+18%, face a 2021, para 13,1 mil milhões de dólares), Progressive (+25% para 11,2 mil milhões) e Canada Life, esta a beneficiar da boa reputação na integração das aquisições e a ascender ao Top 10, com respetivo valor de marca a crescer 51% até 10,8 mil milhões de dólares. Mais, além da Chubb (+ 48% a 10,8 mil milhões de dólares), outra a conseguir crescimento de marca “impressionante,” o relatório realça um trio de marcas americanas em “crescimento rápido”: Fidelity National Financial (+78%), Hanover Insurance (+60%) e Cincinnati, reforçada em idêntica variação percentual.

Além de medir a valorização de marca, o estudo anual da Brand Finance fornece outro índice que determina a força de marca (fortaleza relativa) em função de métricas como, por exemplo, investimento em marketing, dividendos pagos aos acionistas e desempenho empresarial. A ponderação destes indicadores permite determinar a força das organizações e classificá-las em função do Brand Strenght Index (BSI).

Nesta perspetiva, a italiana UnipolSai, cujo valor de marca aumentou 23%, para 3,1 mil milhões de dólares em 2022, emerge este ano como marca mais forte de seguros, sendo-lhe atribuído rating ‘AAA+‘, a corresponder a uma pontuação de 89,6, num máximo 100 do BSI.

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PS diz estar “comprometido com valorização do trabalho”, CGTP pede “mudança de rumo”

  • Lusa e ECO
  • 1 Maio 2022

A secretária-geral da CGTP pediu “mudança de rumo” para acabar com “política de baixos salários”.

O PS afirmou este domingo estar “comprometido com a valorização do trabalho” no arranque da manifestação do 1.º de maio da CGTP, mas a secretária-geral desta central sindical pediu-lhe “mudança de rumo”.

O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, chegou à manifestação em Lisboa acompanhado das dirigentes nacionais Vera Braz e Susana Amador e foi cumprimentar Isabel Camarinha, com quem conversou durante cerca de cinco minutos para os microfones da comunicação social.

O PS está comprometido com a valorização do trabalho no nosso país e estou muito convencido que haverá muitos pontos de vista convergentes”, afirmou o dirigente socialista, manifestando a disponibilidade do partido para dialogar em sede de concertação social.

Na resposta, a secretária-geral da CGTP agradeceu a saudação mas pediu “mudança de rumo” para acabar com “política de baixos salários”, e alertando para a “brutal perda de poder de compra” devido à inflação. “Sempre disponíveis para dialogar, mas o diálogo tem de ter consequências e o que está em cima da mesa não o garante”, defendeu.

Precariedade, poder de compra e emigração são prioridades para a UGT

O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT) disse hoje que o aumento do salário médio é fundamental e que o próximo 1.º de Maio poderá ser de luta caso as condições dos trabalhadores piorem até lá. “A nossa comemoração desta efeméride tão querida aos trabalhadores poderá decorrer sob o signo da luta, mas se tal acontecer não será certamente por nossa vontade, porque a preferência pelo diálogo está na génese da UGT”, disse Mário Mourão num discurso por ocasião do Dia do Trabalhador.

A luta [no próximo 1.º de Maio, na rua] acontecerá se os governos e patrões fizerem orelhas moucas aos salários dignos que exigimos para a administração pública, para o setor privado e para o setor empresarial do Estado”, disse Mário Mourão, elencando algumas das exigências que os trabalhadores vão fazer durante os próximos meses.

A precariedade, a reposição do poder de compra devido à subida da inflação, os “despedimentos selvagens e injustificados, denominados hipocritamente de rescisões por mútuo acordo” e o impacto das fusões, concentrações ou vendas de grandes empresas foram alguns dos temas passados em revista pelo sindicalista, que alertou também para o “círculo vicioso” que existe na emigração.

BE pede atualização de salários pela inflação e respeito pelos horários de trabalho

A coordenadora do BE colocou hoje a atualização dos salários pela inflação e o respeito pelos horários dos trabalhadores como as duas exigências que considera serem transversais a todos os trabalhadores. Em declarações aos jornalistas na manifestação do 1º de Maio da CGTP, em Lisboa, Catarina Martins foi questionado sobre o que considera ser mais “urgente e necessário”, uma das palavras de ordem da marcha.

“Há duas exigências fundamentais que toda a gente que trabalha em Portugal sente. A primeira é que os salários sejam atualizados pela inflação, a inflação está a comer os salários, está a comer as pensões num país que já tem os salários mais baixos da Europa”, lamentou. A coordenadora do BE apontou ainda “uma segunda luta fundamental”, a do tempo de trabalho.

PCP promete que “fará tudo” na luta pela valorização dos trabalhadores

O secretário-geral do PCP saudou hoje o “impressionante 1.º de Maio” que se assinala por todo o país e assegurou que o partido “fará tudo” na luta pela valorização dos trabalhadores. Em declarações aos jornalistas à passagem da manifestação do 1.º de Maio organizada pela CGTP, Jerónimo de Sousa considerou que as razões e objetivos desta marcha “têm grande atualidade e importância”.

“Esta grande manifestação tem como objetivo a valorização do trabalho e dos trabalhadores, a questão fundamental da valorização dos salários e pensões, dos profissionais de saúde, da escola pública e dos pequenos e médios empresários”, destacou. Jerónimo de Sousa assegurou que “em relação a esses objetivos o PCP fará tudo para conseguir essa valorização que é devida aos trabalhadores”.

Milhares de pessoas rumam do Martim Moniz à Alameda em Lisboa

Milhares de pessoas concentraram-se no Martim Moniz, em Lisboa, cerca das 14:30 e partiram rumo à Alameda, pouco depois, no âmbito das celebrações do 1.º de Maio da CGTP. O desfile partiu ao ritmo de bombos e de palavras de ordem, cerca das 15:15, pela avenida Almirante Reis, com a organização a dar a partida aos microfones: “Abril continua, Maio está na rua!”; “vamos levantar bem alto aquilo que são as reivindicações dos trabalhadores”.

Os trabalhadores podem este ano celebrar o Dia do Trabalhador sem restrições associadas à pandemia de covid-19, ao contrário do que aconteceu nos últimos dois anos, mas muitos optaram por usar máscara.

Entre as palavras de ordem ouviu-se “para o país progredir, é preciso investir” e “para o país avançar salários aumentar”. “Paz sim, guerra não”, entoaram os manifestantes que também pediram “combate ao aumento do custo de vida e à especulação”. Alguns dos manifestantes usam cravos vermelhos, numa alusão ao 25 de Abril de 1974.

Os trabalhadores portugueses podem hoje comemorar o 1.º de Maio sem restrições, participando nas iniciativas de rua que a CGTP promove em 31 localidades do país, ou no debate da UGT sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa. Nos últimos dois anos, devido às restrições relativas à pandemia da covid-19, a Intersindical não desistiu de assinalar a data na Alameda, embora apenas com cerca de um milhar de manifestantes, devidamente distanciados.

Este ano a CGTP volta a fazer o tradicional desfile na capital, a partir da praça do Martim Moniz até à Alameda, onde ocorre o comício sindical, assim como a manifestação do Porto, na avenida dos Aliados. Estão previstas manifestações, plenários, festas populares, provas desportivas e exposições em 31 localidades, que incluem as capitais de distrito, Açores e Madeira.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h30)

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D&O: 71% dos executivos europeus apontam ciberataques como risco nº1

  • ECO Seguros
  • 1 Maio 2022

Globalmente, considerando riscos de responsabilidade que expõem os próprios D&O, os ciberataques também são preocupação nº1 no mundo. Considerando as suas empresas, o ambiente macro é risco principal.

Mais de dois terços dos responsáveis das empresas sediadas na Europa consideram o risco de ciberataques como a principal ameaça que as suas organizações enfrentam, revela o Directors’ Liability Survey 2022, um relatório produzido pela WTW, companhia global de corretagem de seguro e consultoria de risco, em parceria com a Clyde & Co LLP, companhia internacional de prática legal especialista em litígios (e não contencioso) de seguros, transportes, energia e outros.

Numa perspetiva global, 67% dos respondentes colocam o risco de ciberataques em segundo lugar, precedido apenas pela situação económica, que consideram ser ameaça nº1 para as suas empresas. No entanto, considerando os riscos para os D&O, a ameaça cyber toma o primeiro lugar da lista.

Na Europa, considerando consequências financeiras e de reputação, os ciberataques constituem o risco nº1 para os líderes das empresas (71% das respostas), seguido da perda de dados (risco nº 2, com 65% das respostas) e, em terceiro lugar, extorsão cibernética (ransomware; pagamento de resgates), representando 63% das respostas.

Entre outras comparações regionais, a abrangência internacional do estudo permite perceber diferenças nos limites de capital das apólices de responsabilidade civil D&O (Administradores e Diretores). Enquanto 28% dos inquiridos na Europa e 31% dos respondentes na América do Norte contratam apólices com cobertura de capital superior a 100 milhões de euros ou dólares, na América Latina apenas 19% afirmam ter contratado apólices D&O, percentagem que desce para um intervalo 0-8% para as restantes regiões do mundo.

O risco cibernético constitui ameaça “em constante evolução”, com uma variedade de consequências significativas caso ocorra um ataque com perda de dados, tornando os ciber-riscos uma preocupação primordial. “(…) existe um corpo de jurisprudência em evolução a nível europeu em termos da responsabilidade de empresa a este respeito e um risco crescente de que um envolvimento insuficiente com questões cibernéticas represente um risco de responsabilidade para diretores e funcionários em muitas frentes, incluindo ações [judiciais] coletivas,” nota James Cooper, Partner da Clyde & Co, sediado em Londres, citado no relatório.

Nesta 2ª edição anual do estudo DirectorsLiability Survey, o trabalho conjunto WTW-Clyde & Co baseia-se em informação recolhida através de inquéritos (9th Directors & Officers Liability Insurance Survey) junto do segmento profissional D&O de diversos setores (maioritariamente industrial, representado por 26%; transportes e retalho, com 16%; serviços, também em 16%; setor financeiro incluindo seguros, em 14%; energia e utilities, com 8%; saúde, com 6% e “outros”, pesando 13%) em 40 países como a Europa (29% do universo inquirido), Ásia (20%), Reino Unido (17%), América Latina (15%), América do Norte (9%), Austrália (8%) e África (1%).

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“Já não há margem” para evitar aumento acelerado de custos junto dos consumidores, diz CIP

A CIP defende que "é fundamental evitar que o emprego mantido a custo durante a fase mais aguda da pandemia seja destruído".

Numa mensagem a marcar o Dia do Trabalhador, que diz celebrar-se “num contexto difícil e ameaçador”, a CIP – Confederação Empresarial de Portugal alerta que “já não há margem de manobra para evitar o aumento acelerado de custos junto dos consumidores”. A confederação salienta assim que é necessário tomar medidas face à “gravidade da situação”.

O alerta surge assim perante a guerra na Ucrânia, que “acelerou o movimento inflacionista pelo mundo fora”, como salienta a CIP, em comunicado enviado às redações neste domingo. Mesmo com a “firme resistência das empresas nacionais”, a confederação diz ser inevitável o aumento de custos sofrido pelos consumidores.

Neste cenário, a CIP diz assim ser “de máxima importância evitar que o que já acontece em vários dos nossos parceiros não se repita em Portugal”, nomeadamente “evitar que o emprego mantido a custo durante a fase mais aguda da pandemia seja destruído em poucos meses”.

Para tal, a confederação reitera que “é preciso que todos percebam a gravidade da crise que enfrentamos, designadamente o Governo — uma crise ainda em parte submersa, mas que, se nada for feito, atingirá Portugal, os trabalhadores e as empresas”.

A CIP reconhece ainda que o país “ainda conseguiu criar riqueza a bom ritmo neste primeiro trimestre”, referindo-se aos dados conhecidos esta semana que mostraram que a economia portuguesa cresceu 2,6% em cadeia (face ao quarto trimestre) nos primeiros três meses deste ano. No entanto, salienta que “há vários países europeus em estagflação”.

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ASF aplica oito multas a seguradoras no 1ºT

  • ECO Seguros
  • 1 Maio 2022

Uma das seguradoras sancionadas no primeiro trimestre foi alvo de três coimas. Oito processos de contraordenação foram concluídos pela Autoridade. Multas que somaram mais de 15,2 mil euros.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) concluiu nove processos e instaurou um novo processo de contraordenação no primeiro trimestre (1ºT) de 2022.

Dos nove processos concluídos, oito respeitam a infrações ao Regime de Reparação de Acidentes de Trabalho e de Doenças Profissionais (Lei n.º 98/2009, de 4 de setembro) e um respeita à violação de normas constantes do diploma do Livro de Reclamações (Decreto-Lei n.º 156/2005, de 15 de setembro), indica a Síntese de atividade sancionatória publicada pela autoridade.

Dos nove processos referidos, “oito resultaram na condenação de quatro pessoas coletivas, designadamente empresas de seguros, tendo uma delas sido sujeita a três coimas, duas sujeitas a duas coimas cada uma e uma sujeita a uma coima. As coimas aplicadas no âmbito dos referidos processos de contraordenação totalizaram 15 240,00 euros (quinze mil duzentos e quarenta euros).”

No primeiro trimestre, foi igualmente arquivado um processo de averiguações, conclui a nota da ASF.

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Greve de trabalhadores da distribuição, retalho e IPSS com “forte adesão”, diz sindicato

  • Lusa
  • 1 Maio 2022

Segundo a estrutura sindical, “os trabalhadores encerraram lojas”, enquanto outras estão abertas, “mas a funcionar com grandes limitações”.

A greve de trabalhadores das empresas de distribuição, retalho, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e misericórdias está a ter “forte adesão”, com lojas encerradas ou a trabalhar “com limitações”, disse este domingo o sindicato.

De acordo com um comunicado enviado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), “por todo o país estão trabalhadores em greve, seja nos super e hipermercados, nas lojas do comércio retalhista, no setor social e nos serviços”, dando conta de uma “forte adesão”.

Segundo a estrutura sindical, “os trabalhadores encerraram lojas”, enquanto outras estão abertas, “mas a funcionar com grandes limitações”, sendo que “muitas instituições estão a trabalhar em serviços mínimos”.

O CESP disse ainda que os piquetes de greve contaram com a participação de “muitos” trabalhadores, o que, apontou, demonstra a urgência das reivindicações que motivaram a greve de hoje, que passam pelo aumento dos salários, a regulação dos horários de horário, a valorização das carreiras, o fim da precariedade laboral e o encerramento do comércio aos domingos e feriados.

“Estamos em luta no 1.º Maio para garantir uma vida digna, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores. E os trabalhadores demonstram uma grande disponibilidade para continuar a luta”, realçou o sindicato, que vai marcar presença nas manifestações convocadas pela CGTP-IN, para assinalar o Dia Internacional do Trabalhador.

O Dia do Trabalhador comemora-se este domingo sem restrições por todo o país, com a CGTP a promover iniciativas em mais de 31 localidades do país e a UGT um debate sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa.

O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.

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