Ministro da Economia vai reunir com jovens ativistas do clima

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Uma das porta-vozes confirmou que os alunos aceitaram suspender a ocupação da escola a partir de terça-feira.

O Ministério da Economia e do Mar afirmou que iria entrar esta segunda-feira em contacto com os jovens ativistas climáticos que ocuparam o Liceu Camões para marcarem uma reunião, após um convite público feito pelos manifestantes, disse à Lusa uma fonte oficial do ministério. Os manifestantes confirmam o contacto e a disponibilidade para reunirem com o governante. Esta terça-feira cessa a ocupação do liceu.

Os ativistas climáticos convidaram, no domingo, o ministro da Economia a visitar a ocupação no Liceu Camões, em Lisboa, e assistir à palestra que irão ministrar, depois de António Costa Silva se ter mostrado disponível para ouvir os movimentos.

Contactada pela agência Lusa, uma fonte do ministério afirmou que “o gabinete vai entrar em contacto com o movimento ainda hoje para se marcar reunião a realizar no Ministério”. Uma ativista confirmou que o movimento já foi contactado pelo Ministério da Economia e do Mar e afirmou que os estudantes estão disponíveis para se reunir com o ministro Antonio Costa Silva.

O convite público surgiu depois de o ministro da Economia, António Costa Silva, se ter afirmado no domingo, em declarações à Lusa, solidário com os movimentos climáticos e ter dito que nos últimos 20 anos não foi apologista de maior uso do petróleo, considerando que as manifestações são legítimas e mostrando disponibilidade para se reunir com os ativistas.

Por sua vez, em reação às declarações de António Costa Silva, Alice Gato, porta-voz do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa”, disse à Lusa ser necessária uma transição energética: “O que estamos a verificar é uma expansão energética, por responsabilidade também do ministro da Economia”.

A ativista argumentou ser necessário que “não haja novo gasoduto” e “que não haja greenwashing”.

Em declarações à Lusa, António Costa Silva, disse estar solidário com movimentos climáticos, com os quais afirma partilhar as preocupações. No entanto, em reação ao pedido da sua demissão pelos ativistas, o governante argumentou: “Em todo o meu percurso ao longo de 20 anos não só fui um defensor das energias renováveis, como agora no Governo estamos a potenciar a aplicação dessas energias e a desenvolver tudo para que a transição energética funcione”.

Quando questionado sobre o momento na marcha pelo clima, no sábado, em que dezenas de manifestantes invadiram um edifício em Lisboa, onde decorria um evento privado onde estava, António Costa Silva considerou a manifestação “absolutamente legítima”.

“Os jovens estavam a manifestar-se, não houve de facto possibilidade de encetar qualquer tipo de diálogo naquelas condições, mas estarei sempre pronto para dialogar com os jovens, explicar o que estamos a fazer, ouvir as suas opiniões e incorporá-las em tudo o que estamos a sistematizar em termos das políticas públicas. Sou um homem de diálogo”, afirmou, apesar de recordar que o Ministério da Economia não tem a gestão do ambiente e da energia e que, por isso, terá de ser feito em articulação, garantiu ter disponibilidade para o fazer.

Os estudantes que fecharam esta segunda-feira a cadeado o Liceu Camões, em Lisboa, em protesto contra as alterações climáticas, aceitaram que a escola retome o normal funcionamento na terça-feira, anunciou o diretor, informação entretanto confirmada pelo movimento.

Em declarações aos jornalistas junto àquela Escola Secundária, o diretor do Liceu Camões, João Jaime Pires, adiantou que houve uma reunião esta manhã em que ficou decidido que a escola voltará a funcionar normalmente a partir de terça-feira e que fica desta forma aberto o compromisso, por parte da direção, para que o tema das alterações climáticas e do combate aos combustíveis fósseis seja debatido em ambiente escolar.

Inês Esteves, uma das porta-vozes da Greve Climática Estudantil, por detrás do protesto integrado no movimento internacional “End Fossil: Occupy!”, confirmou que os alunos aceitaram suspender a ocupação da escola a partir de terça-feira e que irão permanecer no liceu até à meia-noite desta segunda-feira.

 

 

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Governo autoriza 867 mil euros até 2024 para projeto do hidrogénio verde

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

O ‘Green Pipeline Project’ é liderado pela Galp Gás Natural Distribuição (GGND), e pretende começar por injetar 2% de hidrogénio verde na rede de gás natural, e aumentar gradualmente até aos 20%.

O Governo autorizou, por portaria publicada, o Fundo Ambiental a encargos de 867.692 euros até 2024 para o ‘Green Pipeline Project’, projeto-piloto sobre injeção de hidrogénio verde na rede de gás natural e descarbonização do setor energético.

A maior fatia de encargos do projeto, no valor de 607.384 euros, é autorizada para este ano, 230.307 no próximo ano e os restantes 30 mil euros em 2024, mas a importância fixada para 2023 e 2024 pode ser acrescida do saldo que se apurar na execução orçamental dos anos anteriores, segundo a portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e a secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, que assinam o diploma, determinam que os encargos emergentes da portaria “serão satisfeitos por verbas adequadas inscritas ou a inscrever” no orçamento do Fundo Ambiental.

A Galp Gás Natural Distribuição, empresa responsável pela gestão e desenvolvimento do Green Pipeline Project, apresentou ao Fundo de Apoio à Inovação (FAI) uma candidatura para obtenção de incentivos financeiros, com o propósito de desenvolver um projeto para injeção e distribuição de hidrogénio (H2) verde na rede de gás natural, em particular na área geográfica do Seixal.

“Foi assim outorgado, em 24-8-2021, um contrato de concessão de incentivos entre o FAI e a Galp Gás Natural Distribuição, para apoio ao Green Pipeline Project, com o valor máximo de incentivo de 867.692,81 euros, que corresponde a uma taxa de 85,43% do custo do projeto, o qual tem uma duração de 27 meses”, lê-se no documento.

Os governantes, no preâmbulo do diploma, lembram que o FAI foi extinto no final de 2021, tendo-lhe sucedido o Fundo Ambiental, e destacam ser necessário que este fundo assegure toda a tramitação legal dos processos que se encontram em curso de anos anteriores. O Fundo de Apoio à Inovação estava fora do perímetro do Orçamento do Estado.

O ‘Green Pipeline Project’ é liderado pela Galp Gás Natural Distribuição (GGND) e conta com a participação de vários parceiros, desde a área da engenharia à construção, juntando os contributos da academia e de instituições públicas e privadas. O hidrogénio verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene.

Numa fase inicial do projeto será injetado 2% de hidrogénio na rede de gás natural, subindo gradualmente esta percentagem até um máximo de 20% num período de dois anos. Todo o processo será monitorizado e acompanhado em detalhe por um grupo de especialistas, para que este projeto possa servir de exemplo de boas práticas, para outros projetos futuros, tanto a nível nacional como internacional.

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Fisco aumenta “eficiência” da Unidade de Grandes Contribuintes com duas novas divisões

Diretora-geral da Autoridade Tributária constituiu duas novas divisões dentro da Unidade de Grandes Contribuintes, completando o projeto e melhorando a "eficiência".

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) conta agora com duas novas divisões dentro da Unidade de Grandes Contribuintes (UGC), o serviço interno que se ocupa “exclusivamente” das maiores empresas e dos indivíduos com as maiores fortunas. A criação da Divisão de Tributação e da Divisão de Preços de Transferência foram constituídas no início do mês por despacho da diretora-geral, Helena Borges, publicado esta segunda-feira no Diário da República.

Segundo a responsável, a criação destas duas divisões completa o projeto da UGC “com a estruturação da área da Gestão Tributária, dotando-a de uma estrutura que lhe permita níveis acrescidos de eficiência na gestão das competências que lhe estão atribuídas”.

O despacho explica que a Divisão de Tributação vai desempenhar “funções de conceção, liquidação e administração das cinco contribuições extraordinárias que lhe estão atribuídas, da tributação dos impostos sobre o rendimento que requerem autorizações prévias e da liquidação de outros tributos relativos aos contribuintes que integram o cadastro, nas vertentes serviços regionais e serviços locais”.

Já a Divisão de Preços de Transferência tem “responsabilidades a nível internacional, quer ao nível dos preços de transferência e acordos prévios de preços de transferência, quer ao nível da cooperação administrativa com obrigações de reporte de informação e ainda da problemática relacionada com não residentes sem estabelecimento estável com atividade económica supervisionada pelo Banco de Portugal”.

Quando foi criada em 2012 (e regulamentada mais tarde, em 2013), a UGC era composta por uma Divisão de Gestão e Assistência Tributária; uma Divisão de Inspeção a Bancos e outras Instituições Financeiras; uma Divisão de Inspeção a Empresas não Financeiras I; e uma Divisão de Inspeção a Empresas não Financeiras II. Em 2018, foi constituída a Divisão de Pessoas Singulares; a Divisão de Justiça Tributária; e a Divisão de Gestão de Créditos Tributários.

Quatro anos depois da última atualização, a estrutura organizacional é completada com duas novas divisões para melhorar a eficiência desta unidade especial.

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Preço da energia obriga a rever teto de despesa no Metro de Lisboa

Só o primeiro ano de contrato quase esgotou o plafond até 2025 que tinha sido aprovado pelo Governo para o fornecimento de eletricidade às linhas, oficinas e edifícios do metropolitano da capital.

O “aumento exponencial” do preço da energia, em resultado da atual conjuntura internacional, obrigou o Governo a avançar com a “reprogramação financeira e temporal” relativa ao contrato de aquisição de serviços de fornecimento de energia elétrica para as instalações do Metropolitano de Lisboa, como as linhas, os parques oficinais e os edifícios administrativos.

Em agosto do ano passado, o Executivo tinha autorizado a despesa com um teto de 26,3 milhões de euros para o fornecimento de energia elétrica em alta tensão, média tensão, baixa tensão especial para o período entre 2022 e 2025. No entanto, na sequência do concurso público internacional lançado em janeiro, as quatro propostas recebidas, só para o lote correspondente a um dos anos (maio 2022 / abril 2023), ficaram todas acima dos 20 milhões de euros.

Numa portaria conjunta das Finanças e do Ambiente surge agora uma nova autorização de despesa no montante global de 22 milhões de euros (acrescidos de IVA), repartidos por este ano e pelo próximo, para assegurar o fornecimento de eletricidade à empresa de transportes da capital, apenas para este primeiro período contratual. O diploma prevê a entrada em vigor esta terça-feira, 15 de novembro, com efeito retroativo a janeiro.

Outras duas portarias, assinadas igualmente pelo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e pela secretária de Estado do Orçamento, Sofia Batalha, publicadas em Diário da República esta segunda-feira, autorizam a Metro de Lisboa a despender quase três milhões de euros com a aquisição de serviços para a atualização das máquinas automáticas de venda de títulos de transporte; e outros 588 mil euros em obras para “reabilitação estrutural” da estação do Cais do Sodré.

Em outubro, o número de utentes no Metro de Lisboa totalizou 13,584 milhões, ficando 25% abaixo do registo anterior à pandemia de Covid-19 (outubro de 2019), de acordo com os dados revelados no final da semana passada. Nos primeiros dez meses deste ano, a perda de passageiros no metropolitano da capital é a mais significativa (-27%) entre as três transportadoras geridas pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática — as outras são o Metro do Porto e a Transtejo/Soflusa –, para 110,165 milhões de passageiros.

Manutenção dos navios da Soflusa custa 14,6 milhões até 2025

As duas empresas de transporte fluvial que operam serviços na região de Lisboa, ligando as duas margens da foz do rio Tejo, também contam com novas verbas desbloqueadas pelas Finanças. O maior montante (14,58 milhões de euros + IVA) é canalizado para os serviços de manutenção global dos navios da Soflusa nos próximos três anos. Há ainda um montante adicional de quase 700 mil euros para os serviços limpeza e fornecimento de produtos de higiene para as instalações e para as suas embarcações.

No caso da Transtejo, o Ministério tutelado por Fernando Medina autorizou gastos no valor de 1,287 milhões de euros relativos ainda a um contrato de aquisição de bens para remotorização dos catamarãs “Algés”, “Castelo” e “Chiado” – foi celebrado há dois anos, mas “a sua execução tem vindo a ser marcada por constrangimentos que impediram a conclusão dos trabalhos nos prazos inicialmente previstos”, lê-se no diploma publicado – e também uma despesa em serviços na área da limpeza avaliada em 878,3 mil euros até 2025.

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Webinar: Cuidar das Pessoas 2.0. Assista aqui

  • Trabalho
  • 14 Novembro 2022

Que estratégias de benefícios e programas de bem-estar estão as empresas a desenvolver para cuidar das suas pessoas? Assista esta quinta-feira a partir das 11h.

A pandemia colocou o wellbeing dos colaboradores — nas suas diversas dimensões — na lista de prioridades das empresas. Depois da crise sanitária, fala-se agora de uma nova pandemia, o burnout, com custos para as pessoas e organizações. Há que cuidar da saúde física e mental dos colaboradores, mas também equacionar outras formas de apoio.

O que quer o talento? Que estratégias de benefícios e programas de bem-estar estão as empresas a desenvolver para cuidar das suas pessoas?

 

Esta quinta-feira a partir das 11h, no site e Facebook do ECO, vamos dar resposta a estas e outras questões no “Webinar: Cuidar das Pessoas 2.0″, organizado pela Pessoas em parceria com a Edenred.

Uma conversa moderada por Ana Marcela, diretora executiva da revista Pessoas, com a participação de Filipa Martins, CEO da Edenred Portugal, Marta Pontes, health & wellbeing manager da Nestlé Portugal, e Nuno Carvalho, partner da Deloitte Portugal.

Assista aqui:

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+M

Dona da rádio Comercial nomeia Catharina Stuntz para Chief Financial Officer

A função não existia no grupo presente em Portugal desde o final de maio, altura em que concretizou a compra das rádios da Media Capital. Catharina Stuntz será o braço direito do CEO do grupo.

A Bauer Media Audio Portugal, grupo que detém a Rádio Comercial, Cidade FM, M80 ou Smooth FM, nomeou a lusodescendente Catharina Stuntz para chief financial officer (CFO), uma função que não existia até agora na empresa. A profissional trabalhará em estreita colaboração com toda a equipa de gestão, sendo “o braço direito” de Salvador Bourbon Ribeiro, CEO da Bauer Media em Portugal.

“A chegada da Catharina Stuntz é uma enorme mais-valia para a Bauer Media Audio Portugal, reforçando a nossa capacidade de gestão e, acima de tudo, a nossa integração no grupo Bauer Media. A Catharina será o meu braço direito na gestão da nossa operação e estou ansioso para começarmos a trabalhar em conjunto”, afirma Salvador Bourbon Ribeiro, citado em comunicado.

“Estou muito feliz por me juntar à Bauer Media Audio Portugal num momento tão desafiante. A rádio e o áudio estão de ótima saúde, oferecendo marcas fortes, confiáveis e alto alcance. Estamos numa posição fantástica para satisfazer as necessidades em constante mudança de nossos ouvintes e anunciantes. Estou ansiosa para trabalhar em estreita colaboração com Salvador e a fantástica equipa para fortalecer e desenvolver ainda mais nossa posição de liderança no mercado“, acrescenta a profissional.

 

Catharina Stuntz, descendente de portugueses, será responsável pelo planeamento estratégico e operacional do negócio financeiro da Bauer Media Audio Portugal. A gestora focará o seu trabalho no crescimento da Bauer Media Audio Portugal, garantindo os melhores controlos financeiros, políticas, procedimentos e sistemas, explica a empresa sobre a função agora criada.

Desde 2011 no Bauer Media Group, Catharina Stuntz desempenhou de novembro de 2021 a agosto desde ano as funções de CFO interina para a unidade de negócios alemã e era, desde fevereiro do último ano head of business controlling do grupo. A partir de 2 de dezembro CFO da empresa em Portugal, a profissional liderou na Alemanha a transformação de finanças, que incluiu a implementação de um novo software de planeamento e relatórios, além de uma monitorização mais aprimorada do desempenho financeiro da Unidade, explica a Bauer Media Audio.

O grupo Bauer Media concretizou no dia 31 de maio a compra da Media Capital Rádio, até então braço radiofónico do grupo que detém a TVI e a Plural. O negócio ascendeu a 69,6 milhões de euros.

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Estas são as “Portuguese Women in Tech” 2022

Pelo 5.º ano consecutivo, os prémios celebraram as mulheres que se distinguem no setor tecnológico em Portugal e conta, pela primeira vez, com uma seleção final de júri totalmente feminino.

Já são conhecidos as vencedoras do Portuguese Women in Tech Awards, prémio que visa reconhecer as mulheres que se distinguiram no setor tecnológico em Portugal. Pela primeira vez, com uma seleção final de um júri totalmente feminino.

“Ano após ano, orgulhamo-nos de premiar as mulheres que deram e continuam a dar cartas na tecnologia. Ainda predominantemente associada aos homens, é uma área para a qual continua a fazer sentido atrair rostos femininos, assim como reconhecer o seu trabalho e assinalar as suas conquistas. Temo-nos apercebido de alguma mudança, mas ainda há um longo caminho a percorrer até à igualdade de género, pelo que, como comunidade, estaremos aqui nos próximos anos a valorizar e a apoiar quem ajuda a alavancar muitas empresas do setor”, assinala Liliana Castro, cofundadora da Portuguese Women in Tech, citada em comunicado.

The Newsroom foi premiada como “Best Startup in Portugal started by a Woman” e Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ai, venceu na categoria “Founder / Co-Founder”.

Já na categoria “People, Culture & Talent Acquisition”, a distinção foi entregue a Mafalda Garcês, country leader & senior People director da Dashlane; e na categoria “Community Lead”, o prémio foi entregue a Mariana Barbosa, head of PR & communication da Coverflex.

Nas categorias “Business Operations & Innovation”, “Revenue, Growth, Marketing & Sales” e “Customer Experience”, Sandra Ferreira, director of digital transformation da Universidade Europeia, Mafalda Sampaio Soares, growth & business lead da Acceleration, e Fernanda Veiga, customer experience da Deloitte, foram as vencedoras.

Andreia Pais, lead developer da HiJiffy (vencedora na categoria “Engineering”), Filipa Castro, data scientist da Continental (vencedora na categoria Data & Analytics), Susan Greco, product owner da Turbine Kreuzberg (vencedora na categoria “Product Manager”), e Sara Caldas, senior product designer da Coverflex (vencedora na categoria “Designer”) completam o lote de premiadas.

Susana de Sousa, Sofia Matos, Sílvia Coimbra, Ana Margarida Trigo e Manuela Doutel Haghighi formaram o júri que analisou o percurso profissional das 44 nomeadas em 11 categorias.

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Euribor sobem em todos os prazos. Taxa a seis meses em novo máximo desde janeiro de 2009

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira em todos os prazos: para 1,791% a três meses, para 2,337% a seis meses e para 2,867% a doze meses.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira, no prazo intermédio para um novo máximo desde janeiro de 2009.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, subiu esta segunda-feira para 2,337%, mais 0,046 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,867%, mais 0,056 pontos que na sexta-feira, contra 2,874% em 9 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu esta segunda-feira ao ser fixada em 1,791%, mais 0,029 pontos, contra 1,802% em 9 de novembro, um novo máximo desde março de 2009, e 15 sessões consecutivas a subir. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia aumentar as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 8 de setembro em 75 pontos base. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Como podem as organizações usar o People Analytics na retenção de talento?

  • PESSOAS + EY
  • 14 Novembro 2022

Reter o talento certo continua a ser um dos maiores desafios da gestão de talento, isto porque, as altas taxas de turnover podem limitar a capacidade competitiva da empresa.

Nos últimos anos, em vários países, tem-se verificado um número considerável de demissões. Numa recente pesquisa realizada pela McKinsey (2022), apurou-se que 40% dos trabalhadores consideravam demitir-se nos próximos 3 a 6 meses. O problema torna-se mais desafiante em tempos de disrupção, como a situação atual imposta pela crise da covid-19, onde os gestores procuram a equipa ideal em termos de dimensão, forma e competências.

Como devem então as empresas reter o seu talento para garantir a equipa ideal?

Primeiramente, através da identificação e compreensão dos motivos que levam as pessoas a sair ou permanecer na empresa. Em segundo lugar, com estratégias assentes nos motivos identificados, que visem melhorar a retenção e, em simultâneo, a capacidade da organização em atrair talentos.

Para alcançar este desafio e ajudar as organizações encontrar soluções, surge o People Analytics, a área da análise de dados aplicada à gestão de talento.

People Analytics consiste em identificar e quantificar de forma sistemática os dados de RH (desde os dados pessoais, de performance, dados relacionados com os motivos das saídas, etc.).

A implementação de programas de People Analytics nas organizações permite, em processos de retenção, recolher e avaliar uma série de dados em tempo real, podendo assim deduzir soluções que melhorem as taxas de rotatividade.

Um exemplo desta aplicação, adaptado do livro de David Buchanan (2019), é de uma empresa de seguro que enfrentava elevadas taxas de rotatividade. Para solucionar este problema, a empresa decidiu atribuir bónus de retenção. Entretanto, a empresa não obteve sucesso. Por conseguinte, a organização decidiu usar o People Analytics, criando os perfis dos colaboradores. O resultado deste exercício mostrou que, os trabalhadores mais propensos a sair eram aqueles que:

  • Pertenciam a equipas reduzidas;
  • Enfrentavam períodos mais longos entre promoções;
  • Tinham líderes com baixo desempenho.

Deste modo, sabendo o grupo-alvo e os motivos das altas taxas de rotatividade, a empresa decidiu cortar os bónus de retenção. Em substituição, usou o dinheiro para aumentar as oportunidades de desenvolvimento e, simultaneamente, garantir que as equipas fossem suportadas por líderes fortes. Como resultado destas ações, o desempenho e a retenção melhoraram.

À semelhança do exemplo acima, Mckinsey (2015) relata, num dos seus artigos, sobre uma certa empresa que conseguiu reduzir os bónus de retenção, em 20 milhões de dólares, fruto do uso de análises preditivas.

Com o avanço da tecnologia e partilha de várias histórias de sucesso, como os exemplos supracitados, o People Analytics tem ganhado espaço como um dos pilares na gestão de talento. Um recente estudo, citado pela Harvard Business Review (2018), aponta que 70% das empresas afirmam ter usado os resultados do People Analytics para aumentar a performance. Entretanto, segundo o relatório State of HR Analytics (2021), a maioria destas organizações apenas usou a solução para soluções básicas, como a análise descritiva dos dados. E apenas 15% das organizações a usaram na sua plenitude.

Uma das razões associadas a este baixo número de utilizações da potencialidade do People Analytics, tem a ver com a dificuldade das empresas em coletar, integrar e interpretar os dados para obter valiosos insights.

Tendo em conta a esta dificuldade e sabendo que o People Analytics é um pilar vital à gestão de talento, como pode ser usado eficientemente?

1. Estabelecer uma cultura orientada pelos dados

Tal como diz Laszlo Bock, ex-VP para Operações de People da Google, “don’t trust your gut: use data to predict and shape the future”.

Existe a cultura organizacional orientada pelos dados quando a empresa consegue identificar, coletar e analisar os dados para extrair insights para o suporte na tomada de decisão.

Portanto, não basta somente implementá-lo, é necessário criar junto das equipas, uma cultura que priorize os dados. Neste sentido, conforme o reporte da EY (2015), fomenta-se o tal clima quando:

A estrutura organizacional e o modelo de governance estão alinhados para garantir que a tomada de decisão é orientada pelos dados;

O talento é capacitado para a converter os dados em valor comercial.

2. Coletar os dados

É importante que a empresa colete os dados de todas as fontes possíveis. Para a retenção de talento, os dados podem ser coletados a partir das seguintes fontes como, por exemplo:

  • Estudos de clima organizacional;
  • Avaliação de desempenho;
  • Histórico de promoções e mobilidade interna;
  • Entrevistas de saída;
  • Cadastro do colaborador (dados demográficos).

Entretanto, a qualidade das decisões a serem tomadas dependerá da metodologia, que definirá que tipo de dados devem ser coletados e como deve ser feito o processo de coleta. No Estudo realizado pela EY (2015), 50% das empresas consideram a péssima qualidade dos dados como um grande obstáculo para obterem
insights suficientes para a tomada de decisão.

Danilson Melicio é Senior Consultant EY, People Advisory Services.

3. Obter os insights e implementar planos de ação

Finalmente, o momento onde todo o poder do People Analytics é esperado. O momento em que as análises se tornam a base para sustentar as estratégias criadas. Porém, não basta somente criar as estratégias, é necessário que elas estejam acompanhadas de um bom um plano de ação.

Em suma, as organizações podem e devem usar o People Analytics como uma ferramenta necessária para retenção de talento. Entretanto, para garantir uma experiência agradável, é necessário enraizar a cultura do data-driven, isto é, garantido que as equipas têm o talento certo, com as competências certas, suportadas por uma estrutura organizacional e um modelo de governance bem definidos.

Texto por Danilson Melicio, Senior Consultant EY, People Advisory Services.

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Os seis finalistas dos Prémios PME Inovação COTEC-BPI

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2022

Já foram apuradas as seis empresas finalistas para o Prémio PME Inovação COTEC-BPI. O vencedor será anunciado no encontro PME Inovação, a 30 Novembro 2022.

Nesta edição, os Prémios PME Inovação COTEC-BPI receberam mais de duzentas candidaturas de empresas. A verdade é que o Prémio tem crescido e desde a sua criação, em 2005, as empresas têm mostrado uma trajectória de crescimento robusto e sustentado, ao longo da última década.

Este ano, e após um processo de selecção rigoroso, já foram apuradas e analisadas em profundidade as seis empresas finalistas que irão ser apresentadas à decisão do Júri do Prémio Inovação COTEC-BPI. As empresas estão inseridas em áreas de atuação distintas e destacaram-se com os seus projetos inovadores.

‘Powerbanks’ para camiões de frio: consiste num sistema pioneiro Plug-in para alimentar o sistema de refrigeração em modo eléctrico, reduzindo o desperdício no transporte, consumo de combustível e emissões. O projeto pertence à empresa de Matosinhos, a ADDVOLT.

Garantir a integridade da produção industrial: a CONTROLAR, a empresa com sede em Braga, projecta e realiza sistemas inteligentes de teste e de automação para linhas de produção industrial em sectores tão exigentes com o automóvel, aeroespacial e a defesa.

Alimentos funcionais de alto valor: A empresa de Coruche, ITS-ETSA, recolhe e transforma sub-produtos de origem animal, a nível industrial, em produtos funcionais de elevado valor económico para alimentação animal e humana, entre outras aplicações, garantido a segurança e controlo da cadeia alimentar.

Produzir ‘vinhos perfeitos’: A Casa NIEPOORT, com quintas em cinco regiões vinícolas, “interpreta” solos, climas e castas para produzir vinhos diferenciados de alta qualidade, reconhecidos mundialmente, que combinam saber com tradição vitivinícola e as possibilidades da biodinâmica.

Na alta-roda da competição desportiva: a P&R tem sede em Barcelos e é especializada no desenvolvimento de produtos de vestuário técnico desportivo para alta competição, com elevada exigência de desempenho e adaptados às morfologias individuais dos atletas.

Transcrição automática da linguagem humana: Os produtos da VOICEINTERACTION, empresa de Lisboa, convertem em texto, legendam e analisam o conteúdo da linguagem humana a partir de algoritmos de modelação linguística e tecnologias de aprendizagem automática.

O Júri, presidido por Pedro Barreto, Administrador do Banco BPI, reunirá no dia 17 de novembro e será constituído por uma painel diversificado.

• Ana Teresa Lehmann, FEP – Universidade do Porto
• António Portela, Bial – Portela & Companhia, SA
• Carlos Oliveira, Fundação José Neves
• Joana Mendonça, ANI – Agência Nacional de Inovação
• João Bigotte, MIT Portugal | Technological Change and Innovation
• José Carlos Caldeira, INESC TEC – Instituto de Engenharia de Sistemas e
Computadores, Tecnologia e Ciência
• Lua Queiroz Pereira, SEMAPA – Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, SA
• Manuel Mira Godinho, ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade
de Lisboa
• Manuela Tavares de Sousa, Imperial – Produtos Alimentares, SA

O Prémio PME Inovação COTEC-BPI será entregue no próximo dia 30 de Novembro, no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos.

“Em Contra-Ciclo” é o grande tema do 12.º Encontro PME Inovação COTEC deste ano que conta com dois prestigiados painéis, que pretendem desmistificar as previsões negativas que preocupam todos os sectores empresariais. O primeiro intitula-se “o compasso da inovação na transformação do negócio” e, o segundo “as vantagens de inovar em Portugal”.

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Como ter um computador sem gastar 1 euro

Já não precisa de gastar várias centenas de euros em software para artilhar o seu novo computador. Os programas de código aberto dão uma preciosa ajuda.

Grátis é a palavra-chave do mundo dos programas de código aberto (usualmente denominados de open source). Do sistema operativo aos jogos, passando pelo antivírus e pelo editor de imagens, as “borlas” de software não faltam. Podem não ser iguais nem fazer exatamente o mesmo que os seus concorrentes pagantes, mas para a maioria dos utilizadores as diferenças que possam existir nem se fazem sentir.

É o caso do OpenOffice e do LibreOffice, que agregam um conjunto de aplicativos semelhantes aos oferecidos pelo Office 365 da Microsoft. Apesar de os seus programas apresentarem algumas debilidades face ao concorrente da Microsoft, que custa 149 euros ou a partir de 69 euros por ano em modo de subscrição, para o utilizador comum, os “handicaps” dos pacotes gratuitos acabam-se por resumir a pormenores de estética.

O mesmo se aplica com o sistema operativo Ubuntu, que é desenvolvido pela Canonical desde 2004. Pode não ser tão glamoroso quanto o iOS da Apple nem a popularidade do Windows da Microsoft, mas é mais rápido, mais barato e acaba por fazer o mesmo que os seus pares nas mãos de 90% dos utilizadores. O único senão do Ubuntu é a compatibilidade com outros aplicativos. Mas mesmo essa lacuna tem vindo a ser minguada à medida que o número de utilizadores particulares e empresariais aumenta.

No mundo do software gratuito há até lugar para os entusiastas dos mercados financeiros. Através do OpenBB, qualquer pessoa pode recolher dados e desenvolver análises sobre uma série de ações e outros produtos financeiros. É uma espécie de substituto (se bem que mais limitado) das plataformas pagas Refinitiv Eikon e Bloomberg Terminal – este último com um custo de cerca de 2.500 euros por mês.

Gratuitos e fiáveis

Um dos pontos que muitas vezes é questionado pelos críticos do software gratuito refere-se à segurança e à fiabilidade dos programas desenvolvidos em código aberto.

O facto da fonte destes aplicativos estar disponível para quem quiser bisbilhotar poderia, por exemplo, revelar-se numa porta de entrada fácil de qualquer malfeitor para destruir o programa. Todavia, a realidade é bem diferente.

Veja-se, por exemplo, o caso do Ubuntu. São escassas as situações conhecidas de violação do sistema por piratas informáticos, ao contrário do que acontece com o sistema operativo Windows.

E quanto à fiabilidade dos programas deste género, basta espreitar o sucesso da enciclopédia online Wikipédia, desenvolvida pelos internautas, que, segundo a revista Nature, no que concerne às entradas relativas aos temas científicos, estas se revelam quase tão precisas como as da Enciclopédia Britânica.

É caso para dizer que, no que se refere à informática e aos sistemas open source, o que sai barato não sai caro!

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Custos com salários aumentaram 4,1% no terceiro trimestre

Os custos salariais e os outros custos, ambos medidos por hora efetivamente trabalhada, aumentaram 4,1% no terceiro trimestre.

Os custos do trabalho aumentaram 4,1% no terceiro trimestre, segundo revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira. Esta evolução representa um abrandamento face ao trimestre anterior e reflete uma subida homóloga de 4,1% nos custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) e nos outros custos (também por hora efetivamente trabalhada).

Apesar da subida, os indicadores dos custos salariais (salário, prémios e etc.) e outros custos (indemnização por despedimento e encargos como a contribuição patronal e seguros de saúde) estão a desacelerar, já que no trimestre anterior tinham subido 5,7% e 6,4%, respetivamente. Os aumentos mais acentuados nos custos com salários registaram-se na indústria (5,7%) e na construção (4,7%), enquanto na Administração Pública e nos serviços foram observados acréscimos menores, de 3,8% e 3,3%, respetivamente.

O gabinete de estatísticas explica que os custos salariais e os outros custos tiveram uma evolução idêntica devido à “normalização do pagamento das contribuições patronais das empresas que, durante a pandemia Covid-19, aderiram ao regime de lay-off simplificado ou ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva, ficando isentas do pagamento das contribuições patronais”. O pagamento destas contribuições “foi retomado no segundo trimestre 2021, tendo os outros custos registado um aumento mais acentuado em relação aos custos salariais nos segundo e terceiro trimestres de 2021 e primeiro e segundo trimestres de 2022”.

Olhando para a evolução homóloga do Índice de Custo do Trabalho, esta “resultou do acréscimo de 4,6% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 0,5% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador”, adianta o INE.

A subida nos custos com trabalhadores sentiu-se em todas as atividades económicas, com destaque para as áreas que “abrangem genericamente o setor privado da economia (5,0% na indústria, 5,2% na construção e 5,3% nos serviços)“. Por outro lado, a “Administração Pública observou um acréscimo menor, de 3,5%”, nota o INE.

As horas efetivamente trabalhadas por trabalhador aumentaram nos serviços (1,9%) e na construção (0,5%), mas diminuíram na indústria e a Administração Pública (0,7% e 0,4%, respetivamente).

É de salientar que têm surgido alertas para uma possível espiral inflacionista com a subida de salários, que daria mais um empurrão à inflação. No entanto, o FMI argumenta que este ainda é um risco limitado. Segundo os dados do INE, os custos com salários aumentaram, mas menos do que no trimestre anterior.

(Notícia atualizada às 11h30)

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