Vista Alegre passa de lucros a prejuízos com custos de energia

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

O custo do gás foi 16,1 milhões de euros, que compara com os 2,3 milhões de euros do mesmo período de 2021, indica a empresa.

A Vista Alegre registou um prejuízo de 300 mil euros até setembro, contra um lucro de 600 mil euros um ano antes, “impactado pela subida dos custos de energia, combustíveis e matérias-primas”, divulgou o grupo esta quinta-feira.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo Vista Alegre sublinha que os primeiros nove meses do ano “caracterizaram-se por um forte aumento dos custos de energia, combustíveis e matérias primas, consequência do aumento da inflação provocada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia gerando um aumento de incerteza e volatilidade no contexto macroeconómico a nível global”.

No período em análise, “o custo do gás foi 16,1 milhões de euros, que compara com os 2,3 milhões de euros do mesmo período de 2021, um acréscimo de 13,8 milhões de euros penalizando de forma direta o EBITDA [resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] e o resultado operacional da empresa”. Para isso, “contribuiu a forte volatilidade do preço médio do gás tendo atingido no terceiro trimestre o valor mais elevado de sempre, ultrapassando os 300 euros/MWh, o dobro do verificado no primeiro e segundo trimestres” deste ano.

Apesar do ambiente adverso, “a Vista Alegre demonstrou resiliência e adaptabilidade atenuando algum deste impacto negativo, quer com o desenvolvimento ao longo dos últimos anos de um conjunto de investimentos tendentes a melhorar a eficiência dos seus processos, quer através de uma gestão mais eficiente dos consumos e dos meios de produção”, refere a empresa.

Entre janeiro e setembro, o volume de negócios subiu 28,3% para 102,7 milhões de euros e o EBITDA cresceu 1,2% para 14,9 milhões de euros.

O crescimento do volume de negócios foi “suportado principalmente no crescimento das vendas nos segmentos do grés e da porcelana, apesar do crescimento ter sido evidenciado em todos os segmentos de negócio”, refere o grupo, que realça “que o escalar do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, acentuou a pressão inflacionista no principal mercado de exportação da Vista Alegre (Europa), tendo um impacto direto no aumento dos custos de produção nomeadamente o custo da energia, logística e matérias‐primas, penalizando os resultados da empresa”.

A nível internacional, os mercados Brasil e Estados Unidos da América e, na Europa, os Países Baixos, França, Espanha e Alemanha, foram “os maiores contribuidores para as vendas no mercado externo que representaram 75,4% do volume de negócios da Vista Alegre, com 77,5 milhões de euros de vendas”.

Os canais de venda ao público “mantiveram um bom desempenho durante o terceiro trimestre de 2022, alcançando vendas acumuladas de 34,6 milhões de euros, que compara com os 26,4 milhões de euros acumulados do terceiro trimestre de 2021, registando assim um acréscimo de 31%”.

O resultado operacional “foi positivo em 3,0 milhões de euros e o resultado líquido negativo em 0,3 milhões de euros, abaixo do registado no período homólogo (0,6 milhões de euros), impactado pela subida dos custos de energia, combustíveis e matérias-primas”, reforça a empresa. No período em análise, a Vista Alegre reduziu a dívida líquida consolidada “em cerca de 6,5 milhões de euros relativamente a 31 de dezembro de 2021”.

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Tribunal da Concorrência multa Montepio em 350 mil euros e Tomás Correia em 70 mil euros

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

Tomás Correia, sujeito a uma coima de 70 mil euros, vai recorrer da sentença. Banco de Portugal tinha aplicado uma coima de 475 mil euros ao banco, que baixa para 350 mil euros.

O Tribunal da Concorrência fixou esta quinta-feira em 350.000 euros a coima aplicada ao Montepio e manteve em 70.000 euros a aplicada a Tomás Correia no processo contraordenacional por investimentos na PT, ambas suspensas em 20%.

A sentença do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, absolveu o ex-administrador da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) João Neves e aplicou uma admoestação a Jorge Barros Luís, os quais haviam sido igualmente condenados pelo Banco de Portugal, em outubro de 2021, a coimas de 25.000 e 50.000 euros, respetivamente.

A juíza Mariana Gomes Machado salientou que a coima aplicada à CEMG, que foi condenada pela prática, a título doloso, de seis contraordenações, teve em conta a desistência do recurso numa das infrações, pelo que o cúmulo jurídico foi fixado em 350.000 euros.

A CEMG tinha sido condenada pelo Banco de Portugal (BdP) ao pagamento de uma coima única de 475.000 euros, indo o advogado do banco, João Matos Viana, analisar o facto de a suspensão de 20% hoje aplicada pelo Tribunal não abranger os 100.000 euros da infração relativa à não observação da ordem de antiguidade cronológica nas operações de compra e venda de dívida pública, de cujo recurso desistiu durante o julgamento, na sequência de esclarecimentos do supervisor.

O mandatário de António Tomás Correia disse à Lusa que vai recorrer da sentença, não aceitando que tenha sido mantida a coima aplicada ao ex-presidente do Montepio, apesar de ser agora suspensa em 20%, quando foi reconhecido que a sua responsabilidade foi meramente funcional. Para Alexandre Mota Pinto, foi reconhecido que as infrações em causa neste processo foram praticadas por pessoas que não foram constituídas arguidas e que Tomás Correia não agiu com intenção de lesar o banco, tendo sido condenado, por negligência, “apenas por ser o presidente” da CEMG à data.

Mariana Machado justificou a suspensão de 20% do valor da coima por dois anos aplicada à CEMG e a Tomás Correia com o tempo que decorreu desde a prática dos factos (2014), bem como por o banco ter atualmente uma nova administração e de o ex-presidente se “encontrar arredado do exercício de atividade bancária, não se antevendo que a retome”.

No processo está em causa, nomeadamente, o investimento em duas obrigações ‘Credit Linked Notes’ (CLN) emitidas, uma pelo Crédit Agricole e outra pela Morgan Stanley, sobre a Portugal Telecom International Finance (PTIF), no montante total de 75 milhões de euros, às quais estavam agregados contratos de ‘swaps’ de risco de incumprimento (Credit Default Swap, CDS), no mesmo valor, em que a CEMG assumia a proteção da emitente.

Em outubro de 2021, o Banco de Portugal multou a CEMG em 475.000 euros (por sete infrações a título doloso), António Tomás Correia em 70.000 euros, por quatro infrações (três a título negligente e um doloso) e os ex-administradores Jorge Barros Luís (50.000 euros por três contraordenações a título negligente) e João Neves (25.000 euros por uma a título negligente).

Na sua decisão, cujos factos o TCRS deu como provados, o BdP considerou, nomeadamente, que o investimento nas duas CLN gerou uma exposição elevada ao risco de crédito dos emitentes e à PTIF, no montante de 75 milhões de euros, e que as características muito particulares destas operações exigiam dos diversos intervenientes um cuidado diferenciado.

A decisão de aplicar uma admoestação a Jorge Barros Luís foi justificada por Mariana Machado por estar igualmente afastado do exercício de funções na banca e por ter contribuído “para melhorias do sistema de controlo interno da CEMG” e pelo seu “empenho no desenvolvimento do robustecimento das matérias atinentes ao risco”, salientando, ainda, a reputação do seu percurso académico e a censura judicial de um processo anterior, “bastante para impedir a prática de novos factos”.

Quanto a João Neves, o TCRS considerou que a prova produzida durante o julgamento não permitiu concluir que, “à data das operações (março de 2014) em que exercia funções como Diretor de Contabilidade, a situação tenha sido do seu concreto conhecimento”, nem quando, em 2015, assumiu funções como administrador executivo, pelo que, na dúvida, decidiu pela absolvição.

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Ministério das Finanças vai centralizar o maior controlo de despesa em sete anos, diz UTAO

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

As cativações passam a representar, em 2023, o instrumento mais importante de controlo da despesa, com um peso de 39,3% no total, diz a UTAO.

A UTAO indicou esta quinta-feira que o Ministério das Finanças irá centralizar 3.163 milhões de euros de despesa, naquele que é o valor mais elevado em sete anos, com as cativações a representarem a maior fatia.

Na análise final à proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) entregou no parlamento, os técnicos assinalam que a dotação programada para os instrumentos convencionais de controlo da despesa ascende a 3.163 milhões de euros. “É o valor mais elevado desde 2015, o que traduz uma maior centralização da despesa e um aumento do poder discricionário do Ministério das Finanças (MF)”, refere.

Destes 3.163 milhões de euros, a dotação provisional cifra-se em 814 milhões de euros, a reserva orçamental em 363 milhões de euros, as cativações em 1.242 milhões de euros e as dotações centralizados em 745 milhões de euros.

Os técnicos que dão apoio aos deputados assinalam que as cativações passam a representar, em 2023, o instrumento mais importante de controlo da despesa, com um peso de 39,3% no total, seguidas da dotação provisional (25,7%), dotações centralizadas para fins específicos (23,6%) e reserva orçamental (11,5%). A UTAO sublinha, ainda, que 2022 “marcou o regresso a um nível elevado de cativações, acentuando-se esta tendência em 2023”.

“Em 2023 as cativações previsionais ascendem a 1.242 milhões de euros e representam 1,1% da despesa efetiva, constituindo o valor nominal mais elevado desde 2017”, refere o relatório, que sublinha que a dotação provisional atinge o valor mais elevado desde 2015, ainda que parte significativa será destinada a despesas com o pessoal, o que, diz a UTAO, “é contrário à sua finalidade legal”.

Ainda assim sustenta que no próximo ano irá diminuir “o conjunto das dotações centralizadas geridas pelo MF, o que constitui uma medida de transparência orçamental”.

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Lucro da REN sobe quase 20% para 81,4 milhões até setembro

O resultado líquido da energética aumentou para 81,4 milhões de euros até setembro, mais 19,1% que nos primeiros nove meses do ano anterior.

A REN – Redes Energéticas Nacionais registou um lucro de 81,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, indica a empresa em comunicado.

Este resultado fica 19,1% acima dos 68,4 milhões de euros obtidos no mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, o lucro deste ano foi impulsionado pelo desempenho do EBIT – mais 11,5 milhões – e dos resultados financeiros – mais 5,3 milhões. Em sentido contrário, pesou o aumento da Contribuição Extraordinária Sobre o Setor Energético (CESE), que subiu um milhão, e dos restantes impostos, que somaram 2,8 milhões, dado o aumento da base de ativos regulados.

O EBITDA atingiu os 360,9 milhões, um aumento de 17,5 milhões de euros, ou 5,1%, “refletindo o aumento de desempenho da atividade doméstica e internacional”, escreve a REN. Na atividade doméstica, esta rubrica cresceu 12,5 milhões de euros, e na área internacional destaca-se a contribuição de 3,5 milhões da Electrogás.

O investimento (CAPEX) teve uma redução de 11,1% em comparação com setembro de 2021, ficando pelos 126 milhões de euros. A dívida líquida totalizou 1.941,5 milhões, reduzindo-se em 436,7 milhões, “em resultado de o fluxo de caixa operacional e desvios tarifários excederem os fluxos de saídas associadas às atividades de investimento e financiamento”.

No comunicado são ainda partilhados dados atualizados do consumo de energia. Nos primeiros nove meses do ano, a produção renovável abasteceu 44,4% do consumo de eletricidade, repartida pela eólica (23%), hidroelétrica (9%), biomassa (7%) e fotovoltaica (6%). A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo. Os restantes 22% corresponderam a energia importada.

A energia hídrica continua a ficar aquém da média histórica, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a marcar os 0,37, face a uma média histórica de 1. Já o de produtibilidade eólica foi de 0,96 e o de produtibilidade solar 1,10. “A produção fotovoltaica continua a manter um crescimento significativo, próximos dos 50%, relacionado com o aumento da potência instalada”, indica a REN.

O consumo de gás natural manteve a tendência de quebra do período homólogo, com uma variação homóloga de -1,2%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 38% no segmento de produção de energia elétrica.

(Notícia atualizada pela última vez às 17:14)

 

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Lucro da Caixa sobe 61% e projeta “maior dividendo da história”

O lucro da Caixa subiu 61% para 692 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Banco público projeta dar ao Estado o "maior dividendo da sua história".

O lucro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) subiu 61% para 692 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o banco público a perspetivar entregar ao Estado o “maior dividendo da sua história”.

A instituição liderada por Paulo Macedo destaca a subida da rentabilidade dos capitais próprios para o valor mais alto em 14 anos, com o ROE a atingir os 10,8% no final de setembro.

O banco explica o disparo nos lucros com a redução das imparidades para a crise Covid-19, além do negócio internacional. A atividade doméstica contribuiu com 537 milhões de euros, enquanto o negócio lá fora — Angola e Moçambique — gerou um resultado de 155 milhões de euros.

“Uma geração de resultados saudável, em linha com as expectativas de custo de capital”, sublinhou Maria João Carioca, administradora financeira da Caixa.

De acordo com o banco, tendo em conta a política de distribuição de 40% dos lucros, os resultados até setembro correspondem a um montante máximo distribuível de 286 milhões de euros – o Governo conta com 350 milhões de dividendos do banco. “Projeta-se, referente à totalidade da atividade do ano, e não se verificando qualquer impacto doméstico proveniente da evolução da situação internacional, o maior dividendo da história da Caixa, a liquidar em 2023, com impacto positivo no Orçamento do Estado, continuando a devolver aos contribuintes o esforço tido no âmbito do processo de recapitalização“, frisa.

Negócio cresce a dois dígitos

O negócio core do banco cresceu a dois dígitos nos primeiros nove meses do ano. A margem financeira líquida aumentou 25% para 930 milhões de euros, “uma evolução de 185 milhões de euros com forte contributo da atividade internacional (+28%) e das operações de tesouraria (incluindo o programa TLTRO do BCE) e gestão da carteira que contribuíram com 60 milhões de euros”.

Os resultados com comissões subiram quase 11% para 459 milhões de euros, com o setor a beneficiar do aumento das transações por conta do alívio das restrições que tivemos durante a pandemia.

Isto fez com que produto global da atividade tivesse crescido 21,7% para 1.594 milhões de euros.

Este negócio também está sustentado num aumento do volume de crédito e depósitos, totalizando os 153,6 mil milhões de euros. A carteira de empréstimos aumentou 3% para 54,2 mil milhões de euros. Os recursos de clientes subiram 2% para 91,7 mil milhões, com os depósitos a aumentarem quase 4%.

Com as perspetivas de deterioração das condições económicas, os receios no setor residem no aumento do crédito malparado. Na Caixa, o rácio de NPL desceu para 2,6%, enquanto o rácio de NPL líquido de imparidades permaneceu em 10%. O rácio de cobertura de NPE (rácio EBA) a supera os 104%.

Em termos de posição de capital, a Caixa diz ser “robusta” e que os rácios se situam acima da média dos bancos portugueses e europeus: o Tier 1 e Total situaram-se em 18,7% e 20,1%, respetivamente, incluindo o resultado líquido deduzido do montante máximo distribuível.

Caixa fala com mais 500 particulares para reestruturar

Maria João Carioca deixou números sobre aquilo que poderá ser o impacto da subida dos juros no banco público. A prestação média é inferior a 250 euros e o rácio de serviço da dívida face ao rendimento, a chamada taxa de esforço, é de 33% em média. Cerca de 90% dos contratos pagavam uma prestação abaixo dos 432 euros — é nas prestações mais altas que mais se sentirá o aumento das Euribor.

Mais tarde, Paulo Macedo adiantou que o banco está em conversas com mais de 500 clientes particulares para reestruturar o crédito devido à subida das Euribor, a quem está a propor soluções que vão desde o alongamento dos prazos do contrato, consolidações de crédito e reduções do spread. O CEO do banco argumentou que os bancos não querem ficar com as casas das famílias.

(Notícia atualizada às 18h11)

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Renova troca “engenheiro por cidadão” até chegar ao TikTok

Paulo Pereira da Silva desconstruiu uma empresa tradicional de papel higiénico, transformou-a numa "startup desafiadora para todo o mundo" e espera "não ver a mesma Renova nos próximos dez anos".

Assente em mais de 200 anos de história, a Renova é uma empresa portuguesa que se transformou nos últimos anos numa multinacional que é um caso de estudo em escolas de negócio internacionais e que tem sabido abraçar as novas gerações de cidadãos. Tudo isso foi possível por causa da abertura da empresa a parceiros, segundo o presidente executivo, Paulo Pereira da Silva.

“Tive de desestruturar a Renova. Tornou-se numa startup desafiadora para todo o mundo. Temos estruturas pequenas mas extremamente versáteis, sobretudo para lidar com toda a complexidade. Temos de nos habituar a viver num mundo cada vez mais complexo. É um processo que vai continuar”, salientou o líder da empresa, numa conversa que encerrou a conferência anual do ECO, Fábrica 2030, realizada na Alfândega do Porto.

Paulo Pereira da Silva, presidente executivo da Renova.

Gosto muito de ver a empresa como um sistema aberto. Aberta para as faculdades e muitos outros parceiros. É preciso trabalhar com pessoas de diferentes países. É preciso saber ler e gerir essa informação”, acrescenta o executivo.

Há mais de 20 anos na liderança da Renova, Paulo Pereira da Silva lembrou que a empresa teve de ser mais ambiciosa na escala de negócio, passando a ter “concorrência mundial” em vez de limitar-se a ter “alguma dimensão em Portugal, que é um mercado mínimo à escala global”.

Gosto muito de ver a empresa como um sistema aberto, aberta para as faculdades e muitos outros parceiros. É preciso trabalhar com pessoas de diferentes países. É preciso saber ler e gerir essa informação.

Paulo Pereira da Silva

Presidente executivo da Renova

O alargamento do mercado foi depois conjugado com o design. “O que posso fazer para tornar o meu produto mais sexy, mais interessante e com maior valor, não do ponto de vista do engenheiro, mas sim do cidadão? Olhámos para a evolução do mundo e como ele está a mudar. Tentámos trazer essa informação e conhecimento para o nosso produto”, recordou.

Olhar para o cidadão também implicou estar mais próximo das novas gerações, sobretudo no mercado internacional e nas novas plataformas. “Para a China só vendemos através da área digital. Temos lá uma conta no TikTok, que tem feito bastante sucesso”. A Renova tem ainda equipas de vendas em outros seis países; nos restantes tem parcerias com distribuidores.

E em relação ao futuro? “Espero não ver a mesma Renova nos próximos 10 anos”, antecipa Paulo Pereira da Silva. “Vai ser uma Renova mais internacional do que é hoje, também do ponto de vista da produção”, respondeu o gestor.

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Fectrans e Metro Transportes do Sul chegam a acordo sobre salários

  • Lusa
  • 10 Novembro 2022

O acordo sobre os salários de 2023 prevê uma “atualização média na tabela em 7,4%, com garantia de aumento mínimo de 80 euros”. Mas os maquinistas da MTS mantêm greve entre 15 e 19 de novembro.

Os trabalhadores da Metro Transportes do Sul (MTS) chegaram a acordo com a empresa relativamente aos salários para 2023, anunciou esta quinta-feira a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Num comunicado, a FECTRANS indica que foi alcançado um acordo relativamente aos salários de 2023, com “atualização média na tabela em 7,4%, com garantia de aumento mínimo de 80 euros”.

“Para a generalidade dos trabalhadores significa um aumento de 9,6% e de 7% nas restantes rubricas, que garante a cada trabalhador mais de 100 euros de aumento no seu rendimento mensal”, acrescenta a federação. Segundo o sindicato, este acordo tem efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023.

Os maquinistas da MTS, empresa que opera o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal, têm uma greve agendada entre 15 e 19 de novembro para exigir a abertura de negociações, aumentos salariais, progressão na carreira e melhor manutenção dos equipamentos.

Esta greve mantém-se, apesar deste acordo, porque a estrutura sindical que a convocou – Sindicato dos Maquinistas – não teve negociações com a administração da empresa. “Se houve acordo, desconheço. Não fomos contactados pela empresa, portanto, a greve mantém-se”, disse à agência Lusa o presidente da direção do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ), António Domingues.

O sindicalista referiu ainda que o SMAQ é o “único sindicato com legitimidade” para negociar as condições de trabalho dos maquinistas da MTS. À Lusa, o coordenador da FECTRANS, José Manuel Oliveira, distanciou-se da paralisação, afirmando que a federação “não avançou com nenhuma greve”.

“Não é connosco”, frisou. A greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) decorrerá entre as 00:00 do dia 15 de novembro e as 24:00 do dia 19 de novembro e será feita ao trabalho suplementar, incluindo o trabalho em dia de descanso semanal e a todos os serviços com duração superior a oito horas. Paralelamente, entre as 00:00 do dia 16 e as 24:00 do dia 18 os trabalhadores farão greve total. A MTS é a empresa que explora o metro ligeiro de superfície nos concelhos de Almada e Seixal, no distrito de Setúbal.

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Inflação desacelera para 7,7% em outubro nos EUA

  • Lusa e ECO
  • 10 Novembro 2022

Inflação homóloga nos EUA abrandou para 7,7% em outubro, o nível mais baixo desde janeiro, depois de ter atingido 8,2% em setembro.

A taxa de inflação homóloga nos Estados Unidos abrandou para 7,7% em outubro, o nível mais baixo desde janeiro, depois de ter atingido 8,2% em setembro, indicou esta quinta-feira o Departamento do Trabalho.

O aumento de preços em relação ao mês anterior foi de 0,4%, segundo o índice CPI.

Excluindo os preços dos produtos alimentares e da energia, que são os mais voláteis, a inflação subjacente ficou em 6,3% na comparação homóloga (com o mesmo período do ano anterior) e em 0,3% face a setembro.

E reação, no Twitter, Joe Biden afirmou que os números da inflação mostram que “o seu plano está a funcionar” e que, embora os últimos dois anos tenham sido difíceis, a economia norte-americana está a criar novos empregos.

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Inflação traz problemas à execução do PRR, admite ministra da Presidência

A execução do PRR "é um dos temas onde estamos mais empenhados e vamos avaliando, acompanhando e tomando as medidas necessárias", garantiu Mariana Vieira da Silva.

Não escondemos que o momento de inflação que vivemos tem consequências e traz problemas à execução do Plano de Recuperação e Resiliência, mas do ponto de vista da execução das metas e marcos, com que estamos comprometidos, estão em linha.” Foi assim que Mariana Vieira da Silva responde às críticas de Marcelo Rebelo de Sousa e de Mário Centeno aos atrasos na execução do PRR.

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, que tem a tutela do PRR – e não Ana Abrunhosa, apesar de ter sido pessoalmente visada no puxão de orelhas do Presidente da República – sublinhou que em todos os Conselho de Ministros são aprovadas matérias relativas ao PRR. “É uma matéria de permanente acompanhamento por parte do Governo. O acompanhamento das 20 componentes é da responsabilidade da generalidade dos ministros e a responsabilidade do PRR é efetivamente minha”, disse Mariana Vieira da Silva.

Portugal pagou apenas mil milhões de euros aos beneficiários finais, apesar de já ter recebido 3,3 mil milhões de Bruxelas através de adiantamentos e do pagamento do primeiro cheque de 1,2 mil milhões após o cumprimento de 38 marcos e metas, o que tem feito soar os alarmes. O Presidente da República, o governador do Banco de Portugal e a presidente do Conselho de Finanças Públicas têm feito alertas veementes sobre esses atrasos.

Mas, tentando contextualizar os números de execução do PRR, a ministra da Presidência sublinha que Portugal é um dos nove países que já submeteu o pedido de pagamento do segundo cheque, por acreditar que cumpriu as 20 metas e marcos com que se comprometeu junto da Comissão Europeia. Um pedido que ainda está a ser analisado.

Para o Governo, a implementação do PRR é uma dimensão fundamental da sua atividade“, disse Mariana Vieira da Silva. “Em todos os Conselhos de Ministros, é fácil consultar os comunicados, ou se aprovam diplomas onde se procura flexibilizar e acelerar a capacidade de execução do investimento público ou despesas relativas ao PRR”, acrescenta, sublinhando que esta quinta-feira foram aprovadas despesas nas áreas das infraestruturas e da edução.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros foi aprovada “a reprogramação da despesa relativa aos investimentos da Metro do Porto, bem como a realização da despesa decorrente da manutenção da BRT Boavista” e o Instituto de Gestão Financeira da Educação foi autorizado a realizar a despesa no âmbito da Escola Digital.

Sabemos as dificuldades que temos pela frente”, admitiu a ministra da Presidência. “É um dos temas onde estamos mais empenhados e vamos avaliando, acompanhando e tomando as medidas necessárias”, garantiu.

A responsável foi ainda confrontada com a contratação de um jovem de 21 anos para seu adjunto que saiu da Faculdade de Direto do Porto, diretamente, para o Governo sem qualquer experiência política. “Existe uma legislação desde 2012 que diz tudo o que há a dizer sobre constituição de gabinetes, os critérios de seleção, o pagamento que é devido a cada secretário, adjunto ou motorista, a forma de publicitar estes contratos e os calendário em que deve ocorrer”, disse a ministra da Presidência.

Neste como noutros casos, foram seguidos esses critérios, dizendo respeito a um trabalho que tem dimensões técnicas e politicas que é o trabalho que um gabinete de um ministro também faz”, disse ainda Mariana Vieira da Silva a propósito da contratação de Tiago Cunha, que tem uma intensa atividade de militância na Juventude Socialista e no próprio PS.

Em mais outra exceção à regra definida pela própria de não abordar temas laterais aos discutidos em Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva disse sobre o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, envolto num pagamento duvidoso enquanto presidente da Câmara de Caminha que está a ser investigado pelo Ministério Público, que são “questões relacionadas com a Justiça”. “Não é a nós que nos dizem respeito”, disse. “O secretário de Estado deu esclarecimentos e é tempo agora de nos dedicarmos ao trabalho”, concluiu sem comentar o coro de pedidos de demissão de Miguel Alves entre os partidos da oposição.

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Atlantica teve receita de 858 milhões de dólares até setembro

  • Servimedia
  • 10 Novembro 2022

Face ao ano anterior, a Atlantica Sustainable Infrastructure registou um aumento de 4,9% nas receitas que obteve até setembro de 2022. Ao todo, a empresa recebeu 858,4 milhões de dólares.

A Atlantica Sustainable Infrastructure registou receitas de 858,4 milhões de dólares nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 4,9% comparativamente a 2021, noticia a Servimedia. A empresa também aumentou o seu EBITDA em 4,3%, numa base anual, para 630,6 milhões de dólares nos nove meses até Setembro.

O fluxo de caixa operacional atingiu 515,7 milhões nos primeiros nove meses de 2022, um aumento de 16,7% em comparação com o mesmo período em 2021. O fluxo de caixa disponível para distribuição (CAFD) foi de 179 milhões de dólares, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior.

Além disso, o Conselho de Administração da Atlantica aprovou um dividendo trimestral de 0,445 dólares por ação, que está programado para ser pago a 15 de Dezembro.

Plano de investimento

Nos primeiros nove meses, Atlantica continuou a sua intensa atividade de investimento, ao comprometer-se a investir cerca de 150 milhões de dólares em novos recursos.

A par deste projeto, destacam-se outras operações, tais como a recente aquisição da Chile PV 3, uma central solar fotovoltaica de 73 MW, onde a empresa espera adicionar um sistema de baterias de 100 MWh (2 horas) em 2023.

A empresa sublinha na apresentação dos seus resultados financeiros que “a sua prudente política de financiamento lhe proporciona uma boa posição para enfrentar os atuais riscos do mercado”.

Especificamente, 94% da sua dívida consolidada está a uma taxa fixa ou coberta a uma taxa fixa, pelo que a Atlantica está protegida contra aumentos de taxas. Do mesmo modo, e em relação à inflação, assinala que 50% do seu negócio está indexado a índices de inflação, a uma fórmula baseada na inflação ou a um valor fixo.

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Diogo da Silveira é o novo diretor não executivo independente da Savannah Resources

O atual presidente do Conselho de Administração da Floene Energias assume esta quinta-feira o cargo de diretor não executivo independente da Savannah Resources.

Diogo da Silveira é, a partir de hoje, o diretor não executivo independente da Savannah Resources, empresa europeia de desenvolvimento de lítio. O profissional — antigo CEO da Navigator e atual presidente do conselho de administração da Floene Energias (antiga Galp Gás Natural Distribuição) — passa, também, a integrar os comités de remuneração e de auditoria e risco.

“Tenho a honra de contribuir para a jornada de auto-suficiência energética da Europa através do desenvolvimento dos recursos de lítio no norte de Portugal. Espero trazer conhecimentos sobre energia e mobilidade, experiência de sustentabilidade, perspetivas portuguesas e europeias ao Projeto Lítio do Barroso. Estou realmente entusiasmado por fazer parte de um projeto de transição energética tão importante, num momento tão singular”, refere o novo diretor não-executivo da Savannah, citado em comunicado.

Já o chairman da Savannah, Matthew King, considera que Diogo da Silveira é “líder empresarial altamente experiente com vasta experiência em Portugal e na Europa”. “Esperamos, em particular, aproveitar a sua experiência no setor da indústria primária, através do seu cargo anterior com o principal operador florestal português, Navigator, cujas operações enfrentam desafios de licenciamento semelhantes aos das empresas mineiras, e no setor da transição energética, através do seu papel como presidente da Floene Energias”, admite.

Diogo da Silveira é, a apartir de hoje, diretor não executivo independente da Savannah Resources, cargo que acumula com o de presidente do conselho de administração da Floene Energias.

“Esta nomeação reforça o nosso papel na contribuição vital de Portugal para a transição global para as energias renováveis”, reforça.

Diogo da Silveira, de 61 anos e com dupla nacionalidade (portuguesa e francesa), é presidente do conselho de administração da Floene Energias e, nos últimos 20 anos, assumiu a liderança de várias empresas privadas e cotadas, enquanto CEO, como é o caso da Navigator, Açoreana Seguros, ONI telecom, Isoroy e Novis. Na Sonae Indústria, Sonaecom, ModeloContinente, Sonae Investimentos e BanifBank foi diretor executivo.

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Randstad abre mais de 1.000 vagas para responder a procura na Black Friday e Natal

As oportunidades de trabalho surgem para fazer face à crescente procura de bens e serviços impulsionada pela Black Friday e pela quadra natalícia.

A Randstad Portugal anunciou 1.100 oportunidades de emprego em todo o país, para fazer face à crescente procura de bens e serviços impulsionada pela Black Friday, que acontece ainda este mês, e pela quadra natalícia que se aproxima.

“Os últimos meses do ano são genericamente conhecidos como uma época de maior consumo, seja no comércio local, centros comerciais ou compras online e, por conseguinte, de elevada procura de recursos humanos, principalmente, nas áreas de retalho, logística e distribuição e apoio ao cliente”, lê-se em comunicado.

Para responder a esta necessidade, por ocasião da Black Friday que, este ano, decorre a 25 de novembro, a Randstad tem 300 vagas para atender a esta altura de pico de atividade, com 200 oportunidades para o setor da logística e 100 na área de apoio ao cliente, que inclui áreas como e-commerce, chat e telefone, um pouco por todo o país.

Já para a época de Natal, o número de vagas sobe para 800 nas mesmas áreas de trabalho.

Os interessados podem consultar as vagas aqui.

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