Ainda na “pré-história”, fábricas têm de acelerar aposta digital

Indústria portuguesa procura aderir à transformação digital para competir a nível internacional. Parcerias são fundamentais para que esta mudança seja acessível para todas as empresas.

Debate sobre a transformação digital na indústria, moderada por André Veríssimo, com a participação de José Manuel Elias (CIN), João Ricardo Moreira (NOS), Rui Veloso (Microsoft) e Paulo Morgado (Antas da Cunha)Hugo Amaral / ECO

“Para ver o seu grau de avanço, a empresa tem de perguntar o que aprendeu hoje com as máquinas.” Paulo Morgado, sócio da sociedade de advogados Antas da Cunha, deu o mote para o debate sobre os facilitadores da transformação digital no primeiro painel da Fábrica 2030, conferência do ECO que decorre esta quinta-feira na Alfândega do Porto. Mas Portugal ainda está na “pré-história da transformação digital”, nota o ex-presidente da Capgemini para o mercado ibérico.

“Estamos muito abaixo do potencial da indústria. Há alguns anos fizeram-se algumas experiências, há experiência e conhecimento acumulado sobre a matéria, mas há muitos projetos-piloto que estão condenados a não resistir às provas de resiliência a que têm de estar sujeitos em caso de massificação”, atira João Ricardo Moreira, administrador da NOS. E a indústria portuguesa tem mesmo de se tornar numa velocista. “Há sentido de urgência em Portugal, o que pode acelerar a transformação”, acrescenta o gestor.

João Ricardo Moreira, administrador da NOSHugo Amaral / ECO

O administrador da empresa de telecomunicações detida pela Sonae assinala que “a maior parte das empresas industriais não tem capacidade”, de forma autónoma, “para promoverem investigação e desenvolvimento”. A solução deverá passar por “redes de soluções” porque ” as empresas beneficiam quando há uma referência”, aconselha João Ricardo Moreira.

Mantendo a toada velocista, “a evolução do produto vai passar por termos capacidades e as pessoas para nos adaptarmos rapidamente, para tomarmos ações”, considera Rui Veloso, especialista principal na área de solução da Microsoft. O responsável da gigante tecnológica atenta que uma das mudanças da 4.ª Revolução Industrial tem a ver com a entrega das soluções.

Rui Veloso, especialista da MicrosoftHugo Amaral / ECO

“No passado, uma empresa tinha de comprar a tecnologia à cabeça. Agora, temos modelos de adoção e libertamos a solução ao longo do tempo. Há menos desperdício [e] os clientes vão adotando e pagando a tecnologia à medida do tempo”, tornando a despesa menos dolorosa para a tesouraria, salienta Rui Veloso, gestor da Microsoft em Portugal.

Fim dos stocks?

Machine learning, robótica e linguagem natural são três elementos fundamentais para que as empresas possam transformar-se e aderir a esta revolução tecnológica. Dentro de uma fábrica, a transformação será visível apenas graças ao uso da tecnologia 5G, segundo o administrador da NOS. “Em fábrica, não é possível, de forma consciente, usar o wi-fi [rede sem fios] para substituir as comunicações todas. Daí o 5G ser tão necessário para conseguir lidar com todos estes dados”, prevê João Ricardo Moreira.

Rui Veloso, da Microsoft, aponta que “a cloud está a vir para a indústria e para a inovação”. Mas tecnologia não chega. “As pessoas são o motor da 4.ª Revolução Industrial. O que mais interessa é a parte cultural, de melhoria das qualificações, de termos pessoas digitalmente nativas”, proclama José Manuel Elias, responsável tecnológico da CIN.

José Manuel Elias, diretor de tecnologia da CINHugo Amaral / ECO

Para o porta-voz da líder ibérica de produção e tintas e vernizes, “é preciso usar a tecnologia que faz sentido”, com equipamentos que “sejam tecnologicamente evoluídos e sensorizados” e que tenham consumo energético “o mais eficiente possível para garantir que não há um curto-circuito nas contas”.

Graças ao processo de modernização, antecipa José Manuel Elias, “em 2030 vamos produzir em função do que vai ser consumido no momento e não vai ser necessário ter stocks“. A transformação, nesta altura, não será apenas digital, mas na forma como as empresas vão vender aos consumidores e como gerem a sua estrutura de faturação.

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Altice Portugal sobe receitas em 14,5% até setembro. Mantém “disciplina de controlo dos custos”

As receitas da Altice Portugal cresceram 14,5% entre janeiro e setembro, face ao período homólogo, ao mesmo tempo que a dona da Meo mantém "disciplina de controlo dos custos".

A Altice Portugal publicou os dados financeiros do trimestre mais recente, mostrando “crescimento em todos os segmentos e linhas de negócio” e “disciplina de controlo dos custos operacionais”, informou a empresa.

O grupo que controla a Meo viu o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) crescer 7,6% entre janeiro e setembro, face aos mesmos nove meses de 2021, para 687,9 milhões de euros, revela em comunicado. Enquanto isso, as receitas no período subiram 14,5%, para 1.934,7 milhões.

Olhando apenas para o desempenho financeiro no terceiro trimestre, as receitas da Altice Portugal cresceram 15,4%, para 680,5 milhões, um montante que conta com o contributo positivo da Unisono, empresa que foi adquirida em agosto de 2021. Excluindo este efeito, as receitas teriam crescido, ainda assim, 13,2%.

Já o EBITDA trimestral melhorou 5,4%, para 233,6 milhões. “A performance do EBITDA decorre do crescimento contínuo da base de clientes de serviços fixos e móveis, em ambos os segmentos, da diversificação do portefólio, da inovação tecnológica no leque de oferta de produtos e serviços e da manutenção da disciplina de controlo dos custos operacionais”, justifica a Altice.

Além disso, segundo a Altice Portugal, “no período de julho a setembro de 2022, a base de clientes de televisão por subscrição cresceu 1,3%, atingindo 1,8 milhões de clientes, e a base de subscritores de negócio móvel aumentou 1,2%, para 8,8 milhões”.

No segmento do consumo, onde se inclui a Meo, as receitas aumentaram 4,9% no trimestre, para 330,1 milhões. A base de clientes únicos subiu 1,3%, para 1,7 milhões.

Quanto ao segmento de serviços empresariais, onde se inclui a Altice Empresas, as receitas dispararam 27,5%, para 350,3 milhões. Sem contar com a Unisono, a subida seria de 23,5%, de acordo com o grupo liderado por Ana Figueiredo.

A Altice Portugal refere ainda que o investimento foi de 339,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, dos quais 114,4 milhões de euros no terceiro trimestre, um aumento de 4,3%. A empresa justifica a aposta com o “reforço contínuo da rede móvel, infraestruturas core de nova geração e expansão” da rede de fibra ótica.

“Em consequência da aposta no reforço da rede móvel, a taxa de cobertura do 5G aumentou 68,9% no final do segundo trimestre para 85% no final do terceiro trimestre”, destaca a dona da Meo.

Na quarta-feira, a Anacom, o regulador do setor, tinha apontado que o número de antenas 5G instaladas em território nacional aumentou 48% entre o segundo e o terceiro trimestre. Entre as três maiores operadoras (Meo, Nos e Vodafone), a Meo era a que tinha menos estações instaladas no final de setembro.

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Salário médio sobe para 1.353 euros no terceiro trimestre, mas cai 4,7% em termos reais

A remuneração bruta total mensal média aumentou 4% no terceiro trimestre, para 1.353 euros, mas caiu cerca de 5% em termos reais, assumindo o efeito da inflação.

A remuneração bruta mensal média por trabalhador português aumentou 4% para 1.353 euros, no terceiro trimestre do ano.em termos reais, tendo como referência a variação do Índice de Preços no Consumidor, a remuneração bruta total média por posto de trabalho diminuiu 4,7%, mostram os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No trimestre terminado em setembro, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador subiu 4% em relação ao mesmo período de 2021, passando de 1.302 para 1.353 euros. A componente regular e a componente base daquela remuneração aumentaram 3,8% e 3,7%, situando-se em 1.145 euros e 1.076 euros, respetivamente.

Variação homóloga da remuneração bruta mensal média por trabalhador (total, regular e base).INE

Contudo, ajustando para a inflação, medida pela variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que foi de 9,1% no trimestre terminado em setembro de 2022, a remuneração bruta total média diminuiu 4,7%. As componentes regular e base diminuíram, ao mesmo tempo, ambas 4,9%.

Variação homóloga da remuneração bruta total mensal média por trabalhador (nominal e real).INE

Já a remuneração bruta regular mensal média por trabalhador — que exclui, entre outras componentes salariais, os subsídios de férias e de Natal e, por isso mesmo, tem um comportamento menos sazonal — aumentou 3,8% em setembro, comparativamente ao período homólogo, passando de 1.104 euros para 1.145 euros. Este crescimento foi superior em 1,4 pontos percentuais ao observado em junho de 2022.

Administração Pública entre os menores aumentos da remuneração total

Em setembro de 2022, a remuneração total variou entre os 894 euros, nas atividades de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e os 2.793 euros, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

O maior salto salarial (na remuneração total) foi registado, contudo, nas atividades de educação (7,1%), seguindo-se as atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (6,8%). Os menores aumentos da remuneração total, por sua vez, foram observados nas atividades de Administração Pública e defesa; segurança social obrigatória (0,5%) e nas atividades financeiras e de seguros (0,8%).

No que toca à dimensão da empresa, foram as companhias com entre um a quatro trabalhadores que viram as variações mais positivas (6,6%), seguindo-se as que têm entre 50 e 99 trabalhadores (5,8%). Já menor variação foi apurada nas empresas com 500 ou mais trabalhadores (1,8%). Ainda assim, continuam a ser as pequenas empresas (um a quatro trabalhadores) que registam a remuneração total mais baixa (968 euros), enquanto o valor mais elevado é observado nas organizações com 250 a 499 funcionários.

Já a remuneração total da Administração Pública engordou 2%, passando de 1.689 euros em setembro de 2021 para 1.724 em setembro de 2022. Enquanto isso, no setor privado, as remunerações aumentaram de forma mais expressiva: a remuneração total registou uma variação homóloga de 4,9%, passando de 1.222 euros em setembro de 2021 para 1.281 euros um ano depois.

As diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP [Administrações Públicas] e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado e nas qualificações dos trabalhadores que os integram. Com efeito, verifica-se que os trabalhadores do setor das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados: 54,3% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (22% no setor privado), 25,5% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (31,4% no setor privado) e 20,2% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (46,6% no setor privado)”, comenta o INE.

(Notícia atualizada com mais informação às 11h55)

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+M

Joana Garoupa deixa Omnicom Media Group

A profissional tinha assumido funções em meados de setembro. A informação foi confirmado ao +M/ECO pelo Omnicom Media Group, que adiantou apenas ter tomado a decisão de rescindir o contrato.

Joana Garoupa, já não é chief operating officer (COO) do Omnicom Media Group em Portugal, cargo que assumiu em setembro.

A informação foi confirmada ao +M/ECO, pelo Omnicom Media Group, que adiantou apenas ter tomado a decisão de rescindir o contrato com Joana Garoupa, que não manterá nenhuma ligação ao grupo. O OmnicomMedia Group optou por não comentar os motivos que levaram a esta decisão, materializada dois meses após o início do contrato e que porá fim a qualquer colaboração.

Joana Garoupa, recorde-se, tinha ingressado em setembro na companhia. Como COO, e reportando a Luís Mergulhão, seria responsável por “diversas áreas de desenvolvimento do negócio, o acompanhamento, monitorização e gestão das agências, unidades e empresas que integram o grupo, bem como o new business“, foi explicado na altura.

O cargo, sabe o +M/ECO, não vai ser preenchido.

Também contactada pelo +M/ECO, a Joana Garoupa confirma a saída, dizendo que a “passagem pelo Omnicom marca o desafio profissional mais breve que enderecei na minha já longa carreira, mas deparámo-nos com diferenças irreconciliáveis de estilos de gestão e uma discordância na priorização das mudanças que o Grupo OMG pretende fazer no esforço de adaptação às novas tendências do mercado de media. Agradeço a experiência ao Luís Mergulhão, desejando as maiores felicidades à equipa profissional, resiliente e muito comprometida que encontrei na OMD, PHD, Team X, FUSE, OMG Performance, Annalect, Transact e Traken”. “Está em estudo uma colaboração pontual em regime de consultoria para estratégia de Marca e marketing estratégico”, acrescenta.

Joana Garoupa foi até meados deste ano diretora geral da Fundação Galp, função que manteve após deixar a direção de marketing e comunicação da companhia, onde esteve de 2017 a 2021. Antes de ingressar na Galp liderou o marketing e comunicação da Siemens. Já este ano lançou o livro “Manual de sobrevivência para o mundo corporativo”.

O Omnicom Media Group está presente em Portugal com as agências de meios OMD e PHD, com a TeamX, Fuse (storytelling e brand content), OMG Performance, Annalect (expertise em data, annalytics e tecnologia) e Transact (e-commerce). Já és ano lançou a consultora TRKKN.

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Custos de construção aumentam 13,4% em setembro

Custos da construção continuam a subir e estão 13,4% mais altos do que há um ano. Em setembro, os materiais ficaram 18,6% mais caros e o custo de mão-de-obra aumentou 6,1%

Construir uma casa nova volta a ser mais caro, sobretudo devido ao preço dos materiais, nomeadamente aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e derivados, revelam os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE.

Os custos da construção de habitação nova voltaram a subir e, em setembro, terão aumentado 13,4% em termos homólogos, acelerando 0,9 pontos percentuais (p.p.) face a agosto, quando se registou uma ligeira queda em cadeia. Este desempenho deve-se, sobretudo, à subida do preço dos materiais.

No que toca ao preço dos materiais, estes aumentaram 18,6% em setembro, face ao período homólogo, e o que representa uma subida de 2,1 pontos percentuais face ao mês anterior. “Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos dos preços de cerca de 80%”, adianta o gabinete de estatísticas.

Já o gasóleo, cimento, os aglomerados e ladrilhos de cortiça, as madeiras e derivados de madeira e as obras de carpintaria, os tubos de PVC e o consumo de produtos energéticos apresentaram crescimentos homólogos superiores a 20%.

Ao mesmo tempo, o custo de mão-de-obra aumentou 6,1% em setembro, contra os 6,8% registados em agosto.

Numa análise em cadeia, a taxa de variação mensal do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de 0,9% em setembro, enquanto o custo dos materiais aumentou 1,6% e custo da mão-de-obra diminuiu 0,3%, de acordo com os dados do INE.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h32)

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Caixa deixa sede dentro de três a quatro anos e procura nova casa

Governo tenciona ficar com o edifício-sede da Caixa em Lisboa. Paulo Macedo adianta que processo de mudança de instalações será “gradual” e demorará três a quatro anos.

O Governo pretende ficar com o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa. O CEO do banco público, Paulo Macedo, considera que as atuais instalações não são ajustadas para os serviços centrais da instituição e procura uma nova casa, que poderá ter de ser construída de raiz. O processo será “gradual” e demorará entre três a quatro anos.

“Há uma intenção do Governo de ficar com o edifício da Caixa. O edifício não é para os serviços centrais de um banco. Um edifício com 90 mil metros quadrados não é para os serviços centrais de um banco”, começou por explicar o presidente da CGD na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Paulo Macedo diz que o banco vai libertar-se do edifício porque é “desajustado” e mudar-se para novas instalações que “ainda não estão escolhidas”. “É um processo que será gradual, e que demorará três a quatro anos”, adiantou o responsável.

À tarde, durante a conferência de apresentação dos resultados, Paulo Macedo explicou que o período de transição corresponderá à “demora a comprar um terreno e a construir um edifício e ou encontrar um edifício com espaço significativo”. “Poderá ser muito mais cedo” do que os quatro anos se não tiver de construir um novo edifício, mas “são estas as balizas que existem”, explicou.

A ministra da Presidência revelou na semana passada que o processo de mudança de alguns ministérios para o edifício-sede da Caixa vai arrancar no primeiro trimestre de 2023 e será gradual ao longo da legislatura.

“Ao longo do primeiro trimestre do próximo ano iniciaremos um processo que será gradual ao longo da legislatura e que permita ir concentrando não apenas áreas governativas, mas também reorganizando um conjunto de serviços”, disse Mariana Vieira da Silva no Parlamento no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

(Notícia atualizada às 18h16 com declarações na conferência de imprensa)

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Rui Moreira pede “discriminação positiva” para indústria nos fundos europeus e impostos

Rui Moreira pede “discriminação positiva” para indústrias nos fundos europeus, impostos, na atribuição de crédito e a nível laboral, lembrando que "o talento é indispensável à indústria de futuro".

“É preciso discriminar positivamente os nossos setores de bens transacionáveis, quer no que respeita à aplicação dos fundos europeus, quer do ponto de vista fiscal, creditício e laboral”. Foi este o desafio lançado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, na conferência “Que indústria de futuro queremos para Portugal?”.

Na abertura desta iniciativa do ECO, na Alfândega do Porto, o autarca chamou a atenção para o facto de “a reindustrialização obrigar a um forte investimento nos setores de bens transacionáveis, que perderam valor na economia portuguesa a partir da década de 1990”. Mais ainda, sublinhou, quando “o crescimento dos setores de bens transacionáveis vai intensificar a orientação da economia para o exterior, tendo em vista o reforço do peso das exportações do PIB”.

É preciso discriminar positivamente os nossos setores de bens transacionáveis, quer no que respeita à aplicação dos fundos europeus, quer do ponto de vista fiscal, creditício e laboral.

Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto

Neste ponto, o líder da Invicta destacou como “decisivo para o desenvolvimento industrial que os empresários sejam sensíveis à importância da inovação”. Mas, para isso, aconselha Rui Moreira, é preciso que “estejam abertos ao estabelecimento de consórcios universidades-empresas”, por forma a “converter conhecimento científico em produtos, serviços e tecnologias com valor acrescentado e competitividade no mercado”.

Esta é, como exemplificou o político independente, “a estratégia das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial” que considera ser “um programa com imensas virtualidades”. Ainda assim, Rui Moreira criticou o “ritmo lento de aprovação e contratualização dos projetos” neste programa do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O autarca portuense apontou ainda que “Portugal deve assumir como meta de médio prazo um peso da indústria no PIB de 20%” — que atualmente é inferior a essa fasquia, quando nas décadas de 1970 e 1980 rondava os 30% –, acompanhando assim “o evoluir favorável das exportações”.

Rui Moreira, presidente da Câmara do PortoHugo Amaral / ECO

Lembrando como a terciarização da economia nacional se acentuou na década de 1990, Moreira lamentou mesmo a “redução contínua” do contributo do setor secundário para o PIB português. Ou seja, calculou, a industria transformadora passou em Portugal de 18,1% do PIB em 1995 para 13,5% em 2019, abaixo dos 16,5% de média europeia do mesmo ano.

No entanto, advertiu, para Portugal atingir um peso da indústria no PIB de 20% é preciso haver um “maior envolvimento na indústria das novas gerações, quer como investigadores científicos, quer como empreendedores e empresários”. “O talento é indispensável à indústria de futuro que desejamos para Portugal”, reiterou.

A indústria continua a ser o setor que mais valor cria no país.

Rui Moreira

Presidente da Câmara do Porto

O contexto político e económico na década de 1990 foi determinante para o favorecimento das atividades de produção de bens não transacionáveis, com Portugal a ser penalizado por ter uma base industrial muito centrada em setores expostos à concorrência global, como o têxtil ou o calçado.

Mesmo assim, concluiu Moreira, “a indústria continua a ser o setor que mais valor cria no país”, tendo em conta que “o peso das exportações no PIB é superior a 40%, muito por força da competitividade de alguns setores manufatureiros”.

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Previsão de inflação de 7,7% para 2022 “poderá já estar ultrapassada”, admite Nazaré Costa Cabral

O Executivo estimava uma taxa de inflação de 7,4% e o CFP de 7,7% em 2022. Se se confirmarem valores elevados nos últimos meses do ano, a taxa deverá ficar acima das previsões.

A escalada dos preços não está a dar tréguas e a presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) admite que as previsões tanto do Governo como do organismo para este ano poderão já estar ultrapassadas. O Executivo estimava uma taxa de inflação de 7,4% e o CFP de 7,7% em 2022.

“A maior parte das previsões para 2022 já estão um bocadinho ultrapassadas”, admite Nazaré Costa Cabral, na audição no Parlamento no âmbito do Orçamento do Estado para 2023. Mesmo a do CFP, que prevê “uma taxa acima da prevista do Governo, poderá já estar ultrapassada”, aponta.

Este cenário depende de “se se confirmarem [as taxas] para estes dois últimos meses do ano, temos tido taxas já próximas dos 10%”, salienta a presidente do CFP. Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (que será confirmada a 11 de novembro), a inflação atingiu os 10,2% em outubro.

Tendo em conta este valor, contas feitas pelo ECO já apontavam que a meta do Governo podia estar comprometida. Se a evolução em cadeia for nula em novembro e dezembro, a taxa média anual de inflação fica nos 7,8% em 2022. Já se se verificar uma subida em cadeia igual à deste mês, de 0,9 pontos percentuais, em novembro e dezembro, a taxa média anual pode mesmo atingir os 8,1% em 2022. Assim, a inflação teria de desacelerar até ao final do ano para ser possível atingir a meta estabelecida pelo Executivo.

Já para o próximo ano, Nazaré Costa Cabral salienta que “há alguns fatores que poderão ser animadores, desde logo a questão da energia”. “Assistimos já a uma redução do peso dos custos da energia”, que foi uma componente importante para a evolução deste ano, pelo que “se a situação começar a estar controlada podemos ter perspetiva mais favorável, ou não tão desfavorável, para o próximo ano”, perspetiva.

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PRR

Níveis de execução do PRR “são muito inferiores àquilo que seria expectável”, diz presidente do CFP

Nazaré da Costa Cabral expressa receios sobre a execução do PRR, bem como a capacidade deste ser um "instrumento de mobilização e transformação estrutural".

A presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP) junta-se ao coro de alertas sobre a execução dos fundos europeus, apontando que os dados disponíveis para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “são níveis muito inferiores àquilo que seria expectável”. Além disso, expressa também receios sobre a capacidade do PRR de ser o “instrumento de mobilização e transformação estrutural que chegou a ser apontado”.

A baixa execução é um risco, já que o crescimento da economia está “muito alicerçado na expectativa de comportamento e crescimento do investimento público”, muito dele baseado no PRR, aponta Nazaré da Costa Cabral, na audição no Parlamento no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Segundo os “dados objetivos fornecidos pela estrutura de missão e no sistema integrado de gestão orçamental, os dados de execução efetiva em contabilidade pública são níveis muito inferiores àquilo que seria expectável”, pelo menos em termos de materialização efetiva da despesa, aponta.

Ainda assim, admite que o CFP tem a informação de que “há contratualização e, portanto, o que se depreende da proposta é que há expectativa de que possa vir a materializar-se no próximo ano”. Não deixa, por isso, de ser um risco, salienta Nazaré Costa Cabral, que assume também que tem receio dos “aspetos mais estruturais do alcance do PRR”.

“A minha questão é saber se PRR pode vir a ser de facto o instrumento de mobilização e transformação estrutural que chegou a ser apontado“, explica a presidente do CFP, apontando que aspetos “suscitam dúvidas”.

No campo dos riscos, Nazaré da Costa Cabral alerta também para conjunto de fatores “que recaem sobre as nossas finanças públicas, desde logo o comportamento da despesa pública”. “São riscos que advêm das pressões sobre a despesa pública”, diz, ressalvando que não vai “fazer avaliação sobre bondade e justificação das pressões mas são áreas que são muito críticas para o estado e para as finanças públicas portuguesas, logo à cabeça o setor da saúde”.

Já a inflação pode ser um fator de risco ascendente: “A inflação este ano teve um impacto expressivo favorável sobre as finanças públicas portuguesas, esse pode perdurar no próximo ano se de facto a cobrança de receita for mais favorecida que a despesa”, salienta.

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Fintech Solutions lança 2.ª edição do programa de inovação para setor financeiro e fintechs

Nesta edição participa a Allianz, o Banco BPI, a Cofidis, a Tranquilidade e a Unicre.

Vem aí a segunda edição do Fintech Innovation Lab, o programa da Fintech Soluitons que junta instituições financeiras ao ecossistema de startups fintech. O objetivo do programa é servir de plataforma de experimentação de soluções inovadoras para o setor financeiro entre startups fintech e instituições maduras. Nesta edição participa a Allianz, o Banco BPI, a Cofidis, a Tranquilidade e a Unicre. As candidaturas abrem em janeiro.

“A Fintech Solutions criou Fintech Innovation Lab para dar ao ecossistema um programa desenhado por startups e instituições maduras e que compreende os desafios da inovação no setor financeiro”, António Ferrão, diretor da Fintech Solutions, em comunicado.

António Ferrão, diretor da Fintech Solutions.

O programa criado pelo braço de consultoria da associação sem fins lucrativos Portugal Fintech pretende proporcionar aos players do setor financeiro e a startups da área financeira um espaço de cocriação de produtos financeiros inovadores. De janeiro a abril, as startups fintech vão beneficiar de canais diretos de interação com decisores-chave da indústria financeira em Portugal e também de parceiros especializados, como é o caso da Morais Leitão na área legal.

Neste momento, as instituições financeiras estão a definir os desafios que querem propor ao ecossistema fintech para serem exploradas no Lab.

“A cooperação com fintechs é uma estratégia ágil para inovarmos mais rápido e é isso que procuramos no Fintech Innovation Lab”, afirma João Freitas, responsável por digital products and value creation e membro do comité executivo do Grupo Cofidis.

Também João Saraiva, head of transformation da Tranquilidade, encara o Fintech Innovation Lab como “um veículo que nos permite inovar de forma estruturada, em interação com o ecossistema de startups europeu”.

“Na Unicre acreditamos que a inovação é a chave do sucesso e que a colaboração com startups e a proximidade com o ecossistema fintech produz resultados valiosos para o desenvolvimento de melhores soluções. Este ano voltamos a participar no programa, com uma renovada expectativa quanto ao resultado que podemos alcançar com este trabalho conjunto”, assegura a Unicre.

O Fintech Innovation Lab está dividido em quatro fases: a primeira consiste na exploração de desafios das empresas participantes a serem propostos às startups fintech. Numa segunda fase, abre o período de candidaturas e posterior seleção de fintechs que consigam resolver os desafios apresentados. Na terceira fase, as empresas e as startups interagem de modo a explorar oportunidades de colaboração e, por fim, na última e quarta fase ocorre a alocação das startups à instituição financeira com que vão trabalhar e definição dos requisitos técnicos e legais de testagem de uma possível solução entre a empresa e a startup.

“A entrada no Fintech Innovation Lab para nós, Allianz, mostra como queremos fazer inovação também com o ecossistema nacional de startups”, diz José Francisco Neves, CMO e CTO na Allianz.

Por seu turno, o BPI destaca que “tem feito uma forte aposta na aproximação ao ecossistema” e que a participação no Fintech Innovation Lab é “mais um exemplo dessa estratégia”.

As candidaturas abrem em janeiro no site da Fintech Solutions. Qualquer startup fintech estabelecida no mercado que tenha desenvolvido um produto tecnológico para o setor financeiro pode-se candidatar.

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Estado já gastou 165 milhões na Efacec (e a conta está aberta)

O Governo falhou a reprivatização da Efacec e o acordo de venda à DST, mas a fatura de fundos dos contribuintes já chegou a 165 milhões de euros. E continua aberta.

A conta-gotas, o Governo revela mais dados sobre as consequências financeiras da nacionalização da Efacec e do consequente falhanço da reprivatização. Desde que o Estado ficou com 71,73% do capital da empresa industrial, já injetou 165 milhões de euros em capital e garantias públicas a empréstimos bancários. A revelação foi feita pelo ministro da Economia e do Mar no Parlamento, durante a audição na especialidade relativa ao Orçamento do Estado para 2023.

A Efacec foi nacionalizada em julho de 2020. “O Conselho de Ministros tomou esta decisão porque a Efacec se encontra numa situação de grande impasse acionista desde que no final do ano passado, na sequência do processo Luanda Leaks, foi decretado o arresto desta participação social”, explicou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de Conselho de Ministros. Surgiu, em paralelo, o argumento da empresa estratégica e a urgência de estabilizar financeiramente a empresa.

O processo formal de reprivatização arrancou há mais de oito meses, mas neste período de empresa maioritariamente pública (os outros acionistas privados são o grupo Mello e a TMG), a situação financeira da Efacec degradou-se de forma acelerada. Em 2021, os prejuízos foram superiores a 180 milhões de euros e, no primeiro semestre deste ano, os prejuízos foram de 55 milhões e 54 milhões de capitais próprios negativos, ou seja, está em falência técnica.

Foi neste contexto que o Estado foi obrigado a dar sucessivas garantias bancárias a empréstimos à Efacec e também a reforçar o capital para manter a operação viva. O ECO já tinha noticiado em primeira mão que o Estado tinha injetado direta e indiretamente mais de 150 milhões, mas agora os números são oficiais, e partilhados pelo ministro da Economia. António Costa Silva não esclareceu se o Estado vai recuperar estes fundos e se terá, pelo contrário, de injetar mais fundos públicos para recuperar a empresa.

António Costa Silva afirmou no Parlamento que vai ser feito “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado na Efacec, reiterando que está a trabalhar numa solução para a empresa. “Vamos fazer tudo para isso acontecer”, disse, antes de acrescentar que não pode “dar nenhuma garantia” nesse sentido.

O ministro da Economia e do Mar não abriu o jogo sobre os próximos passos do Governo para a Efacec (PER ou retalhar a empresa?), mas insiste, de qualquer forma, na necessidade de reprivatização. “Tenho a forte convicção que o Estado não tem vocação para gerir empresas exceto em casos excecionais, pela sua própria génese. O Estado tem de ser, sobretudo facilitador do desenvolvimento económico”.

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Subir juros é “a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias”

O administrador do Banco de Portugal diz que não há melhor alternativa à subida dos juros para controlar a inflação. “É a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias”, disse Hélder Rosalino.

Para o administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino, a subida das taxas de juro é “a melhor forma de proteger os rendimentos das famílias” e “uma inflação alta e descontrolada é o pior que pode acontecer”.

“Não há melhor alternativa do que esta”, disse o responsável na Money Conference, organizada pelo Diário de Notícias, Dinheiro Vivo e TSF.

Rosalino adiantou que grande parte da política monetária acomodatícia dos últimos anos já “foi corrigida” com as recentes subidas das taxas pelo Banco Central Europeu (BCE).

“Mas há outras medidas no terreno e discute-se quando poderão ser retiradas, nomeadamente a redução do balanço”, disse o administrador do Banco de Portugal, frisando que os juros vão continuar a subir até que o banco central alcance o seu objetivo de baixar a inflação do médio prazo para 2%.

A Zona Euro registou uma taxa de inflação de mais de 10% em setembro. Hélder Rosalino não se lembra de ter visto “um debate tão intenso” sobre a política monetária como atualmente, com muitos responsáveis políticos a pedirem cautela no aperto das condições financeiras para não atirar as economias para uma recessão.

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