10 anos de Portugal Ventures. Qual o futuro do empreendedorismo?

  • ECO
  • 15 Setembro 2022

A Portugal Ventures celebra dez anos de existência e festejou com um evento onde reuniu a equipa e outros parceiros para falarem sobre o passado, o presente e o futuro do empreendedorismo.

No dia em que celebrou o 10º aniversário, a Portugal Ventures decidiu reunir toda a sua comunidade no Terminal de Cruzeiros de Leixões num evento cujo mote era “Celebrar o Passado, Sublinhar o Presente e Perspetivar o Futuro” do empreendedorismo.

Durante estes dez anos, esta capital de risco já investiu 181 milhões de euros em 190 novas empresas. O principal foco de investimento da Portugal Ventures (PV) incide em startups com capacidade de internacionalização nas áreas de Digital, Engenharia & Indústria, Ciências da Vida e Turismo.

A abertura da festa de aniversário ficou a cargo de Teresa Fiúza, vice-presidente executiva da Portugal Ventures, que começou logo por dizer que “ser empreendedor é nunca desistir” e enfatizou, por isso, a coragem daqueles que não se conformam, já que, nas suas palavras, são essas pessoas que “fazem avançar o mundo”.

A responsável realçou, ainda, a crise de confiança que se está a atravessar atualmente, fruto de todos os acontecimentos recentes, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, que mostraram o quão imprevisíveis os tempos podem ser. Ainda assim, Teresa Fiúza afirmou que “as crises também podem ser oportunidades” e acrescentou, por isso, que “o investimento não será nunca suficiente, mas é fundamental”.

Luísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, também marcou presença nesta cerimónia, na qual anunciou que tinha acabado de assinar o protocolo de admissão aos ignition partners da Portugal Ventures. “É importante ter entidades como a Portugal Ventures para ajudar empresas, mas também é importante ter um governo cooperante“, disse.

A mesma opinião foi partilhada por Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, que deixou claro que “do lado do governo tem que haver a responsabilidade de continuar a criar condições para a Portugal Ventures continuar a atuar”. “Sem a PV não tinha havido os níveis de empreendedorismo que hoje estamos habituados a falar. A PV investe e acaba por trazer outros investidores onde investe porque instiga confiança”, continuou.

Um desses parceiros investidores é o Banco Português de Fomento (BPF), que também esteve representado no evento pelo seu CCO, Tiago Simões de Almeida. O responsável do BPF explicou a importância da sinergia entre o banco e a Portugal Ventures: “A PV é um dos parceiros estratégicos do BPF, isto porque o BPF investe em empresas através de outras entidades e essa atividade acaba por ser complementada pela Portugal Ventures“.

Passado, presente e futuro do empreendedorismo

Com o mote “Celebrar o Passado, Sublinhar o Presente e Perspetivar o Futuro”, Rui Ferreira, CEO da Portugal Ventures, acabou por destacar todas as entidades que já fizeram parte da história da PV e que contribuíram para o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo que realçou a resiliência da empresa que, segundo ele, apesar de todas as crises que atravessou, conseguiu continuar a deixar o seu legado e a contribuir para o sucesso de, agora, grandes empresas.

Depois de ter destacado o trabalho da PV e a importância do mesmo para a economia nacional, o CEO da Portugal Ventures introduziu o painel de oradores que iria levar a cabo três talks sobre empreendedorismo. Esse painel era constituído por Francisco Banha, CEO da GesEntrepreneur, que explicou as origens do empreendedorismo, Virgínia Trigo, investigadora associada da ISCTE-IUL, que destacou os clusters de inovação e, por fim, o professor Miguel Duarte, da Nova SBE, que falou sobre o futuro do ecossistema empreendedor.

Nem sempre se chamou empreendedorismo ao empreendedorismo. Até chegar onde está agora, “o ato de empreender passou por diferentes fases de evolução”, explicou Francisco Banha. Essa evolução levou a que vários termos fossem surgindo dentro da área para explicar inovações que, até então, não existiam.

Na sua intervenção, Virgínia Trigo abordou um desses novos termos, nomeadamente os clusters de inovação. “Os clusters de inovação (CI) não foram os primeiros de que se ouviu falar. Eles começaram a aparecer para explicar fenómenos que resultam de aglomerações económicas, mas que não têm necessariamente indústrias comuns“, explicou.

A investigadora apresentou, ainda, os cinco componentes dos CI – que são as universidades híbridas, os empreendedores, os investidores, as grandes empresas e o governo – e os seus comportamentos-chave. Dentro destes comportamentos, Virgínia Trigo destacou a grande mobilidade de recursos, o processo empreendedor, o alinhamento de interesses, a perspetiva estratégica global e as interações entre clusters de todo o mundo. “A capacidade de sucesso é maior quanto mais ligações os clusters tiverem”, concluiu.

Miguel Duarte, por sua vez, também realçou a importância dessas ligações para o futuro do empreendedorismo. “O futuro começa a construir-se no hoje e deve ser construído como até agora: juntos!”, afirmou. O professor destacou, também, aquilo que considera serem os superpoderes de Portugal para o empreendedorismo, nomeadamente a fidelidade, a coerência, a solidariedade e a colaboração: “É importante apostar no superpoder do ecossistema português, que é o nosso lado humano. O futuro fazemos hoje”.

Perspetiva internacional

Tal como Miguel Duarte, também Teresa Fernandes, diretora da AICEP em São Francisco, considera que Portugal tem muito potencial para as empresas empreenderem. “Têm todas as condições para competir com os melhores”, disse, ao mesmo tempo que também alertava para que se fizessem investimentos com cautela face o período instável que todo o mundo está a atravessar.

Ainda assim, Teresa Fernandes afirmou que Portugal tinha uma grande vantagem, que é o facto de ser uma região que se encontra “mais longe da guerra”, o que o torna um país mais eficiente para investimento. “Há muito capital na Europa para se investir em startups”, afirmou.

Simon Wistow, co-Founder da Fastly, corroborou a ideia da responsável da AICEP, já que afirmou ter pessoas a trabalhar para a sua empresa um pouco por toda a Europa. A empresa, que também tem presença em Silicon Valley, é uma plataforma de criação de conteúdo em cloud.

A sessão terminou com a apresentação de um dashboard da Portugal Ventures (onde, além de ser possível entender como procurar informações dentro do site da PV, também era demonstrado como e onde fazer candidaturas aos investimentos) por Pedro de Mello Breyner, Executive Board Member da Portugal Ventures.

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Operadoras mantêm 5G gratuito por mais um mês

Nos, Vodafone e Meo vão estender pela terceira vez a promoção que permite a todos os clientes experimentarem o 5G sem custos adicionais, agora por mais um mês, até 15 de outubro.

O 5G da Nos, Vodafone e Meo vai continuar gratuito por mais um mês, até 15 de outubro, disseram ao ECO fontes oficiais das três operadoras. É a terceira vez que a promoção é estendida para os clientes que não têm tarifários com a rede incluída.

Depois de ter lançado as primeiras ofertas comerciais de quinta geração a 26 de novembro, a Nos decidiu manter a rede aberta para todos os clientes com telemóveis compatíveis até ao final de janeiro. A promoção foi, então, prolongada até ao final de março, e, de seguida, até esta quinta-feira, 15 de setembro.

Meo e Vodafone têm seguido estratégias equivalentes. Esta quinta-feira, horas depois do anúncio da Nos, fonte oficial da Vodafone confirmou ao ECO que vai seguir o mesmo caminho: “A Vodafone prolongou até 15 de outubro o período experimental do 5G.

Na quinta-feira à noite, também a Meo confirmou o prolongamento da promoção nos mesmos moldes — mais um mês gratuito, até 15 de outubro.

Assim, as três principais operadoras vão manter o 5G gratuito mais uma vez, por mais um mês, para os clientes que teriam de o pagar em circunstâncias normais. Ou seja, se não houver uma quarta renovação, o piloto destas empresas terminará em 15 de outubro.

(Notícia atualizada a 16 de setembro com decisão da Meo)

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Ericsson Portugal com nova direção interina. Sofia Vaz Pires de saída do grupo

O novo diretor interino da filial portuguesa da Ericsson irá reportar diretamente a Andrés Vicente, CEO da Ericsson Iberia. Sucede a Sofia Vaz Pires.

Juan Olivera, diretor interino da Ericsson Portugal

Juan Olivera assume a partir de 1 de outubro como diretor interino e head of sales da Ericsson Portugal. O novo responsável para o mercado nacional sucede a Sofia Vaz Pires, que vai deixar a companhia para “abraçar um novo desafio profissional fora do grupo”.

O novo diretor interino da filial portuguesa da Ericsson irá reportar diretamente a Andrés Vicente, CEO da Ericsson Iberia, e terá como objetivo “continuar o percurso de crescimento sustentado, que tem vindo a ser desenvolvido pela empresa ao longo dos últimos anos e, o positivo trabalho deixado pela anterior responsável.”

Sofia Vaz Pires assumia desde julho do ano passado a liderança da Ericsson Portugal, agora está de saída para abraçar “novo desafio profissional fora do grupo”, segundo comunicado da Ericssson.

Head of business control Iberia, desde 2018, cargo que irá manter esse cargo em simultâneo com a liderança da Ericsson Portugal, Juan Olivera integrou a equipa da Ericsson em 2011 como controller da Telefónica, tendo sido promovido a head of business control South Central Mediterranean, em 2015.

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População portuguesa com 95,8% de imunidade contra a Covid

Quarta fase do Inquérito Serológico Nacional estima que 95,8% dos portugueses têm anticorpos contra a Covid. Prevalência é maior no Norte e nas faixas etárias entre os 20 e os 29 anos.

Um estudo divulgado esta quinta-feira estima que a quase totalidade da população residente em Portugal (95,8%) já tem anticorpos contra a Covid-19, sendo que a prevalência foi mais elevada no grupo etário entre os 20 e os 29 anos e na região Norte.

Em causa está a quarta fase do inquérito serológico Nacional Covid-19, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e que conclui que a “quase totalidade da população residente em Portugal tinha anticorpos específicos contra o SARS-CoV-2, com uma seroprevalência total de 95,8%“, o que representa um “aumento de cerca de 10%” face ao estimado na fase anterior, altura em que a imunidade estimada estava em 86,4%.

Este estudo foi realizado entre 27 de abril e 8 de junho e indica que ainda que a seroprevalência total — isto é, uma maior percentagem de pessoas com anticorpos à doença –, foi “mais elevada no grupo etário entre os 20 e os 29 anos (98,6%) e na região Norte (96,8%), embora aumentos semelhantes tenham sido observados em todos os grupos etários acima dos 20 anos, inclusive no grupo etário acima dos 70 anos, no qual a seroprevalência estimada foi de 97,2%”, refere o comunicado divulgado esta quinta-feira pela entidade liderada por Fernando Almeida.

Por outro lado, os “grupos etários abaixo dos dez anos foram aqueles onde se observaram seroprevalências mais reduzidas (76,2% entre os 0-4 anos e 78,7% entre os 5-9 anos)”, denota o INSA, sublinhando, no entanto, que a seroprevalência aumentou nas faixas etárias abaixo dos 20 anos, comparativamente ao que tinha sido observado na terceira fase do inquérito.

Em termos regionais, a região do Algarve mantém-se como “região com menor seroprevalência (91,7%)”, sendo que o INSA refere que isso poderá estar “provavelmente” relacionado com a menor cobertura vacinal nesta região.

Apesar destes resultados, a entidade liderada por Fernando Almeida alerta para a necessidade de “cumprir os esquemas vacinais em todas as idades”, “independentemente de ocorrência de infeção anterior”, bem como para “a realização de segunda dose de reforço nos grupos mais velhos e vulneráveis”, que arrancou a 7 de setembro

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Famílias travam recurso ao crédito ao consumo pelo segundo mês consecutivo

Montante dos novos financiamentos aos consumidores desceu em julho pelo segundo mês consecutivo, segundo dados do Banco de Portugal.

Os portugueses estão a travar o recurso ao crédito ao consumo, com o número e o montante dos novos empréstimos a descer em julho pelo segundo mês consecutivo, indicam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

Em julho, foram celebrados 43.374 contratos de crédito pessoal, mais 3,2% do que no mês anterior, mas o montante contratado, de 302 milhões, desceu 2,1% em relação a junho.

No crédito automóvel, quer o número de contratos (15.968) quer o montante (233 milhões) registaram descidas, de 3,4% e 4,7%, respetivamente. A única área em que se registou um aumento foi nos cartões e descoberto bancário, em que o montante subiu 0,6% para 101 milhões de euros.

 

Juntando os vários segmentos, foram concedidos empréstimos no valor de 635,9 milhões de euros em julho, menos 2,68% do que no mês anterior. Em junho, o montante já tinha recuado 5,26% face a maio. Na comparação homóloga, o valor de julho deste ano superou em 9,5% o do mesmo mês de 2021.

Os valores divulgados pelo Banco de Portugal baseiam-se nos dados reportados para efeitos de supervisão comportamental por todas as instituições financeiras que concedem crédito aos consumidores. Os valores respeitam apenas a novas operações de crédito e não incluem valores relativos a renegociações de contratos de crédito.

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Tecnológica LiveTiles abre 40 vagas para trabalho remoto

As vagas destinam-se a fullstack developers, lead QA engineers, senior security engineers, senior SRE e senior UX designers.

A LiveTiles está à procura de 40 novos profissionais para se juntarem à equipa da empresa sediada em Nova Iorque. As oportunidades dizem respeito a trabalho remoto, sendo apenas necessário que o candidato seja residente em qualquer um dos países onde a LivesTiles está presente, incluindo Portugal, mercado onde tem escritório no Porto.

“Em Portugal, somos cinco e no final de setembro seremos oito. Mas vamos contratar numa base contínua, já que temos aproximadamente 40 posições em aberto por toda a Europa, que podem ser preenchidas em qualquer uma das nossas localizações EMEA”, avança a empresa à Pessoas.

As vagas destinam-se a fullstack developers, lead QA engineers, senior security engineers, senior SRE e senior UX designers.

Em termos de competências sociais, a tecnológica, que desenvolveu uma plataforma para trabalho remoto, está à procura de “pessoas proativas e apaixonadas, que ajudarão a construir uma equipa fantástica”.

Sediada em Nova Iorque, a LiveTiles possui uma extensa rede de escritórios nos Estados Unidos, Ásia, Europa e, mais recentemente, no Porto, através do Java Cowork.

Os interessados podem consultar as vagas aqui.

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Custo do trabalho subiu mais na indústria e construção do que nos serviços

  • Joana Abrantes Gomes
  • 15 Setembro 2022

No segundo trimestre deste ano, o custo do trabalho em Portugal cresceu 5,7%. Foi a 13.ª maior evolução neste indicador no espaço da União Europeia, mostram dados do Eurostat.

O custo salarial por hora de trabalho em Portugal registou a 13.ª maior evolução de toda a União Europeia (UE) no segundo trimestre deste ano, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat. No conjunto dos 27 Estados-membros, o custo salarial da mão-de-obra, medido por hora trabalhada, subiu 4,5% face ao mesmo período de 2021, enquanto em Portugal cresceu 5,6%. Na Zona Euro, a percentagem foi de 4,1%.

Para a evolução do índice do custo do trabalho em Portugal contribuíram mais os custos não salariais (6,2%) do que os salariais (5,6%), como mostraram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Entre janeiro e março deste ano, este indicador tinha aumentado apenas 1,3% no país, em relação ao primeiro trimestre do ano passado. E nessa altura já tinham sido bem mais relevantes os custos não salariais do que os salariais.

Por área económica, o custo da hora trabalhada no setor empresarial em Portugal subiu 6,2% no segundo trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, quando na UE27 e na Zona Euro cresceu, respetivamente, 4,4% e 3,9%. Já no setor não-empresarial, o aumento do custo do trabalho por hora em Portugal foi menor (4,9%), ficando, ainda assim, acima da média na UE (4,2%) e na Zona Euro (4,3%).

Nos três principais ramos económicos, a economia portuguesa também superou a média da UE e da Zona Euro. O custo anual do trabalho na indústria portuguesa aumentou 7,6% no período em análise, enquanto no conjunto dos 27 estados-membros e na Zona Euro cresceu 2,9% e 2,2%, respetivamente. No ramo da construção, Portugal teve uma subida do custo do trabalho de 7,1%, um crescimento bem acima do da UE27 (3,3%) e da Zona Euro (2,8%).

Finalmente, foi nos serviços que o custo do trabalho menos subiu (5,3%) em Portugal, sendo ao mesmo tempo menor a diferença para a média dos países da União Europeia (5,3%) e da área do Euro (4,9%).

Grécia

Ao nível da União Europeia, o aumento do custo da mão-de-obra por hora fixou-se em 4,4% no segundo trimestre de 2022, comparando com o registo do ano anteior. Das duas principais componentes dos custos do trabalho, foram os salários e vencimentos por hora trabalhada que deram o maior contributo, com uma subida de 4,5%, enquanto a não-salarial teve um crescimento de 4,1%, segundo o serviço estatístico da UE.

Por outro lado, no período em análise, o custo da hora de trabalho aumentou 4% entre os países da moeda única, face ao segundo trimestre de 2021. Aqui pesou ligeiramente mais a componente de salários e vencimentos por hora trabalhada (4,1%) do que a componente não salarial (3,8%).

Entre os 27 Estados-membros, entre abril e junho, os maiores aumentos anuais nos custos salariais por hora para toda a economia foram registados na Hungria (+14,9%) e na Bulgária (+14,6%), tendo havido outros quatro países com crescimentos superiores a 10%: Lituânia (+12,4%), Roménia (+11,7%), Polónia (+11,1%) e Estónia (+10,1%), nota o Eurostat. Pelo contrário, a menor subida anual no custo salarial por hora para toda a economia observou-se na Grécia (+0,8%).

 

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Petróleo cede mais de 3% com travão à greve ferroviária nos EUA e receios na procura

Matéria-prima desvaloriza mais de 3%, após ter sido alcançado um acordo que trava uma greve dos serviços ferroviários nos EUA e numa altura em que aumentam os receios sobre a procura de "ouro negro".

Os contratos de futuro de petróleo nos mercados internacionais estão a desvalorizar mais de 3% esta quinta-feira, tocando mínimos de uma semana, pressionados pelo facto de ter sido alcançado um acordo que trava a prevista greve dos serviços ferroviários nos EUA e numa altura em que aumentam as preocupações relativas à procura global.

Pelas 19h06 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, cedia 3,06% para 91,25 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recuava 3,38% para 85,49 dólares. Este desempenho representa um agravamento das perdas, dado que a meio da manhã os futuros de “ouro negro” estavam a recuar cerca de 1,5%, com os contratos a caminho de fecharem em mínimos de 8 de setembro.

Evolução dos contratos de futuro do Brent desde 15 de março a 15 de setembro de 2022:

Após 20 horas de negociações, com a administração de Joe Biden a mediar as conversações, foi alcançado um acordo para evitar uma greve que paralisaria os serviços ferroviários dos EUA e afetaria a distribuição de alimentos e combustível em todo o país, bem como para fora do território norte-americano.

Na quarta-feira, a Agência Internacional da Energia (AIE) antecipou que o aprofundamento da desaceleração económica e uma economia chinesa vacilante provoquem uma redução na procura por crude no último trimestre deste ano. Além disso, a instituição alertou que os EUA caminham para a maior queda anual da procura do “ouro negro” em mais de três décadas.

A influenciar o desempenho estão ainda os confrontos entre a Arménia e o Azerbaijão, um produtor de petróleo, que aumenta o risco de abastecimento, isto apesar de um funcionário arménio ter garantido na quarta-feira que foram alcançadas tréguas.

Por outro lado, o “ouro negro” ficou ainda sob pressão com o dólar forte, dado que esta matéria-prima é negociada em dólares e esta subida torna o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas.

(Notícia atualizada com novas cotações às 19h20 e a indicação de que foi alcançado um acordo para a greve ferroviária nos EUA)

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Euribor continua a renovar máximos de mais de dez anos nos prazos de três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 15 Setembro 2022

Euribor continuam a renovar os máximos de mais de dez anos em todos os prazos. Euribor a seis meses avança para 1,609%; a três meses sobe para 1,030%; no prazo a 12 meses aumenta para 2,223%.

As taxas Euribor continuaram esta quinta-feira a subir a três, a seis e a 12 meses para novos máximos em mais de dez anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta quinta-feira, para 1,609%, mais 0,060 pontos do que na quarta-feira e num novo máximo desde dezembro de 2011. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,466% em julho para 0,837% em agosto. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quinta-feira, ao ser fixada em 1,030%, mais 0,017 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,037% em julho para 0,395% em agosto.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,223%, mais 0,067 pontos e um novo máximo desde março de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,992% em julho para 1,249% em agosto.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.

Na quinta-feira, dia 8 de setembro, o BCE decidiu aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo, então, deste ano. No final da reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Costa volta a ter secretário de Estado Adjunto. E há dois novos na Saúde

Luís Miguel da Silva Alves será secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Ricardo Mestre e Margarida Tavares entram para a Saúde.

Já foram nomeados os novos secretários de Estado da Saúde, além de ter sido também nomeado um novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Luís Miguel da Silva Alves ficará sob a alçada de António Costa, enquanto Ricardo Mestre e Margarida Tavares entram para a equipa do novo ministro da Saúde.

O anúncio foi feito na página da Presidência, onde se adianta que o Presidente da República aceitou a proposta de António Costa. Marcelo Rebelo de Sousa dará posse aos três novos secretários de Estado esta sexta-feira, 16 de setembro, pelas 19h30, no Palácio de Belém, segundo se lê na nota do Chefe de Estado que está em Angola para a tomada de posse de João Lourenço.

São eles Luís Miguel da Silva Alves, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Ricardo Jorge Almeida Perdigão Seleiro Mestre, secretário de Estado da Saúde e Margarida Fernandes Tavares, secretária de Estado da Promoção da Saúde.

Do lado de António Costa, Luís Miguel da Silva Alves junta-se assim aos outros dois secretários de Estado do primeiro-ministro: Mário Campolargo, secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, e Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Luís Miguel da Silva Alves era presidente da Câmara Municipal de Caminha desde 2013, estando no seu terceiro mandato. Mas já teve experiência governativa como Adjunto do ministro de Estado e da Administração Interna, entre janeiro de 2006 e maio de 2007, ou seja, de António Costa.

Ricardo Mestre tinha sido nomeado no final de junho para o cargo de subdiretor-geral da Direção-Geral da Saúde, em regime de comissão de serviço. Licenciado em Economia pelo ISEG é um especialista em administração hospitalar e foi diretor do Departamento de Gestão e Financiamento de Prestações de Saúde da ACSS (maio 2012 a março 2016) e diretor do Departamento de Contratualização da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo (maio 2008 a maio 2012).

Já Margarida Tavares era assistente graduada de infecciologia do Serviço de Doenças Infecciosas do Centro Hospitalar Universitário de São João e Coordenadora da Unidade de Doenças Infecciosas Emergentes do mesmo centro. Vão fazer parte da equipa de Manuel Pizarro, novo ministro da Saúde.

Os antigos secretários de Estado da Saúde de Marta Temido, António Lacerda Sales e Maria de Fátima Fonseca, ficam assim de fora do Executivo. Os nomes dos cargos dos novos responsáveis também mudam, sendo que dantes eram ambos secretários de Estado da Saúde (Lacerda Sales era também adjunto).

(Notícia atualizada às 13h20)

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Saíram mais de 104 mil passageiros dos aeroportos nacionais por dia, quase o mesmo que no pré-pandemia

Número de passageiros chegou próximo do nível pré-pandemia em julho. No primeiro semestre do ano, as pessoas a viajar disparam 269,1% face a 2021, mas ficaram ainda abaixo de 2019.

As receitas do turismo já superaram os níveis pré-pandemia, enquanto o número de pessoas que desembarcam no país está quase a chegar ao nível de 2019. Saíram, em média, 104,3 mil passageiros nos aeroportos nacionais por dia durante o mês de julho, o que é já próximo dos 105,5 mil registados no mesmo mês de 2019, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em julho, um dos meses fortes do verão, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,2 milhões de passageiros e 19,8 mil toneladas de carga e correio, segundo indica o INE nos dados divulgados esta quinta-feira, “correspondendo a variações homólogas de +122,5% e +20,0%, respetivamente”. Neste mês, aterraram nos aeroportos portugueses 22,8 mil aeronaves em voos comerciais, menos 2,1% que em 2019.

O nível de passageiros está ainda abaixo do pré-pandemia, apesar de se aproximar: comparando com julho de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 1,5%. Já “o movimento de carga e correio aumentou 7,6%”, continuando a ficar acima dos níveis verificados em 2019.

Número de passageiros no primeiro semestre dispara 269,1%

O gabinete de estatísticas disponibiliza também números para o primeiro semestre do ano, que mostram que “entre janeiro e julho de 2022, o número de passageiros aumentou 269,1% em comparação com o período homólogo de 2021 (-10,7% face a igual período de 2019)”.

Cerca de metade dos passageiros (15,1 milhões) andaram pelo aeroporto de Lisboa, que registou um crescimento de 300% comparando com igual período de 2021 (-15,0% face ao mesmo período de 2019). “Considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, Faro registou o maior crescimento face a 2021 (+397,7%) e Porto registou a maior aproximação aos níveis de 2019 (-8,3%)”, indica o INE.

Olhando para os países, registou-se um disparo de cerca de 600% no número de passageiros que iam e voltavam do Reino Unido, que “foi o principal país de origem e de destino dos voos”. No entanto, é de salientar que o facto é “justificado pelo encerramento do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido em grande parte do período em análise em 2021”.

Segue-se França, que registou aumentos de 192,3% nos passageiros desembarcados e 221,9% nos passageiros embarcados, face ao mesmo período de 2021. O pódio fica completo com Espanha, que ocupou assim a 3ª posição, como principal país de origem e de destino, como diz o INE.

O INE indica ainda que “entre janeiro e julho de 2022, o movimento de mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 73,6% do total, atingindo 94,8 mil toneladas (+38,4% face ao mesmo período de 2021)”. Já no conjunto dos restantes aeroportos, o movimento de carga e correio subiu 5,3%.

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Sporting e FC Porto alvos de ataque informático

  • ECO e Lusa
  • 15 Setembro 2022

Ambos os clubes estão a ser alvos de um ataque informático, do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), que está a provocar “sobrecarga nos servidores” e a indisponibilidade de acesso.

Os clubes Sporting e FC Porto anunciaram esta quinta-feira que os seus sites oficiais estão a ser alvos de um ataque informático, provocando “sobrecarga nos servidores” e a indisponibilidade de acesso.

De acordo com o Sporting, o ataque é do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), que consiste no envio de pedidos excessivos provenientes de vários computadores, também eles comprometidos.

Esta ‘inundação’ de pedidos maliciosos tem como objetivo interromper o normal funcionamento do site, causando constrangimentos no acesso, podendo inclusive levar à indisponibilidade total do serviço”, indica o clube de Alvalade.

O Sporting não revelou se já fez queixa às autoridades, indicando que está a “realizar todos os esforços para resolver a situação e repor a normalidade no site Sporting.pt”.

O FC Porto está igualmente a ser alvo do mesmo tipo de ataque informático. O clube também informou que o seu sítio oficial na Internet está a ser alvo de um ataque, do tipo DDoS (Distributed Denial of Service), provocando “sobrecarga nos servidores” e a indisponibilidade de acesso.

“Estamos a ser alvo de um ataque de DDoS (Distributed Denial of Service). São milhões de pedidos de acesso, que entopem o ‘site’, e fizeram com que este tenha ficado em baixo’”, disse à Lusa fonte do clube.

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