Costa anuncia reforço de 40% das verbas para o programa de cooperação com Moçambique

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

O Programa Estratégico de Cooperação 2022-26 terá um "aumento de 40% do conjunto das verbas dedicadas a programas, projetos e ações, que superarão os 90 milhões de euros, disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quinta-feira um aumento de 40% das verbas destinadas a projetos no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação com Moçambique, que representam mais de 90 milhões de euros. “No âmbito desta cimeira, podemos reforçar o montante do próximo Programa Estratégico de Cooperação [PEC] 2022-2026, que funda a nossa parceria estratégica entre Moçambique e Portugal e que terá assim um aumento de 40% do conjunto das verbas dedicadas a programas, projetos e ações, que superarão os 90 milhões de euros”, anunciou.

António Costa fez este anúncio em Maputo, numa conferência de imprensa no final de uma reunião com o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana. O PEC, assinado em novembro de 2021, tem a duração de cinco anos e o chefe de Governo indicou que “incidirá nas áreas tradicionais de soberania, como a defesa, justiça, administração interna”, e “aprofunda e renova a cooperação nas áreas estratégicas da educação e da saúde”.

Indicando que até 2021 o PEC “executou 135 milhões de euros”, o primeiro-ministro indicou que o novo quadro prevê “185 milhões de euros”. Considerando que o futuro “passa necessariamente por reforçar as relações económicas”, o primeiro-ministro referiu também que no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana serão revistos e modernizados “dois instrumentos de apoio ao investimento empresarial em Moçambique, o fundo empresarial para a cooperação e o programa específico de investimento empresarial em Moçambique”.

António Costa indicou que, à margem da cimeira, será assinado o “Compacto Lusófono”, programa através do qual Portugal dá garantias de 400 milhões de euros para financiamentos pelo Banco Africano para o Desenvolvimento destinados a investimentos empresariais na comunidade de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

O primeiro-ministro destacou ainda outros dois protocolos que vão ser assinados na sexta-feira e que “visam reforçar o potencial de desenvolvimento da região de Cabo Delgado”, com a instalação de “um centro de pesquisa dedicado ao gás e ao petróleo e um programa de formação profissional na área do gás, que se destinará a cerca de 1.200 jovens moçambicanos”.

“Estamos a combater terrorismo não só do ponto de vista militar e humanitário, mas também do ponto de vista do desenvolvimento da região”, assinalou. No que toca à agricultura, Costa considerou que Moçambique “tem enorme potencial do ponto de vista agrícola”. “E se a humanidade enfrenta um enorme desafio na sua transição energética, não enfrenta um menor desafio do ponto de vista da segurança alimentar, e por isso a diversificação, o aumento e a qualidade da alimentação é um desafio cada vez maior e onde Moçambique tem um papel absolutamente decisivo”, defendeu.

Os governos de Portugal e Moçambique assinaram seis protocolos de cooperação no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana nas áreas da educação, reabilitação do património, ao nível das competências técnicas e operacionais das forças e serviços de segurança de Moçambique, justiça e agricultura. “Em toda as frentes, do ponto de vista da cooperação política, da cooperação militar no combate ao terrorismo, do desenvolvimento na área da saúde ou da educação ou do ponto de vista das relações económicas, esta V cimeira será seguramente um marco muito importante nas nossas relações”, considerou o chefe de Governo português.

Traçando um retrato da situação de Moçambique comparativamente com a última cimeira, em 2019, o primeiro-ministro considerou que o país “tem quadro novo, francamente favorável ao investimento”, nomeadamente por parte de empresas portuguesas, com a retoma do apoio financeiro do Fundo Monetário Internacional (após o escândalo das dívidas ocultas) e o recuo do terrorismo.

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Polónia pede à Alemanha indemnização bilionária pela Segunda Guerra Mundial

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Polónia vai pedir à Alemanha 1,3 biliões de euros em indemnizações, pela ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial. Berlim tem dado o assunto por encerrado.

O líder do partido conservador nacionalista polaco Lei e Justiça (PiS, no poder), Jaroslaw Kaczynski, afirmou esta quinta-feira que a Polónia vai pedir à Alemanha 1,3 biliões de euros em indemnizações, pela ocupação nazi na Segunda Guerra Mundial.

Kaczynski anunciou a reivindicação no lançamento de um relatório há muito esperado sobre o custo para o país dos anos de ocupação alemã nazi, quando se recordam os 83 anos desde o início da Segunda Guerra Mundial. “Não apenas preparámos o relatório, mas também tomámos a decisão sobre os próximos passos. Vamos pedir à Alemanha para abrir negociações sobre as indemnizações”, disse Kaczynski durante a apresentação do relatório, admitindo que será “um longo e difícil caminho”, mas acreditando no seu sucesso.

O Governo polaco argumenta que o país foi a primeira vítima da guerra e nunca foi totalmente compensado pela vizinha Alemanha, que agora é um dos seus principais parceiros na União Europeia. Berlim dá o assunto por encerrado e argumenta que a compensação foi paga às nações do Bloco Leste nos anos após a guerra, enquanto os territórios que a Polónia perdeu no leste, quando as fronteiras foram redesenhadas, foram compensados com alguns dos territórios que pertenciam à Alemanha antes da guerra.

Os principais líderes partidários polacos, incluindo Kaczynski, bem como o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, compareceram ao lançamento cerimonial do relatório, no Castelo Real de Varsóvia, reconstruído a partir de ruínas de guerra.

A divulgação do relatório foi o foco das comemorações nacionais do aniversário da guerra que começou em 1 de setembro de 1939, com o bombardeamento e a invasão da Polónia pela Alemanha nazi, a que se seguiram cinco anos de ocupação, que provocaram a morte de seis milhões de pessoas, incluindo três milhões de judeus. Uma equipa de cerca de 30 economistas, historiadores e outros especialistas trabalhou no relatório desde 2017.

A guerra foi “uma das tragédias mais terríveis da nossa história”, disse o Presidente polaco, Andrzej Duda, durante as cerimónias nos arredores de Gdansk, um dos primeiros lugares a ser atacados, durante a invasão nazi. Na Alemanha, o responsável do Governo para a cooperação germano-polaca, Dietmar Nietan, disse, em comunicado, que a data de início da Segunda Guerra Mundial “continua a ser um dia de culpa e vergonha para a Alemanha”, dizendo que se trata do “capítulo mais sombrio” da história do país.

O governo da Polónia rejeita uma declaração de 1953, feita pelos então líderes comunistas do país, sob pressão da União Soviética, concordando em não fazer mais reivindicações à Alemanha. Contudo, a posição do Governo não é consensual na Polónia e um deputado da oposição, Grzegorz Schetyna, disse que o relatório é apenas um “jogo na política interna”, argumentando que o seu país precisa de construir boas relações com Berlim.

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Wall Street prolonga perdas para setembro

As preocupações com a desaceleração económica global pesam no sentimento dos investidores. Índices continuam em queda.

Setembro arranca com Wall Street em terreno negativo, prolongando as perdas depois de os três principais índices de referência terem registado o pior agosto em sete anos. Os investidores digerem dados fracos sobre a atividade industrial na Europa e Ásia, que amplificaram os receios de desaceleração económica global.

O índice de referência S&P 500 está a recuar 0,56%, para 3.933,02 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que perde 0,37%, para 31.392,68 pontos. Já o tecnológico Nasdaq desvaloriza 0,91%, para 11.708,85 pontos.

O aumento dos custos de empréstimos, a alta inflação, a guerra na Ucrânia e as restrições à Covid-19 da China levaram a uma atividade industrial morna na Alemanha, Grã-Bretanha, Japão e China, embora se registem sinais de redução das pressões de custos. Dados sobre a indústria dos EUA são esperados mais tarde.

O mês não arranca assim mais animado do que o anterior. O Dow Jones fechou o mês de agosto com uma queda de cerca de 4,1%, enquanto o S&P e o Nasdaq registaram perdas de 4,2% e 4,6%, respetivamente.

Nas quedas desta quinta-feira é de destacar o recuo da Nvidia, que perde 5,99% para os 141,91 dólares. Desempenho dá-se depois da fabricante de chips ter dito que o governo dos EUA está a restringir algumas vendas na China.

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Portuguesa Oh!My Snacks aposta na internacionalização. Expande para Espanha

A expansão para o país vizinho surge a par do rebranding à marca, que conta agora com um novo site. Até ao final do ano, a equipa da Oh!My Snacks irá quase duplicar.

A startup portuguesa Oh!My Snacks vai dar o passo da internacionalização, expandindo o seu serviço de subscrição de snacks personalizados e saudáveis para Espanha. A expansão para o país vizinho estava nos planos da startup desde o início. A novidade surge a par do rebranding à marca, que conta agora com um novo site. Este ano, serão ainda contratados quatro novos profissionais, que farão a equipa quase duplicar. O ritmo de crescimento de ativação de subscrições mensais ronda os 30% e a retenção de clientes corporativos está nos 100%.

“Ainda antes de iniciar a Oh!My Snacks realizámos testes de mercado que mostram que Espanha é um mercado com elevado potencial para nós e, por isso, desde o primeiro dia a ida para Espanha está no nosso plano de negócios e estamos a concretizá-lo”, explica Ricardo Alves, fundador e CEO da Oh!My Snacks, à Pessoas.

A empresa já conta com alguns clientes em Espanha, que, de forma orgânica, subscreveram o serviço. “O feedback que temos tido é bastante positivo. Os testes de mercado que temos feito em Espanha também são positivos e fazem-nos acreditar que podemos ter os mesmos resultados em Espanha que temos tido em Portugal”, avança o mentor do projeto.

Questionado sobre o valor de investimento que implica a expansão para Espanha, Ricardo Alves diz que o valor de expansão é “baixo”, sem detalhar. “Quando tomamos uma decisão impactante para a Oh!My Snacks, um dos pontos que está sempre presente é a internacionalização, porque sempre soubemos que esse era o caminho a seguir. Desde o parceiro de distribuição até ao packing, tudo foi sempre preparado para este momento. Por isso, o valor de expansão para Espanha é baixo, pois está a ser preparado há um ano, quando começamos.”

Há outros mercados na mira — “sem dúvida” –, mas, para já, o CEO prefere não divulgar. “Teremos mais novidades brevemente”, garante.

Startup prevê quase duplicar equipa até final do ano

Até ao final do ano, a startup portuguesa, que atua no segmento corporativo e particular, prevê a contratação de quatro novas pessoas, o que representa a quase duplicação da equipa atual, composta por cinco elementos. Os perfis procurados são para as áreas de logística, nutrição e apoio ao cliente.

Esta quinta-feira, dia em que começa a operar em Espanha e celebra um ano de existência, é lançado também o novo site da Oh!My Snacks, que integra a estratégia de rebranding da marca.

No segmento corporativo, onde conta com parcerias com empresas como a Sonae Holding e a Deloitte, a startup conta com “mais de uma dezena” de clientes e o crescimento tem sido “totalmente orgânico”. “Quando iniciamos a Oh!My Snacks o nosso foco foi o cliente final (B2C) mas claramente o B2B é uma ótima oportunidade”, admite, sem avançar números ou metas a atingir no mercado nacional e espanhol.

O ritmo de crescimento de clientes com subscrição ativa por mês ronda os 30%, enquanto a taxa de clientes que mantêm a subscrição ativa mês após mês é de 90%, no caso do cliente final, e de 100% nos clientes corporativos.

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Vai poder editar os seus tweets. Mas só se pagar ao Twitter

Rede social começou a testar botão de edição, uma das funcionalidades mais pedidas pelos utilizadores da plataforma. Mas a opção só vai ser disponibilizada aos assinantes do Twitter Blue.

Exemplo de um tweet editado divulgado pelo Twitter

O Twitter começou a testar esta quinta-feira um botão que vai permitir editar mensagens depois de publicadas, funcionalidade que era reclamada há muito pelos utilizadores. O anúncio foi feito pela plataforma, depois de anos de discussão interna sobre se um botão para editar tweets seria uma boa ideia nesta rede social.

Mas a novidade, chamada “Edit Tweet”, não vai chegar a todos os utilizadores. Quando for lançado oficialmente, o botão será disponibilizado aos assinantes da modalidade Twitter Blue, uma versão premium do Twitter, que custa 4,99 dólares por mês, mas ainda não está disponível em Portugal.

“Se vir um tweet editado, é porque estamos a testar o botão de edição”, lê-se num post divulgado ao início da tarde na conta oficial da empresa. A Bloomberg recorda que, em janeiro de 2020, o então CEO e cofundador, Jack Dorsey, disse que um botão de edição no Twitter seria “altamente improvável”. Mas a funcionalidade era tão requisitada que a empresa nunca a chegou a descartar totalmente.

“Neste teste, os tweets poderão ser editados várias vezes nos 30 minutos seguintes à publicação. Os tweets editados vão ter um ícone, data e hora e etiqueta, para mostrar aos leitores que a mensagem original foi modificada. Carregar nessa etiqueta vai mostrar aos utilizadores o histórico de edição, que incluirá as versões anteriores do tweet“, explicou a empresa num comunicado.

O lançamento acontece numa altura em que o Twitter está a reestruturar o modelo de negócio, tentando obter mais receitas a partir dos utilizadores, em alternativa às receitas com a exibição de publicidade. Além disso, a empresa está envolvida num grande litígio com Elon Musk, o patrão da Tesla, que tentou comprar a empresa este ano, mas que entretanto desistiu do negócio.

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Mais de 30 tribunais encerrados devido à greve dos funcionários judiciais

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Mais de 30 tribunais estão totalmente paralisados esta quinta-feira devido à greve convocada pelos dois sindicatos representativos dos oficiais de justiça, que registam uma adesão próxima dos 100%.

Mais de 30 tribunais estão esta quinta-feira totalmente paralisados devido à greve convocada pelos dois sindicatos representativos dos oficiais de justiça, que registam uma adesão próxima dos 100% por parte destes profissionais.

Segundo os dados enviados à Lusa pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), pelo menos 34 tribunais registam 100% de adesão no primeiro de dois dias da greve agendada para a reabertura do setor, após o período das férias judiciais. Entre estes estão os maiores tribunais de algumas comarcas do país, como Braga, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda ou Funchal, remetidos apenas ao trabalho em serviços mínimos.

Há uma adesão enorme por parte dos oficiais de justiça, com um grande número de tribunais completamente encerrados um pouco por todo o país (…), em que a adesão é de 100% e nos restantes é sempre acima de 90%. Estamos a garantir os serviços mínimos e penso que amanhã os números irão subir para entre 95% e 100%”, diz o presidente do SFJ, António Marçal.

O responsável sindical indica que muitas diligências já estão a ser adiadas e exige uma resposta do Governo, sustentando que “não bastam palavras simpáticas a reconhecer a importância dos trabalhadores” e que os problemas dos oficiais de justiça refletem-se no serviço prestado aos cidadãos.

“Quem tem de agir é o Governo. É o Governo que tem de dar resposta à única carreira judiciária que ainda não foi revista e que precisa de ser revalorizada como foram as outras”, observa, sem deixar de notar que os oficiais de justiça são “a única profissão em Portugal que é obrigada a fazer horas extras de graça”, citando o exemplo de interrogatórios feitos até de madrugada onde é obrigatória a presença do funcionário judicial.

Paralelamente, o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) também aponta “uma adesão próxima dos 100%” e refere que mesmo os “trabalhadores que estão a fazer os serviços mínimos se declararam em greve”. Carlos Almeida assumiu ainda a expectativa de que o Governo não tome medidas de resposta no curto prazo e que esteja a testar a capacidade de luta destes trabalhadores.

Estamos convictos que o Governo vai aguardar mais algum tempo e estamos disponíveis para continuar a lutar, porque queremos deixar bem claro que não se vai esgotar a nossa luta com estes dois dias de greve. Estamos a lutar pelos nossos direitos, mas também pela realização da justiça e por aquilo que o cidadão mais precisa: uma justiça mais célere”, realça o dirigente sindical, que enfatiza o caráter inédito do aviso prévio conjunto de greve pelos dois sindicatos.

Para Carlos Almeida, esta paralisação é um sintoma da “saturação” existente no setor e lamenta a ausência de contactos do Ministério da Justiça desde que a greve foi anunciada. E promete uma “resposta firme e constante” dos sindicatos até as principais reivindicações serem atendidas pela tutela, nomeadamente o novo estatuto dos oficiais de justiça, o aumento do número de trabalhadores e a revalorização da carreira.

“Estamos a perder oficiais de justiça todos os dias. A situação é dramática, há oficiais a fazerem o trabalho de três e quatro trabalhadores”, denuncia, finalizando: “Porque amanhã não há serviços mínimos, convido os cidadãos a visitarem os tribunais e a perceberem que a adesão é tremenda. A insatisfação dos trabalhadores é tremenda e estamos firmemente convictos de que as portas dos tribunais estarão encerradas em todo o país”.

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Economia vai desacelerar, prevê Fórum para a Competitividade

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Em Portugal, o turismo “não deverá ser suficiente” para conter o enfraquecimento económico, prevê entidade liderada por Pedro Ferraz da Costa.

O Fórum para a Competitividade apontou que, tendo em conta os indicadores disponíveis no 3.º trimestre, a economia deverá desacelerar, sobretudo, no consumo privado, e, em Portugal, o turismo não será suficiente para travar esta quebra.

“Os indicadores disponíveis do 3.º trimestre apontam para uma desaceleração da economia, mais nítida no caso do consumo privado, a componente da procura que está a ser mais afetada pela forte subida de preços e concomitante redução do poder de compra”, lê-se numa nota de conjuntura do Fórum para a Competitividade.

O grupo de economistas sublinhou ainda que a subida das taxas de juro ainda não foi “inteiramente sentida” pelas famílias, sendo que deverá acentuar-se nos próximos trimestres, tendo por base as últimas indicações do Banco central Europeu (BCE).

Esta análise aponta também que “quase todos os riscos” de desaceleração internacional se agravaram, nomeadamente, com os indicadores europeus em território negativo no início do 2.º semestre, a que se somam a inflação, preços da energia, taxas de juro e riscos geopolíticos.

“Para os próximos meses, também se espera um agravamento, desde logo pela promessa dos bancos centrais de serem muito mais duros no combate à inflação, deixando entender que não evitarão provocar uma recessão se isso for necessário para controlar a subida de preços”, acrescentou.

Em Portugal, o turismo “não deverá ser suficiente” para conter o enfraquecimento económico.

Assim, para 2023, prevê-se uma “forte desaceleração”, com risco de recessão.

O Fórum para a Competitividade, associação de direito privado sem fins lucrativos, notou ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) do 2.º trimestre foi revisto em alta ligeira, passando de uma descida de 0,2% em cadeia para uma variação nula.

Em termos trimestrais, a procura interna caiu 1,1% e as exportações líquidas subiram na mesma percentagem.

Por sua vez, o consumo privado caiu 0,3%, sobretudo nos bens duradouros.

“Mais grave foi a queda trimestral do investimento, com quebras em todas as componentes, afetado pela incerteza devido à guerra, à subida das taxas de juro e aos custos de energia”, destacou.

Já as exportações de bens e serviços progrediram de 2% para 4,7%, acima das importações, que passaram de 1% para 2,2%.

A produtividade aumentou 1,3% no 2.º trimestre, abaixo do nível de 2019, antes da pandemia de covid-19.

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Regulador europeu aprova vacinas da Pfizer e da Moderna adaptadas à Ómicron

Regulador europeu aprovou a utilização das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e da Moderna adaptadas à variante Ómicron da Covid-19 para pessoas a partir dos 12 anos.  

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) deu “luz verde” à administração de doses de reforço das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna adaptadas à variante Ómicron da Covid-19, para pessoas a partir dos 12 anos.

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou a utilização de duas vacinas adaptadas para fornecer uma proteção mais ampla contra a Covid-19″, aponta o regulador europeu, em comunicado divulgado esta quinta-feira, acrescentando que em causa está a vacina da Pfizer/BioNTech adaptada à linhagem B.A.1 da variante Ómicron, bem como a vacina “bivalent Original/Omicron BA.1″ desenvolvida pela Moderna. Ambas as vacinas são recomendadas para “pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, que receberam, pelo menos, a vacinação primária” contra a Covid.

Em comunicado, a entidade liderada por Emer Cooke adianta ainda que os estudos demonstraram que estas duas vacinas “podem desencadear fortes respostas imunitárias contra a linhagem B.A.1 da Ómicron”, bem como contra o vírus original “em pessoas previamente vacinadas”. “Em particular, estas vacinas foram mais eficazes em desencadear uma resposta contra a subvariante BA.1 do que as vacinas originais”.

A EMA refere que os efeitos secundários provocados pela administração destas vacinas “foram comparáveis aos observados com as vacinas originais e foram tipicamente leves e de curta duração”. Quanto ao método de administração, o regulador recomenda que as pessoas com idade igual ou superior a 12 anos tomem as vacinas, “pelo menos três meses após a administração da última dose” da vacina contra a Covid.

Perante esta recomendação, o regulador europeu revela que enviou este parecer à Comissão Europeia, que posteriormente, “emitirá uma decisão final juridicamente vinculativa e aplicável em todos os Estados-Membros da UE”. Apesar do parecer do regulador europeu, qualquer vacina para começar a ser administrada em Portugal tem de receber luz verde da Direção-Geral da Saúde.

Entretanto, também em comunicado, a Comissão Europeia veio congratular-se com esta decisão e anunciou que Bruxelas vai agora avançar com uma “autorização acelerada dessas vacinas para garantir que possam ser lançadas rapidamente em toda a UE”. “Sujeito à avaliação científica da EMA, também esperamos um parecer sobre as vacinas adaptadas contra as linhagens BA.4 e BA.5 da Ómicron nas próximas semanas”, afirmou a comissária europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, citada na nota de imprensa, apelando a todos os Estados-membros que “planeiem e lancem as suas campanhas de vacinação, incluindo com as vacinas adaptadas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h32)

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Greve de pilotos cancela 800 voos da Lufthansa

  • Lusa
  • 1 Setembro 2022

Os trabalhadores reclamam um ajuste salarial de 5,5%, compensações automáticas face à inflação e reajustes nas tabelas.

A greve dos pilotos da Lufthansa vai cancelar, esta sexta-feira, “quase todos” os voos da companhia de e para os principais aeroportos de Frankfurt e Munique, anunciou nesta quinta-feira a empresa.

Em comunicado, a transportadora aérea detalhou que vão ser cancelados 800 voos, que vão impactar cerca de 130.000 passageiros, numa altura em que os trabalhadores exigem aumentos salariais.

Na quarta-feira, o sindicato Vereinigung Cockpit anunciou que as “negociações falharam”.

Os trabalhadores reclamam um ajuste salarial de 5,5%, compensações automáticas face à inflação e reajustes nas tabelas.

A Lufthansa manifestou a sua “completa incompreensão” face ao anúncio da greve, que surge num contexto marcado por constrangimentos no setor da aviação devido à falta de trabalhadores nos aeroportos e à greve dos funcionários de terra, que decorreu no final de julho.

O grupo disse ainda ter proposto um aumento total de 900 euros mensais, em duas fases.

Contudo, o líder sindical Marcel Gröls, citado pela Agência France Press (AFP), defendeu que a Lufthansa “deve fazer uma oferta melhor”.

A Lufthansa tem cerca de 5.500 pilotos para o transporte de passageiros e mercadorias, sendo que o Vereinigung Cockpit é o único sindicato que os representa.

No início de agosto, o grupo chegou a acordo com o sindicato Verdi, que representa o pessoal de terra.

Estes trabalhadores vão receber mais 200 euros por mês, a que se soma um adicional de 2,5% no início de 2023 e mais 2,5% em julho do mesmo ano.

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Rússia ameaça cortar fornecimento de petróleo a países que limitem preços

Vice-presidente russo avisou que vai deixar de fornecer petróleo a países que limitem preço. Os inspetores da AIEA chegaram à central nuclear de Zaporijia e vão permanecer no local.

O Governo russo ameaçou cortar o fornecimento de petróleo aos países que decidam limitar o preço. “Se estabelecerem restrições aos preços, simplesmente não forneceremos petróleo e derivados a empresas ou países que impõem restrições”, disse o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak. A secretária do Tesouro dos EUA assinalou “progressos significativos” na negociação deste teto, que será discutido esta sexta-feira na reunião dos ministros das Finanças do G7.

A caravana da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), liderada pelas Organização das Nações Unidas (ONU), chegou à central nuclear de Zaporijia, confirmou esta quinta-feira a energética nuclear ucraniana, Energoatom, segundo a Reuters. Depois de uma breve inspeção, os inspetores indicaram que vão permanecer no local.

A chegada da AIEA foi presenciada por um repórter da Reuters no local, mas também o jornal ucraniano Euromaiden Press, já divulgou um vídeo da alegada chegada da equipa ao local. A equipa de inspetores chegou à central com a missão de avaliar o risco de desastre nuclear, após ter sido retida por várias horas devido a bombardeamentos no local.

Estes são os principais destaques do dia 190 da guerra que opõe Rússia e Ucrânia.

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Como tornar as organizações mais ágeis e eficientes

  • PESSOAS + EY
  • 1 Setembro 2022

Será que tudo o que pode ser feito está equacionado na agilidade das organizações? Ou há mais coisas que se podem fazer?

O Planeamento Estratégico da Força de Trabalho é uma abordagem proativa que gere a necessidade de pessoas e os processos de RH, por forma a cumprir com os objetivos macro de uma empresa. Diante da constante evolução do mundo do trabalho, as organizações precisam tornar-se mais adaptáveis a mudanças rápidas — e precisam que os seus colaboradores sejam flexíveis e ágeis, para reagir numa altura em que é mais difícil recrutar, gerir, motivar e reter talentos. Perante este cenário de constante mudança, o Planeamento da Força de Trabalho pretende analisar e compreender a força de trabalho atual, traduzindo cenários futuros em necessidades de recursos para cumprir a estratégia dos negócios, articulando as diferenças entre o presente e o futuro, definindo recomendações para preencher lacunas de uma forma economicamente eficiente.

Economistas preveem um período de dois anos de rápido crescimento económico, à medida que os governos estabelecem caminhos para sair das restrições do COVID-19. Diante das grandes disrupções do mercado e da concorrência, as empresas estão a implementar novos modelos organizacionais para impulsionar uma combinação de agilidade, crescimento e eficiência. Torna-se, assim, necessário adaptar a força de trabalho para lidar com as constantes evoluções, mudanças e processos de transformação, colmatando lacunas de competências urgentes e crescentes, num mercado de talentos desafiador, para se manterem competitivos. Os desafios ao nível do Talento serão uma realidade cada vez mais presente. Encontrar as competências certas será um processo cada vez mais difícil, logo, as organizações que posicionam a sua força de trabalho para se moverem mais rapidamente possuem uma maior probabilidade de superar os seus concorrentes.

Este atual ambiente de rápidas mudanças e incertezas aumenta a pressão sobre os departamentos de Recursos Humanos, que possuem o constante desafio de garantir que a organização tem o talento necessário para dar suporte às mudanças nas prioridades do negócio. São vários os motivos que requerem a implementação de projetos de planeamento da força de trabalho. Os recentes processos de Transformação Digital das organizações levaram a um aumento da automação, criando a necessidade de diferentes competências, novos departamentos, processos, juntamente com melhorias ao nível de proteção e segurança. Também os processos de Fusões & Aquisições implicam repensar a forma como é dividida a força de trabalho e qual o melhor desenho organizacional para responder à nova realidade. Outro fator relevante e pouco discutido é o aumento de reformas dos “baby boomers”, que origina uma perda de conhecimento crítico e leva a deficiências nos pools de talentos. Estes são alguns dos exemplos que implicam a necessidade de repensar onde e como o trabalho é feito nas cadeias de valor organizacionais e que aumentam a competição por talentos no mercado local.

Ao longo dos anos, as mudanças no mercado levaram os líderes a adaptarem ou a reimaginarem integralmente as suas organizações. No entanto, nos últimos anos, houve uma mudança na natureza e na velocidade da transformação. De acordo com 82% dos membros do conselho e CEOs da EY 2021 Global Board Risk Survey, as disrupções no mercado tornaram-se mais frequentes e impactantes. Para acompanhar o ritmo, as empresas começaram a transformar-se com maior frequência.

"Os desafios ao nível do Talento será uma realidade mais presente. Encontrar as competências certas será um processo cada vez mais difícil. Logo, as organizações que posicionam a sua força de trabalho para se moverem mais rapidamente, possuem uma maior oportunidade de superar os seus concorrentes.”

Cátia Freitas, Manager EY, People Advisory Services.

Ter tempo para planear e tomar decisões como parte de uma estratégia mais ampla melhora todos os aspetos de um negócio. Assim, o planeamento da força de trabalho surge enquanto processo que permite esse planeamento antecipado e garante que as empresas compreendam e desenhem a sua força de trabalho de forma eficaz e eficiente, evitando que os problemas se desenvolvam e se detetem precocemente, criando planos para os corrigir, como por exemplo: identificar departamentos com falta de pessoal e potenciais estrangulamentos, excesso de empregados para reafetação/rescisão e necessidades formativas. Os custos de mão-de-obra podem representar 70% do total dos custos de negócio. Os processos de planeamento da força de trabalho, quando bem executados, podem reduzir o peso desses custos, responder eficazmente às mudanças, melhorar a retenção de funcionários, promover o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e, mais importante de tudo, ter as pessoas certas nos lugares certos.

Infelizmente, apesar da sua importância, o planeamento da força de trabalho, na maioria das vezes, não é cuidadosamente analisado, planeado, medido ou otimizado. Em muitos casos, as organizações não estão suficientemente cientes das lacunas de força de trabalho atuais ou futuras, que limitarão a execução da sua estratégia de negócio.

O primeiro passo na construção de um plano de força de trabalho eficaz é entender a estratégia e os objetivos de negócio da organização. É importante lembrar que cada processo afeta o outro, por isso, os líderes de RH devem colaborar em parceria e estreita comunicação com os líderes das diferentes áreas de negócio, para entender os objetivos estratégicos de cada um e construir um plano estratégico conjunto.

Antes de analisar a força de trabalho e implementar novas estratégias de gestão de colaboradores é importante colocar as algumas questões vitais:

  • Para onde vamos? Qual a direção estratégica do negócio?
  • Quais as perspetivas de mercado e principais prioridades?
  • Quais são os objetivos/marcos primários?
  • Porque é necessária a criação de novas estruturas de planeamento da força de trabalho?
  • Como se posicionam as empresas concorrentes? Como se posicionam empresas do mesmo setor em outras geografias?

É importante que no processo de análise e desenho de um plano de força de trabalho exista uma abordagem colaborativa que garanta um consenso entre todos os envolvidos. Esta é uma responsabilidade e trabalho conjunto, na medida em que envolve a participação das lideranças da organização como um todo.

O próximo passo é avaliar a força de trabalho existente, sendo fundamental determinar o número de colaboradores necessários para cada função e elaborar previsões precisas do volume de negócio, para determinar o número, estrutura e composição futuras da força de trabalho. Simultaneamente, pretende-se identificar lacunas na sua força de trabalho e fazer planos para fechá-las através de recrutamento, redistribuição e formação. Estas estratégias ajudam a responder às seguintes questões:

  • Que capacidade interna possuímos?
  • Quais são as lacunas e como as preenchemos?
  • Que competências, conhecimento e experiência têm os atuais colaboradores?
  • Formação adicional é necessária?
  • Que novos recursos podem melhorar o desempenho da força de trabalho?
  • A força de trabalho está corretamente estruturada? (Isto inclui design organizacional, novos departamentos, canais de comunicação, entre outros.)
  • Qual a atual taxa de rotatividade? (reformas, demissões, etc.)
  • Como avaliamos a eficácia do plano?
  • Qual é a combinação certa da força de trabalho total (FTEs, contingente, serviços partilhados, automatizado)?

Durante o processo de desenho do plano de força de trabalho, é importante garantir que os dados possuem potencial de identificar as necessidades futuras e comunicar os principais riscos, assim como identificar KPI’s que possam contribuir para a sua medição e evolução.

Na EY trabalhamos com clientes de todos os setores, apoiando-os em projetos complexos e de importância vital para a otimização dos seus modelos de negócio. Da nossa experiência, a abordagem metodológica a utilizar é um dos principais fatores em projetos de maior complexidade e de grande impacto organizacional.

A mensagem importante a reter é que a Transformação da Organização e da Força de Trabalho permite criar os recursos necessários para realizar a estratégia de negócio, ajudando a implementar modelos organizacionais inovadores. Isso significa que as empresas que desejam preparar melhor a sua força de trabalho para o crescimento, inovar e conquistar quota de mercado devem perguntar: como podemos iniciar, hoje, este processo de preparação da força de trabalho? O que as empresas líderes estão a fazer para se preparar, agora?

Texto por Cátia Freitas, Manager EY, People Advisory Services.

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Centeno pede cuidado nos apoios à crise e “paciência” com inflação

Governador do Banco de Portugal antecipa regresso da inflação para patamar dos 2% "provavelmente mais paulatinamente do que desejávamos".

“Paciência” com a inflação e prudência nas medidas de apoio à crise. O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, veio esfriar as expectativas de famílias e empresas relativamente às ajudas para lidar com a subida dos preços de bens e serviços.

Volto a apelar para que não sejam promovidas medidas pró-cíclicas que depois possam vir a ser corrigidas com outras medidas”, avisou Mário Centeno nesta quinta-feira, à saída das Conferências do Estoril.

O governador do Banco de Portugal salientou também a “necessidade de uma perspetiva mais longa”, de “paciência” e que decisões a serem tomadas “têm de ter em conta o futuro”, segundo declarações difundidas pela RTP3.

Mário Centeno pediu ainda uma “enorme coordenação de políticas a nível nacional e europeu“, porque, “quando houver um período de desaceleração [da economia], essas políticas tendem a ter uma restrição maior sobre si próprias”.

Sobre as perspetivas futuras da taxa de inflação, o economista antecipou uma aproximação da subida de preços para o patamar dos 2% no médio prazo: “a previsão que existe é que a inflação vai desacelerar e voltar, provavelmente mais paulatinamente do que desejámos, para níveis compatíveis com os objetivos do Banco Central Europeu“.

Mário Centeno chamou a atenção ainda para os preços de matérias-primas como alumínio, ferro e cobre estarem “abaixo dos valores de há um ano”.

As declarações do Governador do Banco de Portugal foram feitas antes da apresentação das medidas de apoio ao rendimento das famílias, agendada para a próxima segunda-feira, 5 de setembro.

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