Confiança dos consumidores estabiliza, mas tencionam gastar menos em compras importantes

O indicador de confiança dos consumidores estabilizou em agosto, depois de ter aumentado no mês anterior. Famílias preveem redução dos gastos em compras importantes nos próximos meses.

A confiança dos consumidores em Portugal está a estabilizar, depois da queda abrupta registada em março, na sequência da guerra da Rússia na Ucrânia. Mas as famílias continuam a mostrar muita cautela em relação ao futuro, sobretudo num período marcado pelo agravamento do custo de vida, dando indicações de que vão reduzir os seus gastos em compras importantes, como eletrodomésticos e computadores.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança dos consumidores manteve em agosto a trajetória de estabilização que vem registado desde março, mês em que teve a segunda queda mais intensa de sempre, “só superada pelo início da pandemia”.

O início da invasão militar russa em território ucraniano a 24 de fevereiro mudou claramente as perspetivas das famílias em relação ao futuro, também por outra razão: além do pessimismo, trouxe consigo um acelerar dos preços dos bens que consumimos no dia-a-dia.

O INE explica que a estabilização da confiança das famílias teve por base dois fatores que se anularam mutuamente: por um lado, registou um contributo negativo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes, como mobiliário, eletrodomésticos, computadores ou outros bens duradouros; isto foi compensado com contributos positivos das outras duas componentes do indicador, a saber, opiniões e expectativas relativas à situação financeira do agregado familiar e perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país.

Em situações de maior incerteza, as famílias tendem a ter mais cuidado nas suas decisões de consumo, dando prioridade aos bens essenciais e evitando (adiando) os maiores gastos em automóveis ou eletrodomésticos. O consumo de bens duradouros é por isso um importante indicador sobre a saúde de uma economia.

Fonte: INE

Aliás, em relação ao indicador de clima económico, o INE revela que registou uma diminuição em agosto, “contrariando o aumento registado em julho, afastando-se do nível observado em fevereiro, em que atingiu o máximo desde março de 2019”. O indicador tem por base as respostas das empresas em relação aos níveis de produção, encomendas e vendas.

Comércio, na Indústria Transformadora e na Construção tiveram quedas mais intensas nos indicadores de confiança, que aumentou, por seu turno, no setor dos Serviços.

O INE revela ainda que “os saldos das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuíram no Comércio, na Indústria Transformadora e nos Serviços, tendo estabilizado na Construção e Obras Públicas, após terem registado máximos em junho na Construção e Obras Públicas, em abril na Indústria Transformadora e nos Serviços e em março no Comércio”.

(Notícia atualizada às 10h15)

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Da surpresa à inevitabilidade, as reações da Saúde à demissão de Marta Temido

  • Lusa e ECO
  • 30 Agosto 2022

Bastonário da Ordem dos Médicos diz que só Marta Temido pode explicar porque entendeu já não ter condições para governar. Sindicatos divididem-se entre surpresa e inevitabilidade.

As reações do setor ao pedido de demissão da ministra da Saúde dividem-se entre a surpresa e a inevitabilidade, horas depois de ter sido anunciado, já durante a madrugada, que Marta Temido pediu para sair do Governo. O bastonário da Ordem dos Médicos acredita que só a ministra pode explicar o porquê de entender já não ter condições para governar. Enquanto isso, os sindicatos acreditam que a decisão é lógica.

Ordem dos Médicos espera um novo ministro da Saúde que “faça acontecer”

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel GuimarãesANTÓNIO COTRIM/LUSA

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse que só o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Saúde, Marta Temido, podem explicar o porquê da demissão da titular da pasta da Saúde e que para o cargo se pretende alguém que “faça acontecer”.

Em declarações à agência Lusa, Miguel Guimarães referiu que para o Ministério da Saúde se pretende “um ministro que faça acontecer e que resolva os problemas que afetam a saúde em Portugal e que de uma forma transversal afetam todos os portugueses”.

“A saída da senhora ministra do Governo é uma decisão dela e que só ela pode explicar aos portugueses. E só o senhor primeiro-ministro pode explicar porque aceitou de imediato esta demissão”, referiu, a propósito do pedido de saída do Governo de marta Temido, conhecido hoje de madrugada.

Para Miguel Guimarães falta saber se a saída de Temido se deve “ao facto de já não ter alternativas para resolver os graves problemas da saúde em Portugal”. “Ou foi porque o Governo não lhe deu condições para executar as medidas estruturais que eventualmente poderia querer fazer no Serviço Nacional de Saúde”, questionou.

A saída da senhora ministra do Governo é uma decisão dela e que só ela pode explicar aos portugueses.

Miguel Guimarães

Bastonário da Ordem dos Médicos

“O problema não é a ministra, são as políticas”

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Ana Rita Cavaco, relativizou o impacto da demissão da ministra da Saúde, considerando que o principal problema do setor está nas “políticas que o governo decide implementar”.

Ana Rita Cavaco garantiu não ter ficado surpreendida com a saída de Marta Temido e notou que as “profundas divergências” que teve com a ex-governante ao longo de quase quatro anos deixam-na à vontade para defender que o problema não passa pelo nome do titular da pasta da Saúde.

“As decisões que se tomam relativamente ao setor – não é só o Serviço Nacional de Saúde (SNS) – são decisões que estão em consonância com o primeiro-ministro. A estratégia não é de uma pessoa só”, destacou a bastonária, que continuou: “É uma questão de ideologia e do que está por detrás das decisões que se tomam e dos recursos colocados à disposição para tomar ou não essas decisões, porque os problemas estão identificados há muitos anos.”

“Somos um país que escolhe pôr dinheiro na banca e na TAP ao invés do SNS. Sem um mínimo não é possível fazer as reformas que estão identificadas há muito”, acrescentou, acentuando a responsabilidade de António Costa: “É o chefe do executivo. Portanto, Marta Temido trabalhou com as condições que lhe deram e fê-lo em consonância com o primeiro-ministro”.

Segundo a bastonária da OE, havia já um “desgaste muito grande” em torno de Marta Temido. Contudo, a maior preocupação de Ana Rita Cavaco centrou-se na definição de respostas para os problemas apontados pelos enfermeiros e na necessidade de reformas estruturais que entendeu serem “decisivas” para as pessoas.

“O que nos preocupa agora é quem vai a seguir e se vai fazer aquilo que é necessário: vão rever a carreira dos enfermeiros? Vão finalmente negociar o internato? Vão ter medidas de fixação para enfermeiros?”, questionou a responsável, sem deixar de lembrar “os enfermeiros que estão a sair das escolas e a emigrar para países estrangeiros sem uma medida de fixação”, com exceção para os contratos de quatro meses.

Confrontada sobre o nome do futuro titular do Ministério da Saúde e a expectativa de um melhor relacionamento com a tutela, a bastonária assumiu que “pode ser obviamente melhor” e lembrou inclusivamente o nome do secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

“António Lacerda Sales tem uma ótima relação com todos os intervenientes do setor. É evidente que isso ajuda e gostamos sempre muito mais de trabalhar e de resolver problemas com pessoas simpáticas e que conseguem interagir connosco do que com uma pessoa que, no caso da OE, nos fez uma sindicância, porque não gostava do trabalho que fazíamos”, finalizou.

Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos EnfermeirosPaula Nunes / ECO

Sindicato Independente dos Médicos considera inevitável demissão da ministra

O Sindicato Independente dos Médicos considerou, por sua vez, que a demissão da ministra da Saúde era inevitável, sublinhando que já há algum tempo se assistia a uma dissociação da realidade por parte de Marta Temido relativamente aos problemas do setor.

Em declarações à agência Lusa a propósito da demissão da ministra da Saúde, Jorge Roque da Cunha disse compreender a decisão do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de Marta Temido.

“O Sindicato Independente dos Médicos nunca exige a demissão de membros do Governo porque isso compete aos portugueses escolher o primeiro-ministro e ao primeiro-ministro fazer as suas escolhas, mas na verdade, nos últimos meses temos assistido a uma dissociação da realidade por parte de Marta Temido quando no fim de semana passado ainda diz que contrataram milhares de profissionais de saúde e médicos, não atendendo às recomendações que a DGS efetuou ao facto de haver 1 milhão e 500 mil portugueses sem médicos de família, aos problemas permanentes das urgências de obstetrícia de medicina interna e da incapacidade de dialogar com os responsáveis do setor”, destacou.

Federação dos médicos exige mudança de política

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Noel Carrilho, considerou que a demissão de Marta Temido “não surpreende”, mas destaca que agora chegou a hora de avançar e encontrar soluções para os problemas do setor.

“Diria que não é surpreendente [a demissão]. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem vindo a degradar-se de tal modo que já era indisfarçável, que não se conseguisse cumprir os objetivos. Contudo, mais do que personalizar num ministro as diversas atuações, queremos perceber se este gesto se vai refletir numa mudança de política com destreza e celeridade para resolver os problemas”, destacou à Lusa Noel Carrilho.

O presidente da FNAM lembrou que qualquer tempo que se perca agora será sempre um prejuízo irrecuperável para os doentes.

“Não é um tipo de ministério que se compadeça de atrasos. É importante que se avance, que não se exerça, que não sirva esta mudança de cara no ministério para questionar mais uma vez as medidas que são necessárias. Infelizmente há várias questões a destacar de forma negativa e todas denunciadas em bom tempo, por exemplo a ausência de diálogo, que veio ferir de morte a relação com os médicos”, disse.

Noel Carrilho sublinhou que a FNAM não quer centrar-se no passado, embora seja importante fazer essa avaliação para não repetir erros no futuro.

“Queremos centrar-nos nas possibilidades futuras e estamos como estivemos sempre abertos à negociação, ao diálogo e estar do lado das soluções”, disse.

No que diz respeito ao novo ministro, Noel Carrilho disse esperar que seja “alguém com espírito dialogante aberto às ideias das pessoas no terreno” e que “traga consigo peso político, iniciativa política”.

Sindicato dos Enfermeiros consideram que demissão é “lógica”

A dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Guadalupe Simões considerou “lógica” a razão evocada pela ministra da Saúde para se demitir, mas não estava à espera.

“Não estávamos à espera. Digamos que por um lado ficamos surpreendidos mas, por outro lado, e face àquilo que têm vindo a ser os constrangimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a ausência de soluções estruturais para os problemas parece lógico a ministra evocar as razões que evocou para pedir a demissão”, disse Guadalupe Simões.

“Para nós, na realidade, não nos interessa quem é o ministro da Saúde, o que nos interessa são as políticas de saúde e sobre as políticas de saúde sabemos o que defendemos e defendemos o SNS que tem problemas estruturais e que precisam de solução”, disse ainda a presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Não nos interessa quem é o ministro da Saúde, o que nos interessa são as políticas de saúde.

Guadalupe Simões

Dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Guadalupe Simões recordou que com Marta Temido foi “renegociada” uma nova Lei de Bases da Saúde que coloca o SNS como o “pilar” da oferta de cuidados de saúde sendo que, frisou, é preciso aprofundar e melhorar as ofertas.

Por isso, considera a responsável pelo sindicato que “seja quem for o ministro da Saúde, o que é preciso é que o Governo, que tem a maioria absoluta” desenvolva aquilo que está expresso na Lei de Bases da Saúde.

Desta forma, insiste que é necessário “um SNS forte”, capaz de dar resposta, que seja inovador, onde os profissionais de saúde possam desenvolver investigação e que tenha capacidade para manter os profissionais.

Em concreto em relação aos enfermeiros, Guadalupe Simões diz que espera que o Governo cumpra os prazos das negociações em curso.

“Nós temos um processo negocial que está a decorrer e espera-se que quem for o próximo ministro da Saúde seja concluído dentro do prazo que estava previsto, que era setembro, e que rapidamente se avance para a alteração da carreia de enfermagem, tal como está previsto no próprio programa do Governo: a valorização das carreiras profissionais na área da Saúde”, disse à Lusa Guadalupe Simões.

Saída da ministra da Saúde era expectável

O presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) considerou que a demissão da ministra da Saúde “era expectável” face à falta de condições que Marta Temido foi tendo para fazer mudanças necessárias no Serviço Nacional de Saúde.

“Diria que era uma demissão expectável (…). A dificuldade de diálogo que foi acumulando com os diferentes intervenientes acabou por ditar esta demissão. Diria que era expectável que viesse a acontecer, mas não esperávamos que fosse já”, disse à Lusa Xavier Barreto.

Na opinião do presidente da APAH, Marta Temido não conseguiu mobilizar o setor e não teve a força política para convencer o Conselho de Ministros a tomar decisões importantes sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“O SNS precisa de reformas urgentes, o setor das urgências foi o mais abordado nos últimos tempos com os encerramentos, mas é preciso lançar reformas importantes e para isso temos que ter os profissionais connosco, temos de ser capazes de os mobilizar. A senhora ministra foi perdendo essa margem de mobilização do setor para essas mudanças. Esse foi o principal problema. Teve também sempre alguma dificuldade em fazer valer dentro do Governo, dentro do Conselho de Ministros, as suas propostas de mudança e a necessidade de reforçar SNS”, sublinhou.

Questionado sobre aspetos positivos na governação de Marta Temido, o presidente da APAH realçou o combate à pandemia de Covid-19. “Destacaria o empenho e a dedicação que revelou durante o combate à pandemia, que não foi isento de erros. Houve vários problemas de descoordenação, que foram sendo mitigados até com reforço das administrações dos diferentes hospitais, mas ninguém dúvida da sua dedicação, do empenho, dos esforços que a ministra entregou no combate à pandemia”, salientou.

Quanto ao próximo ministro da saúde, Xavier Barreto disse esperar que seja um ministro com “capacidade técnica e conhecimento do setor, mas que tenha uma forte força politica para convencer o Conselho de Ministros a investir mais no SNS”.

“Reforçar aspetos fundamentais do SNS como por exemplo as carreiras dos profissionais de saúde. Destacaria a nossa, a dos administradores hospitalares, que está por rever há mais de 20 anos, que não teve nenhuma evolução durante o mandato da Marta Temido, uma situação que lamentamos e esperemos que seja uma prioridade para o próximo ministro da Saúde”, concluiu.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h20)

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Entrevista a Susana Afonso. Edição de setembro da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 30 Agosto 2022

Na Advocatus de setembro pode ler a entrevista à sócia da CMS, Susana Afonso, um especial sobre a diversidade nas firmas e ainda uma entrevista ao coordenador do Rock 'n' Law.

Susana Afonso lidera a área de Trabalho e Fundo de Pensões na CMS Portugal, onde está desde 2010. Membro do Conselho de Administração do escritório, coordena e supervisiona o aconselhamento jurídico e laboral diário a empresas nacionais e internacionais, através da preparação de pareceres e memorandos, acompanhamento de negociações para a cessação de contratos de trabalho, condução de processos coletivos de despedimento e rescisão, acompanhamento e representação de clientes na negociação e revisão de instrumentos de regulamentação coletiva, condução de processos relacionados com a transferência de locais de trabalho, transferência de estabelecimento, definição de planos de compensação e organização do tempo de trabalho.

Nos últimos anos, participou e coordenou alguns dos mais importantes processos de reestruturação no país, nomeadamente no setor financeiro, segurador, industrial, farmacêutico, da construção, da aviação, do comércio a retalho e dos serviços. Faz parte ainda da atual direção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores. Leia a entrevista à advogada na revista deste mês.

Susana Afonso, Sócia Coordenadora de Direito do Trabalho da CMS Rui Pena & Arnaut, em entrevista ao ECO/Advocatus - 06JUL22
Susana Afonso, Sócia Coordenadora de Direito do Trabalho da CMS Rui Pena & Arnaut, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

A Advocatus foi tentar perceber se as sociedades de advogados em Portugal têm ou não políticas de inclusão de profissionais com deficiências. Todas as contactadas admitem que possuem políticas próprias e que os seus espaços estão preparados para receber pessoas com deficiências físicas. Ainda assim poucas são as que integram profissionais com este tipo de incapacidade, sendo que apenas a SRS, entre as questionadas, possui uma advogada com deficiência.

Nesta edição pode ler ainda uma entrevista ao coordenador do Rock ‘n’ Law. Este será o último ano de Francisco Proença de Carvalho neste cargo do projeto e à Advocatus fez um balanço dos últimos oito anos à frente do RnL. O advogado adiantou ainda o que podemos esperar este ano do evento.

Frederico Félix Alves é o advogado do mês desta edição. O of counsel da CCSL Advogados contou como tem sido a sua integração no escritório. Sublinhou que é na advocacia que se sente “verdadeiramente realizado” e que o seu envolvimento com a política foi “acidental”. O advogado defende que os escritórios são cada vez mais geridos como verdadeiras empresas, “tendo adotado um modelo de gestão muito mais profissional”.

Félix Bernardo, managing partner da Caldeira Pires & Associados, esteve à conversa com a Advocatus e fez um balanço “muito positivo” dos oito anos de atividade. Afirmou que o foco está nos clientes, mas também no bem-estar da equipa. A advogada adiantou também que estão a criar as condições necessárias para abrir um escritório no Porto. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do mês.

Caldeira Pires & Associados - 12JUL22

A Abreu Advogados assessorou a Utrust na expansão dos seus serviços para o mercado imobiliário português. A Utrust é uma fintech portuguesa que pretende revolucionar os sistemas de pagamentos em criptomoeda ao possibilitar que comerciantes aceitem “pagamentos” em criptomoedas de forma rápida e com conversão para fiat. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 139.ª edição.

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UNITA vai entregar reclamação com efeitos suspensivos dos resultados em Angola

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

A UNITA anunciou que vai entregar uma reclamação com efeitos suspensivos dos resultados das eleições anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral, que proclamaram a vitória do MPLA.

A UNITA anunciou que vai entregar uma reclamação com efeitos suspensivos dos resultados das eleições anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que proclamaram a vitória do MPLA, e afirmou não ter sido notificada da decisão.

Num comunicado do Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política, a União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA) afirma ter tomado conhecimento dos resultados anunciados na segunda-feira pelo presidente da CNE, Manuel Pereira da Silva, por intermédio dos órgãos de comunicação social públicos.

Reiterando que não reconhece os resultados da CNE, enquanto não forem decididas as reclamações já em sua posse, o partido referiu ainda que não foi notificado da decisão do plenário que caucionou os referidos resultados e não recebeu cópia da ata do apuramento dos resultados definitivos das eleições gerais de 24 de agosto, como estipula a lei.

“Neste contexto aproveita informar a opinião nacional e internacional que dentro dos prazos legais fará entrada de uma reclamação que terá os efeitos suspensivos da declaração dos resultados definitivos apresentado pela CNE”, adianta-se no comunicado.

A UNITA sublinhou, por último, que “é do interesse de todos os angolanos que a CNE não se furte a comparação das atas síntese em posse dos partidos políticos, resultantes da vontade popular, expressa nas urnas, que representa a verdade eleitoral”.

A Comissão Nacional Eleitoral anunciou na segunda-feira que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) venceu as eleições em Angola com 51% dos votos contra 44% da UNITA. O MPLA arrecadou 3.209.429 de votos, ou seja 51,17%, elegendo 124 deputados, e a UNITA conquistou 2.756.786 votos, garantindo 90 deputados, com 43,95% do total.

O plenário da CNE proclamou assim Presidente da República de Angola, João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, o partido mais votado, e vice-presidente, Esperança da Costa, segunda da lista do MPLA.

No discurso de vitória, João Lourenço congratulou-se com vitória, a quinta, coincidindo com as eleições realizadas em Angola, apesar do partido ter perdido um milhão de votos, no pior resultado de sempre.

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INE calcula subida da luz, mas ERSE diz que preços desceram

  • ECO
  • 30 Agosto 2022

INE calculou que os preços da eletricidade subiram 10,3% em julho, em cadeia, enquanto o regulador diz que aquele foi o mês em que a "maioria" das empresas do mercado livre baixou tarifários.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre a evolução dos preços da eletricidade entre junho e julho apresentam trajetórias distintas, sugerindo que as duas entidades têm leituras diferentes sobre a direção do mercado, denuncia o Público esta terça-feira.

A subida dos encargos com a eletricidade continua a ser uma das principais dores de cabeça das famílias. Ora, segundo o INE, entre junho e julho, os preços da eletricidade subiram 10,3% para as famílias portuguesas, uma das componentes que deu gás à taxa de inflação nesse mês. No entanto, julho foi também o mês em que, segundo a ERSE, “a maioria” das empresas que vendem eletricidade baixou os tarifários aos clientes, na sequência da revisão extraordinária das tarifas reguladas.

Em resposta ao jornal, a ERSE diz que se baseia na informação sobre as ofertas comerciais que os comercializadores de energia estão legalmente obrigados a fornecer-lhe. Já o INE esclarece, no destaque com os dados de julho, que o índice “é apurado com base num vasto conjunto de preços praticados por uma amostra das maiores empresas comercializadoras de eletricidade, bem como informação disponibilizada pela ERSE”. Ao Público, o analista de mercado de Energia e Sustentabilidade da Deco Proteste, Pedro Silva, manifesta estranheza por “duas entidades independentes, mas dentro da esfera pública, darem dois retratos diferentes de uma mesma realidade que é o preço da eletricidade”.

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Substituição de Marta Temido na Saúde “não será rápida”

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

Fonte próxima do primeiro-ministro disse à Lusa que a substituição da ministra da Saúde, que pediu a demissão nesta madrugada, "não será rápida".

A substituição da ministra da Saúde “não será rápida”, disse à Lusa fonte próxima do primeiro-ministro, adiantando que António Costa gostaria que fosse Marta Temido a concluir o processo de definição da nova direção executiva do SNS.

“O primeiro-ministro gostaria que ainda fosse Marta Temido a levar ao Conselho de Ministros o diploma que regula a nova direção executiva do SNS” e que considera uma “peça central da reforma iniciada com a aprovação do Estatuto em julho passado”, disse à agência Lusa a mesma fonte.

A aprovação “só estava prevista para o Conselho de Ministros de dia 15” [de setembro] e António Costa receia que a substituição de Marta Temido “atrase a aprovação” de um diploma que considera essencial, acrescentou a fonte.

A substituição de Marta Temido, que se demitiu esta madrugada, “não será rápida”, até porque António Costa estará “totalmente ocupado a concluir a preparação do Conselho de Ministros extraordinário da próxima semana para aprovar o pacote de apoio às famílias, que anunciará em setembro”, no parlamento, explicou.

Na quarta-feira, António Costa estará todo o dia no avião com destino a Moçambique, onde irá participar na cimeira luso-moçambicana, até sexta-feira, só regressando a Lisboa no sábado à noite.

Marta Temido apresentou esta madrugada a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, que foi aceite pelo primeiro-ministro. “A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou hoje a sua demissão ao primeiro-ministro por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”, dá conta uma nota enviada às redações na madrugada de hoje.

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Inflação em Espanha atinge 10,3% em agosto e alivia de recorde

Subida dos preços desacelerou em agosto pela primeira vez em quatro meses, depois de ter atingido um valor recorde no mês passado.

A inflação em Espanha atingiu os 10,3% em agosto, aliviando pela primeira vez em quatro meses à boleia da redução dos preços dos combustíveis, depois da taxa recorde de 10,8% registada em julho. Mantém-se, ainda assim, acima dos 10% e em máximos de cerca de quatro décadas.

O gabinete de estatísticas espanhol explica que a subida dos preços se deveu, entre outras razões, à eletricidade, alimentação, restaurantes e pacotes de viagem.

Por seu turno, a queda dos preços dos combustíveis em termos homólogos travou um maior agravamento do índice de preços no consumidor que se mantém nos níveis mais elevados desde 1984, indica o Instituto Nacional de Estadística (INE).

A evolução do índice harmonizado de preços ficou em linha com as previsões dos economistas sondados pela Bloomberg. O INE divulgará os valores finais da inflação no próximo dia 13 de setembro.

Já o índice de preços no consumidor nacional desacelerou para os 10,4% em agosto, com o indicador subjacente — que exclui energia e alimentação — ficou nos 6,4%.

“Temos de continuar (a agir) com enorme cautela porque a incerteza é muito elevada na sequência da guerra às portas da Europa”, salientou a ministra da Economia, Nadia Calviño, em declarações à TVE citadas pela Reuters.

Com esta desaceleração na subida dos preços em quatro décimas, a taxa de inflação acaba com um ciclo de três meses seguidos em alta.

Para travar o impacto da subida dos preços da luz nas famílias, Espanha e Portugal conseguiram negociar junto de Bruxelas aquilo que se chama de mecanismo ibérico que veio limitar o preço do gás na produção de eletricidade.

(Notícia atualizada às 9h04)

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Bolsas recuperam do vendaval de Jackson Hole

BCE e Fed endureceram discurso face à escalada da inflação e aumentaram receios de uma recessão.

O discurso agressivo dos bancos centrais na conferência de Jackson Hole levou a uma pressão vendedora nas bolsas na última sessão. Mas o arranque desta terça-feira mostra uma ligeira recuperação, incluindo em Lisboa.

O PSI soma 0,19%, para 6.123,75 pontos, depois de ter caído mais de 1% esta segunda-feira. Há cinco sessões seguidas que o índice de referência nacional fecha em baixo, e pode contrariar esse ciclo negativo.

São nove as cotadas com sinal mais nos primeiros minutos de negociação, com o BCP a liderar os ganhos com um avanço de 1,13% para 0,1433 euros. O setor da energia também dá um contributo positivo: a EDP e EDP Renováveis ganham 0,52% e 0,44% e a Greenvolt está em alta de 0,40%.

Lá por fora, o índice Stoxx 600 avança 0,1%, enquanto as bolsas de Madrid a Frankfurt registam subidas entre 0,30% e 0,40%, depois das perdas nas últimas duas sessões por causa dos discursos duros dos bancos centrais no simpósio anual de Jackson Hole e onde a Reserva Federal e o Banco Central Europeu salientaram a necessidade de continuar a subir as taxas de juros para travar a escalada da inflação.

No caso do BCE, a membro da comissão executiva Isabel Schnabel disse que os juros devem subir mesmo que a Zona Euro deslize para uma recessão. O presidente da Fed admitiu que o aperto monetário vai trazer alguma dor para as famílias e empresas.

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Hoje nas notícias: Impostos, salários e eletricidade

  • ECO
  • 30 Agosto 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Nos primeiros sete meses deste ano, a receita fiscal arrecadada pelo Governo superou em dois mil milhões as estimativas previstas pelo Executivo. Em 16 anos, o salário médio português subiu apenas 5,2%. O Estado já poupou 25 milhões com a faturação eletrónica. Conheça estas e outras notícias que marcam a atualidade na manhã desta terça-feira, além da notícia do pedido de demissão da ministra da Saúde, Marta Temido.

Receita com impostos já supera previsões do Governo em dois mil milhões

O Governo previa arrecadar mais três mil milhões de euros em receita fiscal (6,6%) até ao final do ano com a melhoria da economia após a crise pandémica. Mas a síntese de execução orçamental revela que o Estado já conseguiu 28,2 mil milhões de euros em receita fiscal, um acréscimo de cinco mil milhões do que no mesmo período do ano passado. Ou seja, nos primeiros sete meses do ano, o Estado conseguiu mais do que atingir essa diferença, superando-a em dois mil milhões.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Salário médio em Portugal cresceu apenas 5,2% em 16 anos

O salário médio em Portugal cresceu de 879 euros para 925 euros entre 2002 e 2017, aumentando apenas 5,2% em 16 anos, segundo adianta um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian. “O nível de salários e o crescimento salarial é muito lento”, aponta o “Estudo sobre o Salário Médio em Portugal: Retrato atual e evolução recente”. O salário base real cresceu 0,32% ao ano e os jovens recebem salários “cada vez mais próximos do salário mínimo”.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre).

INE calcula subida da eletricidade, ERSE diz que tarifários baixaram

O Instituto Nacional de Estatística (INE) calcula que o preço da eletricidade para as famílias portuguesas aumentou 10,3% em julho, sendo um dos principais impulsionadores da taxa de inflação para máximos de duas décadas. Contudo, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) diz que aquele foi o mês em que “a maioria” das empresas que concorrem no mercado livre baixou os tarifários, o que aparenta mostrar leituras distintas entre INE e regulador no que diz respeito à evolução dos preços da eletricidade.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Contratos de gás de longo prazo garantem tarifa regulada mais baixa

Os consumidores que aderirem ao mercado regulado de gás natural vão ser abastecidos por contratos de longo prazo, que, na atual conjuntura, garantem preços mais reduzidos. De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “os custos de aquisição de gás ao abrigo destes contratos de longo prazo apresentam menor volatilidade de preços face aos preços observados nos mercados grossistas. No contexto atual, os preços destes contratos de longo prazo são, desde meados de 2021, inferiores aos preços observados nos mercados grossistas internacionais de gás natural”.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Estado poupou 25 milhões com faturação eletrónica

A faturação eletrónica na Administração Pública já permitiu “25 milhões de euros em poupanças para o Estado até ao final do primeiro semestre” deste ano, adiantou fonte oficial do Ministério das Finanças ao JN/Dinheiro Vivo. Esta solução começou a ser implementada em 2020 e a Entidade dos Serviços Partilhados da Administração Pública (eSPap) estima que a poupança acumulada supere os 30 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

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Alimentação, habitação, energia, restaurantes e hotéis com subidas de preços a dois dígitos

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

A alimentação, habitação e energia, restaurantes e hotéis são as classes de produtos e serviços cujos preços mais aumentaram entre janeiro e julho, com variações de dois dígitos.

A alimentação, habitação e energia, restaurantes e hotéis são as classes de produtos e serviços cujos preços mais aumentaram entre janeiro e julho, variando, respetivamente, 11,47%, 12,92% e 13,08%, segundo o Índice de preços do INE.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta quarta-feira a estimativa rápida da inflação em agosto, que não contém dados ainda detalhados, sendo estes conhecidos em 12 de setembro.

Os dados relativos a julho revelaram que a inflação homóloga avançou para 9,1%, superando a subida registada no mês anterior, sendo necessário recuar a novembro de 1992 para encontrar uma variação mais elevada.

A análise do índice de preços do consumidor medida pelo INE indica que entre as 12 classes de produtos de serviços que são consideradas, quatro registam variações de preços de dois dígitos na comparação entre julho e o início do ano, nomeadamente, alimentação e bebidas não alcoólicas; habitação, água, eletricidade e gás; transportes; e restaurantes e hotéis.

Na comparação homóloga, com julho de 2021, além destas categorias de produtos e serviços referidas, há mais uma (a dos acessórios para o lar) com uma subida de dois dígitos.

O agravamento dos preços já vinha a sentir-se desde o ano passado, mas acentuou-se este ano, com o início da guerra na Ucrânia e a forte subida dos preços da energia.

Segundo os dados do INE, a variação homóloga dos preços dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas avançou 14,0%, e 11,47% na comparação com o início do ano. Na habitação, água, eletricidade e gás, o aumento ascende a 17,7%, face a julho de 2021 e a 12,92% face ao início do ano.

A contribuir para a subida dos preços nesta classe de produtos está a variação dos preços da eletricidade (30,54% face a janeiro) e gás (23,54%).

Na classe que integra os restaurantes e hotéis, os dados do INE apontam para uma subida homóloga de 14,65% e e 13,08% face ao início do ano, sendo esta explicada essencialmente pelos serviços de alojamento, com uma variação de 61,21% (face a janeiro), enquanto o serviço de refeições em restaurantes, cafés e similares subiu 4,38%.

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10 skills mais procuradas nos próximos 10 anos

Para se manterem relevantes no mundo do trabalho, os colaboradores devem desenvolver as suas competências. Bernard Marr, autor de "Future Skills", lista 10 que considera fundamentais.

A digitalização do mundo do trabalho é um processo irreversível, acelerado pela pandemia, que exige novas skills. Para navegar nesta nova realidade, há um conjunto de competências que deve desenvolver e nem todas são técnicas.

Bernard Marr, autor de “Future Skills: The 20 Skills and Competencies Everyone Needs to Succeed in a Digital World”, lista as dez competências que deve cultivar para, na próxima década, se manter relevante no mundo do trabalho.

  • Literacia digital

Literacia digital traduz-se na capacidade de usar equipamentos, software ou aplicações de forma segura e sem dificuldade. Pessoas com esta capacidade não só conseguem comunicar e colaborar melhor entre si, como, mantendo-se a par dos novos desenvolvimentos tecnológicos, avaliar o impacto que as inovações podem vir a ter no seu trabalho ou negócio.

  • Literacia em dados (data)

Num mundo cada vez mais digital, os dados (data) é um dos ativos mais valiosos de um negócio, o que significa que um colaborador com capacidade de os interpretar e usar de forma competente é valorizado. “Tendo literacia em dados, (o colaborador) será também capaz de questionar a integridade e validade dos dados com os quais está a trabalhar, em vez de seguir cegamente a informação que recebe“, destaca Bernard Marr, num artigo para a Forbes (conteúdo em inglês, acesso não condicionado).

  • Pensamento crítico

Ao saber interpretar dados junta-se o pensamento crítico. Ou seja, a capacidade de analisar temas e situações com base em provas ou evidências e não em relatos em segunda mão, rumores ou opiniões pessoais, nem sempre imparciais. “Quando pratica o pensamento crítico, (o colaborador) pode questionar a validade das provas e determinar o que é verdade ou não numa variedade de situações.”

  • Inteligência emocional

Uma pessoa com inteligência emocional está consciente de como as suas emoções influenciam os seus comportamentos e impactam as pessoas ao seu redor, tendo a capacidade de gerir essas emoções. Para Bernard Marr, a empatia – a capacidade de nos conseguirmos colocar no lugar do outro – é uma componente fundamental da inteligência emocional.

  • Criatividade

Pode ser definida como a capacidade de transformar ideias em algo real. Nesse sentido, é uma das competências mais desejados no futuro do trabalho. “Pensar de forma criativa, tais como pensar em novas ideias, resolver problemas, imaginar para além do status quo, e implementar ideias para resolver problemas e melhorar as coisas, será crítico no local de trabalho do futuro“, defende o autor de “Future Skills”.

  • Colaboração

Se trabalhar em equipa sempre foi importante numa organização, agora, com muitas empresas com equipas a trabalhar de forma remota, em modelos híbridos, ou recorrendo a trabalhadores externos para desenvolver projetos, tornou-se ainda mais relevante.

  • Flexibilidade

A única constante do mundo é a mudança. Esta visão é ainda mais verdadeira num momento em que inovações tecnológicas surgem quase todos os dias, o mundo do trabalho está em mudança e os negócios têm de se adaptar de forma rápida. “Temos de desenvolver a resiliência mental para florescer em tempos de constante mudança. A adaptabilidade – a capacidade de nos ajustarmos a novas condições – é chave para desenvolver a flexibilidade”, argumenta Bernard Marr. Pessoas com esta capacidade são mais abertas, curiosas e dispostas a aprender novas coisas.

  • Competências de liderança

Liderar significa garantir que todos têm o seu melhor desempenho e conseguem evoluir numa organização. Uma capacidade desejável em todos os níveis da empresa e não apenas nas lideranças de topo, dada própria natureza do mundo do trabalho, cada vez mais fluído, com equipas distribuídas.

  • Gestão de tempo

Uma boa gestão de tempo é essencial para um bom desempenho. E saber gerir o tempo não significa trabalhar mais, mas sim trabalhar de forma mais inteligente. Pessoas que fazem uma boa gestão do tempo sabem “quando são mais produtivas e usam esse tempo de forma inteligente, reservando as horas em que são menos produtivas para outro tipo de tarefas”. Uma capacidade importante que ajuda a um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

  • Curiosidade e aprendizagem contínua

Duas competências que ajudam a que os colaboradores sejam mais flexíveis e apetrechados em termos de conhecimento para lidar com um mundo em constante mudança.

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Rússia estima contração económica inferior a 3% em 2022

  • Lusa
  • 30 Agosto 2022

O Kremlin estima que a economia da Rússia registe uma contração inferior a 3% durante 2022, enquanto a queda para o próximo ano deverá ser inferior a 1%, avança vice-primeiro-ministro.

O Kremlin estima que a economia da Rússia registe uma contração inferior a 3% durante 2022, enquanto a queda para o próximo ano deverá ser inferior a 1%, segundo as perspetivas divulgadas na segunda-feira pelo vice-primeiro-ministro do país, Andrey Belousov.

O governante indicou que estes números são melhores do que o esperado e criam “boas condições” para que os rendimentos reais dos cidadãos e as receitas ficais do Estado cresçam.

Apesar da guerra na Ucrânia e das sanções internacionais contra Moscovo, os números são melhores do que o esperado.

No final de julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou uma queda de 6% no Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia este ano, enquanto em 2023 a queda seria de 3,5%.

No seu último relatório mensal, divulgado no início deste mês, a Agência Internacional de Energia explicou que, até julho, a produção de petróleo havia caído apenas 310 mil barris por dia em comparação com os níveis anteriores à guerra. A produção do país é superior a 11 milhões de barris diários.

A economia russa registou um crescimento homólogo de 3,5% no primeiro trimestre deste ano, enquanto no segundo registou uma contração de 4%, segundo os últimos dados divulgados pela agência de estatística russa Rosstar.

Os dados do Executivo russo também representam uma melhoria face às estimativas do Banco da Rússia, que em julho manifestou a sua confiança de que a contração do PIB em 2022 seria menos intensa do que se temia no início, limitando-a a um intervalo de entre 4% e 6%, enquanto para 2023 oscilaria entre 4% e 1% para voltar a crescer em 2024, com uma expansão estimada de entre 1,5% e 2,5%.

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