Governo vai subir apoio a empresas intensivas em gás para 500 mil euros

  • ECO
  • 23 Agosto 2022

Aumento deverá integrar o pacote de medidas a ser conhecido em setembro. Um mês depois, o Governo começará a assinar os contratos dos projetos selecionados para receber apoios à descarbonização.

O Governo vai aumentar de 400 mil para 500 mil euros o teto máximo do apoio destinado às indústrias utilizadoras intensivas de gás natural, que arrancou em abril com o programa “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”, noticia o Público. A medida deverá integrar o pacote de apoios extraordinários às famílias e empresas, prometido pelo primeiro-ministro para setembro, e está a ser ultimada pelo gabinete do ministro da Economia, que ainda tem de negociar este aumento com a Comissão Europeia.

O aumento visa compensar as elevadas faturas das empresas em alguns setores. É o caso das cerâmicas, metalúrgicas, vidrarias, cimenteiras e têxteis, que precisam de consumir grandes quantidades de gás para manter a sua capacidade produtiva e o emprego dos trabalhadores, mas sentem dificuldades com o aumento dos preços da energia agravado pela guerra na Europa. Estes custos têm levado algumas empresas a suspender operações, por considerarem que o atual subsídio de 400 mil euros é insuficiente.

Além do aumento deste apoio, o ministério tutelado por António Costa Silva prepara-se para avançar com a execução das estratégias para a descarbonização da indústria, inseridas na componente 11 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e cujas metas têm de ser cumpridas até ao final de 2025. Assim, em outubro, começarão a ser assinados os primeiros contratos com as candidaturas selecionadas, antecipando o prazo limite acordado com a Comissão Europeia.

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Presidente demissionária do IEFP vai continuar em funções até nova escolha

  • ECO
  • 23 Agosto 2022

Adelaide Franco apresentou demissão e o Governo aceitou, mas vai manter-se em funções até ser nomeada uma nova liderança para o instituto do emprego.

A presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apresentou a demissão na passada quinta-feira, depois da polémica com o subsídio de desemprego, mas vai manter-se em funções até ser nomeada uma nova liderança para aquela instituição, revela uma nota do secretário de Estado do Trabalho, citada pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

No documento enviado aos parceiros sociais com assento no Conselho de Administração do IEFP, lê-se que Adelaide Franco vai manter-se como presidente do IEFP “até que esteja finalizado o processo de nomeação do presidente do Conselho Diretivo do IEFP”. O secretário de Estado expressa ainda o reconhecimento “pela dedicação, profissionalismo, sentido de missão e de compromisso com o serviço público, que a Dra. Adelaide Franco sempre revelou durante o exercício das suas funções”.

Adelaide Franco foi escolhida em maio para ser presidente do IEFP em regime de substituição. Contudo, foi revelado que recebeu um subsídio de desemprego após ter cessado o contrato com a empresa que fundou (Mindsetplus) — e na qual viria a ser reintegrada –, enquanto, em simultâneo, manteve atividades “pontuais” e “não remuneradas” ao serviço da empresa. Na semana passada, o IEFP concluiu que houve irregularidade na atribuição do subsídio, o que desencadeou o pedido de demissão.

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Hoje nas notícias: Apoios às empresas, Novobanco e IEFP

  • ECO
  • 23 Agosto 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Executivo prepara o aumento do teto máximo do apoio para empresas intensivas em energia para meio milhão de euros, a ser incluído no pacote de apoios extraordinários que será apresentado em setembro. O Fundo de Resolução aprovou 87% das quase 300 operações que têm estado na origem dos pedidos de ajuda do Novobanco ao Estado. Estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Governo sobe apoio a empresas intensivas em energia para 500 mil euros

O Governo vai aumentar de 400 mil para 500 mil euros o teto máximo do apoio destinado às indústrias utilizadoras intensivas de gás natural, que arrancou em abril com o programa “Apoiar Indústrias Intensivas em Gás”. A medida deverá integrar o pacote de apoios extraordinários às famílias e empresas que será anunciado em setembro, e está a ser ultimada pelo gabinete do ministro da Economia, António Costa Silva, que ainda tem de negociar este aumento com a Comissão Europeia. Mas há sinais positivos vindos de Bruxelas, refere o Público, que avançou a notícia.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Fundo de Resolução só travou 13% das vendas com desconto do Novobanco

Em quatro anos e meio, o Fundo de Resolução (FdR) opôs-se a apenas 13% das 294 operações de venda de ativos com desconto do Novobanco que teve de avaliar, tendo viabilizado pagamentos num total de 3.400 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas do FdR relativo a 2021, divulgado na segunda-feira. Só no ano passado, o fundo pronunciou-se sobre 51 operações que lhe foram submetidas pelo Novobanco, das quais dez (20%) justificaram que se opusesse à ação proposta pelo banco — uma percentagem que representa quase o dobro do peso médio dos chumbos do FdR desde 2017.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Apoios à Serra da Estrela podem chegar aos 200 milhões

O Governo vai declarar situação de calamidade na Serra da Estrela, na sequência dos incêndios que devastaram esta região do país. Nesse sentido, após o apuramento dos prejuízos, vão ser definidas medidas concretas associadas a um pacote financeiro que pode rondar os 200 milhões de euros, avança o Jornal de Notícias. Aqui incluem-se adiantamentos para todas as corporações de bombeiros que tenham combatido incêndios nas situações de alerta e contingência.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Presidente do IEFP fica até nova escolha

A presidente do IEFP apresentou a demissão na passada quinta-feira e o Governo aceitou. Mas a profissional vai continuar em funções até que haja uma nova nomeação, de acordo com uma nota do secretário de Estado do Trabalho. Adelaide Franco foi escolhida em maio para liderar o IEFP, mas recebeu subsídio de desemprego entre maio de 2020 e outubro de 2021, apesar de ter continuado a desempenhar atividade não remunerada depois da cessação do seu contrato de trabalho a termo com a empresa Mindsetplus.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Autarquias voltam a ter IUC como no pré-Covid

Com as restrições de atividade económica devido à pandemia, a receita municipal obtida com o Imposto Único de Circulação (IUC) caiu 2%, para 275 milhões de euros. Em 2021, já houve uma subida de 2,4% face a 2020, para um total de quase 282 milhões de euros, recuperando, assim, os níveis pré-pandemia. Estes valores são os mais altos, pelo menos, desde 2008.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Bolsonaro diz que aceitará eventual derrota no Brasil

  • Lusa
  • 23 Agosto 2022

Presidente brasileiro diz que "seja qual for" o resultado, "eleições limpas devem e têm de ser respeitadas", apesar de defender, sem provas, que o voto eletrónico é suscetível a fraude.

O Presidente do Brasil declarou que aceitará uma derrota nas urnas, negou ter ofendido juízes e afirmou não ter cometido erros na gestão da pandemia da Covid-19, numa entrevista ao Jornal Nacional.

“Seja qual for [o resultado], eleições limpas devem e têm de ser respeitadas (…). Serão respeitados os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas”, afirmou, na segunda-feira, Jair Bolsonaro, de foram relutante, ao ser questionado se vai aceitar o resultado da votação em urnas eletrónicas, adotadas no país em 1996. O Presidente brasileiro tem afirmado reiteradamente, sem apresentar provas, que o voto eletrónico é alvo de fraude.

Bolsonaro, que não dá entrevistas a meios de comunicação que não apoiam as políticas adotadas pelo seu Governo, falava numa entrevista exclusiva ao principal telejornal brasileiro. O Jornal Nacional tem também previsto entrevistas com o antigo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador Ciro Gomes e a senadora Simone Tebet, os três candidatos mais bem colocados nas sondagens relativas às presidenciais de outubro.

Questionado sobre as razões que levam os seus apoiantes a manifestarem publicamente o desejo de que o Brasil adote uma intervenção militar, mantendo-o no Governo, Bolsonaro minimizou estes pedidos e disse tratar-se de liberdade de expressão. “Quando alguns [apoiantes] falam em fechar o Congresso, é liberdade de expressão deles. Eu não levo para esse lado”, afirmou.

Sobre os motivos que o levam a fazer manifestações públicas contra juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro negou ter ofendido ministros [tratamento dado aos juízes de tribunais superiores brasileiros]. “Você [o jornalista Willian Bonner] não está falando a verdade quando fala em xingar ministro, isto não existe. É uma fake news da sua parte. O que eu quero é transparência nas eleições”, afirmou.

Bonner lembrou que Bolsonaro chamou, no ano passado, “canalha” ao juiz do STF e atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante uma manifestação que reuniu milhares de apoiantes, em 7 de setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil.

Bolsonaro também negou erros cometidos na gestão da pandemia, apesar de o Brasil se um dos países com mais mortes causadas pela Covid-19 (mais de 700 mil) e esquivou-se a responder se tinha faltou compaixão de sua parte por ter imitado pacientes com crises de falta de ar, numa transmissão ao vivo que faz semanalmente nas redes sociais.

“A solidariedade eu manifestei conversando com o povo nas ruas, visitando as periferias de Brasília, vendo pessoas humildes que foram obrigadas a ficar em casa sem ter um só apoio de governador ou prefeito. E nós demos auxílio emergencial imediatamente”, rebateu.

Apesar de ter feito declarações públicas nas quais questionou a eficácia das vacinas contra a Covid-19 e de afirmar não ter sido vacinado, o chefe de Estado brasileiro defendeu a política do Governo na pandemia, alegando ter comprado vacinas para a população.

“Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina, só não se vacinou quem não quis. Comprada por mim e em tempo bem mais rápido do que em outros países”, declarou.

O Presidente do Brasil, Jair BolsonaroEPA/ANDRE SOUSA BORGES

Bolsonaro citou que a vacinação no Brasil começou em janeiro de 2021, sem mencionar que a primeira vacina aplicada no país, a vacina CoronaVac da fabricante chinesa Sinovac, foi comprado pelo rival político e ex-governador de São Paulo João Doria, e depois incluído, apesar das suas críticas, e também a vacina da Pfizer, no Sistema Único de Saúde (SUS) para ser aplicado na população do país.

Com 32% das intenções de voto e atrás de Lula da Silva, que lidera as sondagens com 47%, segundo o instituto Datafolha, Bolsonaro procurava com esta entrevista reconquistar apoio de eleitores que votaram no atual Presidente em 2018. Mas o ambiente tenso entre o Presidente e os jornalistas da TV Globo, ao longo de 40 minutos, colocaram em causa as expectativas da campanha de melhorar a imagem de Bolsonaro, que ainda poderá conquistar apoio como o início do horário eleitoral gratuito, a partir de sexta-feira.

A eleição presidencial no Brasil tem a primeira volta marcada para 2 de outubro e a segunda volta, caso seja necessária, no dia 30 do mesmo mês. Ao todo, 12 candidatos disputam as presidenciais: Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Roberto Jefferson, Pablo Marçal, Eymael, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.

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TAP com 202 milhões de prejuízos no semestre, menos de metade de 2021

Receitas do segundo trimestre foram quase iguais às de 2019. CEO alerta que "perspetivas de procura para o quarto trimestre e o próximo ano mantém-se incertas".

A TAP fechou os primeiros seis meses do ano com um prejuízo de 202,1 milhões de euros, menos de metade dos 493 milhões que tinha contabilizado no mesmo período de 2021. O resultado operacional foi positivo em 4,4 milhões.

A forte recuperação da procura pelo transporte aéreo com o fim das restrições da pandemia permitiu um aumento de 938 milhões nas receitas para os 1.321,2 milhões. O crescimento foi transversal às várias áreas, mas foi na venda de passagens que os números mais cresceram, saltando de 240 para 1.153 milhões.

A companhia liderada por Christine Ourmières-Widener transportou 5,82 milhões de passageiros entre janeiro e junho, 4,4 vezes mais do que mesmo período de 2021. A taxa de ocupação (load factor) melhorou de 48,9% para 74,7%.

Com mais aviões no ar, os custos operacionais de tráfego aumentaram 146,3% para 302 milhões, assim como as despesas com combustível, que subiram 312 milhões para 409 milhões, num contexto em que o jet fuel esteve mais caro. Já os encargos com pessoal baixaram 7,2% para 187,7 milhões. De uma forma global, os gastos operacionais saltaram 73,1% para 1.316,8 milhões.

O resultado operacional da companhia deixou de ter um sinal menos no semestre, somando 4,4 milhões contra -377,4 milhões no mesmo período do ano passado. Também o EBITDA (resultado antes de encargos com juros, impostos, depreciações e amortizações) foi positivo, passando de -140,8 milhões para 235,5 milhões entre janeiro e junho.

Receitas do segundo trimestre voltam ao pré-pandemia

A recuperação das vendas fez-se sentir ainda com mais força no segundo trimestre, graças aos 3,72 milhões de passageiros transportados. Os rendimentos operacionais atingiram os 830,6 milhões, sendo praticamente idênticos (99%) aos registados entre abril e junho de 2019, antes da pandemia, sublinha a TAP.

A oferta de lugares nas aeronaves ficou a 81% dos níveis de 2019, com a receita por lugar oferecido a superar em 8,5% o mesmo período do pré-pandemia.

“O segundo trimestre registou uma procura muito saudável e receitas por passageiro mais elevadas, o que nos permitiu compensar o aumento nos custos. O contexto continua difícil e as perspetivas de procura para o quarto trimestre e próximo ano mantém-se incertas. A execução do plano de restruturação continua a ser fundamental”, assinala Christine Ourmières-Widener no comunicado dos resultados.

O contexto continua difícil e as perspetivas de procura para o quarto trimestre e próximo ano mantém-se incertas.

Christine Ourmières-Widener

CEO da TAP

Os gastos operacionais duplicaram para 764 milhões no segundo trimestre, puxados pelo aumento dos custos operacionais de tráfego e de combustível. Os custos com pessoal subiram 28,4% para os 106,6 milhões, com a TAP a reforçar equipas para fazer face ao aumento da atividade. A transportadora chegou ao final de junho com 6.935 colaboradores, mais 131 do que um ano antes.

Olhando apenas para abril a junho, o resultado operacional foi de 66,4 milhões, contra -149,6 milhões no mesmo período do ano passado. O EBITDA totalizou 175,4 milhões. O resultado líquido foi negativo em 80,4 milhões.

A companhia liderada por Christine Ourmières-Widener chegou ao final de junho com uma dívida financeira líquida de 713,3 milhões, mais 45 milhões do que no final de dezembro. O capital próprio já é negativo em 734,5 milhões.

(notícia atualizada às 8h30)

 

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Operadores de TVDE admitem falta de carros. Atrair motoristas é uma prioridade

As empresas ouvidas pela Pessoas adiantam que assegurar que os motoristas encontram uma oportunidade económica recompensadora nesta atividade é fundamental. Só a Free Now tem recebido 300 por semana.

Os operadores de TVDE como a Uber, Bolt ou Free Now têm registado um desequilíbrio entre a oferta e a procura, com menos motoristas e carros do que utilizadores a precisarem de deslocar-se de um ponto ao outro da cidade. A falta de motoristas é transversal ao setor, dizem as empresas ouvidas pela Pessoas. Sindicato aponta essa situação aos valores de compensação dos motoristas praticados pelas plataformas. Mas há quem ‘culpe’ o preço dos combustíveis ou a falta de chips. Resultado? Muitas vezes o seu pedido de viagem fica por responder ou é cancelado pelo motorista.

“A falta de motoristas tem sido algo transversal a todos os operadores”, podendo mesmo originar, em alguns momentos, “uma deterioração da qualidade do serviço”, no que toca à taxa de aceitação dos motoristas, “que pode variar”, avança fonte oficial da Free Now à Pessoas.

“É um problema que já advém do surgimento da pandemia, que trouxe uma quebra abrupta global da procura e, consequentemente, uma redução do número de operadores e carros a trabalharem no mercado. Com o total regresso à normalidade, e com mais pessoas na rua, regresso do turismo, entre outros fatores, a procura subiu exponencialmente e, até à data, a oferta ainda não foi capaz de a acompanhar, apesar da entrada de novos motoristas para fazer frente a este crescimento”, explica a mesma fonte.

A Free Now está a apostar “intensivamente” nos processos de recrutamento precisamente para conseguir corresponder à “crescente procura” — só nesta plataforma têm entrado mais de 300 novos motoristas por semana –, ao mesmo tempo, que lançou um conjunto de iniciativas que pretendem mitigar alguns dos problemas apontados ao setor.

“Desde o final do ano passado que procuramos aumentar o rendimento dos motoristas e a sua satisfação, através de uma série de medidas”, nomeadamente “melhores bónus para os motoristas”, “melhor serviço de apoio ao motorista”, “a única plataforma que mostra (ao motorista) destino e preço final no momento do pedido”, entre outras.

A Uber também admite que existe um ” desequilíbrio entre a oferta de serviços TVDE e a procura”. Mas garante: “Temos mecanismos para lidar com desequilíbrios pontuais, como as tarifas dinâmicas que equilibram a procura e oferta e garantem a fiabilidade do serviço”, afirma fonte oficial da empresa em Portugal.

“Houve uma recuperação da procura mais rápida do que do lado da oferta. Com esse aumento rápido da procura decidimos rever os preços dos serviços Uber desde março. Estas mudanças procuram atrair mais motoristas e parceiros para a atividade TVDE e melhorar a experiência dos utilizadores. Deste modo, estamos a assegurar que motoristas e parceiros encontram uma oportunidade económica recompensadora nesta atividade e que os utilizadores possam continuar a contar com um serviço de mobilidade fiável, acessível e seguro”, detalha.

Com o total regresso à normalidade, e com mais pessoas na rua, regresso do turismo, entre outros fatores, a procura subiu exponencialmente e, até à data, a oferta ainda não foi capaz de a acompanhar, apesar da entrada de novos motoristas para fazer frente a este crescimento.

Fonte oficial da Free Now

Já a Bolt atribui a escassez de carros à falta de chips. “Um problema global que só se prevê resolvido no fim do próximo ano”, diz Nuno Inácio, responsável de ride-hailing da Bolt em Portugal. E avança: “Trabalharmos no sentido de estabelecer parcerias para um acesso mais célere a viaturas para os nossos motoristas.”

Quanto à falta de motoristas — de que as plataformas concorrentes falam — Nuno Inácio vai numa direção oposta. “Verificamos um crescimento de 30% no número de motoristas relativamente ao período precedente à pandemia. Estamos a registar os maiores ganhos de todos os tempos, o que também tem contribuído para um maior interesse dos motoristas”, garante.

Hoje é possível ganhar-se, em média, até 18 euros por hora a trabalhar connosco, sendo que, nesta altura do ano, o valor pode ser potencialmente maior.”

Sindicato relaciona falta de pessoas com condições oferecidas

O Sindicato dos Motoristas de TVDE, por sua vez, defende que há poucas pessoas disponíveis para conduzir os carros para as plataformas. O motivo? Os valores praticados, acredita.

Os novos motoristas, quando começam a fazer as viagens e percebem que os preços são tão baixos, desistem logo. Apenas os motoristas estrangeiros resistem mais à exploração, porque precisam de enviar dinheiro para os países de origem.

António Fernandes

Porta-voz do Sindicato dos Motoristas de TVDE

“O aumento dos tempos de espera significa, normalmente, que há menos carros ao serviço. Não há um grande aumento no número de condutores porque os tarifários são bastante baixos”, diz porta-voz do Sindicato dos Motoristas de TVDE, António Fernandes, à Pessoas/ECO.

“Os novos motoristas, quando começam a fazer as viagens e percebem que os preços são tão baixos, desistem logo. Apenas os motoristas estrangeiros resistem mais à exploração, porque precisam de enviar dinheiro para os países de origem”, justifica.

Não se sabe, no entanto, quantos motoristas estão ativos. “A liberalização do mercado não exige essa informação junto das plataformas”, alega António Fernandes.

Apesar de — ao contrário da Free Now — não darem conta de quantos novos condutores estão a receber ou de quantos precisam para satisfazer a procura, tanto a Uber como a Bolt se mostram “abertas” a novos colaboradores. “A todos os que, cumprindo os requisitos legais, queiram ou precisem de aceder a oportunidades de trabalho flexível, independentemente das suas qualificações, idade, género ou nacionalidade”, especifica a Uber.

“Temos um portal próprio para os interessados. Mantemos também contacto frequente com os nossos colaboradores, parceiros e gestores de frotas para perceber como melhor os apoiar. Só assim conseguimos contar com motoristas motivados e empenhados em representar a Bolt e a prestar o melhor serviço”, refere o responsável de ride-hailing da Bolt em Portugal.

Desafios no setor

Além de questões relacionadas com a pandemia, e das próprias condições da profissão, que podem dificultar, segundo defende o Sindicato dos Motoristas de TVDE, a atratividade, as empresas contactas pela Pessoas falam em outros fatores. Cadeias de fornecimento, instabilidade macro-económica, atividade turística e combustíveis são alguns deles.

“Este desequilíbrio resulta dos dois anos de pandemia, de disrupções em cadeias de fornecimento (em particular automóvel), da atual instabilidade macro-económica, mas também de limitações operacionais impostas por lei que impedem que o ajustamento entre o número de motoristas necessários para transportar quem precisa de se deslocar se faça naturalmente, prejudicando necessariamente uns e outros”, considera fonte oficial da Uber em Portugal.

Já a Bolt destaca a atividade turística. “O verão em Portugal é sempre uma altura bastante desafiante, sobretudo causado pela época alta do turismo”, aponta Nuno Inácio. “No entanto, um aumento na procura não implica uma diminuição na qualidade de serviço; depende antes da eficácia com que se acompanha esse aumento. Sabemos que situações de cancelamento de viagens ocorrem, e é mais propício nestas alturas, mas o nosso rating médio, deixado pelos nossos utilizadores, encontra-se atualmente nos 4,84 em 5″, salienta.

Aos possíveis motivos já mencionados, a Free Now acrescenta outro: a subida do preço dos combustíveis. “A subida dos combustíveis prejudicou todas as áreas de negócio, sobretudo esta que acaba por estar diretamente dependente dos diferentes tipos de combustíveis. As repercussões mais sentidas prendem-se, essencialmente, com o aumento dos custos, que, por sua vez, faz reduzir as margens diretas para os motoristas, tornando a profissão menos apetecível e reduzindo ainda mais a oferta disponível”, justifica.

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Automóveis usados online chegam a custar mais 11% do que no início do ano

Venda online de carros usados em Portugal cai 7,6% em julho, face a igual período de 2021, com os níveis de stock a caírem há 17 meses consecutivos, encolhendo 19,4% face ao mesmo mês do ano passado.

O preço médio dos automóveis usados em Portugal à venda online já subiu 10,9% no acumulado até julho, face ao registado no final de 2021, avança o mais recente relatório do Observatório Indicata, pertencente ao grupo Autorola. Esta tendência também se manteve no início de agosto, com uma subida de 1,4% no índice de preços comparativamente com o mês anterior.

A impulsionar o preço dos automóveis usados no mercado português estão os baixos níveis de stock aliados à forte procura. A escassez de semicondutores continua a provocar longos prazos de entrega de veículos novos, levando mais consumidores a optarem pelo mercado de usados.

Neste sentido, os níveis de stock online de usados em Portugal estão a cair há 17 meses consecutivos. No início de agosto, este indicador ficou 9,9% abaixo do registado no início do mês anterior, mas comparativamente com agosto de 2021, os níveis já são 19,4% inferiores.

Em função destes fatores, “os fabricantes não conseguem apoiar as vendas com registos táticos”, pode ler-se no relatório. Por consequência, a venda de veículos usados muito recentes em julho — isto é, com menos de um ano de idade — esteve 50% abaixo do registado em julho de 2021.

No mercado português, em julho, as vendas de veículos usados online foram superiores às do mês anterior em 5,6%, embora se tenham mantido inferiores em 7,6% face a julho de 2021. No entanto, em termos acumulados, a vendas até julho “são agora 17,1% mais baixas do que nos primeiros sete meses do ano passado”, embora se mantenham 1,5% mais elevadas do que em 2019, refere o relatório.

Com o avançar do segundo semestre, o Observatório Indicata nota que “é provável que continue a haver restrições à oferta de usados mais recentes e usados provenientes das frotas de aluguer”. O motivo para isto prende-se com a necessidade das empresas manterem as suas frotas envelhecidas, de modo a satisfazer as suas necessidades comerciais. Considerando ainda a questão dos semicondutores até ao final de 2023, “é expectável que o mercado de veículos usados vá continuar a debater-se”, salienta.

Ainda assim, nos 14 países analisados pelo documento o relatório refere um abrandamento na taxa de crescimento dos preços online de usados.

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Vender excedente de produção aumenta em 60% a rentabilidade de painéis solares

Em vez de oferecer o excedente da energia dos seus painéis solares à rede, venda-o a um comercializador de eletricidade. No orçamento familiar, 'ganha' duas ou três faturas por ano.

À imagem do que acontece com os bancos, também os comercializadores de eletricidade são cada vez mais pontos de venda de uma série de produtos e serviços para lá da venda de energia. O último filão desta estratégia comercial é a venda de painéis solares.

Nos sites dos principais comercializadores não faltam campanhas publicitárias a promover a compra de soluções de energia solar. A oferta, além dos painéis, inclui “instalação gratuita” e a possibilidade de o investimento ser feito “sem juros e sem qualquer investimento inicial”.

Além destes argumentos, os operadores lembram os seus clientes que a taxa de IVA sobre os painéis solares baixou de 23% para 6% e que, por isso, o preço final também é mais económico. A aplicação de uma taxa de IVA reduzida para painéis solares térmicos e fotovoltaicos foi aprovada no Orçamento de Estado para 2022, vigorando a partir de 1 de julho deste ano até 30 de Junho de 2025.

O investimento numa unidade de produção para autoconsumo (UPAC) tem como principal objetivo reduzir a fatura da eletricidade ao final do mês. Mas não é o único.

Vários comercializadores de kits de UPAC avançam que, em média, o retorno deste investimento será alcançado entre sete a dez anos. Mas estas contas têm uma grande subjetividade, pois estão fortemente dependentes do rácio de aproveitamento da energia produzida pelos painéis solares: quanto maior for o consumo da produção de energia solar, menor será a fatura da eletricidade ao final do mês e mais rápido será o retorno do investimento nos painéis.

O problema é que é muito difícil uma família consumir a totalidade da energia produzida pelos painéis solares, dado que são vários os períodos durante o dia em que a produção é superior ao consumo energético da casa. E quando isso acontece, na maioria dos casos, o excedente de produção é injetado na rede de forma gratuita.

Para evitar que isso aconteça, algumas famílias acabam por comprar baterias. Dessa forma, o excedente da produção da energia solar é armazenada para que possa ser consumido mais tarde. É uma solução perspicaz e lógica mas que ainda exige um investimento avultado. Numa UPAC pequena, com uma potência instalada de 1800 watts (seis painéis de 300w), por exemplo, dificilmente este investimento se justifica. Daí que a maioria dos consumidores encare o investimento num kit solar somente como uma solução para autoconsumo e nem se preocupe com o que produz em demasia. Mas será que essa visão mudaria se soubessem que entre 60% a 70% da energia que os painéis solares produzem é entregue à rede a troco de nada?

O lado bom da subida do preço da eletricidade

Segundo um trabalho académico desenvolvido por cinco investigadores e publicado em 2016 na revista “Applied Energy”, para uma família europeia média, o rácio de aproveitamento da energia produzida pelos painéis solares para autoconsumo, na ausência de baterias, varia entre 30% e 37%.

Segundo os investigadores, o valor tende a ser ligeiramente mais elevado nos países do sul da Europa. Ou seja, por mais eficiente que seja a gestão da energia produzida pelos painéis solares, a maioria é entregue à rede.

E se a maioria dos portugueses com UPAC ainda entrega este excedente à rede de forma gratuita, desde 2020, com a aprovação da nova lei do autoconsumo), são também cada vez mais os que retiram algum dinheiro do excesso de produção dos seus painéis vendendo-o aos comercializadores de eletricidade.

Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), estão atualmente a operar no mercado 29 comercializadores de eletricidade que disponibilizam ofertas para consumidores domésticos. Porém, de acordo com uma análise do ECO ao mercado, são apenas quatro os comercializadores que compram o excedente de produção de UPAC de pequena dimensão: Coopérnico, JafPlus, Ezu Energy e LuzBoa.

A maioria destes comercializadores está disponível em adquirir o excedente de produção mediante um preço fixo por megawatt-hora (Mwh) ou com base num preço indexado ao valor por Mwh praticado no mercado grossista de eletricidade ibérico (Mibel), que é publicado diariamente pelo OMIE, acrescido de uma comissão de gestão do comercializador.

De acordo com as ofertas atualmente em vigor, o modelo da fixação de preço revela-se muito pouco vantajoso para a carteira dos consumidores, em comparação com o modelo de preço indexado. Enquanto o preço oferecido pelos comercializadores no modelo de preço fixo varia entre 40 e 60 euros por Mwh, no caso do modelo de preço indexado situa-se nos 145 euros por Mwh, considerando a média do preço no Mibel nos últimos 12 meses.

Assumindo como exemplo uma UPAC com uma potência instalada de 1800w com uma taxa de aproveitamento para autoconsumo de 40%, que se traduz num excesso de produção média de 130 quilowatts-hora (kWh) por mês, optando pelo modelo fixo, a venda do excedente de produção geraria 94 euros por ano (cerca de 7,8 euros por mês). Optando pelo modelo do preço indexado, o orçamento familiar ganharia 226 euros por ano (cerca de 19 euros por mês), o equivalente a duas ou três faturas de eletricidade.

Entre as propostas dos quatro operadores que compram o excedente de produção a preço indexado aos consumidores, destacam-se as ofertas da LuzBoa e da Ezu Energia. Ambas apresentam um custo de gestão de 20%. A oferta da Coopérnico também tem o mesmo custo de gestão, mas como se trata de uma cooperativa, o serviço de compra de excedentes só está disponível para membros. E para se tornar num cooperante é necessário despender 60 euros para adquirir três títulos de capital. No caso da oferta da JAFplus, o custo de gestão é de 35%.

Como vender o excedente de produção à rede

O processo de venda do excedente de produção é relativamente simples. O primeiro passo é recorrer a um profissional certificado para instalar uma UPAC com uma potência superior a 350w.

Depois é preciso garantir que tem um contador bidirecional para que possa ser processado a energia produzida pelos painéis e, no processo de venda do excedente de produção, o contador possa fazer o registo bidirecional a cada 15 minutos (período de contagem do excedente que é injetado na rede). A substituição do contador antigo pelo novo contador “inteligente” terá de ser solicitada à e-Redes.

O passo seguinte é registar a UPAC na Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), para obter o registo de mera comunicação prévia ou o certificado de exploração (caso a potência instalada seja superior a 30kw) – algumas empresas instaladoras de UPAC responsabilizam-se por esta burocracia.

Para vender o excedente de produção é também necessário abrir atividade nas Finanças. Pode fazê-lo através do portal das Finanças e escolher o código 35133 do Código de Atividades Económicas (CAE). Caso o montante angariado da venda do excedente de produção seja inferior a 12500 euros anuais, está isento de IVA e existe dispensa de retenção na fonte de IRS. O mesmo sucedo para quem já tem atividade aberta e no ano anterior não faturou mais do que 12500 euros.

Por fim, só tem de celebrar um contrato de compra e venda da energia excedente com um comercializador e enviar toda a documentação. Não necessita de ser o mesmo comercializador a quem compra eletricidade. Pode celebrar o contrato de compra de eletricidade com um operador e um contrato de venda com outro.

Desta forma, além de utilizar os painéis solares para abater a fatura da eletricidade todos os meses, acabará também por ver a conta bancária engordar um pouco mais com a venda do excedente de energia que não consome. É um “dois em um” que aumenta consideravelmente a rentabilidade do investimento dos painéis solares.

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Meloni choca opositores com vídeo de alegada violação

  • Lusa
  • 22 Agosto 2022

A candidata de extrema-direita, à frente nas sondagens para liderar Itália, publicou um vídeo pixelizado mostrando uma mulher a ser violada por um requerente de asilo.

A candidata de extrema-direita que aspira a ser a primeira mulher a liderar Itália foi esta segunda-feira criticada pela oposição por ter publicado um vídeo pixelizado mostrando uma mulher a ser violada por um requerente de asilo. Giorgia Meloni, a dirigente do partido Irmãos de Itália (FdI), de matriz neofascista, republicou no domingo à noite na rede social Twitter um vídeo de um site de notícias italiano filmado por uma testemunha de uma janela com vista para a rua.

Nele se vê e ouve uma mulher, identificada como ucraniana, a gritar desesperadamente. Um requerente de asilo da Guiné-Conacri foi detido por agressão sexual, segundo relatos da comunicação social italiana. “Não se pode ficar em silêncio perante este atroz episódio de violência sexual em plena luz do dia em Piacenza, perpetrado por um requerente de asilo”, escreveu Meloni, que na terça-feira vai iniciar a campanha no âmbito das eleições legislativas italianas antecipadas, agendadas para setembro.

“Um abraço para esta mulher. Farei tudo o que me for possível para restaurar a segurança nas nossas cidades”, acrescentou. O seu principal adversário nas eleições legislativas antecipadas de 25 de setembro, o líder do Partido Democrático (PD, centro-esquerda), Enrico Letta, reagiu numa entrevista a uma rádio afirmando que republicar aquele vídeo foi além dos “limites da dignidade e da decência”.

Uma ex-ministra da Educação italiana, Lucia Azzolina, declarou que publicar o vídeo da alegada violação “não é uma denúncia criminal oficial, mas uma instrumentalização” da violência. “[Ver] uma mulher, candidata a líder do país, usar estes ‘media’ é arrepiante”, sustentou a antiga ministra.

E Carlo Calenda, líder de um pequeno e novo partido centrista chamado Ação, afirmou, por sua vez: “Meloni fez uma coisa que não é digna de um país civilizado e é contra as mulheres”. A referência de Meloni à segurança das cidades italianas é um dos temas da direita nesta campanha eleitoral, que também tem como alvo a imigração.

Ela foi, é claro, apoiada pelo parceiro de coligação Matteo Salvini, líder da Liga, de extrema-direita, e ex-ministro do Interior, que declarou: “Defender as nossas fronteiras e os cidadãos italianos será um dever para mim, não um direito”. Num vídeo de resposta às críticas de Letta, Giorgia Meloni enfatizou que ninguém é identificável naquele vídeo e que o líder do centro-esquerda falhou ao não condenar sequer a agressão.

“Por que é que não fala sobre isto? Porque isso implicaria admitir o facto de que a segurança nas nossas cidades está fora de controlo, também graças às políticas de imigração surreais que o senhor adotou”, disse Meloni. As sondagens mostram que os Irmãos de Itália têm uma vantagem potencial sobre o PD na corrida eleitoral, mas nenhum deles tem apoio suficiente para governar sozinho.

Meloni pode contar com um impulso significativo dos seus parceiros de coligação – a Liga, de Salvini, e o partido de centro-direita Força Itália, de Silvio Berlusconi –, ao passo que Letta está alinhado com partidos muito mais pequenos.

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S&P 500 e Dow perdem 2% e têm pior sessão dos últimos dois meses

Investidores estão a antecipar aquela que pode ser uma semana volátil de negociações, antes dos comentários desta sexta-feira do presidente da Fed.

Os principais índices de Wall Street encerraram a primeira sessão da semana em terreno negativo, com o Dow Jones e o S&P 500 a perderem 2%, naquele que foi o pior dia dos últimos dois meses. Investidores estão preocupados com aumentos mais agressivos das taxas de juro.

O índice de referência financeiro, S&P 500, perdeu 2,07% para 4.140,85 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones, que caiu 1,91% para 33.063,61 pontos. Foi a pior sessão desde o dia 16 de junho para ambos os índices. Essas perdas acontecem após uma semana de derrotas, que interrompeu quatro semanas de subidas para o S&P 500. Ainda assim, o índice permanece 13% acima dos mínimos de junho.

Pelo mesmo caminho seguiu o tecnológico Nasdaq, que desvalorizou 2,55% para 12.381,57 pontos. As ações do setor tecnológico caíram devido a preocupações com aumentos mais agressivos das taxas de juro. A Amazon caiu 3,62% para 133,22 dólares, enquanto as ações da empresa de chips Nvidia desvalorizaram 4,57% para 170,34 dólares. As ações da Netflix afundaram 6,06% para 226,54 dólares.

Os investidores estão a antecipar aquela que pode ser uma semana volátil de negociações, antes dos comentários desta sexta-feira do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, sobre a inflação no simpósio económico anual do banco central em Jackson Hole.

“Quando vemos o mercado a cair assim, é o mercado a dizer-nos que a Fed precisa de ser mais agressiva para desacelerar ainda mais a economia” se quiser mesmo trazer a inflação para baixo, diz Robert Cantwell, gerente de portfólio da Upholdings, citado pela CNBC.

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Lisboa não vai apoiar financeiramente evento do filho de Sérgio Figueiredo em 2022

  • ECO
  • 22 Agosto 2022

Autarquia de Carlos Moedas diz não ter dado qualquer apoio financeiro para a realização do Planetires World Gathering 2022, um evento a realizar pelo filho de Sérgio Figueiredo.

A Câmara de Lisboa (CML) contraria Sérgio Jacob Ribeiro, filho de Sérgio Figueiredo, e afirma não ter concedido qualquer apoio financeiro para a realização da edição deste ano do Planetires World Gathering, avança o Público (acesso pago), citando uma fonte da autarquia.

Sérgio Jacob Ribeiro escreveu este domingo, numa carta aberta publicada no Observador, que a Câmara de Lisboa tinha concedido apoio para a edição deste ano daquele evento, mas em declarações ao Público, uma fonte da autarquia de Carlos Moedas afirma que “não está contratualizada qualquer transferência de verba por parte da CML para o evento em causa no ano de 2022”. Ou seja, o apoio não passa por dinheiro.

Assim, apesar de o filho do ex-diretor de informação da TVI ter recebido 350 mil euros para a edição de 2020, na altura com Fernando Medina à frente da autarquia lisboeta, o mesmo não vai acontecer este ano. Na carta aberta, Sérgio Jacob Ribeiro escreve que o evento de 2020 custou três milhões de euros, angariados entre investimento privado e público, dos quais 12% vieram da Câmara de Lisboa.

(atualizado às 22h03, com correção da notícia do Público)

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Governo deixa cair situação de alerta a partir de 4.ª feira

Situação de alerta no país não será renovada para além de terça-feira. Apesar disso, Governo vai ter no terreno 600 patrulhas diárias a fiscalizar.

O ministro da Administração Interna anunciou esta segunda-feira que a situação de alerta no país devido ao risco de incêndios não será renovada. Assim, a partir desta quarta-feira, regressa o “quadro regular do verão”. Apesar disso, continuará a haver fiscalização, nomeadamente através da colocação de 600 patrulhas diárias no terreno.

A partir de quarta-feira, dia 24 de agosto, prevê-se que “as temperaturas voltem a descer até um máximo de 35.ºC” e que haja um “aumento da humidade”, que constituiu um “fator positivo”. Este, disse José Luís Carneiro, em conferência de imprensa esta segunda-feira, é um “quadro como o país não tinha desde o início desta situação mais difícil dos incêndios”.

“É expectável que, a partir de quarta-feira, se retome o quadro regular do verão, pese embora a seca severa e extrema”, continuou o ministro, afirmando que, “em função deste quadro de melhoria significativa”, o Governo entende que “é preferível aliviar as restrições associadas ao perigo dos incêndios rurais” e, por isso, decidiu “não prolongar a situação de alerta para além das 00h do dia de amanhã”.

Assim, durante esta terça-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) manterá sob aviso laranja 16 distritos e, a partir de quarta-feira, apenas cinco distritos, “muito particularmente no interior, norte e centro” do país. “A partir das 00h de quarta-feira, entraremos numa situação que continua a exigir cuidados especiais, mas não em regime de situação de alerta”, disse o ministro.

Apesar disso, a ANEPC “promoverá o pré-posicionamento dos meios terrestres e aéreos, acompanhando o risco nos diferentes pontos do território nacional”. Além disso, detalhou José Luís Carneiro, haverá “300 patrulhas diárias da GNR e, em coordenação com a GNR, mais 300 patrulhas que integram várias entidades externas, nomeadamente municípios”.

A ANEPC “manterá a avaliação diária para, em função das necessidades e alterações das condições meteorológicas, adaptar as respostas”, acrescentou o governante.

(Notícias atualizada às 20h45 com mais informação)

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