Costa diz que UE tem “trabalho muito sério” a fazer “nos próximos anos” para receber Ucrânia

A Ucrânia e a Moldávia vão ter estatuto de candidatos à União Europeia (UE). Mas o primeiro-ministro português avisa que há trabalho a fazer na UE "nos próximos anos" até à integração.

O Conselho Europeu chegou a um acordo para conceder à Ucrânia e à Moldávia o estatuto de candidato à União Europeia (UE), uma decisão que mereceu vários avisos e reparos por parte do primeiro-ministro português.

Pouco depois do anúncio, numa conferência de imprensa em Bruxelas, transmitida pela RTP3, António Costa disse que é preciso fazer agora “um trabalho muito sério, seguramente ao longo dos próximos anos”, para que a integração seja um “sucesso”.

Costa defendeu que a decisão tomada pelos líderes europeus constitui “uma enorme responsabilidade” e alertou que a UE não deve “criar falsas expectativas” a estes países, como aconteceu “no passado e no presente”. O primeiro-ministro disse ter sido “muitas vezes incompreendido por ter chamado várias vezes a atenção para que a UE tenha sentido de responsabilidade”.

“Não é só verificar se a Ucrânia, a Moldávia e outros eventuais candidatos venham a preencher os requisitos, mas é preciso também que a UE se prepare para preencher os requisitos para os receber”, disse o Chefe do Governo português, sinalizando a necessidade de adaptar a “arquitetura institucional e orçamental” para que o processo decorra como pretendido.

Caso contrário, o passo agora tomado pelo Conselho Europeu arrisca ser “um fator de enfraquecimento da UE e frustração dos próprios países”, considerou Costa. Dito isto, defendeu que a Ucrânia, vítima da invasão da Rússia iniciada em 24 de fevereiro, é “o último país a que a UE pode frustrar nas suas expectativas”.

“Para que não aconteça à Ucrânia e à Moldávia o que acontece hoje com as Balcãs Ocidentais, insisti antes e no Conselho Europeu para a necessidade de termos uma estrutura institucional e orçamental à altura”, insistiu, acrescentando, sem detalhar, que para “não ser um passo maior que a perna, temos de aumentar a perna”.

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Zero diz que Portugal juntou-se a quatro países europeus para rejeitar fim da venda de carros a combustão até 2035

De acordo com a associação ambientalista Zero, Portugal, Itália, Roménia, Bulgária e Eslováquia vão tomar uma posição conjunta que mina a votação favorável do Parlamento Europeu.

Portugal, Itália, Roménia, Bulgária e Eslováquia preparam-se para tomar uma posição conjunta que contraria a votação do Parlamento Europeu, o qual aprovou o fim da venda de carros a combustão a partir de 2035, ao definir um corte de 100% nas emissões de dióxido de carbono em veículos novos até esta ano, alertou a associação ambientalista Zero. O anúncio surge depois das notícias de que a Alemanha irá votar contra a proposta no próximo Conselho de Ministros do Ambiente da União Europeia (UE), que se realiza na próxima terça-feira.

De acordo com a mesma associação, estes cinco países propõem a redução de 100% nas emissões apenas em 2040, e 90% em 2035 no caso dos automóveis ligeiros de passageiros e 80% no caso dos ligeiros de mercadorias. O Governo foi contactado sobre o fundamento desta divulgação, mas não deu resposta de imediato.

A Zero alerta que, se for considerada também a decisão da Alemanha, “a posição em bloco destes países pode mesmo determinar o gorar da ambição de proibir a venda de carros a combustão a partir de 2035, o que é uma machadada no Pacto Ecológico Europeu”.

Deste modo, a associação ambientalista defende que “Portugal posiciona-se assim na cauda da descarbonização do setor do transporte rodoviário“, sendo este responsável, desde 2019, por 28% das emissões de gases poluentes no país, de acordo com os dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A posição do governo português está em linha com a da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), que disse ao ECO/Capital Verde ser contra uma proibição total da venda destes automóveis, defendendo que a discussão deve ser retomada só em 2028. Nessa altura, deve ser feito, também, um ponto de situação “sobre o estado da rede de carregamento assim como das diversas soluções tecnológicas”, acrescentou a mesma fonte.

A proposta da Comissão Europeia para o setor automóvel fixa o objetivo de eliminar a 100% as emissões de automóveis de passageiros ou veículos comerciais ligeiros com motor de combustão interna, ou seja, movidos a combustíveis fósseis. Na prática, tal implica que, a partir de 2035, deixe de ser possível colocar no mercado na União Europeia (UE) este tipo de carros. A medida é uma das várias que consta no pacote Fit for 55′, a estratégia europeia que visa alcançar a redução em 55% das emissões de gases poluentes até 2030.

Apesar da aprovação que foi dada pelo Parlamento Europeu, a lei ainda não é definitiva. A votação confirmou a posição do Parlamento para as próximas etapas nas negociações, que decorrem entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.

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Conselho Europeu atribui à Ucrânia e Moldávia estatuto de candidato à UE

  • ECO
  • 23 Junho 2022

Líderes europeus chegaram a um acordo para conceder estatuto de candidato à União Europeia (UE) à Ucrânia e Moldávia, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Os líderes dos 27 da União Europeia (UE) chegaram a um acordo esta quinta-feira sobre o processo de candidatura da Ucrânia ao bloco europeu, no arranque de uma cimeira em Bruxelas dominada pelo alargamento, com a guerra como pano de fundo.

Num Conselho Europeu de dois dias antecedido de uma reunião de líderes da UE e dos países dos Balcãs Ocidentais – há anos na “fila de espera” para aderir ao bloco comunitário -, os chefes de Estado e de Governo dos 27 concordaram dar à Ucrânia e à Moldávia o estatuto de candidato à UE.

Na última sexta-feira, o executivo comunitário recomendou a atribuição do estatuto de países candidatos à Ucrânia e Moldova, enquanto para a Geórgia propôs que lhe seja dada apenas “perspetiva europeia”, por considerar que são necessários mais passos para o estatuto de país candidato.

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Ana André é a nova diretora de marketing data-driven da Leroy Merlin

Na nova estrutura de marketing data-driven a profissional assume responsabilidade nas áreas de marketing corporativo e conteúdos, ativação e growth e ainda CRM, fidelização e analytics.

Ana André é a nova diretora de marketing data-driven da Leroy Merlin Portugal. A profissional era, desde o início de 2021, responsável de e-commerce do retalhista e assume agora uma nova função na área de marketing, mais orientada para os dados, refletindo o novo posicionamento da Leroy Merlin.

“É com grande entusiasmo que encaro a missão de liderar uma equipa multidisciplinar que tem como foco a centralização dos dados de cliente para personalizar a comunicação das valências da marca de forma mais relevante e alinhada com as preferências de cada cliente. O mercado está a mudar muito rapidamente e o cliente é mais exigente quanto ao reconhecimento das suas necessidades por parte das marcas. Sermos relevantes e inspiradores em todas as comunicações que fazemos é essencial e só conseguiremos sê-lo se analisarmos e cruzarmos eficazmente os dados como base que sustenta a nossa estratégia de marketing”, afirma Ana André, diretora de marketing data-driven da Leroy Merlin, citada em comunicado.

Ana André, Leroy Merlin

Na nova estrutura de marketing data-driven a profissional assume responsabilidade nas áreas de marketing corporativo e conteúdos, ativação e growth e ainda CRM, fidelização e analytics.

“Esta perspetiva integrada entre as diferentes disciplinas irá permitir-nos consolidar uma abordagem de marketing centrada no conhecimento 360.º do Cliente, de forma a ativar a marca nos seus vários eixos, bem como adquirir e fidelizar Clientes, acompanhando-os de forma personalizada e relevante pelo funil de conversão”, acrescenta Ana André.

Licenciada em Comunicação Empresarial, e com um mestrado em Marketing Relacional e Digital, Ana André tem mais de 14 anos de experiência em gestão de marketing, com foco no digital. Samsung, El Corte Inglés e agências especializadas em marketing digital fazem parte do seu percurso profissional.

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Emirados Árabes Unidos dominam ranking de Marcas de Seguros do Médio Oriente

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2022

Entre as 10 marcas de seguros mais valorizadas no Médio Oriente, quatro são companhias sediadas nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Bupa Arabia , da Arábia Saudita, encabeça a lista de marcas.

Dez marcas de seguros perfilam entre as 150 empresas consideradas melhores, por valor das respetivas Marcas, na região do Médio Oriente, revela ranking “Brand Finance Middle East 150,” publicação atualizada em 2022 pela consultora britânica.

Bupa Arabia (Arábia Saudita), encabeça a lista de marcas de seguros, valorizada em 664 milhões de dólares (+7% em 2022). Qatar Insurance Company, com 509 milhões (USD) em valor (-5%), e a Tawuniya (Arábia Saudita), marca avaliada em 496 milhões de dólares (+16% em 2022), completam o Top 3.

A seguir à Qatar Re, 4ª do ranking de marcas e com valor atribuído de 193 milhões (-8%), surge a ADNIC (Emirados Árabes Unidos), valorizada em 113 milhões USD, a destacar-se com maior variação relativa (+49% em 2022). Reforçando o peso dos EAU, a Orient Insurance é 6ª no ranking, seguida da Oman Insurance (7ª mais valiosa) também dos Emirados. A fechar a lista, a Brand Finance inclui a Emirates Insurance (EAU) no 10º lugar.

O Top 10 das marcas de seguros do Médio Oriente representa, em conjunto, 2,37 mil milhões de dólares em valor agregado.

 

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Tesla entre as 20 maiores seguradoras dos EUA em 2025

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2022

A seguradora associada à construtora de veículos automóveis de Elon Musk poderá figurar entre as 20 maiores seguradoras norte-americanas até 2025.

A Tesla não modera as suas ambições no negócio dos seguros do ramo automóvel, cuja entrada anunciou em 2019 e que já disponibiliza aos compradores dos seus carros elétricos.

A empresa lançou a sua oferta de seguro em tempo real aos clientes de sete estados norte-americanos. Virgínia, Colorado e Oregon são os últimos estados onde a marca abriu o seu negócio segurador, passando a assumir todos os riscos da subscrição de apólices de seguro automóvel. Ora, perfila-se agora no horizonte um lugar entre as 20 maiores seguradoras do segmento automóvel. A Intelligent Insurer admite, citando uma grande corretora, que até 2025 a construtora de Elon Musk poderá figurar entre as 20 maiores seguradoras do segmento automóvel dos Estados Unidos.

Depois do mercado norte-americano o seguro automóvel da Tesla irá estender-se a outros mercados, admitindo-se que poderá ser comercializado fora dos Estados Unidos a partir de 2023.

O ramo automóvel é o que tem maior peso sobre a faturação das seguradoras norte-americanas, representando mais de 70% das vendas no negócio segurador, seguindo-se o negócio residencial e o ramo Vida. No seguro automóvel de privados a primeira seguradora norte-americana era, em 2021, a State Farm Mutual Automobile Insurance, com uma quota de mercado de 16% e prémios diretos superiores a 41,6 mil milhões de dólares. A Progressive Corp liderava destacada no segmento dos seguros automóveis comerciais, com 16,2% de quota de mercado e vendas de prémios diretos de mais de 8,6 mil milhões de dólares.

Os veículos elétricos implicam valores mais elevados de indemnização em caso de sinistro. Este facto tende a pressionar os preços das apólices do ramo automóvel. No caso da Tesla há mesmo um fator suplementar, pois um estudo do Highway Loss Data Institute aponta para que os automóveis da marca Model S e Model X apresentem uma maior frequência de sinistros e envolvem custos de sinistro mais elevados para as seguradoras, o que levou estas a subir os prémios para os condutores e proprietários de um veículo Tesla. Este facto terá dececionado Musk, que nele percecionou, entretanto, uma oportunidade de negócio. Vender um seguro com um Tesla é algo mais que viável: “já agora, não leva o nosso seguro?” – perguntará o vendedor ao cliente.

O negócio é para Elon Musk tão apetecível que em 2020 declarou que o seguro automóvel poderia representar entre 30% a 40% do volume de negócios da construtora automóvel. E também já declarou que a Tesla pretende “ir às compras” no mercado da indústria seguradora para fazer aquisições estratégicas.

O seu software de seguros próprio ajusta os valores dos prémios cobrados em função dos dados de segurança recolhidos do modo como os condutores de um Tesla se comportam. Assim, os prémios pagos pelos clientes dependem da pontuação que obtêm ao volante, de acordo com os padrões de condução definidos pela construtora. Apenas no Estado da Califórnia a legislação não permite que a pontuação seja utilizada para fixar o valor dos prémios.

A construtora de veículos obteve, no primeiro trimestre de 2022, receitas de 18,76 mil milhões de dólares (+81% comparativamente a igual período de 2021), com lucro líquido a acelerar mais de 650% (em base GAAP – norma contabilística geralmente aceite), para cerca de 3,32 mil milhões de dólares e mais do que a triplicar os ganhos por ação (eps), para 3,22 dólares/título (em base non-GAAP).

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Economistas apontam para excedente orçamental no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 23 Junho 2022

Economistas antecipam que o 1.º trimestre do ano poderá ficar marcado por um ligeiro excedente orçamental, refletindo uma melhoria da atividade económica e uma diminuição da despesa com a pandemia.

O primeiro trimestre do ano poderá ficar marcado por um ligeiro excedente orçamental, refletindo uma melhoria da atividade económica e uma diminuição da despesa com a pandemia, segundo os economistas ouvidos pela Lusa.

O Instituto Nacional de Estatística divulga esta sexta-feira o saldo orçamental do primeiro trimestre deste ano, após um défice de 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 e com o Governo a prever um défice de 1,9% para a totalidade do ano.

“É esperado um pequeno excedente orçamental nos primeiros três meses do ano”, refere Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, considerando que “a melhoria das contas públicas foi ditada, em boa parte, pela evolução mais favorável da pandemia”.

Também Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, estima “um saldo positivo, entre 0% e 0,5% do PIB” no primeiro trimestre do ano.

O economista justifica que em termos de contabilidade de pública foi registado “um excedente de 672 milhões de euros (0,3% do PIB), beneficiando de uma subida (homóloga) de 18,4% da receita fiscal e de uma queda de 1,0% na despesa corrente”.

“Habitualmente, há uma sazonalidade significativa nas contas públicas, mas a pandemia e a guerra vieram trazer grandes perturbações a este padrão, o que dificulta as previsões infra-anuais. Daí o intervalo de previsão”, dá nota.

Já Paulo Rosa destaca que “a evolução das contas públicas no primeiro trimestre de 2022 deverá refletir um resiliente mercado de trabalho e uma melhoria da atividade económica, corroborada pelo robusto crescimento do PIB de 2,6% nos primeiros três meses do ano, cenário que terá permitido um acréscimo de receita”.

Para o economista do Banco Carregosa, a diminuição dos encargos associados à pandemia também deve contribuir para uma melhoria da despesa pública.

“O substancial abrandamento das restrições ditadas pela pandemia da Covid-19 e a diminuição dos encargos com a mesma no primeiro trimestre do ano, explicam a evolução das contas públicas nos primeiros três meses do ano”, assinala, destacando que a diminuição das restrições impulsionaram o consumo interno e o turismo e, por essa razão, uma melhoria das receitas fiscais.

Por seu lado, Pedro Brinca, professor da Nova SBE, que não aponta estimativas, acredita que o défice deverá “ficar abaixo do esperado no início do ano, quer pela inflação em geral – que aumenta as receitas nominais quando os salários da função publica não foram atualizados na mesma razão – quer pelo aumento dos preços dos combustíveis, que fez disparar as receitas do ISP por exemplo, que entre abril e maio cresceram mais de 22%”.

“O facto de termos um crescimento acima do esperado no primeiro trimestre também será um fator bastante positivo uma vez que a receita fiscal tem uma relação muito forte com o nível de atividade económica”, acrescenta.

Para o economista, para a totalidade do ano os 1,9% de défice previstos até poderão ser demasiado pessimistas e não descarta inclusive, apesar de existir muita incerteza associada, “repetir o feito de 2019”: “ter um orçamento superavitário”.

Pedro Braz Teixeira acredita também ser provável que o PIB nominal cresça mais do que o previsto, refletindo sobretudo uma inflação acima do previsto pelo Governo (3,7%), mas também devido ao valor superior ao esperado do PIB do primeiro trimestre.

“Assim, a meta de défice de 1,9% do PIB para o conjunto do ano deverá ser atingida sem grande esforço. Dada a forte subida das taxas de juro, seria aconselhável reduzir mais aceleradamente o défice, para ajudar à queda da dívida pública”, vinca.

De acordo com os dados mais atualizados do INE, no primeiro trimestre do ano passado, o saldo das Administrações Públicas registou um défice de 6% do PIB, enquanto no quarto trimestre fixou-se em -1.806,0 milhões de euros, correspondendo a -3,2% do PIB.

Na totalidade do ano de 2021, o défice das Administrações Públicas, em contabilidade nacional, caiu para 2,8% do PIB, abaixo da meta oficial do Governo, depois de ter disparado para 5,8% em 2020. Para este ano, o Governo prevê um défice orçamental de 1,9%.

Com as contas nacionais por setores institucionais, o INE divulga ainda a taxa de poupança das famílias, que caiu para 10,9% do rendimento disponível no quarto trimestre de 2021.

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Verão 2022: Reveladas as tendências no turismo e nos seguros

  • ECO Seguros
  • 23 Junho 2022

Os turistas mudaram e os seguros afinaram os suas proteções para responder ao primeiro verão pós-covid. A webtalk Ir de férias em segurança: novas tendências e riscos do futuro, revelou as novidades.

O pós-covid trouxe mudanças aos viajantes e turistas que procuram férias este ano. Há entusiasmo redobrado e novas preocupações com a saúde e algumas tendências passadas renasceram mais sedimentadas. Estas são algumas das muitas conclusões que resultaram da webtalk Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro promovida, em conjunto pela Europ Assistance e por ECOseguros, contando com especialistas para, na área de assistência aos viajantes, dos seguros e do turismo e hotelaria, identificarem e caracterizarem tendências do mercado do turismo e viagens e o papel dos seguros numa nova realidade.

Identificando tendências: João Horta e Costa, Rui Guerreiro, Gonçalo Rebelo de Almeida e Francisco Botelho.

Foram muitas as novas ideias que juntaram no mesmo debate João Horta e Costa, diretor Comercial da Europ Assistance Portugal, Gonçalo Rebelo de Almeida, Administrador do Grupo Vila Galé e Rui Guerreiro, Head of Affinity, SME & Digital da Aon.

Maria João Matos, apresentou e interpretou o estudo realizado pela IPSOS e pelo Grupo Europ Assistance.

Para começar Maria João Matos, diretora de desenvolvimento de negócio da Europ Assistance Portugal, expôs dos resultados da 21ª edição do Holiday Barometer, um estudo internacional realizado pela IPSOS e pelo Grupo Europ Assistance, salientando as principais preocupações das pessoas no verão 2022, os novos orçamentos pessoais, os destinos e motivos que levam à escolha entre muitas outras revelações, como as coberturas de seguros que são hoje mais procuradas.

Assista aqui ao debate:

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Greve na Ryanair entre sexta-feira e domingo não tem serviços mínimos

  • Lusa
  • 23 Junho 2022

SNPVAC diz que greve de 24 a 26 de junho não teve serviços mínimos fixados pelo Governo, mas assegura que necessidades impreteríveis, que apenas se confina aos Açores e Madeira, estão asseguradas.

A greve dos tripulantes da Ryanair, marcada para sexta-feira, sábado e domingo, não teve serviços mínimos fixados pelo Governo, mas o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) assegura que as “necessidades impreteríveis” estarão asseguradas.

A estrutura sindical, que convocou a paralisação, adiantou, num comunicado interno enviado aos associados, a que a Lusa teve acesso, que “não foi proferido qualquer despacho ministerial a fixar a realização de serviços mínimos, sendo certo que por força do disposto nos artigos 534.º, n.º 3 e 537.º do Código do Trabalho, é entendimento do SNPVAC, em harmonia aliás, com o que vem acontecendo sempre que há uma greve decretada no setor dos transportes aéreos, que o conceito de necessidades impreteríveis apenas se confina às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, por razões de coesão nacional e isolamento das populações para quem é essencial este meio de transporte”.

Por isso, indicou, “o conceito de necessidades impreteríveis não é extensível a voos para o estrangeiro, resultando ainda assegurados os voos de ligação entre o continente e as ilhas regionais através de outras operadoras (TAP, Azores Airlines, SATA Air Açores e easyJet), existindo, portanto, meios alternativos de transporte aéreo”.

O SNPVAC recordou que a paralisação “a realizar nos dias 24, 25 e 26 de junho de 2022, foi decretada para todos os voos da Ryanair, cujas horas de apresentação ocorram em território nacional entre as 00:00 e as 23:59 desses dias (hora local da base), bem como para os demais serviços como sejam assistência ou qualquer tarefa no solo, ou seja, qualquer tarefa ordenada pela empresa, nomeadamente instrução ou outro serviço em que o tripulante preste atividade; situações de deslocação como ‘dead head crew’ ou através de meios de superfície; refrescamentos ou quaisquer outras ações de formação no solo; deslocações às instalações da empresa, desde que expressamente ordenadas por esta, com o objetivo do desempenho de atividade integrada na esfera das obrigações laborais”.

O sindicato lembrou ainda os associados de que “o direito à greve é um direito fundamental dos trabalhadores” e que a adesão “não carece de autorização nem de comunicação prévia da Ryanair”.

O SNPVAC anunciou, em 14 de junho, que tinha emitido um pré-aviso de greve ao trabalho na Ryanair nos dias 24, 25 e 26 de junho, de acordo com uma nota interna enviada aos associados.

“A Ryanair, após não conseguir chegar a acordo com o SNPVAC exclusivamente por exigirmos que o Acordo de Empresa (AE) negociado deveria cumprir com as regras estabelecidas na legislação portuguesa, conseguiu negociar e aprovar um AE que integra cláusulas ilegais com outro sindicato”, indicou o SNPVAC, garantindo que a estrutura em causa, o STTAMP – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal, “à época não tinha associados da Ryanair, nem de qualquer outra companhia de aviação”.

“Reiteramos que a Ryanair escolheu um sindicato que não possuía nenhum tripulante de cabine filiado para assinar um acordo e forçou os seus trabalhadores a filiarem-se ao mesmo, sob pena de piorarem ainda mais as suas condições”, garantiu o SNPVAC, referindo que “os direitos laborais básicos não podem ser esquecidos, muito menos no desejo de aumentar a quotização”.

“Também sabemos que tal é prática corrente noutros países: acordos celebrados entre sindicatos que desconhecem por completo o que é ser tripulante de cabine e as respetivas condições de trabalho numa aeronave”, garantiu, destacando que a “Ryanair tem um longo historial de ilegalidades e falhas no cumprimento da lei”.

“O SNPVAC, associação de direito público, que tem como pressupostos a defesa dos seus Associados e o cumprimento da lei portuguesa, repudia veementemente não apenas as práticas abusivas e discriminatórias da Ryanair, mas também a sua normalização por sindicatos que apenas procuram crescimento e retorno financeiro, em vez da prossecução dos direitos legalmente consagrados dos trabalhadores”, criticou o SNPVAC.

A estrutura disse depois que “todos os trabalhadores em Portugal têm o direito legalmente consagrado a receber subsídio de férias e de Natal e que esse direito é inalienável”, e que a “Ryanair continua a discriminar os trabalhadores associados no SNPVAC, nomeadamente em matérias de horário de trabalho e promoções internas”.

Além disso, indicou, as condições de trabalho têm-se deteriorado “por culpa exclusiva do comportamento persecutório da empresa”, acusando a companhia aérea ‘low cost’ de continuar “a tratar os trabalhadores sem o mínimo de dignidade e probidade inerente à posição de empregadora”.

“A Ryanair perpetrou despedimentos contra todos os representantes sindicais associados do SNPVAC”, disse ainda, assegurando que ao longo dos últimos dois anos, a direção do SNPVAC sempre se pautou por uma postura responsável e séria, procurando o diálogo junto da empresa”.

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SILVRR apresenta planos para a Europa na VivaTech

  • Servimedia
  • 23 Junho 2022

A fintech SILVRR, do grupo Akulaku, apresentou a sua proposta de valor de crédito ao consumo e os seus planos para a Europa na VivaTech 2022, uma conferência anual sobre inovação e startups.

A Viva Technology 2022, a conferência anual sobre inovação e startups, contou com a participação da SILVRR, uma nova fintech europeia recentemente chegada a Espanha e Alemanha, que apresentou uma proposta de serviços financeiros ao consumidor baseada inicialmente na filosofia Buy Now Pay Later (BNPL), noticia a Servimedia.

A empresa posicionou-se como líder em serviços bancários virtuais no Sudeste Asiático, com mais de 4,8 milhões de utilizadores ativos por mês em 2021 e um total de mais de 26 milhões de clientes, e destacou a robustez e agilidade do seu sistema antifraude, pioneiro no mercado.

No mesmo evento, a fintech aproveitou, ainda, para apresentar as principais lições aprendidas com a pandemia na Ásia, tais como a importância da gestão do risco, e detalhou os seus ambiciosos planos de expansão na Europa, entre os quais destacou a prioridade que pretende dar a Espanha devido à sua população total e às perspetivas positivas para a evolução do comércio eletrónico.

Esta proposta de valor da empresa, baseada no BNPL, aconteceu dentro do espaço HUAWEI LAB. A empresa também participou na conferência HUAWEI Spark, onde partilhou espaço com outras empresas emergentes, com foco na ciber-segurança, na ‘Internet das Coisas’ e no marketing, entre outras.

O nosso objetivo é ir além das soluções BNPL, para nos tornarmos um ator-chave no neobanking na Europa, operando, nos próximos meses, com uma licença bancária europeia completa”, concluiu Ignacio Olivera, diretor comercial da SILVRR em Espanha.

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Viticultores do Norte “preocupados” com a sobrevivência da vinha no verão

  • Lusa
  • 23 Junho 2022

Os viticultores do Norte estão "preocupados" com a sobrevivência da vinha no verão por causa da escassez de água nos solos. E receiam que a situação agrave ainda mais, comprometendo a produção.

O presidente da ProDouro – Associação dos Viticultores Profissionais do Douro, Rui Soares, afirmou que, perante a escassez de água nos solos, os viticultores da região Norte estão “preocupados” com os próximos meses de verão, tanto com a sobrevivência da vinha como com a produção.

“O sentimento é de preocupação por parte dos viticultores. Estamos numa fase adiantada do ciclo, mas o verão ainda agora começou, ainda temos muito tempo pela frente até à vindima”, disse o presidente da ProDouro.

Apesar do atual estado das produções ser “satisfatório”, com as vinhas a desenvolverem “boa folhagem” e a “agradarem à vista”, os viticultores receiam o que “ainda está por vir”, nomeadamente os meses de julho e agosto, que têm sido “mais quentes do que o habitual noutros anos agrícolas”.

Os nossos verões têm sido bastante quentes e a nossa reserva de água no solo é muito baixa“, observou o presidente da ProDouro, detalhando que são duas as preocupações dos produtores: a sobrevivência da vinha, sobretudo a mais jovem, e a qualidade da própria produção.

“Havendo tão pouca reserva de água, tememos que o verão seja difícil em duas perspetivas: por um lado, para a sobrevivência das plantas e, por outro, para a produção, uma vez que a água é um mecanismo fundamental para que a planta não entre em stress“, disse. Notou ainda que se a água no solo for insuficiente e se as temperaturas forem elevadas, a planta “acaba por não fazer bem o ciclo produtivo”. O que, sublinhou, “compromete a produção“.

Dizendo que ao nível da precipitação o outono/inverno “nada trouxe”, Rui Soares afirmou que o efeito da seca pode ter consequências “não só neste ano agrícola, como nos anos vindouros”.

Os distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto atingiram níveis de seca severa, e Vila Real e Bragança de seca extrema, revelou, recentemente, Vanda Pires, do Departamento de Clima e Alterações Climáticas ​​​​​​​do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), destacando que “as notícias não são animadoras” para a região.

O presidente da ProDouro defendeu que o Governo “pode fazer mais” em matéria de mitigação dos efeitos da seca, e que tal passa, inicialmente, por “sensibilizar” e “incentivar” os viticultores a pouparem e economizarem água.

“Nas explorações agrícolas, por vezes, esse bem não é devidamente tratado, ou seja, existem algumas situações em que as pessoas negligenciam a poupança de água”, afirmou, notando que seria também importante “incentivar”, através de financiamento, os produtores a criarem mecanismos de armazenamento de água.

“Existem muitas ribeiras onde a água corre, mas corre em direção ao rio Douro e, por sua vez, em direção ao mar. Se só temos água habitualmente no período de outono/inverno, então não a podemos desperdiçar e mandar com ligeireza para o rio Douro”, disse, assegurando que o armazenamento de água poderia ser feito através de barragens agrícolas ou charcas (pequenas construções).

Também o diretor da Associação dos Agricultores e Pastores do Norte (APT), João Morais, já afirmou que os associados estão a viver uma “situação gritante” devido à falta de água na região, cujos distritos atingiram níveis de seca severa e extrema.

 

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Altri vendeu todos os direitos para ir ao aumento de capital da Greenvolt. Procura 1,43 vezes superior à oferta

Altri e Caima conseguiram vender todos os direitos de subscrição do aumento de capital da Greenvolt que tinham disponibilizado aos acionistas. Procura excedeu em 1,43 vezes a oferta.

A Altri e a Caima conseguiram vender os mais de 23 milhões de direitos de subscrição de ações da Greenvolt, no âmbito do aumento de capital desta última, que tinham disponibilizado aos acionistas, anunciaram as empresas num comunicado enviado à CMVM. O preço médio ponderado foi de 19,2 cêntimos e a procura excedeu a oferta em 1,43 vezes.

“A Oferta Pública de Venda de 23.154.783 direitos de subscrição de ações da Greenvolt, lançada pela Altri e pela Caima e cujo período de aceitação decorreu nos dias 21 e 22 de junho, foi integralmente aceite pelos respetivos destinatários (acionistas da Altri)”, indica a nota conjunta enviada ao mercado.

A Altri informou em 10 de junho que não ia ao aumento de capital da Greenvolt, anunciado no dia anterior, mas que os seus acionistas teriam oportunidade de participar diretamente naquela operação na sequência da oferta de venda de direitos de subscrição de ações da empresa de energias renováveis.

Em causa está um aumento do capital da Greenvolt em 99.994.277,12 euros, abrangendo 17.792.576 novas ações, representativas de 12,785% do capital social. O preço das novas ações é de 5,62 euros e o período de subscrição decorre de 20 de junho a 4 de julho.

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