Goldman Sachs antecipa ano extraordinário para as obrigações

O banco de investimento norte-americano revela que 2023 será o melhor ano da última década para os títulos de dívida, tanto de empresas como de países.

As obrigações estão a ser duramente penalizadas pela subida das taxa de juro dos bancos centrais. O índice Bloomberg Global Aggregate Bond, que agrega obrigações de Estados e empresas de todo o mundo, acumula perdas de 15% no último ano.

No entanto, o próximo ano promete ser diferente, segundo vaticina o Goldman Sachs, um dos mais importantes e influentes bancos do mundo.

Gurpreet Gill, gestor de obrigações da Goldman Sachs Asset Management acredita mesmo que 2023 está a tornar-se no mais promissor para os títulos de dívida em mais de uma década.

No decorrer da sua participação na Edelman Smithfield Investor Summit, que está a decorrer esta terça-feira em Londres, Gill referiu também as obrigações estão agora mais apelativas do que há um ano, e isso inclui também os títulos de dívida de países emergentes e as obrigações de empresas.

“Pensamos que faz sentido estar exposto a obrigações de curta duração e de alta qualidade, em títulos com garantia hipotecária (MBS) de entidades norte-americanas”, destacou a analista do Goldman Sachs.

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Mecanismo ibérico “já permitiu poupar 360 milhões de euros”, diz Costa

"É essencial que Portugal e Espanha procedam desde já às negociações necessárias para a extensão da solução ibérica", defende o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro adianta que o mecanismo ibérico já permitiu poupar 360 milhões de euros “relativamente à despesa que teria existido” sem essa solução, desde 15 de junho até 30 de novembro. António Costa defende assim a necessidade de estender esta solução para além de maio do próximo ano.

“É essencial que Portugal e Espanha procedam desde já às negociações necessárias para a extensão da solução ibérica para depois de maio do próximo ano, que e o que tem permitido mitigar o impacto da subida do preço do gás no preço da eletricidade”, disse o primeiro-ministro no Parlamento no debate preparatório do Conselho da Europa.

Esta necessidade surge numa altura em que se está a avançar com a intenção, a nível europeu, de uma “revisão do mecanismo de fixação no preço de mercado, pondo termo ao regime de fixação marginalista”, explicou Costa. “Hoje, as tecnologias das energias renováveis já estão maduras para que não tenham que ter o apoio desta fixação”, acrescenta.

“É com satisfação que vemos a Comissão Europeia a assumir compromisso de no primeiro trimestre do próximo ano apresentar uma proposta nesse sentido”, indicou, sendo que enquanto a proposta surge e é debatida, Portugal e Espanha devem já avançar com as negociações.

Já em outubro a Comissão Europeia apresentou aos ministros da Energia da União Europeia uma análise sobre uma eventual extensão do mecanismo ibérico ao bloco comunitário, defendendo que não haja mais consumo de gás e avaliando quais os custos. Bruxelas estimava que esta extensão permitiria uma poupança de 13 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 15h55)

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Trabalhadores da Accenture em greve na 4.ª feira por aumentos salariais e redução de horários

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

Os trabalhadores exigem "o aumento dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, a redução dos horários e ritmos de trabalho, o fim das discriminações e a melhoria das condições de trabalho".

Os trabalhadores da Accenture cumprem na quarta-feira uma greve, com concentração frente às instalações da multinacional de serviços e consultoria de tecnologia, em Algés, exigindo aumentos de 90 euros e a redução dos horários, foi anunciado esta terça-feira.

De acordo com um comunicado divulgado pela CGTP-IN, os trabalhadores exigem “o aumento dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, a redução dos horários e ritmos de trabalho, o fim das discriminações e a melhoria das condições de trabalho”.

Os grevistas irão concentrar-se, pelas 15:30, frente às instalações da Accenture, em Algés, numa iniciativa que contará com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

Segundo a central sindical, esta iniciativa realiza-se no âmbito da Semana de Luta que a CGTP-IN marcou de 10 a 17 de dezembro, com greves, paralisações e outras ações nas empresas, serviços e setores e, também, ações de rua nos distritos, sob o lema ‘Aumentar os salários e as pensões | Garantir os direitos – Não ao aumento do custo de vida! – Por alterações à Legislação Laboral que garantam os direitos!’.

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Universidade de Coimbra recebe cinco milhões para reforçar investigação científica em neurociência cognitiva e ciências biomédicas

O financiamento servirá para potenciar e otimizar a investigação na Universidade de Coimbra nos domínios da neurociência cognitiva e das ciências biomédicas.

Dois investigadores da Universidade de Coimbra (UC), Jorge Almeida, docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) e diretor do Proaction Lab, e Paulo Oliveira, investigador e vice-presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC), conquistaram cinco milhões de euros (cerca de 2,5 milhões para cada projeto financiado) para potenciar e otimizar a investigação na Universidade de Coimbra nos domínios da neurociência cognitiva e das ciências biomédicas.

“Desde a última década do século passado, esta é uma das áreas mais centrais nos melhores departamentos e Faculdades de Psicologia da Europa e do mundo. Especificamente, pelo menos 40% das pessoas nestes departamentos dedicam-se à investigação e docência na área da neurociência cognitiva. A percentagem de docentes e comunidade de investigação afetos a esta área disciplinar nas Faculdades de Psicologia em Portugal situa-se, em média, nos 12%, isto num contexto com mais de 80% de docentes afetos a áreas aplicadas da psicologia, nomeadamente à área da saúde mental, o que não se passa nos departamentos ou Faculdades de Psicologia que são referência mundial”, comenta Jorge Almeida.

Neste contexto, a ERA Chair “CogBooster” pretende vir a “ter um efeito transformativo no reforço da investigação científica em neurociência cognitiva em Portugal, tanto ao nível académico, como ao nível societal, tornando-a mais próxima dos exemplos dos melhores departamentos de psicologia europeus e mundiais”, acrescenta o professor, em comunicado.

O financiamento vai permitir, ao longo de cinco anos, potenciar estas áreas de investigação na UC. Os projetos são financiados no âmbito das ERA Chair Actions, mecanismo de financiamento da Comissão Europeia que apoia universidades e centros de investigação para que possam atrair e manter recursos humanos qualificados e, em simultâneo, potenciar a investigação de excelência nos seus domínios de atuação.

“Pretende-se ainda que esta área venha a ter impacto na investigação desenvolvida por outros grupos do Laboratório Associado CIBB – Center for Innovative Biomedicine and Biotechnology, que integra o CNC-UC e o iCBR, Coimbra Institute for Clinical Biomedical Research – reforçando a maior reprodutibilidade e um menor viés na implementação de protocolos experimentais. Ao mesmo tempo, será estimulada a partilha de dados de investigação em modo aberto, para que assim a investigação tenha maior alcance e impacto na sociedade”, acrescenta o investigador Paulo Oliveira.

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Conselho de Estado analisou alargamento e “inevitável conexão” com reformas na UE

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

O Conselho de Estado "começou a analisar o processo de alargamento e a sua inevitável conexão com o processo de reformas financeira e económica na União Europeia", indica Belém.

O Conselho de Estado, reunido esta terça-feira em Cascais, começou a analisar o processo de alargamento da União Europeia, que considera ter uma “inevitável conexão” com reformas de âmbito financeiro e económico.

Esta informação consta de uma nota divulgada pela Presidência da República cerca de meia hora após o fim da reunião. “O Conselho de Estado, reunido sob a presidência de sua excelência o Presidente da República, hoje, dia 13 de dezembro de 2022, no Palácio da Cidadela de Cascais, começou a analisar o processo de alargamento e a sua inevitável conexão com o processo de reformas financeira e económica na União Europeia“, lê-se na nota.

A reunião do Conselho de Estado teve início cerca das 10:50 e terminou pelas 13:55, com quatro ausências, do presidente do Tribunal Constitucional, João Caupers, da provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e da conselheira Leonor Beleza, segundo fonte da Presidência da República.

O único ponto na ordem de trabalhos era “União Europeia: processo de alargamento e processo de reformas financeira e económica”.

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Da falta de água ao excesso: 18 barragens estavam acima dos 90% antes das últimas chuvas

Bacia do Douro é a que tem mais albufeiras perto dos 100%, mas há também casos nas bacias do Vouga, Mondego e Tejo.

Depois de um ano quase todo marcado pelo nível muito baixo da águas nas albufeiras, as chuvas deste outono voltaram a encher as reservas, algumas até ao limite. Segundo o último boletim semanal da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que não inclui as chuvas desta terça-feira, quase um quarto das barragens está já acima dos 90% de capacidade.

O mais recente boletim de informação da APA, com dados até segunda-feira, indicam que as albufeiras estão a 65% da capacidade a nível nacional, com o volume de água armazenado a aumentar 3,5% face à semana anterior. Em algumas bacias, há barragens já muito perto do limite, mesmo antes das chuvas intensas da madrugada e dia de terça-feira.

Disponibilidades hídricas a 12 de dezembro
Disponibilidades hídricas a 12 de dezembro, segundo dados da APA.

Em 18 albufeiras, 23% do total, a capacidade excedia já os 90%, a maior parte na bacia do Douro. As reservas de Carrapatelo (97%), Régua (97%), Pocinho (98%) e Serra Serrada (102%), apresentavam os níveis mais elevados. Na bacia do Vouga e Mondego, a barragem da Lagoa Comprida estava já a 96%. A situação repete-se na bacia do Tejo, com Bouçã a 97% e Capinha a 100%. Castelo de Bode, a maior albufeira que abastece Lisboa, estava a 78%.

Percentagem de enchimento estava acima dos 90% em 12 albufeiras do Cávado/Riberias Costeiras, Ave e Douro.

No último briefing da Proteção Civil, pelas 12h40 desta terça-feira, foi informado que o plano especial de cheias na bacia do Douro foi elevado para amarelo. O mesmo foi decidido esta terça-feira pela Comissão Nacional de Proteção Civil de Santarém relativamente ao Rio Tejo. Mantém-se ainda os níveis de alerta para as bacias hidrográficas do Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Mondego e Liz.

Das 79 albufeiras, 68,4% estão com uma capacidade acima dos 50%, mas a situação não é homogénea em todo o país. A sul o nível das barragens é bastante inferior, estando a 37,6% no Sado, 30,9% no Alentejo ou a 9,7% no Barlavento, a zona mais crítica.

Os dados do boletim da APA indicam também que 34,2% das albufeiras estava, a 12 de dezembro, já com níveis de água superiores ao que é a média para todo o mês. Uma percentagem que deverá subir com a chuva intensa de terça-feira, que colocou todos os distritos em alerta laranja, com exceção de Bragança.

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Taxa de inflação nos EUA desacelera para 7,1% em novembro

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

Estes dados foram melhores do que o esperado, uma vez que os analistas esperavam uma inflação homóloga de 7,3% e um aumento de 0,2% na comparação mensal.

A taxa de inflação homóloga desacelerou em novembro para 7,1% nos Estados Unidos e ficou no nível mais baixo desde dezembro de 2021, segundo o índice CPI divulgado nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho.

Em outubro, a taxa de inflação tinha ficado em 7,7%, tendo já registado um abrandamento. Na comparação com o mês anterior, os preços aumentaram apenas 0,1%, contra 0,4% em outubro.

Estes dados foram melhores do que o esperado, uma vez que os analistas esperavam uma inflação homóloga de 7,3% e um aumento de 0,2% na comparação mensal.

Foi o aumento mais fraco de preços no consumidor desde dezembro de 2021.

A publicação destes números coincide com o início de uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed), banco central norte-americano, que tem como prioridade controlar a inflação, colocando-a na meta de 2%.

Para isso, a Fed tem subido progressivamente as taxas de juro desde março passado.

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão investe um milhão de euros na nova sede no Porto

Com um investimento de um milhão de euros, a Cerejeira Namora, Marinho Falcão vai ampliar os escritórios escritórios do Porto. O projeto terá a chancela do atelier Cerejeira Fontes Architects: CFA.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão vai investir cerca de um milhão de euros na ampliação dos escritórios do Porto. Este novo espaço insere-se na estratégia de crescimento da sociedade projetada para 2023.

Em comunicado, a firma explica que pretendem transformar os escritório numa “obra de arquitetura” adaptada às novas exigências do mercado laboral e com especial foco na sustentabilidade.

“Estamos a projetar o futuro. Com esta nova sede teremos todas as condições reunidas para alcançar os objetivos dos próximos 30 anos”, sublinhou o sócio fundador, Nuno Cerejeira Namora.

O projeto foi apresentado no passado dia 12 de dezembro, num evento que teve lugar no Boeira Garden Hotel, em Vila Nova de Gaia. O projeto terá a chancela do atelier Cerejeira Fontes Architects: CFA.

Com capacidade para mais de 150 profissionais e uma área de cerca de 1.500 metros quadrados, que inclui um anfiteatro multifuncional, as novas instalações irão permitir proporcionar à equipa e aos clientes “mais conforto”, num espaço “sofisticado e de qualidade”, que terá diversas valências ajustadas às novas tendências do setor.

A escolha do atelier Cerejeira Fontes surge porque o “portfolio apaixonou-nos desde o primeiro momento. A sofisticação e o rasgo artístico dos arquitetos é notável. Depois dos primeiros encontros exploratórios, o foco pragmático na finalidade dos espaços foi decisivo”, explicou Pedro Marinho Falcão, sócio fundador.

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Cleanwatts prevê duplicar equipa no próximo ano

 Com um total de 112 pessoas atualmente, a empresa que atua no setor da energia estima duplicar o número de elementos até ao final de 2023.

Depois de, este ano, ter fechado a sua primeira ronda de investimento internacional — até 25 milhões de euros, por parte da Verdane — e de ter duplicado o número de recursos humanos, a Cleanwatts prevê manter o ritmo de contratações no próximo ano. Com um total de 112 pessoas atualmente, a empresa estima duplicar o número de elementos até ao final de 2023. Está também prevista a abertura de um novo escritório, em Lisboa, ainda este mês.

“As principais áreas de contratação para o próximo ano manter-se-ão: financeiros, operações (project managers, technical managers, IT), recursos humanos e marketing”, detalha o diretor de recursos humanos da Cleanwatts, Soma Demeny, em comunicado. É valorizada a diversidade, “não apenas de formação e de experiência, como também cultural, com diferentes nacionalidades e realidades, de género e etária”.

“Procuramos pessoas que, para além da competência profissional, partilhem a paixão pela missão e pelos valores da nossa empresa, que façam as coisas acontecerem, que respondam e ajam rapidamente, gente empática, com mentalidade de crescimento e iniciativa. Pessoas que façam as coisas certas, mesmo quando ninguém está a olhar”, resume Soma Demeny.

A Cleanwatts cresceu, em 2022, um pouco por todo o país, tendo a equipa, atualmente, membros a trabalhar a partir de Coimbra, Porto, Lisboa, Ponta Delgada, Albufeira, Leiria e Aveiro. Mas nem só por Portugal se fez o crescimento da empresa tecnológica. 2022 foi também o ano da abertura da sucursal em Itália, em junho, e do crescimento da equipa nos Estados Unidos, que também duplicou.

Novo escritório em Lisboa

Para acolher da melhor forma o aumento do número de funcionários, a empresa vai abrir, este mês, um escritório em Lisboa, no Parque das Nações. A sede da empresa também irá sofrer uma deslocação, estando prevista a passagem desta para o centro da cidade de Coimbra, na baixa. Para já, e temporariamente, a Cleanwatts vai expandir a sua sede para o Instituto Pedro Nunes, com abertura de novos escritórios neste local.

No próximo ano, a empresa também vai expandir as suas operações na Europa. Espanha e Áustria são os mercados já identificados para a Cleanwatts dar um novo salto na sua internacionalização.

Recentemente, foi também lançada a Cleanwatts Academy, que oferecerá oportunidades a candidatos europeus a mestrado e doutoramento para realizarem projetos de tese ou estágios sobre temas inovadores e disruptivos relacionados com a transição energética.

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Via Navegável do Douro com mais de um milhão de turistas em 2022

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

Via Navegável do Douro recebeu mais de um milhão de passageiros em 2022, ano marcado por uma significativa retoma turística, mas também pelo aumento dos custos de operação.

lusaA Via Navegável do Douro (VND) atingiu os 1.095.249 passageiros em 2022, um aumento significativo face a 2021 (279.151) e 2020 (226.333), segundo dados avançados pela gestora da via, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

O rio Douro, que em território nacional desce de Barca de Alva (Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda) até ao Porto, atrai turistas que optam por viajar em pequenas embarcações, em cruzeiros numa albufeira ou de dia ou ainda barcos-hotéis, e por programas que vão desde uma hora até uma semana.

“Foi bom, foi um ano de retoma, alguns programas melhores do que outros, mas foi já comparável a 2019, não tem nada a ver com os dois últimos anos”, afirmou à Lusa Célia Lima, da empresa Tomaz do Douro.

A operadora ainda está a realizar o programa das seis pontes e dos cruzeiros temáticos com jantares a bordo, na zona do Porto, terminando em novembro com os cruzeiros de longo curso.

Apesar da retoma de turistas, Célia Lima apontou dificuldades acrescidas devido ao aumento dos custos de operação, nomeadamente o aumento do preço dos combustíveis e dos alimentos, que são servidos a bordo, optando a empresa por manter o preço dos bilhetes.

Temos pela frente anos, se calhar, anos mais desafiantes. Entendemos que este é um ano zero, um ano de olhar para a frente, mas, de facto, estamos a sentir que vão ser anos igualmente desafiantes, como foram estes dois últimos”, realçou.

A responsável referiu que a empresa esteve dois anos a investir “sem ter grande retorno” e que “praticamente não deu para pagar custos fixos”. Ainda assim, prossegue, “este ano deu para respirar melhor, mas já vão ser anos mais complicados”.

Várias empresas marítimo-turísticas estão também instaladas na vila do Pinhão, concelho de Alijó, distrito de Vila Real. Uma delas é a Magnífico Douro que, segundo Ricardo Costa, teve um ano “surpreendente pela positiva”.

“Estava a contar com uma recuperação mais lenta depois da quebra por causa da Covid-19, mas o que é facto é que crescemos em relação aos anos pré-Covid-19. Desde que existimos que todos os anos batemos recordes até 2019, mas em 2022 ficamos acima de 2019, o que foi uma surpresa muito, muito boa”, afirmou, perspetivando um acréscimo na ordem dos 20%.

Como aspetos negativos do ano, Ricardo Costa apontou o aumento dos custos de operação, a falta de mão-de-obra, e ainda “a política de impostos do país” e as “taxas e mais taxas” aplicadas de forma “selvagem” pela APDL.

“Esta é uma parte extremamente negativa que nós não conseguimos controlar”, afirmou o responsável pela empresa que possui uma oferta diversificada e combina passeios de barco em kayak, caminhadas, passeios em bicicleta elétrica e scooter, visitas a quintas, vinhateiras e gastronomia.

De acordo com a APDL, este ano viajaram 832.191 passageiros em cruzeiros na mesma albufeira e noturnos, 164.481 em cruzeiros de um dia, 89.281 em barco-hotel e 9.296 em embarcações de recreio.

Célia Lima disse que a maioria dos clientes do cruzeiro das seis pontes é estrangeira (Espanha, França, Estados Unidos da América e Brasil), enquanto quem sobe o rio até à Régua, por exemplo, é maioritariamente o turista português.

Inês Batista trabalha na Sailing 360 e apontou para um “aumento significativo de turistas” e disse que, contrariamente ao ano passado em que eram maioritariamente portugueses, este ano voltaram, por exemplo, os norte-americanos e espanhóis.

A empresa faz “tours exclusivos” pela zona do Porto e, segundo adiantou, aquele que tem maior procura é o “das despedidas de solteiro/a”, principalmente durante o verão.

Segundo a APDL, há 110 empresas marítimo-turísticas a operar no rio Douro.

O melhor ano para o turismo fluvial no Douro foi 2019, tendo sido ultrapassados os 1,6 milhões de passageiros dispersos pelas diferentes embarcações marítimo-turísticas. Os dois anos seguintes ficaram marcados por quebras significativas em resultado da pandemia da Covid-19.

Em 1990, com a inauguração dos 210 quilómetros da Via Navegável do Douro abriu-se uma porta ao turismo que foi, depois, consolidada em 2001 com a classificação do Douro como Património Mundial da UNESCO.

Na quarta-feira, dia 14 de dezembro, o Alto Douro Vinhateiro assinala 21 anos de património mundial.

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Quase 3.000 ocorrências em Portugal. Maioria dos distritos volta a aviso amarelo esta quarta

  • Mariana Marques Tiago
  • 13 Dezembro 2022

Depois das 19h30 horas, todos os distritos de Portugal continental passaram de aviso amarelo para verde. Lisboa, Setúbal, Santarém e Portalegre foram os distritos mais afetados.

Há alívio generalizado na situação de mau tempo a nível nacional: todos os distritos de Portugal continental passaram do aviso amarelo para o aviso verde, segundo informação disponibilizada pelas 19h30 junto do portal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Ao longo da tarde desta terça-feira, o IPMA desagravou a situação meteorológica do país. Pelas 18h, os avisos já tinham passado de laranja para amarelo, sendo que Bragança era o único distrito que não tinha qualquer aviso meteorológico para os próximos dias. Agora, o IPMA colocou todo o território de Portugal Continental a verde, ou seja, sem qualquer aviso em relação ao estado do tempo. Ainda assim, a Madeira está em aviso amarelo.

Para quarta-feira, à exceção de Bragança todos os distritos de Portugal continental voltarão a estar sob aviso amarelo, com a expectativa de aguaceiros fortes em alguns períodos entre as 9h e as 18h. Já para quinta-feira, todos os distritos estão sem qualquer aviso.

Mantém-se ainda o alerta laranja da Proteção Civil, estado de alerta relacionado com os riscos de inundação das bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave (rio Este), Douro (Tâmega e Sousa), Leça e Vouga (Águeda).

Até às 19 horas, registaram-se 2.777 ocorrências no país, das quais 1.638 foram na região de Lisboa, informou o comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil, André Fernandes, depois das 20 horas. Setúbal (393 ocorrências), Portalegre (191) e Santarém (156) foram os outros três distritos mais afetados pelo mau tempo.

A nível nacional, o mau tempo provocou estragos nas estradas e linhas de comboio, sobretudo nos distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal e Portalegre. Houve um ferido leve em Alcântara (Lisboa) e desalojados em Castelo Branco, Loures e Trafaria.

Pelas 18h04, estas eram as linhas ferroviárias com perturbações:

  • Linha do Norte: Restabelecida a circulação em todas as vias entre Sacavém-Bobadela Sul e Alverca, com limitação de velocidade na zona de Póvoa da Santa Iria.
  • Linha de Sintra: Restabelecida a circulação entre Benfica e Campolide, com limitação de velocidade de 30Km/h entre os Km 3,3 e 3,5.
  • Concordância de Xabregas: circulação suspensa entre Bifurcação de Chelas e Lisboa Santa Apolónia.
  • Linha Cascais: Restabelecida a circulação entre Cais do Sodré e Oeiras. A Estação de Algés mantém-se sem serviço comercial.
  • Linha do Sul: Restabelecida a circulação numa das vias entre Pragal e Corroios, com limitação de velocidade de 30Km/h.
  • Linha do Leste: circulação suspensa entre Portalegre e Elvas.
  • Linha da Beira Baixa: Talude caído junto a via, ao km 29.130, entre Belver e Barca da Amieira, estabelecida a Limitação de velocidade de 10 km/h no local.

No caso dos comboios, a CP está a facilitar, sem custos, a revalidação ou o reembolso para viagens anteriormente marcadas.

Nas estradas, há mais de uma dezena de ocorrências fora da região de Lisboa:

  • EN2, Mora, corte da circulação em ambos os sentidos entre os quilómetros 469 e 471.
  • EN244, Avis, corte em ambos os sentidos ao quilómetro 104.
  • EN246, Arronches, corte da circulação em ambos os sentidos entre os quilómetros 53 e 59,5.
  • EN246, Elvas, corte da circulação em ambos os sentidos ao quilómetro 18.
  • IP2, Monforte, corte da circulação em ambos os sentidos ao quilómetro 203,1.
  • EN251, corte da circulação em ambos os sentidos entre Couço e Mora.
  • EN245, Portalegre, Ponte de Fronteira ao Km 41,050 circulação interdita.
  • EN365, corte da circulação em ambos os sentidos entre Vale Figueira e Pombalinho, km 53,450 e 61,2.
  • EN119, Coruche, corte da circulação em ambos os sentidos entre os km 43 e 55.
  • EN118, corte em ambos os sentidos entre Tramagal e Santa Margarida.
  • EN373, estrada fechada no sentido Campo Maior – Elvas.
  • EN248, Corte de estrada entre Arruda e Sobral.
  • EN243, Fronteira, corte de estrada ao km 154,198.
  • EN247, corte da circulação em ambos os sentidos devido ao deslizamento de terras ao km 55,6 em Carvoeira de Mafra.

Problemas em Lisboa

De acordo com o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, “a Carris já está a recuperar a sua capacidade de transporte, mas ainda se encontra condicionada” aos cortes de trânsito. Além disso, o metropolitano de Lisboa já se encontra “a funcionar sem constrangimentos”.

Em Lisboa, de acordo com a última atualização da câmara municipal, pelas 17h56 mantinham-se fechadas as seguintes estradas:

  • Radial de Benfica;
  • Estrada de Chelas (desde a Rotunda da Av. Sto. Condestável até ao Largo Marquês de Nisa);
  • Rua de Cima a Chelas

Meios no terreno foram reforçados

Face à situação que se tem registado nas últimas horas na região de Lisboa e no Alentejo, foram reforçados os meios que estão no local, em especial com “equipas de alta bombagem”. O comandante especificou que foi “solicitado às Forças Armadas o reforço de meios”, para que ajudem “na reabilitação das áreas afetadas”.

André Fernandes destacou, ainda, as ocorrências registadas em Campo Maior, Sousel, Elvas e Avis, referindo que, além dos danos materiais, não se registaram vítimas até ao momento. “Pedimos que a população restrinja, ao máximo, as deslocações e, se puder, fique em casa. Mantenham-se resguardados e não se aproximem da costa e do litoral”, afirmou.

Questionado se o país pode esperar uma madrugada semelhante à última, o comandante nacional referiu que esta “é uma situação evolutiva”. E afirmou que a autoridade nacional está atenta e em coordenação com as entidades responsáveis. “Quero deixar uma mensagem de calma e serenidade. Estamos atentos, temos os dispositivos no terreno e o reforço solicitado foi prontamente despachado. Estamos também em coordenação com as câmaras municipais e estamos todos no terreno a trabalhar”, disse.

(Notícia atualizada às 20h17 após novas informações da Autoridade Nacional de Proteção Civil)

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Emma Tucker é a primeira mulher a liderar o The Wall Street Journal

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  • 13 Dezembro 2022

Emma Tucker vai substituir Matt Murray, diretor do título desde 2018. Neste período as assinaturas digitais duplicaram.

O centenário The Wall Street Journal vai ser dirigido pela jornalista Emma Tucker. É a primeira vez que o jornal da News Corp. vai ser liderado por uma mulher. Emma Tucker vai substituir Matt Murray a partir de fevereiro, passando o repórter, desde 2018 diretor do título, a assumir uma posição “senior role” na estrutura de media de Rupert Murdoch.

Robert Thomson, CEO da News Corp., diz citado em comunicado, que Emma Tucker trará “entusiasmo e virtude” ao The Wall Street Journal.

A jornalista tem 56 anos e é desde 2020 diretora do The Sunday Times, também de Rupert Murdoch. A carreira no jornalismo começou, como estagiária, no Financial Times, tendo chegado a editora do FT Weekend. Em 2007, ingressou no The Times e em 2013 passou a diretora adjunta.

A mudança na direção do The Wall Street Journal acontece num momento em que em cima da mesa está a fusão da News Corp e da Fox. O jornal fechou o último trimestre com 3,2 milhões de assinaturas digitais, duplicando assim as assinaturas que tinha em 2018, quando o veterano Matt Murray assumiu a liderança do jornal.

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