Eva Kaili perde estatuto de vice-presidente do Parlamento Europeu

Acusada de corrupção no caso do Qatargate, a eurodeputada grega Eva Kaili perdeu o estatuto de vice-presidente do Parlamento Europeu, com 625 colegas a votarem a favor e só um voto contra.

A grega Eva Kaili perdeu oficialmente o cargo de vice-presidente do Parlamento Europeu, dias depois de ter sido detida na sequência do caso Qatargate. Esta terça-feira de manhã, uma maioria de 625 eurodeputados votou a favor da remoção do estatuto, havendo registo de um voto contra e duas abstenções, confirmou o Parlamento Europeu num comunicado.

Eva Kaili, que servia como um dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu, foi uma das pessoas detidas sexta-feira pelas autoridades belgas, na sequência de uma investigação a suspeitas de subornos do Qatar para influenciar a política europeia. O Qatar, anfitrião do Mundial de futebol este ano, rejeita qualquer envolvimento com o caso.

A votação teve lugar por decisão unânime da Conferência de Presidentes, que se mostrou “chocada e profundamente preocupada com as revelações recentes de corrupção e influência criminosa no processo de tomada de decisão no Parlamento Europeu”. “Todos [os envolvidos] devem ser responsabilizados”, lê-se num comunicado que também dá conta do reforço das medidas de segurança neste organismo da União Europeia.

A eurodeputada grega Eva Kaili foi detida na sexta-feira por suspeitas de corrupçãoEPA/JALAL MORCHIDI

Kaili nega ter recebido dinheiro do Qatar

Eva Kaili foi formalmente acusada de corrupção na Bélgica esta segunda-feira e deverá ser ouvida em tribunal na quarta-feira. A eurodeputada declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro, disse esta terça-feira um dos seus advogados, Michalis Dimitrakopulos.

“[Eva Kaili] não tem nada a ver com o financiamento do Qatar, nada, explicitamente e inequivocamente. Essa é a posição dela”, disse Dimitrakopoulos ao canal de televisão grego OPEN.

O advogado acrescentou que Kaili, que está em prisão preventiva na Bélgica, “não exerceu nenhuma atividade comercial na sua vida”. Quanto ao pai de Eva Kaili, que, segundo a imprensa, foi detido quando tentava fugir com sacos cheios de dinheiro, o advogado esclareceu que as autoridades belgas não lhe impuseram condições restritivas e que, se quiser, “é livre de regressar para a Grécia”.

A eurodeputada socialista grega, entretanto suspensa de todas as suas funções tanto na Grécia como no Parlamento Europeu, é uma das quatro pessoas que estão detidas preventivamente sob a acusação de alegada participação numa organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção relacionada com o Qatar.

Um juiz belga decidiu no domingo acusar Eva Kaili, deputada da bancada dos Socialistas europeus (do grupo dos Socialistas e Democratas, S&D), juntamente com outras três pessoas, incluindo o seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi.

A investigação foi aberta pela justiça belga, por suspeitas de um lóbi ilegal do Qatar para influenciar decisões políticas do Parlamento Europeu.

A Autoridade Grega de Combate ao Branqueamento de Capitais ordenou na segunda-feira a apreensão dos bens (imóveis, contas bancárias, empresas) de Eva Kaili e dos seus familiares próximos no país, justificando que podem ser provenientes de atividades ilegais. Os depósitos bancários de Eva Kaili mais que duplicaram em dois anos, segundo as suas declarações anuais de bens que estão disponíveis no portal do parlamento helénico.

Eva Kaili, de 44 anos, faz parte da ala mais conservadora do partido socialista grego, PASOK-Kinal, e tornou-se deputada do parlamento helénico em 2007. Desde 2019, é deputada do Parlamento Europeu. Antes de entrar para a política, foi moderadora do canal de televisão grego MEGA, depois de estudar engenharia civil e arquitetura.

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Três projetos impulsionam hidrogénio verde em Espanha

  • Servimedia
  • 13 Dezembro 2022

A Cepsa, a CIP dinamarquesa e a Maersk estão a desenvolver três grandes projetos que irão impulsionar o hidrogénio verde em Espanha.

O hidrogénio verde, que poderá tornar-se o combustível para a descarbonização na próxima década, tornou-se um objetivo estratégico para a União Europeia. A Espanha encontra-se numa posição privilegiada para liderar a Europa na produção desta energia verde revolucionária, uma vez que é o país escolhido para o desenvolvimento de três projetos que têm como objetivo impulsionar o hidrogénio verde, noticia a Servimedia.

A promoção do hidrogénio renovável é estratégica para a Espanha, como o demonstra o facto de, de todos os projetos de hidrogénio renovável a nível mundial, 20% estarem localizados neste país, que se encontra apenas atrás dos EUA.

Os recentes compromissos de ajuda anunciados pela Comissão Europeia ligados ao desenvolvimento e implementação de Projetos de Hidrogénio Verde de Interesse Comum Europeu (PIICE), juntamente com o novo Plano de Segurança Energética aprovado pelo Governo espanhol, tornam clara a estratégia da Europa e de Espanha para liderar esta nova tecnologia.

Este contexto foi aproveitado por empresas espanholas como a Cepsa ou a Enagás, bem como por empresas internacionais como a CIP dinamarquesa e a Maersk, que serão intervenientes chave no próximo ano para promover o hidrogénio verde em Espanha através do desenvolvimento de megaprojetos, alinhados com a estratégia espanhola de descarbonização da economia e transição energética justa e ainda com o roteiro do hidrogénio verde, avançando em conformidade com o compromisso comum de descarbonização dos setores produtivos na União Europeia.

A carteira destes megaprojetos totaliza mais de 7 GW de capacidade instalada de eletrolisadores, acima da atual meta governamental de atingir 4 GW em 2030, uma meta pouco ambiciosa dado o volume de projetos em curso e que poderia levar o Ministério para a Transição Ecológica e o Desafio Demográfico a rever em alta a meta de hidrogénio renovável estabelecida para 2030 no Plano Nacional Integrado de Energia e Clima (PNIEC).

Vale Andaluz

Com um investimento de 3 mil milhões de euros na Andaluzia, o Vale do Hidrogénio Verde Andaluz da Cepsa irá promover a descarbonização da indústria e dos transportes pesados terrestres, aéreos (SAF) e marítimo, o que irá promover uma redução de 6 milhões de toneladas de CO2.

A empresa vai gerar 10 mil empregos – perto de mil empregos diretos, indiretos e induzidos – para o arranque de duas novas fábricas, com uma capacidade de 2 GW e uma produção de até 300 mil toneladas de hidrogénio verde nos seus parques eólicos no Campo de Gibraltar (Cádiz) e Palos de la Frontera (Huelva).

O projeto será acompanhado de um investimento adicional de 2 mil milhões de euros para desenvolver uma carteira de projetos de energia eólica e solar 3 GW para gerar a energia renovável necessária para produzir o hidrogénio verde. Além disso, a empresa irá colaborar com outros produtores de energias renováveis na Andaluzia e no resto de Espanha para promover a integração destas novas centrais no sistema elétrico.

A fábrica de Huelva estará localizada junto ao Parque Energético La Rábida e entrará em funcionamento em 2026, atingindo a sua plena capacidade em 2028. As instalações de Cádiz estarão localizadas no Parque Energético de San Roque e entrarão em funcionamento em 2027.

Projeto Catalina

O projeto liderado pela CIP dinamarquesa, o maior investidor mundial especializado em infraestruturas renováveis greenfield, em consórcio com empresas como a Enagás Renovable e Fertiberia, irá instalar 2 GW de eletrolisadores em Aragão para a produção de hidrogénio verde que contribuirá para a descarbonização, entre outras áreas, da região espanhola do Levante, onde se encontram algumas das indústrias mais energéticas e com maior intensidade de hidrogénio do país, tais como refinarias, produtores de fertilizantes e fábricas de ladrilhos.

Com um investimento de mais de 8 mil milhões de euros e a criação de quase 10 mil empregos em Aragão e 900 em Valência durante as fases de construção e operação, o projeto Catalina fornecerá hidrogénio com um baixo impacto ambiental através de um hidroduto com mais de 220 quilómetros de comprimento que ligará a área rica em recursos renováveis de Teruel, onde estarão localizados tanto os ativos de geração como a indústria associada aos eletrolisadores, com as áreas industriais de Sagunto e Tarragona.

A Catalina encontra-se numa fase avançada de desenvolvimento. A primeira fase do projeto, que estará comercialmente operacional no final de 2027, terá 1 GW de energia eólica e solar fotovoltaica ligada a um eletrolisador de 500 megawatts (MW) que produzirá mais de 50 mil toneladas de hidrogénio verde por ano. Esta fase inclui também a construção de uma fábrica de produção de amoníaco em Sagunto que utilizará o hidrogénio verde para produzir amoníaco verde que será posteriormente utilizado no fabrico de fertilizantes.

O resto do projeto entrará em funcionamento sequencialmente a partir dessa data para estar plenamente operacional até 2030, quadruplicando a produção da primeira fase para cerca de 200 mil toneladas de hidrogénio verde por ano, (40% do consumo atual de hidrogénio cinzento (proveniente de combustíveis fósseis) em Espanha, atualmente cerca de 500 mil toneladas por ano) o suficiente para contribuir para a descarbonização das indústrias aragonesa e levantina.

Projeto da Maersk

A Maersk anunciou o lançamento de um novo projeto de produção de hidrogénio verde e biocombustível para o setor marítimo em Espanha. Um megaprojeto de 10 mil milhões de euros, com duas grandes instalações de produção localizadas em duas zonas portuárias na Andaluzia e na Galiza para a produção de dois milhões de toneladas de metano verde até 2030, o que pode contribuir para consolidar a vantagem dos portos espanhóis no novo cenário mundial, uma vez que a descarbonização do setor obrigará as empresas a reconfigurar as suas rotas para garantir portos seguros que possam abastecê-los com os novos consumíveis verdes. A iniciativa poderia gerar cerca de 85 mil empregos, dos quais 5 mil seriam diretos.

O acesso a fontes renováveis é fundamental para assegurar o sucesso deste projeto, pelo que a Maersk terá de promover ou estabelecer acordos com múltiplos operadores de parques eólicos e solares para fornecer um total de 4 mil megawatts, produzidos em todo o país.

A empresa, que já fez progressos nos estudos iniciais, avançará os detalhes finais do projeto até Junho do próximo ano, com o objetivo de impulsionar o seu desenvolvimento a partir de meados de 2023. O projeto tem três fases: atingir 200 mil toneladas em 2025, ter a primeira fábrica totalmente operacional, com uma produção de um milhão de toneladas em 2027 numa das duas comunidades (ainda por definir) e iniciar o segundo centro imediatamente a seguir, com o objetivo de atingir dois milhões de toneladas de metanol verde em 2030.

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Goparity desafia empresas a oferecerem um presente mais ético aos colaboradores este Natal

A empresa disponibiliza cartões oferta para investir em projetos com impacto ambiental e social positivo, com um rendimento de juros associado.

Este Natal, a fintech portuguesa Goparity desafia as empresas a fazerem escolhas sustentáveis na hora de comprar os presentes de Natal para colaboradores e parceiros. A empresa disponibiliza cartões oferta para investir em projetos com impacto ambiental e social positivo. Os cartões estão disponíveis a partir de cinco euros e assumem-se como uma opção mais ética e verde, com um rendimento de juros associado.

“As empresas que optarem por dar cartões-oferta às suas equipas estão a contribuir para a realização e materialização de projetos de impacto sustentáveis. É também uma forma de promoverem a mudança que querem ver no mundo ao encorajar e dar a possibilidade a mais pessoas, neste caso aos seus colaboradores, de fazer o mesmo”, defende Nuno Brito Jorge, CEO da Goparity.

“Também numa altura de inflação, oferecer benefícios a pensar no futuro dos trabalhadores é uma boa solução de presente para as épocas festivas”, conclui o responsável, em comunicado.

Com este cartão, a Goparity pretende proporcionar uma alternativa mais sustentável, numa altura do ano com elevados níveis de desperdício — segundo a Associação ZERO, a véspera e o dia de Natal são os dias do ano com maior desperdício em Portugal.

Já as empresas que aderirem “promovem o conhecimento de uma nova forma de investimento, sem que para isso os colaboradores tenham de usar o seu dinheiro, e estarão a investir em projetos de impacto sustentável ambientais e sociais, de forma indireta, selecionados pelos trabalhadores, que receberão juros na ordem dos 5-7%”, detalha a plataforma de investimento de impacto.

A Goparity é uma plataforma de finanças de impacto e investimento fundada em 2017, que permite a pessoas e empresas utilizarem o seu dinheiro para o desenvolvimento sustentável. A sua comunidade de utilizadores já financiou mais de 220 projetos de impacto em vários países do mundo, na Europa, América do Sul e África, num total de mais de 19 milhões de euros.

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China e EUA puxam pelo PIB mundial no terceiro trimestre

Os dois países foram responsáveis por 80% do crescimento de 1,3% do PIB agregado das 20 maiores economias do mundo, entre julho e setembro.

Para muitos, é certo que as economias europeia e a norte-americana entrarão em recessão a curto prazo. No entanto, os dados referentes ao terceiro trimestre do ano parecem dar alguma esperança de que ainda é cedo para antecipar essa profecia.

De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o PIB das 20 maiores economias do mundo registou um crescimento de 1,3% no terceiro trimestre, após ter resvalado 0,3% no segundo trimestre.

Grande parte do crescimento verificado entre julho e setembro no grupo do G20 (que representa aproximadamente 80% do PIB mundial) ficou a dever-se à recuperação da China, após Pequim ter atenuado os bloqueios associados à “política zero” no país no combate à Covid-19.

Neste período, o Império do Meio cresceu 3,9%, depois de no trimestre anterior ter contraído 2,7%. Note-se ainda para uma taxa de crescimento do PIB chinês de 0,4% no terceiro trimestre do ano passado.

A sustentar o crescimento do PIB mundial no terceiro trimestre esteve também a economia norte-americana, que cresceu 0,7% no período, recuperando de uma contração de 0,1% no trimestre anterior, como resultado de um bom desempenho das exportações líquidas (exportações menos importações).

“Em conjunto, a China e os EUA contribuíram com quatro quintos do crescimento de 1,3% do G20 no terceiro trimestre de 2022”, refere a OCDE em comunicado.

A OCDE revela ainda que no terceiro trimestre, o PIB da área do G20 excedeu o seu nível pré-pandémico em 6%. Apenas o Reino Unido não superou o seu nível pré-pandemia.

O relatório da OCDE revela ainda que apesar da recuperação na área do G20 como um todo, Japão, Reino Unido e a Turquia registaram ligeiras contrações no terceiro trimestre de 2022 e “o crescimento do PIB perdeu dinamismo nas oito economias restantes do G20 para as quais existem dados disponíveis”.

Taxa de crescimento do PIB dos países do G20

Fonte: OCDE.

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Eva Kaili declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro do Qatar

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, acusada num escândalo de branqueamento de capitais e corrupção relacionado com o Qatar, declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro.

A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu e eurodeputada grega Eva Kaili, acusada num escândalo de branqueamento de capitais e corrupção relacionado com o Qatar, declara-se inocente e nega ter recebido dinheiro, disse esta terça-feira um dos seus advogados, Michalis Dimitrakopulos.

“[Eva Kaili] não tem nada a ver com o financiamento do Qatar, nada, explicitamente e inequivocamente. Essa é a posição dela”, disse Dimitrakopoulos ao canal de televisão grego OPEN.

O advogado acrescentou que Kaili, que está em prisão preventiva na Bélgica, “não exerceu nenhuma atividade comercial na sua vida”.

Quanto ao pai de Eva Kaili, que, segundo a imprensa, foi detido quando tentava fugir com sacos cheios de dinheiro, o advogado esclareceu que as autoridades belgas não lhe impuseram condições restritivas e que, se quiser, “é livre de regressar para a Grécia”.

A eurodeputada socialista grega, entretanto suspensa de todas as suas funções tanto na Grécia como no Parlamento Europeu, é uma das quatro pessoas que estão detidas preventivamente sob a acusação de alegada participação numa organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção relacionada com o Qatar, país anfitrião da edição de 2022 do Mundial de futebol.

Um juiz belga decidiu no domingo acusar Eva Kaili, deputada da bancada dos Socialistas europeus (do grupo dos Socialistas e Democratas, S&D), juntamente com outras três pessoas, incluindo o seu companheiro, o italiano Francesco Giorgi.

A investigação foi aberta pela justiça belga, por suspeitas de um lóbi ilegal do Qatar para influenciar decisões políticas do Parlamento Europeu.

A Autoridade Grega de Combate ao Branqueamento de Capitais ordenou na segunda-feira a apreensão dos bens (imóveis, contas bancárias, empresas) de Eva Kaili e dos seus familiares próximos no país, justificando que podem ser provenientes de atividades ilegais.

Os depósitos bancários de Eva Kaili mais que duplicaram em dois anos, segundo as suas declarações anuais de bens que estão disponíveis no portal do parlamento helénico.

Eva Kaili, de 44 anos, faz parte da ala mais conservadora do partido socialista grego, PASOK-Kinal, e tornou-se deputada do parlamento helénico em 2007. Desde 2019, é deputada do Parlamento Europeu.

Antes de entrar para a política, foi moderadora do canal de televisão grego MEGA, depois de estudar engenharia civil e arquitetura.

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Circulação de comboios com “fortes constrangimentos”, alerta CP

  • Mariana Marques Tiago
  • 13 Dezembro 2022

A CP alertou para “fortes constrangimentos” na circulação de comboios em várias linhas da rede. Problemas na circulação devem-se às "más condições climatéricas".

A CP – Comboios de Portugal alertou esta terça-feira para “fortes constrangimentos” na circulação de comboios em várias linhas da rede.

Em comunicado, a empresa — que não especifica as linhas afetadas — explica que os problemas na circulação se devem às “más condições climatéricasque se têm registado nas últimas horas na região de Lisboa.

No ponto de situação feito pela Infraestruturas de Portugal às 11h55, os troços onde a circulação se encontra condicionada são:

  • Linha do Norte: Restabelecida a circulação em três vias entre Sacavém-Bobadela Sul e Alverca. Mantém-se interdita a circulação numa das vias;
  • Linha de Sintra: Restabelecida a circulação entre Benfica e Campolide;
  • Concordância de Xabregas: Circulação suspensa entre a Bifurcação de Chelas e Lisboa Santa Apolónia;
  • Linha de Cascais: Restabelecida a circulação entre Cais do Sodré e Oeiras;
  • Linha do Sul: Restabelecida a circulação numa das vias entre Pragal e Corroios;
  • Linha do Leste: Circulação suspensa entre Portalegre e Elvas.

De acordo com a CP é possível obter o reembolso do dinheiro gasto nos bilhetes ou até mesmo revalidá-los gratuitamente nas bilheteiras ou através do formulário de contactos, disponível no site oficial.

No início da manhã desta terça-feira, a CP alertou ainda os seus utilizadores para o serviço temporariamente suspenso na estação de Algés.

“Devido às condições climatéricas adversas que se fizeram sentir em Lisboa, a Estação de Algés não garante condições de acesso, pelo que temporariamente os comboios não efetuam paragem nesta estação”, lê-se no site. As bilheteiras da estação encontram-se encerradas e as máquinas de venda automática indisponíveis.

(Notícia atualizadas às 12h38 com informação da Infraestruturas de Portugal)

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Portugal com quarta menor taxa de utilização de materiais recicláveis da União Europeia

A taxa de utilização de materiais recicláveis entre os 27 Estados-membros voltou a abrandar em 2021. Em Portugal, esse valor também caiu, atirando o país para a quarta pior posição.

A taxa de utilização de materiais recicláveis voltou a recuar ligeiramente em 2021, ano em que Portugal ocupou a quarta pior posição no recurso a estes materiais entre os 27 Estados-membros.

Segundo as contas do Eurostat, divulgadas esta terça-feira, este é o segundo ano consecutivo em que a taxa de circularidade — isto é, a parcela de materiais usados provenientes de resíduos reciclados — mostra sinais de abrandamento na União Europeia.

Assim, a taxa de utilização deste tipo de materiais caiu 0,1 pontos percentuais (pp), em 2021, para 11,7% contrariando a tendência verificada desde 2004, altura em que o gabinete de estatísticas europeu começou a fazer este registo. Em 2019, a taxa situava-se nos 12%, o valor mais elevado da série, mas em 2020 caiu para 11,8% e em 2021 para 11,7%.

Em 2021, a taxa de circularidade foi maior nos Países Baixos (34%), seguidos pela Bélgica (21%) e França (20%). A taxa mais baixa foi registada na Roménia (1%), seguida pela Finlândia e Irlanda, ambas com 2% — valor muito semelhante ao de Portugal que, em 2020, apresentava uma taxa de materiais recicláveis de 2,5% mas que em 2021 caiu para 2,3%.

Fonte: Eurostat

“As diferenças na taxa de circularidade entre os Estados-Membros baseiam-se não apenas na quantidade de reciclagem de cada país, mas também em fatores estruturais nas economias nacionais“, explica o Eurostat, na publicação desta terça-feira.

A entidade com sede em Bruxelas explica ainda que, dependendo do tipo principal de material, a taxa de circularidade também apresentou algumas pequenas diferenças. Em 2021, a taxa de circularidade da biomassa foi de 20% (+0,4 pp face a 2020), dos minerais não metálicos 14% (sem variação), dos materiais/transportadores de energia fóssil 3% (-0,1 pp) e dos minérios metálicos 23 % (-1,0 pp).

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Governo transfere 36 milhões do leilão do 5G para financiar substituição de cabos submarinos em 2023

Cabos que ligam continente a Açores e Madeira ficam obsoletos nos próximos anos. Ministro Pedro Nuno Santos (PNS) pediu à Anacom quase 36 milhões do leilão do 5G para financiar trabalhos em 2023.

A Anacom vai ter de entregar aos cofres do Estado quase 36 milhões de euros da receita do leilão do 5G para financiar os trabalhos de substituição dos cabos submarinos que ligam o território continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, determinou o ministro das Infraestruturas.

Numa portaria publicada esta terça-feira no Diário da República, Pedro Nuno Santos indica que as seis entidades que compraram licenças 5G no leilão da Anacom já depositaram junto do regulador mais de 410 milhões de euros, “tendo três delas optado por diferir o pagamento de metade do preço”. Uma opção prevista no regulamento.

A lei determina que o Governo pode determinar a transferência das receitas para o Estado e o Ministério das Infraestruturas tem planos para estes fundos.

Um desses projetos é a implementação de um novo sistema de cabos submarinos entre Portugal continental e os Açores e a Madeira, bem como entre os dois arquipélagos. Na Resolução do Conselho de Ministros (RCM) de 2 de novembro deste ano, que autoriza a Infraestruturas de Portugal a dar início aos trabalhos, está previsto que possam ser usados até 100 milhões de euros das receitas do leilão do 5G para financiar a empreitada. O leilão rendeu 566,8 milhões de euros no total.

Neste diploma, o ministro das Infraestruturas refere que a Anacom tem de transferir para os cofres do Estado os “valores de execução do projeto para o ano de 2023”. A RCM refere que esse montante é de cerca de 35,8 milhões de euros, que vão servir para financiar, em linhas gerais, “um contrato de empreitada para a conceção, construção, instalação e montagem das infraestruturas de telecomunicações e tecnologias de informação”, que está orçamentado em quase 143,4 milhões.

Segundo o Governo, a ligação submarina entre Portugal continental e os Açores fica obsoleta já em 2024 e a ligação à Madeira em 2025. Por sua vez, a ligação entre ambos os arquipélagos fica obsoleta em 2028, “pelo que preparar a sua substituição atempada constitui prioridade essencial”, referiu o Conselho de Ministros em novembro passado. Os trabalhos deverão decorrer até 2025.

“Para assegurar a ligação do continente aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, e destes entre si, é necessária a instalação de novos cabos submarinos com muito maior capacidade do que os atuais, por forma a dar resposta adequada ao desafio do aumento de conectividade digital esperado para os próximos 30 anos, designadamente pela generalização das tecnologias de comunicação móvel 5G e pela crescente digitalização da sociedade, que a crise da pandemia da doença Covid-19 tornou ainda mais evidente”, acrescentava o diploma.

O Governo quer ainda aproveitar a oportunidade para “agregar novas funcionalidades e serviços” ao anel, incluindo “deteção sísmica”, “monitorização ambiental” e “o suporte a ações de defesa nacional de controlo de atividade submarina” na Zona Económica Exclusiva.

Os cabos submarinos são uma das componentes que servem de base às comunicações eletrónicas e à internet. Podem ser comparados a autoestradas de informação que facilitam a transferência de dados entre vários continentes. São cabos que atravessam o oceano e Portugal é considerado um ponto de amarração de importantes cabos internacionais.

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Endesa prevê manter valor global das faturas de eletricidade em 2023

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2022

Energética explicou que vai passar a discriminar na fatura o valor do custo do Mecanismo Ibérico, mas, “com a previsão de manter o valor global da sua fatura”, vai reduzir os preços de eletricidade.

A Endesa prevê manter o valor global das faturas de eletricidade dos clientes em 2023, passando a incluir o custo do mecanismo ibérico, mas reduzindo os preços da eletricidade, avisou a empresa em nota aos clientes.

Em 2023, apesar da volatilidade do custo de aquisição de energia, na Endesa continuamos junto dos nossos clientes, com a intenção de manter o valor global das suas faturas de eletricidade”, lê-se na missiva.

A empresa explicou que, a partir de 16 de janeiro, vai passar a discriminar na fatura o valor do custo do Mecanismo de Ajuste Ibérico da Eletricidade, mas, “com a previsão de manter o valor global da sua fatura”, vai reduzir os preços de eletricidade.

Os “preços incluem a previsão das novas tarifas de acesso às redes em vigor a partir de janeiro de 2023 e o preço base aplicado pela Endesa”, detalhou.

No entanto, o preço final da eletricidade poderá ser atualizado, dependendo do valor final que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) venha a definir para as tarifas de acesso às redes.

Segundo a Endesa, a manutenção do valor global da fatura de eletricidade “está realizada com a melhor estimativa para o valor do Mecanismo de Ajuste do Mercado Ibérico de Eletricidade, e durante o período previsto em que esta medida esteja em vigor”.

A empresa sublinhou ainda que não vai fazer alterações aos descontos e vantagens previstos nos contratos com os clientes.

 

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Sabia que as empresas podem ajudar nas despesas de saúde dos colaboradores?

  • BRANDS' TRABALHO
  • 13 Dezembro 2022

Se muitas empresas já começam a apoiar educação/formação quer do colaborador quer dos seus dependentes, a maioria talvez não saiba que também pode apoiar as despesas de saúde e apoio social.

Os benefícios relacionados com saúde, formação, educação dos filhos, entre outros, são cada vez mais valorizados pelos colaboradores. Prova disso é o estudo “NewBenefits” da Korn Ferry, onde quase 55% dos inquiridos afirmaram que consideram estes benefícios muito importantes.

Relativamente ao tipo de benefícios que gostariam de ter e ainda não têm, tais como o apoio psicológico, o apoio à saúde, o apoio para a saúde de familiares, o apoio na educação e benefícios relacionados com o dinheiro. Além de a atribuição desta ajuda ser uma forma de atrair talento e manter as pessoas motivadas, pode ainda trazer benefícios fiscais, quer para os colaboradores quer para a própria empresa.

Este é, no entanto, um tema ainda desconhecido para muitas empresas que, apesar de já começarem a apoiar os seus colaboradores em despesas relacionadas com educação/formação, ainda não sabem que também podem ajudar nas despesas de saúde e apoio social.

Estes apoios não estão relacionados com seguros e planos de saúde, mas sim a uma ajuda, com uma quantia estipulada pela empresa, atribuída aos colaboradores apenas para esta finalidade. Mais do que ter acesso a determinados serviços a valores mais baixos (solução oferecida pelos seguros), esta opção dá uma liquidez efetiva para as pessoas pagarem esses serviços e não apenas terem um “desconto” neles.

Além de ser uma iniciativa benéfica para todos os colaboradores, esta ajuda também também faz sentido para as empresas e no caso particular das PME que, por vezes, não têm seguros de saúde.

Os colaboradores poderão usar o plafond atribuído pela empresa em produtos ou serviços relacionados com saúde, nomeadamente em hospitais, clínicas, medicinas alternativas, farmácias, óticas, lojas de ortopedia e geriatria, ervanárias, bem como em serviços de apoio social (apoio domiciliário, lares, centros de dia, etc).

Gestão do valor atribuído e benefícios fiscais

Normalmente, para garantir que o valor atribuído aos colaboradores foi realmente usado para o fim pretendido, as empresas costumam pedir que os funcionários lhes tragam as faturas dessas mesmas despesas, o que implica todo um processo posterior de verificação e lançamento dessas mesmas faturas.

Mas, para tornar esse processo mais fácil e também mais seguro de gerir, a opção mais eficaz passa pela titularização do benefício através de um vale social. Neste caso, trata-se de um cartão eletrónico que permite efetuar pagamentos em determinados setores. Este benefício flexível confere ao colaborador liberdade e autonomia para decidir como e onde usar o valor atribuído.

Entre as vantagens desta opção está o facto de não expor a privacidade e informações sobre os colaboradores (algo que acontecia com as faturas); de poder ser atribuída ao colaborador e utilizada por este para uso próprio, de dependentes ou outros familiares; de não existir um limite de valor a atribuir a cada colaborador nem obrigatoriedade de atribuição a todos; e, ainda, de ser uma alternativa que traz vantagens para empresas e colaboradores, com ambos a beneficiarem de vantagens fiscais.

Estes benefícios fiscais estão relacionados com a isenção de contribuições para a Segurança Social, uma vez que esta solução entra dentro do escopo das alíneas c) e d) do artigo 48º do Código Contributivo: “c) os subsídios concedidos a trabalhadores para compensação encargos familiares, nomeadamente os relativos (…) estabelecimentos de educação, lares de idosos e outros serviços ou estabelecimentos de apoio social”; “d) os subsídios eventuais destinados ao pagamento de despesas com assistência médica e medicamentosa do trabalhador e seus familiares”.

Além de todas as vantagens associadas a este benefício flexível, esta é também uma forma de as empresas conseguirem aumentar o poder de compra dos seus colaboradores em áreas essenciais, como a saúde, o apoio social e a educação, mas também de se tornarem mais atrativas ao adotarem este tipo de soluções.

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CTT estão à procura de embaixadores entre os jovens universitários

O objetivo do novo programa é aproximar os jovens estudantes ao mercado de trabalho.

Os CTT – Correios de Portugal decidiram lançar a primeira edição do Programa de Embaixadores, que, nesta fase, é destinado a 20 jovens universitários da zona da Grande Lisboa. O objetivo é aproximar os jovens estudantes à realidade do mercado de trabalho.

“O Programa de Embaixadores é uma iniciativa que dará aos selecionados a oportunidade de conhecerem o mundo corporativo e operacional do maior operador logístico de Portugal, ajudando-os a desenvolver competências para o seu futuro profissional. Enquanto embaixador cada jovem terá a oportunidade de conhecer as diversas áreas de negócio da empresa e o seu dia-a-dia, enriquecer e potenciar o currículo e a rede de contactos, tornando-se um representante ativo dos CTT no seu campus universitário”, refere a empresa, em comunicado.

Podem candidatar-se ao Programa de Embaixadores os jovens que estejam a frequentar o ensino superior a nível de licenciatura até ao primeiro ano de mestrado. Já as áreas de estudo preferenciais são Informática, Engenharia, Matemática, Analytics, Gestão, Economia, Finanças, Comunicação, Marketing, Digital e Recursos Humanos.

As candidaturas estão abertas até ao dia 15 de janeiro 2023, aqui.

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Portugal já vacinou quase 3 milhões contra a Covid-19 este inverno

Meta dos três milhões de vacinados nesta campanha "deverá ser atingida na segunda quinzena de dezembro", indica Ministério da Saúde.

Na campanha de outono-inverno deste ano, já foram vacinados quase três milhões de portugueses contra a Covid-19, adianta o Ministério da Saúde esta terça-feira. Num balanço geral, Portugal já recebeu 38,5 milhões de doses de vacinas, das quais 2,1 milhões foram inutilizadas com o passar do prazo de validade, número que deverá subir para 3,4 milhões até ao final do ano.

A meta de 3 milhões de vacinados contra a Covid-19 nesta campanha “deverá ser atingida na segunda quinzena de dezembro”, sinalizam em comunicado, sendo que o objetivo é vacinar “antes da chegada do período de maior circulação de vírus respiratórios, a maioria de cidadãos com maior risco de doença”.

Portugal recebeu as primeiras vacinas no final de dezembro de 2020, no âmbito dos processos de aquisição centralizada de vacinas a nível da Comissão Europeia. Das 38,5 milhões de vacinas recebidas, de várias marcas, foram já administradas até à data cerca de 26,5 milhões de doses. Entre as restantes, cerca de três milhões vão ficar inutilizadas e outras dez milhões de doses foram doadas ou revendidas.

“À data, foram doadas cerca de 8 milhões de vacinas e revendidas mais de 2,5 milhões de doses”, através dos mecanismos de cooperação multi e bilateral, nota o Ministério da Saúde.

Quanto à eficácia das vacinas, o Ministério liderado por Manuel Pizarro indica que “de acordo com estimativas internacionais, as vacinas permitiram salvar cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo”. “Em Portugal, estima-se que as vacinas preveniram 1,2 milhões de infeções e evitaram cerca de 12 mil mortes”, acrescentam.

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