Cereais bloqueados podem triplicar no outono, avisa Zelensky

  • ECO
  • 6 Junho 2022

Putin ameaça atingir novos alvos se Ucrânia receber mísseis. O presidente ucraniano admite que Severodonetsk e Lysychansk "são hoje cidades mortas" e avisa para o bloqueio de cereais.

A ofensiva russa à Ucrânia continua, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a apontar que as forças ucranianas que defendem a cidade de Severodonetsk estão a “manter a posição”, mas os russos são “mais numerosos e mais poderosos”. Severodonetsk e Lysychansk “são hoje cidades mortas”, admitiu.

Zelensky alertou também que a quantidade de cereais destinados à exportação e bloqueados na Ucrânia devido à invasão russa pode triplicar no outono e atingir 75 milhões de toneladas, defendendo por isso a criação de corredores marítimos. “Atualmente, entre 20 e 25 milhões de toneladas de cereais estão bloqueadas e neste outono o número pode aumentar para as 70 ou 75 milhões de toneladas”, realçou o chefe de Estado ucraniano.

Já o presidente russo, Vladimir Putin, avisou que Moscovo irá atingir novos alvos se o Ocidente enviar à Ucrânia mísseis de longo alcance. Na declaração à televisão estatal russa Rossiya, Putin não especificou quais são esses alvos. Em causa estão as armas que os Estados Unidos prometeram enviar para território ucraniano, sendo que os norte-americanos dizem que têm garantias por parte dos ucranianos de que não serão utilizadas para atacar território russo.

Além disso, esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, teve de cancelar uma visita à Sérvia depois de os países — Bulgária, Montenegro e Macedónia do Norte — à volta do território sérvio terem fechado o espaço aéreo ao avião do Kremlin.

Acompanhe aqui os principais desenvolvimentos da guerra na Europa.

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Boris Johnson vai enfrentar hoje moção de censura dentro do seu próprio partido

O primeiro-ministro britânico vê a sua continuidade ameaçada por uma moção de censura dentro do Partido Conservador. Em causa estão as festas em Downing Street durante o confinamento.

O primeiro-ministro do Reino Unido vai ter de enfrentar uma moção de censura dentro do seu próprio partido esta segunda-feira, noticia a imprensa britânica. Pelo menos 54 deputados conservadores acionaram o procedimento contra Boris Johnson, que terá de garantir o voto de pelo menos 180 deputados, 50% dos 359 conservadores no Parlamento britânico, para se manter no cargo.

Caso contrário, se a moção de censura for aprovada, desencadeia-se uma sucessão interna. Também a sua antecessora Theresa May, ex-primeira-ministra britânica do Partido Conservador, enfrentou uma moção de censura do seu próprio partido, mas conseguiu manter-se no cargo. Só mais tarde é que acabou por sair, depois de o seu acordo com a União Europeia para concretizar o Brexit ter sido rejeitado.

Agora, estão em causa os escândalos relacionados com as festas ilegais em Downing Street durante o confinamento, um caso que tem sido apelidado de “Partygate”. Boris Johnson foi punido por ter participado numa festa de aniversário surpresa em junho de 2020, fazendo do líder conservador o primeiro chefe de Governo britânico culpado por desrespeitar a lei em funções.

Após a apresentação das “cartas de desconfiança” dos 54 deputados, decorrerá dentro de 24 horas a votação secreta dentro do Partido Conservador para desencadear (ou não) eleições internas para a substituição de Boris Johnson. Se vencer, o primeiro-ministro britânico mantém-se na liderança do partido e do Governo e livra-se de uma votação semelhante pelo menos durante um ano.

O anúncio de que havia 54 “cartas de desconfiança”, o limiar mínimo para acionar a votação, foi feito esta segunda-feira por Graham Brady, o presidente do comité 1922, o nome do grupo parlamentar dos conservadores britânicos. O voto secreto acontecerá entre as 17h e as 19h desta segunda-feira, sendo que a contagem é feita logo de seguida. O resultado deverá ser conhecido esta noite.

Boris Johnson é primeiro-ministro do Reino Unido desde 2019, tendo substituído Theresa May.

(Notícia atualizada às 9h04 com mais informação)

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Aeroportos com “redução muito significativa” de tempos de espera de passageiros

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

Com a aplicação do plano de contingência, o ministro da Administração Interna assegura que “houve uma redução muito significativa” nos tempos de espera dos passageiros nos aeroportos de Lisboa e Faro.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou este domingo que “houve uma redução muito significativa” nos tempos de espera dos passageiros nos aeroportos de Lisboa e Faro, com a aplicação de um plano de contingência.

“A resposta conjugada permitiu ultrapassar, para já, algumas das dificuldades que estavam sentidas no fim de semana passado. (…) O plano de contingência, pelo menos até agora, resultou”, disse o ministro aos jornalistas, à margem da inauguração da requalificação do posto territorial da GNR em Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança.

O plano de contingência, anunciado no final de maio, prevê um reforço gradual de meios humanos e tecnológicos nos aeroportos nacionais até 4 de julho, para responder a uma maior entrada de pessoas no país nos meses de verão.

José Luís Carneiro revelou este domingo que na segunda-feira, “pela primeira vez, os polícias de segurança pública [PSP] entram a operar na primeira linha com acesso às bases de dados e com o carimbo com autorização e supervisão” do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo o plano de contingência, os aeroportos nacionais terão um reforço de 238 elementos do SEF e 168 agentes da PSP, que passam a estar sob o comando operacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no controlo de passageiros.

Sobre a atuação dos agentes policiais nos aeroportos, a PSP esclareceu no sábado que é necessário o acordo dos polícias para que possam estar em regime de comissão especial no SEF.

Na sexta-feira, o Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu uma reunião com “caráter de urgência” ao ministro da Administração Interna devido à movimentação de agentes da PSP para o SEF “em regime de comissão de serviço especial”.

Este domingo, o ministro José Luís Carneiro sublinhou a intenção de diálogo entre o Governo e as estruturas sindicais, referindo que a secretária de Estado da Administração Interna irá reunir-se com dois sindicatos.

No final de maio, a ANA Aeroportos reportou a existência “inaceitável e muito preocupante” de elevados tempos de espera de passageiros – que chegaram a cinco horas – no controlo de fronteira do SEF no aeroporto de Lisboa. df234 Em causa estavam elevados tempos de espera gerados na zona de chegadas de passageiros oriundos de fora da Europa do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Em Macedo de Cavaleiros, José Luís Carneiro esteve na abertura de um posto territorial da GNR, alvo de trabalhos de reabilitação e recuperação no valor de 700 mil euros.

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Viagens de táxi entre concelhos vizinhos vão ficar mais baratas

  • ECO
  • 6 Junho 2022

Taxistas poderão recolher passageiros noutros concelhos para lá do território onde estão licenciados. Governo prepara-se para alterar a lei que regula o setor para criar tarifas intermunicipais.

Em breve, pagará menos se for viajar de táxi entre concelhos vizinhos, avança esta segunda-feira o Jornal de Notícias (acesso pago). Além disso, os taxistas vão passar a poder recolher passageiros noutros municípios para lá do território onde estão licenciados. Em causa está uma alteração à lei que regula o setor, por iniciativa do Governo, com a criação de novas tarifas e contingentes intermunicipais.

No novo modelo, os municípios deverão ganhar mais competências, sendo possível agregar quatro municípios vizinhos para formar um miniterritório intermunicipal. Com esta alteração, é como se os táxis continuassem a viagem no mesmo concelho, passando a aplicar-se uma tarifa progressiva que tem em conta apenas a distância percorrida pelo cliente, pelo que as viagens poderão ficar mais baratas, segundo o mesmo jornal.

O objetivo é modernizar o regime jurídico dos táxis para que consigam concorrer com o transporte de passageiros em veículos descaracterizados (TVDE). Na mira do Governo está também a criação de um novo passe intermodal que incluirá um determinado número de viagens de táxi.

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Maduro diz que Venezuela tem petróleo e gás de que o mundo necessita

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

Nicolás Maduro diz que a Venezuela tem o petróleo e o gás de que o mundo precisa e acusou Europa e Estados Unidos de cometerem um suicídio económico ao sancionar a Rússia.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no domingo que o país tem o petróleo que o mundo necessita e acusou Europa e Estados Unidos de cometerem um suicídio económico ao sancionar a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia.

“O petróleo que o mundo necessita para funcionar está aqui na Venezuela”, disse. Nicolás Maduro falava ao canal de televisão Telesur, no qual explicou ainda que “a Venezuela tem a quarta maior reserva mundial de gás”, estando a avaliar o que poderá fazer para ter “a terceira ou a segunda”.

“Temos uma impressionante faixa de gás nas Caraíbas, no norte da Venezuela. Todo o gás de que necessitem”, disse, sublinhando que toda a América do Sul é uma potência em gás e petróleo.

No entanto, insistiu que “o mundo tem de se livrar da relação baseada em chantagem, ameaças, coerção e em sanções”. “Vejam o que estão a fazer com a Rússia. Sancionam a Rússia e todas as sanções contra a economia russa regressam contra os Estados Unidos, a Europa e o mundo. É o suicídio económico que a Europa e os Estados Unidos estão a cometer, sancionando e perseguindo a Rússia, porque a Rússia é uma potência económica, tecnológica e financeira”, disse o governante.

Nicolás Maduro disse ainda que “o mundo tem de abandonar, principalmente o mundo do Norte, a prática da coação, das sanções e do bloqueio”, e recordou que há mais de 60 anos que o povo de Cuba é perseguido de maneira cruel e criminosa.

Por outro lado, explicou que Washington e Caracas têm dado passos para restabelecer as relações bilaterais entre a Venezuela e os Estados Unidos, mas que o seu Governo exige o levantamento de todas as sanções internacionais.

“Os primeiros passos foram realmente dados para ter comunicação com o Governo dos EUA (…) Em 5 de março recebi uma comissão enviada pelo Presidente Biden no Palácio Miraflores, tivemos quase duas horas de conversações e desde então uma série de passos foram dados”, disse Nicolás Maduro.

Segundo Maduro, esses passos decorrem, “às vezes, lentamente, às vezes muito lentamente, às vezes menos lentamente”. “Há uma comunicação permanente e isso é importante”, sublinhou. “Temos exigências muito claras: que sejam levantadas todas as medidas cruéis e criminosas de sanções contra a economia e sociedade venezuelanas, mas não podemos esperar que isso aconteça de um dia para o outro. Os primeiros passos estão a ser dados”, sublinhou o chefe de Estado.

O Presidente da Venezuela confirmou que, “há uma semana, os EUA deram alguns pequenos, mas significativos passos, ao conceder licenças à Chevron, à ENI de Itália e à Repsol [de Espanha] para iniciarem os processos para produzir petróleo e gás na Venezuela para posterior exportação para os seus mercados naturais”.

“São passos leves, pequenos e como eu disse a essa comissão [dos EUA], a Venezuela tem a primeira reserva petrolífera internacional certificada a nível mundial”, frisou.

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PSI arranca semana em terreno positivo

Acompanhando os ganhos nas principais praças europeias, o PSI segue e soma no início desta semana, prolongando a valorização registada na passada sexta-feira.

Após uma semana em que desvalorizou 0,8%, o PSI arranca uma nova semana em alta. No início da sessão desta segunda-feira, o índice nacional avança 0,29%, para 6.240,38 pontos, mantendo-se em terreno positivo, tal como tinha terminado na passada sexta-feira. Lisboa acompanha deste modo a tendência positiva das principais praças europeias.

Na Europa, o Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a subir 0,55%. O alemão DAX valoriza 0,9%, o francês CAC 40 avança 0,76%, o espanhol IBEX-35 sobe 0,7% e o britânico FTSE 100 valoriza 0,75%.

Em Lisboa, apenas a Nos está a desvalorizar, com uma queda marginal de 0,05%, para 3,94 euros. A Corticeira Amorim está inalterada nos 10,42 euros. De resto, todas as cotadas do PSI estão a subir neste arranque das negociações.

O destaque vai para a Semapa, com uma valorização de 1,27%, para 15,9 euros, seguindo-se a Altri, com um avanço de 1,13%, para 6,25 euros.

Evolução das ações da Semapa:

A terceira maior subida é protagonizada pela Galp Energia com uma valorização de 0,99%, para 12,27 euros. Este desempenho da cotada acontece num dia em que o petróleo volta a subir, depois de a Arábia Saudita ter aumentado os preços a que vai vender os barris em julho na Ásia, EUA e Europa.

Ainda no PSI, nota para a subida de 0,97% das ações da Greenvolt, de 0,89% do BCP e de 0,61% da Mota-Engil.

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Ibersol rejeita proposta para vender restaurantes Burger King, mas dá prazo para revisão dos termos

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

A Ibersol recebeu uma oferta vinculativa da Restaurant Brands Ibéria para a compra dos restaurantes Burger King, mas discordou dos ajustamentos propostos, dando até dia 10 para revisão dos termos.

A Ibersol recebeu uma oferta vinculativa da Restaurant Brands Ibéria (RBI) para a compra dos restaurantes Burger King, mas discordou dos ajustamentos propostos, dando até dia 10 deste mês para a empresa rever os termos e condições.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no domingo à noite, a Ibersol explica que recebeu, em 3 de junho, uma oferta vinculativa da Restaurant Brands Iberia (RBI) para a aquisição dos restaurantes Burger King em Portugal e Espanha, por via da compra das sociedades IBER KING – RESTAURAÇÃO, S.A. e LURCA S.A.U..

No entanto, segundo a empresa, apesar de a oferta vinculativa continuar a partir do valor-empresa (‘enterprise value’) indicado em 10 de março, de 250 milhões de euros, “numa base cash and debt-free, a RBI apresentou na oferta vinculativa um conjunto de ajustamentos respeitantes à evolução futura do EBITDA e/ou geração de cash flows que entende conduzir” a um valor de 212 milhões de euros, acrescido de 7,3 milhões de euros relativos a créditos fiscais e três milhões de euros do investimento em dois restaurantes adicionais abertos em 2022.

Na oferta vinculativa prevê-se ainda uma proposta de aquisição pela RBI, por oito milhões de euros, de cinco ativos imobiliários não incluídos anteriormente no perímetro da potencial transação, acrescenta a empresa com sede no Porto.

“Após uma análise preliminar da oferta vinculativa, o Conselho de Administração da Ibersol, SGPS, S.A. decidiu comunicar à RBI a sua discordância com relação aos referidos ajustamentos, dando oportunidade à RBI de rever os termos e condições da oferta vinculativa até ao próximo dia 10 de junho”, lê-se na informação enviada ao mercado.

A Ibersol anunciou em 10 de março que iniciou negociações exclusivas com a RBI para a venda dos restaurantes Burger King, avaliados nessa data em cerca de 250 milhões de euros, segundo um comunicado.

Na nota, publicada pela CMVM, a empresa indicou que “na presente data, a Ibersol e a Restaurant Brands Iberia, S.A. iniciaram negociações em regime de exclusividade (por um período de seis semanas) relativamente à potencial aquisição por esta dos restaurantes da insígnia Burger King da propriedade da Ibersol no território português e espanhol”.

De acordo com a Ibersol, “os referidos restaurantes foram avaliados indicativamente pela Restaurant Brands Iberia, S.A. por um enterprise value de 250 milhões de euros, numa base cash and debt-free, que pode vir a ser aumentado em até sete milhões de euros relativos à potencial utilização de créditos fiscais”.

A Ibersol informou, no dia 16 de fevereiro, estar a analisar uma proposta de compra, na altura por 230 milhões de euros, dos restaurantes Burger King que detém em Portugal e Espanha apresentada pela Restaurant Brands Ibéria, que gere a marca naqueles países.

“Na sequência de notícias vindas a público, a Ibersol confirma que lhe foi dirigida pela Restaurant Brands Iberia uma proposta não vinculativa para a potencial aquisição dos restaurantes da insígnia Burger King da propriedade da Ibersol no território português e espanhol”, lê-se num comunicado enviado pela empresa à CMVM.

Segundo avançou, a proposta recebida nessa altura avaliava “indicativamente os referidos restaurantes com um enterprise value de 230 milhões de euros, numa base cash and debt-free, e encontra-se sujeita a um conjunto de pressupostos e condições”.

O anúncio oficial desta proposta de compra aconteceu dias depois de o Burger King ter rescindido o contrato com a Ibersol para o desenvolvimento da marca em Portugal, invocando incumprimento na abertura e remodelação de restaurantes, numa decisão que a cotada portuguesa considerou “injusta e desajustada”.

O contrato de desenvolvimento permitia que a Ibersol construísse mais 27 novos restaurantes durante os anos de 2022 e 2023.

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Petróleo em alta após subida dos preços na Arábia Saudita

Brent prolonga a subida da semana passada, encarecendo 0,60%, para 120,44 dólares por barril. Arábia Saudita anunciou subida significativa dos preços em julho.

Os preços do petróleo continuam a subir no arranque da semana, prolongando o avanço da semana anterior. O Brent soma 0,60% e atinge 120,44 dólares por barril, enquanto o norte-americano WTI valoriza 0,56%, para 119,53 dólares, de acordo com dados da Refinitiv.

Foi na segunda-feira passada que os líderes europeus alcançaram um acordo para banir as exportações de petróleo russo, de forma parcial, para castigar Moscovo pela invasão da Ucrânia, o que puxou pelos preços da matéria-prima. As importações via oleoduto estão temporariamente excluídas desse pacote de sanções.

A subida desta segunda-feira é justificada pela decisão da Arábia Saudita de subir significativamente os preços a que venderá os seus barris em julho, o que é um indicador do quão escassa está a oferta de petróleo a nível internacional mesmo depois de a OPEP+, o cartel alargado, ter chegado a acordo para acelerar a produção nos próximos dois meses, com mais 648 mil barris a serem produzidos por dia.

Evolução do preço do Brent:

Com os Estados Unidos a consumirem mais petróleo por causa da driving season, e a China a reabrir a sua economia após confinamentos por causa da Covid-19, os analistas têm sérias dúvidas de que a subida da produção por parte dos países da OPEP+ seja suficiente para satisfazer a procura que se verifica atualmente. Acresce que vários países do cartel, nomeadamente a Rússia, não têm capacidade para aumentar a sua produção.

Ainda que este aumento [da produção] seja seriamente necessário, fica aquém das expectativas do crescimento da procura, especialmente quando se tem em conta a proibição parcial da União Europeia nas importações de petróleo da Rússia”, afirma o analista do Commonwealth Bank, Vivek Dhar.

A subida dos preços do petróleo castiga os rendimentos das famílias, sobretudo por via do aumento dos preços dos combustíveis rodoviários. Esta segunda-feira, o gasóleo e a gasolina devem subir cerca de 11 cêntimos nas gasolineiras portuguesas.

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Salário mínimo responsável por 40% da subida das remunerações médias desde 2006

  • ECO
  • 6 Junho 2022

O diferencial entre os salários mais baixos e os salários médios diminuiu 13 pontos percentuais entre 2006 e 2019, mas sem o efeito do salário mínimo teria aumentado nove pontos.

Uma análise do Gabinete de Estratégia e de Estudos do Ministério da Economia mostra que a subida do salário mínimo entre 2006 e 2019 foi determinante para reduzir as diferenças salariais em Portugal, sendo responsável por 40% do aumento das remunerações médias nesse período, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago) esta segunda-feira.

Os mais beneficiados com esta política de aumento do salário mínimo foram as mulheres, os menos qualificados e quem trabalha em micro ou grandes empresas. “Os resultados demonstram de forma inequívoca que o salário mínimo foi um fator crucial no desenho da distribuição salarial em Portugal quando a sua importância relativa aumentou“, assinala o estudo elaborado pelo economista Carlos Oliveira.

Um exemplo disso é que o diferencial entre os salários mais baixos e os salários médios diminuiu 13 pontos percentuais, mas sem o efeito do salário mínimo teria aumentado nove pontos. Tal acontece porque o salário mínimo tem crescido desde 2015 a um ritmo superior ao aumento registado nas remunerações médias. Recentemente, a Comissão Europeia alertou para o perigo de este efeito reduzir o prémio salarial de quem estuda durante mais tempo.

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Hoje nas notícias: Salários, táxis e metadados

  • ECO
  • 6 Junho 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Nos últimos 13 anos, a subida da salário mínimo nacional foi determinante para reduzir as diferenças salariais em Portugal, segundo uma análise do Gabinete de Estratégia e de Estudos do Ministério da Economia. Em breve, se for viajar de táxi entre concelhos vizinhos, passará a pagar menos. Quase metade das autarquias está em risco de perder a “bazuca” europeia. Na Justiça, Paulo Pereira Cristóvão quer anular a condenação no caso Cardinal por recurso aos metadados.

Salário mínimo responsável por 40% da subida das remunerações médias desde 2006

Uma análise do Gabinete de Estratégia e de Estudos do Ministério da Economia mostra que a subida do salário mínimo entre 2006 e 2019 foi determinante para reduzir as diferenças salariais em Portugal, sendo responsável por 40% do aumento das remunerações médias nesse período. Os mais beneficiados com esta política de aumento do salário mínimo foram as mulheres, os menos qualificados e quem trabalha em micro ou grandes empresas. “Os resultados demonstram de forma inequívoca que o salário mínimo foi um fator crucial no desenho da distribuição salarial em Portugal quando a sua importância relativa aumentou”, assinala o estudo elaborado pelo economista Carlos Oliveira.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Viagens de táxi entre concelhos vizinhos vão ficar mais baratas

Em breve, se tiver de viajar de táxi entre concelhos vizinhos, acabará por pagar menos. Além disso, os taxistas poderão recolher passageiros noutros municípios para lá do território onde estão licenciados. Em causa está uma alteração à lei que regula o setor, por iniciativa do Governo, com a criação de novas tarifas e contingentes intermunicipais. No novo modelo, os municípios deverão ganhar mais competências, sendo possível agregar quatro municípios para formar um mini-território intermunicipal. O objetivo é modernizar o regime jurídico dos táxis para que consigam concorrer com o transporte de passageiros em veículos descaracterizados (TVDE). Na mira do Governo está também a criação de um novo passe intermodal que incluirá um determinado número de viagens de táxi.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Pereira Cristóvão quer anular condenação por recurso a metadados

Paulo Pereira Cristóvão foi condenado em fevereiro de 2017 pelo Tribunal da Relação de Lisboa pelo crime de denúncia caluniosa do árbitro José Cardinal. O antigo vice-presidente do Sporting, que foi condenado a três anos de prisão e o pagamento de uma indemnização de 25 mil euros, quer agora anular a sentença por esta se basear na recolha de metadados. Este é um dos primeiros processos a dar entrada no tribunal após o Tribunal Constitucional ter considerado inconstitucional a chamada “lei dos metadados”, que o Governo vai propor alterar.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Quase metade das Câmaras Municipais em risco de perder “bazuca”

Das 278 câmaras municipais em Portugal Continental, há 132 autarquias (47% do total) que arriscam perder acesso a fundos europeus por terem planos diretores municipais (PDM) com mais de dez anos, o limite definido por lei. O prazo para arrancar com o processo de revisão destes instrumentos de gestão do território terminou a 31 de março. Sines é a autarquia mais desatualizada, com um PDM com 31 anos, seguido de Vila Real de Santo António com 30 e Almeirim com 28.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Portugal regista atrasos nas metas para receber PT2030

O Governo espera que a Comissão Europeia aprove até ao final do mês o acordo de pareceria do Portugal 2030. Em causa estão 23 mil milhões de euros, sendo que, para aceder aos fundos europeus, o país tem de cumprir 20 “condições habilitadoras”. Mas há não nove que não foram cumpridas no prazo previsto. Ao Negócios, o Ministério do Planeamento diz esperar que estas condições “possam estar cumpridas aquando da aprovação dos programas” e sublinha que “o seu não cumprimento não impede a operacionalização dos mesmos”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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Work-life balance já é tão valorizado como salário na hora de mudar de trabalho

Progressão rápida na carreira e oportunidade de gerar impacto global foram classificados como o terceiro e quarto critérios chave que influenciam a decisão de mudança de emprego.

Um bom equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal é um critério tão valorizado quanto o salário na hora de procurar uma nova oportunidade de trabalho. Em Portugal, 23% deu primazia ao bom equilíbrio entre vida profissional pessoal (incluindo trabalho flexível). Ainda assim, o salário ganha por uma margem mínima, mais um ponto percentual, com 24% a colocar o salário (incluindo o bónus) no seu top três. A nível mundial, 21% dos inquiridos colocam estes dois critérios no mesmo prato da balança, revela o estudo da CEMS, a aliança global de mais de 30 universidades e escolas de gestão de tudo o mundo, entre as quais a Nova SBE.

“O nosso estudo revela que, para os profissionais de todo o mundo, embora o salário seja sempre um fator importante, não é determinante. Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades”, comenta Nicole de Fontaines, diretora executiva da CEMS, citada em comunicado.

Apesar do quase empate entre os fatores que pesam na hora de mudar de emprego, o estudo revela ligeiras diferenças entre geografias e gerações. Se, a nível global, 21% dos inquiridos colocam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal no mesmo patamar de importância que o salário, em Portugal, o salário ganha por uma mínima vantagem. 24% colocou o salário (incluindo o bónus) no seu top três, enquanto 23% destacou o bom equilíbrio entre vida profissional pessoal (incluindo trabalho flexível).

Já entre gerações, 20% dos inquiridos com mais de 35 anos dão maior importância ao work-life balance do que ao salário, contrastando com os 20% de recém-graduados e profissionais mais jovens para quem o salário é ainda um fator primordial.

A nível nacional, oportunidades para progressão rápida na carreira (16%), oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial (8%) e liderança inspiradora (7%) são os critérios seguintes. E não variam muitos dos resultados apurados a nível global: oportunidades para progressão rápida na carreira (12%), liderança inspiradora (11%) e oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial (9%).

Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades.

Nicole de Fontaines

Diretora executiva da CEMS

“À medida que regressamos ao escritório, e num momento em que atrair e reter os melhores talentos está no topo da agenda, é importante que as organizações ouçam atentamente o que os profissionais mais desejam e ajam de acordo com isso. Dessa forma, eles podem atrair os funcionários mais talentosos, beneficiarem-se da ambição das suas pessoas, incentivar a inovação e, por fim, obter uma vantagem competitiva em tempos incertos”, aconselha a responsável.

No que diz respeito aos profissionais em início de carreira, “tal significa oferecer oportunidades para trabalharem em projetos que geram impacto global real, ao mesmo tempo em que se reconhece a sua necessidade de ter uma vida para além do trabalho”, clarifica Nicole de Fontaines.

Recém-licenciados e profissionais mais jovens querem poder viajar

O critério “oportunidade de viajar pelo mundo” apareceu entre os cinco principais critérios para os entrevistados mais jovens (dos 19 aos 25), mas ficou muito abaixo na lista para outras faixas etárias.

Algumas empresas, nomeadamente no setor hoteleiro, aproveitando a rede de hotéis que, muitas vezes, possuem além-fronteiras, estão precisamente focadas em oferecer benefícios que vão ao encontro das ambições do talento mais jovem, de forma a atraí-lo. Um deles é a mobilidade internacional.

“Temos mais de 100 hotéis e temos imenso a aprender uns com os outros. Optamos por dar oportunidade às nossas pessoas de fazerem mobilidade dentro do grupo e gostamos muito dessa mobilidade entre geografias”, diz Verónica Soares Franco, executive committee member & chief human resources officer do Pestana Hotel Group, em entrevista à Pessoas.

“Sempre que entra uma oportunidade de recrutamento identificamos se, na nossa base de colaboradores, existem oportunidades para uma pessoa progredir ou, por vezes, mudar de funções ou abraçar uma experiência internacional, caso seja do seu interesse. Gostamos de proporcionar este tipo de experiências às nossas pessoas”, acrescenta a líder.

Hoje são já vários os casos de colaboradores que de Portugal voaram até Espanha ou Brasil para desempenharem funções noutros hotéis do grupo e, com isso, darem um salto na sua carreira. De igual forma, “temos dado algumas oportunidades a colaboradores nossos que estão noutras geografias e que pretendam vir para Portugal para terem uma experiência internacional”.

Também o Hilton considera que viajar é um fator importante para os jovens, sobretudo nesta indústria, e há que saber aproveitá-lo. “Durante a minha própria carreira na Hilton tive oportunidades consideráveis de viajar e trabalhar em funções em todo o mundo. Austrália, Estados Unidos, China, Europa… As viagens são um fator importante para os jovens que entram no mercado de trabalho, e a nossa indústria encontra-se numa posição única para proporcionar oportunidades ilimitadas a este respeito”, considera David Kelly, vice-presidente sénior da Hilton na Europa Continental.

A CEMS realizou este estudo no outono de 2021 junto de 4.206 dos seus alumni distribuídos por 75 países ao redor do mundo, a maioria em cargos de gestão sénior. Em Portugal, foram inquiridos 291 pessoas.

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PME reduziram dependência da banca na última década<span class='tag--premium'>premium</span>

Estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos mostra que custos de financiamento baixaram para quase metade em dez anos. Menos de 50% das dívidas são à banca.

O peso da banca no financiamento das PME baixou de forma expressiva na última década, passando de mais de dois terços no final de 2007 para menos de metade em 2018, conclui um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos coordenado por Clara Raposo, presidente do ISEG. O trabalho assinala ainda que os apoios concedidos em tempo de crise a empresas promissoras têm impactos positivos. "Apesar de os empréstimos bancários continuarem a ser a principal fonte de financiamento das pequenas e médias empresas, a sua importância relativa passou de 67,6 % do total de financiamentos obtidos em2007 para 48,1 % em 2018", observa o estudo "O Financiamento das PME portuguesas: a crise e a recuperação entre 2008 e 2018",da autoria de Clara Raposo (ISEG), Cláudia Custódio (Imperial College) e

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