PJ faz buscas por suspeita de candidaturas falsas a fundos europeus

  • ECO
  • 24 Maio 2022

Em causa estão factos relacionados com projetos com apoios diretos à Internacionalização das PME, no âmbito do Portugal 2020, que envolvem incentivos superiores a três milhões de euros.

A Polícia Judiciária efetuou buscas domiciliárias em vários pontos do país, por suspeita de candidaturas falsas a fundos europeus, avançou a RTP e a CNN Portugal. Os factos em investigação podem representar “crimes de fraude na obtenção de subsídio e fraude fiscal qualificada”, segundo um comunicado do DCIAP. Foram constituídos 37 arguidos: 21 pessoas singulares e 16 empresas.

As diligências foram realizadas em empresas e nos domicílios dos responsáveis dessas mesmas empresas, suspeitos de terem prestados informações falsas para se candidatarem a fundos europeus, que alegadamente terão sido, posteriormente, desviados para proveito próprio, explicou a CNN.

As buscas da denominada operação Showroom decorrem em cerca de 54 locais, segundo um comunicado do DCIAP, incluindo um escritório de advogados. Foi nas zonas de Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Porto, Portalegre, Santarém e Setúbal que decorreram as buscas para tentar recolher provas do esquema que terá sido montado.

Em causa estão “factos relacionados com projetos suscetíveis de cofinanciamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através dos apoios diretos à Internacionalização das PME, no âmbito do Portugal 2020, que envolvem incentivos superiores a três milhões de euros“, explica o mesmo comunicado do DCIAP.

A investigação da Unidade de Combate à Corrupção foi dirigida pela procuradora Ana Carla Almeida, que representa a Procuradoria-Geral da República (PGR) na estrutura de missão de acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Foi esta procuradora que alertou num relatório recente para o facto de não existirem meios suficientes para evitar fraudes e corrupção, mas no âmbito do PRR, que tem mecanismos de controlo diferentes do Portugal 2020.

Na operação participaram ainda “um juiz de instrução criminal e seis procuradores da República, cerca de duas centenas de investigadores e peritos da Polícia Judiciária, bem como elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral da República”, precisa o comunicado do DCIAP.

As buscas permitiram recolher “vasta documentação e outros elementos de prova”, que vão agora ser analisados.

O ECO avançou no início de abril que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal está a investigar 15 casos de fraude com fundos comunitários. “Neste momento, correm termos neste departamento 15 inquéritos respeitantes a fraude com fundos europeus”, confirmou ao ECO fonte oficial da instituição dirigida por Lucília Gago. Mas, desde a sua implementação, é à Procuradoria Europeia que cabe investigar, instaurar ação penal e deduzir acusação contra os autores de infrações penais contra o Orçamento da União Europeia.

(Notícia atualizada às 15h05 com o comunicado do DCIAP)

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Peso dos impostos nos salários sobe para 41,8% em Portugal, apesar de ter descido na média da OCDE

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

A carga fiscal sobre os salários subiu em Portugal no ano passado, apesar de ter descido na média da OCDE. Trabalhadores portugueses recebem 72% do salário bruto que lhes é pago.

A carga fiscal sobre rendimentos do trabalho em Portugal subiu 0,3 pontos percentuais, para 41,8%, em 2021 face a 2020, em contraciclo com a quebra de 0,06 pontos percentuais, para 34,6%, da média da OCDE.

Segundo o relatório Taxing Wages 2022 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em 2021 Portugal era o 10.º (11.º em 2020) entre os 38 países membros da organização com o peso mais elevado da carga fiscal (IRS e contribuições para a Segurança Social pagos pelo trabalhador e pelo empregador) sobre o trabalhador médio, numa lista liderada pela Bélgica (com 52,6%), Alemanha (48,1%) e Áustria (47,8%) e onde a Colômbia, com uma carga fiscal de 0,0%, ocupa a última posição.

A subida registada em Portugal acontece em contraciclo com o ligeiro recuo de 0,06 pontos percentuais registado na média da carga fiscal dos países da OCDE, recuo esse que resultou de “diminuições significativas num pequeno número de países”, com destaque para a República Checa (-4,12 pontos percentuais), Grécia (-2,23 pontos percentuais), Letónia (-1,73 pontos percentuais) e Austrália (-1,25 pontos percentuais).

Entre 2020 e 2021, a carga fiscal sobre o custo do trabalho aumentou em 24 países da OCDE, diminuiu em 12 países e permaneceu no mesmo nível para o trabalhador solteiro médio na Colômbia e na Costa Rica.

De acordo com o relatório, “embora a carga fiscal para cada tipo de família tenha diminuído, em média, em toda a OCDE durante o ano passado, aumentou em muitos países” como resultado da retirada dos apoios relacionados com a pandemia.

“A carga fiscal registou quedas acentuadas em toda a OCDE em 2020, devido às medidas implementadas em resposta à Covid-19. No entanto, voltou a subir na maioria dos países em 2021, à medida que muitas dessas medidas foram sendo retiradas, os salários médios aumentaram (em todos os países, exceto dois) e novas reformas foram introduzidas na tributação do trabalho”, refere a OCDE.

“No geral – acrescenta – as alterações da carga tributária entre 2019 e 2021 foram consistentes com as tendências de longo prazo antes da pandemia”.

Segundo os dados da OCDE, considerando uma família com dois filhos, com um dos membros do casal a ganhar o salário médio, Portugal tinha em 2021 a 13.ª maior carga fiscal da OCDE: 30,9%, o que compara com a média de 24,6% dos países da organização e com a 14.ª posição ocupada em 2020.

Notando que os “benefícios e provisões fiscais relacionados com os filhos tendem a reduzir a carga tributária para trabalhadores com filhos, em comparação com o trabalhador solteiro médio”, a OCDE precisa que no ano passado, em Portugal, esta redução foi de 11 pontos percentuais, superior à média de 10 pontos percentuais da OCDE.

Considerando um período mais alargado, entre 2000 e 2021, a carga fiscal sobre o trabalhador solteiro médio aumentou 4,5 pontos percentuais em Portugal, de 37,3% para 41,8%, enquanto na OCDE diminuiu 1,6 pontos percentuais, de 36,2% para 34,6%.

“Entre 2009 e 2021, a carga fiscal do trabalhador solteiro médio aumentou 5,3 pontos percentuais em Portugal”, refere a OCDE, acrescentando que, “durante este mesmo período, a carga tributária para o trabalhador solteiro médio em toda a OCDE aumentou lentamente, para 35,3% em 2013 e 2014, antes de diminuir novamente para 34,6% em 2021”.

Quanto às famílias com dois filhos e dois salários (um correspondendo à média nacional e o outro representando 67% desta) a carga fiscal sobre o rendimento do trabalho foi de 37,2% em Portugal, mais 0,45 pontos percentuais do que em 2020, um valor que compara com uma média da OCDE de 28,8% em 2020.

Trabalhadores em Portugal recebem 72% do salário bruto que lhes é pago

O salário líquido de um trabalhador com ordenado médio e sem filhos em Portugal correspondeu em 2021 a 72% do valor bruto recebido, abaixo da média de 75,4% dos 38 países da OCDE, revela também o estudo.

De acordo com o relatório Taxing wages 2022, líquidos de benefícios, os impostos e as contribuições para a Segurança Social pagos diretamente pelos trabalhadores absorveram, em média, 28% do salário bruto dos portugueses no ano passado, tendo em conta um trabalhador com salário médio e sem filhos.

Este valor coloca Portugal acima da média da OCDE, onde os impostos e contribuições para a Segurança Social representaram, em 2021, 24,6% daquilo que recebeu o trabalhador solteiro, sem filhos e com um salário médio.

Portugal surge como o 12.º país onde a diferença entre o valor bruto e o valor líquido é maior.

Com diferenças ainda maiores surgem a Bélgica, onde o peso dos impostos e das contribuições absorveu 39,8% do salário bruto, e países como a Dinamarca, Alemanha e Lituânia, que foram os únicos também com taxas acima dos 35%.

Pelo contrário, as taxas médias mais baixas dos impostos pagos pelo trabalhador registaram-se na Costa Rica (10,5%), México (10,2%), Chile (7,0%) e Colômbia (0,0%).

No caso de um trabalhador casado médio com dois filhos, a taxa de imposto média líquida (já considerando os benefícios relacionados com os filhos e as provisões fiscais) em Portugal foi de 14,5% em 2021, a 22.ª mais elevada da OCDE e que compara com a média de 13,1% da OCDE.

Ou seja, um trabalhador casado médio com dois filhos em Portugal recebeu no ano passado um salário líquido, após impostos e prestações familiares, correspondente a 85,5% do seu salário bruto, em comparação com a média de 86,9% da OCDE.

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Pandemia trouxe crescimento exponencial à Vision-Box

  • ECO + Salesforce
  • 24 Maio 2022

A Vision-Box conseguiu aumentar as suas receitas, em larga escala, durante a pandemia. As soluções da marca são usadas por um bilião de cidadãos em todo o mundo.

A Vision-Box é um fornecedor líder mundial de experiências de viagem, que usa tecnologia biométrica para fornecer soluções de identificação seguras e contactless para aeroportos, terminais ferroviários e postos fronteiriços.

As soluções da empresa com sede em Portugal têm sido utilizadas por mais de um bilião de cidadãos em todo o mundo, mas o crescimento exponencial das suas receitas aconteceu durante a pandemia.

Apesar de, mesmo antes do período pandémico, a Vision-Box já ser pioneira na indústria de viagens pela forma como ajudava os clientes a gerirem multidões e a reduzirem os tempos de espera dos viajantes, a verdade é que foi durante a pandemia que as suas soluções contactless ganharam mais importância, uma vez que minimizaram os riscos de saúde para os viajantes.

A Vision-Box é um fornecedor líder mundial de experiências de viagem, que usa tecnologia biométrica para fornecer soluções de identificação seguras e contactless para aeroportos, terminais ferroviários e postos fronteiriços.Vision-Box

Na mesma altura, a empresa também decidiu que precisava de uma nova plataforma de gestão da relação com o cliente (CRM), que tivesse uma solução integrada de configuração, preço e cotação (CPQ). Então, tendo em conta que as restrições da Covid-19 estavam a colocar grande parte da sua base de clientes sob pressão, a empresa recorreu à equipa líder mundial de especialistas em CRM para ajudar a acelerar esta transformação – a Salesforce.

Como a Vision-Box se tornou mais ágil em 7 passos

Com esta mudança, a Vision-Box conseguiu tornar-se mais ágil e desbloquear o seu crescimento com novos conhecimentos para ajudar a expandir a sua base de clientes. E tudo isto através deste sete passos:

1. Acelerar a mudança e tornar-se mais ágil, escolhendo os parceiros certos.

A Vision-Box escolheu a Salesforce como o parceiro de confiança para a ajudar a implementar a sua nova solução CRM, o que se revelou fundamental, já que, tendo em conta que este parceiro conhecia bem os desafios enfrentados pela Vision-Box e os objetivos que a marca pretendia alcançar, conseguiu pôr em funcionamento o novo CRM com a solução integrada CPQ em apenas três meses e meio.

2. Desbloquear o crescimento através da modernização das estratégias de vendas.

Depois de estar em funcionamento, a CRM com CPQ integrado foi crucial para a Vision-Box, uma vez que permitiu que as equipas de vendas da marca conseguissem fornecer soluções de ponta a ponta aos seus clientes, de forma a que estes pudessem controlar toda a viagem do viajante e, ao mesmo tempo, perceber as necessidades dos clientes e dar-lhes as soluções que precisavam.

3. Tomar decisões mais informadas com uma melhor gestão e previsão de dados.

Tendo em conta a complexa carteira de soluções e cadeias de fornecimento da Vision-Box, a marca pretendia criar um novo sistema para ajudar a racionalizar os seus processos de fixação de preços e orçamentos. Com a ajuda dos especialistas da Salesforce, a empresa conseguiu adotar ferramentas de configuração que lhe permitiram reduzir consideravelmente os erros de preço e de cotação e facilitar a capacidade de capturar dados de vendas antigos e transferi-los para a Salesforce, o que foi fundamental para permitir à empresa melhorar as previsões.

A combinação da CRM da Salesforce com a plataforma de marketing da marca resultou num aumento do número de leads e taxas de conversão de 33%.

4. Expandir a base de clientes com novas fontes de dados e insights.

Com o setor das viagens sob tanta pressão da pandemia, a Vision-Box queria compreender melhor os clientes e as suas perspetivas, em particular aquelas suscetíveis de investir numa solução de identificação contactless. Assim, a empresa integrou as suas fontes de dados, incluindo o seu planeamento de recursos empresariais (ERP) e sistemas de business intelligence, na sua nova plataforma CRM e, com isso, conseguiu que a sua equipa de vendas percebesse oportunidades em clientes novos e já existentes. Isto fez com que aumentassem o valor total do contrato em 25%.

5. Criar um pipeline mais poderoso com dados de marketing e vendas.

Com a introdução do novo CRM, a equipa de marketing da Vision-Box viu nele uma oportunidade de evoluir a sua abordagem. Para além de fornecer métricas de desempenho para campanhas de marketing, a combinação da CRM com a plataforma de marketing da marca criou um canal de vendas que acelera o processo de vendas a partir das oportunidades geradas, fornece informações valiosas dos clientes às equipas de vendas e dá-lhes uma visão mais profunda da intenção dos líderes. Como resultado, a Vision-Box viu um grande aumento do número de leads e alcançou uma taxa de conversão de leads de 33%.

A empresa pretende no futuro criar uma plataforma de serviço ao cliente que se integrará com o CRM.Vision-Box

6. Manter os clientes mais exigentes satisfeitos com a ajuda de apoio pró-ativo.

Muitos clientes da Vision-Box funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, o que obriga a que os seus sistemas de contactless não possam falhar. Para garantir que isso não acontece, a Vision-Box investiu num plano de apoio premium com acesso 24 horas por dia às principais equipas técnicas da Salesforce. Desta forma, a empresa beneficia de uma resposta rápida e de resoluções rápidas. Prova disso é o facto de, até agora, a marca não ter relatado quaisquer casos de “Prioridade 1”.

7. Preparar-se para o futuro através de uma melhoria contínua.

Continuar a melhorar a forma como faz negócios é um dos objetivos da Vision-Box para o seu futuro. Além disso, a empresa pretende, ainda, criar uma plataforma de serviço ao cliente que se integrará com o CRM. Esta plataforma visa melhorar ainda mais as experiências dos seus clientes, ao mesmo tempo que dará às suas equipas uma compreensão mais profunda de todo o percurso do cliente. Além disso, a marca vai utilizar uma plataforma digital integrada para construir um portal de parceiros que permita aos seus revendedores criar cotações precisas.

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Congelamento das propinas mantém-se no próximo ano letivo

Os deputados continuam a debater o Orçamento do Estado e a votar a proposta do Governo artigo a artigo, bem como as propostas de alteração dos partidos.

A Assembleia da República prossegue no debate e votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2022, depois de um primeiro dia onde o PS inviabilizou a maioria das propostas da oposição. A discussão e votação das normas avocadas na parte da manhã acabou por demorar mais do que o esperado, levando a um atraso nos trabalhos desta terça-feira.

Discordâncias sobre a admissão de uma proposta do PS, por ter sido alterada à última hora, acrescentando conteúdo face à versão original em vez de só corrigir eventuais erros, levaram a discussões aquecidas no plenário. Os partidos acusaram o PS de usar a maioria absoluta para contornar as regras do regimento.

Na segunda-feira, os socialistas permitiram a aprovação de algumas medidas do Livre, PAN e Iniciativa Liberal, focadas em assuntos como Direitos Humanos ou intérpretes de Língua Gestual. Mas os deputados rejeitaram as propostas dos partidos para novos aumentos da Função Pública, devido à inflação, e para a atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS).

Acompanhe aqui.

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Jogos Santa Casa “offline” devido a “falha técnica” no centro de dados

Sistema de terminais, portal e aplicações móveis dos Jogos Santa Casa enfrentaram dificuldades devido a uma "falha técnica" no centro de dados, disse ao ECO fonte oficial.

Sistemas dos Jogos Santa Casa estavam indisponíveis esta terça-feira de manhãHugo Amaral/ECO

Os sistemas e serviços dos Jogos Santa Casa enfrentaram constrangimentos esta terça-feira de manhã. Segundo a entidade, a origem esteve numa “falha técnica” no centro de dados.

“O sistema de terminais, portal e app dos Jogos Santa Casa estão offline, devido a uma falha técnica no data center [centro de dados], estando já em curso a resolução do problema, com todos os esforços a serem envidados para que seja no mais curto espaço de tempo possível”, disse de manhã fonte oficial dos Jogos Santa Casa.

Ao início da tarde, a mesma fonte comunicou: “Já podem ser feitas apostas no portal e na app.”

O site dos Jogos Santa Casa esteve indisponível, mas já recuperou: “O Portal Jogos Santa Casa está em manutenção. Voltaremos em breve”, lia-se numa mensagem apresentada aos utilizadores. O proprietário de um estabelecimento também confirmou a indisponibilidade do terminal.

Os contactos telefónicos dos Jogos Santa Casa e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa também estavam indisponíveis de manhã. Já o portal da Santa Casa apresentava um “erro de servidor”, mas o ECO conseguiu comunicar com a assessoria de imprensa da instituição por correio eletrónico.

Até à publicação desta notícia, não existia qualquer indicação de que o problema tivesse sido provocado por um ciberataque. Em declarações à Lusa, mais tarde, a Santa Casa disse que a “hipótese de se ter tratado de um ataque informático está fora de questão”.

(Notícia atualizada às 21h08 com reposição do serviço)

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Airbnb deve encerrar operação na China face ao impacto dos confinamentos

  • Lusa
  • 24 Maio 2022

A plataforma de alojamento local planeia encerrar as suas operações na China para se concentrar em oferecer acomodações para viajantes chineses que deixam o país.

A plataforma de alojamento local Airbnb planeia encerrar a sua atividade na China, devido ao impacto dos confinamentos provocados pela pandemia de Covid-19 e à força das empresas chinesas concorrentes, noticiaram na segunda-feira os media norte-americanos.

O canal CNBC, que cita duas fontes ligadas ao processo, refere que a empresa com sede em São Francisco, nos Estados Unidos, irá comunicar esta terça-feira a decisão aos funcionários na China e terminar com as ofertas de hospedagem na potência asiática no próximo verão.

O Airbnb começou a operar na China em 2016, mas o negócio tem representado cerca de 1% da receita da empresa nos últimos anos. Estes números não têm melhorado devido ao aumento da concorrência local, mas também perante a frequente aplicação de restrições para controlo da pandemia de Covid-19 naquele país.

A plataforma de alojamento local planeia encerrar as suas operações na China para se concentrar em oferecer acomodações para viajantes chineses que deixam o país, mantendo, desta forma, um escritório em Pequim com “centenas” de funcionários, adiantaram as fontes citadas pela CNBC.

Segundo os mais recentes resultados, o Airbnb perdeu 19 milhões de dólares (cerca de 17,7 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, um número consideravelmente menor que no mesmo período do ano passado e 10% inferior que no primeiro trimestre de 2019, antes de surgir a pandemia.

Por mercados, na América do Norte as reservas cresceram 55% até março, em comparação com 2019, sendo que na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) o aumento é de 20% e na América Latina de 65%. Na Ásia-Pacífico os números permaneceram abaixo dos níveis pré-pandemia.

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Advocatus Summit: “Pequenas empresas terão mais dificuldades em aplicar estatuto do denunciante”

"Whistleblowing: novas obrigações das empresas” contou com Susana Figueiredo, docente no CEJ, Carlos Martins Ferreira, Diretor Jurídico da Jerónimo Martins e Catarina Veiga Ribeiro, da Miranda.

O 13ª painel da 5ª edição da Advocatus Summit de Lisboa foi dedicado ao tema “Whistleblowing: novas obrigações das empresas” e contou com a presença de Susana Figueiredo, Procuradora da República e docente no CEJ, Carlos Martins Ferreira, Diretor Jurídico do Grupo Jerónimo Martins, moderado por Catarina Veiga Ribeiro, of counsel da Miranda.

Catarina Veiga Ribeiro, moderadora do debate, começou por dizer que este novo regime do Estatuto do Denunciante, aprovado o ano passado, “traz grandes desafios às pessoas coletivas, públicas ou privadas (incluindo o Estado), com mais de 50 pessoas e que terão de cumprir e implementar canais de denúncia. Mas traz também a implementação de códigos de conduta, de plano de prevenção de risco e de nomeação de compliance officers e, muito relevante, dar formação aos trabalhadores neste contexto”. E sublinhou o esforço legislativo de pôr em práticas as melhores políticas internacionais.

Susana Figueiredo, procuradora do Ministério Público, considerou que é um programa complexo mas é uma espécie de laranja amarga e doce. “É uma prosa escrita com coisas até um pouco absurdas. Por exemplo: a implementação de planos normativos nas empresas que já existiam, pelo menos nas entidades públicas”. A magistrada do MP considerou ainda que este regime “poderá potenciar em determinadas situações é um aumento das notícias canalizadas para as entidades externas e não só internas. Poderá aumentar os serviços de denúncia”. E acrescentou ainda que uma das questões problemáticas é que a forma como o regime foi feito ao criar um sistema de precedência relativamente à denúncia interna, face à externa (MP e entidades de supervisão) e isso pode conduzir a um filtro das empresas.

Carlos Martins Ferreira, Diretor Jurídico do Grupo Jerónimo Martins, admitiu que este tema é atual mas não é novo, “pelo menos no que toca a empresas como a Jerónimo Martins”. O diretor jurídico sublinhou que teria ido mais longe: ” criar um regime de isenção de responsabilidade para as pessoas coletivas que o fizessem. Não é novidade, Espanha tem este regime”. E isso resolveria alguns problemas “como soluções em que a canalização de denúncias para canais externas se possa traduzir numa auto incriminação da pessoas coletiva”.

E deixou uma nota: “para qualquer empresa, mas principalmente para as pequenas empresas, com menos pessoas e menos meios financeiros, é difícil toda a regulação que visa obrigações de se organizarem porque os recursos são cruciais para se conseguir a aplicação de um quadro normativo”.

Veja aqui o vídeo.

Os escritórios patrocinadores serão Abreu Advogados, AVM Advogados, CMS Portugal, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados, TELLES e Vieira de Almeida. E ainda a Moneris.

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Nas notícias lá fora: Juros do BCE, Samsung e Air France-KLM

  • ECO
  • 24 Maio 2022

BCE admite que taxa de depósitos poderá subir para zero ou ligeiramente acima até ao final de setembro. Samsung vai investir 356 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos em setores estratégicos.

Lagarde admite que a taxa de depósitos poderá subir para zero ou “ligeiramente acima” até ao final de setembro. A Samsung vai investir cerca de 356 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para acelerar o crescimento nas áreas de semicondutores, biofarma e outras tecnologias da próxima geração. A Air France-KLM planeia vender cerca de 2,26 mil milhões de euros de novas ações para reduzir a dívida. Conheça as notícias em destaque na atualidade internacional esta terça-feira.

Bloomberg

Lagarde vê juros em zero ou ligeiramente acima até setembro

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admite que a taxa de depósitos poderá subir para zero ou “ligeiramente acima” até ao final de setembro, o que significa aumentos de pelo menos 50 pontos base face ao nível atual. “Estamos a movimentar muito provavelmente para território positivo até ao final do terceiro trimestre”, disse Lagarde, em entrevista à Bloomberg TV. “Quando se está fora das taxas negativas podemos estar num nível zero ou ligeiramente acima de zero. Isto é algo que vamos decidir com base nas nossas projeções e orientações futuras”, acrescentou a líder do banco central.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês).

Reuters

Samsung vai investir 356 mil milhões de euros em setores estratégicos

A Samsung vai investir 450 biliões de won (356 mil milhões de dólares) nos próximos cinco anos para acelerar o crescimento em semicondutores, biofarma e outras tecnologias da próxima geração, anunciou o grupo sul-coreano. 80% do investimento será feito na Coreia do Sul. A Samsung não incluiu as baterias para carros elétricos como uma das alavancas do seu negócio no futuro. A Samsung SDI, a unidade de baterias, e a Stellantis, vão anunciar uma nova fábrica de baterias no estado americano do Indiana esta terça-feira.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

El Economista

Espanha lança candidatura para a construção de uma “gigafábrica” de módulos solares

Na passada sexta-feira, dia 20 de maio, o European Solar Manufacturing Council (ESMC) lançou um projeto para mobilizar o investimento da União Europeia (UE) na área da indústria fotovoltaica. Espanha já mostrou vontade de liderar e coordenar o processo, que envolveria a instalação de uma “gigafábrica” de módulos solares no país com um investimento de cerca de 1.000 milhões de euros, sendo que quatro outros Estados-membros (Áustria, Lituânia, Luxemburgo e Polónia) também já expressaram o seu total apoio a este projeto de interesse comunitário.

Leia a notícia completa noEl Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Air France-KLM vai vender 2,4 mil milhões de dólares de novas ações para reduzir a dívida

A companhia aérea Air France-KLM planeia vender cerca de 2,26 mil milhões de euros (2,4 mil milhões de dólares) de novas ações para apoiar o seu balanço financeiro e reembolsar uma parte do apoio estatal que ajudou a transportadora a sobreviver à crise provocada pela pandemia de Covid-19. As receitas serão utilizadas para reembolsar cerca de 1,7 mil milhões de euros de obrigações subordinadas emitidas em abril do ano passado e detidas pelo Governo francês, e para reduzir ainda mais a dívida, disse esta terça-feira a companhia aérea franco-holandesa. O período de subscrição está fixado entre 27 de maio e 9 de junho.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês).

Financial Times

Airbnb planeia encerrar atividade na China devido aos confinamentos e concorrência

A plataforma de alojamento local Airbnb planeia encerrar a sua atividade na China, devido ao impacto dos confinamentos provocados pela pandemia e à força das empresas chinesas concorrentes. O canal CNBC, que cita duas fontes ligadas ao processo, refere que a empresa irá comunicar esta terça-feira a decisão aos funcionários na China e terminar com as ofertas de hospedagem na potência asiática no próximo verão. O Airbnb começou a operar na China em 2016, mas o negócio tem representado cerca de 1% da receita da empresa nos últimos anos, planeando agora encerrar as suas operações na China para se concentrar em oferecer acomodações para viajantes chineses que deixam o país.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

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“Cenário de maior incerteza e volatilidade de taxa de juro implica uma prudente gestão dos riscos”, alerta CFO do BCP

Miguel Bragança sublinha que o contexto atual obriga a um maior cuidado na gestão dos riscos pelo BCP e pelos clientes, mas também pode gerar oportunidades.

Miguel Bragança é um dos nomeados na categoria de melhor CFO na relação com os investidores da 34.ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), uma iniciativa da consultora Deloitte. Em resposta escrita a questões enviadas pelo ECO, o responsável salienta “que o cenário de maior incerteza e volatilidade de taxa de juro implica uma prudente gestão dos riscos”.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica, fez o MBA no INSEAD, tendo recebido o prémio Henry Ford II, atribuído aos alunos com média final mais elevada. Ao longo da carreira passou por várias instituições financeiras, como o Citibank Portugal e o Santander Totta. Entrou para o conselho de administração do BCP em 2012.

O gestor de 55 anos diz que é importante “ter a coragem e a humildade de alterar posições quando tal é necessário”. O que “implica necessariamente a capacidade de ouvir sobretudo as evidências que podem não confirmar as nossas visões a anteriori.

Que desafios é que a aceleração da inflação está a criar para o negócio e de que forma é que o Millennium BCP está a responder a eles?

O crescimento do PIB português no primeiro trimestre de 2022 foi de 2,6% em cadeia e de 11,9% em termos homólogos, o que representa um crescimento significativo sobretudo quando comparado com os restantes países europeus, elevando inclusive o PIB para níveis superiores aos registados no período pré-pandemia.

A evolução favorável da economia portuguesa resulta em parte do dinamismo do consumo privado após um período de retração associado ao aumento dos níveis de poupanças durante os períodos críticos da pandemia (2020 e 2021), da reduzida taxa de desemprego, do nível de investimento, da contribuição positiva das exportações associadas sobretudo ao turismo.

O BCP está hoje mais forte e mais bem preparado para enfrentar desafios, atendendo à melhoria da qualidade do balanço e aos níveis de capital e liquidez. Ficou bem demonstrado durante a crise pandémica como essa força permitiu ao BCP desempenhar um papel fundamental no apoio às famílias e as empresas portuguesas, seja no seu esforço de adaptação à crise, seja na preparação para os novos desafios.

O aumento da inflação associado à disrupção das cadeias de valor e à subida de preços da energia, sobretudo energéticas, gera para os nossos clientes uma necessidade particular ao nível da adaptação do seu modelo de negócio e da gestão dos seus riscos. O BCP é um parceiro privilegiado para oferecer aos seus clientes soluções de gestão de risco, seja na cobertura dos custos de matérias-primas, seja no apoio ao desenvolvimento de novas cadeias de valor através das suas soluções de comércio internacional, seja na gestão dos riscos mais diretamente financeiros, como os riscos cambiais, de taxa de juro de liquidez. Adicionalmente, o BCP tem um forte valor acrescentado no apoio ao investimento que permite a adaptação do modelo de negócio, nomeadamente execução dos projetos que mais podem beneficiar do novo paradigma energético e digital.

A inflação trouxe também um novo ciclo de aumento das taxas de juro. Qual será a resposta do Millennium BCP a este novo enquadramento?

Conforme acima referido, este cenário de maior incerteza e volatilidade de taxa de juro implica uma prudente gestão dos riscos, seja para o BCP, seja para os seus clientes. A oferta de soluções competitivas de financiamento a taxa fixa a longo prazo para particulares, a postura de parceria no desenho das soluções de financiamento para empresas que beneficiem dos diferentes apoios Europeus e a oferta de soluções estruturadas para cobertura do risco de taxa de juro são claramente áreas de foco do BCP. Especialmente em relação aos clientes mais expostos a variáveis financeiras e aos investidores, também há um cuidado especial no acompanhamento da evolução dos mercados permitindo que estes beneficiem de oportunidades quando elas surgem. A cultura do BCP que enfatiza a banca de relação e de parceria na gestão dos riscos e o compromisso com a capacidade de resposta e a agilidade organizacional é crítica, de forma a responder às necessidades dos clientes, seja dos tomadores de fundos, seja dos investidores.

“Shaping human lives through sustainability and technology” foi o tema escolhido para a edição deste ano dos IRGAwards, num convite à reflexão sobre a maneira como funcionamos enquanto sociedade e o legado que deixaremos às gerações futuras. O que é urgente mudar para deixarmos às próximas gerações um legado melhor?

Temos todos de estar conscientes que o atual modelo de desenvolvimento da economia global não é sustentável. O forte crescimento do nível de vida que ocorreu desde a revolução industrial só foi tornado possível pela tecnologia e pela intensidade do consumo energético da produção. Todavia, as atuais fontes desse consumo energético são finitas pelo que, para manter ou idealmente continuar a crescer o nível de vida das populações, é necessário converter o modelo de produção energética num que não consuma recursos de tal forma limitados. Assim coloca-se um tema ao nível da economia global que implica utilizar a tecnologia para encontrar formas sustentáveis de produzir energia e de continuar a melhorar o nível de vida das populações apesar da provável menor intensidade energética da produção.

Adicionalmente, no caso de Portugal, temos o imperativo moral de deixar às futuras gerações um modelo de crescimento que melhore o seu nível de vida, o que não tem acontecido de forma satisfatória nas últimas décadas. A alteração do paradigma tecnológico e energético pode ser uma oportunidade para o conseguirmos por, por definição, o sucesso estar menos dependente das vantagens comparativas do passado. Assim haja sentido de urgência, consenso social, iniciativa e vontade para o fazermos, em conjunto e enquanto sociedade.

Da sua experiência como gestor, que lição considera mais valiosa para enfrentar o momento atual?

Especialmente em momentos de incerteza, devemos ter em mente a célebre citação de Darwin, segundo a qual não é a espécie mais forte que sobrevive, mas sim a que melhor se adapta às mudanças. Sem descurar a importância do planeamento, até como exercício para o pensamento estratégico, temos de enquanto gestores estar muito “sintonizados” com alterações do meio ambiente e de ter a coragem e a humildade de alterar posições quando tal é necessário. Tal implica necessariamente a capacidade de ouvir sobretudo as evidências que podem não confirmar as nossas visões a anteriori. Em situações de incerteza como a atual também chamava a atenção para a importância do desenvolvimento de uma cultura organizacional de genuíno trabalho em equipa, focada na procura de soluções, particularmente eficaz quando há perspetivas diversas e multidisciplinares, que contribuem necessariamente para a qualidade da decisão e para o sucesso da execução.

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Só dez funcionários públicos aceitaram ir trabalhar para o interior

  • ECO
  • 24 Maio 2022

Apenas dez funcionários públicos já foram trabalhar efetivamente para concelhos do interior, apesar de 330 trabalhadores terem manifestado interesse no programa de incentivos do Governo.

Até 19 de maio, 330 trabalhadores tinham manifestado interesse no “Programa de Incentivos à Fixação de Trabalhadores do Estado no Interior”, mas apenas dez funcionários públicos já foram trabalhar efetivamente para concelhos do interior, noticia o Público. A maioria, oito, estão em regime de teletrabalho e outros dois foram sujeitos a mobilidade.

De acordo com o gabinete da secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, o Governo empenhou-se, “desde o primeiro momento, em garantir condições de encorajamento” à adesão a este programa. No entanto, reconhece que os resultados alcançados estão aquém das expectativas e “incentivam à análise, reflexão e definição de medidas a adotar futuramente”.

Dos 330 trabalhadores que já manifestaram interesse no programa, mais de metade (53%) são técnicos superiores, enquanto 37% são assistentes técnicos e 10% assistentes operacionais. Estes trabalhadores, segundo o Governo, correspondem a 2.126 manifestações de interesse, uma vez que o mesmo trabalhador pode manifestar interesse por vários territórios e modalidades de adesão.

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Greenvolt cai 5% com setor energético a pressionar Lisboa

Bolsas europeias corrigem em baixa após os ganhos da última sessão. Em Lisboa, setor energético lidera perdas, com a Greenvolt a cair mais de 5%.

Lisboa acordou esta terça-feira com os investidores a mostrarem alguma aversão ao risco, sobretudo no setor da energia, onde a Greenvolt cai 5%, registando a maior queda na praça nacional. Europa também está em perda depois de uma sessão asiática no vermelho, com os investidores a digerirem os estímulos anunciados por Pequim para ajudar a conter o impacto dos confinamentos.

O principal índice português, o PSI, cai 0,26% para 6.063,82 pontos, com sete cotadas a negociar abaixo da linha de água. O setor da energia é o mais penalizado do dia. As ações da Greenvolt cedem 5,12% para 6,86 euros, depois de a empresa de energias renováveis liderada por Manso Neto ter anunciado a entrada no mercado da Islândia.

A Galp também recua 1,19% para 11,175 euros, num dia em que os preços do petróleo corrigem em baixa de 1%, depois de três sessões em alta.

No grupo EDP, a EDP Renováveis cai 0,49% para 22,2 euros e a casa-mãe EDP desvaloriza 0,30% para 4,68 euros.

No setor financeiro, o peso pesado BCP cai 0,61%, depois de ter disparado quase 5% na sessão anterior, beneficiando das declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a saída dos juros negativos até final do terceiro trimestre. Esta terça-feira, em entrevista à Bloomberg a partir de Davos, Lagarde assegurou que o banco central não está num “modo de pânico” por causa da inflação e revelou que uma recessão da economia não figura no cenário base do BCE.

Do lado positivo, a Navigator soma cerca de 0,3% depois de anunciar uma subida dos lucros para 50,6 milhões de euros no primeiro trimestre, à boleia do aumento dos preços do papel.

Também as principais praças europeias registam perdas nos minutos iniciais da sessão desta terça-feira. O CAC-40 cai 0,74% e o IBEX-35 perde 0,9%, enquanto o DAX cede 1%. O índice de referência europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,41%.

A Europa acompanha assim o sentimento negativo que se verificou nas praças asiáticas e quando os futuros de Wall Street também apontam para uma abertura em terreno negativo das bolsas de Nova Iorque.

Pequim anunciou um pacto de medidas de apoio às empresas e de estímulo à procura para contrariar o impacto dos confinamentos na segunda maior economia do mundo. As medidas incluem descontos de 21 mil milhões de dólares em impostos e investimentos na construção ferroviária, segundo a agência Xinhua News, citada pela Bloomberg.

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Von der Leyen já descarta consenso sobre sexto pacote de sanções

  • ECO
  • 24 Maio 2022

Presidente da Comissão Europeia defendeu em Davos que a Rússia está a bombardear armazéns de cereais "deliberadamente" e a impedir os navios ucranianos de exportarem trigo e sementes de girassol.

A presidente da Comissão Europeia disse em Davos que a Rússia está a atacar armazéns de cereais na Ucrânia “deliberadamente” e a impedir a saída de navios carregados de cereais dos portos ucranianos. Ursula Von der Leyen acredita que Vladimir Putin está a usar a cadeia de abastecimento alimentar mundial como arma de “chantagem” contra o Ocidente.

Horas depois, em declarações ao Politico, a líder europeia afastou um consenso sobre o sexto pacote de sanções à Rússia a tempo de ser aprovado na próxima cimeira. “Não é um tema apropriado para ser resolvido no Conselho Europeu”, disse. O primeiro-ministro húngaro tinha enviado, entretanto, uma carta ao Conselho Europeu para manter a sua posição contra o embargo europeu ao petróleo russo. A carta húngara entra em contradição com as expectativas alemãs de alcançar um acordo sobre a proibição da importação de petróleo russo. “Estou otimista para que seja encontrada uma solução nos próximos dias”, disse o alemão Robert Habeck, ministro da tutela e vice-chanceler da Alemanha.

Com a guerra na Ucrânia a entrar no terceiro mês, leia as principais notícias do dia:

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