Sem Enzo, Benfica fecha primeira metade da época com prejuízo de 13,3 milhões

Boa campanha na Liga dos Campeões vale melhor registo semestral de sempre à SAD liderada por Rui Costa no item dos rendimentos operacionais (111,6 milhões de euros), excluindo transações de atletas.

A SAD do Benfica registou um prejuízo de 13,3 milhões de euros no primeiro semestre do exercício relativo à época desportiva de 2022/23, que representa, ainda assim, uma melhoria de 58% em relação aos resultados que a sociedade liderada por Rui Costa tinha obtido em igual período do ano passado.

Em comunicado enviado à CMVM, a sociedade lisboeta ressalva que a mais-valia obtida com a alienação dos direitos do jogador argentino Enzo Fernández, vendido ao Chelsea depois do Mundial do Qatar, apenas terá impacto no resultado do segundo semestre, uma vez que a transferência apenas ficou fechada em janeiro de 2023.

Entre 1 de julho e 31 de dezembro de 2022, os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingiram 111,6 milhões de euros, um crescimento de 16,3% face ao período homólogo.

Este valor corresponde ao melhor registo alcançado pela Benfica SAD num primeiro semestre e está principalmente relacionado com o desempenho desportivo na fase de grupos da Liga dos Campeões”, justifica, notando que os 9,6 milhões garantidos pelo acesso aos oitavos de final da competição ainda não entram nestas contas.

O valor do ativo baixou 7,3%, para 494,6 milhões de euros, enquanto o passivo foi igualmente reduzido para 398,9 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 6,1% face ao final do exercício transato.

“O valor do capital próprio a 31 de dezembro de 2022 continua a ser um indicador positivo do desempenho económico da sociedade nos últimos exercícios, que recuperou um valor acumulado de 119,5 milhões de euros desde 30 de junho de 2013”, salienta no mesmo comunicado.

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Nova lei orgânica das CCDR deve ser aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

"Quer na agricultura quer na cultura, os serviços passam, na íntegra, a fazer parte das CCDR”, diz a ministra da Coesão.

A nova lei orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) deverá ser aprovada esta quinta-feira na reunião do Conselho de Ministros a realizar em Faro, revelou esta terça-feira e a ministra da Coesão Territorial. “Está agendada a discussão da nova lei orgânica [das CCDR] e a expetativa é que seja aprovada”, confirmou à agência Lusa Ana Abrunhosa sobre a reunião descentralizada do executivo prevista para a capital algarvia.

No âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”, na quarta e na quinta-feira vários membros do Governo vão visitar os 16 concelhos do distrito de Faro, numa programa com 60 iniciativas.

A ministra já tinha abordado a iminência da aprovação da nova lei orgânica das CCDR aos presentes no evento de apresentação dos estudos de caso das três regiões portuguesas (Algarve, Centro e Área Metropolitana de Lisboa) integradas no projeto “Rethinking regional attractiveness” [“Repensar a atratividade regional”], desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com o apoio da Comissão Europeia, que decorreu na Universidade do Algarve, em Faro.

Em novembro, foi aprovada em Conselho de Ministros a resolução que iniciou a transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as CCDR, em nove áreas (economia, cultura, educação, formação profissional, saúde, conservação da natureza e das florestas, infraestruturas, ordenamento do território e agricultura).

“A lei orgânica tem estado a ser discutida no Conselho de Ministros. Já foi apresentada uma proposta no Conselho de Concertação Territorial, (…) teve muito bom acolhimento dos membros do conselho e agora estamos a acertar coisas importantes entre diferentes ministérios. Seguir-se-á a aprovação dos estatutos, em que ficará muito mais claro as novas competências nas diferentes áreas”, acrescentou a ministra da Coesão Territorial à Lusa.

Segundo Ana Abrunhosa, “quer na agricultura quer na cultura, os serviços passam, na íntegra, a fazer parte das CCDR” e que, depois, haverá atribuições de certos serviços “que passam para as CCDR mantendo-se esse serviço de origem”, sendo certo ainda que a área das florestas estará, numa primeira fase, fora desse lote.

A ministra da Coesão Territorial salientou que a reorganização das CCDR encaixa numa série de políticas de descentralização, incluindo a passagem de competências para os municípios, que contribuem para uma “articulação multinível, muito importante” para que, quando forem implementadas políticas públicas nacionais a nível regional, sejam atingidos resultados.

É a melhor forma de fazermos coesão territorial, a melhor forma de aproximarmos a decisão dos problemas e a melhor forma de termos em conta, quando implementamos as medidas, que aqueles que tomam a decisão são aqueles que melhor conhecem o problema e que estão em melhor posição para resolver o problema”, sustentou.

A consolidação dessa articulação multinível entre as várias esferas da administração pública foi uma das principais conclusões da apresentação dos estudos de caso do projeto “Rethinking regional attractiveness”, que originaram consenso junto dos presidentes das CCDR do Algarve e do Centro, José Apolinário e Isabel Damasceno, respetivamente, e de Nuno Bento, coordenador do Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais de Lisboa, em representação da CCDR/Lisboa e Vale do Tejo.

Claire Charbit, chefe da Unidade de Diálogo e Migrações Territoriais do Centro de Empreendedorismo, PME, Regiões e Cidades da OCDE, disse à Lusa que o estudo pretende “fornecer ferramentas” para aquelas três regiões portuguesas, num total de 15 analisadas a nível europeu neste projeto, tendo sido implementada uma metodologia que permitiu traçar um retrato simples das prioridades.

“Recentemente, temos tido vários choques. Com a covid-19, com a guerra [na Ucrânia], com a inflação, com a subida de preços. Precisamos de instrumentos de mudança que tenham em conta não uma visão dividida setor a setor, mas uma visão integral. Definir a prioridade que temos de abordar e juntar todas as nossas forças”, apontou. Sobre a Área Metropolitana de Lisboa, a responsável considerou que, “como em todos os lugares maravilhosos, há um preço a pagar”, nomeadamente com o preço alto da habitação. “Quem trabalha em Lisboa não consegue viver em Lisboa”, realçou.

Tem de ser mais inclusiva e abordar questões habitacionais. E também tem de levar em conta a sustentabilidade porque, com a aglomeração de pessoas, a preservação do capital natural e da biodiversidade é um desafio”, prosseguiu Claire Charbit, pedindo ainda uma “melhor interação com as regiões vizinhas”, uma vez que o grande poder de atratividade de Lisboa “tem de se propagar e criar um efeito ‘spill-over’ [transbordamento] nas regiões do interior”.

Em relação ao Centro, apontou como prioridade o reforço do investimento nas acessibilidades, nomeadamente no transporte ferroviário, a digitalização. “É também preciso tornar o poder da universidade [de Coimbra] e o capital cultural mais impactante em termos de resultado económico”, acrescentou. Para o Algarve, as conclusões passam pelo desenvolvimento de uma atividade económica “mais diversificada, para além do turismo”, e pelo aumento dos incentivos e da promoção do interior.

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Benfica SAD acusada de fraude fiscal na investigação do “saco azul”

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2023

Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira também acusados na investigação iniciada após alerta do banco BIC, por pagamentos a pequena empresa de informática que não prestava qualquer serviço.

A Benfica SAD e a Benfica Estádio são acusadas de fraude fiscal no âmbito da investigação relacionada com um “saco azul” no clube da Luz, iniciada depois de um alerta do banco BIC, por terem pagado cerca de 1,65 milhões de euros a uma pequena empresa de informática (Questão Flexível) que não prestava qualquer serviço às duas entidades, sendo esses valores imediatamente levantados ao balcão através de cheques em caixa.

De acordo com o Expresso, o procurador Hélder Branco dos Santos decidiu ainda acusar de crimes de fraude fiscal e de falsificação os três gestores que lideravam a SAD benfiquista em 2017 e que “tinham perfeita consciência de que as faturas emitidas pela Questão Flexível em benefício das sociedades Benfica SAD e Benfica Estádio não titulavam quaisquer operações económicas”: o ex-presidente Luís Filipe Vieira, o antigo diretor financeiro, Miguel Moreira, e Domingos Soares de Oliveira, que ainda é administrador da SAD, ao lado de Rui Costa.

O jornal escreve ainda que José Bernardes, dono da Questão Flexível que cobrava 11% das faturas passadas, vai responder pelos crimes de fraude fiscal, falsificação e branqueamento. Com este esquema, sublinha o procurador, citado pelo mesmo jornal, houve “uma forma de fuga aos impostos, quer de IVA quer de IRC, num total de mais de 500 mil euros que deverá ser pago solidariamente por todos os arguidos”.

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Mais de 27 mil títulos de residência atribuídos a britânicos residentes em Portugal

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

Os cidadãos britânicos tinham sido notificados em 2022 para procederem ao agendamento da recolha dos seus dados biométricos

Um total de 27.080 cidadãos britânicos residentes em Portugal já tinham recebido o seu título de residência até fevereiro passado, 91,4% dos quais nos últimos quatro meses, informou esta terça-feira o Governo.

Segundo um comunicado conjunto dos ministérios da Administração Interna e da Justiça e dos secretários de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa e dos Assuntos Europeus, trata-se de cidadãos britânicos que tinham sido notificados em 2022 para procederem ao agendamento da recolha dos seus dados biométricos com vista à atribuição do título de residência em Portugal.

A mesma nota refere que Portugal tem implementado várias medidas para garantir que os cidadãos britânicos e suas famílias a residir no território nacional a 31 de dezembro de 2020 possam beneficiar dos direitos decorrentes do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).

De acordo com o comunicado, após uma fase-piloto do processo de emissão dos cartões de residência efetuada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, onde foram emitidos 95% dos títulos de residência solicitados, e para recuperar o atraso causado pelo impacto da pandemia de covid-19 nos serviços públicos, em agosto de 2022 foi alargada a competência para a emissão e renovação do título de residência a outras entidades públicas, designadamente o Instituto dos Registos e do Notariado e os Espaços Cidadão.

Existem hoje 28 postos de atendimento, com especial foco no Algarve, que conta com 10 postos devido à elevada concentração de grande parte da comunidade britânica nesta região. Para os cidadãos impossibilitados de deslocação por incapacidade física, foram assegurados procedimentos para que equipas móveis do SEF se deslocassem aos respetivos domicílios”, divulgou o governo.

O comunicado conjunto refere ainda que, estando o atendimento dependente apenas do agendamento por parte dos próprios beneficiários, 33.637 britânicos residentes já procederam a esse agendamento e 93,4% dos que compareceram já receberam o título de residência.

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IGF admite cenário de reintegração de Alexandra Reis na TAP

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2023

O parecer da Inspecção-Geral de Finanças inclui vários cenários perante as irregularidades na saída da gestora da TAP. Um deles é a reintegração na companhia aérea.

O parecer provisório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) admite a possibilidade de Alexandra Reis ser reintegrada na TAP ou ter de devolver parte da indemnização, avança a SIC.

A IGF já concluiu a avaliação preliminar ao processo de saída da antiga da administradora da TAP, com uma indemnização de 500 mil euros, tendo considerado existirem irregularidades, como avançou o ECO. Segundo noticia o canal, o parecer provisório, que aguarda ainda o contraditório dos envolvidos, aponta vários cenários.

A IGF admite que Alexandra Reis pode ter de devolver parte da indemnização, tendo em conta que quatro meses depois de sair da companhia aérea entrou para a presidência da NAV Portugal, também uma empresa pública. Esta hipótese resulta da aplicação do Estatuto do Gestor Público, que obriga a devolver a diferença entre o valor recebido e o novo salário.

Se for considerado que o acordo de saída não tem validade legal, a antiga gestora da TAP, que saiu por divergências com a CEO, pode ter de ser reintegrada na companhia. A decisão caberá aos ministérios que tutelam a TAP e pediram o parecer à IGF: Finanças e Infraestruturas.

A SIC avança ainda que Alexandra Reis enviou o seu contraditório à IGF na sexta-feira. Só depois de ter recebido as respostas requeridas é que será elaborado o relatório final.

O ministro das Finanças recusou esta quarta-feira tirar ilações sobre o parecer provisório. “Quando o relatório final da IGF for entregue, será dado conhecimento público das conclusões e enviado à Assembleia da República. O Governo tomará as decisões necessárias para assegurar o estrito cumprimento da legalidade”, afirmou Fernando Medina na Comissão de Orçamento e Finanças.

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Câmara de Viseu investe 737 mil euros em novo Arquivo Municipal

A Câmara Municipal de Viseu investe 737 mil euros em novas instalações do Arquivo Municipal, centralizando todo o acervo num só edifício.

O acervo documental do município de Viseu – até então disperso por vários espaços e edifícios camarários – está agora centralizado num único espaço, que “garante as corretas condições de receção, gestão, manutenção e conservação dos documentos”, avançou a Câmara Municipal de Viseu que investiu 737 mil euros nas novas instalações deste Arquivo Municipal.

“Com este novo equipamento, dispomos agora de todas as condições, nomeadamente espaço físico e pessoas capacitadas para dar apoio aos munícipes e cidadãos que necessitem de aceder ao Arquivo Municipal”, começou por afirmar o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, durante a inauguração do espaço. Cerimónia que contou ainda com a presença do número dois da autarquia, João Paulo Gouveia, e da vereadora do Urbanismo, Modernização Administrativa e Economia, Mara Almeida.

O edifício dispõe de quatro salas de arquivo para armazenar e conservar toda a documentação alusiva aos processos de urbanização e edificação do município de Viseu, num total de 1.253 metros quadrados. O Museu de Arquivo dispõe ainda de uma sala de leitura/consulta de documentos e outras áreas de caráter técnico e administrativo.

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Governo confirma escolha de João Neves para liderar o Porto de Leixões

Escolha de João Galamba para a liderança da APDL abriu guerra interna no PS. O até agora presidente executivo da Águas do Alto Minho, próximo do ex-ministro Matos Fernandes, toma posse a 1 de março.

João Neves, até agora presidente executivo da Águas do Alto Minho (AdAM), “inicia funções” esta quarta-feira como presidente do conselho de administração da APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, “enquanto Cláudia Soutinho e Joaquim Gonçalves assumem funções como vogais”, confirmou ao ECO o Ministério das Infraestruturas.

Como o ECO noticiou em primeira mão, a 31 de janeiro, este quadro da APDL, com licença sem vencimento há cerca de dez anos, foi a escolha de João Galamba para suceder a Nuno Araújo, que terminou mandato no final do ano passado. O ex-chefe de gabinete que Pedro Nuno Santos tinha nomeado para a administração portuária nortenha assumiu o cargo de diretor-geral da Aethel Mining, concessionária das minas de ferro de Torre de Moncorvo.

Engenheiro civil especializado no ramo hidráulico, João Neves regressa, assim, a uma empresa pública onde passou grande parte da carreira, entre 1999 e maio de 2013, tendo desempenhado funções de chefe de divisão de obras. Partiu nessa altura para Moçambique, pela mão de José Pedro Matos Fernandes, ex-ministro do Ambiente, tendo estado cinco anos como diretor da área de engenharia e membro do conselho executivo da MPDC – Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo.

Voltou a Portugal em 2017 para ser administrador executivo das Águas do Douro e Paiva e da SIMDOURO. Em maio de 2020, numa altura em que Galamba já era secretário de Estado Adjunto e da Energia, incorporado no Ministério do Ambiente e da Ação Climática, transitou para a administração da Águas de Portugal (AdP). E em abril de 2021 foi nomeado presidente executivo das AdAM, que serve sete dos dez concelhos da região e que é detida em 51% pela AdP e em 49% por vários municípios do Alto Minho.

João Neves, novo presidente da APDL.

Numa nota enviada, entretanto, às redações, a APDL, a entidade responsável pela jurisdição do Porto de Leixões, do Porto de Viana do Castelo e da Via Navegável do Douro, confirma igualmente que a tomada de posse de João Neves está agendada para esta quarta-feira, pondo fim a um período de transição de pastas em que a liderança foi ocupada, de forma interina, por Cláudia Soutinho.

Guerra política e novo terminal em suspenso

A escolha de João Neves, que, segundo noticiou o JN, terá sido sugerido a Galamba por Matos Fernandes, atual consultor da Abreu Advogados e com quem trabalhou de perto quando estavam ambos no Ministério do Ambiente, acabou por abrir uma autêntica guerra interna nas estruturas locais do Partido Socialista. É que a distrital do Porto, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, teria acertado com o anterior ministro, Pedro Nuno Santos, que aquele lugar seria ocupado por Miguel Lemos Rodrigues, administrador executivo da Águas de Gaia.

Por outro lado, como o ECO já escreveu, esta guerra partidária tem outro quadro de fundo: o lançamento, ou não, de um concurso para um novo terminal no Porto de Leixões, com capacidade para receber navios até 8.000 TEU (contentores de 20 pés). Um projeto que exige um investimento de 220 milhões de euros e que pode abrir também um novo ciclo de empresas concessionárias. Atualmente, quem tem a concessão dos contentores é o grupo turco Yildirim, enquanto a Galp tem um terminal de contentores privado e a ETE o terminal de carga.

(Notícia em atualização)

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“Anomalia técnica” causa indisponibilidade de serviços de BPI

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

As perturbações deveram-se a uma “anomalia técnica que causou uma indisponibilidade temporária de vários serviços e que já esta resolvida” durante cerca de uma hora.

O BPI foi esta tarde afetado por uma “anomalia técnica” que causou indisponibilidade temporária de vários serviços, incluindo no uso dos cartões do banco, confirmou fonte oficial do banco à Lusa.

A Lusa contactou o BPI depois de a partir das 18:45 ter recebido vários relatos de problemas no uso de cartões do BPI, bem como na aplicação do banco. Os contactos telefónicos estiveram também indisponíveis, segundo constatou a Lusa.

Fonte oficial explicou que as perturbações se deveram a uma “anomalia técnica que causou uma indisponibilidade temporária de vários serviços e que já está resolvida”, tendo demorado “menos de uma hora”.

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Dez tendências que vão marcar o marketing e o consumo

Cruzando as tendências que refletem os avanços tecnológico e as alterações de comportamento dos consumidores, a LLYC aponta 10 tendências para 2023.

A revolução dos conteúdos e a inteligência artificial (IA) generativa, a intenção vs o comportamento do consumidor, a luta pela monetização dos conteúdos, a personalização, a leitura dos dados, a atenção reforçada experiência do utilizador, os ambientes virtuais e a descentralização do comércio eletrónico. Estas são algumas das tendências que a LLYC, cruzando dados das equipas de deep digital business e de consumer engagement da consultora, considera que vão condicionar a relação entre marcas e consumidores este ano e às quais os profissionais de marketing devem prestar particular atenção nos próximos meses.

De acordo com a LLYC, o mercado terá por um lado as tendências que refletem os avanços tecnológicos, este ano muito marcado pela explosão da inteligência artificial e pela transformação nos processos de trabalho, e por outro lado as tendências mais associadas a mudanças nos hábitos do consumidor, decorrentes tanto do controlo despesas como do consumo de conteúdos monetizados. Em simultâneo, aparecem “palavras da moda”, como o metaverso, as super apps, a behavioral economics ou o decentralized commerce, enumera.

Estamos a viver uma explosão da tecnologia aplicada ao consumo. Neste cenário, parece-nos fundamental analisar a forma como o cruzamento entre o desenvolvimento exponencial das tecnologias e a sua popularização determina aquilo a que se deve prestar atenção para otimizar o investimento e continuar a acrescentar valor tanto para as empresas como para os consumidores”, refere David González Natal, sócio e responsável global de engagement da LLYC. Quando as perspetivas macroeconómicas são adversas, as empresas tendem a reduzir os seus investimentos em marketing e comunicação. No entanto, tudo nos indica que a solução é o contrário“, reforça.

Neste contexto empresas precisam de ser pragmáticas na abordagem dos seus desafios de negócio, e esse pragmatismo envolve necessariamente soluções que lhes permitam medir o impacto das suas decisões tanto no curto como no longo prazo, assegurando que os seus interesses estão alinhados com os dos seus consumidores e que estão a obter a rentabilidade certa do investimento”, prossegue Ibo Sanz, diretor sénior global da estratégia de deep digital business na LLYC.

As 10 tendências que vão marcar o marketing e o consumo:

  • A revolução dos conteúdos: Através da inteligência artificial será possível gerar conteúdos para as marcas “de uma forma rápida, credível e com poupanças consideráveis de tempo e dinheiro”.
  • Behavioral economics intenção vs. comportamento? “Esta disciplina melhora a eficácia das atividades empresariais e ajuda a compreender as decisões que tomamos no nosso dia a dia”, defende a LLYC. As empresas que utilizam estas práticas conseguem uma maior conversão no funil de vendas, melhorando e ampliando o seu histórico de transações, acrescenta.
  • A luta pela monetização dos conteúdos. “Os criadores de conteúdos estão cada vez mais zelosos da sua autonomia face às redes sociais”, aponta, lembrado que as alterações nos algoritmos utilizados pelas redes sociais impactam o alcance dos conteúdos e, por conseguinte, as receitas. “Esta é a principal razão pela qual um número cada vez maior deles opta por apostar nos modelos de subscrição direta, sem intermediários, considerando o alcance real que pode ser obtido”, aponta a LLYC. No entanto, “segmentar o mercado torna impossível a captura de públicos massivos, pelo que tanto criadores como plataformas precisam um do outro”. O equilíbrio ainda está por encontrar, conclui.
  • Cada cêntimo conta? Atribuição nas decisões de compra. “O importante na escolha dos modelos de atribuição adequados para cada campanha ou negócio é o conhecimento: os pontos de contacto do cliente, os canais, os dispositivos utilizados, o objetivo da campanha e o buyer persona“, descreve, lembrando que para estas análises os dados e a IA são fundamentais.
  • CX desde o zero party data e a personalização. A experiência do cliente (CX) continuará a ser prioridade em 2023. “As marcas terão de enfrentar consumidores mais conectados, mais digitalizados, mais informados e muito mais exigentes, pelo que é necessário clarificar onde e como concentrar os esforços”, diz, defendendo que “a personalização será o ativo mais poderoso para melhorar a CX”. “Os consumidores exigem mais privacidade, mas quando estão ligados a uma marca estão dispostos a partilhar proativamente os seus dados”, resume a LLYC.
  • Preços altos, poucas despesas. “Espera-se que as marcas se esforcem por diferenciar o seu produto/serviço, bem como por serem cada vez mais competitivas em termos de preço, face a um consumidor mais cauteloso e mais atento aos gastos domésticos”, diz a LLYC, num contexto em que, para fazer frente ao aumento dos custos, volte a ganhar maior força a apetência por promoções.
  • Adeus Big Data, olá Huge Data. Os dados estão a crescer de forma exponencial, mas há que saber analisá-los. “Se agirmos com base numa perspetiva de negócio coerente e com fontes de informação fiáveis, teremos uma forte vantagem competitiva no setor”, diz.
  • Super apps e superexpetativas. Será necessário analisar mais a experiência com as aplicações, pensando em funções que levem os utilizadores a integrá-la na sua vida quotidiana. “Pensar com base no ponto de vista do cliente tornará as soluções mais práticas e integradoras”, defende.
  • O metaverso que não chega. “É o momento de experimentar e encontrar novas formas de utilizar ambientes virtuais 3D, enquanto o metaverso se continua a desenvolver ao longo destes anos”, diz, lembrando que apesar de ainda existir “um longo caminho a percorrer para a sua implementação, o metaverso continua a estar no topo da agenda” de muitos decisores das áreas de marketing e tecnologia.
  • D-commerce: Descentralizado, Direto e Democrático. A evolução da Web 3.0 e a tecnologia blockchain permitem a eliminação de intermediários nas vendas. “Tal permitirá às empresas vender os seus produtos aos utilizadores de uma forma direta e personalizada, tornando o e-commerce mais transparente, horizontal e democrático”, antecipa a LLYC.

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Alemanha ameaça suspender proibição da UE à venda de carros com motor de combustão

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

Os Estados-membros chegaram a um acordo preliminar no ano passado, que força as construturas de automóveis a reduzir as emissões de carros novos em 55% em 2030 e 100% em 2035.

O Governo alemão disse esta terça-feira que não vai apoiar a proibição da venda de carros novos com motores de combustão a partir de 2035 preparada pela União Europeia (UE), após não obter garantias para uma isenção dos combustíveis sintéticos. Os Estados-membros da UE chegaram a um acordo preliminar no ano passado, que força as construturas de automóveis a reduzir as emissões de carros novos em 55% em 2030, em relação aos níveis de 2021, e em 100% em 2035.

Este plano, que faz parte do esforço do bloco comunitário para reduzir a sua emissões de gases de efeito estufa, significa efetivamente que a venda de carros novos que queimam combustíveis à base de hidrocarbonetos, como o petróleo, seria proibida, noticiou a agência Associated Press (AP).

Alguns países, como a Alemanha, pediram à Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, que criasse uma isenção para carros que queimam os chamados ‘e-fuels’ [combustíveis sintéticos, em português], argumentando que estes podem ser produzidos utilizando energia renovável e carbono captado do ar, para que não sejam lançadas mais emissões que alteram o clima na atmosfera. O ministro dos Transportes alemão, Volker Wissing, referiu esta terça que a Comissão Europeia não fez nenhuma proposta e que, por isso, a Alemanha irá abster-se de apoiar a proibição que está a ser preparada pela UE.

Volker Wissing realçou que os combustíveis sintéticos precisam de ser produzidos em grandes quantidades o mais rápido possível, para corresponder à procura de carros vendidos antes de 2035, bem como de veículos pesados de mercadorias, navios e aviões.

A Comissão da UE deve propor uma regulamentação que permita que os motores de combustão sejam registados após 2035, se estes puderem ser alimentados apenas com combustíveis sintéticos”, defendeu o ministro alemão, em declarações aos jornalistas em Berlim.

Esta questão gerou uma divisão ideológica dentro do Governo entre o Partido Democrático Liberal de Wissing e o ambientalista Partido Verde, que apoia a proibição total dos motores de combustão. O principal partido de oposição da Alemanha, a União Democrata-Cristã (CDU), também se opôs a uma proibição em toda a UE de veículos com motor de combustão, alertando que isso prejudicaria a valiosa indústria automóvel do país.

Os críticos dizem que a tecnologia que recorre à bateria elétrica é mais adequada para carros ligeiros e que os preciosos combustíveis sintéticos devem ser usados apenas onde nenhuma outra opção for viável, como a aviação.

Benjamin Stephan, da Greenpeace, referiu que estudos mostram que a mesma quantidade de eletricidade levará um veículo movido a bateria cinco vezes mais longe do que um carro movido a combustível sintético. “Este combustível ineficiente e caro não terá importância para os carros, especialmente para os carros novos em 2035”, defendeu, acrescentando que seria melhor para a indústria automobilística alemã investir em veículos elétricos.

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Finanças chamadas a esclarecer patrões sobre benefício fiscal pela subida de salários

Até sexta-feira, Governo promete acabar com dúvidas das empresas sobre fórmula de cálculo do benefício fiscal para os aumentos em 2023. Patrões saem de S. Bento sem compensações pela nova lei laboral.

O Governo prometeu esta terça-feira aos representantes do Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) que até ao final da semana será dado “um detalhe maior sobre como se aplicam, na prática, os benefícios fiscais para quem aumentar os salários dentro do que está previsto no acordo de concertação social”, indicou o João Vieira Lopes, porta-voz desta plataforma que reúne as cinco confederações patronais portuguesas.

No final do encontro realizado na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, verbalizou igualmente a garantia de que, nos próximos três dias, serão esclarecidas as “dúvidas das empresas sobre a fórmula de cálculo deste benefício fiscal” em sede de IRC, num compromisso conjunto com a tutela liderada por Fernando Medina para dar mais detalhes sobre a concretização da medida inscrita no Orçamento do Estado para 2023.

Como previsto no Acordo de Competitividade e Rendimentos assinado em outubro, o benefício fiscal à valorização salarial prevê que sejam majorados em 50% todos os custos – quer remuneração fixa, quer contribuições sociais – inerentes a valorizações em linha com o acordo assinado com os parceiros sociais, que prevê uma atualização salarial de 5,1% em 2023. Na altura, o Executivo falou num teto de 1.520 euros por trabalhador nesta medida, calculando que poderia custar 75 milhões de euros em 2024.

Recebidos esta tarde por António Costa, onde entraram a pedir para que fossem adotadas medidas para ajudar a atenuar os efeitos da Agenda do Trabalho Digno, aprovada no Parlamento, ao final de duas horas, os patrões saíram sem medidas adicionais e só com a promessa, não detalhada em conferência de imprensa, de que “irá avançar de forma bastante mais rápida que o previsto” na execução do acordo de concertação.

Sai satisfeito com as respostas do Governo? “As respostas são sempre propostas, são sempre a criação de ambientes. Pensamos que podemos criar um ambiente melhor de relacionamento. O futuro o dirá”, limitou-se a responder Vieira Lopes.

“Gostaríamos de criar um ambiente de maior diálogo e de abertura para que no futuro estas situações não se repitam porque isto retira às empresas a confiança no investimento, na contratação e em toda a sua atividade para o desenvolvimento da economia portuguesa”, sublinhou o líder da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), recusando “especular” sobre a hipótese de vir a ser denunciado ou revisto o acordo firmado com os parceiros sociais.

Em relação aos fundos europeus, “o Governo deu a garantia de que iria aumentar o ritmo de execução”. “É uma promessa feita muitas vezes ao longo dos anos. Mas temos preocupações quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que tem uma limitação de tempo bastante precisa, e em relação ao PT2030 que, passados dois anos do seu início, só agora vai começar a ser executado. No PRR, só 5% do que estava previsto chegar às empresas é que chegou, de facto”, acrescentou.

A CNCP é formada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP). A 13 de fevereiro já tinham tido um encontro com o Presidente da República, em que os empresários manifestaram ao chefe de Estado uma “preocupação política, em termos do modo como se procedeu com a Agenda do Trabalho Digno, que desvalorizou a concertação social”.

Estamos aqui para cumprir um acordo importante e decisivo para o país, procurando a cada momento que se esclareçam as dúvidas, que se possa acelerar a concretização de algumas das medidas desse acordo.

Ana Mendes Godinho

Ministra do Trabalho

Ana Mendes Godinho sublinhou, no final do encontro desta tarde, que “ficou evidente o reafirmar, [da parte] de todos, da importância do Acordo de Rendimentos” e a vontade de os parceiros sociais passarem a ter “alguma participação no âmbito legislativo”, no trabalho com a Assembleia da República. Falando numa “conquista histórica”, a governante notou que “todos [reiteraram] a necessidade de garantir que o acordo acontece no terreno”.

“Estamos aqui para cumprir um acordo importante e decisivo para o país, procurando a cada momento que se esclareçam as dúvidas, que se possa acelerar a concretização de algumas das medidas desse acordo e para garantir que agora temos estabilidade do ponto de vista da implementação das medidas da Agenda para o Trabalho Digno”, concluiu a ministra do Trabalho.

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Empresa do Alentejo de carne suína quer exportar para 80 países

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2023

A unidade de produção de carne de porco Maporal, em Reguengos de Monsaraz, quer exportar para 80 mercados e aumentar a faturação dos 45 para os 120 milhões de euros, em 2024.

A unidade produtora de carne suína Maporal, em Reguengos de Monsaraz (Évora), já exporta para 25 mercados, mas quer atingir os 80 e aumentar a faturação anual dos 45 para os 120 milhões de euros em 2024, avançou Nuno Correia, administrador e acionista da empresa.

“O objetivo é chegar, no final de 2023, com 80 milhões e, no ano que vem, com 120 milhões”, assumiu o administrador da Maporal à margem da visita que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, efetuou esta terça-feira à empresa, situada na zona industrial de Reguengos de Monsaraz.

Segundo o Ministério da Agricultura e da Alimentação (MAA), a Maporal “é uma empresa de referência na prestação de serviços de abate e desmancha, na distribuição e exportação de carne portuguesa de suíno para os mercados internacionais”. Recentemente, a empresa renovou “a sua unidade industrial de forma a aumentar a capacidade de produção“, acrescentou o MAA.

Com capacidade diária para abater 3.000 animais, a Maporal é a “maior [unidade de produção de carne suína] de Portugal” e uma “das mais modernas da Europa”, segundo informação desta empresa.

Nuno Correia explicou à Lusa que, na unidade alentejana, com 120 empregados, já foram investidos “24 milhões de euros”, existindo “uma linha de abate com 45 linhas de processamento” e um matadouro, que foi renovado. “Já existia um matadouro aqui e construímos um totalmente novo, o que nos permitiu aumentar muito a nossa capacidade de abate”, referiu, indicando que estes investimentos integraram a 1.ª fase do investimento, que ficará terminada “em junho deste ano”.

Já a 2.ª fase da obra “vai arrancar no final deste ano” e será dedicada “à armazenagem”, porque, dos produtos que a unidade fabrica, “há muitos que são congelados e têm que ser armazenados”, revelou o empresário. “É neste âmbito que vamos apresentar uma nova candidatura a fundos comunitários que será à volta de 10 milhões de euros“, avançou.

Com 25 países na carteira de exportações, em que a China se assume como o grande destinatário da carne oriunda da Maporal, a empresa quer “chegar aos 80 países”.

As vendas nos mercados externos representam “75% do volume de faturação“, mas o objetivo é crescer para “os 90% nesta unidade”, adiantou Nuno Correia, explicando que os acionistas da Maporal possuem outras duas unidades em Portugal, uma no distrito de Santarém e outra no de Setúbal.

A abertura de novos mercados é considerada “imprescindível” pela empresa que quer exportar para o Japão, Tailândia, Singapura ou Estados Unidos da América, tendo pedido apoio ao Governo nesta área. “O Governo tem que tentar acompanhar a velocidade dos mercados globais e aqui a dificuldade muitas vezes é essa, pois os mercados globais não esperam por nós. E é importante que o Governo e os serviços percebam isso e tentem agilizar ao máximo“, defendeu Nuno Correia.

Questionada pelos jornalistas, a ministra da Agricultura garantiu que o Governo está empenhado neste apoio e que foi criado “um grupo específico com o Ministério da Agricultura e com o Ministério dos Negócios Estrangeiros para facilitar todo este procedimento”.

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