Preços das casas abrandam com subida homóloga de 17% em janeiro

Apesar de continuarem a subir, o aumento homólogo de 17,1% do preço das casas em janeiro foi o valor mais baixo desde março de 2022, segundo dados do Confidencial Imobiliário.

O mercado da habitação continua a encontrar no desequilíbrio da procura e da oferta margem para continuar a registar uma subida dos preços das casas. No entanto, esta dinâmica parece começar a dar sinal de um abrandamento.

De acordo com dados do Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário divulgados esta sexta-feira, os preços das casas vendidas em janeiro em Portugal continental registaram uma subida homóloga face ao mesmo período do ano passado de 17,1%, menos quatro pontos percentuais que o pico de 21,1% registado em agosto.

Fonte: Confidencial Imobiliário. Taxa de variação homóloga.

A subida homóloga registada no mês passado foi também o aumento menos expressivo desde março e marca também o quinto mês consecutivo de um abrandamento da subida dos preços.

De acordo com o Sistema de Informação Residencial do Confidencial Imobiliário (SIR), o preço médio de venda das casas no país em janeiro (considerando um período acumulado de três meses), situou-se nos 2.088 euros por metro quadrado, “apurando-se um valor médio por imóvel vendido de 218.750 euros”.

O relatório do Confidencial Imobiliário destaca também uma variação mensal de 0,6% dos preços em janeiro, “depois de um ciclo de fortes valorizações mensais na primeira metade do ano passado, com os preços a subirem quase sempre em torno dos 2% ao mês”.

Segundo o Índice de Preços Residenciais, desde julho que as subidas mensais têm vindo a perder intensidade, ficando quase sempre abaixo da fasquia de 1%, “comportamento que o mês de janeiro veio consolidar”.

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Vanda de Jesus, Susana Coerver, Elizabeth Shipeio… Ponto Zero lança evento apenas com oradoras mulheres

Mais de 20 profissionais com carreiras em algumas das maiores empresas de Portugal e do mundo, vão partilhar as suas experiências num evento que é focado no desenvolvimento profissional das mulheres.

O Ponto Zero, projeto que tem como missão apoiar as próximas gerações no caminho para o sucesso profissional, democratizando temas como a mentoria, produtividade, mindset de crescimento, e dando palco a role models femininas, em parceria com o Nova SBE Leadership for Impact Knowledge Center, vai organizar, a 8 de março, o seu primeiro evento de desenvolvimento profissional apenas com oradoras, moderadoras e facilitadoras mulheres, bem como uma academia de mentoria com posições de C-level.

Sob o mote “We Can Do Better”, o palco da Nova School of Business & Economics vai encher-se de mulheres em painéis e workshops, abertos a toda a comunidade, com o objetivo de discutir como fazer melhor nas diferentes fases de uma carreira. Do programa constam nomes como Vanda de Jesus, Elizabeth Shipeio, Inês Relvas ou Susana Coerver. Ao todo, mais de 20 profissionais com carreiras em algumas das maiores empresas de Portugal e do mundo, vão partilhar as suas experiências e estratégias.

“É essencial discutir temas de desenvolvimento de carreira em Portugal. E esta deve ser uma discussão transversal a qualquer jovem, pelo que este não será um evento só para mulheres. Contudo, queremos dar palco e air time a estas mulheres que são role models na forma exímia como navegam as suas carreiras e que podem, através das suas experiências, ensinar todos os que ambicionam fazer o mesmo. Serão partilhadas ferramentas que acreditamos serem basilares para permitir aos jovens crescerem realizados nas suas carreiras”, assinala Mafalda Rebordão, cofundadora do Ponto Zero e strategic partnerships manager na Google, em comunicado.

“Há muito talento português com carreiras impressionantes e conquistas profissionais altamente inspiradoras, mas com pouca visibilidade pública. Infelizmente, isso ainda é mais verdade para as mulheres. Consequentemente, menos oportunidades (sobretudo de liderança) as encontram e menos referências existem para as jovens que aspiram ao sucesso profissional nas mesmas áreas. Essa é uma das razões pelas quais acreditamos no poder de lideranças mais diversas”, acrescenta Sara Aguiar, cofundadora do Ponto Zero e startup business development na Amazon Web Services (AWS).

Há muito talento português com carreiras impressionantes e conquistas profissionais altamente inspiradoras, mas com pouca visibilidade pública. Infelizmente, isso ainda é mais verdade para as mulheres. Consequentemente, menos oportunidades (sobretudo de liderança) as encontram e menos referências existem para as jovens que aspiram ao sucesso profissional nas mesmas áreas.

Sara Aguiar

Cofundadora do Ponto Zero e startup business development na Amazon Web Services

No final do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, num formato de jantar debate, um painel de vários CEO homens vai discutir qual o papel dos líderes atuais na promoção de mais mulheres em posições de liderança. De modo a materializar a importância desse papel, 30 CEO presentes assinarão ainda o compromisso de mentorar pelo menos uma mulher durante um ano, em direção à liderança. O impacto desta ação será medido durante esse período pelo Nova SBE Leadership for Impact, que tem como objetivo gerar mudança nos grandes desafios da sociedade.

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Fatura com gasóleo duplica na Soflusa e dispara 75% na Transtejo em 2022

Estado foi obrigado a transferir mais dinheiro para a Transtejo e a Soflusa poderem enfrentar a subida dos combustíveis durante a primeira metade de 2022.

Disparou a fatura do gasóleo para os barcos que atravessam o Tejo na região de Lisboa. Em 2022, a Soflusa duplicou as despesas com o combustível e a Transtejo teve mais 75% de gastos. O Estado, para acorrer a estes aumentos, teve de reforçar o orçamento do grupo Transtejo Soflusa (TTSL). Em causa está a revisão dos orçamentos para os anos de 2019 até 2023, estabelecidos em agosto de 2018.

O maior aumento da despesa deu-se nos catamarãs da Soflusa, que gastou mais 96,72% com o gasóleo: inicialmente, estavam previstos 3.334.968,14 euros; no novo orçamento, foram necessários 6.560.602,23 euros para as embarcações que ligam o Barreiro ao Terreiro do Paço. Com a Transtejo, a fatura do gasóleo disparou 75,79%, de 2.858.543,36 euros para 5.024.895,75 euros, de acordo com duas portarias publicadas nos últimos dois dias em Diário da República.

O orçamento também foi revisto em baixa para o ano de 2020, por conta dos confinamentos e da correspondente redução da oferta de viagens: a Transtejo precisou de menos um milhão de euros (-36,07%), a Soflusa gastou menos 700 mil euros (-21,13%).

No novo ‘envelope’ financeiro também passou a ser incluído o ano de 2024, por causa do atraso na chegada dos navios elétricos aos serviços da Transtejo e da Soflusa. A Transtejo passou a ter 1.338.500,64 euros para a fatura em gasóleo no próximo ano. Na Soflusa, a despesa será de 1.730.604,83 euros. A situação também obrigou a rever em alta os gastos para 2023: +87,3% para a Transtejo (5.354.001,77 euros) e 104,33% para a Soflusa (6.814.419,31).

No novo calendário, as primeiras quatro embarcações elétricas começarão a navegar no final deste ano entre o Cais do Sodré e Seixal; em 2024, chegarão mais quatro; as últimas das quais só transportarão passageiros em 2025, anunciou na semana passada o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Previa-se que todos os navios estivessem a funcionar até ao final de 2024.

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Costa afasta recuperação integral do tempo de serviço dos professores

Costa afasta recuperação integral do tempo de serviço dos professores, porque teria de fazer o mesmo com todas as carreiras da Função Pública, o que custaria 1,3 mil milhões "todos os anos". 

A recuperação do tempo integral dos professores tem sido um dos temas centrais do braço de ferro entre o Governo e sindicatos. O primeiro-ministro reconhece que os professores acumulam vários anos de “frustração”, mas afasta taxativamente essa hipótese, referindo que teria que fazer o mesmo com as restantes carreiras da Função Pública, o que custaria 1,3 mil milhões de euros aos cofres do Estado “todos os anos”.

“Acha justo e há alguma razão para que eu possa fazer para uma carreira específica o que não posso fazer por todas as outras carreiras?”, questionou António Costa, em entrevista à TVI, sobre a recuperação do tempo integral dos professores, lembrando, no entanto, que durante o seu mandato os professores recuperaram dois anos, nove meses e 18 dias de serviço.

“Se quiséssemos dar a todas as outras carreiras o equivalente aos seis anos, seis meses e 24 dias que os professores reivindicam, isso tinha um custo para o país de 1.300 milhões de euros de despesa permanente todos os anos”, justificou, reconhecendo, no entanto, que os docentes acumulam vários anos de frustração”.

A posição não surpreende o líder da Fenprof, que lembra que António Costa, em 2019, “ameaçou criar uma crise política por causa do tempo de serviço dos professores”, pelo que sublinha que não “estava a contar que o primeiro-ministro tivesse mudado de ideias”.

Além disso, Mário Nogueira aponta que na altura, António Costa propôs em alternativa “as obras do IP3”. “Não fez as obras do IP3, mas também não contou o tempo de serviço aos professores. Ficamos com a ideia de que temos um primeiro-ministro que não é muito sério nas declarações que faz”, sublinhou o líder da Fenprof, esta sexta-feira à entrada da segunda fase da quinta ronda negocial entre o Governo e os sindicatos dos professores, sobre o novo modelo de recrutamento e colocação de docentes.

Apesar de sublinhar que, Governo e sindicatos estão longe de um acordo, o líder da Fenprof reitera que a contagem do tempo integral é uma condição fundamental para chegar a um consenso. “Os professores jamais concordariam que alguma organização sindical assinasse qualquer acordo que fosse sem que o tempo de serviço fosse considerado”, afirmou.

Já o líder do Stop argumenta que os 1,3 mil milhões de euros referidos pelo primeiro-ministro “são peanuts comparativamente com o que tem sido colocado para tapar buracos bancários ou para Parcerias Público-Privadas ruinosas”.

As carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, num total de nove anos e quatro meses. Em 2019, PSD, CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP chegaram a aprovar a especialidade várias alterações ao decreto-lei do Governo, tendo em vista a recuperação de todo o tempo de serviço dos professores.

Contudo, a direita recuou depois de António Costa ter ameaçado demitir-se alegando que os custos associados ao diploma eram incomportáveis e que nenhum partido tinha incluído esta proposta no seu programa eleitoral. Na altura o Ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno, alegava que contar o tempo de serviço congelado nas carreiras especiais custaria aos cofres do Estado 800 milhões de euros, anualmente, dos quais 635 milhões seriam apenas para responder às exigências dos professores.

O ECO pediu detalhes ao gabinete do primeiro-ministro sobre este custo de 1.300 milhões de euros, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

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Produção de azeite caiu 40%, mas campanha de 2022 será a quarta maior de sempre

  • Mariana Marques Tiago
  • 17 Fevereiro 2023

Previsões do INE apontam para uma produção de azeite 40% menor face a 2021. Apesar disto, campanha de 2022 deverá ser a quarta maior de sempre. País conseguiu recuperar alguns atrasos agrícolas.

A 31 de janeiro as previsões agrícolas apontavam para uma produção de azeite de cerca de 126 mil toneladas (1,37 milhões de hectolitros) na campanha de 2022. Apesar de um decréscimo de 40% face à campanha anterior, a do ano passado deverá ser a quarta maior de sempre, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre as previsões agrícolas de 2022. Estes valores registaram-se num ano com condições meteorológicas e hidrológicas muito desfavoráveis.

A quebra na produção de azeite será mais acentuada nos olivais tradicionais, avança o instituto. A previsão do INE tem por base um conjunto de fatores que influenciaram a produtividade como a existência de condições meteorológicas adversas (temperaturas elevadas e seca extrema) e de ataques de gafa e de mosca da fruta (por ausência de tratamentos).

Assim, a produção de azeite deverá registar uma quebra de 40% face à campanha de 2021 (atingindo 126 mil toneladas), a qual teve a maior produção de sempre: 2,29 milhões de hectolitros (cerca de 210 mil toneladas). De acordo com o INE, de um modo geral, o azeite produzido “apresenta boa qualidade, com baixa acidez e boas características organoléticas”.

Chuva diminuiu área de produção de trigo e cevada

Entre outubro de 2022 e janeiro de 2023 registaram-se grandes níveis de precipitação. Segundo o INE, o início deste ano hidrológico revelou-se o terceiro mais chuvoso dos últimos 25 anos. Assim, as dificuldades sentidas na instalação das searas devido ao encharcamento do solo (e que dificultaram a entrada de máquinas nos terrenos) levaram à diminuição da área de trigo mole (-15%), de trigo duro (-25%), de cevada (-5%) e de triticale (-10%).

Relativamente às reservas de água, no final de janeiro o volume deste recurso armazenado nas principais albufeiras do país encontrava-se a 80% da capacidade total, uma percentagem superior à registada no mês imediatamente anterior (77%).

Reserva de água nas principais albufeiras

Considerando o Alqueva (uma das principais albufeiras do país), a 31 de janeiro registava-se um armazenamento de água de 89%. Quatro meses antes, em setembro, esta percentagem era de 64%.

Por seu lado, no final do primeiro mês do ano, verificou-se também um aumento da “área em seca fraca”, com especial foco nos distritos de Faro, Beja e Setúbal. Esta “seca fraca” registou-se num total de 18% do país. Segundo o instituto português, o teor de água no solo, em relação à capacidade de água que as plantas podem usar, diminuiu em grande parte do território.

Apesar dos grandes níveis de precipitação nos últimos meses, do aumento da área em seca fraca no final de janeiro e da dificuldade em instalar searas e colocar máquinas nos solos, foi possível recuperar atrasos agrícolas. O INE assegura que as “condições meteorológicas e hidrológicas permitiram a recuperação de alguns atrasos que se registavam nas podas das vinhas e dos pomares“. Além disso, o desenvolvimento normal da maioria das culturas instaladas acabou também por ser favorecido.

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Portugal volta a ter défice externo ao fim de quase 11 anos

A economia nacional fechou 2022 com necessidades de financiamento de 1,1 mil milhões de euros (0,5% do PIB). Excluindo 2020, foi a primeira vez desde 2011 que Portugal registou um défice externo.

De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta sexta-feira, Portugal terminou 2022 com um défice externo de 1,1 mil milhões de euros, o equivalente a 0,5% do PIB. “Excluindo o ano de 2020, em que se verificou um valor marginalmente negativo do saldo, a economia portuguesa já não apresentava necessidades de financiamento desde 2011”, refere o Banco de Portugal.

A pressionar fortemente o défice externo do país esteve a balança comercial de bens, que se agravou em 65% face a 2021, contabilizando um défice recorde de mais de 26 mil milhões de euros, engolindo por completo o excedente de 21,5 mil milhões de euros da balança comercial de serviços.

Fonte: Banco de Portugal. Valores em milhões de euros.

O Banco de Portugal destaca que nas exportações de serviços destacaram-se as viagens e turismo, os serviços de transportes e os outros serviços fornecidos por empresas. “Estes serviços apresentaram taxas de variação homólogas de 110%, 57% e 23%, respetivamente”, lê-se no relatório.

O saldo da rubrica de viagens e turismo aumentou 9,1 mil milhões de euros relativamente ao período homólogo, com as exportações e as importações a superarem os valores registados antes da pandemia: “As exportações corresponderam a 115% e as importações a 108% dos valores observados em 2019, tendo sido as mais elevadas de toda a série”, refere o relatório do Banco de Portugal, notando ainda que os turistas residentes no Reino Unido, em França e em Espanha continuaram a ser os responsáveis pelas maiores receitas turísticas de Portugal.

Também em terreno negativo continuou a balança de rendimento primário, que inclui os pagamentos e recebimentos de rendimentos do trabalho e de capital (dividendos e juros), que agravou o défice de 1.743 milhões de euros para 3.585 milhões de euros.

A contrabalançar este valor esteve o excedente da balança de rendimento secundário, que regista as transferências correntes entre residentes e não residentes. Segundo o Banco de Portugal, as remessas dos emigrantes superaram em 5.305 milhões de euros as remessas dos imigrantes.

O regulador destaca ainda a “acentuada redução” do excedente da balança de capital em relação a 2021 de 1,6 mil milhões de euros, que se deveu, “principalmente pelo recebimento excecional, em julho de 2021, da devolução da margem financeira relacionada com o Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF).”

Na contabilização do défice externo da economia nacional está também o saldo de transferências com a União Europeia que foi reduzido em 1,1 mil milhões de euros, “em resultado, essencialmente, da menor atribuição de fundos comunitários”. O Banco de Portugal destaca “a diminuição de fundos comunitários atribuídos associados ao programa FEDER, de 1,6 mil milhões de euros, após o máximo registado em 2021”. Esta diferença pode explicar-se pelo facto de o Portugal 2020 estar em 2023 no seu último ano de execução e, o ano passado, ter sido feito um enorme esforço de aceleração da execução de verbas e consequente aumento dos pedidos de pagamentos a Bruxelas.

E, por fim, há a salientar um défice de mil milhões de euros do saldo da balança financeira, “que se traduziu num aumento dos passivos perante o exterior (13,6 mil milhões de euros) superior ao incremento dos ativos”.

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Governo aposta em IA e tecnologias para a Justiça. Govtech custou 26 milhões do PRR

Cerca de 26 milhões de euros do PRR serão utilizados para desenvolver a primeira Estratégia de Govtech, centrada em Inteligência Artificial para "transformar a Justiça", diz o Governo.

O Governo apresentou esta sexta-feira uma nova estratégia centrada em Inteligência Artificial e tecnologias emergentes “para transformar a Justiça”, a Estratégia Govtech. Cerca de 26 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) serão utilizados para desenvolver a primeira Estratégia de Govtech, especificamente dirigida ao setor.

“A iniciativa materializa-se num conjunto de projetos de inovação e transformação digital, desenvolvidos em colaboração com universidades, centros de investigação e startups com o objetivo de tornar os serviços da justiça mais ágeis e eficientes”, refere o Ministério da Justiça em comunicado.

Com o mote “Juntos para transformar a Justiça”, esta estratégia integra vários projetos de base tecnológica, que recorrem a ferramentas de inteligência artificial, e projetos de desenvolvimento de competências na área da inovação.

No evento de apresentação pública do Govtech Justiça, que decorreu esta sexta-feira, com a presença da Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, foram apresentadas as soluções já implementadas e as iniciativas em curso.

Entre elas está o pedido online de nacionalidade com validador automático da autenticidade de documentos está disponível, a partir desta sexta-feira, nesta primeira fase para mandatários, possibilitando a entrada do processo totalmente desmaterializado e com automatismos e inteligência artificial que reduzem o trabalho manual.

“A anonimização de processos vai permitir, em breve, publicar as sentenças de todas as instâncias, aumentando a transparência, melhorando a pesquisa de informação para os magistrados e, simultaneamente, reduzindo a afetação de funcionários dos tribunais para tarefas manuais, com recurso a um algoritmo de inteligência artificial”, explicam.

Outra das iniciativas é o Guia de Acesso à Justiça. Com lançamento previsto para março, este é o “primeiro modelo de linguagem avançada desenvolvido com machine learning na Justiça”, informando os cidadãos sobre os serviços mais adequados para cada situação. “Sem substituir as competências atribuídas aos mandatários, procura esclarecer e acompanhar para um melhor acesso à informação da Justiça, através do uso de tecnologia inovadora, com características semelhantes ao ChatGPT”, refere o Ministério da Justiça-

A primeira versão deste guia incidirá sobre a temática do casamento e do divórcio, e, no futuro, oferecerá informações relacionadas com os vários serviços prestados pelo sistema judicial, meios de resolução alternativa de litígios e registos.

A Automatização da Bolsa de Firmas e Denominações foi outra das medidas apresentadas. Esta já se encontra em funcionamento e recorre a algoritmos de inteligência artificial para criar de forma automática nomes de empresas, uma tarefa que até aqui era exclusivamente realizada por intervenção manual. Atualmente, encontra-se em desenvolvimento a funcionalidade que tornará possível a sugestão de nomes com base na área de atividade da empresa.

Na sessão desta sexta-feira foi ainda lançado o Desafios Justiça, um concurso de ideias inovadoras para a Justiça dirigido a startups, universidades e centros de investigação, cujo primeiro desafio será promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, para a identificação de marcas através de imagens e conceitos.

O evento contou também com a participação da Deputada ao Parlamento Europeu, Maria Manuel Leitão Marques, e com um testemunho de um representante da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que abordou o trabalho de inovação empreendido no setor da Justiça em Portugal.

Do investimento total PRR previsto para a Justiça, de cerca de 266,9 milhões de euros, já foram contratualizados mais de 39 milhões de euros para a modernização desta área, o que representa cerca de 15% do valor total previsto para a simplificação dos serviços eletrónicos para cidadãos e empresas.

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Euribor sobe para novos máximos a seis e 12 meses pela quinta sessão consecutiva

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2023

A Euribor desceu a três meses e subiu a seis e 12 meses, pela quinta sessão consecutiva para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas, respetivamente, em 3,212% e 3,572%.

A taxa Euribor desceu esta sexta-feira a três meses e subiu a seis e 12 meses, pela quinta sessão consecutiva para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas, respetivamente, em 3,212% e 3,572%.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu, ao ser fixada em 3,572%, mais 0,005 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado a 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo a 6 de junho, também avançou, para 3,212%, mais 0,020 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, desceu, ao ser fixada em 2,667%, menos 0,036 pontos, depois de ter subido até 2,703% na quinta-feira, um novo máximo desde janeiro de 2009. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, a 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro. Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Operação Marquês: Recurso do Ministério Público vai ser analisado pela juíza Raquel Lima

Vai ser a juíza Raquel Lima quem vai analisar os argumentos do procurador Rosário Teixeira, do Ministério Público, no recurso da Operação Marquês.

A juíza Raquel Lima vai ser quem vai analisar os argumentos do procurador Rosário Teixeira, do Ministério Público, no recurso da Operação Marquês, avança a SIC Notícias. O sorteio para a distribuição do recurso foi realizado esta sexta-feira.

Na quinta-feira, o processo da Operação Marquês e o recurso do Ministério Público, que contesta a decisão de abril de 2021 de Ivo Rosa, chegaram ao Tribunal da Relação de Lisboa. Ao todo, foram transportados os caixotes com 186 volumes com mais de 60 mil páginas, sendo não foram ainda levados os apensos.

José Sócrates foi acusado no processo Operação Marquês pelo Ministério Público, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar José Sócrates de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três de falsificação de documentos. O Ministério Público contestou a decisão de Ivo Rosa e apresentou recurso.

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Blip pretende contratar 150 pessoas até final do ano

A concretizar-se, a tecnológica portuguesa chegará ao patamar dos 700 colaboradores até ao final de 2023.

Até ao final do ano, a Blip pretende contratar cerca de 150 colaboradores para diversas funções na área das Tecnologias de Informação (TI). Este reforço representa um crescimento de 20% em relação a 2022 e deverá colocar a tecnológica portuguesa no patamar dos 700 colaboradores. Já o programa de estágios da companhia regressa em março para a sua quinta edição e com 50 vagas por preencher.

“Este crescimento e contínuo investimento na Blip, vem fortalecer cada vez mais o posicionamento estratégico que temos para o Grupo e reforçar a qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos colaboradores”, afirma Patrícia Carneiro, people director da Blip, em comunicado.

Alavancada num conjunto de benefícios que considera extremamente relevantes para o equilíbrio do binómio família-trabalho, a Blip coloca a tónica no bem-estar dos seus colaboradores e na retenção do talento. O exemplo mais recente dessa preocupação é a nova política de apoio à parentalidade, adotada no início de 2023. Intitulado “Parental Choices”, este benefício oferece uma de três opções aos futuros pais: três meses extra de licença parental financiados pela empresa, três complementos financeiros, pagos anualmente durante os primeiros três anos da criança, ou uma combinação das duas opções anteriores.

A Blip lançou também, no ano passado, os seus novos “Ways of Working”, programa que promove a flexibilidade do formato de trabalho e no âmbito do qual os colaboradores podem escolher a partir de onde irão exercer as suas funções — remoto, presencial ou híbrido –, sendo-lhes disponibilizado um apoio mensal regular, independentemente da escolha de modalidade.

Para além do formato de trabalho flexível, os colaboradores da Blip têm ainda a oportunidade de trabalhar até 20 dias úteis por ano fora de Portugal (“Take 20”), num país à sua escolha, permitindo que possam desfrutar de um período de trabalho a partir de outra localização geográfica.

No âmbito da formação e desenvolvimento profissional e de carreira, a companhia disponibiliza um fundo de 1.000 euros anual, o “Self Development Fund”, que pode ser utilizado no desenvolvimento de competências técnicas ou soft skills, no acesso a conferências ou formações, ou mesmo na aquisição de livros e manuais que complementem as mesmas.

“Independentemente da dimensão da nossa equipa, a Blip continuará a garantir que são implementadas práticas e políticas de recursos humanos disruptivas e inovadoras, alicerçadas por uma preocupação constante na flexibilidade e desenvolvimento de todas as nossas pessoas. Autonomia e responsabilidade são dois dos nossos lemas que andam de mãos-dadas e são um ponto fulcral da nossa cultura empresarial. Pertencermos a um grupo internacional presente em mais de 100 mercados ajuda a esta inovação contínua. O futuro é global e isso sente-se na Blip todos os dias”, comenta Patrícia Carneiro.

Programa de estágios BETa regressa em março

Em março arranca também o programa de estágios remunerados BETa, já na sua quinta edição. Os estágios têm a duração de nove meses e são direcionados a jovens recém-licenciados. Desta vez, serão disponibilizadas cerca de 50 vagas, o maior número desde que o programa arrancou em 2019.

Escritório da Blip no Porto.Blip

“Com este programa, a Blip pretende atrair talento jovem e qualificado, e oferecer-lhe a possibilidade de ter uma primeira experiência no mundo profissional numa empresa que aposta verdadeiramente no crescimento e desenvolvimento contínuo dos seus colaboradores”, explica a empresa.

Um dos grandes objetivos deste programa é que os estagiários tenham a oportunidade de integração na estrutura da Blip, à semelhança das edições anteriores cuja taxa de retenção se situa acima dos 95%, promovendo assim, o desenvolvimento contínuo do talento jovem.

À semelhança do que acontece com os colaboradores da Blip, os novos estagiários terão a oportunidade de escolher o modelo de trabalho que preferirem: remoto, híbrido ou presencial.

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Taxa de juro no crédito à habitação em máximo de junho de 2012

Taxa de juro no empréstimo para a compra de casa fixou-se em 2,217% em janeiro. Desde junho de 2012 que não se registava um nível tão elevado.

A taxa de juro no crédito à habitação atingiu o nível mais elevado desde junho de 2012. Em janeiro, a taxa de juro implícita para todos os empréstimos fixou-se em 2,217%, o que compara com 1,898% do mês anterior. Em números, a prestação média do crédito aumentou para 308 euros em janeiro, mais nove euros do que em dezembro. Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, a “mensalidade” agravou-se em 21,3% (+54 euros), segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro é ainda mais elevada para os contratos de crédito celebrados entre novembro e janeiro, tendo aumentado de 2,715% para 3,307%. O valor médio da prestação subiu 23 euros, para 559 euros.

Depois de vários anos de taxas de juro médias de 1% no crédito à habitação, a guerra na Ucrânia e o combate ao disparo da taxa de inflação levaram o Banco Central Europeu a reverter a política monetária expansionista e a subir constantemente as taxas de juro diretoras. A situação contagiou o indexante Euribor – em máximos de mais 14 anos – e tem levado ao galopar da taxa de juro no crédito à habitação.

A situação também está a contribuir para o aumento do valor médio do capital em dívida: em janeiro, atingiu 62.357 euros, mais 353 euros (+0,5%) do que em dezembro e mais 4.198 euros do que em janeiro de 2022 (+7,2%).

(Notícia atualizada às 12h52 com mais informação)

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Combustíveis vão subir para a semana. Gasóleo fica 1,5 cêntimos mais caro e gasolina um cêntimo

Na segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,548 euros por litro de gasóleo simples e 1,678 euros por litro de gasolina simples 95.

Os combustíveis vão ter uma ligeira subida na próxima semana. O litro de gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá subir 1,5 cêntimos e o de gasolina um cêntimo, avançou ao ECO fonte do mercado. Por isso, se puder, ateste o depósito durante o fim de semana.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,548 euros por litro de gasóleo simples e 1,678 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

No entanto, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E ainda podem sofrer ajustamentos para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis, que são atualizadas no início de cada mês. Em fevereiro, o efeito de mecanismo de compensação aplicado ditou uma manutenção do desconto no ISP do gasóleo e um aumento de 2,3 cêntimos por litro no desconto do ISP no caso da gasolina, face a janeiro.

Os preços invertem assim a tendência de descida verificada ao longo das últimas duas semanas. O gasóleo desceu esta semana quatro cêntimos e a gasolina dois, uma descida um pouco inferior face aos cinco cêntimos antecipados pelo mercado na gasolina, mas superior aos 3,5 cêntimos no diesel.

Esta sexta-feira, os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, estão a descer 2,47%, para os 83,04 dólares por barril. O petróleo caminha para uma queda semanal superior a 4%, pressionado pelas preocupações de um novo aumento dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana que poderá afetar a procura.

Evolução do preço do Brent em Londres

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