Crescimento económico abaixo do potencial pode elevar desemprego, alerta Fórum para a Competitividade

Fórum para a Competitividade defende que ter como meta aumentar o peso do emprego nas grandes empresas poderia trazer um crescimento adicional para a economia.

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa vai crescer entre 1,25% e 1,75%, o que fica abaixo do potencial de crescimento. Esta situação “tem condições para uma ligeira subida da taxa de desemprego”, alerta a organização, prevendo que a taxa de desemprego possa mesmo chegar aos 7% em 2023.

“Em 2023 e 2024, a economia deve crescer abaixo do potencial de crescimento (entre 1,7% e 1,9%), o que, em geral, tem condições para uma ligeira subida da taxa de desemprego”, pode ler-se na publicação trimestral do Fórum para a Competitividade, relativa ao primeiro trimestre de 2023. A estimativa do Fórum é de um crescimento entre 1 ¼% a 1 ¾% em 2023, o que fica abaixo das previsões do Governo de 1,8% para este ano.

A instituição liderada por Pedro Braz Teixeira projeta que o desemprego se situe entre 6,5% e 7% em 2023, bem como a manutenção neste intervalo em 2024. Já o Governo estima, no Programa de Estabilidade, uma taxa de desemprego de 6,7% este ano.

Nesta edição das “Perspetivas empresariais”, o Fórum foca-se também na dimensão das empresas, salientando que “Portugal tem um excesso de emprego nas microempresas (44,1% do total), muito acima da média da UE (30,1%)”. Por outro lado, nas grandes empresas o emprego é de apenas 21,5%, “muito abaixo da média da UE (36,4%)”.

Tendo em conta este cenário, o Fórum calcula que “se definíssemos como meta convergir com a média da UE nos próximos 15 anos em termos do peso do emprego nas grandes empresas, isso aumentaria o PIB em 12%, cerca de 0,8% ao ano, o que corresponde a quase metade do atual potencial de crescimento”.

Isto já que, tendo em conta a análise feita com base em dados do INE, as empresas grandes “têm o triplo da produtividade das microempresas” e “pagam 56% mais do que as microempresas”.

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Concorrente neerlandesa da Primark “desagua” em Matosinhos

Multinacional neerlandesa Zeeman elege Matosinhos para abrir a primeira loja em Portugal com conceito " a preços baixos", no âmbito da política de expansão da marca na Europa.

A multinacional neerlandesa Zeeman, especializada em vestuário e produtos têxteis básicos, abre a 26 de abril, em Matosinhos, a sua primeira loja em Portugal, no âmbito da estratégia de expansão europeia. A marca quer ganhar terreno no mercado nacional com “vestuário e produtos têxteis fabricados com responsabilidade e qualidade, ao preço mais baixo possível”.

Este primeiro espaço da multinacional, que conta com mais de 1.300 lojas em oito países europeus e também opera online, vai ser inaugurada na Avenida da República, em Matosinhos. Para a Zeeman, “Portugal será uma peça fundamental do plano de crescimento na Europa”. A marca diz ainda que pretende aproximar os portugueses do conceito de “loja de bairro”.

Somos conhecidos na Europa pela qualidade do nosso vestuário e dos nossos básicos para o dia-a-dia, ao preço mais baixo possível, e pretendemos trazer o mesmo conceito a Portugal.

René de Lege

Diretor Sales, Real Estate & Construction da Zeeman

“Estamos muito entusiasmados por finalmente chegarmos a Portugal, que será um país importante para a nossa estratégia de expansão na Europa”, afirma o diretor Sales, Real Estate & Construction da Zeeman, René de Lege. “Somos conhecidos na Europa pela qualidade do nosso vestuário e dos nossos básicos para o dia-a-dia, ao preço mais baixo possível, e pretendemos trazer o mesmo conceito a Portugal”, frisa, em comunicado.

A multinacional neerlandesa, fundada em 1967, dispõe de uma vasta gama de produtos, desde vestuário para bebé e criança, collants e meias, têxteis de cama, banho e cozinha, e roupa interior, lingerie e pijamas. Também comercializa produtos não têxteis, como acessórios domésticos e produtos de limpeza.

A empresa contabiliza mais de 70 milhões de clientes nas lojas instaladas em países como Holanda, Alemanha, Bélgica, França e Espanha, Luxemburgo e Áustria. A neerlandesa Zeeman salienta, em comunicado, já ter sido nomeada nos Países Baixos como Sustainable Retailer of the Year 2021, Retailer of the Year 2022 e também como Melhor Revendedor de Roupa para Bebé e Criança durante vários anos.

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Baião converte mosteiro em centro cultural com investimento de 3,7 milhões

Num investimento de 3,7 milhões de euros, a Câmara de Baião converte o Mosteiro de Ancede num novo centro cultural para a região nortenha. Espera atrair 16 mil visitantes por ano até 2025.

Depois de ser “o primeiro município do país” a conquistar o título de destino turístico sustentável, Baião posiciona-se agora na área da cultura com a transformação do Mosteiro de Ancede num centro cultural. O investimento ascende a 3,7 milhões de euros, adiantou ao ECO / Local Online o presidente da autarquia, que espera que a requalificação deste Monumento de Interesse Público, que será inaugurado esta sexta-feira, seja um motor de desenvolvimento da economia local. Paulo Pereira quer atrair 16 mil visitantes anuais até 2025 e ultrapassar as cerca de 78 mil dormidas registadas em 2022.

Esta requalificação do mosteiro, da autoria do prémio Pritzker Siza Vieira, insere-se no âmbito da “estratégia de promoção do concelho e de valorização de ativos turísticos”, começa por frisar o autarca. “Queremos atrair turismo e, assim, contribuir para a dinamização da nossa própria economia local”, completa, frisando a subida desta atividade no concelho. “Entre 2015 e 2022 passámos de 37 mil para 78 mil dormidas, o que representa um crescimento de mais de 100%“, calcula.

Os trabalhos do mosteiro incluem ainda a obra da Igreja Matriz — propriedade da paróquia local –, com projeto da autoria do arquiteto Daniel Vale.

Queremos atrair turismo e, assim, contribuir para a dinamização da nossa própria economia local.

Paulo Pereira

presidente da Câmara Municipal de Baião

O autarca socialista ganha, desta forma, mais um ponto de atração turística no concelho do distrito do Porto. Passa a ter uma nova dinâmica nas vertentes museográfica, educativa e científica, falando na organização de conferências e na criação de residências de investigação com condições de acolhimento de investigadores que queiram estudar o espaço.

“A autarquia comprou o Mosteiro em 1985 e, ao longo dos anos, investiu 1,3 milhões de euros na requalificação dos celeiros e da Casa dos Moços”, resume o edil Paulo Pereira. As atuais obras, que são esta sexta-feira inauguradas com a presença do primeiro-ministro, António Costa, resultam de um investimento de 3,7 milhões, no âmbito do Portugal 2002, o que perfaz um total de cinco milhões de euros.

O mosteiro, cuja origem é anterior à fundação de Portugal, tem sido objeto de várias intervenções, destinadas a conservar, restaurar e reabilitar este espaço nas diversas valências. Atualmente, o monumento contempla um claustro com capacidade para 300 pessoas, um auditório com 80 lugares e espaços de exposição com capacidade para 25 pessoas por hora, além do espaço exterior.

Entre 2015 e 2022 passámos de 37 mil dormidas para 78 mil dormidas, o que representa um crescimento de mais de 100%.

Paulo Pereira

Presidente da Câmara Municipal de Baião

Ao visitar o museu é possível observar, no piso térreo, o conceito de ruína consolidada e, ao nível do primeiro piso, a parte requalificada com os espaços expositivos e culturais. “O elemento reconhecível do Mosteiro é a rosácea da Igreja, claramente medieval ou românica, existindo elementos do Barroco, no qual se destaca a Capela do Bom Despacho”, descreve a autarquia.

Com este projeto, o município mantém a identidade histórica do monumento e recupera a vida de outros tempos, como espaço de cultura e ciência com a mostra de elementos artísticos de elevado valor patrimonial. É o caso do “tríptico flamengo do século XVI de Jos Van Cleef que será exposto na Sacristia, a cruz processional medieval e a capela do Bom Despacho, um exemplo exuberante e único do estilo Barroco em Portugal”, resume ainda o município.

Destaque ainda para uma coleção de Arte Sacra que integra quadros, vários cristos, santos, um relicário com osso de S. Bartolomeu, uma cruz processional e um prato de esmolas da Nuremberga faz parte da coleção permanente do Mosteiro de Ancede, assim como uma exposição com vários objetos.

Rosácea na Igreja Paroquial de Ancede – Complexo do Mosteiro de Ancede

O Centro Cultural tem já agendada a conferência Green Marble 2023 sobre alterações climáticas, um concerto de Pedro Abrunhosa e tem ainda em vista a atuação de músicos internacionais.

Enquanto “Destino Turístico Sustentável”, Baião apresenta ativos como o turismo de natureza e aventura, a Área Regional Protegida da Serra da Aboboreira — juntamente com Marco de Canaveses e Amarante –, património imaterial — cestas de Frende, bengalas de Gestaçô, cantareus e enogastronomia –, ativação do património arqueológico e, agora, o Mosteiro de Ancede Centro Cultural de Baião (MACC).

Paulo Pereira destaca ainda ao ECO/Local Online a importância da quinta que rodeia o Mosteiro de Ancede, ocupando uma área total de 13 hectares que se dividem entre vinha e horta, dando origem a 8.500 garrafas de “Lagar do Convento” (vinho da casta Avesso), assim como hortícolas e frutos que são canalizados para cabazes.

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Tribunal obriga Ordem dos Advogados a aprovar advogado estagiário

Advogado tinha sido reprovado porque OA, no mandato de Menezes Leitão, considerou implausível uma solução que o tribunal considerou "não só plausível como adequada à boa prática da advocacia".

O Tribunal Central Administrativo Sul (TCA-S) decidiu a favor de um advogado estagiário que a Ordem dos Advogados (OA) tinha reprovado, num processo que avaliou o direito fundamental de acesso à profissão. Os factos referenciados respeitam ainda ao ano passado, numa altura em que Luís Menezes Leitão ainda era bastonário da OA.

No acórdão, datado de 13 de abril de 2023 e redigido pelos magistrados Dora Lucas Neto, Pedro Nuno Figueiredo e Ana Cristina Lameira, a que o ECO teve acesso, o TCA-S obrigou a Ordem dos Advogados a praticar um novo ato administrativo de classificação do exame escrito de um advogado estagiário, de forma a substituir a classificação de “reprovado” pela de “aprovado” nessa prova.

Numa ação inédita, o TCA-S, conclui que a Ordem dos Advogados, na avaliação do exame escrito do advogado estagiário recorrente, violou “ostensivamente” três questões: as normas de autovinculação administrativa (de natureza regulamentar) que ela própria aprovou e publicitou para balizar a correção dos exames de estágio, a proibição de erro manifesto de apreciação, por ter implicitamente considerado juridicamente implausível uma solução apresentada pelo avaliado que, segundo o tribunal, é não só plausível como adequada à boa prática da advocacia e ainda os princípios de igualdade e da proporcionalidade, na vertente da adequação.

Os magistrados admitem que “não foram respeitados o imperativo legal de assegurar critérios uniformes de classificação da prova escrita de agregação e os limites auto vinculados, de admissão de soluções diferentes das indicadas nas grelhas de correção que fossem consideradas abordagens plausíveis e não desadequadas das boas práticas da advocacia”.

Só em receitas de estágios com o pagamento da taxa de inscrição, a OA estima receber em 2023 mais de dois milhões de euros (2.153.961 euros). Dados de 2021 apontam que em Portugal existem 3.951 advogados estagiários inscritos na OA, segundo a Direção-Geral da Política de Justiça do Ministério da Justiça, e nem todos com boas condições laborais, a par com elevados gastos para Ordem, desde inscrição, provas escritas e orais, seguros e togas. A única contribuição que estão isentos de pagar, enquanto realizam o estágio, é a para a Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores.

Um estagiário tem de pagar, só no ato da inscrição, 700 euros. A que acrescem mais 300 euros a pagar até cinco dias antes do termo da primeira fase do estágio e ainda mais 500 euros, a pagar até 30 dias antes da data designada para a realização da prova escrita e da de agregação (que dita o final do estágio). Ou seja: do início ao fim do estágio, no espaço de ano e meio, um jovem licenciado tem de pagar dois mil euros. Além da inscrição, o estagiário ainda tem de pagar 15 euros por mês, de quotas à OA.

Porém, esta realidade vai mudar, com a entrada em vigor da Lei das Associações Públicas Profissionais. Um dos pontos que esta lei relativa às ordens profissionais altera é a introdução dos estágios profissionais remunerados.

A bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, em entrevista à Advocatus, em fevereiro, sublinhou que concorda e percebe a obrigatoriedade de pagamento dos estágios, mas não tem a “certeza absoluta que a esmagadora maioria dos profissionais liberais possa pagar um estagiário”.

“A não ser que o Estado crie meios de apoios, o que vai acontecer é que vão dificultar ainda mais a vida aos estagiários, porque não vão ter estágios. Não vão conseguir ter um patrono que lhes pague o vencimento todos os meses. Mesmo que queira dar apenas um ordenado mínimo nacional, é impossível”, referiu.

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PRR abre “gaveta” de 60 milhões para investimentos na indústria 4.0

Nova medida para apoiar projetos de investimento em tecnologias de indústria 4.0 prevê subvenções até 200 mil euros, abrangendo mais de 200 pequenas e médias empresas.

A reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) inclui uma nova medida para apoiar projetos de investimento em tecnologias de indústria 4.0, com uma subvenção até 200 mil euros, que visa a “inovação organizacional e de processos” em mais de 200 pequenas e médias empresas.

A novidade foi anunciada esta quinta-feira pelo Ministério da Economia, especificando que os investimentos em tecnologias para a indústria 4.0 e que contribuam para a transformação digital das empresas e para a melhoria da sustentabilidade ambiental vão poder beneficiar de um apoio global de 60 milhões de euros.

De acordo com a informação partilhada pela tutela, esta nova medida de apoio complementar, a introduzir na componente 16 Empresas 4.0, destina-se à implementação de soluções tecnológicas que se enquadrem em, pelo menos, uma das seguintes áreas de atuação:

  • Transição digital de processos operacionais, incluindo a gestão e planeamento de produção e logístico;
  • Soluções para armazenamento, gestão e processamento avançado de dados;
  • Soluções de inteligência artificial aplicadas ao processo produtivo;
  • Digital twins (novos modelos digitais), simulação, e modelação industrial;
  • Desenho e manufatura aditiva;
  • Projetos de realidade aumentada, realidade virtual e visão artificial aplicados aos processos;
  • Robótica colaborativa e cognitiva, interface humano-máquina, sistemas ciberfisicos;
  • Sensorização e eletrónica avançada, IoT, soluções cloud e edge;
  • Infraestruturas de redes, comunicação, e computação avançada associados aos processos;
  • Software inovador, interoperabilidade de sistemas;

“Com este apoio pretende-se demonstrar que a incorporação de tecnologias digitais nos processos pode trazer ganhos rápidos de produtividade também às PME, potenciando o seu crescimento”, salienta, em comunicado enviado às redações, o Ministério liderado por António Costa Silva.

A indústria 4.0 é precisamente uma das áreas em destaque na edição deste ano da Hannover Messe, a maior feira de tecnologia industrial do mundo, que termina esta sexta-feira e que conta com um total de 42 expositores portugueses, incluindo as presenças institucionais da AICEP e da AIMMAP (associação da indústria metalúrgica e metalomecânica).

Um registo que fica aquém daquela que foi a participação nacional em 2022, em que Portugal teve o estatuto de país parceiro e levou 109 empresas a Alemanha. Como o ECO noticiou esta semana, 90% das empresas fecharam encomendas após a última edição da Hannover Messe, com o presidente da AICEP a adiantar que esta feira gerou ainda “dezenas” de potenciais investimentos industriais no país.

Na Alemanha, a comitiva nacional volta a apresentar este ano soluções industriais ligadas à digitalização, automação, robótica, realidade aumentada, digital twins e inteligência artificial, confirmando, segundo o Executivo, que “Portugal possui capacidade para fornecer tecnologias avançadas nestes domínios”.

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Subida dos preços na produção industrial abranda para 6,3% no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

Desaceleração do agrupamento de energia foi o principal contributo para o desempenho: passou de um aumento de 13,3% no quarto trimestre de 2022 para uma queda de 5,9% entre janeiro e março de 2023.

O crescimento dos preços na produção industrial abrandou de 13,6% no primeiro trimestre do ano passado para 6,3% em igual período deste ano, anunciou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento homólogo do índice de preços na produção industrial situou-se em 6,3%, abrandando 7,3 pontos percentuais (p.p.) face à subida de 13,6% observada no quarto trimestre do ano passado.

Esta evolução foi fortemente influenciada pela desaceleração do agrupamento de energia, que passou de um aumento de 13,3% no quarto trimestre de 2022 para uma queda de 5,9% no trimestre em análise, com contributos de +3,1 p.p. e -1,4 p.p., respetivamente.

O INE refere ainda que o crescimento dos preços na produção industrial desacelerou para 0,2% em março deste ano, depois de ter aumentado 8,2% no mês anterior, tendo sido influenciado pela queda dos preços da energia.

O aumento homólogo do índice de preços na produção industrial de 0,2% em março deste ano, representou uma queda de “8,7 pontos percentuais (p.p.)” em relação ao crescimento registado no mês anterior, sendo que o resultado divulgado em março é “o mais baixo dos últimos 24 meses”, prolongando o abrandamento dos preços na indústria que se regista desde julho de 2022, segundo o INE.

O instituto de estatística refere também que a redução em 21,2% dos preços da energia foi “decisiva para o forte abrandamento” do índice de preços na produção industrial (IPPI).

E prossegue: “O agrupamento de preços de energia foi decisivo para a intensidade de desaceleração do índice total, contribuindo com 6,5 pontos percentuais (p.p.) para os 8,7 pontos percentuais (p.p.) de abrandamento, ao passar de um aumento de 3,3% em fevereiro para uma diminuição de 21,2% em março”.

O INE assinala igualmente que o perfil de “forte redução” de preços na energia foi “semelhante” nas suas duas componentes (eletricidade e produtos petrolíferos), salientando que sem este agrupamento, o aumento do índice agregado foi de 8,1%, contra uma subida de 10,6% em fevereiro deste ano.

Em termos mensais, o índice de preços na produção industrial (IPPI) registou uma queda de 2,2% em março, contra uma subida de 6,3% em igual período de 2022, refletindo, mais uma vez, a “forte influência” do agrupamento de energia, cuja queda foi de 8,3%, contra uma subida 20,2% em março de 2022, contribuindo com -1,9 pontos percentuais (p.p.) para a evolução do índice total.

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Chefe da divisão mobile promovido a diretor-geral da Samsung Portugal

Nomeação reforça o "alinhamento internacional de comunicar a marca como um todo com base num conceito integrado de negócio ", justifica Nuno Parreira ao ECO Trabalho.

Nuno Parreira, diretor geral da Samsung Portugal

Nuno Parreira é o novo diretor-geral da Samsung Portugal, passando, pela primeira vez na companhia, uma figura única a coordenar todas as áreas de negócio da tecnológica no mercado português. O profissional era há mais de 13 anos head of mobile division, a área de negócio com maior expressão dentro da empresa sul-coreana em Portugal. A nomeação visa reforçar o alinhamento internacional de comunicar a marca como um todo, “One Samsung”.

“Esta nomeação vem reforçar o alinhamento internacional de comunicar a marca como um todo com base num conceito integrado de negócio em que todas as linhas de produto irão ter um papel importante na estratégia da Samsung em Portugal. O facto de a Samsung contar com 40 anos de atividade no mercado português mostra não só a maturidade da marca no modo como gere os seus processos no mercado nacional como também a fiabilidade e confiança que os portugueses depositam em nós. Esta nomeação faz parte de um longo percurso pessoal e lado a lado com todos os intervenientes na atividade da empresa e que se irá refletir numa maior agilidade nos processos e criação de valor para o nosso negócio”, adianta Nuno Parreira ao ECO Trabalho.

“Nesta fase não estão previstas alterações para não interferir com o fluxo de trabalho diário e a base das equipas”, diz, quando questionado sobre o impacto desta nomeação na organização atual da equipa. “O objetivo passa sobretudo por conseguirmos, em conjunto, olhar para os desafios de cada área de negócio e encontrar soluções que promovam, uma marca de referência como um todo, tal como fazemos com os nossos produtos que fazem parte de um ecossistema integrado”, refere.

Esta nomeação faz parte de um longo percurso pessoal e lado a lado com todos os intervenientes na atividade da empresa e que se irá refletir numa maior agilidade nos processos e criação de valor para o nosso negócio.

Nuno Parreira

Diretor-geral da Samsung Portugal

A nomeação surge num momento em que, internacionalmente, a tecnológica sul-coreana está focada em comunicar a marca como um todo, uma “One Samsung”.

Em 2021, a empresa atingiu uma faturação recorde de cerca de 400 milhões de euros, mas o responsável não revela informação sobre o ano passado, nem aponta projeções para 2023.

“O nosso objetivo é manter e destacar a liderança de mercado nos diversos segmentos de produto, conscientes de todos os fatores internos e externos que podem afetar a nossa atividade. Estamos otimistas em relação ao crescimento do mercado nacional e continuaremos a reforçar a nossa aposta no segmento premium e em sinergias que elevem o nosso ecossistema integrado de produto”, diz Nuno Parreira.

“A área de mobilidade, acompanhada pela de televisão, são as que têm maior visibilidade no mercado nacional. No entanto, procuramos trazer maior protagonismo para outras áreas como a dos eletrométricos ou as soluções de climatização, porque uma das mais-valias da marca está no seu próprio ecossistema e por conseguirmos, através dele, construir um real valor para casa e vida conectada, dando aos nossos utilizadores novas formas de se relacionarem com a tecnologia de uma forma mais simples, eficiente e funcional”, continua.

No que toca ao mobile — a área com maior expressão dentro da companhia no mercado nacional — o foco mantém-se com a nova liderança.

“Em 2023 continuaremos focados em colocar grande parte dos nossos esforços em posicionar os vários equipamentos que descrevem o nosso segmento premium, pelo registo positivo que tivemos em anos anteriores. Uma postura também alinhada a nível global, motivada pelos lançamentos de produtos chave que fazemos ao longo do ano, sendo estes os mais procurados pelos nossos utilizadores e potenciais utilizadores”, afirma o diretor-geral.

Em 2023 continuaremos focados em colocar grande parte dos nossos esforços em posicionar os vários equipamentos que descrevem o nosso segmento premium.

Nuno Parreira

Diretor-geral da Samsung Portugal

“Não descuramos a mesma atenção que também terá de ser feita ao restante portefólio de produto que tem sofrido alguma expansão, seja na área de negócio de mobilidade como nas restantes que descrevem a atividade da Samsung em Portugal”, ressalva.

Ao nível dos smartphones, antevemos um ano desafiante para toda a indústria, no entanto, ainda prevemos crescimento no segmento dos smartphones dobráveis, um formato por nós democratizado ao longo de quatro gerações consecutivas. Pretendemos, por isso, dar o próximo passo e assim reforçar a nossa liderança no mercado português. Enquanto marca regemo-nos pela promessa #DoWhatYouCant, que nos obriga a desafiarmo-nos a nós mesmos ano após ano. E o resultado passa também por sermos irreverentes e trazer para o mercado novas tendências como por exemplo os equipamentos dobráveis, categoria na qual somos pioneiros.”

Nuno Parreira é licenciado em Marketing Management pelo Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM), possuindo um General Management Program (GMP) pela AESE Business School, uma pós-graduação em Management no ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e uma pós-graduação em Sales / Commercial Direction no INDEG-ISCTE Executive Education.

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João Cintra Costa reforça equipa da Caldeira Pires

O novo consultor da Caldeira Pires, João Cintra Costa, centra a sua prática na assessoria e consultoria jurídicas, com destaque para o direito societário e imobiliário.

A sociedade de advogados Caldeira Pires reforçou a equipa com a contratação de João Cintra Costa, enquanto consultor.

“O João é uma pessoa com uma vasta experiência, o que o torna num profissional versátil, capaz de atuar em diferentes áreas de especialização, destacando as áreas de societário e imobiliário. Estamos confiantes que a chegada do João irá contribuir para o nosso crescimento contínuo e para a melhoria dos nossos serviços”, sublinhou a managing partner Félix Bernardo.

Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade Lusíada, João Cintra Costa possui uma vasta experiência na assessoria e consultoria jurídicas, com destaque para o direito societário e imobiliário. Ao longo dos anos desempenhou vários cargos e foi administrador em diversas empresas na área da biomassa, energia e imobiliário.

Como consultor presta assessoria a clientes singulares e empresariais, de vários setores, focando a sua atividade especialmente nas matérias relacionadas com energias renováveis, imobiliário e societário.

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Cemark perde em Tribunal e tem de desmontar equipamentos publicitários em Lisboa

Com esta decisão do Tribunal, o contrato para a exploração da publicidade exterior firmado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a JCDecaux já pode ser executado na sua plenitude.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa considerou “improcedente” a providência cautelar intentada, em janeiro, pela Cemark contra a Câmara Municipal de Lisboa. A empresa vai assim ter de desmontar os 1703 equipamentos que tem instalados na cidade lisboeta, avança a JCDecaux em comunicado.

Esta decisão veio assim anular a providência cautelar interposta pela Cemark, relativa ao contrato de exploração da publicidade exterior, firmado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a JCDecaux em setembro de 2022, que suspendeu a obrigatoriedade de desmontagem dos equipamentos da Cemark.

Em causa estavam 1703 equipamentos na cidade de Lisboa, entre abrigos e Mupis (mobiliário urbano para informação), que a Cemark está agora obrigada a desmontar. Com esta decisão do Tribunal, o contrato para a exploração da publicidade exterior firmado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a JCDecaux já pode ser executado na sua plenitude.

Este contrato contempla a concessão da publicidade outdoor em Lisboa por 15 anos, por um valor de 8,3 milhões/ano.

O contrato de concessão entre a CML e a JCDecaux para uso privativo do domínio público do município de Lisboa para a instalação e exploração publicitária inclui “900 mupis, dos quais pelo menos 10% devem ser de natureza digital”, 2.000 abrigos e 75 sanitários públicos dos quais, no mínimo 10%, terão de estar preparados para receber utilizadores com mobilidade condicionada, nomeadamente em cadeira de rodas.

Outros dos dispositivos previstos no contrato são “40 mupis amovíveis, para publicidade institucional; um número de painéis digitais de grande formato não superior a 125 e que, no seu conjunto, compreenda uma área total de faces publicitárias entre 2.500 m2 [metros quadrados] e 3.000 m2; e 20 mupis de natureza digital e cinco painéis digitais (4×3 metros), a utilizar exclusivamente como equipamento informativo municipal”, lê-se no contrato, a que a Lusa teve acesso, conforme noticiou o ECO.

Em contrapartida, a JCDecaux ficou obrigada a pagar à CML “a remuneração anual de 8,3 milhões de euros”, segundo o contrato, que determina que esse valor é atualizado anualmente de acordo com a taxa de variação média anual do Índice de Preços no Consumidor nos últimos 12 meses.

O desfecho do concurso, no entanto, gerou preocupação e contestação no mercado, conforme noticiou o ECO.

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O Teu Futuro é Digital volta a formar alunos com competências em Marketing Digital e Inovação

  • Conteúdo Patrocinado
  • 20 Abril 2023

O Teu Futuro é Digital é uma iniciativa gratuita, online em direto, que oferece 4 semanas de formação em Marketing Digital e Inovação, lecionada por alguns dos mais experientes profissionais.

Já na terceira edição e durante o mês de maio, os estudantes de Marketing, Comunicação, Gestão e Design de todo o País terão novamente a oportunidade de participar numa formação gratuita de Marketing Digital e Inovação, lecionada por alguns dos formadores de referência na área. No programa, é possível encontrar nomes como Deolinda Sousa (Head of Customer Experience na Vodafone), Mário Alcântara (Head of Digital Activation at Innovagency), Bruno Oliveira (Head of Digital Hub & E-Business SUMOL+COMPAL), Paulo Rossas (Chief Innovation Officer na Lisbon Digital School), Guilherme Coelho (Country Developer na Incubeta Portugal), Catarina Sanches ( Senior Social Media Manager & Strategist na Wunderman Thompson), Glauco Madeira (Sócio e Consultor da 401 Business Design), Pedro Janela (Founder e CEO do WYgroup), Pedro Caramez (LinkedIn Consultant), Alexandre Couto (Copywriter na Solid Dogma) entre outros profissionais de grande destaque.

Esta formação online, que foi desenhada para ajudar os estudantes a estarem cada vez mais bem preparados para um mercado de trabalho desafiante e que procura profissionais com conhecimentos de digital, terá lugar durante todas as quintas-feiras do mês de Maio, da parte da tarde.

Nesta formação gratuita de 4 semanas serão abordados variadíssimos tópicos, como: Da Ideia à Estratégia, Jornadas do Consumidor e User Experience, Ecossistemas Digitais, Modelos de Negócio Digitais, Social Media e Influencer Marketing, Criação de Conteúdos, Construção de Narrativas de Marca, Data, Tendências e AI, e muitos outros temas relevantes. A par desta componente formativa do evento, haverá espaço para debate sobre o mercado de trabalho e o recrutamento na área de Marketing Digital e Inovação, para aproximar os alunos da realidade laboral e consciencializar para a importância da formação contínua com Ana Andrade, Head of People, Talent & Culture do WYgroup, Simão Pires, Digital Marketing Hub Director at Worten e Carla Coutinho Pereira, Industry Manager Tech B2B & Telco na Google e One Young World Embassador.

Passando da teoria à prática, técnicas de recrutamento e construção de perfis profissionais serão ainda tema para um workshop para Otimização do Perfil de LinkedIn, com Pedro Caramez.

No último dia, está previsto um momento de partilha de experiências com Alumni da escola que estão integrados no mercado de trabalho ou em processos de recrutamento.

"Esta é uma das iniciativas mais importantes que a Lisbon Digital School organiza anualmente, e um grande motivo de orgulho. Já são mais de 2000 os alunos impactados com esta formação e este ano não será diferente. Com este evento, queremos mostrar aos estudantes de Marketing, Comunicação, Gestão e Design as competências digitais e know-how que serão necessários adquirirem quando tentarem entrar no mercado de trabalho e, mais uma vez, promover a literacia digital junto dos futuros profissionais destas áreas, oferecendo uma formação prática, atualizada e de vanguarda.”

Natacha Pereira, CEO da Lisbon Digital School

Este ano na sua terceira edição, e com as inscrições já abertas, o acesso é gratuito, destinando-se em exclusivo a todos os estudantes de Marketing, Comunicação, Gestão e Design de todo o país, que se devem registar aqui.

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Greve de inspetores da PJ ao trabalho suplementar com adesão entre os 85% e os 95%

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

A greve ao trabalho suplementar dos inspetores da PJ mantém após mais de 15 dias uma adesão "extremamente elevada", entre os 85% e os 95%, explicou o sindicato.

A greve ao trabalho suplementar dos inspetores da Polícia Judiciária mantém após mais de 15 dias uma adesão “extremamente elevada”, entre os 85% e os 95%, informou na quarta-feira a Carla Pinto, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC/PJ).

A presidente da ASFIC/PJ disse à Lusa que, a nível nacional, a greve ao trabalho suplementar dos inspetores alocados aos Serviços de Prevenção (que trabalham nos dias úteis entre as 17h30 e as 09h00) manteve até quarta-feira uma média de adesão de 85%.

Nos serviços de Brigada de Piquete (serviços de investigação, que realizam, entre outras atividades buscas e investigações), a adesão à greve ao trabalho suplementar ronda desde o início os 95%, referiu Carla Pinto.

A dirigente sindical considerou esta adesão à greve às horas extraordinárias “extremamente elevada”, sublinhando que os funcionários da investigação criminal “querem que o seu trabalho fora das horas normais de funcionamento seja pago como determina a lei” e não a 3,61 euros/hora como atualmente é praticado.

“Não estamos a recusar-nos a trabalhar, não estamos a pedir aumentos nem subsídios, o que estamos a recusar é todo o trabalho suplementar cuja remuneração que está a ser praticada viola a lei”, disse Carla Pinto.

A dirigente sindical referiu, como exemplo irónico, que os investigadores são chamados a investigar fora das horas de expediente denúncias de casos de escravatura, “recebendo como pagamento pelas horas valores que estão ao nível da escravatura”.

Carla Pinto disse que a ASFIC/PJ não consegue indicar com exatidão a quantidade de serviços que tiveram que ser adiados em consequência da greve, mas adiantou que tiveram de ser canceladas diversas operações que deveriam ter sido realizadas fora do horário normal.

A presidente da ASFIC/PJ avançou que a greve vai prolongar-se por tempo indeterminado até que o problema seja resolvido.

Um dos principais motivos da greve, que começou em 1 de abril e afeta o trabalho das unidades de prevenção e todo o trabalho prestado fora do horário normal, ou seja, entre as 12h30 e as 14h00 e entre as 17h30 e as 09h00, é a não-atualização pela tutela do referencial dos valores dos suplementos de piquete e prevenção.

A falta de regulamentação do estatuto das carreiras especiais e a estagnação das negociações com a direção e o Ministério da Justiça são outros motivos da greve ao trabalho suplementar.

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Euribor sobe nos principais prazos e a seis meses para um novo máximo desde novembro de 2008

  • Lusa
  • 20 Abril 2023

Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo intermédio, pela segunda sessão consecutiva, para um novo máximo desde novembro de 2008.

A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo intermédio, pela segunda sessão consecutiva, para um novo máximo desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,855%, mais 0,030 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
  • No mesmo sentido, no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou para 3,612%, mais 0,025 pontos e um segundo novo máximo desde novembro de 2008. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu para 3,211%, mais 0,006 pontos e contra 3,219% em 17 de abril, um novo máximo desde novembro de 2008. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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