Madeira nomeada para cinco categorias no World Travel Awards

Destino Madeira está novamente nomeado para a edição europeia dos World Travel Awards, desta vez em cinco categorias distintas.

A ilha da Madeira está nomeada em cinco categorias distintas de Melhor Destino, na edição europeia dos World Travel Awards: Insular da Europa, de Aventura da Europa, de Festivais e Eventos da Europa, Sustentável da Europa e de Praia da Europa (Porto Santo).

Para o secretário regional de Turismo e Cultura e Presidente da Associação de Promoção da Madeira, Eduardo Jesus, estas novas nomeações voltam a mostrar a excelência da região como um destino turístico com mais de dois séculos de história. Trata-se também do reconhecimento do crescimento exponencial do setor do turismo no arquipélago.

“É o resultado do trabalho que tem sido realizado nos últimos anos, em manter e melhorar a qualidade do destino, através de inúmeros projetos que visam continuar a manter a Madeira no radar da indústria mundial do turismo”, começa por afirmar o secretário regional de Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira. Eduardo Jesus considera por isso, ser “uma honra para a região voltar a ser nomeada para a edição europeia dos World Travel Awards, e em cinco categorias diferentes”.

As votações decorrem até ao dia 20 de agosto. Os World Travel Awards foram criados em 1993 e são anualmente atribuídos para reconhecer e premiar a excelência de todos os setores chave das indústrias de viagens, turismo e hospitalidade.

A Gala Europeia dos World Travel Awards, que celebra este ano a sua 30.ª edição, decorre, a 30 de setembro deste ano, em Batumi, na Geórgia.

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Candidatos à UE incluídos nas previsões da Comissão pela primeira vez. PIB da Ucrânia deve crescer 0,6% este ano

Ucrânia, Moldávia e Bósnia e Herzegovina incluídos pela primeira vez nas previsões económicas de Bruxelas. Crescimento económico vai ser moderado em 2023.

A Comissão Europeia decidiu incluir pela primeira vez nas previsões económicas os novos candidatos à União Europeia (UE): Ucrânia, Moldávia e Bósnia e Herzegovina. Ainda que a guerra apresente desafios à avaliação económica, Bruxelas prevê que o PIB da Ucrânia cresça 0,6% este ano e 4% em 2024.

“Esta previsão cobre também os candidatos pela primeira vez”, destacou o comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, na conferência de imprensa da apresentação das previsões de primavera. Os países obtiveram o status de candidato à adesão à UE pelo Conselho em junho de 2022 e dezembro de 2022.

No que diz respeito à Ucrânia, as previsões são marcadas pelo “choque causado pela economia na guerra mas também pela resiliência”, indicou Gentiloni. Assim, a economia ucraniana “deve crescer 0,6% este ano e 4% em 2024”, segundo as estimativas que devem sempre ser vistas com algum cuidado já que a situação é de muita incerteza, ressalva o comissário.

Tendo em conta esta incerteza e também as dificuldades relacionadas com gaps estatísticos, já que os países candidatos não estiveram sujeitos às mesmas regras de reporte, a abordagem nesta avaliação e projeções é mais qualitativa, indica o documento.

Na avaliação da Ucrânia, notam que é um país de rendimentos “médio-baixos com mais de 40 milhões de pessoas”. O PIB per capita em termos de paridades de poder de compra é 29,3% da média da UE, segundo dados de 2021. A falta de consenso político, interferência de alguns interesses e corrupção têm impedido a implementação de reformas estruturais no país. Terão de ser feitos progressos em áreas como estas para “alinhar o país no caminho europeu”.

A guerra vai “transformar a economia” do país e dificulta as previsões, mas a Comissão nota já a “resiliência” da economia ucraniana, sendo que os esforços para aderir à UE também devem melhorar as perspetivas. Existe pouca diversificação, com uma concentração na agricultura e mineração, sendo de notar que apesar de a força de trabalho ter qualificações, há muito emprego informal.

Neste cenário, a Comissão prevê que depois de uma queda de 29,1% em 2022, o PIB da Ucrânia vai crescer 0,6% em 2023 e 4% em 2024. As exportações devem recuperar, mas a balança comercial vai manter-se com um saldo negativo nos próximos tempos. O desemprego deverá rondar os 15% e a inflação atingir os 20%.

Volodymyr Zelensky e Ursula von der LeyenEuropean Union, 2023

Já a Moldávia também é um país de rendimentos médio-baixos com uma população de aproximadamente 2,5 milhões. O PIB per capita situou-se em cerca de 30% da média da UE em termos de paridade de poder de compra em 2021. A economia moldava também depende muito da agricultura e o mercado de trabalho tem uma taxa de participação muito baixa.

A guerra na Ucrânia teve um impacto significativo na economia da Moldávia, que foi agravada também pela seca. A Comissão prevê uma recuperação moderada em 2023, com o PIB a crescer 2,8% em 2023, ganhando mais ritmo em 2024, quando deve avançar 4,1%. A inflação ainda vai rondar os 15%, enquanto o rácio da dívida sobe para 37,3% do PIB.

Finalmente, Bósnia e Herzegovina insere-se no mesmo nível de rendimentos que os outros candidatos, ainda que o PIB per capita seja mais elevado, de 35,5% da média da UE. A inflação tem-se mantido controlada e o défice e dívida pública também estão em níveis baixos, neste país com 3,5 milhões de cidadãos.

A economia, que é pouco aberta ao exterior e novamente focada na agricultura, vai ter um crescimento moderado: 1,5% em 2023 e 2,3% em 2024, segundo as previsões de Bruxelas. A dívida deverá recuar, beneficiando de um défice mais baixo, com o desemprego a reduzir-se também para 14,5% este ano.

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Lira turca atinge mínimo histórico face ao dólar no rescaldo das eleições

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

Um dia após as eleições, moeda turca negoceia em 19,6 unidades por dólar, o pior valor da história. Bolsa de Istambul negoceia em baixa.

A lira está esta segunda-feira a ser negociada ao nível mais baixo de sempre em relação ao dólar e a bolsa de Istambul abriu com perdas, perante a perspetiva de um adiamento da eleição de um novo presidente.

A escolha do novo Presidente turco deverá ser adiada para uma segunda volta em 28 de maio, depois de o atual Chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan, ter vencido no domingo, mas sem maioria absoluta.

A lira oscila esta segunda-feira em torno das 19,6 unidades por dólar, o pior valor da história, salvando uma queda momentânea na passada sexta-feira que atingiu níveis semelhantes, e marcando uma perda acumulada de 1% desde o início do mês.

A lira subiu ligeiramente em relação ao euro, em reação à descida da moeda europeia em relação à moeda americana.

Desde o verão passado, a lira tem vindo a perder gradualmente valor face ao dólar, com oscilações mínimas, e muitos analistas turcos alertam para o facto de o banco central turco estar a manter a taxa de câmbio artificialmente estável através de intervenções e restrições à compra de moeda pelas empresas.

Evolução da lira face ao dólar nos últimos seis meses

Fonte: Reuters

De facto, nas últimas semanas, os cambistas do Grande Bazar de Istambul começaram a oferecer taxas de câmbio que, pela primeira vez em décadas, diferem das oficiais, com a lira a ser transacionada até 10% mais barata do que nos bancos.

No sábado já estavam a oferecer mais de 23 liras por um euro, quando a taxa de câmbio oficial era pouco superior a 21 liras, e até 25 liras estavam a ser exigidas como preço de venda.

A Bolsa de Valores de Istambul também começou o dia com uma queda inicial de 6%, mas recuperou ligeiramente depois de as autoridades terem suspendido a negociação para evitar uma venda maciça de ações, um mecanismo que a bolsa aplicou várias vezes no último ano.

No entanto, a bolsa continua a estar em alta face ao início do mês, quando atingiu o ponto mais baixo, depois de ter acumulado perdas de 15% em três semanas.

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Crédito ao consumo atinge recorde de quase dois mil milhões no primeiro trimestre

Famílias portuguesas pediram mais crédito para compra de automóvel e gastaram mais com cartão de crédito. Empréstimos para o consumo atingiram 22 milhões por dia.

Os bancos e financeiras concederam quase 2.000 milhões de euros em crédito ao consumo no primeiro trimestre do ano, o valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando começa a série estatística do Banco de Portugal.

Em comparação com os três primeiros meses do ano passado, o crédito aos consumidores dá um salto de 4%, num período marcado pelo disparo das taxas de juro e que está a provocar um abrandamento na procura por crédito à habitação e da parte das empresas.

Esta evolução deveu-se sobretudo ao crédito automóvel e ao crédito concedido através do cartão de crédito e outras facilidades, segmentos em que as novas operações de financiamento aumentaram 7% e 10% neste período, respetivamente.

No caso do crédito para a compra de carro, as famílias pediram um montante total de 682,9 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. Embora os montantes concedidos através de locação financeira ou ALD tenham registado quedas, o crédito automóvel com reserva de propriedade e outros aumentou tanto nos novos (+26% para 150,3 milhões) como usados (9% para 516,9 milhões).

Em relação ao cartão de crédito, os empréstimos por esta via ascenderam a quase 200 milhões, mostram os dados do supervisor.

Evolução do crédito ao consumo no primeiro trimestre

Fonte: Banco de Portugal

Em sentido contrário, o crédito pessoal, que conta para quase metade do crédito aos consumidores, registou um decréscimo de 1% no primeiro trimestre, totalizando os 935,9 milhões de euros, com os outros créditos pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades) a recuar 1% para 901,9 milhões.

Já o crédito pessoal com finalidade da educação, saúde, energias renováveis, entre outras finalidades, aumentou 7%, mas para apenas 34,3 milhões.

Ao todo, as famílias contraíram 1,96 mil milhões de euros em crédito ao consumo durante o primeiro trimestre do ano, o que dá uma média de quase 22 milhões por dia.

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Portugal continua sem entregar a reprogramação do PRR em Bruxelas

"Temos atrasos técnicos na implementação em muitos países, mas não vejo problemas específicos de implementação do PRR" em Portugal, disse Gentiloni.

Portugal ainda não entregou em Bruxelas a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), confirmou esta segunda-feira a Comissão Europeia, na conferência de imprensa de apresentação das previsões de primavera.

Uma parte do processo de reprogramação do PRR foi colocada em consulta pública, que terminou a 21 de abril. Os mais de 150 contributos iam ser “avaliados pelo Governo e considerados no documento a enviar à Comissão Europeia até final de abril”, explicava o comunicado do Ministério da Presidência, de 22 de abril. Mas a primeira quinzena de maio termina esta segunda-feira e Portugal continua sem entregar a reprogramação.

Um exercício obrigatório porque foi necessário incluir a atualização da bazuca tendo em conta o acréscimo de 1,6 mil milhões decorrentes da atualização do montante de subvenções, já que uma parte da distribuição das subvenções do PRR dependiam da variação do PIB em 2020 e 2021, e de 785 milhões referentes à iniciativa REPowerEU. A este valor somam-se 1,58 mil milhões de euros em empréstimos para fazer às novas reformas e investimentos ou ao reforço de ambição de algumas que já estavam definidas. “A dotação máxima passará, assim, de 16,6 mil milhões para 20,6 mil milhões de euros”, sublinhava o mesmo comunicado. Mas também para fazer os ajustamentos necessários para fazer face ao aumento dos custos dos investimentos decorrentes da aceleração da inflação, na sequência da guerra na Ucrânia e das perturbações nas cadeias de abastecimento. Ajustamentos que serão feitos em termos de prazos, mas também de reforço do investimento através do recurso à componente dos empréstimos (além dos 1,58 mil milhões que estavam previstos na consulta pública).

Apesar de Portugal ter falhado a data recomendada pela própria Comissão Europeiaa 5 de maio, só Finlândia, Luxemburgo, Estónia, França, Alemanha, Eslováquia e Malta tinham entregue as suas propostas de revisão, avançou ao ECO fonte oficial da Comissão Europeia –, o comissário europeu para os Assuntos Económicos sublinhou que a Comissão está “a cooperar com as autoridades portuguesas no PRR”. “Temos atrasos técnicos na implementação em muitos países, mas não vejo problemas específicos tanto em termos de sustentabilidade ou de implementação do PRR”, acrescentou.

O ministro das Finanças, questionado pelos jornalistas à entrada da reunião do Eurogrupo, não avançou qual a data em será entregue o exercício de reprogramação, limitando-se a sublinhar que Portugal “é dos países mais avançados na execução do PRR, quer do ponto de vista das metas cumpridas, quer do número de reembolsos” e que a bazuca “contribuirá cada vez mais para o desenvolvimento da economia”. “A reprogramação do PRR seguirá o seu caminho e o seu calendário”, disse Fernando Medina sem adiantar qual a nova data.

O ECO questionou o Ministério da Presidência, que tem a tutela dos fundos europeus, sobre quando Portugal vai entregar a reprogramação, mas não obteve ainda resposta.

A absorção das verbas da bazuca ajudou a União Europeia a crescer 0,3% o ano passado, face aos 0,2% em 2021. Mas o contributo vai aumentar para 0,4%, segundo as previsões da primavera, antecipando-se uma estabilização em 2024. “Ao longo do período de 2021-2024, a despesa financiada pelos subsídios do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) deverão ser superiores a 3,5% do PIB em Espanha e Grécia e mais de 3% na Croácia e em Portugal, cerca de 2,5% na Eslováquia e Itália e cerca de 2% na Letónia, Bulgária e Roménia”, explica o relatório divulgado esta segunda-feira.

A Comissão sublinha ainda o papel da bazuca no aumento do investimento público. “Metade do aumento do investimento público entre 2019 e 2024 está relacionado com investimentos financiados com fundos europeus, em especial o MRR”, dizem as previsões de Primavera. Em geral, o crescimento do investimento deverá desacelerar fortemente de 4% em 2022 para 0,9% em 2023.

(Notícia atualizada às 14h50 com as declarações de Fernando Medina transmitidas pela RTP3)

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Universidade de Coimbra em projeto para criar iniciador pirotécnico mais seguro

  • ECO e Lusa
  • 15 Maio 2023

Universidade de Coimbra participa num projeto para criar um iniciador pirotécnico mais seguro e amigo do ambiente, e os resultados já são "bastantes promissores".

“Desenvolver um iniciador mais seguro e sustentável que não contenha substâncias consideradas explosivas, nem nocivas” é o grande propósito do projeto “FreePyro Igniter”, avança Ricardo Mendes, professor no Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (UC) que participa neste projeto.

Numa nota de imprensa, a UC explica que no projeto “foi desenvolvido e testado com sucesso um protótipo, que funciona com o sistema de disparo também criado pela equipa de investigadores” daquele departamento. “Este novo produto pode ser utilizado para iniciar diferentes tipos de componentes pirotécnicos”, adianta a academia.

“Na sua maioria, os iniciadores tradicionais são baseados em composições que contêm chumbo ou mercúrio; matérias que têm um impacto negativo no meio ambiente e são também classificadas como perigosas, devido ao elevado risco na sua manipulação e utilização”, explica o professor Ricardo Mendes.

Foi desenvolvido e testado com sucesso um protótipo, que funciona com o sistema de disparo também criado pela equipa de investigadores.

Universidade de Coimbra

Segundo o investigador, a grande diferença na composição deste novo produto “é que, mesmo com uma iniciação em massa, não produz explosão, porque não produz gases“. Logo precisa o professor, “num incêndio, nunca haverá uma explosão”, realçando que, “por oposição, os iniciadores tradicionais, que são compostos por outro tipo de substâncias que geram temperaturas altas, mas também gases, podem originar explosões suscetíveis de causarem danos significativos”.

Já a investigadora da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial Joana Quaresma, na mesma faculdade, sublinha que, ainda que o objetivo esteja cumprido e o conceito provado, “há necessidade de dar continuidade ao projeto, que termina ainda este ano”. Até porque, justifica, “este novo iniciador vai exigir que os sistemas utilizados para a iniciação desses artefactos tenham mais energia, ou seja, terá de ser desenvolvido também um sistema de disparo compatível com este iniciador“.

A equipa de investigadores garante que este novo produto vai ter vantagens a nível ambiental, de segurança e económicas, pois “contém substâncias com menor impacto no meio ambiente, tem a potencialidade de ser reutilizável” e “o transporte, o armazenamento e a utilização serão mais seguros”, além de poder “evitar, no futuro, a importação deste tipo de produtos”.

No projeto, financiado pelo programa Portugal 2020, participam cinco investigadores do departamento, ligados à aquela associação e ao Laboratório de Energética e Detónica: Ricardo Mendes, Joana Quaresma, José Carlos Góis, Bianca Sterbling e João Pimenta.

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Emissões de gases com efeito estufa caem 4% na UE. Portugal com reduções abaixo da média

Portugal está entre os países com menores reduções de gases com efeito na UE, no final de 2022. No último trimeste desse ano, os 27 Estados-membros reduziram as emissões em 4%.

As emissões de gases com efeito estufa (GEE) caíram 4% no último trimestre de 2022, face ao período homólogo, totalizando 938 milhões de toneladas de equivalente de CO2 (CO2-eq). Segundo os dados do Eurostat, a queda atingiu os 6% quando comparado com 2019, antes da pandemia da covid-19.

“Esta diminuição é acompanhada por alguma recuperação económica, como mostra o aumento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE no quarto trimestre de 2022, em comparação com o mesmo trimestre de 2021”, lê-se no relatório divulgado esta segunda-feira.

De acordo com o Eurostat, as emissões diminuíram em 23 Estados-membros, em comparação com o mesmo período de 2021. As únicas exceções são a Irlanda, onde as emissões cresceram 12,3%, a Letónia (6,8%), Malta (6,4%) e a Dinamarca (1,9%). “Este grupo de países da UE também viu o seu PIB aumentar”, informa a nota.

Os países com as maiores reduções foram Eslovénia (15,3%), Países Baixos (9,8%) e Eslováquia (6,9%).

Quanto a Portugal, encontra-se perto do fim da tabela dos países com maiores reduções de GEE, registando uma quebra de 2,1% face ao ultimo trimestre de 2021. Desta forma, Portugal fica atrás de países como a Lituânia e o Chipre. A Finlândia foi o país que menos reduziu (0,5%).

Indústria e famílias foram principais responsáveis por emissões

Segundo o gabinete de estatística europeu, os responsáveis pela maior parte das emissões destes gases foram a indústria transformadora e as famílias (ambos com 21%), seguindo-se o setor da eletricidade e fornecimento de gás, com 20%, a agricultura (13%), e, por fim, o transporte e armazenamento (11%).

Os dados mostram que, em comparação com o quarto trimestre de 2021, as emissões diminuíram em seis dos nove setores económicos, mas com algumas variações. Enquanto os setores da construção e do abastecimento de água, saneamento e gestão de resíduos viram as emissões diminuir 0,3%, a queda foi de 9,7% no fornecimento de eletricidade, gás, vapor e ar condicionado.

Os únicos setores em que as emissões aumentaram foram o transporte e armazenamento (7%), os serviços (1,6%) e as indústrias extrativas (1%).

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Reino Unido recebe visita inesperada de Zelensky e promete mais armas

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai ser recebido no Reino Unido pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para discutir mais apoio militar para resistir à invasão da Rússia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai ser recebido esta segunda-feira no Reino Unido pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para discutir mais apoio militar para resistir à invasão da Rússia, anunciou o Governo britânico.

A visita inesperada foi confirmada num comunicado, que adianta que Zelensky vai atualizar Sunak sobre o resultado dos encontros com os líderes de Itália, Alemanha e França nos últimos dias.

O encontro terá lugar na residência de campo do primeiro-ministro britânico em Chequers Court, nos arredores de Londres.

Antecipando um período de intensificação da atividade militar devido à esperada contraofensiva ucraniana, Sunak vai prometer entregar nos próximos meses centenas de mísseis de defesa aérea e sistemas aéreos não tripulados, incluindo drones com um alcance superior a 200 quilómetros.

“Este é um momento crucial na resistência da Ucrânia a uma terrível guerra de agressão que não escolheu nem provocou. A Ucrânia precisa do apoio sustentado da comunidade internacional para se defender contra a série de ataques implacáveis e indiscriminados que têm sido a sua realidade quotidiana há mais de um ano”, justificou.

Na semana passada, o Reino Unido tornou-se no primeiro país a fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance Storm Shadow à Ucrânia, permitindo o ataque longe das linhas de combate.

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Foundever está a recrutar 500 pessoas fluentes em francês

A empresa procura candidatos fluentes no idioma francês. A experiência e competências técnicas nos setores do turismo e da indústria farmacêutica são valorizadas, mas não são um fator eliminatório.

A Foundever, antiga Sitel Group, tem em curso um processo de recrutamento com vista à contratação de 500 novos colaboradores até 24 de setembro, em regime de teletrabalho e presencial. Para este processo, a empresa procura candidatos que sejam fluentes em francês, que virão a desempenhar funções de moderação de conteúdos e apoio técnico nos setores do turismo e da indústria farmacêutica. Embora a experiência e competências técnicas nestes setores sejam valorizadas, não são um fator eliminatório.

“A entrada de novos clientes exige muitas vezes também a contratação de novos colaboradores para conseguirmos dar uma resposta adequada às necessidades e exigências de cada projeto. Os 500 novos colaboradores fluentes em francês que pretendemos contratar vão receber uma extensa formação e usufruir dos benefícios proporcionados pela empresa que são acima dos oferecidos no setor”, afirma Benedita Miranda, general manager multilingual region da Foundever.

Benedita Miranda é a general manager multilingual region da Foundever.

Os candidatos selecionados em regime de teletrabalho terão acesso a tecnologia que lhes permite “estar conectados em tempo real com a restante equipa, ter acesso a uma solução omnicanal, podendo comunicar através de voz, chat, social media, entre outros; e ter formação online em tempo real“, detalha a empresa.

A Foundeverpassou a chamar-se assim desde o passado 1 de março, na sequência da aquisição, em 2021, da Sykes Enterprises — emprega atualmente 4.000 colaboradores em Portugal e trabalha com marcas reconhecidas a nível mundial de diversas áreas como tecnologia, viagens e turismo, finança, eletrónica, automóvel, banca, indústria farmacêutica e de software, oferecendo recursos abrangentes de serviço ao cliente e soluções multicanal.

As candidaturas podem ser submetidas através deste link.

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Receitas do alojamento turístico cresceram 45% em março

As receitas dos estabelecimentos turísticos atingiram 338 milhões de euros em março, revela o INE, num mês em que o número de hóspedes e o número de dormidas subiram 30% e 27%, respetivamente.

A atividade turística continua a recuperar. Em março, o número de hóspedes cresceu mais de 30% face ao ano passado e o de dormidas subiu quase 27%, ultrapassando “pela primeira vez, os 5 milhões”. Já os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico cresceram 45,1%, para 338 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No terceiro mês deste ano, registaram-se 2,1 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em território nacional, o que corresponde a uma subida de 30,8% e 26,7% face a março de 2022, respetivamente. ” À semelhança do que se verificou nos dois primeiros meses do ano, também em março se atingiram valores máximos de dormidas desde que há registo, tendo sido ultrapassados, pela primeira vez, os 5 milhões neste mês”, realça o gabinete de estatísticas.

Resultados gerais do setor de alojamento turístico:

Estes dados traduziram-se num aumento de cerca de 45% das receitas totais provenientes do turismo que atingiram os 338 milhões de euros, face ao período homólogo. Já face a setembro de 2019, os proveitos totais cresceram 36,2%.

Mais de um terço dos proveitos foi concentrado na Área Metropolitana de Lisboa (38,3% dos proveitos totais e 40,5% dos relativos a aposento em janeiro), seguindo-se o Algarve (17,9% e 16,5%, pela mesma ordem), o Norte (16,1% e 16,4%, respetivamente) e a Região Autónoma da Madeira (14% e 13,5%).

Olhando para os segmentos de alojamento, em todos se verificou uma evolução positiva das receitas. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento aumentaram 45,1% e 49,3%, respetivamente; nos estabelecimentos de alojamento local as subidas foram de 50% e 52,9%, pela mesma ordem. Já o turismo no espaço rural e de habitação registou aumentos de 31,1% e 28,4%.

Já o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 43,5 euros em março (contra 36,2 euros em fevereiro), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado foi de 87,7 euros em março (79 euros em fevereiro). “Em relação a março de 2019, o RevPAR aumentou 28,9% e o ADR cresceu 23,2%”, refere o INE.

Do total de mais de cinco milhões de dormidas registadas em março, mais de dois terços (75,2% concentraram-se nos 23 principais municípios). “Em março, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou a destacar-se com uma redução de 15,1% face a 2019 (-14,0% nos residentes e -15,3% nos não residentes). Pelo contrário, no Funchal registaram-se acréscimos significativos, principalmente nas dormidas de residentes que duplicaram face a março de 2019″ sublinha o INE.

O INE faz ainda um balanço trimestral: no primeiros três meses deste ano, as dormidas totais cresceram 40,9% para mais de 12,5 milhões e o que culminou a um aumento de 61% dos proveitos totais, face ao período homólogo, totalizando os 793,6 milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h11)

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Na iminência de ser comprada, Vice pede proteção contra falência

Os credores vão avançar com 20 milhões de dólares em dinheiro, de modo a financiar os negócios da Vice durante o processo de venda, que deve demorar entre dois e três meses.

Depois de no início do mês se ter falado de uma possível falência da Vice, o facto consumou-se esta segunda-feira. Segundo o Financial Times, a Vice Media entregou um pedido de proteção contra falência, na expectativa de um acordo de venda a um consórcio de credores. Este inclui o grupo de investimentos Fortress e a gestora de fundos Soros.

A Vice divulgou esta segunda-feira que chegou a acordo para a venda, tendo o consórcio de credores concordado em pagar 225 milhões de dólares (cerca de 207 milhões de euros) em crédito pelos seus ativos.

No entanto, a Vice permanece aberta a ofertas mais altas, revela o FT, acrescentando que os credores vão ainda avançar com 20 milhões de dólares (cerca de 18,4 milhões de dólares) em dinheiro, de modo a financiar os negócios da Vice durante o processo de venda, cuja conclusão está prevista nos próximos dois a três meses.

Em comunicado, citado pelo jornal britânico, Bruce Dixon e Hozefa Lokhandwala, co-CEO’s da Vice, disseram que este processo de venda vai “fortalecer a empresa e posicionar a Vice para um crescimento a longo prazo“.

Se entretanto não aparecer uma proposta melhor, a Vice será assim comprada por este consórcio que também inclui a Monroe Capital.

Em 2017, enquanto se debatia por ter lucros, o Vice Media Group pediu um empréstimo de 250 milhões de dólares (cerca de 230 milhões de euros) ao Fortress Investment Group e Soros Fund Management, encontrando-se em falta com esse empréstimo há meses, revela o The New York Times.

Também nesse ano, uma investigação do NYT expôs casos de assédio sexual na empresa, o que conduziu a uma crise de confiança na administração. Nessa altura, Shane Smith, cedeu o lugar de CEO a Nancy Dubuc, mas esta também não conseguiu tornar a empresa lucrativa, nem conseguiu vendê-la colocá-la em bolsa, acrescenta a publicação norte-americana.

O Vice Media Group cresceu a partir de uma única revista canadiana, fundada em 1994. Ao longo dos anos transformou-se numa empresa global e mais diversificada, incluindo no seu portfólio um estúdio cinematográfico, uma agência de publicidade ou uma série transmitida na HBO.

Depois de ter investido milhões na Vice, a Disney tentou comprar a empresa em 2015 por mais de três mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros), mas sem sucesso, revela o The New York Times.

A Vice acabou por se ver envolvida num mercado “pessimista” para as empresas de media, tentando obter lucros durante alguns anos, mas sempre sem sucesso, refere ainda o jornal norte-americano.

Atualmente, a Vice conta com 35 delegações a nível global e cria 1500 peças diariamente, entre as suas cinco áreas de negócio: a revista digital, a Vice Studios (estúdio de produção de filmes e televisão), a Viceland (um canal de televisão internacional), um departamento de notícias e a Virtue (agência criativa a nível internacional, com 21 escritórios pelo mundo).

A crise parece estar a bater à porta de meios de comunicação que foram “disruptores” e bastante bem avaliados. Recentemente, o BuzzFeed também anunciou o encerramento do BuzzFeed News (e o corte de 15% da sua força de trabalho).

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Taxas Euribor a três e seis meses sobem para novos máximos desde 2008

  • Lusa
  • 15 Maio 2023

A taxa Euribor subiu a três, a seis e a 12 meses, e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

A taxa Euribor subiu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses, e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,805%, mais 0,006 pontos, mas abaixo do máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu esta segunda-feira, para 3,663%, mais 0,025 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta segunda-feira, para 3,358%, mais 0,010 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

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