5 coisas que vão marcar o dia

  • Joana Abrantes Gomes
  • 3 Maio 2023

No dia em que arranca o "Governo Mais Próximo" em Braga e a Railway Summit no Entroncamento, a EDP Renováveis divulga os resultados completos do 1.º trimestre e a EDP distribui dividendos.

O dia é marcado pelo arranque da iniciativa do “Governo Mais Próximo” em Braga, bem como da Portugal Railway Summit no Entroncamento. A EDP Renováveis anuncia ao mercado os resultados completos do primeiro trimestre deste ano, enquanto a “casa mãe” EDP distribui os dividendos do exercício de 2022 pelos acionistas e a Galp vota, em assembleia geral, a proposta de dividendo de 26 cêntimos. Continua também a comissão parlamentar de inquérito à TAP, com audições a gestores públicos.

“Governo Mais Próximo” em Braga

Esta quarta e quinta-feira, o Executivo liderado por António Costa estará em Braga, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”. Neste dia, os governantes visitam empresas e instituições de vários concelhos do distrito, o que inclui uma aula aberta do ministro das Finanças, Fernando Medina, na Universidade do Minho. Na quinta-feira, dia 4 de maio, há reunião do Conselho de Ministros.

EDP Renováveis divulga resultados do primeiro trimestre

No mesmo dia em que a EDP distribui pelos acionistas cerca de 795 milhões de euros em dividendos, a EDP Renováveis apresenta ao mercado os resultados completos do primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, a empresa de energias renováveis do grupo EDP alcançou uma produção de 10.248 gigawatts hora (GWh), mais 11% do que no mesmo período de 2022, sendo que na Europa teve um recuo de 2% – sobretudo em Portugal, onde caiu 5%.

Railway Summit no Entroncamento

Também esta quarta-feira tem início a Portugal Railway Summit 2023, que decorre no Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. Os seis painéis temáticos do programa terão como oradores responsáveis da Plataforma Ferroviária Portuguesa, associação de stakeholders da ferrovia em Portugal, e da Infraestruturas de Portugal (IP).

Galp vota dividendo de 26 cêntimos

Os acionistas da Galp Energia votam, em assembleia geral, a proposta de dividendo de 26 cêntimos por ação. Este valor, somado aos 26 cêntimos que já foram distribuídos a título de adiantamento em setembro passado, ascende a 52 cêntimos por ação, num montante total de 425,06 milhões de euros. Além disso, o nome de Maria João Carioca deverá ser confirmado para o conselho de administração da petrolífera para o mandato de 2023-2026.

Deputados ouvem entidades de gestão pública sobre TAP

A partir das 17 horas, continua a comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, que esta quarta-feira reserva audições a entidades diretamente ligadas à gestão pública, como o Sindicato dos Economistas, a diretora-geral do Tesouro e Finanças, Maria João Araújo, e o diretor de Serviços do Gabinete de Apoio e Coordenação do Setor Empresarial do Estado, José Gato. Na quinta-feira é ouvido Miguel Frasquilho, ex-chairman da TAP.

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Estou doente. Já posso pedir baixa através do SNS 24?

No limite, num ano, o profissional poderá justificar seis dias de falta ao trabalho através do serviço digital SNS 24. A entidade patronal pode confirmar a veracidade das baixas de curta duração.

As baixas por doença já podem ser passadas pelo serviço digital do Serviço Nacional de Saúde, o SNS 24. Mas, atenção, estas baixas não podem ultrapassar os três dias consecutivos, e estão limitadas a duas vezes por ano, preveem as novas normas. Esta é uma das alterações à Lei laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que entrou em vigor no passado 1 de maio. A entidade patronal pode confirmar a veracidade das baixas de curta duração.

“O procedimento vai passar a ser muito mais célere, sem necessidade de qualquer deslocação a um médico, podendo o trabalhador, sob compromisso de honra, junto do SNS 24 requerer estes dias de baixa”, comenta Tiago Marcelino Marques, associado coordenador da área laboral da CCA Law Firm.

 

O utente pode recorrer ao serviço digital do SNS 24 para solicitar uma justificação de ausência ao trabalho por motivo de doença, mas cada justificação só pode cobrir três dias consecutivos de falta ao trabalho. Além disso, a sua emissão depende de uma autodeclaração de doença do trabalhador, sob o seu compromisso de honra.

Fica ainda estabelecido que cada trabalhador tem direito a utilizar esta possibilidade duas vezes por ano. Ou seja, no limite, num ano, poderá justificar seis dias de falta ao trabalho através do serviço digital SNS 24.

Há três formas alternativas de solicitar a autodeclaração de doença: o trabalhador pode pedi-la na área pessoal do portal do SNS 24, na app SNS 24, ou ainda, na impossibilidade de emissão digital, através da Linha SNS 24 (808 24 24 24).

“Sempre que seja necessário um trabalhador requerer um pedido adicional, deverá efetuá-lo através do processo normal, ou seja, presencialmente junto de um médico que possa emitir a baixa”, esclarece Tiago Marcelino Marques.

Da mesma forma, se passados três dias for necessário continuar de baixa, o trabalhador deve dirigir-se ao hospital ou ao centro de saúde para estender a baixa.

No aspeto da remuneração nada muda. Em regra, a Segurança Social só paga as baixas a partir do quarto dia de impedimento para o trabalho, pelo que os primeiros três dias não são remunerados.

A medida, que pretende facilitar a vida dos cidadãos e evitar milhares de consultas médicas, permitirá aliviar também a carga de trabalho burocrático dos médicos. Estima-se que, por ano, sejam agendadas cerca de 600 mil consultas para emissão da incapacidade temporária para o trabalho no período até três dias.

Patrões podem verificar se baixas são verdadeiras

A entidade patronal, por seu turno, pode confirmar a veracidade das baixas de curta duração passadas pelo SNS 24. Como? Caberá ao trabalhador comunicar à entidade patronal a ausência por doença, facultando-lhe o código de acesso que recebeu através de SMS ou e-mail na sequência da emissão da autodeclaração.

Se a entidade patronal quiser “confirmar a veracidade da autodeclaração”, poderá aceder ao portal do SNS24 “e confirmar se é válida”, preenchendo os respetivos dados, explicaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) ao Público.

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Obrigações da SAD do Benfica pagam pouco mais que os Certificados de Aforro

As novas obrigações da SAD benfiquista pagam 5,75%, mas, na carteira dos pequenos investidores, o ganho não vai muito além do que oferecem os Certificados de Aforro e exige muito mais risco.

A SAD do Sport Lisboa e Benfica (Benfica SAD) está novamente a recrutar credores. Depois de em junho do ano passado ter realizado uma emissão obrigacionista de 60 milhões de euros (“Benfica SAD 2022-2025”), o clube da Luz está de regresso ao mercado.

Desta vez, a Benfica SAD pretende angariar 40 milhões de euros (38,5 milhões líquidos de comissões) junto dos pequenos investidores, através de um novo empréstimo obrigacionista denominado “Benfica SAD 2023-2026“.

O objetivo da sociedade liderada por Rui Costa, que também é presidente do Sport Lisboa e Benfica, é utilizar este dinheiro para reembolsar parcialmente o empréstimo obrigacionista denominado “Benfica SAD 2020-2023”, financiar “a atividade corrente da Benfica SAD, bem como consolidar o respetivo passivo da Benfica SAD num prazo mais alargado”, lê-se no prospeto da operação.

A operação arrancou esta terça-feira, 2 de maio, e decorrerá até 12 de maio. Para convencer os pequenos investidores, a Benfica SAD oferece:

  • Para novos credores: o compromisso de pagar uma taxa de cupão anual de 5,75%, pago semestralmente, até 17 de julho de 2026, através da subscrição das obrigações “Benfica SAD 2023-2026”.
  • Para antigos credores: a possibilidade de os investidores trocarem as obrigações “Benfica SAD 2020-2023“, que têm uma taxa de cupão de 4%, pelas novas obrigações “Benfica SAD 2023-2026”.

Comissões e impostos apagam grande parte dos ganhos

À primeira vista, a remuneração de 5,75% que a Benfica SAD oferece parece ser um bom negócio. Porém, na carteira dos pequenos investidores, o ganho líquido deste investimento fica muito abaixo deste valor. Não por culpa da SAD benfiquista, que, por cada 1.000 euros investidos, paga 57,5 euros, mas como consequência das comissões bancárias cobradas pelos intermediários financeiros e dos impostos cobrados pelo Fisco, que acabam por reduzir significativamente a rendibilidade do investimento.

Por exemplo, segundo contas do ECO, um investidor que pretenda investir 2.500 euros (o mínimo permitido), não deverá esperar uma taxa interna de rendibilidade (TIR) líquida de impostos e encargos acima dos 2%, de acordo com os preçários dos 12 bancos colocadores da operação — e isto assumindo que a Benfica SAD pagará os cupões e reembolsará totalmente o capital no prazo estipulado.

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Mesmo elevando para o dobro o montante do investimento (5.000 euros), os ganhos que um pequeno investidor sem uma carteira de ativos poderá ambicionar não vão para lá de uma TIR média de 2,89%, ficando ao nível da TIR gerada pelo investimento em Certificados de Aforro pelo mesmo horizonte temporal (três anos).

Além disso, como são garantidos pela República Portuguesa, os Certificados de Aforro conferem naturalmente um risco creditício muito inferior face ao risco de investir nas obrigações da SAD benfiquista.

É certo que quanto maior o montante investido mais as comissões fixas (como a custódia de títulos) se diluem, aumentando assim a TIR do investimento — o mesmo acontece se o investidor já tiver uma carteira de ativos. Mas, mesmo considerando estas variáveis, o máximo que um futuro obrigacionista da Benfica SAD poderá ambicionar é uma TIR média perto dos 4%.

Num investimento de 10 mil euros, a diferença que separa o investimento em Certificados de Aforro e as obrigações da Benfica SAD são apenas 57,5 euros por ano, a favor dos títulos de dívida do clube da Luz.

Para os titulares das obrigações “Benfica SAD 2020-2023” que estejam a pensar trocá-las pelas novas obrigações “Benfica SAD 2023-2026”, no âmbito da oferta de troca que também está a decorrer, estes números devem também sugerir uma reflexão.

Numa primeira leitura, a troca dos títulos é tentadora. Desde logo porque as antigas obrigações conferem uma taxa de cupão de 4% e as novas 5,7%. Todavia, é importante não esquecer que a troca de títulos acarreta um custo de alienação das obrigações antigas e posterior pagamento de uma comissão de compra dos novos títulos, afetando assim a TIR do investimento.

Além disso, na contabilidade dos pequenos investidores, não é irrelevante o facto de as obrigações “Benfica SAD 2020-2023” vencerem dentro de apenas dois meses e meio, a 17 de julho, conferindo nessa altura aos seus titulares o dinheiro investido.

Ponderação do risco do investimento

No mercado de dívida, a rendibilidade das obrigações (yield) está inversamente ligada ao risco de incumprimento do emitente. Isto é: quanto maior o risco de uma empresa ou um Estado não pagar, maior é o preço pedido pelos investidores.

Uma forma de avaliar este risco é dada pela notação de risco creditício, que é conferida pelas agências de rating como a Fitch, a Moody’s ou a S&P.

No caso das obrigações “Benfica SAD 2023-2026”, como a SAD benfiquista não dispõe de uma notação de risco, os títulos de dívida também não. Para a empresa liderada por Rui Costa, esta situação não é problemática, pelo contrário.

Pelo lado da procura, a ausência de rating é praticamente irrelevante. Como as emissões obrigacionistas da SAD benfiquista têm registado uma constante procura superior à oferta, a Benfica SAD não tem necessidade de recorrer ao rating como chamariz de investidores.

E pelo lado financeiro da operação, é também difícil não considerar a ausência do rating de crédito como benéfica para a SAD encarnada: olhando para o mercado obrigacionista, a rendibilidade oferecida pelos títulos da Benfica SAD é próxima da yield oferecida por algumas das maiores empresas europeias.

É disso exemplo a Faurecia, um dos maiores nomes da indústria automóvel mundial, e a Renault. As duas empresas, que negoceiam na Euronext Paris, carregam um rating de “BB” e “BB+” pela Standard & Poor’s, um nível abaixo de investment grade.

Desde 2004, a SAD benfiquista já conseguiu angariar mais de 500 milhões de euros junto dos pequenos investidores, recorrendo a 12 emissões obrigacionistas.

A Faurecia tem atualmente umas obrigações com maturidade em 2026 a negociar com uma yield de 5,5% e a Renault tem no mercado umas obrigações com maturidade em 2027 a negociar com uma yield de quase 6%.

Ambas as empresas empregam mais de 100 mil pessoas, mas enquanto a Renault tem uma capitalização bolsista de 9,8 mil milhões de euros e gera anualmente receitas acima dos 12 mil milhões de euros, a Faurecia está a negociar com uma capitalização bolsista de 3,7 mil milhões de euros e gera receitas de quase 7 mil milhões de euros.

Já a Benfica SAD, segundo as últimas contas anuais, é uma empresa que faturou no último ano fiscal (terminado em junho de 2022) 169 milhões de euros e atualmente está a negociar na bolsa de Lisboa com uma capitalização bolsista abaixo dos 90 milhões de euros.

Apesar destas disparidades, o custo de financiamento da SAD do Benfica é muito próximo ao custo que estes gigantes do mundo automóvel têm no mercado. Mas não só.

A taxa de cupão das novas obrigações da SAD benfiquista é também igual à taxa de cupão paga pela Mota-Engil numa emissão obrigacionista a cinco anos de 70 milhões de euros, que a construtora colocou no mercado em outubro do ano passado para o retalho; e muito próxima dos 5,2% pagos pela Greenvolt numa emissão a cinco anos de 150 milhões de euros realizada em novembro.

Para os investidores interessados em apostar nas obrigações “Benfica SAD 2023-2026”, também não deve ser descurada a análise a todos os riscos inerentes a este investmimento. No prospeto da operação são identificados alguns:

  • Risco de crédito e de perdas de imparidade que advém da incapacidade de uma ou mais partes da Benfica SAD cumprirem com as suas obrigações contratuais, como resultado de alguma situação associada à sua operação.
  • Risco de liquidez de o emitente, neste caso a Benfica SAD, não ter capacidade para cumprir com as suas obrigações com os obrigacionistas, quer seja no pagamento dos cupões nas datas previstas como no reembolso do principal da obrigação a 17 de maio de 2026.
  • Riscos relativos a processos judicias, arbitrais e administradores em que a Benfica SAD está envolvida, que poderão lesar a SAD em vários milhões de euros; e os riscos associados à operação da SAD benfiquista, que está fortemente dependente do desempenho desportivo da principal equipa de futebol do Sport Lisboa e Benfica.

Campeão nacional das emissões obrigacionistas

Em 23 anos de existência da Benfica SAD (16 dos quais com cotação na bolsa, após a concretização do IPO a 22 de maio de 2007), esta será a sua 13.ª Oferta Pública de Subscrição (OPS) de obrigações e a segunda Oferta Pública de Troca (OPT) parcial e voluntária de obrigações.

Desde 2004, a SAD benfiquista já conseguiu angariar mais de 500 milhões de euros junto dos pequenos investidores, recorrendo a 12 emissões obrigacionistas.

A SAD do clube da Luz mantém-se à frente da SAD do Porto, que com a operação realizada no ano passado contabiliza 11 OPS e uma OPT, e da SAD do Sporting, que soma 7 OPS. Mostra assim uma forte intervenção no mercado de capitais, como também revela o balanço da sociedade.

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A 31 de dezembro de 2022, as contas da Benfica SAD mostravam uma dívida financeira líquida de 170 milhões de euros, sendo que 81,5% deste valor correspondia ao saldo-vivo de três obrigações: “Benfica SAD 2020-2023“, “Benfica SAD 2021-2024” e “Benfica SAD 2022-2025“.

O impacto das emissões obrigacionistas nas contas da SAD benfiquista tem sido grande. Aclamando ao “amor ao clube” junto dos seus sócios e adeptos (que são a principal base dos investidores que subscreve as obrigações), a Benfica SAD tem conseguido custos de financiamento mais baixos do que teria se recorresse à banca.

É isso que mostram as últimas contas semestrais da sociedade, que apontam para uma taxa de juro média dos empréstimos (bancários e obrigacionistas) de 4,55%, sendo que apenas 20 milhões de euros desta dívida foi contratualizada à taxa variável, através de dois empréstimos bancários junto do Novobanco e do Montepio que se encontram indexados à Euribor a 3 e 6 meses, respetivamente, acrescidos de um spread.

Além disso, substituindo os bancos por pequenos investidores enquanto base de credores da sociedade, a Benfica SAD benfiquista consegue libertar os contratos comerciais que teria de dar como garantia para os empréstimos bancários, podendo utilizar esses ativos como garantia para financiar outras operações. Foi isso que revelou Domingos Soares de Oliveira, administrador executivo da Benfica SAD, em declarações ao ECO em 2018.

Nota: A análise do ECO à nova emissão obrigacionista da Benfica SAD não dispensa a consulta do prospeto da operação.

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TAP. Deputados pedem levantamento de segredo profissional da SRS, Morais Leitão e VdA

Supremo avalia levantamento do segredo profissional para que os advogados envolvidos no TAP Gate poderem falar sem reservas na CPI da TAP.

A Vieira de Almeida (VdA), a Morais Leitão e a SRS Legal são os três escritórios de advogados incluídos no pedido de levantamento de segredo profissional por parte dos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP – feito ao Supremo Tribunal de Justiça – de forma a que os advogados possam falar sem reservas no Parlamento. Pedido esse feito há quase um mês mas que ainda não conheceu uma decisão.

No início de abril, os deputados da CPI pediram o levantamento de sigilo relativo a três sociedades de advogados. Segundo os deputados dessa mesma CPI, um dos escritórios já o teria feito de modo próprio ao Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, o órgão objetivamente competente para decidir estas questões. O ECO sabe que a Vieira de Almeida foi o escritório que pediu por modo próprio e que o pedido terá sido aceite. Contactadas pelo ECO, as fontes oficiais da VdA e da SRS Legal não quiseram comentar o assunto. A Morais Leitão não chegou a responder.

Em causa o facto de ter sido o advogado César Sá Esteves, sócio da SRS Legal, a assessorar a TAP na questão da demissão da antiga administradora executiva Alexandra Reis; a advogada Helena Tapp Barroso, sócia da Morais Leitão, ter assessorado Alexandra Reis no processo da sua saída. E, mais recentemente, o advogado Jorge Bleck, sócio do escritório Vieira de Almeida, ter sido contactado pelo Ministério das Finanças para prestar serviços jurídicos relacionados com as conclusões do parecer da IGF que foram invocadas pelo Governo para demitir a CEO da TAP, segundo o próprio garantiu ao Jornal Económico, a 17 de março.

Na altura, o PSD apresentou sete requerimentos sendo pedidas “informações sobre alegada prospeção e ou adjudicação a escritórios de advogados para auxiliar no processo de despedimento de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, informações sobre a tramitação processual do despedimento e sobre se houve recusa por parte do ministro João Galamba em homologar o despacho oriundo da DGTF e Parpública”.

Num dos requerimentos, o PSD pediu a audição de Jorge Bleck, advogado e sócio do escritório Vieira de Almeida, “considerando as notícias veiculadas pelo Jornal Económico, refutadas pelo Ministério das Finanças, a propósito de uma alegada solicitação da parte do Governo para aquisição de serviços jurídicos para dar sequência ao parecer da IGF relativamente à CEO”.

“A deliberação dos deputados foi tomada por unanimidade”, frisou fonte da CPI, no início de abril, ao Diário de Notícias, explicando terem seguido para o Supremo pedidos de levantamento de sigilo relativos a três sociedades de advogados. “Um dos escritórios chegou a pedi-lo de motu próprio – o Conselho Distrital da Ordem dos Advogados tem poderes para o decidir -, mas foi-lhe negado, pelo que, a bem da eficácia deste processo, a CPI, em articulação com os auditores jurídicos da Assembleia, optou por ir ao Supremo.”

O processo foi encaminhado com caráter de urgência – possibilidade prevista no regime jurídico dos inquéritos parlamentares – e já terá sido entregue e distribuído, confirma a mesma fonte, adiantando ter “boas perspetivas” de que possa haver uma decisão rápida.

A questão agora será que chegue dentro dos prazos apertados da CPI, cujo prazo termina 23 de maio, mas que alguns já admitem que possa resvalar.

Críticas de Christine Ourmiére-Widener e Alexandra Reis à SRS Legal e Morais Leitão

Na auditoria realizada pela Inspeção-Geral de Finanças (IFG), cujas conclusões sobre a saída intempestiva de Alexandra Reis da TAP – com a consequente indemnização de 500 mil euros – foram conhecidas a 7 de março, encontram-se várias referências negativas à atuação da SRS Legal, que assessorou a TAP e à Morais Leitão, que esteve do lado de Alexandra Reis.

Nas respostas ao relatório preliminar, apresentado às partes pela IGF no final de fevereiro, Christine Ourmiére-Widener e Alexandra Reis apontam responsabilidades às sociedades de advogados de topo — Morais Leitão e SRS Legal — a que ambas recorreram, externamente.

Em resposta à IGF, é respondido que Christine Ourmières-Widener “não é jurista de formação nem tem quaisquer conhecimentos jurídicos ou experiência de gestão de empresas públicas em Portugal”. E que por isso, sempre que necessário, “solicita aconselhamento externo especializado”, como foi o caso. E sublinha que “não foi alguma vez alertada para qualquer risco específico” que as decisões dos assessores jurídicos pudessem acarretar. Ou que a hipótese de enquadrar a saída de Alexandra Reis à luz das regras do Estatuto do Gestor Público era mais favorável à TAP no que respeita a uma eventual indemnização. Foi, por isso, com “perplexidade” que se viu confrontada, recentemente, com “as dúvidas quanto à solução jurídica encontrada”.

Perplexidade essa que foi “ainda maior”, quando Christine Ourmières-Widener leu a fundamentação jurídica do relatório preliminar da IGF, explicando que “não compreende nem aceita que, no decorrer de todo o processo negocial, esses argumentos não tenham sido suscitados quer pelos consultores jurídicos da TAP (SRS Legal), quer mesmo pelos consultores jurídicos de Alexandra Reis (Morais Leitão) e ainda pelos representantes do Governo”.

Alexandra Reis é mais discreta nas acusações que faz à sua anterior equipa de advogados da Morais Leitão. Apesar de ter sido este escritório que cessou a ligação jurídica que tinha com a engenheira. O que não aconteceu com a TAP, que foi esta a ter iniciativa de afastar a SRS Legal.

No contraditório entregue à IGF – já escrito e assinado pelos seus novos advogados Pedro Melo, sócio da Miranda, e as advogadas Paula Caldeira Dutschmann e Maria Ataíde Cordeiro – pode ler-se que Alexandra Reis celebrou “este acordo de total boa-fé, com a firme convicção que o mesmo seria válido”, acrescentando numa nota de rodapé quem a assessorou juridicamente neste processo que Alexandra Reis tem “formação em engenharia e não em direito”.

Vieira de Almeida do lado dos potenciais interessados na TAP

O grupo IAG, dono da Iberia e da British Airways, os principais interessados na reprivatização da TAP, já selecionou assessores jurídicos. O grupo que é também proprietário da Vueling e da Air Lingus escolheu o escritório de advogados Vieira de Almeida (VdA).

O IAG tem sido um dos principais atores da consolidação do setor na Europa. Em fevereiro, anunciou um acordo para comprar a totalidade do capital da espanhola Air Europa, do empresário Juan José Hidalgo. Pagou 400 milhões para ficar com os 80% que ainda não controlava. Agora volta as atenções para a TAP.

Os dois outros principais interessados na operadora aérea portuguesa são a Lufthansa e do grupo Air-France – KLM. A companhia alemã assumiu durante a apresentação dos resultados de 2022, no início de março, que os alvos mais interessantes para fusões e aquisições na Europa são a TAP e a ITA, estando a negociar com o governo italiano a aquisição de 40% do capital desta última. Em meados de fevereiro, também o CEO do grupo franco-holandês deixou elogios à companhia portuguesa.

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Costa segura Galamba. Todos os olhos postos em Marcelo

No rescaldo da carta de demissão de Galamba, e depois de Costa ter recusado o pedido, Marcelo "discorda" do Governo. O que fará o Presidente da República, perante um conflito institucional?

Finca-pé de António Costa deixa Marcelo Rebelo de Sousa em chequeMÁRIO CRUZ/LUSA

O Governo cá está para respeitar qualquer decisão do Presidente da República“, disse o primeiro-ministro esta terça-feira à noite, depois de ter surpreendido o país com a decisão de não aceitar o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas. Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu, num comunicado que confirma um conflito institucional, afirmando que “discorda” da decisão de António Costa, sem antecipar o que planeia fazer de seguida.

Sob pressão da “opinião pública”, e “em prol da necessária tranquilidade institucional”, Galamba pediu a demissão, três dias depois de garantir ter “todas as condições para participar” neste Governo, e em vias de completar quatro meses no cargo de ministro das Infraestruturas. Minutos depois, António Costa surpreendeu o país ao não aceitar o pedido de demissão, mesmo perante a opinião da “unanimidade de todos os comentadores e da generalidade dos agentes políticos” de que Galamba devia sair, reconheceu o primeiro-ministro. Um desses agentes é o Presidente da República. E a bola está no campo de Marcelo.

Durante praticamente todo o dia de terça-feira, o país político esteve em suspenso, focado em António Costa, que promoveu três reuniões de alto nível, alimentado a expectativa de que a demissão do ministro das Infraestruturas, ou até uma remodelação mais alargada do Governo, estaria para breve. O silêncio foi mantido até às 20h22, a hora a que o comunicado de João Galamba chegou às redações.

No atual quadro de perceção criado na opinião pública, apresento o meu pedido de demissão em prol da necessária tranquilidade institucional, valores pelos quais sempre pautei o meu comportamento e ação pública enquanto membro do Governo. […] Demito-me apesar de em momento algum ter agido em desconformidade com a lei ou contra o interesse público que sempre promovi e defendi na minha atuação enquanto governante, tal como foi, detalhada e publicamente, reconhecido pelo senhor primeiro-ministro“, justificou por escrito o ministro demissionário.

O que aconteceu minutos depois foi digno de um filme. À entrada da residência oficial, António Costa deu a conhecer ao país a decisão que ninguém antecipava: a de não aceitar o pedido de demissão, por entender que o ministro das Infraestruturas não deve sair do Governo por ter demitido um colaborador que “estava a omitir informação relevante solicitada pela comissão de inquérito” à TAP, sobretudo quando este “deu provas ao longo dos anos da sua competência e dedicação ao serviço público”. Costa foi mais além e disse que, perante esta decisão tomada em consciência, cá estará para “respeitar a decisão do Presidente da República”.

A conferência de imprensa de Costa ainda não tinha terminado quando Marcelo Rebelo de Sousa confirmou, em comunicado, o choque com a decisão do primeiro-ministro: “O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos Portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem.” A dissolução da Assembleia da República, afastada pelo Presidente há menos de um mês, é um cenário em cima da mesa.

Caso Galamba, a gota de água

Como é que a temperatura política subiu a este ponto? O caso Galamba começou no final da semana passada, envolvendo um desentendimento entre o ministro das Infraestruturas e um adjunto, Frederico Pinheiro, que terá descambado em notícias de alegadas agressões deste último no Ministério, trocas de acusações entre ambos na praça pública — incluindo uma grave declaração do adjunto acusando o ministro de querer mentir à comissão de inquérito à TAP — e a controversa decisão de reportar o que o Governo considerou ter sido o roubo de um computador com informação confidencial por Frederico Pinheiro às Secretas.

Esta última parte não é um pormenor. Numa conferência de imprensa no sábado, convocada pelo ministro para explicar porque demitiu o seu adjunto, Galamba disse ter “todas as condições para participar neste Governo” e confirmou ter “dado o alerta ao serviços de informação (SIS)” sobre o computador de trabalho de Frederico Pinheiro, que este acabou por devolver. O envolvimento das Secretas causou estranheza a vários especialistas e também aos partidos. Por exemplo, o líder da bancada do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou no fim de semana que “não é compreensível que se tenham chamado os serviços secretos, o SIS, que dependem do primeiro-ministro, para recuperar um computador, quando um furto normal se recorre à PSP“.

No domingo à noite, o gabinete do primeiro-ministro deu uma resposta ao Observador, numa altura em que as questões sobre a intervenção do SIS começavam a subir de tom. “O primeiro-ministro não foi nem tinha de ser informado“, começou por dizer fonte oficial. “O Ministério das Infraestruturas deu — e bem — o alerta pelo roubo de computador com documentos classificados”, acrescentou a mesma fonte, citada pelo jornal. Costa segurava, desta forma, o seu ministro das Infraestruturas.

O que não se sabia publicamente nessa altura era que, dias antes, no sábado, Marcelo Rebelo de Sousa terá deixado claro ao primeiro-ministro, numa conversa telefónica, que, no seu entendimento, João Galamba não tem condições para continuar no Governo, contou o Expresso numa notícia publicada de madrugada. E, ao contrário do habitual, o Presidente evitou em duas ocasiões fazer comentários políticos sobre o Governo: uma, no sábado, quando disse que a “primeira pessoa” com quem falaria sobre João Galamba era com António Costa; depois, na segunda-feira, quando apontou tratar-se de uma “matéria sensível”.

“Em determinados temas particularmente sensíveis, o seu tratamento não é na praça pública, não é sob os holofotes da comunicação social. Vão ser tratados até ao momento em que se vê que forem tratados”, declarou Marcelo. E acrescentou: “Estes casos são discretos. E matérias muito sensíveis de Estado são discretas e são tratadas muito discretamente. As pessoas não têm noção, mas são dossiês tratados muito discretamente.” O silêncio do Presidente tornou-se ensurdecedor.

Três reuniões. E a pressão sempre a subir

É com este pano de fundo que arrancou o dia de terça-feira, depois do feriado do 1.º de Maio. António Costa convocou João Galamba para uma reunião ao início da manhã em São Bento. O encontro durou mais de uma hora e meia. O ministro saiu sem falar aos jornalistas e dirigiu-se ao Ministério das Infraestruturas.

Rapidamente se percebeu que o dia político seria longo. O primeiro-ministro, que previa marcar presença numa conferência na Universidade do Minho pelas 17h, cancelou a agenda pública. Ao início da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa mantinha total disponibilidade de agenda, sem saber quando Costa iria a Belém.

Depois de falar com Galamba, o primeiro-ministro reuniu o núcleo duro do Governo. Segundo noticiava o Expresso por volta das 16h50, a “reunião de emergência” envolveu apenas Mariana Vieira da Silva (ministra da Presidência), Fernando Medina (ministro das Finanças), Duarte Cordeiro (ministro do Ambiente), Pedro Adão e Silva (ministro da Cultura) e António Mendonça Mendes (secretário de Estado Adjunto).

Só por volta das 17h é que António Costa foi ao encontro do Presidente da República. Do que falaram nas duas horas seguintes, não se sabe exatamente. O que se sabe é que, uma hora depois do final do encontro, João Galamba apresentou a demissão.

Marcelo amarrou Costa. E agora?

Com a demissão de Galamba e as explicações do primeiro-ministro, as atenções voltam-se para o Presidente da República, que, em janeiro, avisou que tiraria “conclusões” se a remodelação governamental que fez de Galamba ministro não funcionasse.

Como noticiou o ECO, no dia 3 de janeiro, depois de Costa anunciar a separação das pastas que eram de Pedro Nuno Santos em dois novos Ministérios, Marcelo Rebelo de Sousa amarrou o primeiro-ministro ao sucesso ou insucesso da decisão de usar “prata da casa” para “não mexer muto naquilo que existe”.

“É o primeiro-ministro a escolher e, naturalmente, ao escolher, conforme os resultados, assim será um sucesso ou não. Isso cairá em cima do primeiro-ministro”, avisou Marcelo Rebelo de Sousa, a partir do aeroporto de Lisboa. Foi mais longe: “Cabe ao primeiro-ministro escolher o caminho. Ou escolhe o caminho para aproveitar uma situação destas para inovar, para mudar, ou para continuar e mexer o mínimo possível.” Depois, concluiu: “Se funcionar, é uma boa ideia. Se não funcionar, retiraremos daí as conclusões.”

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BPI VeP e GamaLife agitam o ranking das seguradoras no 1º trimestre

A BPI Vida e Pensões é a nova líder no ramo Vida e um novo produto fez a GamaLife duplicar vendas e subir 7 lugares no ranking. Fidelidade e Ageas perderam, em conjunto, 10% do mercado. Veja a lista.

A turbulência provocada pela subida das taxas de juro e das seguradoras precisarem de enfrentar essa realidade provocou grandes mudanças no ranking das seguradoras em Portugal no 1º trimestre do ano. A maioria das companhias resistiu ao lançamento de produtos do ramo Vida, mas a BPI Vida e Pensões e a GamaLife já lançaram seguros competitivos para os novos tempos, enquanto os bancos mantêm baixas as remunerações dos depósitos dos seus clientes.

A primeira e o primeiro CEO a arriscar no ramo Vida: Isabel Castelo Branco, da BPI Vida e Pensões e Matteo Castelvetri, da GamaLife.

A ASF, entidade supervisora do setor, divulgou os resultados da produção das seguradoras que atuam no mercado nacional no final do 1º trimestre de 2023. Com base nesses dados que reportam o desempenho comercial de 61 seguradoras, ECOseguros agrupou em 38 grupos ou companhias únicas quando não integradas em conglomerados e executa o ranking.

A Fidelidade baixou a sua quota no mercado total no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período do ano passado em 7,3% correspondendo a uma produção 300 milhões de euros inferior. Este valor resultou essencialmente de uma descida abrupta na venda de produtos unit linked, segmento onde desceu da liderança para o 3º lugar e que não foi compensado totalmente apesar de subida geral no ramo Não Vida em 9,2%, com os principais ramos a subirem 18% em acidentes de trabalho, 12,3% em saúde e 9,7% em automóvel.

Também o grupo Ageas Portugal baixou a sua quota de mercado total de 15,3% para 13%, igualmente devido a baixas acentuadas nas seguradoras Ocidental Vida e Ageas Vida, apesar da Ageas Seguros, tenha passado a ser a terceira maior seguradora do país ao crescer a sua produção em 11,8%.

A Generali, com a Tranquilidade e a Europ Assistance, mantém-se como o 3º maior grupo nacional e enquanto seguradora é a 2ª maior. Subiu 2,1 pontos a sua quota de mercado total para 11,5% e após um 1º trimestre de subida de 10% na sua produção com crescimento significativo de 23% no ramo saúde e aumentando a sua quota no segmento para 13,4%.

A BPI Vida e Pensões subiu 3 lugares entre os grupos, mas tornou-se líder no ramo Vida com 19% de quota de mercado neste segmento, e quase triplica vendas de seguros risco e poupança. É uma mudança histórica na liderança do setor Vida, aproveitando o pior 1º trimestre da Fidelidade nesta área.

A Allianz teve um primeiro trimestre com um crescimento de quota para 6,1%, após uma descida de 25% na produção do ramo Vida, mas com um aumento de 23% no ramo saúde e de 18,4% no conjunto dos ramos Não vida.

A GamaLife foi a grande surpresa. Subiu no ranking nacional de 11º para 6º lugar graças a um crescimento através de um produto de rendimento garantido bem comercializado pelo Novobanco. Duplicou vendas para 167 milhões de euros no trimestre, cresceu 8 vezes a produção em produtos não ligados a fundos de investimento e quase ultrapassa a Fidelidade no segmento.

O grupo segurador do Santander teve a empresa Santander Totta Seguros, que trata os seguros financeiros, a decrescer e a baixar 3 lugares no ranking, sem que a as Aegon Santander Vida e Não Vida, esta subiu vendas em 25%, tenham conseguido compensar esta descida.

A Zurich aumentou a sua quota de mercado para 4,8% enquanto a CA, do grupo Crédito Agrícola, baixou 3 lugares no ranking, muito devido à baixa do ramo Vida. A Lusitania subiu 17% e melhorou a sua quota de mercado em 1 ponto para 4,1%. Destaque ainda para as subidas no ranking para Liberty, Victoria, Caravela, Bankinter, MetLife, AIG, Chubb, Cardif e Prévoir.

O ranking do 1º trimestre de 2023 com dados da ASF e tratamento de ECOseguros ficou assim:

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Abertos os cursos APS para maio e junho

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2023

Contratos de seguro vida, Bancassurance, Jurisprudência e Estatística e Aturiado são algumas das áreas que os cursos da APS vão abordar. As formações são, na maioria, em formato digital com formador.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anuncia novos cursos agendados, para maio e junho 2023, dirigidos ao setor dos seguros.

A formação digital ‘Contratos de Seguros de Vida’, marcada para 4 de maio, é uma oportunidade para conhecer com detalhe as características de contratos de seguros, incluindo noções de prémios, sinistros e de alguns direitos contratuais, com recurso a exemplos e casos práticos.

Bancassurance – Os fatores críticos para um crescimento sustentável, formação digital, será nas manhãs de 8 a 11 de maio. O curso aborda as características da distribuição bancassurance e dos seus modelos de gestão, desde a identificação de clientes alvo, à criação da oferta, desenho do modelo de distribuição até à dinamização e monitorização, identificando os riscos e evidenciando os fatores críticos de sucesso. No final do curso, haverá uma componente prática com apresentação e discussão em grupo de case study.

Seguros e operações de capitalização não ligados’, formação digital, está agendada para 9 de maio. Será uma oportunidade para conhecer com detalhe seguros e operações de capitalização não ligados, com recurso a exemplos e casos práticos. Pretende-se uma ação participativa com componente prática e espaço para questões.

A Master Class ‘Jurisprudência de Acidentes de Trabalho é uma formação presencial que terá lugar no Porto, a 10 e 11 de maio, com a duração de uma tarde e um dia, e em Lisboa, nas manhãs de 31 de maio e 1 e 2 de junho. A Master Class associa à dimensão teórica a perspetiva prática que decorre da jurisprudência judicial, proporcionando aos participantes uma visão da experiência dos tribunais no ramo, e uma análise com maior complexidade de alguns dos principais temas de Acidentes de Trabalho em conjugação com a respetiva Jurisprudência.

A formação digital Estatística e Atuariado para Não Atuários – Ramos Não Vida terá lugar nas manhãs de 12, 13, 16 e 17 de maio e pretende dar noções introdutórias sobre métodos atuariais e estatísticos aplicáveis ao setor segurador, ramos Não Vida.

Conceção e Inovação de Produtos nos Seguros, formação digital, será nas manhãs de 16 a 19 de maio. A APS diz, em comunicado, que uma das principais preocupações que acompanhou a transposição da Diretiva da Distribuição de Seguros consistiu na definição de políticas de conceção e aprovação de produtos de seguros por parte das Seguradoras. O recurso a metodologias de design thinking e o desenvolvimento de competências de criatividade e de inovação estratégica aplicadas ao desenho de novos produtos de seguros podem contribuir de forma eficaz para a implementação das políticas.

Na manhã de 16 de maio, a formação digital ‘Seguros e Operações de Capitalização Ligados irá dar a conhecer, com detalhe, os seguros e operações de capitalização ligados, com recurso a exemplos e casos práticos. Pretende-se uma ação participativa com componente prática e espaço para questões.

A formação presencialSeguros e Perdas de Exploração’ irá decorrer a 24 de maio e será apresentada uma introdução aos princípios e práticas dos seguros de perdas de exploração, focando os seus conceitos básicos, regras de funcionamento da apólice, adequação da apólice às necessidades do cliente, e forma de cálculo dos prejuízos.

Agendadas estão também as formações ‘Insurtech – As novas tecnologias no setor dos seguros’, a 23 de maio, uma Master Class sobre ‘Regulamento para a Distribuição de Seguros’, a 30 de maio, a formação digital ‘PPPR/Es – Planos de Poupança Reforma/Educação’, para 22 de junho e a formação ‘IFRS 17 – Contratos de Seguro, marcada para 22, 23, 29 e 30 de junho.

As formações digitais têm a presença de formador online. Para mais informações, poderá contactar a APS pelo telefone 213 848 100, através do e-mail [email protected], ou ainda, consultar o site www.apseguradores.pt/academia

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Fidelidade lança concurso para bons condutores

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2023

Seguradora quer dinamizar a app Fidelidade Drive. Clientes Fidelidade ou não, ganham cupões que os habilitam ao prémio final, um veículo elétrico.

A Fidelidade, através da aplicação Fidelidade Drive, quer recompensar os “bons comportamentos na estrada”, através de um concurso, em que tanto os clientes como os não-clientes da seguradora podem participar para ganhar um veículo elétrico.

Em comunicado, a Fidelidade destaca que “a prevenção e segurança rodoviárias são já uma prioridade”.

De 1 de maio a 31 de outubro, ao cumprirem os desafios que a aplicação disponibiliza, os participantes acumulam cupões de participação que os habilitam a ganhar o prémio do sorteio final.

Em comunicado, a seguradora destaca que “a prevenção e segurança rodoviárias são já uma prioridade, que disponibiliza uma aplicação gratuita, a Fidelidade Drive, através da qual os utilizadores podem acumular pontos que valem ofertas em parceiros“.

Os clientes com seguro Fidelidade não têm limite mensal de participações. Os clientes com seguro Fidelidade Auto, por cada desafio finalizado, recebem 2 cupões de participação, e os clientes com outros seguros Fidelidade, por cada desafio, recebem 1 cupão. Os utilizadores sem seguro Fidelidade estão limitados a uma participação por mês e por cada desafio recebem 1 cupão de participação.

Para assinalar o lançamento do concurso, a Fidelidade vai promover uma campanha multi-meios, com presença em TV, rádio, outdoor, imprensa e digital.

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“Autodegradação”, “surpresa”, “humilhação”: as reações dos partidos ao braço de ferro entre Costa e Marcelo

  • Lusa e ECO
  • 2 Maio 2023

À direita já se defende a dissolução do Parlamento. Bloco diz estar preparado para todos os cenários. Leia aqui as reações.

A decisão do primeiro-ministro segurar João Galamba na pasta da Infraestruturas, uma decisão que Marcelo Rebelo de Sousa “discorda”, abriu um conflito institucional que só se resolve, para os partidos à direita do hemiciclo, com a dissolução do Parlamento. À esquerda prefere-se um cenário de remodelação alargada do Governo para resolver os problemas do país.

O PSD, em nota às redações, referiu que o Governo está “à deriva, sem liderança efetiva” e que o primeiro-ministro está de “costas voltadas” para o país e para as instituições. “O país tem vindo a assistir à autodegradação do Governo de Portugal por sua exclusiva responsabilidade. O executivo mantém-se à deriva, sem liderança efetiva, com inegável falta de autoridade e numa tentativa teatral de ultrapassar tantas fragilidades”, criticam os sociais-democratas, que esta quinta-feira reúnem a comissão permanente do partido para “analisar a situação política nacional”.

Ainda antes de António Costa falar ao país já o líder do PSD reagia ao pedido de demissão do ministro João Galamba, não aceite entretanto pelo primeiro-ministro. “A saída do Ministro das Infraestruturas pelo próprio pé, depois das reuniões da manhã e da tarde não terem produzido esse resultado, diz muito sobre a liderança – ou a falta dela – do PM”, escreveu Luís Montenegro na rede social Twitter.

O presidente do Chega defendeu, em reação no Parlamento, a “dissolução da Assembleia da República” e que o partido está “preparado para ser uma alternativa e para governar” o país. “O que vimos hoje foi um certo desequilíbrio emocional, precipitação política e uma vontade de confronto que me leva a perguntar novamente se está bem”, disse André Ventura.

O líder do Chega adiantou ainda que “o ambiente de confronto e de conflitualidade que hoje se abriu entre o Presidente da República, entre o país, o primeiro-ministro e o Governo deixam sem grandes condições de continuidade o Governo de António Costa quanto ao exercício do seu mandato”.

Já o presidente da Iniciativa Liberal (IL) acusou o primeiro-ministro de ter aberto “um conflito institucional gravíssimo” com o objetivo de “humilhar publicamente” o Presidente da República, considerando que “a única maneira de repor a normalidade” é dissolvendo o parlamento.

Os comunistas, por seu turno, defenderam que o essencial “não é a entrada ou a saída de ministros”, mas “a resposta aos problemas dos portugueses”, sem responder se defende eleições antecipadas. Paula Santos insistiu, no Parlamento, no discurso ensaiado por Paulo Raimundo de distanciar-se da novela dos casos mediáticos e “dar resposta aos problemas dos portugueses: aumentar salários e pensões, garantir o direito à habitação ou a prestação de cuidados de saúde”.

A líder do Bloco de Esquerda, também em reação no Parlamento, disse que o partido está preparado “para qualquer cenário”, depois de admitir a “surpresa” com o conflito entre o Presidente e o primeiro-ministro. Para Catarina Martins, o primeiro-ministro “decidiu perder tempo” que “o país não tem”, considerando que “o que era preciso era uma reorganização do Governo”, não apenas dos “ministros descredibilizados”, mas da própria política do executivo.

“Julgo que foi uma surpresa para todo o país ouvir hoje o primeiro-ministro de Portugal a fazer uma declaração solene sobre uma coboiada do Ministério das Finanças e não dizer uma palavra sobre os problemas políticos do Governo. É sinal de uma absoluta degradação ou se quiserem é a maioria absoluta como ela própria”, acrescentou.

Os deputados únicos do PAN e do Livre defenderam que o cenário de realização de eleições antecipadas não é “bom para o país” nem a solução que os portugueses pretendem, lamentando as discordâncias públicas entre primeiro-ministro e Presidente da República.

“Todos nós fomos apanhados de surpresa relativamente à não aceitação do pedido de demissão e vemos, com alguma preocupação, o impacto que possa ter na credibilidade das instituições e do poder político”, defendeu a porta-voz do PAN, que não acredita que “os portugueses queiram uma nova eleição”. Inês Sousa Real apela a que “se encontrem soluções, por exemplo, o primeiro-ministro ser convidado a reformular o Governo de forma mais profunda”.

Na mesma linha, Rui Tavares, disse que a dissolução do parlamento “não seria bom para o país”, embora esteja convicto de que, com novas eleições, o partido ganharia um grupo parlamentar, apontando que o seu interesse imediato “está certamente em último lugar na lista de prioridades”. O deputado do Livre argumentou ainda que os desenvolvimento do caso de João Galamba “são efeitos de uma falta de coordenação política ao nível do Governo”, em que António Costa é o “último responsável”.

(notícia atualizada às 22h25)

 

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Marsh aponta 22.º trimestre consecutivo de aumento de preços

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2023

Prémios de seguros continuam a subir. Estão em alta há 22 trimestres. A Marsh procura formas de trazer novas capacidades para as linhas onde são mais necessárias e a examinar soluções do mercado.

Os preços dos seguros aumentaram, globalmente, 4% no primeiro trimestre de 2023, mantendo-se a taxa verificada no quarto trimestre de 2022, de acordo com o relatório Global Insurance Market Index, divulgado pela Marsh. O primeiro trimestre marca, assim, o 22º trimestre consecutivo de aumento de preços.

“Para ajudar os nossos clientes a resolver estas questões, continuamos a procurar formas de trazer novas capacidades para as linhas onde são mais necessárias, bem como a examinar soluções de cativas e alternativas do mercado de capitais”, sublinhou António Morna, Diretor de Placement da Marsh Portugal.

A subida de preços, na maioria das regiões, situou-se num pequeno intervalo em comparação com o trimestre anterior, sendo que o decréscimo nas linhas financeiras e profissionais e a contínua moderação no mercado cyber foram compensados por um aumento das taxas dos seguros de danos materiais.

No Reino Unido, o preço composto aumentou 3% em comparação com uma subida de 4% no quarto trimestre de 2022, tendo aumentado 5% na Europa Continental, comparativamente a um acréscimo de 6% no quarto trimestre e 1% na Ásia, a comparar com um aumento de 2% no 4º trimestre.

Nos E.U.A., os preços registaram um aumento de 4%, face a 3% no quarto trimestre; 7% no Pacífico, em comparação com um aumento de 5% no quarto trimestre e 8% na América Latina e Caraíbas, face a subida de 7% no quarto trimestre.

Entre outras conclusões, o relatório destaca:

  • No primeiro trimestre, os prémios de seguros de danos materiais aumentaram na maioria das regiões, que registaram um aumento de 17% em comparação com um aumento de 11% no trimestre anterior. Os prémios globais de seguros de danos materiais subiram, em média, 10% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com um aumento de 7% no quarto trimestre de 2022; os prémios de responsabilidades elevaram-se, em média, 3%, mantendo-se a taxa de aumento do trimestre anterior.
  • Pelo terceiro trimestre consecutivo, os preços globais nas linhas financeiras e profissionais diminuíram. Impulsionados por novas reduções das taxas nos E.U.A. e no Reino Unido, os preços diminuíram, em média, 5% no 1º trimestre, em comparação com um decréscimo de 6% no quarto trimestre.
  • Globalmente, os prémios de seguros cyber mantiveram-se moderados, com aumentos médios de 11% em comparação com 28% no quarto trimestre de 2022. Tal foi particularmente evidente nos maiores mercados deste tipo de seguros, tendo os preços aumentado 11% nos Estados Unidos da América e 10% no Reino Unido, em comparação com 28% e 34%, respetivamente, no trimestre anterior.
  • As preocupações com o impacto da inflação nos valores dos ativos e nos custos dos sinistros continuam a ser prevalentes entre as seguradoras. Nos E.U.A., por exemplo, os valores segurados totais aquando da renovação aumentaram 9%, em média, no trimestre.

Em comentário ao relatório, António Morna, Diretor de Placement da Marsh Portugal, afirma: “congratulamo-nos com as tendências favoráveis para os nossos clientes nos ramos de D&O e cyber, mas a contínua atividade de perdas nas linhas de danos materiais e o aumento de custo do resseguro e dos capitais, combinados com a escassez em certos ramos, significa que os clientes continuam a enfrentar condições de mercado difíceis”.

“Para ajudar os nossos clientes a resolver estas questões, continuamos a procurar formas de trazer novas capacidades para as linhas onde são mais necessárias, bem como a examinar soluções de cativas e alternativas do mercado de capitais”, sublinhou o líder.

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Safe-Crop e Caravela ganham seguros agrícolas da Portugal Nuts

  • ECO Seguros
  • 2 Maio 2023

A agência de subscrição de riscos agrícolas e a seguradora lançaram uma solução para seguros de colheitas dirigidos a membros da associação de frutos secos que exploram 15 mil hectares de amendoal.

A Safe-Crop, mediadora de seguros e agência de subscrição de riscos agrícolas, ganhou a nomeação da Portugal Nuts – Associação de Promoção de Frutos Secos – APFS como a solução de seguro de colheitas para a região de Alentejo e Santarém e para a região de Lisboa e Algarve.

António Saldanha, Milene Conceição e Filipe Charters de Azevedo estiveram em ação e com stand na Ovibeja.

A parceria com a associação terá a Caravela como seguradora e foi lançada aproveitando a 39.º Ovibeja que decorreu até ao passado dia 1 de maio. A Portugal Nuts, foi criada em 2020 e agrega atualmente 44 associados produtores e processadores de frutos secos, representando cerca de 15.000 hectares de explorações.

“Apostámos forte no Amendoal”, explica Filipe Clara, responsável pelo marketing da Safe-Crop, considerando esta “uma das fileiras agrícolas mais eficientes do setor e em profunda revolução de inovação”, explica Clara.

O diretor da mediadora, Filipe Charters de Azevedo, refere que “já no passado tínhamos criado um seguro que protegia os produtores da queda de preço da amêndoa através de um parâmetro associado aos preços praticados em Espanha”, acrescentando que “este ano, devido à inflação, apostamos mais em soluções tradicionais com as coberturas de geada, granizo, tromba de água, tornado e raio”.

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Marcelo “discorda” da decisão de Costa de segurar Galamba

"O Presidente da República discorda da posição" do primeiro-ministro "quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugues", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa critica a opção do primeiro-ministro de manter João Galamba em funções. Depois de um dia de suspense, António Costa não aceitou a demissão do ministro das Infraestruturas por, “em consciência”, considerar que o ministro não tentou ocultar qualquer informação à Comissão Parlamentar de inquérito à TAP. O Presidente da República, numa curta nota, discorda e parece abrir um conflito institucional.

“O Presidente da República, que não pode exonerar um membro do Governo sem ser por proposta do primeiro-ministro, discorda da posição deste quanto à leitura política dos factos e quanto à perceção deles resultante por parte dos portugueses, no que respeita ao prestígio das instituições que os regem”, lê-se na nota que Marcelo Rebelo de Sousa publicou no site, minutos depois de António Costa ter terminado a sua conferência de imprensa.

O Chefe de Estado fez questão de sublinhar que o primeiro-ministro “entendeu” não aceitar o pedido de demissão de João Galamba, “por uma questão de consciência, apesar” de ter considerado a situação “deplorável”.

O Presidente da República pressionou a saída de João Galamba. De acordo com o Expresso, na conversa telefónica que teve sábado com o Chefe de Governo, Marcelo terá dito claramente a António Costa que o ministro das Infraestruturas não tinha condições para permanecer no Executivo.

António Costa, na conferência de imprensa à porta da residência oficial, fez questão de pedir desculpa aos portugueses, mas frisou que o não aceitar a demissão minutos antes de João Galamba não era “um exercício de teimosia mas uma questão de consciência”. O primeiro-ministro reconheceu que teria “sido mais fácil demitir João Galamba”.

Recordando que a exoneração dos membros do Governo lhe cabe a ele, concluiu que o Governo está pronto para “respeitar qualquer decisão do Presidente da República”. Para já Marcelo mantém o braço de ferro com Costa e diz discordar da sua decisão, mas não levantou a ponta do véu quanto a uma possível dissolução da Assembleia da República.

(Notícia atualizada com mais informação)

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