China diz que nunca pediu ao TikTok que fornecesse dados

  • Lusa
  • 24 Março 2023

A China assegurque "nunca pediu, nem pedirá" a empresas ou indivíduos que violem a legislação de outro país para recolher informações, numa altura em que Washington ameaça banir a rede social.

A China assegurou esta sexta-feita que “nunca pediu, nem pedirá” a empresas ou indivíduos que violem a legislação de outro país para recolher informações, numa altura em que Washington ameaça banir a rede social TikTok nos Estados Unidos. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, garantiu que o governo chinês “atribui grande importância à proteção da segurança e privacidade dos dados, de acordo com a lei”.

O chefe executivo da ByteDance, o grupo com sede em Pequim que detém a aplicação TikTok, Shou Zi Chew, compareceu na quinta-feira perante uma comissão do Congresso dos Estados Unidos. A porta-voz acusou Washington de atribuir culpas ao TikTok, “apesar de não ter oferecido qualquer prova” de que a ‘app’ constitui uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos. Mao considerou a possibilidade de o TikTok ser banido nos EUA como uma “perseguição política alimentada pela xenofobia”.

O ministério do Comércio chinês afirmou na quinta-feira que Pequim “opõe-se firmemente” a um veto à aplicação.

Segundo vários órgãos de comunicação norte-americanos, Washington informou a empresa de tecnologia chinesa ByteDance que deve vender a sua participação no TikTok. Caso contrário, as autoridades vão banir a rede social nos Estados Unidos.

O ministério do Comércio argumentou que a venda do TikTok “equivaleria a exportação de tecnologia”, o que deve “seguir procedimentos administrativos de licenciamento, de acordo com as leis chinesas”.

Alguns críticos acusaram a ByteDance de ter laços com o Partido Comunista Chinês, embora o TikTok negue aquelas alegações. A empresa diz que não censura conteúdo nem fornece dados ao governo chinês.

A Casa Branca deu recentemente às agências federais dos EUA 30 dias para remover a rede social de todos os dispositivos eletrónicos do governo.

A Comissão Europeia e o Conselho da União Europeia também proibiram os seus funcionários de usar o TikTok nos seus telemóveis de serviço, por motivos de segurança. A decisão também foi criticada por Pequim.

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Défice encolheu para 0,4% em 2022, bem abaixo do estimado pelo Governo

O défice das contas públicas melhorou de 2,9% em 2021 para 0,4% do PIB em 2022, de acordo com o INE. Diferença para o saldo inicial estimado pelo Governo supera os 3.500 milhões de euros.

O défice das contas públicas diminuiu para 0,4% em 2022, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Um resultado que fica bem abaixo dos 1,5% avançados na última estimativa do Governo.

No Orçamento do Estado para 2023 o Executivo tinha apontado para um saldo negativo de 1,9%, mas em dezembro o primeiro-ministro corrigiu o número para 1,4% a 1,5%. No debate desta quarta-feira no Parlamento, António Costa indicou que o número seria ainda menor, por as autoridades estatísticas terem decidido que 1.400 milhões de euros em medidas para aliviar os custos da energia terão de ser incluídos nas contas deste ano.

O défice orçamental de 0,4% fica cerca de 3.580 milhões de euros abaixo dos 1,9% previstos no Orçamento do Estado e reforça a trajetória de melhoria das contas públicas, depois do saldo negativo de 2,9% em 2021 e de 5,8% em 2020. No Orçamento do Estado para 2023 o Governo inscreveu uma previsão para o défice de 0,9%.

O Conselho de Finanças Públicas atualizou esta terça-feira as previsões económicas e orçamentais, apontando para um défice de 0,6% em 2023, que melhorará progressivamente até se atingir um excedente de 0,1% em 2025.

A dívida pública terá diminuído para 113,9% do PIB no final de 2022, diz o INE, melhorando face aos 125,4% de 2021. Este ano, o Executivo espera nova redução para 110,8%.

O INE salienta no reporte ao Eurostat no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos que o saldo em contabilidade pública apresentou “uma melhoria significativa em 2022, que se refletiu, em contabilidade nacional, num crescimento da receita (10,2%) superior ao da despesa (4,4%)“. “O aumento da receita decorreu, essencialmente, da evolução positiva da receita fiscal e contributiva, refletindo a recuperação da atividade económica e do mercado de trabalho face a 2021, ainda condicionado pelo contexto pandémico”, acrescenta.

O instituto de estatística esclarece que o aumento de capital de 990 milhões da TAP e as garantias para financiamento bancário pelo Governo Regional dos Açores à SATA Air Açores, no valor de 197 milhões de euros, foram foram registadas em contas nacionais como transferência de capital.

Os 420,6 milhões de euros associados à conversão de ativos por impostos diferidos (DTA) da Caixa Geral de Depósitos em crédito tributário reembolsável foram reclassificados como operação financeira. O mesmo acontece com o apoio extraordinário ao Sistema Nacional de Gás, no montante de 1000 milhões de euros, cujo registo da despesa “deverá ocorrer em 2023, quando as empresas beneficiarem efetivamente da redução de preços de gás natural aplicáveis aos consumos então realizados”.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Parecer da PGR sobre greve dos funcionários judiciais já foi enviado ao Governo

  • Lusa
  • 24 Março 2023

Já foi aprovado pelo Conselho Consultivo da PGR e remetido ao Governo o parecer pedido pelo Ministério da Justiça sobre a greve dos funcionários judiciais.

O parecer pedido pelo Ministério da Justiça sobre a greve dos funcionários judiciais foi aprovado na quarta-feira pelo Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) e remetido ao Ministério da Justiça, adiantou a PGR.

“O Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República aprovou, em 22 de março de 2023, o parecer solicitado pelo Ministério da Justiça. O parecer foi entregue à entidade consulente, a qual tem competência para decidir sobre a sua divulgação e demais sequência”, adiantou a PGR em resposta à Lusa.

A greve dos funcionários judiciais já provocou o adiamento de mais de 21 mil diligências e julgamentos nos tribunais e serviços do Ministério Público (MP) desde o seu início em 15 de fevereiro.

Um levantamento feito pela Lusa junto das 23 comarcas existentes em Portugal mostra que o número de julgamentos e diligências que tiveram de ser adiados devido à ação de luta do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) ascende a 21.370, com destaque para a comarca do Porto, onde foi registado o adiamento de 4.184 diligências entre 15 de fevereiro e 17 de março, cerca de 20% do total nacional.

Logo a seguir surge a comarca vizinha de Porto Este, na qual foi reportada uma estimativa de 3.000 adiamentos durante o primeiro mês de greve, em que o SFJ reivindica como prioridade imediata a questão da integração do suplemento processual no vencimento, além das matérias relacionadas com os concursos de acesso e formação, o descongelamento das carreiras, a tabela salarial e o problema do défice de funcionários.

O peso dos números da greve foi mais pronunciado no Norte, com a comarca de Braga a registar o adiamento de 2.994 julgamentos e diligências (2.396 da área judicial e 598 relativas ao MP) entre 15 de fevereiro e 20 de março.

No sábado, no encerramento do XII Congresso dos Juízes Portugueses, que decorreu no Funchal, Madeira, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, admitiu um impacto “inegável” da greve no funcionamento dos tribunais.

A governante disse que a sua desconvocação devia ser ponderada e, em conversa com o presidente do Sindicatos dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, acusou o sindicato de manter a paralisação “por teimosia” e de estarem a “arrasar a Justiça”.

Sobre o parecer pedido à PGR, disse na ocasião que o objetivo era o de esclarecer como devem ser processados os vencimentos dos oficiais de justiça que adiram ao modelo de greve do SFJ, que optou por convocar uma paralisação a alguns atos e diligências apenas, e não uma greve tradicional a todo o serviço durante determinado período.

A dificuldade jurídica que aqui está e foi isso que determinou o pedido de parecer foi que nos esclarecessem como é que devemos perante esta realidade contabilizar esta circunstância de forma de luta. Acho que o sindicato devia já ter ponderado de facto deixar de exercer este tipo de forma luta porque sabe que nós estamos a rever o estatuto”, disse a ministra.

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Marinha Grande aposta no turismo industrial para provar que é “terra inovadora”

  • Lusa
  • 24 Março 2023

Marinha Grande aposta no turismo industrial para provar que é uma "terra inovadora e de tecnologias de ponta". Avança, por isso, com a iniciativa "À descoberta do Turismo Industrial".

O turismo industrial é uma forte aposta da Marinha Grande para provar que este concelho do distrito de Leiria é uma “terra inovadora e de tecnologias de ponta“, afirmou o presidente do município, Aurélio Ferreira.

“Muitas vezes, [a Marinha Grande] ainda é olhada por aquelas peças de vidro que eram sopradas nas fábricas antigas. Hoje, a Marinha Grande é muito mais que isso: a parte tecnológica, o desenvolvimento da própria cidade, tem muito mais do que apenas o vidro”, defendeu Aurélio Ferreira, em declarações à agência Lusa.

A chamada “capital do vidro” mantém a tradição, profundamente vinculada à história e crescimento do concelho. Mas também acolhe alguma da mais moderna tecnologia do setor e “muitas outras valências”, nomeadamente nos moldes e plásticos, pelo que o turismo industrial se afigura como “um projeto interessante para divulgar a Marinha Grande“.

Muitas vezes, [a Marinha Grande] ainda é olhada por aquelas peças de vidro que eram sopradas nas fábricas antigas. Hoje, a Marinha Grande é muito mais que isso: a parte tecnológica, o desenvolvimento da própria cidade, tem muito mais do que apenas o vidro.

Aurélio Ferreira

Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande

O município, que faz parte do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial, participa na segunda edição da iniciativa nacional “À descoberta do Turismo Industrial”, que se realiza de 10 a 16 de abril.

“A Marinha Grande não pode ficar de fora de um projeto nacional como este do Turismo de Portugal. Somos das cidades mais industriais do país. Queremos mostrar a nossa tecnologia, provar que a Marinha Grande é uma terra inovadora e de tecnologias de ponta“, realçou o autarca eleito pelo +MPM.

Uma das propostas são as visitas guiadas à fábrica Crisal, que junta as componentes histórica e moderna da indústria, destacou. “A visita à Crisal compila as duas coisas: história do vidro antigo e artesanal com o vidro automático, que é sempre extraordinário de fazer e ver. Ver fazer copos ou garrafas é sempre entusiasmante para quem nunca imaginou como se faz”, sublinha Aurélio Ferreira.

Ao longo do ano, há diversas propostas de turismo industrial nas unidades do concelho, por reserva e dependendo da disponibilidade. Mas, na iniciativa “À descoberta do Turismo Industrial” algumas empresas da Marinha Grande estarão “de portas abertas para quem as quiser visitar”.

Somos das cidades mais industriais do país. Queremos mostrar a nossa tecnologia, provar que a Marinha Grande é uma terra inovadora e de tecnologias de ponta.

Aurélio Ferreira

Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande

Além da Crisal, será também possível descobrir a linha de produção de moldes e peças plásticas da Planimolde, S.A., acompanhar demonstrações de fabrico de vidro e vidro soprado ao vivo no estúdio Poeiras Glass, visitar as oficinas de artesanato em vidro trabalhado ao vivo, onde estará exposta a peça comemorativa da primeira edição da iniciativa, em 2022, criada e executada na Marinha Grande.

O programa está disponível online em e compreende também ateliês infantis de pintura sobre vidro e visitas à exposição “Esculpir o aço”, comentada por um antigo trabalhador da indústria de moldes.

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46 empresas avançam para projeto piloto da semana de quatro dias de trabalho

Quatro das empresas que vão participar no piloto promovido pelo Governo têm mais de 1.000 colaboradores. Ao todo, serão abrangidos 20 mil profissionais.

Um total de 46 empresas, das quais quatro com mais de 1.000 trabalhadores, decidiram avançar para a segunda fase do piloto da semana de quatro dias, cujo arranque está previsto para junho, foi revelado esta sexta-feira pela organização do piloto promovido pelo Governo. Um total de 20 mil colaboradores estará abrangido neste piloto, aponta Rita Fontinha, co-coordenadora do projeto com Pedro Gomes.

“Não fechamos a porta a que outras empresas queiram entrar já com o comboio em andamento”, diz Pedro Gomes, referindo que cada caso será analisado individualmente.

O número de empresas que vão participar na segunda fase do piloto representa uma redução face às 99 empresas que inicialmente mostraram interesse no projeto. Avança, assim, para a segunda fase da experiência cerca de metade das organizações, às quais se juntam oito empresas — que já tinham implementado o projeto — como associadas.

Preocupações com o nível de stress dos trabalhadores, facilitar a retenção dos trabalhadores, aumentar a qualidade do serviço e promover a inovação foram os principais motivos que levaram as empresas a analisar o projeto. Mas as atuais condições económicas externas acabaram por ser a principal razão invocada para não dar o passo seguinte, bem como o facto de poder requerer algum investimento da empresa caso a redução do horário laboral exigisse um recrutamento adicional, elenca Rita Fontinha, com base no estudo.

A nível geográfico, Lisboa (11), Porto (8), Coimbra (5) e Braga (4) reúnem o maior número de empresas aderentes, tendo ficado de fora da nova fase os Açores e Setúbal.

Refletindo o tecido empresarial português, a maioria das empresas tem até dez trabalhadores, mas há quatro empresas com mais de mil trabalhadores, destaca Rita Fontinha. Na nova fase participam, sobretudo, empresas da área de consultoria e educação. Contudo, participam igualmente empresas de atividades transformadoras, onde a adoção, devido ao tipo de atividades, poderá revelar-se mais complexa, mas “nas quais o benefício para a saúde mental será maior, mais do que naquelas onde já é possível o teletrabalho”.

(Notícia atualizada às 11h47)

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BEI concede financiamento de 450 milhões à REN para extensão e reforço da rede

Ao passar a integrar geradores de energias renováveis e modernizar as linhas, subestações e sistemas de controlo e proteção, a REN antecipa aumentar a capacidade da rede de transporte de eletricidade.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) concedeu um empréstimo de 450 milhões de euros à Redes Energéticas Nacionais (REN) para financiar as ligações à rede, bem como o reforço e modernização da rede portuguesa de transporte de eletricidade.

Segundo a nota divulgada esta sexta-feira, este financiamento contribuirá para o programa de investimento de cinco anos da REN no transporte de eletricidade (2022-2026), prevendo-se impactos em diferentes regiões de Portugal.

Ao passar a integrar os geradores de energias renováveis, com 4,2 gigawatts (GW), e prolongar e modernizar as linhas, subestações e sistemas de controlo e proteção, a REN antecipa aumentar a capacidade da rede de transporte em Portugal, permitindo manter “fiabilidade e qualidade do fornecimento de eletricidade“. Parte do projeto, explica a nota, será dedicada a melhorar a resiliência da rede a eventos relacionados com as alterações climáticas, por exemplo, por intermédio do reforço de torres e cabos.

Este empréstimo verde de 450 milhões de euros concedido pelo BEI em Portugal é parte integrante de um Plano REPowerEU mais abrangente para impulsionar o financiamento da energia verde e apoiar a autonomia e a competitividade da UE. A contribuição total do BEI de 30 mil milhões de euros para o REPowerEU deverá mobilizar mais de 115 mil milhões de euros de investimento até 2027 no apoio às tecnologias verdes e à independência energética da Europa face aos combustíveis fósseis, explica o comunicado.

Este é o terceiro empréstimo concedido pelo BEI à empresa liderada por Ricardo Costa, e ascende aos 900 milhões de euros

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Acordo entre Finsolutia e Pollen Street com apoio da Cuatrecasas e Uría

A Cuatrecasas assessorou a Finsolutia e os seus acionistas na entrada no capital da Pollen Street Capital com uma participação maioritária. Já a Uría esteve do lado da Pollen Street Capital.

A Finsolutia, plataforma na Península Ibérica de gestão de créditos e ativos imobiliários, fechou um acordo com a Pollen Street Capital, fundo gestor de Private Equity/Capital de Risco, para a entrada no seu capital com uma participação maioritária. A Cuatrecasas assessorou a Finsolutia e os seus acionistas. Já a Uría Menéndez – Proença de Carvalho esteve do lado da Pollen Street Capital.

“O investimento da Pollen Street na Finsolutia enquadra-se no plano ambicioso de crescimento da empresa ibérica, fortalecendo a sua trajetória de crescimento, além de permitir a expansão para novas geografias e a diversificação da base de clientes”, referem em comunicado.

A conclusão do negócio está agora condicionada à autorização das entidades competentes. Em comunicado, a empresa prevê que o mesmo fique concluído nos próximos meses.

Com mais de 15 anos de experiência, a Finsolutia é uma empresa na Península Ibérica com soluções completas de suporte ao negócio, oferecendo serviços independentes de gestão de créditos e ativos imobiliários através de processos inovadores e de tecnologia proprietária. A empresa tem atualmente escritórios em Lisboa, Porto e Madrid, onde trabalham mais de 350 profissionais que têm sob a sua gestão cerca de 6 mil milhões de euros em ativos.

“É com grande entusiasmo e ambição que acolhemos a Pollen Street como acionista chave. O conhecimento e experiência da Pollen Street em serviços financeiros e negócios que envolvem tecnologia será uma grande alavanca para reforçar as nossas capacidades e, ao mesmo tempo, expandir rapidamente a nossa oferta na Península Ibérica e para novas geografias”, referiu Nuno ES Silva, fundador e managing partner da Finsolutia.

A equipa da Uría Menéndez – Proença de Carvalho que assessorou a Pollen Street na transação foi liderada pelo sócio Antonio Villacampa Serrano e contou com a participação de André Pestana Nascimento (sócio), Maria Magalhães (associada sénior,), Frederico Pinho Vieira (associado sénior), Liliana Silveira de Freitas (associada sénior) e Matilde Diniz Nunes (associada júnior).

Da parte da Cuatrecasas participou uma equipa liderada pela sócia coordenadora de Societário e M&A Mariana Norton dos Reis, integrando o sócio de Bancário & Financeiro e Mercado de Capitais Paulo Costa Martins, a consultora de Laboral Sandra Lima da Silveira, o associado sénior de Societário e M&A Francisco Martins Caetano, e os associados João von Funcke, Sofia Marques de Aguiar e João Líbano Monteiro. Participaram ainda oito advogados das áreas de Societário e M&A e de Fiscal dos escritórios de Barcelona e de Madrid.

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Diretor da PSP e comandante da GNR defendem uso de metadados

  • Lusa
  • 24 Março 2023

O diretor da PSP e o comandante da GNR defenderam no parlamento a videovigilância para o combate ao crime e consideraram que não deviam ser estabelecidos limites para a preservação dos metadados.

O diretor da PSP e o comandante da GNR defenderam na quinta-feira no parlamento a videovigilância para o combate ao crime e consideraram que não deviam ser estabelecidos limites para a preservação dos metadados.

Numa audição conjunta sobre o aumento dos casos de violência no namoro na subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação, pedida pelo Chega, o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, José Lopes Correia, e o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, Manuel Magina da Silva, foram questionados pelos deputados sobre a videovigilância e a questão dos metadados, em que normas da lei foram consideradas inconstitucionais em 2022 e já levaram à anulação de julgamentos.

“A posição da PSP é claríssima. Não devia haver qualquer limite para a preservação dos dados. Percebo que resulta de uma diretiva comunitária”, disse Manuel Magina da Silva, sustentando que esta questão “é fundamental para os crimes de violência doméstica”.

O diretor nacional da PSP considerou que “não faz muito sentido que haja um limite para a preservação dos metadados” e “não haja para uma escuta telefónica”, recordando que as duas formas de dados só podem ser recolhidas mediante autorização judicial.

Também o comandante-geral da GNR sustentou que, em termos de investigação, “é relevante aceder a esse tipo de informação o máximo de tempo possível no quadro daquilo que a lei poderá permitir”.

Num acórdão de 19 de abril, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais normas da lei dos metadados que determinavam que os fornecedores de serviços telefónicos e de internet deveriam conservar os dados relativos às comunicações dos clientes — entre os quais origem, destino, data e hora, tipo de equipamento e localização — pelo período de um ano, para eventual utilização em investigação criminal.

No âmbito da comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias foi constituído um grupo de trabalho sobre metadados.

Sobre a videovigilância, o diretor nacional considerou que “é uma ferramenta fundamental para a atividade policial em vários domínios”, nomeadamente para “a prevenção criminal, repressão criminal e para a resposta policial em tempo útil e real que pode salvar vidas”.

“Temos que nos libertar definitivamente dos fantasmas do ‘big brother’ e do Estado Novo”, disse, dando como exemplo os sistemas de videovigilância na Amadora e em Olhão.

Magina da Silva sublinhou que a Amadora é um dos concelhos do país com maior cobertura de videovigilância e “há uma redução direta entre a cobertura da videovigilância num determinado espaço e os crimes cometidos nesse espaço”.

Segundo o diretor nacional da PSP, os responsáveis pelas agressões a um imigrante em Olhão foram identificados devido à videovigilância”.

“Sem a videovigilância estávamos a zero relativamente à identificação das pessoas”, disse.

Por sua vez, o comandante-geral da GNR considerou que a videovigilância “é necessariamente um futuro a percorrer” “É absolutamente necessário que haja a complementaridade de recursos para que possamos atuar e rapidamente conseguir identificar agressores, ter resultados positivos para a segurança”, precisou.

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CINM é pólo atrativo para empresas tecnológicas

  • BRANDS'Local Online
  • 24 Março 2023

Um dos indicadores da capacidade do CINM acompanhar a evolução da economia mundial e catapultar a Madeira para os mercados internacionais é a atração de empresas tecnológicas a operar no seu âmbito.

O crescimento deste setor na Madeira testemunha o ambiente “business friendly” que caracteriza a região e a sua capacidade de, a par dos incentivos fiscais proporcionados pelo CINM, assegurar recursos humanos especializados no campo das novas tecnologias e um conjunto de serviços de apoio muito eficientes. Tal crescimento constitui também um claro contributo para que numa região ultraperiférica e de pequena dimensão como a Madeira sejam desenvolvidas atividades altamente especializadas.

Para além da existência de um quadro de benefícios fiscais atrativos, as condições da região para receber empresas desta natureza, as sinergias desenvolvidas com a Universidade da Madeira no âmbito da formação tecnológica e também com a Start-Up Madeira ao nível da facilitação de estruturas empresariais e do empreendedorismo, bem como a qualidade de vida e de segurança da ilha, são aditivos para o desenvolvimento do setor das empresas de ICT, o qual gera um impacto muito positivo no tecido empresarial e laboral da Madeira.

Outro sinal do impacto deste setor na internacionalização da economia da Madeira é o facto de as empresas terem origem em mais de uma dezena de países, na sua larga maioria da Europa (Alemanha, França, Holanda, Reino Unido, Malta, Portugal, Estónia, Letónia, Suécia, Ucrânia e Eslovénia) e de outras economias evoluídas, como é o caso dos Estados Unidos da América.

Nos últimos anos, um dos vetores estratégicos da promoção seguida pela SDM para este setor de atividade tem passado pela presença do CINM em feiras internacionais de tecnologia, essencialmente porque permitem estabelecer contactos e reuniões com empresas e start-ups de vários países e de diferentes segmentos das novas tecnologias. Tem sido o caso, nos últimos anos, da participação na Mobile World Congress de Barcelona, na VIVA Technology de Paris, ou ainda a presença do Centro Internacional de Negócios da Madeira na Web Summit em Lisboa, integrando o espaço que a Região Autónoma da Madeira tem nesta feira tecnológica internacional.

A ligação destas empresas à Madeira e à sua economia não tem passado despercebida, na medida em que os projetos desenvolvidos por algumas delas, por serem inovadores e com impacto dentro e fora da região, têm vindo a ser reconhecidos internacionalmente. Entre estas encontram-se empresas como a Nearsoft, a WalkMe, a Eutelsat, a Connecting Software e a Floating Particle.

O mesmo sucede com a Pixelmatters.com, a Inforwx.com, a Pahldata.com, a CardPresso e a Lycamobile que, entre outras, são empresas que, estando licenciadas no âmbito do CINM, desenvolvem as suas atividades em direta relação com o universo empresarial e tecnológicos da região, com destaque para o recrutamento de profissionais altamente qualificados na Madeira. As sociedades do setor das ICTs licenciadas no CINM já empregam mais de duas centenas de pessoas.

Uma panorâmica sobre algumas das empresas tecnológicas com presença na Madeira deixa patente as razões porque escolheram o CINM para operar internacionalmente e o contributo para a economia da região.

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Heróis PME: “Aumentámos em 15% o número de candidaturas face ao ano anterior”

  • BRANDS' ECO
  • 24 Março 2023

A 5ª edição dos prémios Heróis PME traz uma novidade - há duas novas categorias, nomeadamente Internacionalização e Startup Revelação. Em entrevista ao ECO, Bernardo Maciel revela mais detalhes.

O prémio Heróis PME vai, este ano, para a sua quinta edição. Trata-se de uma iniciativa da Yunit Consulting que pretende premiar a coragem, persistência e resiliência, bem como distinguir startups e projetos diferenciadores nas áreas da sustentabilidade, transformação digital e internacionalização que potenciaram o crescimento das empresas.

Nesta quinta edição foram apresentadas duas novas categorias – Internacionalização e Startup Revelação, para as quais os candidatos também puderem concorrer durante o período de candidaturas (de 7 de fevereiro a 19 de março). O grande vencedor será conhecido no dia 27 de junho.

Em entrevista ao ECO, Bernardo Maciel, diretor executivo da Yunit Consulting, revela que o número de interessados nas candidaturas deste ano aumentou face ao ano anterior. O responsável partilhou, ainda, mais pormenores sobre esta edição e sobre os objetivos que pretendem atingir com a iniciativa. Veja abaixo a entrevista.

Os prémios Heróis PME vão este ano para a 5ª edição. O que levou a Yunit a lançar esta iniciativa?

Criámos o projeto Prémio Heróis PME para celebrar a coragem das empresas portuguesas, distinguir e divulgar ao público as histórias de vida de empresários e das suas empresas – exemplos de força, coragem e visão que geram emprego e riqueza para o país. Ao longo das últimas 4 edições, os Prémios Heróis PME receberam mais de 450 candidaturas e permitiram distinguir 44 empresas, que representam um volume de negócios de cerca de 300 milhões de euros e mais de 2.500 colaboradores (dados referentes ao ano 2021).

Os setores com maior representatividade são as TIC (25%), Comércio (11%), Agroindústria (11%), Alojamento e Restauração (11%), sendo que, a nível geográfico, o Norte apresenta uma expressão superior (55%), seguido de Lisboa e Setúbal (32%) e Centro (14%). Esta iniciativa sublinha o próprio ADN da Yunit: acompanhar as PME em todo o seu ciclo de vida – do pensamento estratégico à implementação da mudança – promovendo a competitividade, o crescimento e inspirando os gestores a “darem o salto”.

Os objetivos que tinham ao lançar o projeto têm sido concretizados?

Os Heróis PME representam para as empresas participantes, em primeiro lugar, um reconhecimento público da sua determinação e capacidade empresarial. É-lhes dada visibilidade e reforçada a notoriedade através da comunicação inerente à iniciativa, dos media partners e do networking criado em torno do prémio. Adicionalmente, tem um impacto interno muito forte: o esforço comum de preparação de uma candidatura promove junto dos colaboradores destas PME um maior sentimento de pertença à organização. Por outro lado, o envolvimento de todos os stakeholders (parceiros, clientes, fornecedores, comunidade local) no processo de votação das histórias também tem um efeito dinamizador dessas ligações relevante para as empresas.

O crescimento que temos comprovado das empresas “Heróis PME” ao longo das últimas 4 edições e os testemunhos que partilham connosco sobre a importância da distinção para eles e para as suas equipas é muito gratificante e muito nos orgulha, por isso, diria que os nossos objetivos estão a ser completamente atingidos.

Bernardo Maciel, Diretor Executivo da Yunit Consulting
Quais são as novidades desta edição?

À semelhança do ano passado, também este ano quisemos adicionar novos “ingredientes” aos Heróis PME, apresentando duas novas categorias: Internacionalização e Startup Revelação. A criação destas duas novas categorias revela a expansão e inovação crescentes da distinção, pretendendo fortalecer a parceria que estabelecemos com estas empresas, numa perspetiva cada vez mais customizada e eficiente. Além disso, e uma vez que estamos a comemorar a 5ª edição, Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, foi nomeado embaixador dos Prémios 2023, enquanto gestor que representa o propósito e os valores distinguidos na iniciativa.

Por que sentiram necessidade de criar uma nova categoria dedicada às startups?

Na realidade, a categoria Startup Revelação surgiu por sugestão de um dos nossos parceiros. Discutimos a ideia internamente e pareceu-nos que fazia todo o sentido abrir os Heróis PME às startups, devido à sua capacidade para inovar, criar novas tecnologias, inserir disrupção nos mercados e atrair investimento para o nosso país. Além de que encontramos, também aqui, boas histórias que merecem ser contadas! O passo seguinte foi desafiar a Startup Portugal a juntar-se a nós como parceiro, que nos ajudou a definir os critérios de avaliação desta categoria com base naquilo que são as melhores práticas do ecossistema.

A adesão nas candidaturas para esta 5ª edição foi como esperavam?

A adesão das empresas a esta 5ª edição superou as nossas expectativas e foi superior à do ano passado: aumentámos em 15% o número total de candidaturas recebidas face ao ano anterior. É ainda de destacar que as candidaturas no âmbito da categoria Sustentabilidade registaram um crescimento de 40%, o que demonstra a pertinência e relevância da temática junto das PME.

O júri deste ano já está fechado? Se sim, quem o compõe?

O painel do júri dos Heróis PME já está fechado e é bastante diversificado. Inclui representantes dos nossos parceiros VICTORIA Seguros, SoftFinança, SAGE, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Ticket Serviços, ActionCOACH, Sair da Casca, Startup Portugal e Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, bem como de alguns media partners como é o caso do ECO, TSF e PME Magazine.

Depois dos prémios Heróis PME também surgiu o Barómetro Heróis PME. Qual a importância do Barómetro?

O Barómetro Heróis PME é uma ferramenta valiosa que surgiu no ano passado no contexto dos Heróis PME, porque queríamos conhecer a perspetiva no terreno das PME portuguesas pós-pandemia e identificar os principais drivers de resiliência, aferindo o sentimento das PME face à recuperação no futuro próximo. Na prática, ajuda-nos a identificar quais são as principais barreiras à atividade empresarial, os recursos determinantes para potenciar o crescimento das organizações, os fatores críticos de sucesso e os instrumentos financeiros mais relevantes para apoiar esse crescimento. Todas as informações coletadas podem ser usadas pelas próprias PME, seja para identificarem tendências, orientarem a tomada de decisões e até realizarem benchmarking, contribuindo para criar conhecimento sobre o tecido empresarial português.

Quais são os planos futuros que têm para o projeto?

Numa frase, diria que é continuar o trabalho que temos feito até aqui e prosseguirmos este nosso propósito de, com o apoio dos nossos parceiros, contribuirmos para o reconhecimento do trabalho das PME e das suas boas práticas, dando voz às empresas inovadores e ousadas que fazem diferente no seu dia-a-dia.

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Funcionários judiciais vão para tribunal se tutela não cumprir a lei nas progressões

  • Lusa
  • 24 Março 2023

O Sindicato dos Funcionários Judiciais vai impugnar judicialmente o próximo movimento de oficiais de justiça se este não ocorrer de acordo com o que já foi decidido pelos tribunais.

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) admitiu na quinta-feira que vai impugnar judicialmente o próximo movimento de oficiais de justiça se este não ocorrer de acordo com o que já foi decidido pelos tribunais relativamente às progressões dos trabalhadores.

Isso mesmo foi esta quinta-feira transmitido pelo SFJ ao secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Costa, na reunião que decorreu no Ministério da Justiça (MJ) de negociações sobre a carreira, numa altura em que decorre, há mais de um mês, uma greve convocada que já adiou mais de 20 mil diligências nos tribunais, segundo um levantamento feito pela Lusa junto das comarcas.

“Na próxima semana deverá sair o aviso para o movimento ordinário de oficiais de justiça de 2023 e dissemos que, caso lá não conste as promoções, tal como os tribunais têm vindo a dizer que é obrigatório e devido, então iremos lançar mão de algumas medidas que impeçam a administração de efetuar o movimento não cumprindo a lei”, disse à Lusa o presidente do sindicato, António Marçal.

O dirigente sindical adiantou que caso o aviso do movimento de funcionários não preveja as promoções de acordo com o cumprimento da lei, o SFJ avançará com uma ação no tribunal administrativo para pedir que “seja intimida” a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) de se abster da prática desse ato, mostrando-se convicto de que o tribunal lhes dará razão.

O presidente do sindicato recordou que existem várias decisões judiciais a dar razão às pretensões sindicais, incluindo um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, que foi também tema da reunião desta quinta-feira no MJ, e em relação ao qual o Governo pediu uma aclaração.

Isto é mais uma forma de empatar o jogo em vez de começarmos a resolver as questões que importa resolver. Da nossa parte mantém-se toda a disponibilidade para pacificarmos a vida nos tribunais, voltarmos a um funcionamento regular, na medida do possível, porque, como todos sabemos, enquanto não estiverem todos os lugares preenchidos, enquanto não houver funcionários em número suficiente para praticar todos os atos que são necessários, estamos sempre numa normalidade que já é uma anormalidade normal de há muitos anos”, disse.

António Marçal insistiu que para desconvocar a greve em curso – pedido que o secretário de Estado voltou a reiterar – basta que o Governo aceda a duas reivindicações dos funcionários judiciais: o pagamento do suplemento remuneratório em 14 meses, tal como chegou a constar em dois Orçamentos do Estado “aprovados com o voto do PS” e a questão da “regular progressão na carreira, com acesso às categorias superiores, mesmo que de uma forma faseada”.

“O próprio Presidente da República reconhece a justeza e razoabilidade daquilo que estamos a pedir e era mais do que tempo de isso ser feito”, disse, recordando o apoio de Marcelo Rebelo de Sousa, mas também do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo, e do presidente da Associação Sindical dos Juízes, Manuel Soares.

A greve do poderá prolongar-se até 16 de abril.

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Medvedev avisa que tropas russas podem chegar a Kiev “se for preciso”

  • Lusa
  • 24 Março 2023

"Não se pode descartar nada. Se for preciso chegar a Kiev, então é preciso ir a Kiev", referiu o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev disse esta sexta-feira que “caso seja necessário” as tropas russas “podem chegar” à capital da Ucrânia ou à cidade de Lviv.

“Não se pode descartar nada. Se for preciso chegar a Kiev, então é preciso ir a Kiev. Se for preciso ir a Lviv, então será preciso ir a Lviv, para acabar com esta infeção”, afirmou Medvedev, ex-chefe de Estado russo entre 2008 e 2012.

As declarações de Medvedev sobre a guerra na Ucrânia fazem parte de uma entrevista a órgãos de comunicação social russos. Referindo-se aos objetivos da campanha militar russa, Medvedev disse que Moscovo precisa de criar “um cordão sanitário” na fronteira russa para evitar que a Rússia seja alcançada por armas que têm um raio de ação de “70 a 100 quilómetros”.

“É preciso alcançar todos os objetivos que foram traçados para proteger o nosso território, o território da Federação da Rússia”, acrescentou Medvedev.

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