Saiba quem são as 60 personalidades que a comissão de inquérito da TAP vai chamar

A lista de personalidades que os partidos vão chamar ao Parlamento já está fechada. As audições começam já na próxima semana.

A comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP já tem definidas as pessoas que vai chamar. São cerca de 60 personalidades ou representantes de entidades que vão passar pela Assembleia da República a partir da próxima semana.

Só três nomes foram unânimes a PS, PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP e Bloco de Esquerda, os seis partidos com assento na CPI. São eles Pedro Nuno Santos, o anterior ministro das Infraestruturas, Alexandra Reis, a antiga administradora executiva da TAP que saiu com a polémica indemnização de 500 mil euros e Christine Ourmière-Widener, a ainda CEO da companhia.

Só o PCP não colocou na lista Fernando Medina, o atual ministro das Finanças, nem João Leão, o anterior. O mesmo acontece com Manuel Beja, presidente do conselho de administração da TAP. Entre os nomes mais consensuais estão também Humberto Pedrosa, antigo acionista e administrador da transportadora (só o Chega não o chama), e Luís Laginha de Sousa, presidente da CMVM (que só não é chamado pelo Bloco de Esquerda).

Há também personalidades que só um partido requereu a audição. A Iniciativa Liberal quer chamar Carlos Elavai, o managing director da consultora BCG, que apoiou a TAP no desenho do plano de reestruturação. O PCP e o Bloco de Esquerda colocam o foco na privatização da companhia em 2015, e querem chamar António Pires de Lima, ministro da Economia entre 2013 e 2015 e o seu secretário de Estado das Infraestruturas, Sérgio Monteiro. Os comunistas puseram na lista também Violeta Bulc, a comissária europeia que avalizou a venda da TAP nos governos de Passos Coelho.

Além de ter apresentado a lista mais longa (43 nomes), o PSD é também o partido que tem mais personalidades que é o único a chamar: 15 ao todo. Segue-se o PCP com seis.

Os deputados definiram esta quarta-feira seis personalidades a chamar prioritariamente nas próximas três semanas. Os primeiros nomes que gostariam de ouvir, já na próxima quarta e quinta-feira, são António Ferreira dos Santos, que lidera a Inspeção-Geral de Finanças, a entidade responsável pela auditoria que concluiu pela nulidade do acordo celebrado entre a TAP e Alexandra Reis, e o administrador financeiro da companhia aérea, Gonçalo Pires.

Na lista de audições prioritárias estão ainda Alexandra Reis, a presidente executiva da TAP, o chairman da companhia, Manuel Beja, e o presidente da CMVM. A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP”, proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro, tomou posse a 22 de fevereiro com um período de 90 dias para terminar os trabalhos. Um prazo desafiante tendo a conta a quantidade de nomes que os partidos querem ouvir.

Veja a lista completa das personalidades e entidades que vão ser chamadas:

  • Fernando Medina, Ministro das Finanças
  • Pedro Nuno Santos, ex-Ministro das Infraestruturas e da Habitação (período 2019 e 2023)
  • João Leão, ex-Ministro das Finanças
  • Mário Centeno, ex-Ministro das Finanças
  • Miguel Cruz, ex-Secretário de Estado do Tesouro
  • João Nunes Mendes, ex-Secretário de Estado das Finanças de João Leão e ex-Secretário de Estado do Tesouro de Fernando Medina
  • Hugo Santos Mendes, ex-Secretário de Estado das Infraestruturas
  • Maria Antónia Barbosa de Araújo, ex-chefe do Gabinete do Ministro das Infraestruturas e da Habitação e actual chefe do Gabinete do Secretário de Estado das Infraestruturas
  • João Galamba, ministro das Infraestruturas
  • Alexandra Reis, ex-administradora executiva da TAP, ex-Presidente do CA da NAV e ex-Secretária de Estado do Tesouro
  • Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP
  • Manuel Beja, presidente do conselho de administração da TAP
  • Gonçalo Pires, administrador financeiro da TAP
  • Humberto Pedrosa, ex-acionista e administrador da TAP
  • Ramiro Sequeira, ex-CEO e atual Chief Operating Officer da TAP
  • Antonoaldo Neves, Ex-CEO da TAP
  • Rafael Quintas, ex-administrador financeiro da TAP
  • Miguel Frasquilho, ex-presidente do conselho de administração da TAP
  • Diogo Lacerda Machado, ex-Administrador Não-Executivo da TAP
  • David Neeleman, ex-acionista e administrador da TAP
  • António Macedo Vitorino, presidente da Assembleia Geral da TAP
  • João Weber Gameiro, ex-administrador financeiro da TAP
  • Abílio Martins, ex-Vice Presidente do Marketing and Sales, da TAP
  • Stéphanie Sá Silva, ex-diretora jurídica da TAP
  • Responsável pelo departamento jurídico da TAP na ausência de Stéphanie Sá Silva
  • Luís Manuel Martins, Comissão Vencimentos TAP
  • Maria de Fátima Castanheira Cortês Geada, ex-Presidente do Conselho Fiscal da TAP
  • Auditores da TAP (PWC)
  • Carlos Elavai, Managing Director e Partner da BCG
  • Responsáveis da DGComp com o acompanhamento do plano de reestruturação da TAP
  • Luís Laginha de Sousa, presidente da CMVM
  • Pedro Marques, Ministro das Infraestruturas entre 2015 e 2019
  • António Pires de Lima, Ministro da Economia entre 2013 e 2015
  • Sérgio Monteiro, Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações entre 2011 e 2015
  • Margrethe Vestager, comissária Europeia que tratou da reestruturação da TAP
  • Violeta Bulc, comissária Europeia que avalizou a privatização da TAP em 2015
  • José Luís Arnaut, presidente do conselho de administração da ANA
  • Luís Ribeiro, ex-presidente da ANAC
  • Jaime Serrão Andrez, presidente da Parpública
  • Manuel Teixeira Rolo, ex-Presidente do Conselho de Administração da NAV
  • António Manuel Ferreira dos Santos, Inspetor-geral da Inspeção-Geral de Finanças
  • César Sá Esteves, jurista da SRS Advogados
  • Representante da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados responsável pela representação de Alexandra Reis nas negociações com a TAP
  • Maria João Araújo, Direção Geral do Tesouro e Finanças
  • José Gato, Direção Geral do Tesouro e Finanças
  • Carlos Durães de Conceição, Parpública
  • Mário Lobo, Parpública
  • Ricardo Penarróias, dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC)
  • Paulo Duarte, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA)
  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC)
  • Tiago Faria Lopes, Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC)
  • Cristina Carrilho, coordenadora da Comissão de Trabalhadores da TAP
  • Plataforma de Sindicatos de Terra do Grupo TAP
  • Sindicato dos Aeroportos de Manutenção e Aviação (STAMA)
  • Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA)
  • Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA)
  • Fernando Pinto, ex-presidente executivo da TAP
  • Presidente da Comissão de Vencimentos da TAP

 

 

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Jorge Moreira da Silva nomeado diretor executivo de agência da ONU

  • Mariana Marques Tiago
  • 23 Março 2023

Jorge Moreira da Silva foi nomeado diretor executivo da Agência da ONU para as infraestruturas e gestão de projetos (UNOPS).

Jorge Moreira da Silva foi esta quinta-feira nomeado diretor executivo da Agência da ONU para as infraestruturas e gestão de projetos (UNOPS). Depois de deixar a OCDE, para a corrida à liderança do PSD, Moreira da Silva regressa a uma instituição multilateral.

A decisão foi anunciada pelo Secretário-Geral da organização, António Guterres, e tratou-se de “um processo competitivo” ao qual Jorge Moreira da Silva concorreu individualmente, explica em comunicado.

No Twitter, Jorge Moreira da Silva escreveu que se sente “profundamente honrado” por ser nomeado para este cargo, o qual considera um “incrível desafio”.

O agora diretor executivo da Agência da ONU, é professor convidado na Universidade do Porto, foi diretor da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) entre 2016 e 2022 e ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia entre 2013 e 2015.

(Notícia atualizada às 18h17)

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Parlamento turco dá primeiro passo para adesão da Finlândia à NATO

  • Lusa
  • 23 Março 2023

Mas a Suécia ainda aguarda pela aprovação da Turquia, que fez depender o seu acordo à adesão à NATO de alterações na política de apoio ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão.

Uma comissão parlamentar turca deu esta quinta-feira a aprovação inicial à adesão da Finlândia à NATO, depois de o Presidente Recep Tayyip Erdogan ter dado “luz verde” para o processo, noticiou a imprensa local. A adesão da Finlândia foi aprovada pela comissão de Negócios Estrangeiros do parlamento, de acordo com o Daily Sabah, citado pela agência espanhola Europa Press.

“A Assembleia Geral do Parlamento turco ainda precisa de aprovar o projeto de lei para que a Finlândia se torne membro do bloco militar”, escreveu o jornal. A Suécia ainda aguarda pela aprovação da Turquia, que fez depender o seu acordo à adesão à NATO de alterações na política de apoio ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que Ancara considera como uma organização terrorista.

Além da Turquia, a Hungria também ainda não ratificou a adesão da Suécia entre os 30 membros da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte). O ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros turco, Burak Akçapar, lembrou à comissão parlamentar que Suécia e Finlândia assinaram um acordo com a Turquia, em junho de 2022, em que assumiram dois compromissos para Ancara aceitar a adesão.

Um é o apoio à luta da Turquia contra o terrorismo. Em segundo lugar, a eliminação das restrições impostas ao nosso país em matéria de produtos da indústria de defesa”, disse Akçapar, citado pela agência turca Anadolu. Sem se referir à Suécia, Akçapar referiu que a adesão da Finlândia à NATO é o resultado da guerra na Ucrânia, que disse ter abalado profundamente a segurança da região euro-atlântica.

A atual guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, levou os dois países nórdicos a abandonar a política tradicional de não alinhamento pela adesão à NATO. A Suécia e a Finlândia apresentaram os pedidos de adesão ao mesmo tempo, mas presume-se agora que a Finlândia estará um passo à frente.

Erdogan deu “luz verde” na semana passada para completar o processo de ratificação da adesão da Finlândia à NATO após meses de atraso, principalmente devido à Suécia, que Ancara acusou de não colaborar na perseguição de grupos curdos.

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Inflação atira receitas da Altri para mais de mil milhões de euros em 2022

Quantidade vendida registou descida homóloga de 4%, mas “alta dos preços nos mercados internacionais” vale recorde de vendas. Lucro da Altri sobe para 152,1 milhões em 2022.

Influenciadas pela “alta dos preços nos mercados internacionais”, as receitas totais do grupo Altri dispararam 34,4% em 2022, superando pela primeira vez a fasquia dos mil milhões de euros. Apesar do “ambiente inflacionista de vários custos variáveis”, o lucro das operações continuadas atingiu 152,1 milhões, subindo 23% face a 2021.

Através da Caima, Celbi e Biotek, que faturam 85% no estrangeiro, o grupo produziu um volume recorde de fibras celulósicas (1.142,6 mil toneladas, +1,5%). No entanto, a quantidade vendida registou uma descida homóloga de 4%, explicada pelo recuo de 9% no último trimestre do ano passado devido a “algum abrandamento na procura”.

Em termos de rentabilidade, a empresa destaca num comunicado à CMVM que conseguiu manter praticamente o nível. O EBITDA atingiu 301,4 milhões de euros, 32,4% acima de 2021, atingindo uma margem de EBITDA de 28,3%: uma redução de 0,4 pontos percentuais, “apesar da forte inflação dos diversos custos variáveis”.

Num ano em que o investimento líquido ascendeu a 45,3 milhões de euros – inclui cerca de 10,3 milhões da nova caldeira de biomassa para a unidade industrial da Caima –, o CEO, José Soares de Pina, salienta que a Altri apresenta “uma sólida posição financeira, reduzindo o já baixo nível de dívida líquida (1,1x EBITDA), o que permite manter a flexibilidade financeira para agarrar as oportunidades futuras da bioeconomia”.

Além da produção de fibras celulósicas, o grupo está também presente no setor de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro, gerindo atualmente cerca de 90,4 mil hectares de floresta em Portugal. Detém ainda três biorefinarias no país, com uma capacidade instalada que em 2022 superou as 1,1 milhões de toneladas/ano de fibras celulósicas.

No comunicado divulgado esta quinta-feira, a Altri antecipa que, depois de um ano “extremamente desafiante a tentar minimizar o efeito de uma inflação generalizada dos custos variáveis”, começou a verificar “alguma estabilização dos preços” no quarto trimestre de 2022 e no arranque de 2023. Os acréscimos nos custos de produção foram justificados com a evolução do preço do gás natural e eletricidade, o preço dos químicos e o custo da madeira, devido ao maior nível de importação e à evolução do dólar.

Em relação ao projeto Gama, que envolve a construção de uma unidade industrial de raiz na Galiza, com uma capacidade produtiva anual de 200 mil toneladas de pasta solúvel e fibras têxteis sustentáveis, o grupo diz apenas que “continua a trabalhar com o objetivo de anunciar a decisão final de investimento” durante este ano. “Estamos a avançar nos principais pilares para a tomada de decisão, nomeadamente no estudo de impacto ambiental, projeto de engenharia, viabilidade económica, estrutura de financiamento e acesso a fundos da União Europeia”, detalha.

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Allianz, Generali, Zurich e italianos da Reale ficam na corrida à Liberty

As maiores seguradoras da Europa e a Reale, uma mútua italiana, passaram à 2ª fase da compra dos negócios europeus da Liberty. AXA, as maiores espanholas e a Fidelidade não foram a jogo.

Terminou a primeira fase de venda do braço europeu da Liberty Mutual que inclui Portugal, Espanha e Irlanda, uma operação que mobilizou os grandes europeus dispostos a pagar um valor de referência de 1.000 milhões de euros por mais quota de mercado no seguro automóvel e multirriscos nos três mercados.

O Bank of America, que está a coordenar a operação, tinha definido esta quarta-feira para pré-selecionar candidatos que agora terão mais informação para apresentarem uma proposta vinculativa antes do verão.

Sede em Madrid da Liberty Mutual na Europa. A venda da seguradora interessou as 3 maiores da Europa e uma surpresa chegou de Itália.

Sem informação oficial, o jornal espanhol Expansion adiantou que ficaram para uma segunda fase a Allianz, Generali, Zurich, a Reale Mutua e a AXA. No entanto fontes próximas do negócio afirmaram ao ECOseguros que os franceses da AXA desistiram de seguir o caminho da compra, tal como a Fidelidade – que estudou a operação tendo em vista uma expansão mais rápida do seu negócio em Espanha, mas desistiu mesmo antes de assinar um acordo de confidencialidade sobre a operação.

A informação não oficial recolhida por ECOseguros indica que, nesta primeira manifestação de intenções, a Allianz foi a mais diligente e parece ser a mais bem colocada. A seguradora alemã está já presente nos três mercados, tal como a Zurich que, a haver a hierarquia, será a segunda mais empenhada em ficar com os negócios da Liberty na Europa.

A Generali, ainda por informação de fontes externa, terá apresentado a proposta inicial de valor mais elevada, mas acredita-se que se poderá vincular por um valor mais baixo. Durante a recente apresentação das contas de 2022, Philippe Donnet, CEO do grupo italiano, comentou que procurava “sempre boas oportunidades em fusões e aquisições, que criem valor para todos os stakeholders e que sejam consistentes” com o enquadramento estratégico e disciplina financeira”. Também é conhecido que o atual plano estratégico em vigor no grupo disponibiliza 2,5 a 3 mil milhões de euros para aquisições.

Na imprensa italiana comenta-se que a Generali poderá avançar com um preço 10 a 12 vezes o resultado líquido da vendedora, que foi de 45 milhões de euros, o que teria colocado a oferta inicial muito abaixo dos mil milhões falados. Por isso é de esperar que a carteira da Liberty seja analisada pela Generali ao detalhe na segunda fase, com a hipótese de potenciais economias de escala num negócio essencialmente de automóvel e habitação em Espanha, Portugal e Irlanda, poder ser interessante para os italianos.

Novidade entre os interessados é o Reale Group, uma mútua italiana com prémios de 5,3 mil milhões de euros em 2022, com uma presença forte em Espanha e Chile, sempre mais focada nos ramos automóvel e habitação. A Reale Mutua Assicurazioni, tem quase 200 anos de existência e é a maior seguradora mutualista de Itália.

Para além da Fidelidade e da AXA, também as seguradoras espanholas se desinteressaram no negócio. O presidente da Mutua Madrilena afirmou que não era da cultura do grupo entrar em leilões, a Mapfre desde o início se demonstrou de fora do negócio e a Catalana Occidente (agora Occident) também acabou por não avançar para a 2ª fase.

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Países europeus tornam obrigatória faturação eletrónica

  • BRANDS' ECO
  • 23 Março 2023

Espanha, França ou Itália estão a tornar a faturação eletrónica obrigatória mesmo entre privados. Mais cedo ou mais tarde, Portugal seguirá o mesmo caminho, avança o country manager da Sovos Saphety

Após sucessivos adiamentos, os fornecedores da Administração Pública portuguesa são obrigados, desde 1 de janeiro de 2023, a emitir faturas eletrónicas no âmbito da contratação pública. Mas, haverá novidades em breve. A Sovos Saphety está atenta ao que se passa noutros países e que, “mais tarde ou mais cedo”, irá ser replicado em Portugal. Disse Rui Fontoura, country manager da Sovos Saphety, ao ECO, à margem da Sovos Saphety Partners Summit.

 

"Entre agentes económicos privados “a faturação eletrónica está a tornar-se obrigatória num conjunto de países como a Espanha, a França, a Itália, entre outros. Aquilo que se projeta que venha a acontecer também em Portugal, é que a legislação passe a obrigar a faturação eletrónica entre todas as empresas.”

Rui Fontoura, Country Manager da Sovos Saphety

O nosso objetivo é ter soluções fáceis de utilizar que possam ser adotadas tanto por grandes empresas, como por pequenas empresas, ou até microempresas”. Por isso, em breve iremos “avançar para o B2B e expandir para as restantes áreas de mercado até termos, dentro de poucos anos, uma cobertura completamente global”, antecipou.

Entendemos que não faz sentido algum, nos dias de hoje, as empresas continuarem a perder tempo e a gastar dinheiro com processos de faturação”. Não obstante os dados estarem em formato eletrónico quer do lado do fornecedor quer do cliente “acabam por passar por processos manuais com papel e tudo mais” no momento da passagem de um software para outro. Este é o ponto crítico que a API da Saphety resolve, ao automatizar a transmissão dos dados de faturação entre os softwares do emitente e do cliente.

A futura legislação que irá obrigar à faturação eletrónica entre empresas deverá ser implementada gradualmente, antecipa. “O habitual é ocorrer por fases. Começará pelas maiores empresas até cobrir o mercado todo”, explicou o country manager. O modelo exato não está ainda definido, mas a fatura será enviada ao cliente e comunicada à autoridade tributária. “Não sabemos ainda se primeiro comunicamos e depois enviamos ou se enviamos e depois comunicamos, há mais que um modelo possível, mas estamos certos de que, se se seguir a lógica europeia, a autoridade tributária passará a ser um interveniente no processo de faturação, porque existe vontade dos governos de ter informação em tempo real sobre esse processo”.

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Sumol+Compal aumenta salário de entrada para 800 euros

Ao novo ordenado base mínimo acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade, elevando a retribuição mínima praticada na companhia para 1.000 euros.

A Sumol+Compal (S+C) vai atualizar em 9,5% o salário de entrada dos colaboradores, para um ordenado base mínimo de 800 euros, valor a que acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade, elevando a retribuição mínima praticada na companhia para 1.000 euros. No regime noturno, o salário passa a ser de 1.051 euros, anuncia a empresa de bebidas. Estas novas políticas aplicam-se retroativamente ao mês de janeiro de 2023.

“Historicamente a política salarial da empresa sempre foi a de ter um salário de entrada superior ao salário mínimo nacional e esta atualização cumpre o mesmo desígnio”, anuncia a empresa de bebidas em comunicado, que conta com cerca de 1.150 colaboradores.

No ano passado, a companhia tinha elevado o salário de entrada em 6,57%, para um ordenado base mínimo de 730 euros, valor a que acresce o subsídio de refeição e o prémio de produtividade elevando para 920 euros a retribuição mínima na empresa de bebidas.

A Sumol+Compal alargou também o pacote de incentivos a todos os colaboradores da empresa em Portugal que integra, entre outros, a tolerância de ponto no dia de aniversário, um plafond para aquisição sem custos de produtos das marcas da companhia, o seguro de saúde para o próprio e extensível ao agregado familiar, o seguro de vida e de acidentes pessoais e o acesso a uma plataforma de benefícios flexíveis, elenca a companhia.

Por outro lado, a empresa continua a aposta na valorização profissional dos seus trabalhadores, nomeadamente através da Academia Sumol+Compal, “que garante um plano de formação ao longo da carreira e a atualização de práticas e novas competências para todos os colaboradores”.

100 vagas por preencher

Esta quinta-feira, decorre na Sumol+Compal um open days de recrutamento, que se repete a 30 de março, nas suas instalações em Almeirim e Pombal. O objetivo é preencher mais de 100 vagas em vários departamentos da empresa.

A companhia procura vários perfis como operador de armazém, operador de produção, operador de manutenção, motorista de pesados articulados e analista de qualidade alimentar, sendo valorizada experiência profissional nas áreas indicadas, disponibilidade para trabalhar em regime de turnos, meio de transporte próprio e escolaridade mínima ao nível do 9.º ano.

“Este tipo de eventos permite um contacto próximo com a comunidade local, possibilitando a divulgação das ofertas de emprego disponíveis, bem como a aproximação dos candidatos à operação da nossa empresa, reforçando a oportunidade de integrar uma das empresas mais importantes no setor”, afirmou aquando da divulgação do processo de recrutamento Sara Leite Santos, HR business partner de operações da S+C.

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Consultora Accenture vai cortar 19.000 empregos nos próximos 18 meses

  • Lusa
  • 23 Março 2023

A consultora espera pagar 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) em indemnizações a funcionários e outros custos com o pessoal.

A Accenture revelou esta quinta-feira que vai cortar 19.000 empregos nos próximos 18 meses, juntando-se a uma lista crescente de empresas do setor de consultoria que estão a despedir trabalhadores num ambiente económico desafiador.

A consultora espera pagar 1,2 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) em indemnizações a funcionários e outros custos com o pessoal, sendo que vai gastar mais 300 milhões dólares (275 milhões de euros) na consolidação da rede de escritórios, anunciou a Accenture em comunicado citado pela agência financeira Bloomberg.

Os cortes de empregos da Accenture, que representam cerca de 2,5% da sua força de trabalho global, são os maiores até agora anunciados no setor de consultoria.

Em fevereiro deste ano, a McKinsey indicou ter planos para cortar 2.000 empregos, depois de o quadro de funcionários ter crescido rapidamente na última década, enquanto a KPMG anunciou ter despedido quase 700 profissionais nos Estados Unidos.

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Heróis PME: Como estão os vencedores?

  • BRANDS' ECO
  • 23 Março 2023

O Prémio Heróis PME está na sua 5ª edição e ao longo dos anos tem premiado várias PME. Em entrevista ao ECO, três vencedores da última edição partilham a experiência da sua participação na iniciativa.

A quinta edição dos Prémios Heróis PME já fechou as candidaturas e está, agora, em processo de seleção de candidatos. Ao longo dos anos, foram muitas as PME premiadas nas várias categorias deste projeto que, este ano, traz mais duas novidades – a categoria Internacionalização e a categoria Startup Inovação.

O principal objetivo deste prémio é distinguir a coragem e resiliência das empresas portuguesas, bem como dar a conhecer ao público a história de vida dos seus empresários e da própria criação das suas PME.

Mas, na prática, o que muda depois de ganhar este prémio? E o que leva as PME a candidatarem-se aos Prémios Heróis PME? Quais os conselhos que quem vence daria a futuros candidatos? Em entrevista ao ECO, Carlos Gonçalves, CEODI da Casa Mendes Gonçalves; Nuno Santos, COO da Forteams; e Rui Fonseca, CEO da Altronix, três vencedores da última edição, respondem a estas três perguntas.

Carlos Gonçalves, CEODI da Casa Mendes Gonçalves – Vencedor Categoria Factor S (Sustentabilidade)

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

Certificar e dar a conhecer aquilo que temos feito na área da sustentabilidade, nomeadamente, a Vila Feliz Cidade, que começou por ser mais um projeto social, mas que rapidamente se tornou no nosso projeto de sustentabilidade, que envolve a empresa toda. Por outro lado, a importância do reconhecimento por parte dos nossos pares e do público em geral.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

A distinção ” Heróis PME” representa um extraordinário incentivo para continuar a fazer mais e melhor. Representa um orgulho enorme para todos os colegas que trabalham todos os dias para que esta empresa e marcas sejam reconhecidas pelo consumidor e possam continuar a crescer de forma sustentada e sustentável. Representa uma enorme responsabilidade para continuar a merecer a confiança de tanta gente que acredita em nós, sejam consumidores, parceiros de negócios e todos os colegas que aqui usam as melhores capacidades que tem em prol do desenvolvimento da empresa.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Na prática, que é muito importante concorrer para beneficiar do networking com outras organizações e conseguir certificar aquilo que se está a fazer dentro da empresa.

Nuno Santos, COO da Forteams – Vencedor Categoria Geral Heróis PME

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

O Prémio Heróis PME tem, hoje, uma projeção importante – conquistou para si esse estatuto. E é, obviamente, importante para nós manter o momentum depois da nossa vitória na edição passada. Um prémio destes sinaliza ao mercado, aos nossos funcionários e à comunidade que estamos a desenvolver esforços para cada vez mais acrescentar valor naquilo que fazemos. É nessa linha que pretendemos seguir e percebemos claramente a importância de estarmos presentes e de projetarmos a nossa imagem através destas iniciativas. A visibilidade é essencial porque o que fazemos tem que ser visível para ter impacto.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

Este prémio trouxe-nos reconhecimento da parte dos nossos pares e deu, conforme referi, um sinal positivo a todos os stakeholders. Percebemos claramente as vantagens deste tipo de reconhecimento no que toca a melhorar a nossa network e a projetar a nossa marca. Este tipo de reconhecimento é também importe porque incute na nossa empresa uma cultura de vitória e, ao mesmo tempo, a cultura de querermos fazer mais. Vencer este prémio é uma validação importante daquilo que fazemos.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Desde logo, é importante participar e perceber o porquê de estarmos a participar. Diria, também, que o importante é aproveitar a oportunidade para dar a conhecer um pouco da cultura da empresa e, sobretudo, mostrar o propósito daquilo que estamos a fazer!

Rui Fonseca, CEO da Altronix – Vencedor Categoria Transformação Digital

O que o levou a candidatar-se aos Prémios Heróis PME?

A Altronix e os prémios Heróis PME têm um percurso que se entrelaça, nos últimos anos. Vencemos em 2019 o Prémio Herói PME, com a minha história e percurso enquanto CEO, e em 2022 vencemos a categoria Transformação Digital, com o projeto da nossa plataforma interna, Nicole (que tinha sido um segredo para a comunidade durante toda a sua ‘vida’, visto que foi pensada e criada em 2012 para uso interno). O nosso processo de digitalização começou muito antes que a grande maioria das empresas nacionais e desenvolver esta solução deu-nos uma vantagem competitiva e um produto diferenciável.

Aliamo-nos, acreditamos e parabenizamos a Yunit Consulting pelo desenvolvimento destes prémios. Focam-se em valorizar as pequenas e médias empresas que fazem um trabalho olímpico para alavancar o produto português e que tantas vezes são esquecidas. Este prémio dá-nos a certeza que caminhamos no sentido certo.

O que mudou depois de serem uma das equipas vencedoras?

Os dois prémios Heróis PME que vencemos são, sem dúvida, um motivo de orgulho. Este em específico, da categoria de transformação digital, parabeniza a equipa de I&D, em particular, e todos elementos da Altronix, no geral, e permitiu ainda uma maior valorização e envolvimento por parte de todos os colaboradores.

Além disso, acreditamos que o engagement criado por estas participações, tanto entre a equipa, como externamente com parceiros e clientes é muito positivo. Assim como valorizamos muito toda a cobertura mediática e conteúdos criados em volta destas participações, uma vez que nos permite inspirar outras empresas ao mesmo tempo que nos motiva e desafia em novas conquistas.

Que conselho daria aos próximos candidatos?

Acreditar no projeto e tentar. Por vezes o que custa é considerar o que temos dentro de portas, os pequenos projetos que vamos desenvolvendo e que são tidos posteriormente como grandes mudanças nas empresas. E, acima de tudo, acreditar que estes projetos podem e devem ser valorizados e reconhecidos por todos. Ao participar nestes prémios ganhamos também experiências e momentos únicos de partilha de conhecimento com outros empresários.

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Governo da Madeira apoia grandes consumidores de energia a partir de abril

  • Lusa
  • 23 Março 2023

Governo da Madeira vai apoiar com 4,2 milhões de euros, a fundo perdido, perto de mil empresas consumidoras de energia elétrica de baixa tensão especial e de média tensão.

“O Governo Regional, através do IDE [Instituto de Desenvolvimento Empresarial], vai disponibilizar a partir de 4 de abril um apoio de 4,2 milhões de euros para ajudar 998 empresas que tiveram aumentos muito gravosos no custo de energia”, indicou o secretário regional da Economia, Rui Barreto, em declarações aos jornalistas numa sessão de apresentação do programa, designado ‘Apoiar + Liquidez’.

As empresas com contrato de fornecimento de eletricidade em vigor com a Empresa de Eletricidade da Madeira, nas modalidades de baixa tensão especial ou média tensão, vão receber um apoio de 25% do aumento do custo da energia, explicou o governante.

A medida é “muito importante” para minimizar os efeitos dos aumentos energéticos anunciados, no ano passado, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que afetam sobretudo aqueles dois regimes, apontou.

O apoio já tinha sido anunciado em dezembro, mas só recentemente teve a autorização da União Europeia.

Rui Barreto (CDS-PP) salientou que o processo de candidatura é simples e rápido e os pagamentos serão feitos trimestralmente. “O objetivo é, no primeiro mês a seguir a cada trimestre, processar os respetivos pagamentos no percentual de 25%”, afirmou.

O secretário regional da Economia adiantou ainda que o programa, com retroativos a janeiro, vigorará durante, pelo menos, o ano de 2023.

A medida é dirigida apenas às empresas consumidoras de energia elétrica de baixa tensão especial e média tensão — 1% do total — uma vez que são as que tiveram maiores aumentos na fatura de energia a partir deste ano: 35,6% e 52,4%, respetivamente.

Os grandes consumidores que serão beneficiados são, sobretudo, as unidades nas áreas da indústria do frio, serralharias, carpintarias, panificação e unidades hoteleiras.

Já para os consumidores domésticos na Madeira, 99% no total, os aumentos previstos na fatura da eletricidade este ano são de 2,3%; um valor que Rui Barreto considerou “razoável”, tendo em conta que é inferior à inflação prevista.

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Preço do cabaz de bens essenciais cai quase 9 euros. É a primeira vez que baixa em três semanas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Março 2023

Cálculos da Deco mostram que preço de um cabaz de 63 bens alimentares recuou para menos de 230 euros na última semana. Preços subiam há três semanas consecutivas.

Depois de três semanas consecutivas a subir, o preço do cabaz de bens essenciais baixou 8,70 euros e custa agora 226,15 euros, o que representa um decréscimo de 3,70% face ao valor recorde de 234,84 euros, registado na semana passada, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Ainda assim, comparando com o preço de há um ano, quando custava 192,28 euros, o cabaz alimentar está 17,61% mais caro. E se a comparação for feita com a véspera do início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022) o cabaz alimentar encareceu 42,52 euros, o que equivale a um aumento de 23,16%.

Entre 15 e 22 de março, o carapau foi o produto cujo preço mais aumentou: em 15 de março, um quilo deste peixe custava 3,79 euros, enquanto na quarta-feira já custava 5,44 euros, o que traduz uma subida de 43% no espaço de uma semana. Seguem-se o iogurte líquido de morango (subiu 16%); o atum posta em azeite (13%); flocos de cereais e atum posta em óleo vegetal (ambos 10%); farinha para bolos e dourada (ambos 6%); cenoura, massas espirais e salsichas Frankfurt (4% cada).

Já desde a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, os laticínios e a carne foram as categorias de produtos que mais aumentaram de preços – respetivamente, dispararam 29,26% (mais 3,36 euros, para 14,83 euros) e 26,21% (mais 8,45 euros, para 40,69 euros).

Depois, surge a categoria de frutas e legumes, que aumentou 24,87% (mais 5,87 euros), totalizando os 29,47 euros; da mercearia, que disparou 23,53% (mais 9,92 euros) para 52,06 euros; do peixe, que subiu 21,80% (mais 13,15 euros) para 73,46 euros; e, por fim, dos congelados, cujo aumento foi de 12,84% (mais 1,78 euros) para 15,62 euros.

A inflação desacelerou para 8,2% em fevereiro, que foi o quarto mês consecutivo de abrandamento de preços. Contudo, a taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados voltou a aumentar pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 20,09%. É o valor mais elevado em 38 anos, sendo que desde há nove meses que os preços dos alimentos estão nos dois dígitos.

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Enólogos português e austríaco posicionam vinhos brancos no mapa internacional

Enólogos lançam, em Lisboa, projeto para colocar vinhos brancos no mapa internacional, com primeiro vinho em garrafa mais leve e sustentável.

Os enólogos Pedro Ribeiro — administrador da Herdade do Rocim — e Lenz Moser, membro da quinta geração da dinastia vinícola austríaca Lenz Moser, avançam agora com um projeto para posicionar os vinhos brancos portugueses no mercado nacional e internacional, e que inclui já o lançamento de um primeiro vinho, “Ribeiro & Moser Arinto 2022″. Com um “garrafa mais leve” – 420 gramas – e “ecologicamente mais amiga do ambiente“.

Foram produzidas, em Lisboa, 15 mil unidades deste vinho, com a casta Arinto, sendo depois engarrafado no Alentejo. “É um vinho naturalmente ácido, mas que a vinificação e estágio equilibrou todo o conjunto”, descreve Pedro Ribeiro. Um “blend perfeito” que exprime o estilo individual de cada um dos enólogos e a visão que têm da casta Arinto.

O administrador da Herdade do Rocim e Lenz Moser, atualmente a promover as regiões vinícolas mais promissoras, quiseram dar o seu contributo para um maior reconhecimento do vinho branco. “Portugal é reconhecido pelos extraordinários vinhos tintos, mas no nosso país há excecionais brancos, muito procurados pela comunidade internacional da área dos vinhos”, refere o enólogo português. Pedro Ribeiro acredita que a casta de “Arinto tem um grande potencial para colocar os vinhos brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos mundo”.

Os dois enólogos querem com este projeto, a quatro mãos, antecipar tendências no mundo do vinho, “surpreender e ir ao encontro de novos consumidores”. Cada garrafa de vinho custa 27 euros e pesa apenas 420 gramas; um peso que os mentores do projeto consideravam primordial para “economizar energia e reduzir as emissões”, contribuindo assim para o equilíbrio ambiental.

Arinto tem um grande potencial para colocar os vinhos brancos portugueses no mapa internacional e merece, por isso, ser conhecida e apreciada por todos os wine lovers dos vários cantos mundo.

Pedro Ribeiro

Enólogo e administrador da Herdade do Rocim

“A diferença entre uma garrafa de 400 gramas e uma de 570 gramas pode parecer insignificante, mas traz benefícios ambientais significativos: economizamos energia e matérias-primas, reduzimos as emissões e causamos um impacto positivo no meio ambiente com cada garrafa leve”, sublinha Pedro Ribeiro.

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