Rumos Consulting quer contratar 80 perfis tech até final do ano

Algumas vagas dizem respeito a regimes de trabalho híbrido, outras a um formato completamento remoto.

A Rumos Consulting pretende recrutar 80 profissionais até ao final do ano, reforçando assim a sua atual equipa composta por 220 consultores de tecnologias de informação. Algumas vagas dizem respeito a regimes de trabalho híbrido, outras a um formato totalmente remoto.

“Estes profissionais terão a oportunidade de integrar projetos desafiante da Rumos Consulting e da nossa carteira de clientes, nos mais diversos setores de atuação na área das tecnologias de informação, tendo, entre outros benefícios, acesso a formação certificada pelos principais fabricantes de TI”, afirma Ana Dias, human resources manager da Rumos Consulting, em comunicado.

Com este processo de recrutamento e seleção, a Rumos Consulting pretende reforçar a aposta nos seus projetos nas áreas de software development, data analytics & AI, project management, cloud engineer e networking & cybersecurity.

Para saber mais sobre o processo de recrutamento deverá consultar o Portal de Emprego da Rumos Consulting.

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Portugal atrás da média da UE na despesa pública em proteção ambiental

OCDE aponta que Portugal está a falhar nas metas de gestão de resíduos e que a nível de investimento das infraestruturas as "necessidades continuam a ser significativas".

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) alerta que a despesa pública com a proteção ambiental esteve, em 2020, abaixo da média da União Europeia (0,9%), situando-se nos 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), com a média da OCDE a ficar-se pelos 0,5%. Entre as áreas que ficaram mais atrasadas, a entidade internacional aponta a fraca valorização de resíduos e a economia circular.

Num relatório divulgado esta terça-feira, no âmbito da revisão do desempenho ambiental de Portugal, a OCDE deixa claro que “a gestão dos resíduos tem impulsionado o seu recente aumento, mas que tal não se reflete no desempenho da prestação de serviços”.

Nesse âmbito, a entidade aponta que, em 2020, três quatros dos municípios não recuperaram totalmente os custos da prestação de serviços de resíduos através das tarifas cobradas aos consumidores, relembrando que as taxas sobre resíduos estão incluídas na conta da água. É desta forma que o país deve financiar as infraestruturas.

“Portugal concluiu as principais infraestruturas para a gestão de águas residuais mas as necessidades de investimento continuam a ser significativas”, revela a entidade no documento divulgado.

A nível de resíduos e à sua circularidade, a OCDE vinca que “Portugal regista um atraso relativamente à economia circular”, e explica que, em 2020, o país gerou mais resíduos urbanos per capita do que a média europeia tendo sido também um dos países com as taxas mais elevadas de deposição em aterro. “O país não cumpriu a maior parte das suas metas de resíduos para 2020”, revela o documento.

Na valorização de materiais de resíduos urbanos, a percentagem de compostagem e reciclagem no tratamento total é em Portugal de 28%, quando a média na OCDE é de 34%, uma média também superior a Portugal na área da economia circular.

Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente e da Ação Climática reconheceu este atraso referindo ser “evidente que temos que áreas com resultados muito positivos acima da média da OCDE e que nos permitem acreditar em progressos”. No entanto, existem também “áreas em que temos de trabalhar no sentido de recuperar atrasos”, sublinhando ser crucial “reduzirmos a deposição [de resíduos] em aterro” e “reforçar os princípios de circularidade”, nomeadamente, a nível da reciclagem, recolha de biorresíduos.

Sabemos que temos que aproveitar esses resíduos como recurso energético“, afirmou o governante esta terça-feira, durante a apresentação do relatório, em Sintra.

Além disso, deu conta de que para além do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2030), aprovado em fevereiro, o Governo está a preparar-se para aprovar também o UNILEX, uma diretiva a nível europeu, que, entre as medidas, visa implementar o sistema nacional de depósito de embalagens e reembolso (SDR).

“Vamos generalizar [o SDR] no nosso pais para aumentar a reciclagem de embalagens e dando o retorno aos nossos cidadãos que contribuem para [as metas de reciclagem]”, anunciou Duarte Cordeiro.

Mas nem tudo são más notícias: a nível das áreas como as energias renováveis, emissões de gases com efeito de estufa e qualidade do ar, a OCDE sublinha o bom desempenho do país. Portugal “registou progressos louváveis no desenvolvimento de energias renováveis e na eliminação progresso do carvão em 2021”.

“Na última década, o cabaz energético passou do petróleo e do carvão para o gás natural para as energias renováveis. Portugal pode ser elogiado por ter encerrado as duas últimas centrais eléctricas a carvão em 2021, dois anos antes do previsto. Os combustíveis fósseis continuam a fazer a maior parte do fornecimento de energia, mas a quota das energias renováveis (principalmente biomassa, eólica e hidro) é mais elevada do que na maioria dos países europeus“, sublinha o relatório.

Com 34% de energias renováveis no consumo final bruto de energia em 2020, a OCDE sublinha que Portugal alcançou o seu objetivo vinculativo de atingir o mínimo de produção de energias renováveis (31%) estabelecido pela Directiva da UE.

Os dados constam da quarta revisão de desempenho ambiental de Portugal divulgada esta terça-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), na qual a organização de 38 países deixa 26 recomendações, que “visam ajudar Portugal a reforçar a coerência das políticas para impulsionar uma recuperação económica ecológica” e progredir na neutralidade carbónica e desenvolvimento sustentável.

Tal como as revisões de desempenho em 1993, 2001 e 2011, a quarta revisão analisa o desempenho ambiental de Portugal, neste caso respeitante à última década. Os dois países examinadores foram a Costa Rica e o Luxemburgo.

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OCDE recomenda que preços das portagens variem em função das emissões

Ao mesmo tempo, a OCDE apela a que se suprima o "tratamento fiscal preferencial para os veículos mais antigos".

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomenda que os preços das portagens variem consoante as emissões dos veículos e que se suprima o “tratamento fiscal preferencial para os veículos mais antigos”, a fim de rejuvenescer a frota.

Esta recomendação foi feita no âmbito da quarta Avaliação de Desempenho Ambiental de Portugal, apresentada esta terça-feira, 14 de março, na qual a OCDE faz uma análise dos progressos de Portugal no sentido de atingir os seus objetivos de neutralidade de carbono e desenvolvimento sustentável, assim como de desempenho na ecologização do seu mix energético, na melhoria da qualidade do ar, na gestão da água e dos resíduos, e na inversão da perda de biodiversidade.

Além das recomendações em relação aos veículos já referidas, a OCDE defende também que gradualmente seja colmatada a diferença fiscal entre gasóleo e gasolina e que continuem a ser desenvolvidas zonas de baixas emissões nas cidades, “com normas rigorosas nas cidades que excedam os limites de qualidade do ar”.

Em paralelo, a OCDE espera que sejam reduzidas as emissões dos veículos e a dependência do automóvel. Isto, através de apoios à aquisição de veículos de baixas emissões e da implantação de estações de carregamento em todo o país. Por outro lado, fica sugerido que o montante que deveria ser dirigido à construção de novas estradas passe a ser usado para investimento na linha ferroviária.

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Taxa de inflação homóloga em Espanha acelera para 6% em fevereiro

  • Lusa
  • 14 Março 2023

A inflação homóloga em Espanha subiu 6% em fevereiro, mais uma décima que em janeiro, devido principalmente ao aumento histórico dos preços dos alimentos de 16,6%.

A inflação homóloga em Espanha subiu 6% em fevereiro, menos uma décima que o valor anunciado a 28 de fevereiro e mais uma décima que em janeiro, devido principalmente ao aumento histórico dos preços dos alimentos de 16,6%.

O Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE) anunciou esta terça-feira que o grupo de alimentos e bebidas não alcoólicas aumentou mais de um ponto acima do mês anterior, e este comportamento é influenciado pelo aumento do preço dos legumes e da carne, bem como por uma redução menor do preço do peixe e do marisco em relação ao ano passado.

O INE também reviu em baixa – uma décima de ponto percentual – a taxa de variação anual da inflação subjacente – índice sem alimentos não transformados ou produtos energéticos – para 7,6%, mais uma décima de ponto do que a registada em janeiro e o mais alto desde dezembro de 1986.

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China alarga concessão de vistos a estrangeiros após quase três anos de bloqueio

  • Lusa
  • 14 Março 2023

China vai alargar concessão de vistos a estrangeiros a partir de quarta-feira, quase três anos de suspensão na sequência da pandemia de Covid-19.

A China vai alargar a concessão de vistos a estrangeiros a partir de quarta-feira, quase três anos de suspensão na sequência da pandemia de Covid-19, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.

Turistas com vistos válidos emitidos antes de 28 de março de 2020, data em que foi decretado o encerramento quase total das fronteiras chinesas a estrangeiros, vão voltar a poder entrar no país asiático, informou, em comunicado, o departamento de assuntos consulares daquele ministério.

Nos últimos meses, a China voltou a atribuir vistos a alguns turistas de negócios, estudantes e pessoas com familiares na China. “Com o objetivo de facilitar ainda mais o intercâmbio entre a China e o exterior”, as agências “vão voltar a processar vários tipos de vistos”, referiu o comunicado.

As autoridades chinesas também anunciaram a retoma das políticas de entrada sem visto para quem viaje até à ilha de Hainão, no sul do país, ou que entrem na cidade de Xangai, no leste chinês, num navio de cruzeiro.

As embaixadas chinesas em vários países, incluindo Estados Unidos, Luxemburgo, Canadá, Argentina e Coreia do Sul, especificaram que os “vários tipos de vistos” citados pelo departamento incluem vistos de viagem.

Na segunda-feira, a embaixada chinesa em Lisboa anunciou que, também a partir de quarta-feira, passageiros com destino à China oriundos de Portugal não terão mais de apresentar um teste de ácido nucleico negativo para a Covid-19 ao embarcar.

“Face ao desenvolvimento da situação epidémica e à necessidade de facilitar as trocas de pessoal, a partir de 15 de março de 2023, os passageiros dos voos diretos de Portugal para a China estão autorizados a usar testes antigénio (incluindo autoteste), em vez de testes de ácido nucleico”, conhecidos como PCR, lê-se no comunicado, publicado em chinês, no portal da embaixada.

Portugal integra uma lista de 32 países a partir de onde não é preciso mais apresentar um teste PCR negativo para o vírus ao embarcar para a China.

Na sexta-feira, as autoridades chinesas incluíram também Portugal num segundo lote de países para onde vão permitir a realização de viagens de turismo em grupo.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia. A partir de 15 de março, os turistas chineses que viajarem em grupos organizados poderão visitar mais 40 países, incluindo ainda Brasil, França ou Espanha.

Segundo dados facultados à Lusa por Tiago Brito, o representante permanente do Turismo de Portugal na China, mais de 385 mil chineses visitaram Portugal em 2019, o ano antes da pandemia. Os turistas oriundos da China gastaram, no total, 224 milhões de euros no país, um crescimento de 20% face a 2018.

A China, o maior emissor de turistas do mundo, manteve as fronteiras encerradas durante quase três anos, no âmbito da política de “zero casos” de Covid-19, que foi desmantelada, em dezembro passado, após protestos ocorridos em várias cidades do país.

No âmbito daquela política, quem chegava ao país tinha que cumprir um período de quarentena, que chegou a ser de três semanas, em instalações designadas. O número de voos internacionais foi reduzido até 2% face ao período anterior à pandemia.

A ligação aérea direta entre Portugal e a China passou a ser feita apenas uma vez por semana. Até ao início da pandemia, o voo realizava-se três vezes por semana.

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Grupo Volkswagen vai construir megafábrica de baterias para carros elétricos no Canadá

  • Lusa
  • 14 Março 2023

A Volkswagen quer aumentar a produção de baterias na Europa e pretende que seis fábricas estejam operacionais até 2030.

A Volkswagen vai avançar para a construção de uma megafábrica de baterias para veículos elétricos em Ontário, no Canadá, ainda não tendo decidido sobre a sua próxima fábrica na Europa, divulgou na segunda-feira o grupo automóvel.

A produção em massa na fábrica em Ontário deverá começar em 2027, explicou o grupo Volkswagen (VW).

A sua primeira fábrica de baterias na América do Norte ficará em St. Thomas, Ontário, e faz parte da estratégia da VW de crescer naquela região, depois de ter decidido produzir modelos “pickups” e SUV elétricos nos EUA com a marca Scout em Columbia (Carolina do Sul).

O grupo vai investir 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.860 milhões de euros) e criar 4.000 empregos na fábrica nos Estados Unidos.

a nova fábrica de baterias elétricas no Canadá estará integrada na subsidiária PowerCo.

A Volkswagen quer aumentar a produção de baterias na Europa e pretende que seis fábricas estejam operacionais até 2030, com capacidade anual de 240 gigawatts-hora, para garantir o fornecimento destes componentes.

O grupo VW já possui fábricas de baterias, uma delas na cidade sueca de Skellefteå e outra na cidade alemã de Salzgitter.

Além disso, vai criar outra fábrica de baterias em Sagunto (Valência) com a ajuda do Perte, um programa de financiamento com fundos de recuperação pandémica da UE para impulsionar a indústria dos veículos elétricos.

A produção de baterias de ponta será concentrada com a Northvolt na megafábrica “Northvolt Ett” em Skellefteå, nordeste da Suécia.

A fábrica em Salzgitter, no norte da Alemanha, produzirá baterias para o segmento de alto volume a partir de 2025.

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Diretor de IA da Meta dá masterclass em Lisboa

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 14 Março 2023

A IE Law School está a organizar uma masterclass com Norberto Andrade, diretor da Política de IA na Meta. O evento acontecerá no dia 28 de março, nos escritórios do CCA.

As noções básicas de Inteligência Artificial e Machine Learning serão o mote da masterclass, organizada pela IE Law School, que irá acontecer no dia 28 de março, das 9 horas às 10h30, nos escritórios do CCA Law Firm, em Lisboa.

A masterclass será conduzida por Norberto Andrade, diretor da Política de IA na Meta, que irá fazer uma apresentação de 1h30, na qual explicará quais são as maiores aplicações e áreas de investimento de IA e machine learning.

Ainda no mesmo evento, o responsável pela Política de IA na Meta irá listar e falar sobre os temas mais relevantes dentro do sua área de atuação, desde a responsabilidade e supervisão, transparência e explicabilidade, até à privacidade e parcialidade, justiça e discriminação.

Além disso, será ainda fornecida uma visão geral dos principais quadros jurídicos, políticos e éticos que foram desenvolvidos e propostos para governar a Inteligência Artificial.

Os interessados em participar no evento, que será gratuito, devem fazê-lo aqui.

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Frente Cívica pede suspensão de atribuição da cidadania a descendentes sefarditas

  • Lusa
  • 14 Março 2023

A Frente Cívica pediu ao Governo a suspensão de todos os processos de atribuição da nacionalidade portuguesa a pessoas que invoquem a descendência de judeus sefarditas.

A Frente Cívica disse esta terça-feira ter pedido ao Governo a suspensão de todos os processos de atribuição da nacionalidade portuguesa a pessoas que invoquem a descendência de judeus sefarditas.

A associação Frente Cívica indicou ter escrito, na segunda-feira, à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, a pedir ainda a anulação da naturalização em casos que tenham violado a lei, dando como exemplo o milionário russo Roman Abramovich.

A carta, assinada pelo presidente e vice-presidente da Frente Cívica, Paulo de Morais e João Paulo Batalha, exigiu também a publicação de uma lista de todos os cidadãos naturalizados ou com processos pendentes e “que se enquadrem na definição de Pessoas Politicamente Expostas”.

A Frente Cívica pediu à ministra urgência na finalização do inquérito que o Governo lançou a suspeitas de abusos na atribuição da nacionalidade e que “faça um ponto de situação público sobre o andamento das investigações, incluindo o prazo previsível para a sua conclusão”.

A naturalização de Abramovich está no centro da “Operação Porta Aberta”, envolvendo alegadas irregularidades cometidas em processos de atribuição da nacionalidade a descendentes de judeus sefarditas, originários da Península Ibérica que foram expulsos de Portugal no século XVI.

Após dúvidas levantadas por eventuais ilegalidades na atribuição da nacionalidade a descendentes de judeus sefarditas, o rabino da Comunidade Israelita do Porto (CIP), Daniel Litvak, foi detido em março de 2022 pela Polícia Judiciária e ficou a aguardar o desenvolvimento do processo com termo de identidade e residência, entregando ainda o passaporte (esta última medida foi entretanto revogada por decisão da Relação de Lisboa). Também o advogado Francisco de Almeida Garrett, vogal da direção da CIP, foi constituído arguido no caso.

A investigação no âmbito do processo de Abramovich implicou a realização de buscas e envolve suspeitas de vários crimes, nomeadamente tráfico de influências, corrupção ativa, falsificação de documento, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e associação criminosa, indicaram então a PJ e o MP num comunicado conjunto.

A Frente Cívica sublinhou que o jornal francês Le Monde descreveu a naturalização ao abrigo da “lei dos sefarditas” como “O novo Eldorado do passaporte português”. “A exposição reiterada de Portugal como porto seguro para criminosos internacionais envergonha os portugueses aos olhos do mundo“, refere-se na carta.

“A repetição cíclica de notícias como esta devia convocar o Estado português ao urgentíssimo esclarecimento dos abusos à ‘lei dos sefarditas'”, escreveu a Frente Cívica.

“Esta demora incompreensível no esclarecimento da verdade e na responsabilização dos envolvidos por parte do Governo traça o retrato de uma inércia cúmplice com os abusos”, lamentou a associação.

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Número de beneficiários do RSI é o mais baixo desde 2006

  • ECO
  • 14 Março 2023

Dos 195.545 beneficiários registado em janeiro, 53% são mulheres, cerca de um terço é pago a crianças e metade está integrado num agregado familiar de quatro ou mais pessoas.

Apesar das dificuldades diárias sentidas pelos portugueses, o número de beneficiários do rendimento social de inserção (RSI) é o mais baixo dos últimos 17 anos. Dos 195.545 beneficiários registados em janeiro, 53% são mulheres, cerca de um terço é pago a crianças e metade está integrado num agregado familiar de quatro ou mais pessoas, avançou esta segunda-feira o Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Analisando a situação de norte a sul, o número de beneficiários diminuiu em 12 distritos e subiu em oito. A região dos Açores foi a que perdeu mais beneficiários, registando uma redução de 49% nos últimos cinco anos. Segue-se o Porto, apesar de ser o distrito com mais gente a receber RSI. Por oposição, Faro foi o distrito onde o número de beneficiários mais aumentou.

A redução do número de beneficiários deve-se à subida dos rendimentos mais baixos por via do aumento do salário mínimo, do emprego e outros apoios sociais. Há três anos que o valor de referência se mantém congelado nos 189,66 euros. No entanto, o valor foi descongelado e, a partir deste mês, sobe para 209,11 euros. Isto deverá ter resultado num aumento do número de beneficiários que ainda não consta das estatísticas.

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Caso EDP. Juíza rejeita, mais uma vez, perícia médica a Salgado pedida pela defesa

No requerimento de abertura de instrução, de 2 de março, a defesa de Salgado pediu a realização de uma perícia médica independente. Juíza rejeitou. Debate instrutório marcado para 28 de março.

A juíza de instrução do processo EDP –– cujos principais arguidos são Manuel Pinho e Ricardo Salgado – recusou a realização de uma perícia médica, que comprove a doença de Alzheimer, pedida pela defesa do ex-banqueiro. Esta é a quarta recusa da Justiça portuguesa, no que toca à perícia médica independente, realizada por médicos independentes.

A juíza considera que essa perícia seria “manifestamente contrária aos fins da instrução” e que isso não iria interferir com uma eventual pronúncia do arguido para julgamento, segundo pode ler-se no despacho da juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal, a que o ECO teve acesso, mas avançado em primeira mão pelo Observador. A juíza de instrução Gabriela Assunção marcou o debate instrutório para 28 de março.

“Não sendo invocada a possibilidade de existir uma patologia incapacitante ou anomalia psíquica aquando da prática dos factos (na perspetiva da acusação) é despicienda, nesta fase, a sua ponderação, pois tal importa especialmente à fase de julgamento e, até, de um eventual cumprimento de pena ou da adequação de imposição de uma pena ou uma medida de segurança”, pode ler-se no documento assinado pela magistrada.

As defesas dos três arguidos tinham também solicitado a audição de um total de 68 testemunhas (36 do ex-presidente do BES, 29 do antigo ministro da Economia e três da sua mulher), mas a decisão da juíza acaba por remeter a instrução (fase processual facultativa em que se decide se as provas são suficientemente fortes para levar os arguidos a julgamento) diretamente para o debate instrutório.

“A fase de instrução deve ser (…) um momento célere, especialmente concentrada na comprovação judicial, ou não, da decisão”, referiu a juíza no seu despacho, sublinhando: “Não é suposto (…) levar-se a cabo um esforço probatório que se assemelhe ao do julgamento”.

Gabriela Assunção defendeu ainda que não cabe ao juiz de instrução “repetir o esforço investigatório do inquérito” e disse que tal seria uma violação do processo penal português.

A 2 de março, a defesa de Ricardo Salgado pediu a realização de uma perícia médica na fase de instrução do Caso EDP, devido ao diagnóstico de Doença de Alzheimer atribuído ao ex-banqueiro.

Segundo o requerimento de abertura de instrução (RAI) submetido pelos advogados do ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES) – acusado neste processo de um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento –, a situação clínica de Ricardo Salgado “continuou a evoluir desfavoravelmente”, assegurando que não está em condições de prestar declarações e não pode exercer plenamente o direito de defesa.

“O arguido encontra-se à disposição do Tribunal Central de Instrução Criminal para realizar perícia médico-neurológica, para efeitos de comprovar o seu quadro clínico acima descrito, com as devidas consequências legais que daí devem ser retiradas, nomeadamente extinção/arquivamento dos presentes autos quanto ao arguido”, lê-se no documento, que resume: “Requer-se a realização de uma perícia médica da especialidade do foro neurológico”.

Para os advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce, face aos relatórios médicos, Ricardo Salgado “não pode ser sequer acusado ou pronunciado e, muito menos, submetido a qualquer julgamento”, pelo que pedem a perícia médica num serviço oficial de saúde, sugerindo o Laboratório de Estudos da Linguagem, da Clínica Universitária de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Ricardo Salgado com o seu advogado, Francisco Proença de Carvalho.EPA/JOSE SENA GOULAO

A defesa critica o Ministério Público (MP), ao apontar o “receio de que a perícia médica viesse a frustrar o seu cego propósito acusatório”, referindo, com base num relatório médico de junho de 2022, que Ricardo Salgado “foi admitido num ensaio clínico para doentes de Alzheimer” e deixando uma garantia: “Não é um subterfúgio. Não é uma manobra dilatória. É, repita-se, uma doença, que afeta irreversivelmente o arguido”.

Ricardo Salgado, que foi acusado, em dezembro, pelo Ministério Público (MP) no caso EDP de um crime de corrupção ativa para ato ilícito, outro de corrupção ativa e um de branqueamento, tinha sido notificado para esclarecer se queria prestar declarações relativamente a factos descritos no despacho do juiz de instrução Carlos Alexandre que colocou (em dezembro de 2021) Manuel Pinho em prisão domiciliária.

Entretanto, a realização, ou não, de uma perícia médica independente, no âmbito da Operação Marquês, será decidida pelo Tribunal da Relação de Lisboa (TRL).

“No caso em referência, é do domínio público que a questão da necessidade da determinação de perícia médico-legal e forense se encontra em apreciação, por via de recurso, no Tribunal da Relação de Lisboa”, disse a PGR na resposta enviada ao ECO/Advocatus.

Já no ano passado, o Ministério Público (MP) no âmbito da Operação Marquês, decidiu no mesmo sentido, tal como o juiz do mesmo processo em que Salgado acabou condenado a seis anos de pena de prisão efetiva, por crimes de abuso de confiança que resultaram do processo do Marquês.

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Ministério Público arquiva “apagão” dos offshores e afasta sabotagem informática

  • ECO
  • 14 Março 2023

Segundo a procuradora Helena Almeida, “é manifesto que não foi possível identificar qualquer ato concreto suscetível de integrar a prática dos crimes cuja suspeita se suscitou”.

O Ministério Público arquivou o inquérito ao caso do “apagão fiscal” ao fim de quase seis anos. Em causa estava a origem do erro de processamento das declarações bancárias sobre transferências para offshores realizadas entre 2011 e 2014, sendo que grande parte das operações comunicadas à administração tributária não passou para a base de dados do fisco, escreve nesta terça-feira o Público (acesso pago).

Neste período, dos 18.200 milhões movimentados, mais de 10.000 milhões não ficaram registados, apesar de terem sido declarados pelas instituições financeiras.

Segundo a procuradora Helena Almeida, “é manifesto que não foi possível identificar qualquer ato concreto suscetível de integrar a prática dos crimes cuja suspeita se suscitou”. A magistrada lembrou que, à luz do artigo 283.ª do Código do Processo Penal, o Ministério Público deduz acusação se tiver recolhido indícios suficientes de um crime e de quem foi o seu agente

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Hoje nas notícias: Offshores, RSI e taxa de carbono

  • ECO
  • 14 Março 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O inquérito ao caso do “apagão fiscal” foi arquivado ao fim de seis anos. Em janeiro deste ano, estava registado o número mais baixo de beneficiários do RSI desde 2006. Quatro em cinco contratos de trabalho no privado são de 40 horas. A taxa de carbono já rendeu quase 56 milhões de euros ao Fundo Ambiental. Conheça algumas das notícias que marcam a atualidade.

Ministério Público arquiva “apagão” dos offshores e afasta sabotagem informática

O Ministério Público arquivou o inquérito ao caso do “apagão fiscal” ao fim de quase seis anos. Em causa estava a origem do erro de processamento das declarações bancárias sobre transferências para offshores realizadas entre 2011 e 2014, sendo que grande parte das operações comunicadas à administração tributária não passou para a base de dados do fisco. Segundo a procuradora Helena Almeida, “é manifesto que não foi possível identificar qualquer ato concreto suscetível de integrar a prática dos crimes cuja suspeita se suscitou”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Desde 2006 que não havia tão poucos a receber RSI

Em janeiro deste ano, estavam registados 195.545 beneficiários do rendimento social de inserção (RSI), o número mais baixo em 17 anos. Apenas em 2006 se encontra um período com tão poucos beneficiários, apesar das dificuldades sentidas pelos portugueses. Nos últimos três anos o valor de referência do RSI manteve-se congelado em 189,66 euros. No entanto, foi descongelado e, a partir deste mês, sobe para 209,11 euros, o que deve resultar num aumento do número de beneficiários (que ainda não consta das estatísticas).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Quatro em cinco contratos de trabalho no privado são de 40 horas

Mais de quatro em cada cinco contratos de trabalho no privado são de 40 horas por semana. Em 2021, este período de laboração abrangia 85,5% das relações contratuais a tempo inteiro, segundo a informação das empresas enviada através de relatório único. Em 2010, a percentagem de contratos com este horário semanal era de 83,4%, embora seja possível definir períodos normais de trabalho de 35 horas por semana.

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Taxa de carbono rende 56 milhões de euros

A taxa de carbono que passou a ser cobrada em 2021 aos passageiros dos aviões rendeu, até agora, 56 milhões de euros, noticia o Jornal de Negócios. No ano passado, as companhias aéreas cobraram aos passageiros quase 42,2 milhões de euros, a que se juntam os quase 10,5 milhões do ano anterior e outros 3,2 milhões já cobrados este ano. Quase toda a receita da taxa remetida pelas companhias aéreas para a ANAC foi transferida para o Fundo Ambiental pelo regulador.

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Autarca de Caminha negou aprovação do centro de exposição mas documentos provam “luz verde”

Em setembro de 2022, o atual presidente da câmara de Caminho, Rui Lages, afirmou por escrito, que as obras para o Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) na Quinta do Corgo, junto à sede do concelho não tinham sido iniciadas porque a autarquia ainda não tinha aprovado o Pedido de Informação Prévia (PIP). No entanto, há documentos que provam o autarca deu “luz verde” ao PIP, o que viabilizaria a construção do edifício.

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