Pizarro pede a Bruxelas que tome “medidas conjuntas” para combater escassez de medicamentos

Ministro salienta que a escassez de medicamentos é um problema europeu e que está a ser trabalhada uma nova estratégia que torne a UE "autossustentável" do ponto de vista da produção de medicamentos.

O ministro da Saúde insta a Comissão Europeia a “adotar medidas conjuntas” para evitar a escassez de medicamentos, nomeadamente dos antibióticos, cuja venda aumenta nas épocas de inverno. Manuel Pizarro sinaliza ainda que este não é um problema exclusivo de Portugal, mas “de toda a Europa” e quer que a União Europeia se torne “autossustentável” do ponto de vista da produção de medicamentos.

“Chamámos a atenção da Comissão Europeia para a necessidade de adotar medidas conjuntas que previnam em alguns casos a escassez de medicamentos, em períodos onde isso possa ser mais expectável”, afirmou o ministro da Saúde, em declarações a partir de Bruxelas transmitidas pela RTP3. “É o caso de certos antibióticos”, acrescentou, precisando que nas épocas de inverno, o consumo destes medicamentos tende a aumentar.

O governante sublinha ainda que a escassez de medicamentos é um problema que “afeta toda a Europa” e aponta que o bloco comunitário está a “trabalhar numa nova estratégia farmacêutica da UE que torne a UE autossustentável do ponto de vista da produção industrial de medicamentos”.

Para colmatar a dificuldade no acesso de medicamentos e evitar ruturas de stock, o Governo avançou com a revisão dos preços dos medicamentos mais baratos. Além disso, será criada uma lista de medicamentos essenciais críticos, “cuja disponibilidade será monitorizada de forma particular e em relação aos quais serão tomadas medidas específicas que podem incluir a revisão excecional de preço”. Paralelamente, o Infarmed tem ainda uma lista de medicamentos cuja exportação está suspensa temporariamente.

Questionado sobre as críticas ao plano de reorganização das urgências pediátricas de Lisboa e Vale do Tejo, que foi divulgado na segunda-feira, Manuel Pizarro desvaloriza referindo que não considera que “haja uma contestação generalizada” e que o modelo adotado é “até bastante mais moderado do que muitas propostas técnicas” pedidas. Este modelo “procura assegurar o que nos parece essencial: urgências com qualidade e segurança e que as pessoas possam ter previsibilidade na forma o sistema funciona”, explica.

O ministro sinaliza ainda que “as mudanças são sempre momentos de certa perturbação” e que no caso dos serviços de urgência geral e de urgência pediátrica haverá ainda que fazer “um grande trabalho para que as pessoas procurem outras portas que não o serviço de urgência”. “Se o SNS fosse capaz de de oferecer outras alternativas [os utentes] precisariam de ir a urgência”, afirmou, numa alusão à falta de resposta dos cuidados de saúde primários.

Já sobre o caso particular da urgência pediátrica do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, — que para além de não funcionar no período noturno, continuará encerrada também ao fim de semana até 30 de junho — Manuel Pizarro sublinha que “não foi uma decisão organizativa e política que conduziu ao encerramento”, mas “a carência de profissionais, nomeadamente de pediatras” e espera que ainda seja possível reverter a decisão, pelo menos relativamente ao fecho aos fins de semana.

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“É uma ilusão fixar os preços”, diz CEO da Mercadona

Apesar da subida de 11% das receitas globais, para 31.041 milhões de euros, o retalhista alimentar fala de uma das rentabilidades mais baixas da sua história

“É uma ilusão fixar os preços” dos produtos, “fixar os preços é o mesmo que dizer que a água não se move”, reagiu Juan Roig, CEO da Mercadona, durante a apresentação de contas de 2022 da cadeia de supermercados espanhola. A Mercadona registou lucros de 718 milhões de euros, uma subida de 5%. Fala da rentabilidade mais baixa da sua história.

O tema da inflação marcou 2022, o arranque do ano e a conferência de imprensa do retalhista espanhol. O preço do tomate subiu 50% por conta do aumento dos custos do gás”, exemplifica Juan Roig. “Se não subíssemos os preços o desastre que iria provocar em toda a cadeia de abastecimento”, diz.

No ano passado, o impacto da inflação levou a uma subida de preços, bem como nos custos da companhia, que viu subir em 17% os custos com transporte de mercadorias, 5% o aluguer dos espaços, bem como salários. Ao todo, a empresa viu aumentar em 500 milhões os seus custos.

Apesar da subida de 11% das receitas globais, para 31.041 milhões de euros, a empresa fala de uma das rentabilidades mais baixas da sua história: com o impacto do aumento dos preços de custo a reduzir a margem da empresa em 0,6 pontos e colocando a rentabilidade em 0,025 euros de lucro por cada euro vendido, face aos 0,027 euros de 2021.

Com a inflação ainda a marcar o dia a dia dos consumidores espanhóis e portugueses, Juan Roig aponta a baixa de preços da cesta dos compradores como um dos desígnios para 2023, mas não adianta valores, nem aponta um prazo para uma maior estabilidade nos preços.

“Até quando (os preços vão subir) não sei”, disse o gestor. Os últimos meses têm sido muito maus em termos de inflação”, aponta. “Vamos lutar até à morte para baixar os preços”, garante, mas atira. “É uma ilusão fixar os preços”, disse. “Fixar os preços é o mesmo que dizer que a água não se move”, diz.

“Artificialmente não vamos baixar os preços”, garante Juan Roig, apontando quebras de qualidade do produto ou redução de quantidade, como a forma de o fazer artificialmente.

Em Portugal, as cadeias de retalho alimentar têm estado sob pressão por causa da subida da taxa de inflação dos alimentos acima da inflação global. Depois de várias ações inspetivas da ASAE nas cadeias, foi notícia de que o Governo estava a estudar várias medidas para o caso de os supermercados não baixarem os preços, como por exemplo, um limite para as margens de lucro de produtores, indus­triais e distribuidores.

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Grandes bancos dos EUA “inundados” com pedidos de transferência de fundos

  • ECO
  • 14 Março 2023

Grandes bancos dos EUA estão a receber inúmeros pedidos de clientes que querem transferir fundos de pequenos credores. Movimentações são influência da falência do Silicon Valley Bank.

Os grandes bancos dos Estados Unidos da América estão a receber inúmeros pedidos de clientes que querem transferir fundos de pequenos credores. As movimentações são influência da falência do Silicon Valley Bank (SVB), neste que é o maior movimento de depósitos em mais de uma década, segundo os executivos citados pelo Financial Times.

Algumas das instituições financeiras que estão a tentar acomodar clientes que querem transferir fundos rapidamente são o JPMorgan Chase e o Citigroup. Para tal, têm sido tomadas medidas que permitam acelerar processos como a abertura de contas. É o caso do JPMorgan, que encurtou o tempo de espera e está a acelerar a velocidade a que os novos clientes (nomeadamente empresas) podem aceder aos fundos, assegurando o pagamento do salários dos funcionários no final desta semana.

As transferências de fundos do SBV para grandes bancos ganharam força na semana passada e ainda continuam. Para alguns clientes, a falência do banco realçou o risco que é ter todo o dinheiro depositado apenas numa instituição. Segundo um funcionário de um banco grande citado pelo FT, os clientes “aprenderam a lição” e perceberam que, além de diversificar o portefólio, é também necessário diversificar os bancos.

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Eurodeputados votam diretiva europeia de transparência salarial a 29 de março

  • Trabalho
  • 14 Março 2023

Após a publicação da diretiva, os países terão dois anos para adaptarem as respetivas legislações.

A diretiva europeia da transparência salarial, que pretende garantir pagamento igual para trabalho igual, vai finalmente a votações finais. Dia 29 de março será votada em plenário do Parlamento europeia, depois de, em dezembro, os eurodeputados e os 27 Estados-membros terem chegado a um acordo quanto à formulação do texto final, noticia o Jornal de Negócios esta terça-feira.

Na proposta acordada provisoriamente prevê-se que as empresas com um mínimo de 100 trabalhadores sejam chamadas a corrigir diferenças salariais injustificadas que sejam iguais ou superiores a 5%. Inicialmente, a Comissão Europeia previa que as regras se aplicassem apenas a empresas com um mínimo de 250 trabalhadores. A atual legislação portuguesa, por outro lado, visa empresas com pelo menos 50 trabalhadores.

Os parceiros sociais são chamados a participar na avaliação dos critérios que possam justificar as disparidades salariais, bem como na transposição da diretiva, seja no que toca às metodologias, seja no que diz respeito a sanções.

O texto prevê ainda que seja divulgado ao candidato o salário ou, pelo menos, o intervalo salarial oferecido para a posição a concorre; e impede os empregadores de questionarem candidatos sobre o respetivo histórico salarial.

Após a publicação da diretiva, os países terão dois anos para adaptarem as respetivas legislações.

Ao ECO Pessoas, Carla Tavares, presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), garante não ter dúvidas sobre o impacto de uma maior transparência salarial no combate à desigualdade de género. “Ajuda a dissipar dúvidas sobre a desigualdade remuneratória entre mulheres e homens, combatendo assim, de forma mais eficaz e efetiva, os preconceitos em função do sexo nas práticas salariais”, afirma.

Desde 2019 que Portugal tem em vigor a Lei 60/2018, que visa assegurar a igualdade salarial entre homens e mulheres. Mas o país continua a registar um enorme gap no que toca às remunerações praticadas no mundo do trabalho. A diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal é, atualmente, de 13%. Em 2021, essa diferença atingiu os 153 euros, em média. E entre os quadros superiores chegou mesmo aos 600 euros.

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Metro do Porto pode avançar com concurso para Linha Rubi

  • Lusa
  • 14 Março 2023

Parecer favorável da declaração de impacte ambiental permite lançar concurso público para construção da linha entre Casa da Música e Santo Ovídio no dia 17 de março.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deu parecer favorável condicionado ao avanço da Linha Rubi do Metro do Porto (Casa da Música – Santo Ovídio), de acordo com a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) consultada nesta terça-feira pela Lusa.

“Considerando os impactes positivos identificados e tendo em conta que grande parte dos impactes negativos identificados são minimizáveis, emite-se decisão favorável condicionada ao cumprimento dos termos e condições do presente documento”, pode ler-se na DIA, disponível no site da APA.

De acordo com a declaração, emitida na sexta-feira, “sublinha-se a necessidade de ser garantida a devida articulação e compatibilidade do projeto com o território e com as vias rodoviárias e ferroviárias existentes e previstas, devendo esta articulação estar patente no projeto de execução que vier a ser desenvolvido”.

Em Vila Nova de Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da Linha Rubi foi colocado em consulta pública no dia 12 de outubro do ano passado, estimando-se então que a construção da linha levará dois anos e 10 meses e implicando demolições de edifícios em Gaia.

O EIA admite também que a nova ponte sobre o rio Douro causa um “impacto negativo bastante significativo” na paisagem e, “sobretudo, cenicamente”, apesar de estarem previstas medidas de mitigação projetadas pelo arquiteto Álvaro Siza.

Na quarta-feira, numa audição regimental na Assembleia da República (AR) ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, admitiu que a data apontada inicialmente para o lançamento do concurso público para a execução da obra, 17 de março (sexta-feira), “talvez” não seja cumprida.

No dia 02 de janeiro, a Metro do Porto previu lançar o concurso no dia 17 de março, segundo um anúncio periódico indicativo publicado no Jornal Oficial da União Europeia

O governante disse esperar que “ainda durante o mês de março” seja possível lançar o concurso público, apontando também para um aumento dos custos do projeto face aos 299 milhões de euros estimados inicialmente, totalmente financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Foi um valor estimado no início do processo. Com o aumento de custos que todos conhecemos, terá que ser revisto em alta, e acautelaremos o financiamento necessário para esse efeito”, assegurou, no parlamento.

Segundo o secretário de Estado, estão a ser feitas “as últimas revisões para que o projeto tenha o mínimo de falhas possível”, esperando “em setembro, outubro no máximo, consignar esta obra e iniciar os trabalhos”.

“Até ao final do primeiro semestre de 2026 contamos ter esta linha em operação”, concluiu Jorge Delgado.

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Nova política de rentabilização do YouTube Shorts prejudica criadores

Os criadores podem ter sofrido uma quebra de receita de 20% com a nova política de rentabilização do YouTube Shorts, embora as visualizações nos seus vídeos tenham aumentado.

O YouTube introduziu em fevereiro uma nova forma de rentabilizar a criação de vídeos curtos, através do YouTube Shorts, possibilitando que os criadores de conteúdos ganhem 45% da receita angariada através da publicidade transmitida entre os vídeos, enquanto a plataforma retém os outros 55%.

Esta nova forma de monetização dos YouTube Shorts não parece convencer os criadores de conteúdos, que afirmam estar a perder dinheiro com esta nova modalidade, segundo afirma a revista Digiday depois de falar com cinco gestores de talento, que trabalham com mais de 60 criadores de conteúdos.

A impressão geral e as visualizações aumentaram bastante (aproximadamente 60% para os criadores com quem trabalhamos) mas o tempo de visualização e a receita sofreram um grande impacto“, afirmou Aniket Mishra, co-founder e CEO da Creator Mail, estimando uma quebra de receita na ordem dos 20%. Alguns criadores já ilustraram estas quebras com as suas estatísticas, como Brooke Mon, que tem 2,03 milhões de inscritos no seu canal e que diz ter ganho 768,41 libras (872,13 euros) no último mês, apesar dos 64,5 milhões de visualizações nos seus vídeos.

O incremento nas visualizações não está, portanto, a ser refletido na receita que chega até aos criadores. Phil Ranta, diretor de operações da companhia We Are Verified, considera inclusive que a motivação dos criadores pode ser afetada, tendo em conta que as audiências passam de um milhão para dez milhões de visualizações mensais, sem que estes sejam proporcionalmente remunerados. Vimos muitos criadores a crescer entre 20 a 50% mês após mês com o Shorts, mas não vimos um crescimento de receita associado“, afirmou Phil Ranta à Digiday.

A receita dos anúncios apresentados entre vídeos no feed do YouTube Shorts, conforme explicado pelo YouTube, “é somada e utilizada para recompensar os criadores e ajudar a cobrir os custos de licenciamento de música”, pelo que se o criador não usar música no vídeo, toda a receita associada às respetivas visualizações é revertida para o Fundo para criadores, enquanto nos vídeos com faixas sonoras a receita tem de ser repartida com os parceiros de música, com base no número de faixas utilizadas.

Partindo depois do valor global atribuído ao Fundo para criadores, a receita é distribuída pelos criadores mediante o número de visualizações que os respetivos vídeos curtos geraram em cada país. “Por exemplo, se um criador obtiver 5% de todas as visualizações de vídeos curtos elegíveis carregados por criadores com rentabilização, recebe 5% da receita através do Fundo para criadores”, explica a plataforma. De modo a serem elegíveis e a obterem receita, os parceiros com rentabilização têm de aceitar o módulo de rentabilização do Shorts.

O YouTube exemplifica: Se no total forem registadas 100 milhões de visualizações de vídeos curtos no país (carregados por criadores com rentabilização), são recebidos 100 mil dólares através de anúncios reproduzidos entre vídeos curtos no feed do Shorts. Se 20% desses vídeos utilizarem uma faixa de música, isso significa que o Fundo para criadores recolhe 90 mil dólares (10 mil dólares são utilizados para cobrir os custos de licenciamento de música). Se o vídeo curto de um determinado criador for visto 1 milhão de vezes é-lhe portanto atribuído 1% do Fundo para criadores, ou seja, 900 dólares. Contudo, mediante a aplicação da partilha de receita de 45%, o criador vai receber um total de 405 dólares pelas visualizações dos seus vídeos.

Ainda é cedo, e nós estamos focados em juntar criadores, visualizadores e publicitários para aumentar o ecossistema do Shorts“, diz fonte do YouTube à Digiday. “Como todos investimos no Shorts, esperamos que as receitas dos criadores continuem a crescer. Com a partilha da receita estamos comprometidos em construir uma parceria a longo termo, onde os criadores possam diretamente partilhar o sucesso da plataforma”.

Entretanto, recentemente a Insider publicou uma lista de alguns criadores de conteúdos e a rentabilização que eles tiveram no mês de fevereiro com o YouTube Shorts:

  • Julia McNamee (55.000 subscritores): 3.15 dólares com 50.500 visualizações
  • Riley Lemon (92.000 subscritores): 383.13 dólares com 7 milhões de visualizações
  • Ammon Runger (155.000 subscritores): 140.37 dólares com 2.9 milhões de visualizações
  • MattyKay (220.000 subscritores): 465.79 dólares com 11 milhões de visualizações
  • Alasdair Mann (360.000 subscritores): 1,075.35 dólares com 25.6 milhões de visualizações
  • James Seo (650.000 subscritores): 1,455.04 dólares com 32.4 milhões de visualizações
  • Kaz Sawyer (3.3 milhões de subscritores): 4,207.31 dólares com 115.9 milhões de visualizações

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Incubadora Taguspark abre portas a empreendedores estrangeiros

Com a certificação do âmbito do Programa StartUP Visa, a incubadora passa a ter condições para acolher empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto em Portugal.

A Incubadora do ecossistema de ciência e tecnologia, o Taguspark – Cidade do Conhecimento, acaba de receber certificação no âmbito do Programa StartUP Visa. Através desta certificação, operacionalizada através do IAPMEI, a Incubadora Taguspark passa a ter condições para acolher empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e inovação em Portugal, com vista à concessão de visto de residência ou autorização de residência para imigrantes empreendedores que se rege por regulamento próprio.

“Este é mais um passo feliz e muito importante para o crescimento da nossa Incubadora na Cidade do Conhecimento. O StartUP Visa é um programa que nos assenta muito naturalmente porque reforçamos a diversidade e multiculturalidade que fazem pulsar a nossa comunidade inovadora e empreendedora”, comenta Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark, em comunicado.

Eduardo Baptista Correia, CEO do Taguspark.

“Este é um programa que acreditamos enriquecer a dinâmica empreendedora da Incubadora e a forma como as sinergias multiplicam o valor dos projetos e das ideias que aqui vemos nascer e crescer diariamente”, acrescenta a responsável pela Incubadora Taguspark, Fernanda Melo.

Deste modo, os empreendedores estrangeiros, sem residência permanente no Espaço Schengen, que pretendam desenvolver o seu projeto em Portugal, ainda que não tenham constituído empresa, ou os empreendedores que já detenham projetos empresariais nos países de origem e que pretendam exercer a sua atividade em Portugal, ganham uma via de oportunidade de se instalarem na Cidade do Conhecimento e entrarem no programa de incubação da Incubadora Taguspark.

A Incubadora do Taguspark é um ecossistema capacitado para fomentar permanentemente as startups em todas as fases. Tendo em conta o compromisso com a inovação e a competitividade, destaca-se ainda a atual integração de novas áreas, como a Economia Azul, as Ciências do Mar e Espaço e Defesa.

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Supremo Tribunal de Justiça divide o processo da Operação Lex em dois

  • Lusa
  • 14 Março 2023

O STJ decidiu separar o processo Operação Lex em dois processos distintos, cabendo-lhe apenas julgar alguns crimes imputados aos juízes Rui Rangel e Vaz das Neves e outros três arguidos.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu separar o processo Operação Lex em dois processos distintos, cabendo-lhe apenas julgar alguns crimes imputados aos juízes Rui Rangel e Vaz das Neves e outros três arguidos.

Segundo um acórdão assinado por António Latas, juiz presidente do coletivo que vai julgar o processo no Supremo Tribunal de Justiça, este tribunal considerou que “apenas é competente” para julgar quatro crimes, parte deles em co-autoria.

O STJ vai julgar Vaz das Neves, juiz desembargador e ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL); Rui Rangel, ex-juiz desembargador; Octávio Correia, funcionário judicial do TRL, e José Santos Martins, advogado de Rui Rangel e seu alegado testa-de-ferro, todos por um crime de corrupção passiva para ato ilícito, agravado.

Vai também julgar o empresário José Veiga por um crime de corrupção ativa para ato ilícito; Vaz das Neves e Rui Rangel por um crime de abuso de poder; e Vaz das Neves por um crime de abuso de poder.

Para o restante processo, “declara-se o STJ incompetente para o julgamento dos demais crimes objeto da acusação e pronúncia”, remetendo esse julgamento para o Juízo Central Criminal de Lisboa, por entender ser este o tribunal judicial funcional e territorialmente competente para apreciar os ilícitos em causa.

Significa isto que arguidos como o ex-presidente do Sport Lisboa e Benfica (SLB), Luís Filipe Vieira, a antiga juíza desembargadora Fátima Galante, o ex-vice-presidente do SLB Fernando Tavares, e o advogado Jorge Barroso, entre outros, vão ser julgados em tribunal de 1.ª instância.

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Governo vai lançar dois novos avisos do PRR para apoio domiciliário

António Costa disse que “só na poesia basta Deus querer, o homem sonhar e a obra aparecer”. “Na vida real é um bocado mais difícil", reconheceu.

Este semestre serão lançados dois novos avisos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apoio domiciliário, anunciou esta terça-feira a ministra do Trabalho e da Segurança Social.

Numa vista às obras da Unidade Social integrada da Portela, um projeto financiado pelo PRR, mas também pela Cruz Vermelha Portuguesa e a autarquia de Loures, Ana Mendes Godinho anunciou que serão “lançados este semestre dois novos avisos para apoio domiciliário 4.0, qualificado e com acompanhamento tecnológico e teleassistência para que os idosos passem a estar ligados garantindo assim um acompanhamento personalizado”. E um outro para “permitir pequenas obras de adaptação das casas — uma banheira, um corrimão ou uma escada — para que as pessoas passam envelhecer nas suas casas de forma ativa, ainda que com acompanhamento domiciliário”, explicou a ministra.

A Unidade Social integrada da Portela, que representa um investimento de 7,6 milhões de euros, sendo que o PRR apenas financia 1,6 milhões, pretende promover dois tipos de resposta: residencial, para cerca de 160 utentes com cuidados continuados, e de apoio domiciliário para cerca de 300 idosos para promover assim um envelhecimento ativo. O objetivo é “aumentar respostas de qualidade que promovam a autonomia e a independência”, precisou a Ana Mendes Godinho.

O primeiro-ministro, que tem todas as semanas iniciativas para demonstrar a aplicação do PRR no terreno, explicou que este é “um bom exemplo” de com a bazuca europeia permite dar uma resposta mais significativa aos problemas estruturais do país, seja nas respostas sociais, seja na habitação.

“No programa PARES, financiado pelo orçamento da Segurança Social temos previstas 18 mil camas, mas temos mais 15 mil graças ao PRR”, sublinhou António Costa. “O PRR acrescenta ao que o país é capaz de fazer”, frisou. “Com o PRR aumentou 33% a capacidade do país em termos de respostas sociais”, acrescentou.

Mas num recado aos críticos da lenta execução do PRR, António Costa disse que “só na poesia basta Deus querer, o homem sonhar e a obra aparecer”. “Na vida real é um bocado mais difícil. É necessário que os arquitetos projetem, que as instituições contratem empreiteiros, que os empreiteiros montem estaleiro, comprem materiais e comecem a executar a obra”, frisou.

Sublinhando que esta obra tem “um prazo de execução”, António Costa justifica que o PRR apenas pagou ainda 20% do valor porque se trata do adiantamento. O restante será pago “à medida que a obra for avançando”. “Significa que o PRR está parado?”, questionou. “Não significa que o PRR está a andar”, respondeu.

De acordo com o mais recente relatório semanal de monitorização da aplicação do PRR, até 8 de março, foram pagos 1,55 mil milhões de euros aos beneficiários finais (9%). Um valor que pouco avançou face ao início do ano.

O Presidente da República aproveita todas as intervenções para alertar para a necessidade de acelerar a execução dos fundos europeus, lembrando que esta é uma oportunidade que Portugal não pode perder. António Costa também aproveita todas as intervenções para responder e esta terça-feira não foi exceção.

“O PRR está a ser executado a bom ritmo, para ser executado a tempo e horas”, concluiu.

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Mercadona vê receitas crescerem 78% em Portugal. Vai investir 280 milhões este ano

Operação em Portugal é deficitária em 50 milhões de euros, uma melhoria face aos 64 milhões de euros registados em 2021. Cadeia aponta equilíbrio para 2024.

A Mercadona fechou o ano passado com um volume de vendas de 737 milhões de euros, uma subida de quase 78% face aos 415 milhões de euros registados no mercado português em 2021, de um total de vendas de 31.041 milhões de euros, um crescimento de 11%. Globalmente, os lucros líquidos da companhia espanhola subiram 5%, para 718 milhões. Em Portugal, mercado onde a empresa já tem 39 lojas, a companhia conta investir este ano 280 milhões de euros na abertura de novas lojas e no bloco logístico de Almeirim.

“Estamos super contentes com Portugal. Estamos cada vez mais portugueses”, garante Juan Roig, CEO da Mercadona, durante a apresentação de contas anuais da cadeia de supermercados espanhola.

No ano passado, a empresa abriu dez lojas, elevando para 39 o número de espaços, num investimento de 140 milhões de euros de um total de 923 milhões.

Para este ano, a companhia estima investir 280 milhões de euros, dos quais 225 milhões no bloco logístico de Almeirim. “No ano que vem abrimos o bloco”, anunciou o responsável. Para este ano, a Mercadona estima adicionar dez novas lojas à rede. “Queríamos adicionar mais, mas falta-nos pessoas e bloco logístico”, refere o CEO.

Apesar da evolução positiva das receitas no mercado nacional, o primeiro de internacionalização da cadeia, a operação é ainda deficitária. “Este ano perdemos em Portugal 50 milhões de euros — no ano anterior esse valor era de 64 milhões de euros. Em 2024 chegaremos ao equilíbrio”, afiança Juan Roig.

No ano passado, a companhia comprou 789 milhões de euros a fornecedores em Portugal. Finalizou o período com 3.500 colaboradores. A empresa contribuiu com 93 milhões de euros em impostos através da empresa Irmãdona Supermercados, com sede em Vila Nova de Gaia.

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+M

Afinal, MAAT mantém-se sob gestão da EDP

A EDP tinha anunciado um acordo com a Fundação de Serralves para a cedência da gestão e programação do MAAT. O acordo foi revisto, o museu vai continuar no universo EDP, mas haverá mais parcerias.

No dia 5 de novembro de 2021, a Fundação EDP e a Fundação de Serralves revelaram um memorando de entendimento para uma parceria de longo prazo, que previa a transferência da gestão e programação do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) para fundação liderada por Ana Pinho, mas, afinal, o acordo foi revisto… e diminuído. O MAAT e a Central Tejo continuarão sob gestão da Fundação EDP, apurou o ECO junto de duas fontes que conhecem as negociações, mas haverá um reforço das parcerias de programação. As duas fundações confirmaram, entretanto, em comunicado oficial, a notícia do ECO.

Assim, um ano e quatro meses de negociações depois, e as duas entidades optaram por um acordo diferente: Haverá um reforço da parceria entre as duas fundações e respetivos museus de arte contemporânea, mas a gestão e programação do MAAT continuará sob a responsabilidade de Vera Pinto Pereira, a presidente da Fundação EDP, e das equipas. João Pinharanda permanecerá como diretor do museu e Miguel Coutinho como diretor-geral da Fundação.

Além disso, como decorre da comunicação da EDP ao mercado, no quadro da Assembleia Geral de Acionistas, revelada esta segunda-feira, a administração propõe, no ponto dois da agenda, sobre a aplicação de resultados de 2022, a manutenção de uma transferência de 6,2 milhões de euros para a Fundação EDP. O MAAT, recorde-se, foi uma aposta de António Mexia, anterior presidente da EDP, foi desenhado pela arquiteta Amanda Levete e inaugurado em outubro de 2016, com um investimento da ordem dos 20 milhões de euros.

“A Fundação EDP e a Fundação de Serralves acordaram o desenvolvimento de projetos em conjunto nos espaços que gerem, nomeadamente o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (maat) e a Central Tejo, em Lisboa, e o Museu, a Casa, o Parque de Serralves e a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, no Porto, orientados para a promoção da arte contemporânea, da arquitetura e da ciência”, revelaram, em comunicado conjunto, as duas fundações, já depois da notícia do ECO.

Todas as partes estão satisfeitas com o acordo que foi estabelecido“, disse ao ECO outra fonte. O anúncio do acordo, recorde-se, foi recebido com reservas pela comunidade cultural que trabalha com o MAAT, e até pelo anterior diretor do museu de arte, Pedro Gadanho. Citado pelo Público, o antigo curador considerou-o “mais um sintoma da perda de diversidade e da cada vez maior homogeneização da cultura em Portugal”. “É uma notícia triste”. No mesmo artigo, era também citado João Fernandes, que liderou Serralves. “Sendo tão poucas as instituições de arte em Portugal, preferiria também aqui a diversidade, por contraponto à concentração de responsabilidades e de poderes de programação”. Já Artur Santos Silva, antigo presidente de Serralves, dizia que o “memorando de entendimento reflete o reconhecimento do grande sucesso que, na área da gestão da arte contemporânea, Serralves tem tido, tanto no plano nacional como internacional”. Agora, o acordo é outro.

“Nos próximos anos a Fundação EDP irá apoiar anualmente uma grande exposição em Serralves, começando desde já, por apoiar a grande exposição dedicada à obra de Carla Filipe, que inaugurará este mês no Museu de Serralves. Está também prevista a apresentação de algumas iniciativas de Serralves no maat e na Central Tejo, numa colaboração que se prevê estender-se nos próximos anos, com outras exposições e programas a divulgar”, lê-se no comunicado a anunciar o acordo revisto.

Assim, com o novo acordo, diferente do inicialmente anunciado no memorando de entendimento, acaba por haver uma resposta às preocupações de agentes do setor. Mantém-se uma programação diversificada, mas o objetivo será mesmo ter mais Serralves em Lisboa e o MAAT no Porto.

(Notícia atualizada às 15h30 com o comunicado oficial das duas fundações, divulgado depois da notícia divulgada).

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Taxas Euribor recuam pela terceira sessão após máximos de 14 anos

  • Lusa e ECO
  • 14 Março 2023

Taxas usadas no cálculo da prestação da casa cedem pela terceira sessão nos prazos a seis meses e a 12 meses, aliviando de máximos desde o final de 2008.

As taxas Euribor desceram pela terceira sessão seguida, depois de terem renovado máximos de mais de 14 anos no final da semana passada, com a queda do Silicon Valley Bank a mexer nas expectativas dos investidores em relação à política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

  • A taxa Euribor a 12 meses, que é a mais utilizada em Portugal nos novos créditos à habitação com taxa variável, recuou pela terceira sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,509%, menos 0,349 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 09 de março. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também baixou pela terceira sessão consecutiva, para 3,035%, menos 0,340 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
  • A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, baixou pela segunda sessão consecutiva, ao ser fixada em 2,753%, menos 0,204 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião está agendada para esta quinta-feira e em cima da mesa estará uma nova subida de 50 pontos base, mas a instabilidade provocada pela queda do SVB deixa os investidores menos certos sobre qual será a decisão a tomar no que diz respeito aos juros.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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