Via Verde comunica novo posicionamento

  • + M
  • 13 Março 2023

"Quem a via e quem é a vê" é a nova campanha da Via Verde, que marca o novo posicionamento da marca. A criatividade é da FunnyHow e a produção da 78.

“Quem a via e quem a vê”. É desta forma que a Via Verde alerta para o seu novo posicionamento, que pretende refletir que a marca oferece serviços de mobilidade que vão para além do pagamento de portagens. Miguel Oliveira permanece como embaixador e surge como protagonista da nova campanha. A criatividade é da FunnyHow.

A marca Via Verde está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas e é importante enquadrá-la com essa proximidade, pois é essa a missão que nos move diariamente – facilitar a jornada de mobilidade dos nossos clientes“, começa por enquadrar Raquel Abrantes, diretora de marketing da empresa.

A nova campanha mostra como a Via Verde é o interface preferencial para quem não tem tempo a perder e, por isso, a escolha do Miguel Oliveira para esta campanha. O Miguel Oliveira é o nosso embaixador, aparece de uma forma natural, espelha os mesmos valores: dinamismo, foco, sentido de missão, com humildade e vontade de aprender, sempre à procura de melhorar, e claro, sem perder tempo”, prossegue a responsável, citada em nota de imprensa.

A campanha “Quem a via e quem a vê”, produzida pela 78 com realização de João Marques e Nuno Alberto, vai estar presente em televisão, rádio, mupis e redes sociais.

A ideia é mostrar “aos portugueses que estão habituados a ver a Via Verde como aquele aparelho branco no vidro do carro, que ser Via Verde, é muito mais do que ter uma via de acesso especial na autoestrada, é saltar filas, é carregar o carro ou mesmo encontrar vantagens em sítios onde tradicionalmente não imaginávamos que a Via Verde pudesse facilitar a nossa vida“, acrescenta César Sousa, chief creative officer da FunnyHow, sobre a campanha.

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É esperado um aumento de 6,3% nas receitas publicitárias na China

O crescimento previsto está relacionado com o abrandamento das políticas covid zero e consequentes reaberturas de mercado.

O aligeirar das políticas covid zero está a permitir que o gigante chinês comece a recuperar de uma fase algo incerta, pelo que o GroupM identifica um forte impulso em vários setores da economia – como o setor automóvel, de luxo e de media ou entretenimento – prevendo que as receitas publicitárias no país cresçam 6,3% em 2023, naquele que é um “rápido crescimento” após a queda de -0,6% no ano anterior.

A China desempenha um papel crucial no mercado publicitário mundial e de muitas estratégias de crescimento de muitos dos profissionais de marketing“, defende Christian Juhl, CEO do GroupM, citado em comunicado, acrescentando que a experiência do grupo na China significa que o GroupM está bem posicionado para ajudar os clientes a aproveitar as oportunidades de crescimento.

Tendo em conta a tensão a que os consumidores chineses estavam sujeitos devido às políticas Covid zero e o consequente empolgamento que as reaberturas podem suscitar, o GroupM destaca a importância da positividade e do otimismo na conexão com os consumidores chineses.

 

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Novobanco quer negócio imobiliário de 400 milhões fechado este ano

  • Ana Petronilho
  • 13 Março 2023

Banco quer fechar negócio até ao final de 2023. Terreno nas Amoreiras, em frente ao hotel Dom Pedro e que seria o destino da sede do Novobanco, é um dos ativos do portefólio Land Bank.

O Novobanco quer vender por 400 milhões cinco terrenos localizados nas regiões de Lisboa e do Algarve até ao final do ano.

Do portefólio Land Bank fazem parte um terreno na zona das Amoreiras, em Lisboa, em frente ao hotel Dom Pedro e que seria o destino da sede do Novobanco. O imóvel conta com uma área de 130 mil metros quadrados para onde está previsto o desenvolvimento de habitação, escritórios e retalho. O imóvel é da propriedade do banco desde 2014, depois da execução de dívidas à promotora Temple, do empresário Vasco Pereira Coutinho.

Ainda na capital, na zona do Parque das Nações, o banco quer vender um terreno em frente à Xerox com 88 mil metros quadrados de área, que também permite o desenvolvimento de um projeto de escritórios, serviços e retalho.

Já no concelho de Oeiras, junto ao TagusPark está a venda um terreno inserido no empreendimento Cabanas Golf, que conta com uma área bruta de construção potencial de 80 mil metros quadrados para habitação, turismo e retalho

Na região do Algarve, o portefólio integra um terreno na marina de Portimão com mais de 110 mil metros quadrados, onde poderá vir a nascer habitação, turismo e retalho. Ali perto, junto à vila do Carvoeiro, na zona de Benagil, (concelho de Lagoa) fica o último destes ativos, que conta com mais de 68 mil metros quadrados onde podem ser construídos projetos turísticos ou residenciais.

A venda dos terrenos está a cargo das consultoras JLL e CBRE. Gonçalo Santos, Head of Capital Markets da JLL Portugal, diz que “são terrenos muito bem localizados, para a promoção de projetos de referência no panorama nacional, com uma escala significativa, em zonas onde praticamente já não existem muitas oportunidades para o desenvolvimento de projetos de construção nova e de qualidade, como é o caso das Amoreiras”.

Já Nuno Nunes, Senior Director de Capital Markets da CBRE acrescenta, citado igualmente num comunicado enviado esta segunda-feira à redações, que “esta é uma oportunidade de investimento única para promoção imobiliária” no país.

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Acionistas da Novabase aprovam redução de capital em mais de 32 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Março 2023

Os acionistas da tecnológica votaram esta segunda-feira a redução do capital social dos atuais 32.971.463,70 euros para cerca de 942 mil euros.

Os acionistas da Novabase aprovaram esta segunda-feira, em assembleia geral extraordinária, a redução do capital da tecnológica em mais de 32 milhões de euros, para 942.041 euros. O objetivo é libertar excesso de capital, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No comunicado enviado ao regulador do mercado, a empresa dá conta da aprovação da redução do seu capital social, de 32.971.463,70 euros para 942.041,82 euros, sendo o montante global da redução (32.029.421,88 euros) “destinado a libertação de excesso de capital e transferido na sua totalidade para reservas livres”.

Da redução do capital social resulta também a redução do valor nominal das ações da Novabase, que passa de 1,02 euros para de 0,03 euros.

Foi ainda aprovada a “redução do capital social em até 235.510,47 euros, correspondente à extinção de até 7.850.349 ações próprias que venham a ser adquiridas no âmbito da oferta pública de aquisição parcial e voluntária de ações próprias”, anunciada no dia 16 de fevereiro, lê-se no comunicado. Esta redução destina-se à execução da oferta e também à libertação de excesso de capital.

Nesse sentido, os acionistas da Novabase votaram favoravelmente a aquisição de até 7.850.349 ações próprias para realizar essa redução no âmbito da oferta lançada no mês passado.

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Bancos afundam e ouro brilha: 5 gráficos que mostram o caos da queda do SVB

Arranque de semana frenético nos mercados financeiros mundiais após a queda do SVB. Fuga ao risco levou banca a afundar 6% e ações europeias ao pior dia de 2023. Nem todos perderam: o ouro brilhou.

Foi um arranque de semana frenético nos mercados financeiros mundiais, após a queda do Silicon Valley Bank no final da semana passada ter reacendido vibrações de uma nova crise financeira global. A fuga ao risco levou os bancos europeus a afundarem 6%, com algumas instituições a registarem quedas de mais de 10%. As ações tiveram o pior dia de 2023.

Nem tudo foram más notícias. A perspetiva de que vamos ter bancos centrais menos agressivas nas subidas dos juros levou a uma descida das taxas de juro da dívida pública. O euro recuperou terreno face ao dólar. E o ouro foi o porto de abrigo dos investidores num dia de tempestade.

Banca em queda livre com espanhóis em foco

Se houve setor na Europa que reagiu muito mal às falências dos dois bancos americanos foi o dos… bancos, com algumas instituições a registarem quedas acima dos 10%, como foram os casos do alemão Commerzbank (-12,71%) e do espanhol Sabadell (-11,81%).

Os bancos espanhóis foram particularmente castigados: o BBVA e o Bankinter cederam mais de 8% e o Santander recuou mais de 7%. Por cá, o BCP foi arrastado e perdeu 7,39% para os 20,56 cêntimos. O índice que acompanha o setor financeiro europeu foi arrasado por causa dos receios de contágio: tombou quase 6%.

Existe uma preocupação de que o que aconteceu com o SVB se possa espalhar para outros bancos. E, quando há uma incerteza como essa, os investidores ficam com medo e, quando ficam com medo, a reação natural tende a ser apertar o botão ‘vender’”, adiantou Randy Frederick, da Charles Schwab, citado pela agência Reuters.

Espanhóis tombam

Fonte: Reuters

Sell off na banca afunda bolsas

Por causa da pressão vendedora no setor da banca, os principais índices europeus tiveram uma segunda-feira para esquecer. O Stoxx 600 caiu perto de 2,42%, na pior sessão em quatro meses. Outras importantes praças como Frankfurt e Paris registaram perdas acima dos 2%, enquanto o benchmark espanhol IBEX tombou 3,4%.

O PSI perdeu 2,15% para 5.896,08 pontos, a maior queda desde julho do ano passado. Apenas a EDP Renováveis teve motivos para sorrir, somando 0,30%. O BCP registou a maior queda num dia negativo para o seu setor. A Galp tombou mais de 4% e acentuou as perdas em Lisboa.

“As bolsas europeias viveram uma sessão de grande volatilidade e terminaram com quedas expressivas. O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) continuou a gerar pressão sobre a banca, levando o setor a recuar mais de 5%, perante recuos superiores a 10% de Commerzbank e Sabadell, bem como acima dos 5% da maioria dos bancos espanhóis”, comentaram os analistas da sala de mercados do BCP.

“Isto apesar dos congéneres de Wall Street estarem já em território positivo, após as medidas extraordinárias por parte da Administração Biden para reforçar a confiança no sistema financeiro, prometendo a cobertura da totalidade dos depósitos”, acrescentaram.

Ações europeias têm pior sessão do ano

Fonte: Reuters

Juros da Zona Euro recuam

Em relação os juros da dívida da Zona Euro, estão em queda acentuada, com os investidores a anteciparam uma subida mais leve das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) já na próxima quinta-feira. As preocupações com o setor financeiro irão sobrepor-se ao tema da inflação, consideram os investidores, que apostam agora como cenário mais provável uma subida de 25 pontos base daqui a três dias – contra o aumento de 50 pontos que parecia consensual até à semana passada.

A yield das obrigações portuguesas a dez ano recua 17 pontos base para os 3,218%, o valor mais baixo do último mês. A taxa espanhola no mesmo prazo cede quase 18 pontos base para os 3,367%. Mais acentuada era a queda dos juros das obrigações alemãs: a taxa das bunds recua 24 pontos base para 2,257% — o que significa que o prémio de risco de Portugal e Espanha se deteriorou um pouco neste ajustamento.

Nos EUA, o Goldman Sachs prevê agora que a Fed não mexa nos juros este mês. A taxa dos títulos americanos também segue assim a mesma tendência de queda que se verifica na Europa.

Juros em queda

Fonte: Reuters

Dólar cai com Fed menos agressiva

A perspetiva de a Fed ser menos agressiva no aperto monetário está a ter também repercussões no mercado cambial, onde o rei dólar perde terreno contra as principais moedas. A divisa americana via o euro apreciar 0,85% para 1,0728 dólares. A libra britânica avança 1,1% para 1,2161 dólares.

Divisas consideradas seguras como o iene japonês e o franco suíço também saem reforçadas: o iene soma 1,5% para 132,98 por dólar e franco suíço aprecia mais de 1%.

“Houve uma mudança radical nas expectativas de taxa de juro e nesse cenário o dólar perdeu força”, explicou Niles Christensen, analista-chefe do Nordea, adiantando que, se os receios em relação ao sistema bancário americano forem contidos, “as expectativas para subidas dos juros serão reavivadas rapidamente”, dando novamente força ao dólar.

Euro avança

Fonte: Reuters

Ouro brilha na fuga para o refúgio

Como é habitual em momentos de tempestade nos mercados, os investidores procuram refúgio nos ativos mais seguros. É o caso do ouro, que dispara para máximos de mais de um mês. A onça do metal amarelo supera os 1.900 dólares, registando uma valorização de mais de 2% esta sessão.

Outros metais preciosos acompanham a apreciação do ouro, até com subidas mais expressivas: a prata soma mais de 6% para 21,78 dólares por onça, com a platina e o paládio a valorizarem 4% e 6,6%, respetivamente.

Brilha porquê? Por causa do SVB

Fonte: Reuters

“O ouro parece estar a cumprir o seu mandato como um porto seguro. (…) Muitos investidores estão a olhar para o mercado de metais preciosos como um porto de abrigo contra a volatilidade e o risco, num ambiente de taxas de juro muito mais baixas e de um dólar a cair”, explicou o analista da TD Securities Bart Melek.

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Gary Lineker regressa à BBC após polémica

Na raiz do problema estiveram opiniões do apresentador sobre a migração e a política de asilo no Reino Unido, expressas através do Twitter. BBC diz que vai rever orientação das redes sociais.

O antigo jogador de futebol Gary Lineker vai voltar a apresentar o programa Match of the Day, do canal BBC, após ter sido afastado por criticar no Twitter a nova proposta da política de asilo do governo britânico. A novidade foi revelada esta segunda-feira, numa declaração conjunta do diretor geral da BBC, Tim Davie, e do próprio Gary Lineker.

No comunicado, Tim Davie pede desculpa pela confusão causada pelas “áreas cinzentas” da orientação do canal em relação às redes sociais, introduzida em 2020, referindo que quer ver o assunto resolvido e o conteúdo desportivo de novo a ser transmitido, tendo anunciado que vai ser feita uma revisão dessa orientação das redes sociais.

A orientação das redes sociais da BBC é desenhada de forma a ajudar a gerir esses desafios às vezes difíceis e estou ciente de que é necessário garantir que a orientação esteja à altura dessa tarefa. Deve ser clara, proporcional e apropriada“, referiu o diretor geral da BBC, deixando elogios ao antigo futebolista, afirmando que este é um elemento de valor da BBC.

Na mesma declaração conjunta, Gary Lineker afirma estar “contente” por ter sido encontrada uma maneira de avançar na questão e que apoia esta revisão, mostrando-se ansioso por voltar ao ar. Numa sequência de tweets, Lineker reforçou esta tomada de posição, dizendo-se “feliz” por ter sido encontrada uma solução e agradecendo todo o apoio que lhe foi dado, particularmente pelos colegas da BBC Sport.

Na rede social, o apresentador do programa Match of the Day há quase 25 anos, regressou de novo ao tema que levou ao seu afastamento – o dos refugiados – afirmando que “por mais difíceis que tenham sido os últimos dias”, isso “simplesmente não se compara com ter de fugir de casa devido a perseguição ou guerra para procurar asilo numa terra distante. É aconchegante ter visto a empatia para com esta situação por parte de tantos de vós”.

Continuamos a ser um país de pessoas predominantemente tolerantes, acolhedoras e generosas. Obrigado“, escreveu Lineker, deixando ainda outro tweet de agradecimento a Tim Davie pela sua compreensão “neste período difícil”, referindo que o diretor tem o trabalho “quase impossível de deixar toda a gente contente”.

Na origem do problema esteve uma reação do antigo avançado inglês no Twitter a um vídeo do governo britânico que anunciava uma nova proposta de lei cujo objetivo era tentar travar a entrada (e consequentes pedidos de asilo) de migrantes que chegam ao Reino Unido em botes através do Canal da Mancha, comparando a proposta com as medidas tomadas pela Alemanha nos anos 30.

“Por amor de deus, isto é para lá de horrível”, escreveu a antiga estrela de futebol, acrescentado que não existia um “fluxo enorme” de refugiados e que o Reino Unido acolhia muito menos refugiados do que outros países europeus. “Isto é apenas uma política imensuravelmente cruel para com as pessoas mais vulneráveis, numa linguagem que não é muito diferente daquela usada na Alemanha nos anos 30, ou estou errado?“, escreveu Lineker.

A estação televisiva britânica informou então na sexta-feira que Gary Lineker iria ser afastado da apresentação do programa até se chegar a um acordo sobre o uso das redes sociais. Neste âmbito, no decorrer da cobertura desportiva por parte da BBC, foram vários os profissionais do canal que saíram em defesa de Lineker, incluindo Alan Shearer, Ian Wright e Alex Scott.

Gary Lineker, de 62 anos e que conta com 8,8 milhões de seguidores no Twitter, vai assim ser reintegrado na apresentação do programa desportivo que conduz desde 1999.

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Chefes de urgência de Medicina Interna do S. Francisco Xavier demitem-se por “escassez” de profissionais

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Na carta enviada ao Conselho de Administração do Hospital S. Francisco Xavier, os médicos dizem que a crise que o Serviço de Urgência Geral vive "é antiga e tem vindo a agravar-se nos últimos anos".

Os chefes de equipa de urgência de Medicina Interna do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, apresentaram a demissão em bloco numa carta enviada esta segunda-feira ao Conselho de Administração, criticando a falta de soluções para os problemas do serviço.

Na carta assinada por 16 assistentes hospitalares de Medicina Interna do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLO), a que a agência Lusa teve acesso, os médicos afirmam que a crise que o Serviço de Urgência Geral (SUG) vive “é antiga e tem vindo a agravar-se nos últimos anos”.

No entanto, perante o agravamento dos problemas, “com impacto na prestação de cuidados de excelência aos doentes que recorrem a este serviço, e tendo em conta a inércia” da direção da urgência e da administração do centro hospitalar, os signatários da carta apresentam agora a sua demissão em bloco das funções de chefia e subchefia das equipas de Medicina Interna do Serviço de Urgência Geral, com efeito a partir de quarta-feira.

Em julho do ano passado, a grande maioria dos subscritores anunciou a demissão por considerar que não estava devidamente assegurada a equipa para garantir a escala do mês de agosto.

Os médicos afirmam na carta, enviada esta segunda-feira também para a Ordem dos Médicos e sindicatos, que foram iniciadas na altura negociações com o atual Conselho de Administração com “o intuito de encontrar soluções que colmatassem as insuficiências denunciadas”.

“Nos últimos sete meses, apesar da disponibilidade do grupo de Assistentes Hospitalares (AH) de Medicina Interna para colaborar com a instituição que representa, nenhuma mudança estrutural foi proposta ou executada, pelo que o problema que motivou a comunicação prévia agravou-se, tal como antecipado“, afirmam os especialistas na carta enviada.

Os médicos afirmam que, além dos problemas previamente comunicados, junta-se agora outro, que se refere à escassez de assistentes hospitalares de Medicina Interna para constituição das equipas de Serviço de Urgência Geral.

Os internistas expressam as suas preocupações relativamente à constituição destas equipas e à elaboração das respetivas escalas, enfatizando que asseguram o funcionamento dos serviços de internamento (incluindo serviços de enfermaria e unidades de cuidados intermédios), hospital de dia, consulta externa, além do preenchimento das escalas de urgência interna, muitas vezes em regime extraordinário.

“Neste sentido, com o recurso frequente a turnos extraordinários, prevê-se a impossibilidade de preencher as escalas do SUG nos meses de verão, altura em que a maior parte dos assistentes hospitalares terão cumprido as 150 horas extraordinárias que lhes podem ser impostas”, alertam.

Consideram ainda “reprovável e discriminatória” a prestação de atividade assistencial em períodos exclusivamente noturnos e de fim de semana face ao que ocorre com outras especialidades médicas.

“A presença destas especialidades nesses períodos deixou de acontecer, com impacto no normal funcionamento do SUG”, o que representa uma carga adicional de trabalho para a Medicina Interna na urgência.

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Empresas têm de aprender a “surfar” para aproveitar nova onda tecnológica

Futuro do crescimento da economia vai depender do diálogo com os trabalhadores e do aproveitamento das novas tecnologias para aumentar a produtividade.

As empresas portuguesas enfrentam uma onda tecnológica em pleno ano de 2023. Inovações como o ChatGPT e o 5G estão a subir a maré da exigência na tomada de decisões. Entre o desafio e a oportunidade destas ferramentas, a CIP organizou nesta segunda-feira uma conferência sobre o futuro do crescimento da economia, na Porto Business School. Foi a poucos quilómetros das praias de Matosinhos que se falou na necessidade de aproveitar a nova vaga tecnológica.

“Perante um mar destes, podemos esconder-nos e levar com a onda. Ou então fazer como um surfista e aproveitar a onda para levá-lo mais longe, ao destino”. O mote da empresa como surfista foi lançado pelo líder da equipa de assuntos legais da Microsoft em Portugal, Pedro Duarte.

Da esquerda para a direita: Francisco Miranda Rodrigues (Ordem dos Psicólogos), Isabel Barros (Sonae MC) e Rui Teixeira (Manpower Portugal) em debate moderado por Catarina Quintela (Porto Business School). Foto: Egídio Santos

A manhã acabou por ser passada com as empresas a tentarem vestir o fato e agarrar na prancha para apanhar a onda. Exemplo disso é a Sonae MC, empresa dona do Continente. “Não temos de competir com a tecnologia mas juntarmo-nos a ela sem deixar ninguém para trás. Para isso, a requalificação tem de ser planeada, mas acho que isto não está a acontecer em Portugal”, critica Isabel Barros, administradora executiva da Sonae MC.

São necessárias competências socioemocionais para lidar com processos de adaptação cada vez mais rápidos. Processos destes fazem-nos lidar com as nossas inseguranças e os nossos medos”, sinalizou o bastonário da Ordem dos Psicólogos. Francisco Miranda Rodrigues considera que a gestão das pessoas “tem de ser feita de forma diferente” e que quem lidera “tem um desafio tremendo, de olhar para si próprio e perceber se tem ou não tem as competências” necessárias. A líder da Sonae MC entende que “os líderes precisam de algum suporte, sobretudo num momento em que são cada vez mais necessárias experiências individualizadas para os trabalhadores”.

Não temos de competir com a tecnologia mas juntarmo-nos a ela sem deixar ninguém para trás. Para isso, a requalificação tem de ser planeada mas acho que isto não está a acontecer em Portugal

Isabel Barros

Administradora executiva da Sonae MC

Ainda no capítulo da gestão, as opiniões dividiram-se sobre se a mudança pode ser feita apenas com a atual equipa ou se são necessários reforços. “Há escassez de pessoas e é preciso usar o talento que já existe dentro das empresas e prepará-lo para as mudanças”, defende o líder da Manpower em Portugal, Rui Teixeira. “Substituir as pessoas não é a primeira opção, porque há os custos pessoais”, acrescentou Francisco Miranda Rodrigues. Em sentido contrário, Isabel Barros suporta a “estratégia de combinação com o talento interno com as pessoas que estão fora da organização“.

Tática personalizada e menos horas de trabalho

A onda tecnológica não pode ser surfada da mesma maneira dentro de uma empresa. “É preciso conhecer as pessoas para aplicar táticas. Precisamos de informação fidedigna para tomar decisões corretas e não arriscar, simplesmente. Também é preciso passar informação, envolvendo as pessoas”, entende o psicólogo. Rui Teixeira entende que escolas e universidades “têm de preparar os alunos para um mundo mais prático do que simplesmente teórico”.

“No retalho, é simples imaginar quais são as funções que vão ter menos preponderância. Haverá a digitalização de um conjunto de processos. Por outro lado, haverá maior relação com o cliente. Há situações em que temos de atuar com maior profundidade, o que leva bastante tempo”, avalia Isabel Barros, que é favorável ao planeamento da transição por um período de cinco anos.

É preciso conhecer as pessoas para aplicar táticas. Precisamos de informação fidedigna para tomar decisões corretas e não arriscar, simplesmente. Também é preciso passar informação, envolvendo as pessoas

Francisco Miranda Rodrigues

Bastonário da Ordem dos Psicólogos

Houve ainda tempo para falar dos projetos-piloto para a semana de quatro dias e a diminuição da carga horária. “A redução do tempo de trabalho efetivo pode contribuir para aumentar a produtividade e melhorar o bem-estar” considera Francisco Miranda Rodrigues. Ainda sobre a questão laboral, o psicólogo defende “muito mais autonomia e muito menos microgestão sobre os trabalhadores”.

Decidir em menos de um piscar de olhos

O ChatGPT pode ser o mais recente ingrediente da onda tecnológica, mas o 5G, a inteligência artificial e a computação quântica já andam na navegação das empresas há mais tempo e com maior importância para tomar decisões. Só que “o elemento humano é a maior barreira à adoção da tecnologia”, para João Ricardo Moreira.

Para o administrador da Nos, “há gente que continua a fazer a negação da ciência na tomada de decisões. Somos mal-agradecidos pela quantidade de tecnologia que nos liberta para atividades mais criativas“. Entre as soluções, com a tecnologia 5G, é possível decidir “em tempo real com base no conhecimento acumulado no mundo”. Com a computação quântica “é possível processar muitas coisas em pouco tempo”.

Da esquerda para a direita: debate moderado por Luís Marques (Porto Business School) com João Ricardo Moreira (Nos), Pedro Amorim (Porto Business School) e Manuela Vaz Soares (Accenture Portugal). Foto: Egídio SantosEgídio Santos

Manuela Vaz Soares salientou a “importância do uso dos dados e da inteligência artificial na transformação das empresas“. A vice-presidente da Accenture Portugal notou que “a inércia é muito grande” dentro das empresas quando se pretendem usar as novas ferramentas. A gestora também valorizou a necessidade de se testar o metaverso e a computação quântica.

Pedro Amorim chamou a atenção para o facto de a análise de dados “poder ajudar, por exemplo, na construção de modelos de previsão”. O professor da Porto Business School entende que a tecnologia “permite a criação de valor para empresas de todas as dimensões”.

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Randstad entra em nova novela da TVI

  • + M
  • 13 Março 2023

A Randstad vai marcar presença na nova novela da TVI. A associação aos temas core da consultora de capital humano é o objetivo.

“Queridos Papás” é a nova aposta de ficção da TVI. Com estreia marcada para a noite desta segunda-feira, a novela que aborda “as novas formas de paternidade”, terá a Randstad como protagonista em alguns momentos da história.

A empresa de capital humano surge na novela num processo de seleção de profissionais para um negócio e também junto de uma das personagens, em situação de procura de emprego.

Numa novela que se foca nas pessoas, deixa-nos muito entusiasmados que a Randstad possa marcar presença e mostrar aconselhamento em duas vertentes, tanto a profissionais como diretores de recursos humanos, como a indivíduos em processos de procura de emprego, podendo ainda contribuir para maior agilidade e conforto no mundo do trabalho”, diz Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, citada em comunicado.

Consideramos um passo muito interessante podermos estar associados, também no entretenimento, a temáticas tão reais e pertinentes como os compromissos e dinâmicas profissionais do mundo atual“, prossegue.

A novela aborda temas como educação, novas formas de paternidade e dilemas dos pais como compromissos laborais, casamento e dinâmicas sociais, assuntos aos quais a consultora pretende estar associada.

“A empresa apresenta o foco nas pessoas e nas suas necessidades como prioridade, estando em linha com a ambição de tocar a vida profissional de 500 milhões de pessoas até 2030. Esta ação de product placement é uma forma de a Randstad estar, assim, mais perto do seu principal ativo — as pessoas — espelhando aquelas que podem ser situações reais da vida profissional“, conclui a recrutadora.

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Trabalhadores da Silicália iniciam greve em Abrantes por melhores salários

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Os profissionais reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.

Os trabalhadores da fábrica Silicália, no Pego, Abrantes, iniciam esta segunda-feira uma paralisação de um dia, que se repetirá na quinta-feira, para obter da administração da empresa, de capitais espanhóis, um compromisso de melhoria salarial e outras regalias sociais.

Os 140 trabalhadores da Silicália Portugal – Indústria e Comércio de Aglomerados de Pedra, S.A., instalada junto à central termoelétrica do Pego, em Abrantes, no distrito de Santarém, reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos os trabalhadores e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.

Em declarações à Lusa, António Amaro Costa, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCSCGTP-IN), disse que a estas reivindicações a empresa tem dito “sempre não”.

“Esta greve consiste em que a empresa perceba que os trabalhadores da Silicália merecem respeito e que sem estes trabalhadores também não andará para a frente”, afirmou.

Os trabalhadores reivindicam uma “efetiva negociação salarial e melhoria das condições de trabalho”, com um “aumento salarial digno e um aumento do valor do subsídio de alimentação”, além da “reposição dos subsídios de turno indevidamente retirados, seguro de saúde para todos e eliminação dos fatores de risco que originam as doenças profissionais”, explicou.

Ainda segundo António Costa, com a greve os trabalhadores querem alcançar o que “é justo e necessário” para todos os funcionários, já que a administração da empresa ouve as reivindicações, mas “a resposta é sempre não e que não há condições” para um acordo.

“Acho que havia todas as condições da Silicália poder negociar, não digo a todas as matérias, mas a grande parte delas. A empresa recebe-nos, responde, mas a resposta é sempre não e que não há condições. E, ao longo dos anos, tem sido isto”, criticou, recordando que os trabalhadores já fizeram um dia de greve, a 9 de fevereiro, pelos mesmos motivos.

Agora, de modo a “demonstrar a sua indignação” e para “dar força à reivindicação”, os trabalhadores da Silicália iniciam um novo período de protesto hoje, às 22:00, até às 24:00 de terça-feira.

Na quarta-feira, os trabalhadores iniciam nova greve às 22h00 até às 24h00 de quinta-feira.

A agência Lusa tentou contactar a administração de empresa, sem sucesso.

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Professores já têm proposta para recuperação integral do tempo de serviço congelado

Plataforma de nove estruturas sindicais do setor da Educação propõe que o processo tenha início em 2024 e seja concluído até ao final da legislatura, tendo por base três critérios. Conheça a proposta.

A plataforma composta por nove organizações sindicais do setor da Educação, que inclui a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE), já apresentou a sua proposta para a recuperação integral do tempo de serviço congelado dos professores. Pedem que o processo seja faseado entre 2024 e 2026 e tenha por base três critérios: o tempo que ainda não foi recuperado, o tempo perdido nos acessos aos 5.º e 7.º escalões, e o tempo perdido na transição entre estruturas de carreira.

O “braço de ferro” entre sindicatos e Ministério da Educação arrasta-se desde setembro, não tendo sido possível chegar a um acordo sobre o modelo de colocação e recrutamento dos docentes, que terminou na quinta-feira passada. Entre as principais reivindicações das estruturas sindicais tem estado a recuperação integral do tempo de serviço dos professores, para que exista equidade com os docentes da Região Autónoma da Madeira e dos Açores, bem como as vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões, que dificultam a progressão na carreira.

O ministro da Educação tem vindo a sinalizar que esta matéria não é uma prioridade, apesar de referir que estão a ser feitos “estudos de comparabilidade com outras carreiras“, para aferir em que termos o tempo de serviço congelado pode ser recuperado. Mais taxativo foi o primeiro-ministro, que afastou completamente essa hipótese, justificando que teria de fazer o mesmo com todas as carreiras da Função Pública, o que custaria 1,3 mil milhões “todos os anos”.

Na última reunião com as 12 estruturas sindicais do setor da Educação, o ministro João Costa abriu a porta a uma reunião sobre outras matérias, nomeadamente tem em vista a correção dos “efeitos assimétricos” decorrentes do tempo de serviço congelado entre docentes. Descartando, no entanto, a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço que ainda estão congelados. Ainda assim, sinalizou que “a disponibilidade para negociar estas matérias deve ser acompanhada da disponibilidade para a retoma da normalidade das escolas, permitindo aos alunos retomarem as suas aprendizagens”.

Ainda assim, os sindicatos não desistem. “O tempo de serviço não teve uma proposta e, por isso, hoje entregá-la-emos no ministério”, explicou esta segunda-feira Mário Nogueira, líder da Fenprof, em representação das nove plataformas (FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU). Em conferência de imprensa, sinalizou que a ideia é “obrigar” o Ministério da Educação a discutir o tema.

Nesse sentido, a plataforma de nove estruturais sindicais propõe que “seja contabilizado integralmente o tempo de serviço prestado pelos docentes na profissão e, em função do mesmo, estes sejam reposicionados no escalão correspondente ao tempo integral de serviço“, lê-se no documento consultado pelo ECO. A ideia é que o processo tenha início em 2024 e esteja concluído até ao “final da atual legislatura”, isto é, em 2026.

Para essa contabilização, querem que sejam tidos em conta os três fatores: o tempo não recuperado do período de congelamento; tempo perdido a aguardar vaga para progressão aos 5.º e/ou 7.º escalão; tempo perdido na transição entre estruturas de carreira. Já para os docentes que estão no topo de carreira ou muito perto disso, a plataforma de nove sindicatos propõe que seja possível contabilizar “em parte ou na totalidade” o tempo de serviço congelado “para despenalizar a antecipação da aposentação ou majorar o valor da pensão”.

Além disso, pedem ainda que sejam eliminadas de acesso ao 5.º e 7.º escalões e que até esse termo, “o número de vagas a abrir em cada ano para os docentes avaliados de “Bom” seja em número igual ao dos docentes que reúnam os demais requisitos para progressão”.

Os sindicatos dizem ainda que têm “disponibilidade”para encontrar uma solução faseada relativamente a este processo, “mas não para a sua recuperação apenas parcial”. Nesta conferência de imprensa, os sindicatos anunciaram ainda que vão iniciar uma greve a “todo o serviço extraordinário”, às avaliações finais e paragens por distrito, a partir de 27 de março.

As carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, num total de nove anos e quatro meses. Em 2018 e após um debate aceso, os docentes acabaram por recuperar cerca de dois anos, nove meses e 18 dias de serviço, o que representa uma despesa permanente de 244 milhões de euros anuais para os cofres do Estado, segundo revelou o ministro da Educação, ao programa “Grande Entrevista” da RTP.

Assim, ficam a faltar cerca de seis anos e seis meses, o que teria um impacto de 331 milhões de euros anuais de despesa permanente para o Estado, segundo avançou o Ministério das Finanças, em declarações ao Expresso.

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Infarmed proíbe a exportação de 130 medicamentos

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Proibições incluem medicamentos para o tratamento da diabetes, da incontinência urinária, antibacterianos, antipsicóticos, anti-inflamatórios intestinais, analgésicos e antipiréticos, entre outros.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) proibiu a exportação de 130 medicamentos de várias categorias e substâncias ativas, como o ibuprofeno, insulina ou paracetamol, menos sete do que em fevereiro, segundo uma circular informativa divulgada esta segunda-feira.

A circular informativa divulgada pelo regulador nacional, que entra em vigor na terça-feira, atualizou os medicamentos que estão com a exportação temporariamente suspensa, uma lista que é definida mensalmente para incluir os fármacos em rutura no mês anterior e cujo impacto tenha sido considerado médio ou elevado conforme o regulamento de disponibilidade.

A lista atualizada esta segunda-feira integra 130 apresentações de fármacos de várias categorias e substâncias ativas, entre os quais vários medicamentos para o tratamento da diabetes, da incontinência urinária, antibacterianos, antipsicóticos, anti-inflamatórios intestinais, analgésicos e antipiréticos, antiepiléticos e anticonvulsivantes e vacinas contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa, Vacina contra a hepatite A, Vacina viva contra o rotavírus e a hepatite B.

O Infarmed adianta que esta proibição se destina a assegurar o abastecimento do mercado nacional após a ocorrência de uma rutura e aplica-se a todos os intervenientes do circuito, incluindo aos fabricantes. Ressalva, contudo, que esta proibição se aplica aos medicamentos incluídos na lista e não a medicamentos fabricados para exportação.

“A garantia do acesso dos cidadãos aos medicamentos de que necessitam assume-se como uma das mais relevantes vertentes do direito fundamental à proteção da saúde”, alerta o Infarmed numa nota publicada na sua página eletrónica, segundo a qual “todos os intervenientes no circuito do medicamento, no âmbito da garantia do dever de serviço público, têm como missão garantir o acesso contínuo e adequado aos medicamentos”.

O Infarmed integra a rede europeia de pontos de contacto das autoridades nacionais competentes, da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e da Comissão Europeia que, desde abril de 2019, é utilizada para a partilha de informação sobre ruturas de abastecimento e questões de disponibilidade de medicamentos autorizados na União Europeia.

No Infarmed, a gestão da disponibilidade de medicamentos é assegurada pela Unidade de Projetos Interinstitucionais e para o Sistema de Saúde (USS), que articula com todos os intervenientes no circuito do medicamento para, de uma forma colaborativa, discutir antecipadamente cada situação e analisar propostas de solução.

No contexto do trabalho realizado, é ainda fundamental a articulação com a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica, na prestação de orientações clínicas.

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