Caso EDP: Perícia neurológica a Ricardo Salgado marcada para 28 de setembro

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

No âmbito do cado EDP, a perícia neurológica ao ex-presidente do Banco Espírito Santo foi agendada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal para 28 de setembro.

A perícia neurológica ao ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, foi agendada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) para 28 de setembro, na sequência da decisão do tribunal no âmbito do processo EDP.

Fonte ligada ao processo confirmou à Lusa a marcação do procedimento ao ex-banqueiro para 28 de setembro, que tinha sido pedido devido ao diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído e que tinha sido invocado em vários processos.

A defesa do ex-banqueiro já tinha exigido uma perícia neurológica a Ricardo Salgado, mas só o tribunal cível de Cascais é que tinha autorizado em março a sua realização, embora a mesma não se tivesse ainda concretizado. Na última semana, a juíza Ana Paula Rosa, do Juízo Central Criminal de Lisboa, acedeu ao pedido dos advogados do antigo presidente do BES e validou a realização da perícia ao abrigo do Caso EDP.

“Por se afigurar relevante para a boa decisão da causa, determina-se a realização de uma perícia colegial da especialidade do foro neurológico ao arguido Ricardo Salgado (…), a realizar pelo Instituto de Medicina Legal”, pode ler-se no despacho de 12 de setembro da magistrada, que deixou ainda expresso o pedido ao INML para marcação da perícia “com a máxima urgência”.

A defesa de Ricardo Salgado tinha igualmente solicitado que o julgamento apenas se iniciasse após a realização da perícia neurológica, mas o tribunal rejeitou a pretensão dos advogados Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce “por se entender que a perícia não se afigura absolutamente indispensável ao início da audiência de julgamento”, que ficou agendada para 3 de outubro.

Contactada pela Lusa, a defesa do antigo presidente do Banco Espírito Santo (BES) não quis fazer comentários. Ricardo Salgado vai a julgamento no Caso EDP por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

No processo são ainda arguidos o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal, bem como a mulher do antigo governante, Alexandra Pinho, a quem é imputado um crime de branqueamento e outro de fraude fiscal.

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Maioria dos trabalhadores estrangeiros que descontam para Segurança Social são da CPLP

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Em Portugal existem cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam atualmente para a Segurança Social, face a 120 mil em 2015. Destes, 360 mil são da CPLP.

A maioria dos cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam para a Segurança Social são da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse esta terça-feira a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho.

Os números foram avançados pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no final de um almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, subordinado ao tema “Agenda do Trabalho Digno”, realizado num hotel em Lisboa, onde a governante defendeu que um dos principais desafios dos empresários é a falta de recursos humanos.

No seu discurso perante vários empresários, Ana Mendes Godinho salientou ser “evidente” que “Portugal não consegue ter um crescimento conjunto como planeado se não tiver capacidade de ter trabalhadores, de atrair e de fixar talento”, indicando que o país precisa de trabalhadores estrangeiros para colmatar a falta de mão-de-obra portuguesa.

Em Portugal existem cerca de 660 mil trabalhadores estrangeiros que descontam atualmente para a Segurança Social, face a 120 mil em 2015, o que constitui uma mudança “brutal” do mercado de trabalho, realçou a ministra. “Dos 660 mil trabalhadores estrangeiros, 360 mil são de países da CPLP e isto mostra a todos a evidência do caminho que temos de aprofundar ainda mais”, avançou a governante, defendendo que a atração de talento “é um desafio não só do país, mas do mundo”.

A governante lembrou ainda que o Governo português aprovou legislação sobre os vistos, com regras especiais para a CPLP, referindo o acordo de mobilidade que permite uma “entrada simples em Portugal” destes trabalhadores.

Ana Mendes Godinho referiu ainda que o número global de trabalhadores que descontam para a Segurança Social é de cerca de cinco milhões o que significa “mais um milhão de trabalhadores ativos a descontar do que em 2015” e, destes últimos, 300 mil são trabalhadores até aos 30 anos de idade.

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Economia portuguesa passa de défice a excedente externo de 3.200 milhões até julho

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Evolução reflete a diminuição do défice da balança de bens, de 248 milhões de euros, uma vez que as exportações cresceram mais do que as importações.

A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 3.200 milhões de euros até julho, o que compara com um défice de 2.400 milhões de euros no período homólogo de 2022, divulgou esta terça-feira o Banco de Portugal (BdP).

De acordo com os dados da balança de pagamentos, publicados pelo banco central, esta evolução reflete a diminuição do défice da balança de bens, de 248 milhões de euros, uma vez que as exportações cresceram mais do que as importações (1,1% e 0,4%, respetivamente), bem como o aumento do excedente da balança de serviços, de 4.154 milhões de euros (devido à evolução do saldo de viagens e turismo de 2.094 milhões de euros).

Adicionalmente, reflete também o aumento do excedente da balança de capital, de 943 milhões de euros para 1.823 milhões de euros, devido a atribuição de fundos europeus e maior cedência de licenças de carbono.

Segundo o BdP, a capacidade de financiamento da economia portuguesa entre janeiro e julho traduziu-se num saldo da balança financeira de 3.476 milhões de euros, refletindo o aumento dos ativos sobre o exterior, de 5.600 milhões de euros, resultante do aumento dos depósitos do banco central no exterior (2.016 milhões de euros), do investimento das administrações públicas em títulos emitidos por não residentes (1.551 milhões de euros) e em fundos de investimento estrangeiros (1.405 milhões de euros) e ainda do acréscimo dos empréstimos concedidos por empresas a entidades não residentes (1.078 milhões de euros).

Reflete ainda a subida dos passivos, de 2.124 milhões de euros, devido ao aumento dos depósitos de não residentes nos bancos nacionais (5.695 milhões de euros), ao investimento direto estrangeiro em instrumentos de capital de sociedades não financeiras (3.629 milhões de euros), aos fundos comunitários recebidos e ainda não entregues aos beneficiários finais (2.071 milhões de euros), o que foi parcialmente compensado pela redução dos passivos externos do banco central (9.426 milhões de euros).

O BdP detalhou que os setores que mais contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo foram o banco central (7.709 milhões de euros), as administrações públicas (3.176 milhões de euros) e as instituições financeiras não monetárias exceto empresas de seguros e fundos de pensões (1.772 milhões de euros).

Já as empresas de seguros e fundos de pensões e as sociedades não financeiras apresentaram variações negativas dos seus ativos líquidos (-7.410 milhões de euros).

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Costa promete manter isenção de IRS para quem ganhe o salário mínimo em 2024

O primeiro-ministro assegurou esta terça-feira que o Governo pretende manter a evolução do mínimo de existência ligada à trajetória do salário mínimo nacional.

O primeiro-ministro assegurou esta terça-feira que o Governo pretende manter a evolução do mínimo de existência ligada à trajetória do salário mínimo nacional, sinalizando, assim, que quem ganha a retribuição mínima garantida deverá continuar isento de imposto no próximo ano. António Costa contrariou, deste modo, o ministro das Finanças, que apenas uma hora antes tinha confirmado ao ECO que a intenção do Executivo era desligar o mínimo de existência do salário mínimo, guiando-o, antes, pelo Indexante dos Apoios Sociais (IAS).

“Temos, neste momento, o mínimo de existência fixado no valor correspondente a 14 vezes o salário mínimo nacional. Não é entendimento do Governo que se deva alterar essa situação“, afirmou o primeiro-ministro, no debate parlamentar que está a decorrer esta tarde.

Aos deputados, o chefe do Executivo lembrou que há já um calendário para que o salário mínimo nacional seja aumentado em todos os anos da legislatura – em 2024, está previsto que passará de 760 euros para 810 euros – e adiantou que “com grande probabilidade” o mínimo de existência será atualizado em conformidade com essa trajetória.

Para a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, o primeiro-ministro não foi claro. A informação do Ministério das Finanças de que o mínimo de existência vai deixar de estar ligado ao salário mínimo “não foi cabalmente confirmada nem desconfirmada pelo primeiro-ministro”. “O que diz o primeiro-ministro é que é uma probabilidade que as pessoas não paguem em IRS, deixando em aberto a possibilidade de quem recebe o salário mínimo possa continuar a pagar IRS”, afirmou a deputada, nos Passos Perdidos, já depois do debate e em reação às declarações de António Costa.

Importa explicar que o mínimo de existência corresponde ao nível de rendimento mínimo assegurado a cada contribuinte após a aplicação dos impostos, isto é, sempre que o rendimento, depois da tributação, seja inferior a esse mínimo, o Estado abdica do imposto.

Até agora, esse mínimo era guiado pelo salário mínimo nacional, mas o Governo decidiu reformular o modelo, ligando-o, antes, ao Indexante dos Apoios Sociais.

Ainda esta terça-feira, o Ministério das Finanças garantiu ao ECO que a intenção do Governo era “conforme previsto” que o limiar de isenção de IRS passasse a ser, a partir de 2023, o Indexante dos Apoios Sociais, e não a retribuição mínima garantida.

Mas esta posição de Fernando Medina não é nova ou surpreendente. No Orçamento do Estado para 2023, já estava previsto que, a partir de 2024, o mínimo de existência seria atualizado em função da evolução do IAS. O que é novo é, pois, a posição assumida, no Parlamento, por António Costa, que contraria, assim, não só o ministro das Finanças, mas também o que foi apresentado à Assembleia da República há um ano.

Seja o mínimo de existência guiado pelo salário mínimo nacional ou pelo IAS, o Governo garante que a maioria das pessoas que recebem o salário mínimo vai continuar a não pagar imposto em 2024, considerando as deduções à coleta.

O ECO questionou o Ministério das Finanças sobre as declarações de António Costa, mas ainda não obteve resposta.

Atualizada às 17h07

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Conselho de Segurança da ONU perde credibilidade, diz Lula

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Lula da Silva acusa o atual Conselho de Segurança de travar "guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime".

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse esta terça-feira que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tem perdido credibilidade porque os seus membros permanentes travam guerras sem autorização e defendeu uma reforma no órgão.

O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade. Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia”, afirmou o Presidente brasileiro na abertura dos debates gerais da 78.ª Assembleia-Geral da ONU.

Segundo Lula da Silva, a alegada fragilidade do Conselho de Segurança “decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime”. “Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia”, completou.

O Presidente brasileiro abriu os debates da Assembleia Geral da ONU, com uma mensagem contra a fome, a pobreza e as desigualdades que existem no mundo. “A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, disse Lula da Silva na abertura dos debates gerais da 78.ª Assembleia-Geral da ONU.

“O mundo está cada vez mais desigual. Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade. O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida”, acrescentou.

Depois de elencar problemas causados pela desigualdade, o Presidente brasileiro defendeu que “é preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenómeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo”. Lula da Silva, que está no terceiro mandato presidencial, retorna ao plenário da ONU após 14 anos. A última vez que discursou como Presidente brasileiro na ONU foi em 2009.

Hoje, o chefe de Estado brasileiro lamentou ter de mencionar mais uma vez a fome e as desigualdades como duas grandes ameaças que pesam sobre a humanidade, como fez em 2003, na primeira vez em que discursou neste fórum global.

Lula da Silva afirmou que, agora, vinte anos depois de participar pela primeira vez na ONU, a desigualdade se soma às consequências do aquecimento global, que “são mais sofridas pelos países mais pobres”, mas garantiu que não perde “a esperança” de que a comunidade internacional saberá como “corrigir o rumo” e “concentrar a sua agenda global no combate a todas as desigualdades”.

Lula da Silva, que está no terceiro mandato presidencial, retorna ao plenário da ONU após 14 anos. A última vez que discursou como Presidente brasileiro foi na Assembleia-Geral de 2009. A crítica à governança global também foi tema do discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, que sublinhou, na abertura do evento, que o Conselho de Segurança das Nações Unidas reflete a realidade política e económica de 1945, quando muitos países agora representados no plenário da ONU ainda estavam sob domínio colonial.

“O mundo mudou. As nossas instituições não. Não podemos resolver eficazmente os problemas tais como eles são se as instituições não refletirem o mundo tal como ele é. Em vez de resolverem problemas, correm o risco de se tornarem parte do problema”, disse Guterres.

(notícia atualizada às 18h10 com mais informação)

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Grupo franco-alemão conclui que UE “ainda não está preparada” para alargamento

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Doze peritos sugerem uma conferência intergovernamental ou um procedimento de revisão simplificado dos Tratados e alertam que a UE “ainda não está preparada para acolher novos membros".

O Grupo dos Doze, com peritos convocados pelos governos francês e alemão, conclui que a União Europeia (UE) “ainda não está preparada” para o alargamento, devendo fazer “reformas substanciais”, salvaguardar o Estado de direito e rever os Tratados.

A posição consta de um relatório divulgado esta terça-feira em Bruxelas ao qual a Lusa teve acesso, em que os 12 especialistas assinalam que a UE “ainda não está preparada para acolher novos membros, nem a nível institucional nem a nível político”.

Salientando que o projeto europeu “enfrenta uma conjuntura crítica marcada por mudanças geopolíticas, crises transnacionais e complexidades internas”, o documento franco-alemão dá conta da “complexidade em alinhar as visões de diversos Estados-membros”, recomendando um “processo flexível de reforma e alargamento da UE”. Para o alcançar, estes especialistas defendem “uma ação imediata para melhorar a funcionalidade da UE, propondo uma lista de medidas iniciais antes das próximas eleições europeias”.

“As reformas mais substanciais – incluindo os preparativos para revisões do Tratado – devem ser implementadas durante a nova legislatura, de 2024 a 2029”, realçam. Em concreto, os 12 peritos sugerem uma conferência intergovernamental ou um procedimento de revisão simplificado dos Tratados, a cooperação política externa através da Comunidade Política Europeia e ainda negociações organizadas para gerir o alagamento, devendo “ambas as partes estarem prontas até 2030”.

Ao mesmo tempo, recomendam a proteção do Estado de direito, um “princípio constitucional não negociável para o funcionamento da UE”, com reforço da condicionalidade orçamental para assegurar que todos os países o respeitam, o que teria de ser feito através de uma alteração ao artigo 7.º do Tratado da União Europeia.

Além disso, os especialistas defendem que se deve “responder aos desafios institucionais”, com um novo sistema de atribuição de lugares nas instituições, a passagem da unanimidade para a votação por maioria qualificada nalgumas matérias, a harmonização das leis eleitorais nos Estados-membros para as eleições europeias, acordos políticos entre Parlamento e Conselho Europeu, mais instrumentos de participação cívica, novas medidas anticorrupção, diálogo judicial, meios financeiros para reagir a crises e novas emissões comuns de dívida.

Em meados de 2022, os Estados-membros da UE adotaram uma decisão histórica de conceder o estatuto de candidatos à Ucrânia e Moldova, que se juntaram a um grupo alargado de países, alguns dos quais há muito na ‘fila de espera’ para entrar no bloco europeu, sem quaisquer progressos nos últimos anos. Esta lista é agora composta por Montenegro, Sérvia, Turquia, Macedónia do Norte, Albânia, Ucrânia, Moldova e Bósnia-Herzegovina.

O alargamento é o processo pelo qual os Estados aderem à UE, depois de preencherem requisitos ao nível político e económico. Qualquer Estado europeu, que respeite os valores democráticos comunitários e esteja empenhado em promovê-los, pode candidatar-se à adesão à UE, mas deve para isso submeter-se a um processo de negociações formais (que só tem aval por unanimidade entre os atuais Estados-membros), seguido pela aplicação das necessárias reformas judiciais, administrativas e económicas.

O Conselho, na sua formação dos Assuntos Gerais, estabelece e supervisiona o processo de alargamento da UE e as negociações de adesão, funcionando por unanimidade. Os 12 especialistas da área dos assuntos europeus que assinam o relatório franco-alemão são Olivier Costa, Daniela Schwarzer, Gilles Gressani, Gaëlle Marti, Franz Mayer, Thu Nguyen, Nicolai von Ondarza, Sophia Russack, Funda Tekin, Shahin Vallée e Christine Verger.

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“Larguíssima maioria” das pessoas que ganham salário mínimo continuará a não pagar IRS

Salário mínimo sobe para 810 euros em 2024, ano em que, em simultâneo, o modelo do mínimo de existência será alterado. Ainda assim, Governo garante que maioria continuará a não pagar IRS.

A maioria dos trabalhadores que ganham o salário mínimo nacional vai continuar a não pagar IRS no próximo ano, apesar de o Governo ter revisto o modelo do mínimo de existência, desligando a sua atualização da evolução da retribuição mínima mensal garantida. A garantia é dada ao ECO pelo Ministério das Finanças.

“Como previsto, o limiar de isenção de IRS passará a ser, a partir de 2024, o Indexante dos Apoios Sociais, e não o salário mínimo nacional. O facto de os trabalhadores com salário mínimo nacional passarem a ter de entregar declaração de IRS em 2024 não significa que venham a pagar imposto. Isto porque com as deduções à coleta podem chegar a tributação zero. Não excluindo situações que se estimam pontuais, a larguíssima maioria não suportará qualquer imposto“, assegura fonte oficial do gabinete de Fernando Medina.

O Ministério das Finanças frisa ainda que, com a reforma do mínimo de existência prevista no Orçamento do Estado, os aumentos salariais brutos passam a traduz-se sempre em aumentos salariais líquidos, o que não estava garantido até aqui.

Importa explicar que o mínimo de existência corresponde ao nível de rendimento mínimo assegurado a cada contribuinte após a aplicação dos impostos, isto é, sempre que o rendimento, depois da tributação, seja inferior a esse mínimo, o Estado abdica do imposto.

Até aqui, esse nível mínimo estava ligado à evolução do salário mínimo, mas deixará de estar. A partir de 2024, o mínimo de existência será atualizado em função do Indexante dos Apoios Sociais.

Tal reforma não é novidade, uma vez que já constava do Orçamento do Estado discutido nos últimos meses do ano passado, mas um estudo recente fez reavivar a polémica, numa altura em que as famílias enfrentam uma subida do custa de vida e em que está à distância de poucas semanas a entrega da proposta orçamental para o próximo ano.

Nesse estudo, da autoria do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais Ministério das Finanças, indicava-se que o IRS ameaça levar em 2024 uma parte do aumento real do salário mínimo, que a partir de janeiro deverá subir dos atuais 760 euros para 810 euros.

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PSD sugere pacto fiscal com PS para reduzir impostos dos jovens

Líder parlamentar do PSD sugere pacto fiscal para "garantir que os jovens não têm taxa de IRS acima de 15%".

O PSD questiona se o Governo está disponível para baixar já o IRS em 2023, com o líder parlamentar a sugerir um pacto fiscal entre o PSD e PS para reduzir os impostos para os jovens, no debate da moção de censura avançada pelo Chega, nesta terça-feira.

“Está disponível para o pacto que Luís Montenegro sugeriu para dar estabilidade durante 15 ou 20 anos à tributação dos jovens?”, questionou Joaquim Miranda Sarmento a António Costa, para “garantir que não têm taxa de IRS acima de 15%”.

O partido já apresentou um conjunto de medidas fiscais, que incluem uma baixa de IRS de 1.200 milhões de euros e uma alteração no IRS Jovem para reduzir para 15% a taxa de IRS para aqueles até aos 35 anos, que assim pagariam “um terço do imposto” em comparação com o que pagam atualmente. Estas medidas foram inicialmente anunciadas por Luís Montenegro na festa do Pontal e depois desenvolvidas pelo partido.

As medidas foram transformadas em projetos de lei e serão debatidas no Parlamento já esta quarta-feira. Miranda Sarmento aponta que este é um “debate para resolver um problema gravíssimo de falta de rendimento disponível das famílias”, apelando aos partidos, e em particular ao Governo, se estão disponíveis para “baixar já o IRS em 2023”.

Apesar destes apelos, o PS já tem traçado críticas às propostas do PSD, dando sinais de que o voto deverá ser contra. O PS defendeu que o conjunto de medidas fiscais apresentadas pelo PSD sofre de “sete pecados capitais”, com João Torres a argumentar que são um “logro”.

O secretário-geral adjunto do PS reitera que a redução de IRS proposta é “regressiva” e “tende a beneficiar proporcionalmente mais os salários mais elevados”, defendendo também que a medida que sugere a isenção de TSU nos prémios de produtividade pode “prejudicar a carreira contributiva dos trabalhadores e a proteção social”. O PSD rebateu as críticas argumentando que “quem beneficia mais [nestas propostas] são as pessoas até ao 6º escalão”.

Apesar da discórdia, parece existir consenso para uma baixa do IRS, sendo que tal medida estava também inscrita no Programa de Estabilidade (PEC) do Governo. No entanto, falta perceber em que dimensões há acordo.

Ao responder, António Costa destacou o facto de também prever no PEC uma redução do IRS de 2 mil milhões de euros até 2027, salientando também perplexidade por Miranda Sarmento ter sido “autor do programa económico com o qual o PSD foi eleito nas últimas eleições”, que dizia que a “prioridade era redução do IRC e não do IRS”. “E até dizia que o IRS só deveria descer em 2025 se houvesse condições económicas para o efeito”, atirou.

(Notícia atualizada às 16h50)

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Azerbaijão lança operação militar em Nagorno-Karabakh

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Baku justificou a operação militar com a morte de quatro polícias e dois civis azeris na sequência da explosão de minas em Nagorno-Karabakh, durante a madrugada.

O Azerbaijão anunciou esta terça-feira ter lançado “operações antiterroristas” contra as forças arménias em Nagorno-Karabakh, uma região disputada por arménios e azeris, horas depois de seis pessoas terem morrido na explosão de minas. “Começaram as operações antiterroristas na região”, disse o Ministério da Defesa do Azerbaijão num comunicado, citado pela agência francesa AFP.

“Começaram as operações antiterroristas na região”, disse o Ministério da Defesa do Azerbaijão num comunicado, citado pela agência francesa AFP. O Azerbaijão disse ter informado a Rússia e a Turquia da operação em Nagorno-Karabakh. Um jornalista da AFP disse ter ouvido detonações em Stepanakert, a principal cidade do enclave situado no sul do Cáucaso.

O deputado arménio Tigran Abrahamian afirmou nas redes sociais que o Azerbaijão “abriu fogo contra várias posições militares” em Nagorno-Karabakh. O anúncio da operação azeri surge três anos após o início da anterior guerra de Nagorno-Karabakh, em setembro de 2020, que as forças do Azerbaijão venceram ao fim de seis semanas.

Os separatistas de Nagorno-Karabakh relataram cinco mortos e 80 feridos na sequência da operação militar do Azerbaijão, pedindo “um cessar-fogo imediato” para iniciar negociações, enquanto Baku anunciou a morte de um civil. “O Ministério da Saúde de Artsakh [como os arménios designam Nagorno-Karabakh] reporta 80 feridos como resultado da ofensiva militar do Azerbaijão, incluindo civis – 15 feridos e 5 mortos. A situação permanece crítica”, escreveu, na rede social X (antigo Twitter), o Ministério dos Negócios Estrangeiros daquela autoproclamada república.

As autoridades separatistas também publicaram fotografias e vídeos de crianças feridas e de casas destruídas. “Artsakh apela ao Azerbaijão para que cesse fogo imediatamente e se sente à mesa de negociações para abordar a situação”, acrescentou ainda o ministério. As Forças de Defesa de Artsakh relataram, na mesma rede, que os combates prosseguiam ao final da tarde “em toda a linha de contacto” com o Azerbaijão.

“As Forças Armadas azeris usam fogo de artilharia e foguetes, ‘drones’ de ataque e aviação de combate”, acrescentaram. Por seu lado, o Azerbaijão anunciou um primeiro balanço de um civil morto nos confrontos em Nagorno-Karabakh. Um engenheiro civil “morreu de um ferimento por estilhaços na sequência de um ataque das forças armadas arménias com armas de grande calibre, incluindo morteiros, contra Shusha”, uma cidade controlada pelo Azerbaijão, declarou o Ministério Público azeri num comunicado.

A chefe da diplomacia francesa, Catherine Colonna, considerou já que a operação militar é “ilegal, injustificável e inaceitável”, em declarações à margem da Assembleia Geral da ONU. “Gostaria de sublinhar que consideramos o Azerbaijão responsável pelo destino dos arménios do Nagorno-Karabakh“, disse aos jornalistas, acrescentando que a França estava em contacto com os seus parceiros europeus e com os Estados Unidos da América, bem como com as autoridades da Arménia e do Azerbaijão.

Baku justificou a operação militar com a morte de quatro polícias e dois civis azeris na sequência da explosão de minas em Nagorno-Karabakh, durante a madrugada (hora local). As autoridades do Azerbaijão acusaram os separatistas arménios da região disputada da responsabilidade pelas mortes, que consideraram dever-se a atos de terrorismo.

Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa do Azerbaijão de maioria arménia, declarou a independência de Baku na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991. A declaração da independência desencadeou um conflito armado de que saíram vencedores os separatistas apoiados pela Arménia. Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.

(notícia atualizada às 16h35 com mais informação)

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Governo aprova diploma da privatização da TAP na próxima semana

Primeiro-ministro admite "vender parte ou a totalidade do capital" da companhia, "tendo em conta os interesses de Portugal". Diploma vai ao Conselho de Ministros na próxima semana.

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira que o Governo vai aprovar, no Conselho de Ministros da próxima semana, isto é, no dia 28, a lei que define os critérios da privatização da TAP. António Costa aproveitou o debate sobre a moção de censura do Chega para dar uma novidade, tentando assim desviar as críticas de que o executivo tem sido alvo desde a habitação à saúde, educação ou impostos.

O chefe do Governo começou por sublinhar que a Comissão Europeia já reconheceu que o executivo está a implementar com sucesso o plano de reestruturação da companhia aérea para depois revelar: “Na próxima semana, aprovaremos o diploma que estabelece o enquadramento da privatização da TAP, defendendo a companhia e os interesses de Portugal e dos portugueses”.

Puxando dos galões, o primeiro-ministro lembrou que, “em 2022, a TAP não só não deu prejuízo, como apresentou lucros”. “Este ano, já foram transportados 7,6 milhões de passageiros no primeiro semestre, atingindo já o valor de 96% dos passageiros transportados no período pré-pandemia”, acrescentou.

Salientando a “importância estratégica da TAP”, Costa admite “vender parte ou a totalidade do capital” da companhia, “tendo em conta os interesses de Portugal”.

O diploma de enquadramento da privatização, que irá definir o caderno de encargos, é fundamental para que o processo avance. O ministro das Finanças, Fernando Medina, já tinha avançado em julho, antes das férias do verão, que a alienação da companhia deverá estar concluída no primeiro semestre de 2024. Na altura, o governante reconheceu que não havia urgência.

EY e Finantia apuram o valor de venda

O processo para a venda da TAP arrancou em abril, quando o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que mandata as Finanças e a Parpública a iniciar a avaliação da companhia aérea por parte de duas entidades independentes. Seriam então selecionadas pela Parpública a consultora EY e o Banco Finantia.

Ainda não é conhecido o valor de venda da TAP. A última avaliação conhecida da transportadora data de junho de 2019, quando o Deutsche Bank a avaliou num intervalo entre 637 e 1.035 milhões de euros no âmbito do processo para a dispersão de capital em bolsa, que não chegou a ir em frente. Antes, na reprivatização de 2015, a PwC e a Deloitte avaliaram a TAP entre 34 milhões negativos e 512 milhões negativos.

Uma vez que o Governo se prepara já, na próxima semana, para aprovar o enquadramento legal da privatização, significa que a avaliação da companhia área deverá estar quase pronta.

Em abril, quando o Governo aprovou o primeira passo da privatização, Medina afirmou que só depois das avaliações estarem prontas é que o Governo iria avançar para o decreto-lei que determina o caderno de encargos.

(Notícia atualizada às 16h16)

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Despesas com teletrabalho até 22 euros isentas de impostos e contribuições, avança ministra

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

A portaria, que ainda será publicada, vai definir um valor diário de 10 cêntimos para compensar custos adicionais com eletricidade, de 40 cêntimos para custos de internet e de 50 cêntimos para

O valor até ao qual as despesas com teletrabalho vão ficar isentas de impostos e contribuições será de 22 euros por mês, com possibilidade de majoração em 50%, anunciou esta terça-feira a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Ana Mendes Godinho falava no final de um almoço-debate organizado pelo International Club of Portugal, subordinado ao tema “Agenda do Trabalho Digno”, realizado num hotel em Lisboa. “Foi assinada ontem [segunda-feira] a portaria que permite que até 22 euros por mês as despesas relacionadas com teletrabalho estão isentas de contribuições e de IRS e este valor pode ser majorado em 50% se fizer parte de negociação coletiva entre empregadores e trabalhadores”, anunciou a ministra.

Fonte oficial do gabinete explicou depois à Lusa que a portaria, que ainda será publicada, vai definir um valor diário de 10 cêntimos para compensar custos adicionais com eletricidade, de 40 cêntimos para compensar custos de internet pessoal e de 50 cêntimos pelo uso de computadores e equipamentos próprios.

Na prática, estes valores resultam em um euro por dia para as despesas adicionais com teletrabalho (22 euros por mês, tendo em conta 22 dias úteis de trabalho) e a majoração em 50% aplicar-se-á aos trabalhadores abrangidos por instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, passando nestes casos para 1,5 euros por dia (33 euros por mês, no caso de 22 dias úteis).

A portaria do Governo para definir o limite de isenção fiscal e contributiva das despesas adicionais em teletrabalho estava prevista desde maio nas alterações laborais aprovadas no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. As alterações laborais da Agenda do Trabalho Digno estão em vigor desde 1 de maio e a lei passou a prever que o contrato individual de trabalho e o contrato coletivo devem fixar, na celebração do acordo para prestação de teletrabalho, o valor da compensação ao trabalhador pelas despesas adicionais.

Caso não haja acordo sobre o valor, devem ser consideradas despesas adicionais as que o trabalhador em teletrabalho apresentar através de faturas, comparando os valores dos gastos correntes com os anteriores à passagem a teletrabalho.

A nova lei prevê que a compensação seja considerada, para efeitos fiscais, um custo para o empregador e não constitui rendimento do trabalhador, até ao limite do valor definido na portaria conjunta da área dos assuntos fiscais e da segurança social.

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Volvo Cars vai deixar de fabricar veículos a gasóleo no início de 2024

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

“Dentro de alguns meses, será produzido o último veículo a gasóleo, tornando a Volvo Cars no primeiro fabricante automóvel tradicional a dar este passo”, diz a empresa controlada pela chinesa Geely.

O fabricante automóvel sueco Volvo Cars anunciou esta terça-feira que deixará de produzir veículos a gasóleo no início de 2024, como parte do seu plano de vender apenas carros 100% elétricos até 2030.

“Dentro de alguns meses, será produzido o último veículo a gasóleo, tornando a Volvo Cars no primeiro fabricante automóvel tradicional a dar este passo”, refere a empresa sueca, controlada pela chinesa Geely, num comunicado.

A Volvo Cars, que tem como objetivo ser uma “empresa neutra em termos de emissões até 2040”, deixou de desenvolver novos motores de combustão no ano passado.

“Os sistemas de propulsão elétricos são o nosso futuro e são superiores aos motores a combustão. Geram menos ruído, menos vibrações, têm custos de funcionamento mais baixos e libertam zero emissões de CO2”, explica a empresa sueca.

A Volvo Cars registou um lucro de 17.000 milhões de coroas suecas (cerca de 1.498 milhões de euros) em 2022, mais 20% em termos homólogos.

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