OCDE revê em baixa PIB da Zona Euro e coloca Alemanha em recessão

Além de cortar em 0,39 pontos percentuais a taxa de crescimento média anual do PIB da Zona Euro entre 2023 e 2024, a OCDE antecipa uma contração de 0,2% para a Alemanha este ano.

O efeito da política monetária fortemente restritiva por parte do Banco Central Europeu (BCE) ao longo do último ano está a surtir efeito, e não só pelas boas razões. Se, por um lado, a taxa de inflação no espaço da moeda única está a desacelerar paulatinamente desde outubro do ano passado, passando de 10,3% para 5,3% em julho; por outro lado, as medidas do BCE estão a provocar um abrandamento da economia.

O impacto da política monetária mais restritiva está a tornar-se cada vez mais visível“, refere a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num relatório publicado esta terça-feira, sublinhando que “a confiança das empresas e dos consumidores está a diminuir.

Depois de em 2022 a economia da Zona Euro ter crescido 5,5%, as mais recentes previsões da OCDE, publicadas esta terça-feira, apontam para que a economia da moeda única irá expandir apenas 0,6% este ano, cerca de 0,3 pontos percentuais abaixo do que a OCDE estimava em junho, e apresentar uma taxa de inflação média de 5,5%, quando em junho antecipava uma taxa de 5,8%.

Isto significa que, se em junho a OCDE antecipava que a Zona Euro iria registar uma taxa de crescimento média anual de 0,85% entre 2023 e 2024, agora prevê que o grupo das 20 economias da Zona Euro cresça, em média, 0,46% por ano, menos 0,39 pontos percentuais face ao que antecipava em junho.

A sustentar o corte das previsões da OCDE para a Zona Euro está a economia alemã que, segundo os analistas do organismo, não deverá conseguir escapar a uma contração de 0,2% do PIB este ano — esta não é uma previsão totalmente surpreendente, dado que, recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipava uma correção de 0,3% do PIB da Alemanha para 2023.

O embate que a economia europeia enfrentará este ano é grande, mas o que levanta maiores preocupações é a recuperação no próximo ano. Segundo as novas projeções da OCDE, o PIB da Zona Euro deverá crescer 1,1% em 2024, ficando 0,4 pontos percentuais abaixo do que previa em junho, e apresentar uma taxa de inflação média de 3%, cerca de 0,2 pontos percentuais abaixo das previsões publicadas em junho.

No entanto, a OCDE alerta que os riscos e as dúvidas em relação à economia mundial que se vislumbram no horizonte “inclinam-se para o lado negativo”, notando que havendo surpresas, a probabilidade de prejudicar o crescimento é maior do que beneficiar.

“A incerteza sobre a força e a velocidade da transmissão da política monetária e a persistência da inflação são as principais preocupações”, lê-se no relatório, com os analistas a anunciarem que “os efeitos adversos de taxas de juro mais elevadas podem revelar-se mais fortes do que o esperado, e uma maior persistência da inflação exigiria uma maior restritividade das políticas, o que poderia expor as vulnerabilidades financeiras.”

Esta realidade é particularmente severa para a economia europeia e norte-americana que, no último ano, assistiram ao maior e mais rápido aumento das taxas de juro. Todavia, a OCDE alerta que “a política monetária deve permanecer restritiva até que haja sinais claros de que as pressões inflacionistas subjacentes tenham diminuído de forma duradoura.”

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Coris Holdings, First Atlantic Bank e IIBGroup vão disputar compra do banco da Caixa em Cabo Verde

Investidores com sede no Bahrein, Gana e Burkina Faso serão convidados a apresentar uma proposta vinculativa para a aquisição do Banco Comercial do Atlântico.

Coris Holding, First Atlantic Bank e IIBGroup Holdings são os investidores selecionados pela Caixa para disputarem a compra da sua participação maioritária no Banco Comercial do Atlântico (BCA), de Cabo Verde. O banco do Estado vai agora dirigir um convite para que apresentem propostas vinculativas.

O Governo aprovou a semana passada em Conselho de Ministros a shortlist de investidores para a aquisição da participação direta de 54,41% e indireta de 5,4% (através do Banco Interatlântico) da Caixa no cabo-verdiano BCA.

Já era conhecido o interesse do IIBGroup Holdings, sediado no Bahrein, noticiado pelo site África Monitor Intelligence e confirmado pelo ECO. É o mesmo grupo que é acionista do Novo Banco Cabo Verde, e que, em Portugal, tentou comprar o Banco Efisa à Parvalorem e o Banco Português de Gestão à Fundação Oriente.

Na lista de investidores selecionados está ainda a Coris Holding, uma sociedade financeira sedeada no Burkina Faso e com sucursais em diversos países africanos, e o First Atlantic Bank, uma instituição de banca universal do Gana.

Além da seleção dos potenciais investidores interessados para integrarem as fases de venda, a resolução do Conselho de Ministros publicada esta terça-feira em Diário da República aprova “o processo e as condições específicas aplicáveis à venda direta das ações da BCA detidas pela CGD”.

O banco do Estado fica autorizado a dirigir convites às entidades selecionadas, para procederem à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das ações objeto da operação de venda direta. O prazo para o fazerem vai ainda ser fixado pela Caixa.

O objetivo é alienar a totalidade da participação direta e indireta de 59,81% da Caixa no BCA, “sem prejuízo de poderem ser aceites propostas para a aquisição de percentagem inferior e, indiretamente, da totalidade ou parte do capital social das sociedades que o Banco Comercial do Atlântico, S. A., detenha, direta ou indiretamente, e da totalidade ou parte dos respetivos ativos”.

A resolução aprova também o caderno de encargos da operação, onde se estabelece que as ações podem ser alienadas “a um ou mais investidores, nacionais ou estrangeiros, individualmente ou em agrupamento, em proporções de capital iguais ou diversas”.

Define também os critérios para a seleção do vencedor da venda direta. São eles os preços vinculativo apresentado, a percentagem de capital que os proponentes pretendem adquirir, o projeto estratégico apresentado para o BCA ou a idoneidade e capacidade financeira.

Será também considerada “a ausência ou minimização de condicionantes jurídicas, laborais, regulatórias, ou económico-financeiras do(s) proponente(s) ou da proposta que dificultem ou impeçam a concretização da venda direta em prazo, condições de pagamento e demais termos que sejam adequados para a salvaguarda dos interesses patrimoniais e financeiros da entidade alienante e para a prossecução dos objetivos da venda”.

O caderno de encargos assinala que a venda das ações da Caixa no BCA “está condicionada à obtenção, quando aplicável, de autorização da Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários de Cabo Verde (AGMVM), no que se reporta às ações admitidas à negociação na Bolsa de Valores de Cabo Verde, e ainda de outras autorizações legalmente exigíveis para o efeito”.

Caso as propostas dos investidores selecionados apresentem mérito equivalente, o Conselho de Ministros pode determinar a apresentação de ofertas finais e vinculativas com condições mais favoráveis. O Conselho de Ministros pode ainda rejeitar todas as propostas se considerar que não satisfazem os critérios estabelecidos ou não esteja garantida a concretização dos objetivos subjacentes.

O Banco Comercial do Atlântico (BCA) registou lucros recorde de 16,3 milhões de euros em 2022. Conta com 34 balcões espalhados pelas ilhas do arquipélago.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h45)

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📹 Quanto recebem os clubes portugueses na Champions?

Começa esta semana a Liga dos Campeões 2023/24, com os clubes portugueses presentes na prova em busca do sucesso desportivo e financeiro. Saiba quanto podem receber.

SL Benfica, FC Porto e SC Braga entram esta semana em ação na fase de grupos da Liga dos Campeões 2023/24. Só por participarem na competição os três clubes vão receber um prémio milionário e quanto mais longe forem na prova mais podem “amealhar”, aliando o sucesso desportivo ao financeiro.

http://videos.sapo.pt/rzEbOSIT3INN6JWwZYsZ

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Sindicatos dos oficiais de justiça vão ser convocados para debater Estatuto

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

A ministra da Justiça garantiu que os sindicatos dos funcionários judiciais serão contactados muito em breve para reuniões em que será analisada a proposta de estatuto da classe.

A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, garantiu na segunda-feira que os sindicatos dos funcionários judiciais serão contactados muito em breve para reuniões em que será analisada a proposta de estatuto da classe, que irá “ajudar a reformar a justiça”.

Catarina Sarmento e Castro disse que tenciona “durante esta semana pedir ao Secretário de Estado Adjunto e da Justiça que contacte os sindicatos para marcar as futuras reuniões em torno do estatuto” dos oficiais de justiça.

“Daqui se vê que está de facto para muito breve”, disse a ministra quando confrontada com a questão da aprovação do novo estatuto dos funcionários judiciais, os quais estão em greve desde janeiro exigindo um estatuto condigno e melhores condições salariais e de carreira.

Catarina Sarmento e Castro falava aos jornalistas no final da sessão solene de abertura do 40º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais e do 10.º Curso de Formação de Juízes para os Tribunais Administrativos e Fiscais, organizado pelo Centro de Estudos Judiciários (CEJ) – a chamada escola de magistrados.

Segundo a ministra, o projeto de estatuto dos funcionários judiciais “visa desde logo ajudar a reformar a justiça”, porque tem normas que ajudarão a reformular as competências e as valências” necessárias para “solucionar alguns dos problemas da justiça” e pretende também “melhorar a relação da justiça com as pessoas e as empresas“.

Questionada sobre a amnistia e perdão de penas, cuja aplicação da lei aprovada no âmbito da Jornada Mundial da juventude (JMJ), já levou à libertação de 408 jovens desde 01 de setembro, segundo dados do Conselho Superior da Magistratura (CSM), Catarina Sarmento e Castro referiu que, a par da medida de clemência que beneficiou os jovens, o sistema prisional tem sido uma das prioridades do seu mandato.

A este propósito, mencionou a decisão do seu ministério de encerrar o Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) que não oferecia condições de dignidade às pessoas aí reclusas. Instalação de telefones nas celas para que os reclusos possam falar com os familiares a certas horas do dia e outras obras de melhoramento das instalações em outras cadeias foram consideradas pela ministra como “emblemáticas” do que tenciona realizar durante o seu mandato.

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Ministério assume atraso na progressão da carreira de 532 oficiais de justiça

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

A Direção-Geral da Administração da Justiça admitiu o atraso no reconhecimento do tempo de serviço em período experimental para progressão na carreira de 532 oficiais de justiça.

A Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ) admitiu o atraso no reconhecimento do tempo de serviço em período experimental para progressão na carreira de 532 oficiais de justiça, conforme decretou o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa (TACL).

Em causa está a decisão do TACL de 2 de maio de 2023, na sequência de uma ação administrativa colocada em 2009, que reconheceu aos 532 funcionários judiciais subscritores dessa ação o direito a ver considerado o tempo de serviço durante o período probatório para progredirem na carreira e que condenou o Ministério da Justiça a reparar aos visados as consequências dessa ausência de contagem.

“Face à complexidade das operações envolvidas, informa-se que apesar dos esforços empreendidos até à data nesse sentido, não foi possível concluir a execução integral da sentença, encontrando-se ainda a decorrer as operações materiais para a efetiva execução”, admitiu a DGAJ numa nota publicada no site oficial.

O organismo liderado pela juíza desembargadora Isabel Namora acrescentou ainda que as operações devem estar “concluídas nos próximos dois meses” relativamente aos oficiais de justiça abrangidos por esta decisão.

No passado dia 12 de julho, a DGAJ emitiu um comunicado no qual adiantou que “já deu início à prática dos atos e operações materiais necessários à execução” daquela sentença do TACL e que iria proceder, “em devido tempo, ao tratamento de todas as situações que se encontrem pendentes”, embora tenha assumido também que previa “uma tarefa exigente e morosa”.

Questionado sobre a posição do organismo tutelado pelo Ministério da Justiça, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, garantiu não ficar surpreendido e lembrou que na semana passada tinha alertado os oficiais de justiça – quer os que integravam a ação, quer os outros que se considerem abrangidos por esta decisão — para enviarem um conjunto de dados ao sindicato no sentido de acautelar o reconhecimento dos seus direitos.

Não me admira que isto seja por a DGAJ não ter orçamento para pagar os valores em causa. Nestes 532 oficiais de justiça – e mais alguns milhares, alguns possivelmente até já aposentados – poderemos estar a falar de alguns milhões de euros. Os efeitos da ação, atendendo ao princípio da igualdade, têm de ser aplicados a todos os trabalhadores que reúnam as mesmas condições”, sublinhou o dirigente à Lusa.

Já o presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), Carlos Almeida, lamentou o adiamento de uma solução sobre esta questão e voltou a criticar a liderança da DGAJ, ao apelar ao Conselho Superior da Magistratura (CSM) para terminar as comissões de serviço da desembargadora Isabel Namora e da subdiretora-geral, a juíza Ana Cláudia Cáceres Pires.

A DGAJ está, uma vez mais, a adiar o cumprimento de uma decisão judicial. Considero que o CSM deve fazer cessar a comissão de serviço das responsáveis máximas pela DGAJ, cujo desempenho tem sido mais de natureza política do que de respeito pelo órgão de soberania — os tribunais. A manutenção dessas comissões de serviço não vem prestigiando, pela ação desenvolvida, nem a magistratura nem os tribunais”, finalizou.

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Portuguesa Swee ‘adoça’ boca de texanos com gelados vegan

Startup portuguesa de gelados vegan sem açúcar acaba de entrar no Texas, Estados Unidos, com a cadeia Central Market, uma subsidiária da H-E-B.

Diogo Valente e Tiago Rebelo, cofundadores da Swee

Conheceram-se no ginásio onde treinavam, mais tarde lançaram a marca de gelados vegan, sem açúcar Swee e agora, cinco anos depois, acabam de entrar com vendas nos Estados Unidos e logo no Texas. “Se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB”, realça Diogo Valente, cofundador da Swee, ao ECO. A entrada marca a primeira colherada da Swee no mercado norte-americano de gelados, avaliado em cerca de 18,58 mil milhões de dólares.

A entrada da Swee é um exemplo de como ‘uma coisa leva à outra’. Um encontro num ginásio entre Diogo Valente e Tiago Rebelo surgiu a ideia para um evento de saúde, o “Health Market Cascais”, que, mais tarde, levou à criação da marca Swee e ao lançamento dos primeiros gelados em julho de 2021. A ideia de um evento dedicado a Portugal, uma iniciativa da Portugal Foods com uma cadeia local, foi o impulso para o início do sonho americano da marca de gelados portuguesa.

“A entrada deu-se através de uma iniciativa da Portugal Foods, em conjunto com uma cadeia local para a criação de um evento com a temática ‘Portugal’. Começou dessa forma, mas à medida que as semanas foram avançando o gestor de categoria gostou bastante do nosso conceito e da nossa vontade e predisposição a tornar a nossa marca um sucesso na temática ‘Portugal pelo que uma coisa levou à outra”, conta Diogo Valente.

EUA no foco da internacionalização

“Para já” a Swee pode ser encontrada no Texas, na cadeia Central Market. “Começámos com três sabores, mas a reação está a ser tão positiva que vamos inserir a gama completa e duas inovações”, adianta o cofundador da Swee. A estratégia da Swee e “grande objetivo” dos jovens empreendedores é “criar uma marca que seja top-of-mind na categoria dos gelados. Faremos apenas o que for mais vantajoso para a marca e para a sustentabilidade do negócio”, diz quando questionado sobre os planos da startup para este mercado.

A cadeia onde entrámos é uma das pioneiras na inovação nos USA, conhecida pelos parâmetros de qualidade e é uma subsidiária do H-E-B (a maior cadeia de supermercados Texas). A somar a isso, a comunidade do Texas tem-nos recebido de uma forma incrível pelo que a estratégia passa por abordar este estado. Afinal de contas, se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB.

Diogo Valente

Cofundador da Swee

Um mercado onde depositam expectativas. Os números falam por si. “O mercado americano de gelados vale cerca de 18,58 mil milhões de dólares em 2023 com o maior canal de consumo a ser o off-trade. Só o nosso segmento de copos americanos vale 9 mil milhões de dólares. O contraste com o mercado português é significativo visto que o mercado português total vale cerca de 250 milhões de euros“, elenca o cofundador.

“A cadeia onde entrámos é uma das pioneiras na inovação nos USA, conhecida pelos parâmetros de qualidade e é uma subsidiária do H-E-B (a maior cadeia de supermercados Texas). A somar a isso, a comunidade do Texas tem-nos recebido de uma forma incrível pelo que a estratégia passa por abordar este estado. Afinal de contas, se o Texas fosse um país era o 8.° maior do mundo em termos de PIB”, destaca Diogo Valente.

Em maio, os fundadores admitiam ao ECO a vontade de entrar com a marca em Espanha, França e Reino Unido, mas a consolidação da entrada nos Estados Unidos é agora o foco. “O nosso foco está apenas no mercado americano para a internacionalização”, admite o cofundador.

Em Portugal, a Swee já está a trabalhar com a Auchan, El Corte Inglês, Continente, Meu Super, Repsol, Go Natural e algumas lojas Intermarché e Amanhecer, mantendo-se a produção em Portugal.

Diogo Valente não revela valores de faturação, mas admite que este movimento de internacionalização possa vir a ter forte impacto nas receitas. “As perspetivas que temos tendo em conta os dados, reports de outras startups neste mercado e a análise que temos feito de ambos os mercados é que pode vir a ter um peso muito significativo na nossa faturação“, aponta o empreendedor.

Um movimento de crescimento que vai ter impacto no número de colaboradores. “Somos apenas os dois fundadores, mas contamos em 2024 adicionar quatro pessoas à equipa“, estima. Não é tão assertivo no que toca a um eventual aumento de capital – através de uma ronda de investimento – para alimentar a expansão internacional da marca, como chegaram a admitir ao ECO.

“A entrada nos Estados Unidos aconteceu graças à chance que tivemos com o apoio da Portugal Foods e do Central Market e através da nossa vontade de agarrar esta oportunidade. Em relação a uma ronda de levantamento de capital, só o futuro o dirá.

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Teletrabalho pode reduzir para metade pegada de carbono face à ida ao escritório

  • Lusa
  • 19 Setembro 2023

Estudo norte-americano realça o peso do consumo de energia no escritório e das deslocações não diárias para o trabalho na redução das emissões de gases com efeitos de estufa.

O teletrabalho pode reduzir a pegada de carbono em até 58%, em comparação com quem frequenta um escritório, refere um estudo realizado nos EUA, que analisou o potencial do trabalho remoto para reduzir a pegada de carbono dos empregados.

A pandemia aumentou a prevalência do teletrabalho, que pode influenciar a produção de gases com efeito de estufa devido a alterações em fatores como as deslocações e a utilização de energia na habitação.

O estudo, divulgado esta segunda-feira e liderado pela Universidade Cornell, nos EUA, avaliou as emissões de gases com efeito de estufa dessa transição, tendo em conta fatores como as tecnologias de informação e comunicação, as deslocações diárias, as viagens não relacionadas com o trabalho e a utilização de energia em escritórios e residências.

A equipa, liderada por Longqi Yang, utilizou vários conjuntos de dados com mais de 100 mil amostras, inclusive de funcionários da Microsoft nos EUA, sobre deslocamento e teletrabalho.

Para o seu estudo, modelaram as emissões de gases com efeito de estufa dos funcionários dos EUA nas cinco categorias mencionadas e compararam as emissões previstas para trabalhadores “no local”, totalmente remotos e híbridos.

O modelo indicava que os colaboradores apenas em teletrabalho teriam uma redução de 58% nas emissões de gases com efeito de estufa em comparação com os colaboradores presenciais, principalmente devido ao menor consumo de energia no escritório. Um dia por semana de teletrabalho reduziu as emissões projetadas em apenas 2%.

Em contraste, dois a quatro dias de trabalho remoto por semana reduziram as emissões de um trabalhador em até 29%, em comparação com os empregados locais.

O aumento da utilização de tecnologias de informação e comunicação teve um “efeito insignificante” nas emissões, enquanto o consumo de energia no escritório e as deslocações não diárias para o trabalho são importantes, sublinham os investigadores.

O estudo também sugere que a maximização dos benefícios ambientais do trabalho remoto depende de múltiplos fatores, como a escolha do veículo, o comportamento no deslocamento e a eficiência energética em residências e escritórios.

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Cerca de 100 mil pessoas têm problemas de jogo com “raspadinhas”

  • ECO
  • 19 Setembro 2023

Estudo encomendado pelo CES revela que o perfil do jogador de raspadinha abrange pessoas com menor instrução escolar, menos rendimentos e piores indicadores de saúde mental.

Em Portugal, os problemas de jogo com “raspadinhas” podem afetar 1,21% da população adulta, o que significa que as “raspadinhas” implicam problemas de jogo para cerca de 100 mil cidadãos. As conclusões, avançadas pelo Público e pelo Observador (acesso pago), surgem no estudo “Quem Paga a Raspadinha?”, sobre o perfil de utilizadores e níveis de doenças associadas a este tipo de jogo, que é apresentado esta terça-feira e resulta de uma parceria do Conselho Económico e Social (CES) com a Universidade do Minho.

Do grupo de 100 mil cidadãos com problemas de jogo, 30 mil terão perturbação de jogo patológico. Pessoas com rendimentos entre 400 e 664 euros têm três vezes mais probabilidades de serem jogadores frequentes da raspadinha em comparação com quem aufere 1.500 euros por mês. Além das pessoas com menos rendimentos, o perfil do jogador de raspadinha inclui quem tem menos instrução escolar e, entre os que têm maior risco de desenvolver doenças associadas às “raspadinhas”, estão pessoas com piores indicadores de saúde mental e com piores hábitos no que toca ao uso de substâncias.

O trabalho — coordenado pelo psiquiatra Pedro Morgado e o economista Luís Aguiar-Conraria, ambos investigadores na Universidade do Minho — apresenta recomendações ao Governo. Não sendo defensores da proibição destes jogos, pois “gera situações de jogo clandestino, ilegal”, os autores do estudo apelam a “uma melhor regulamentação” e sugerem a criação de um cartão de jogador, em que se pode identificar comportamentos patológicos face ao jogo.

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Um terço dos portugueses fizeram cursos online no último ano

No último ano, 1 em cada 3 portugueses obteve formação online. A aprendizagem pela via digital está em franco crescimento e a Fundação José Neves preparou, por isso, um guia.

O ensino online está em “franco crescimento” e Portugal já supera mesmo a média comunitária, realça a Fundação José Neves, numa análise publicada esta terça-feira. Por cá, cerca de um terço das pessoas dos 16 aos 74 anos fizeram aprendizagens por esta via, só no último ano.

“A aprendizagem online assume-se hoje como uma solução incontornável para quem deseja aprender ao longo da vida. O seu rápido crescimento em termos de diversificação de ofertas educativas e de alunos matriculados comprova-o. Milhões de indivíduos pelo mundo inteiro (e em Portugal) encontram na aprendizagem online uma opção flexível, adaptável, abrangente nos temas e acessível a todos“, sublinha a fundação que, perante este cenário, decidiu lançar um guia para aprender online com “informação útil” sobre estas ferramentas.

“Um dos dados evidenciados por este guia é o franco crescimento do ensino online, que representa um mercado global de 332 mil milhões de dólares e estimativas apontam para que venha a valer mais do dobro em 2030 (687 mil milhões)”, destaca a Fundação José Neves.

No que diz respeito especificamente a Portugal, cerca de um em cada três cidadãos dos 16 aos 74 anos (33%) aprendeu online em 2022, observa a fundação.

E essa percentagem é ainda mais expressiva se considerarmos apenas os mais jovens: entre os indivíduos dos 16 aos 24 anos, 59% fiz aprendizagens pela via virtual no último ano. “Portugal tem acompanhado esta tendência e está mesmo acima da média da União Europeia“, analisa, assim, a fundação.

O guia publicado esta manhã revela também que o desenvolvimento profissional é a principal motivação para aprender online e indica que, segundo a Coursera, a maior plataforma internacional de aprendizagem virtual, 48% dos que frequentaram cursos de especialização profissional identificam melhorias no seu desempenho profissional. Já 22% reportam melhorias salariais, assim como benefícios também no plano pessoal.

Quanto às recomendações presentes no referido guia, a fundação destaca sete pontos: explorar a aprendizagem online, investir no desenvolvimento pessoal e profissional, não hesitar e experimentar, arriscar aprender algo novo, abraçar o futuro, informar-se bem e nunca perder a vontade de aprender.

Além disso, apresenta uma lista não exaustiva de exemplos das tipologias de cursos disponíveis. O guia pode ser consultado na íntegra aqui.

“É hoje um dado adquirido que a aprendizagem contínua ao longo da vida vai cada vez mais fazer parte das nossas vidas, permitindo-nos adquirir as competências e as ferramentas para responder aos desafios que o mercado profissional nos coloca. A formação online disponibiliza um mundo de oportunidades para que cada um de nós possa fazer uma atualização de conhecimentos ou obter especializações que nos permitam dar um passo em frente ao nível profissional, mas também no pessoal”, assinala Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves.

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Petróleo supera 95 dólares por barril pela primeira vez desde novembro

Matéria-prima toca máximo de dez meses perante o aperto na oferta pelos países produtores Arábia Saudita e Rússia. Desde novembro que o Brent não negociava acima dos 95 dólares por barril.

É uma notícia pouco animadora para as famílias. O preço do petróleo continua a subir esta terça-feira e o contrato que serve de referência para as importações nacionais já supera os 95 dólares por barril, espoletando receios de aumentos significativos dos preços dos combustíveis e de mais inflação.

Segundo a Bloomberg, é a primeira vez desde novembro que o Brent negoceia acima da fasquia dos 95 dólares, num rally que está a ser propalado pelos receios em torno da oferta, depois de a Arábia Saudita e a Rússia terem prolongado os cortes voluntários na produção até fim do ano, de 1,3 milhões de barris de petróleo por dia em acumulado.

Pelas 7h51 em Lisboa, o Brent subia 0,71%, para 95,1 dólares por barril, enquanto o norte-americano WTI avançava 1,28%, para 92,65 dólares. O petróleo negoceia, assim, em máximos de dez meses, e, de acordo com a mesma agência, já são vários os analistas que preveem que a cotação do Brent supere mesmo os 100 dólares em breve.

Preço do Brent toca 95 dólares

Fonte: Refinitiv

Esta é a quarta sessão seguida de subida dos preços do petróleo, que também está a ser motivada pela menor produção de petróleo de xisto nos EUA. Os preços do petróleo já acumulam subidas nas últimas três semanas consecutivas.

A mexer com o mercado estão ainda declarações do ministro da Energia da Arábia Saudita proferidas esta segunda-feira: no Congresso Mundial do Petróleo, em Calgary (Canadá), Abdulaziz bin Salman defendeu os cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e regulação mais leve para limitar a volatilidade. O responsável admitiu também incerteza quanto à procura de petróleo pela China, que é o maior importador da matéria-prima, bem como quanto ao crescimento económico na Europa e a subida dos juros para controlar a inflação.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h53)

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Hoje nas notícias: “Raspadinhas”, ferrovia e Savannah

  • ECO
  • 19 Setembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Um estudo feito para o Conselho Económico e Social (CES) estima que 100 mil pessoas em Portugal tenham problemas de jogo com as “raspadinhas”. Em 23 anos, Portugal perdeu 460 quilómetros de ferrovia e oito linhas, de acordo com outro estudo da Greenpeace. Em destaque está também a notícia de que as empresas que aumentem em 8% os trabalhadores administrativos ficam excluídas do incentivo em IRC.

Cerca de 100 mil têm problemas de jogo com “raspadinhas”

Os problemas de jogo com as “raspadinhas” podem afetar 1,21% da população adulta, estima um estudo encomendado pelo Conselho Económico e Social (CES) sobre o perfil dos jogadores e níveis de doenças associadas a este tipo de jogo. Significa que as “raspadinhas” implicam problemas de jogo em cerca de 100 mil cidadãos, dos quais 30 mil “quase de certeza têm doença instalada, ou seja, perturbação de jogo patológico”, explica Pedro Morgado, psiquiatra e investigador da Universidade do Minho que coordenou este estudo, a par com o economista Luís Aguiar-Conraria.

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Com menos 460 quilómetros, Portugal é o terceiro país que mais perdeu ferrovia

Um estudo divulgado esta terça-feira pela Greenpeace revela que a rede ferroviária portuguesa diminuiu 18% entre 1995 e 2018. Tendo em conta o grupo de países analisados pela organização ambientalista, que inclui os restantes 26 Estados-membros da União Europeia, o Reino Unido, a Noruega e a Suíça, trata-se do terceiro maior declínio, que se traduz no encerramento de oito linhas e menos 460 quilómetros de extensão. Em contrapartida, no mesmo período de 23 anos, Portugal ganhou mais 2.378 quilómetros de estradas, um aumento de 346%.

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Aumentos de 8% para administrativos fora do incentivo em IRC

Um ofício final da Autoridade Tributária exclui do incentivo ao IRC as empresas que tiverem de suportar os aumentos salariais de cerca de 8% atribuídos a 94 mil trabalhadores administrativos, determinado pela chamada portaria de condições de trabalho, já publicada pelo Governo. Entretanto, está a ser negociado o formato do apoio para o ano fiscal de 2024, com os patrões a defenderem a duplicação do apoio e a aplicação do incentivo dependente dos efetivos aumentos (e não das convenções coletivas).

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Joana Vasconcelos perde disputa de 1,5 milhões com o Fisco

Num processo que opôs Joana Vasconcelos ao Fisco, no qual estava em causa uma fatura de 1,5 milhões de euros em IRS, o Centro de Arbitragem Administrativa decidiu dar razão à Autoridade Tributária. A artista plástica tinha optado por trabalhar através de uma sociedade tributada pelas regras normais do IRC, mas o tribunal arbitral entende que o regime da transparência fiscal das sociedades de profissionais aplicado às atividades artísticas dita o pagamento do IRS correspondente como rendimento da categoria B. A artista não se conforma e vai “prosseguir a discussão jurídica nos tribunais”.

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Savannah procura parceiros para mina de lítio e prevê receitas anuais de 300 milhões

A Savannah Resources está à procura de parceiros estratégicos para a mina de lítio do Barroso em Boticas, Vila Real, onde espera produzir minério suficiente para 500 mil veículos por ano. A companhia britânica revela que o projeto já reuniu o “interesse” de “refinadores, participantes na cadeia de valor de baterias, fabricantes de componentes, traders e mais”, esperando gerar receitas anuais de 304 milhões de dólares (285 milhões de euros). No entanto, ao contrário de notícias que indicavam noutro sentido, garante “não estar atualmente em processo de venda em relação ao projeto de lítio do Barroso, ou em relação à própria empresa”.

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  • 19 Setembro 2023

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