Direções do Jornal de Notícias e d’O Jogo também se demitem. TSF apela ao “sobressalto cívico”

Trabalhadores da TSF, reunidos em Assembleia, apelam a "um sobressalto cívico". Direção do DN mostra "a mesma solidariedade com o JN que foi mostrada pelo JN aquando dos cortes efetuados no DN”.

As direções do Jornal de Notícias (JN) e do jornal O Jogo também apresentaram a demissão. A decisão foi formalizada esta quinta-feira, dois dias depois da demissão em bloco da direção da TSF.

Inês Cardoso, Pedro Ivo Carvalho, Manuel Molinos e Rafael Barbosa, e ainda ao diretor de Arte, Pedro Pimentel, e também Vítor Santos e Jorge Maia, d’O Jogo, seguiram assim o caminho da direção da TSF.

Os conselhos de redação dos dois títulos já se pronunciaram. Foi “uma tomada de posição conjunta dos diretores que entendemos como um sinal inequívoco de que esta redação e quem a lidera não aceita que se possa denegrir publicamente um jornal, os seus leitores e até uma região e um país“, afirma o Conselho de Redação do Jornal de Notícias.

“O CR enaltece o esforço e a forma empenhada como a direção do JN aguentou o jornal nos tumultuosos tempos que atravessámos juntos, particularmente difíceis nos últimos meses, tentando fazer o melhor jornal todos os dias, independentemente dos meios e vontades que tivemos ao nosso lado”, prossegue o órgão.

Os representantes dos jornalistas reforçam a “forma empenhada, abnegada e com enormes sacrifícios pessoais” com que a direção zelou “pela manutenção do espírito e da matriz do JN, um jornal próximo dos leitores há 135 anos”, destacando que “um jornal que não é de quem o faz, mas de quem o compra – e foram mais de 23 mil em outubro – e de quem o lê, cerca de 400 mil, todos os dias, entre papel e online, que lideramos em Portugal”.

No caso d’O Jogo, o Conselho de Redação afirma que “a direção sustentou a decisão na degradação das condições tecnológicas, funcionais e de recursos humanos, revelando uma vez mais o esforço e sacrifício de todos os jornalistas para garantir o bom desempenho de O Jogo em todas as plataformas. Os mesmos profissionais que têm sido duramente afetados nos últimos tempos por uma série de decisões e comunicações, com impacto profundo nas respetivas famílias”.

A demissão surge um dia após a entrevista de José Paulo Fafe, CEO do grupo, ao +M. Nesta, o ex jornalista e agora gestor confirmava o número de trabalhadores que é suposto saírem de cada título, falando também do desempenho e planos para cada um dos títulos do grupo.

Entretanto, a Assembleia de Trabalhadores da TSF reunida esta quarta-feira, também emitiu um comunicado, ao qual o +M teve acesso, no qual afirma que “perante o anunciado corte de 30 trabalhadores, a conclusão é unânime: o projeto editorial da TSF está ameaçado de morte. Os trabalhadores estão profundamente preocupados com a extinção de um projeto com 35 anos de história, marca inabalável do jornalismo livre, uma referência na informação em Portugal: a rádio que mudou a Rádio”.

“É completamente impossível fazer esta rádio de notícias, projeto inigualável, ainda hoje, em Portugal, tal como os portugueses a conhecem, com menos 30 pessoas, quase metade do número atual de trabalhadores”, afirmam, manifestando ainda “perplexidade com o facto de, ao fim de pouco mais de dois meses, o projeto de investimento previsto pela direção escolhida por esta administração ter sido completamente descartado, o que levou à demissão em bloco da estrutura diretiva“.

A entrevista ao +M/ECO é também referida. “Apesar das inúmeras referências públicas do CEO do Global Media Group à ‘previsível falência’ do grupo, sabemos que não existe qualquer fundamento para encerrar a TSF. Facto é que as mais recentes declarações do CEO do GMG que, em entrevista ao jornal ECO, mostram que a TSF é para continuar. No entanto, a nota de que a TSF ‘tem de ser renovada, para não dizer refundada’, fazem soar os alarmes. Uma TSF ‘refundada’ não será nunca a TSF! Será outra coisa qualquer”, escrevem.

Assim, “os trabalhadores reunidos em Assembleia apelam a um sobressalto cívico”. “A sociedade deve estar ciente de que a mudança da linha editorial da TSF, agrava a atual conjuntura da comunicação social e representa um claro retrocesso para a democracia em Portugal”, concluem.

DN mostra “a mesma solidariedade com o JN que foi mostrada pelo JN aquando dos cortes efetuados no DN”.

Também o Conselho de Redação do Diário de Notícias esteve reunido, no início da semana, para fazer um balanço do primeiro mês da direção liderada por José Júdice. No comunicado ao qual o +M teve acesso, o CR refere que o diretor afirmou “ter a certeza” que a reestruturação do grupo não porá em causa a reestruturação prevista para o DN.

O diretor revelou que tinha tido autorização da administração para reforçar o orçamento, num valor quatro vezes superior ao atual, para distribuir entre novos colunistas e colaboradores em todas as secções, em particular na área da sociedade e cultura”, revelam também.

Foi ainda avançado que “uma das ideias que estará a ser pensada, declarou, passa por a redação do Dinheiro Vivo (DV) poder ser integrada na redação do DN, reforçando assim o jornal”.

O diretor terá ainda revelado “que, no âmbito da aposta que reiterou querer fazer na secção internacional do DN, foi acordado com o New York Times (NYT) a utilização sem limite de todo o conteúdo editorial do NYT, incluindo colunistas como Krugman, Friedman, etc, à nossa escolha e em todas as áreas, tanto no papel como no online. Temos ainda acesso a publicações associadas como a Slate, e ao arquivo fotográfico do NYT”.

José Júdice terá ainda rejeitado a ideia “que alguns querem passar de que os cortes previstos no JN sejam para manter o DN em funcionamento” e defendeu, escreve o CR, “a mesma solidariedade com o JN que foi mostrada pelo JN aquando dos cortes efetuados no DN”.

 

(notícia atualizada às 15h05)

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Energéticas do PSI disparam em dia de acordo sobre desenho do mercado elétrico

A EDP Renováveis destaca-se, ao valorizar mais de 7%.

As cotações da EDP, EDP Renováveis, Greenvolt e Galp estão a subir expressivamente na bolsa de valores, com destaque para a EDP Renováveis, que segue a valorizar mais de 7%.

A EDP está a valorizar 3,73% para os 4,617 euros por ação, a EDP Renováveis sobe 7,35 euros para os 18,18 euros, a Greenvolt vive um aumento de 3,79% para os 7,67 euros e a Galp Energia dá um salto de 1,47% para os 13,48 euros.

O índice de referência em Portugal, o PSI, segue também em alta, com uma valorização de 1,54% para os 6.556,54 pontos.

Este momento positivo para as cotadas da área da energia que fazem parte do índice nacional acontece no mesmo dia em que foi anunciado um acordo político para reformar o mercado comunitário da eletricidade, o qual tem como fim impulsionar a implantação de energias renováveis e promover preços estáveis e acessíveis.

O acordo foi obtido após dez horas de negociações entre o Parlamento Europeu, o Conselho da União Europeia (UE) e a Comissão Europeia, ao fim de dez horas de negociações em Estrasburgo, França.

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“Não é altura de baixar a guarda”, disse Lagarde. Reveja a conferência

  • ECO
  • 14 Dezembro 2023

Sem surpresas, o BCE deixou as taxas inalteradas em função da redução da taxa de inflação. Presidente Christine Lagarde diz que ainda "não é altura de baixar a guarda". Reveja a conferência.

O Banco Central Europeu (BCE) não surpreendeu voltou a deixar os juros inalterados na última reunião do ano. Em conferência de imprensa, a presidente Christine Lagarde reconheceu a redução da inflação, mas sublinhou que ainda “não é altura de baixar a guarda”. Reveja a conferência.

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Porto de pesca de Vila Praia de Âncora tem grua móvel para descarga de pescado

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

A grua móvel foi a solução que a Docapesca encontrou para melhorar as condições de segurança dos pescadores na descarga do pescado. Antes a descarga de peixe era feita "à mão, caixa a caixa".

A Docapesca instalou na ponte-cais de betão do porto de pesca de Vila Praia de Âncora uma grua móvel para melhorar as condições de segurança dos pescadores na descarga do pescado, revelou esta quinta-feira a Câmara de Caminha.

“Já está no porto de Vila Praia de Âncora uma grua móvel de 500 quilogramas, instalada na ponte-cais de betão. Esta é a solução imediata que a Docapesca — Portos e Lotas, SA encontrou para os pescadores terem condições de segurança”, afirma aquela autarquia do distrito de Viana do Castelo, em comunicado.

No dia 06, a Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora alertou que a descarga de peixe era feita “à mão, caixa a caixa”, pelo único pontão fixo do porto daquela localidade, após os dois flutuantes terem ficado inoperacionais.

Em 11 de dezembro, a Docapesca abriu um concurso com o preço base de 150 mil euros para “reposicionamento e reforço de amarrações do cais flutuante de apoio à pesca” no porto de Vila Praia de Âncora.

Esta quinta-feira, a Câmara de Caminha assinala que “a solução imediata para que os pescadores pudessem dispor de condições de segurança foi a instalação da grua móvel na ponte-cais de betão”, uma vez que se prevê que a intervenção agora em concurso fique “concluída até maio de 2024”.

A autarquia diz ter recebido da Docapesca a informação de que, “na zona sul do porto (área da náutica de recreio), o cais flutuante foi retirado para seco porque se estava a partir devido ao assoreamento e será reposicionado quando houver nova dragagem”.

“Da mesma forma, refere a Docapesca, na zona norte do porto (área da pesca profissional) o cais flutuante que foi instalado em 2019 fica muito exposto à água que galga o molhe, desloca-se e separa-se da ponte de acesso”, descreve a Câmara.

O município diz também que aquele cais está “afastado da ponte de acesso, sem permitir que se faça a descarga do pescado através dele”.

Contactada pela Lusa em 06 de dezembro, a Docapesca explicou que a resolução do problema estava dificultada pelo assoreamento da bacia portuária, estando prevista uma dragagem.

“Relativamente aos pontões flutuantes, tiveram de ser retirados há cerca de um ano para reparação, não tendo sido ainda possível a sua recolocação, devido a questões de segurança relacionados com o agravamento do assoreamento da bacia portuária. Está prevista a realização de uma dragagem por parte da DGRM — Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, no final do inverno marítimo em 2024”, indicou.

A Associação de Pescadores assinalou que “sete embarcações já saíram” do porto de Vila Praia de Âncora para operar noutros portos, por não conseguirem fazer a descarga do pescado.

Mantêm-se no porto de pesca 15 embarcações profissionais, que enfrentam “problemas de segurança” com a descarga manual para o único pontão acessível, indicou o presidente da entidade, Vasco Presa.

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Encaminhamento de doentes pelos hospitais para centros de saúde será faseado

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

Em causa está a decisão de coferir aos hospitais o poder de encaminhar para consulta nos centros de saúde, no mesmo dia ou no dia seguinte, doentes triados com pulseiras azuis ou verdes das urgências.

O ministro da Saúde explicou esta quinta-feira que o encaminhamento pelas urgências hospitalares de doentes não urgentes para centros de saúde será feito de forma faseada, tendo em conta a cobertura de médicos de família de cada área.

Em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, à margem da apresentação de um estudo sobre o impacto da Covid-19 naquele concelho, Manuel Pizarro explicou que o objetivo da portaria sobre o reencaminhamento de doentes não urgentes pelos hospitais, que está em discussão publica, é “melhorar o atendimento” no Serviço Nacional de Saúde.

Na sua edição desta quinta-feira, o jornal Público refere que o Governo quer retirar das urgências hospitalares os casos não urgentes e reduzir a procura excessiva daqueles serviços, para o que delineou uma portaria que confere aos hospitais o poder de encaminhar para consulta nos centros de saúde, no mesmo dia ou no dia seguinte, os doentes triados com pulseiras azuis ou verdes das urgências.

“O objetivo da reforma que estamos a produzir nas urgências é melhorar o atendimento às pessoas, é garantir que as pessoas que vão à urgência porque têm uma situação que justifique a ida às urgências são atendidas de forma mais célere, protegendo a sua vida (…) e que todas as outras pessoas também são atendidas de forma célere nos níveis de cuidados adequados”, explicou Manuel Pizarro, quando questionado sobre aquela portaria.

Segundo explicou o ministro, em Portugal “há uma realidade já diagnosticada há muitos anos” no que diz respeito ao recurso às urgências hospitalares: “Nós somos o país do mundo desenvolvido onde há mais recurso à urgência. Em 2022, por cada 100 portugueses, registámos 63 episódios de urgência, a média da OCDE é 27″, apontou.

“Isto significa que nós não estamos a oferecer bons cuidados às pessoas, porque se há um recurso excessivo à urgência isso causa sobrelotação das urgências“, alertou.

Para fazer face à procura excessiva das urgências hospitalares, a Direção Executiva do SNS está a estudar novas possibilidades, estando já em curso um projeto-piloto no Hospital de Vila do Conde/ Póvoa de Varzim desde o início de maio.

“Oferecemos boas alternativas, em alguns casos autocuidados através da Linha SNS 24, uma explicação dos cuidados que as pessoas devem ter e um período de vigilância em que a própria linha volta a ligar para avaliar se os cuidados sugeridos resultaram ou não”, enumerou Manuel Pizarro.

Outra possibilidade é reencaminhar as pessoas no próprio dia ou na manha do dia seguinte para uma consulta nos cuidados de saúde primários e noutros casos reencaminhar para uma consulta externa do Hospital no próprio dia ou no dia seguinte, explanou.

No entanto, o ministro deixou uma ressalva: “Essa alternativa tem de estar disponível, não é dizer à pessoa que vá procurar consulta. Ele tem de sair dali com a consulta com a hora marcada“, disse. Por esse motivo, a aplicação da portaria tem que ser feita faseadamente.

“Nos locais onde a cobertura de médicos de família é ainda insuficiente, um projeto destes não pode andar com o mesmo ritmo que em locais onde as alternativas já estão no terreno e são alternativas com valor e capacidade”, disse.

Manuel Pizarro referiu ainda que as urgências em Portugal atendem uma média diária de 17 mil pessoas e, dessas, “quatro ou cinco mil [são] enviadas pelo 112”.

“Há dois terços que não vão enviadas pelo sistema de emergência hospitalar. As que são não se discute. (…) O que nós desejaríamos é que as outras pessoas ligassem para a Linha de Saúde 24” para receberem orientações, explicou.

Quanto aos resultados do projeto-piloto em curso na Póvoa de Varzim/Vila do Conde, Manuel Pizarro adiantou que “mais do que duplicou” o número de pessoas que ligaram para a Linha de Saúde 24.

“O que prova é que se nós fizermos este trabalho as coisas vão evoluindo, o que não podemos fazer é resignar-nos e não fazer nada”, concluiu.

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Abrandamento da inflação leva BCE a manter taxas de juro inalteradas

O Banco Central Europeu seguiu as pisadas da Fed e do Banco de Inglaterra e decidiu não mexer nas taxas de juro diretoras pela segunda vez, após dez subidas consecutivas.

O Banco Central Europeu (BCE) manteve inalteradas as taxas diretoras pela segunda vez consecutiva, após dez subidas consecutivas num valor global de 450 pontos base desde julho de 2022, e depois de tanto a Reserva Federal norte-americana (Fed) como o Banco de Inglaterra não terem mexido nas suas taxas de juro.

Com esta decisão, a taxa da facilidade permanente de depósito mantém-se nos 4%, a taxa da facilidade permanente de cedência de liquidez nos 4,75% e a taxa das operações principais de refinanciamento mantém-se nos 4,5%.

A sustentar a decisão do BCE está o forte abrandamento da inflação da Zona Euro, que só nos últimos meses caiu para metade. Os últimos dados do Eurostat apontam para uma taxa de inflação homóloga de 2,4% em novembro, o nível mais baixo desde julho de 2021.

No entanto, o BCE alerta para que “embora a inflação tenha descido nos últimos meses, é provável que volte a subir temporariamente no curto prazo”, não deixando de referir que, segundo “as projeções macroeconómicas mais recentes para a área do euro elaboradas por especialistas do Eurosistema, a inflação deverá descer gradualmente durante o próximo ano, aproximando‑se depois do objetivo, estabelecido pelo Conselho do BCE, de 2% em 2025.”

“O Conselho do BCE está determinado a assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de médio prazo de 2%. Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE considera que as taxas de juro diretoras do BCE estão em níveis que, se forem mantidos por um período suficientemente longo, darão um contributo substancial para esse fim“, lê-se no comunicado do banco central.

Apesar de um aperto no curto prazo, o BCE antecipa que a economia do espaço do euro deverá recuperar, “devido à subida dos rendimentos reais – com as pessoas a beneficiarem da descida da inflação e do aumento dos salários – e à melhoria da procura externa.”

Apesar de também a inflação subjacente ter novamente abrandado, o Conselho do BCE revela que “as pressões internas sobre os preços permanecem elevadas, devido sobretudo ao forte crescimento dos custos unitários do trabalho.”

A instituição liderada por Christine Lagarde considera também que os anteriores dez aumentos das taxas de juro continuam a ser “transmitidos de forma vigorosa à economia”, salientando que “as condições de financiamento mais restritivas estão a refrear a procura, o que está a ajudar a reduzir a inflação.”

Apesar de um aperto no curto prazo, o BCE antecipa que a economia do espaço do euro deverá recuperar, “devido à subida dos rendimentos reais – com as pessoas a beneficiarem da descida da inflação e do aumento dos salários – e à melhoria da procura externa.”

O BCE destaca que os especialistas do Eurosistema projetam um aumento do crescimento médio da Zona Euro 0,6% em 2023 para 0,8% em 2024 e 1,5% em 2025 e 2026.

Além de manter inalteradas as taxas de juro, o Conselho do BCE também decidiu prosseguir com a normalização do seu balanço. “Durante o primeiro semestre de 2024, [o BCE] pretende continuar a reinvestir, na totalidade, os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos ao abrigo do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica (pandemic emergency purchase programme – PEPP).”

Para o segundo semestre do próximo ano, o Conselho do BCE revela que a instituição responsável pela política monetária da moeda única tenciona reduzir a carteira do PEPP, em média, em 7,5 mil milhões de euros por mês e descontinuar os reinvestimentos no âmbito do PEPP no final de 2024.

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MB Way liga-se aos telemóveis de Espanha e Itália em 2024

Em 2024 será possível usar o MB Way para enviar e receber dinheiro instantaneamente de e para um número de telemóvel espanhol ou italiano. Sibs fechou acordo com líderes em Espanha e Itália.

A SIBS assinou um acordo com as principais plataformas de pagamentos instantâneos espanhol (Bizum) e italiano (Bancomat) para ligar as redes entre si. “Este acordo pretende permitir que os utilizadores façam pagamentos instantâneos simples, convenientes e seguros utilizando o seu telemóvel entre os três países”, adianta a SIBS em comunicado.

Estas três plataformas – que disponibilizam pagamentos Person-to-Person (P2P) e Person-to-Business (P2B) – são já utilizadas por 42,7 milhões de pessoas, tendo realizado quase 1,5 mil milhões de pagamentos em 2023 nos três países.

Num primeiro momento, será feito o desenvolvimento da interoperabilidade P2P em 2024, “um primeiro passo a ser seguido por outros métodos de pagamento no futuro”, nomeadamente em relação às operações P2B (compras em lojas, restaurantes e outros estabelecimentos).

O acordo — assinado em Lisboa através de uma Carta de Intenções — abre ainda a porta a outras soluções de pagamento europeias “em fases posteriores desta iniciativa”.

“Esta parceria vai permitir aos nossos utilizadores em Portugal enviar e receber dinheiro instantaneamente de/para um número de telemóvel espanhol ou italiano, de forma cómoda e segura”, explica Madalena Cascais Tomé, CEO da SIBS.

“Acreditamos que a interoperabilidade entre as soluções europeias de pagamentos móveis desbloqueia o potencial dos pagamentos imediatos na SEPA e estabelece as bases para pagamentos pan-europeus verdadeiramente eficientes e inovadores”, acrescenta.

Este acordo surge num momento em que o Banco de Portugal se encontra a ultimar o lançamento de uma solução “concorrente” à da SIBS — que é detida pelos principais bancos — com o objetivo de disponibilizar esta funcionalidade a todo o mercado e fomentar as transferências instantâneas.

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Concorrência dos depósitos e queda da poupança testam liquidez dos fundos em 2024

A subida das taxas de juro tem-se traduzido numa maior atratividade dos depósitos, que poderão atrair mais dinheiro das famílias.

Os fundos de investimento nacionais registam volumes de entradas positivas em 2023, apesar do ambiente de incerteza a nível global e da subida das taxas de juro. No entanto, o movimento recente de aumento de remunerações dos depósitos poderá vir aumentar a concorrência pelas poupanças dos portugueses, que estão em queda, colocando pressão na liquidez dos fundos, alerta a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Depois de vários meses marcados por subidas tímidas de juros, que ficaram muito aquém do movimento de aumento de taxas na Zona Euro, os bancos portugueses aceleraram a subida de remunerações destes produtos de poupança. A taxa de juro média dos novos depósitos de particulares subiu de 2,29% em setembro para 2,93% em outubro. Um nível de remuneração que pode vir a roubar dinheiro a outras aplicações, como os fundos de investimento.

“A remuneração dos depósitos bancários tem aumentado nos últimos meses, pelo que, este efeito, ainda recente, de maior concorrência, associado à redução progressiva da taxa de poupança das famílias – que passou, entre junho de 2021 e 2023, de cerca de 11,7% para 5,7% do rendimento disponível, a percentagem mais baixa dos últimos 15 anos – poderá vir, em 2024, a testar os níveis de liquidez de alguns fundos de investimento abertos”, avisa a CMVM no seu Risk Outlook para 2024.

A remuneração dos depósitos bancários tem aumentado nos últimos meses, pelo que, este efeito, ainda recente, de maior concorrência, associado à redução progressiva da taxa de poupança das famílias, poderá vir, em 2024, a testar os níveis de liquidez de alguns fundos de investimento abertos.

Risk Outlook da CMVM para 2024

O regulador liderado por Luís Laginha de Sousa acrescenta, porém, que, “num possível contexto de movimentos de resgate nos fundos de investimento mobiliário (FIM) nacionais em 2024, o choque adverso para o mercado de capitais nacional, por via da alienação de ativos a que os FIM possam vir a ter de incorrer, seria relativamente limitado, visto que os instrumentos financeiros nacionais (ações, dívida pública, dívida privada e unidades de participação) representavam, no final de outubro de 2023, apenas 4% (ou 707 milhões de euros) da carteira dos FIM”.

Apesar do risco de maior concorrência associado à subida de juros dos depósitos, até agora os fundos de investimento mobiliário têm mostrado resiliência, tendo captado, até ao final de outubro, cerca de 421,5 milhões de euros.

Correção de preços é risco para fundos imobiliários

Ao contrário dos fundos mobiliários, os produtos que investem em ativos imobiliários têm assistido a uma saída de poupança, no valor de 26 milhões de euros. Olhando para 2024, a CMVM alerta que o principal risco está relacionado com uma possível correção de preços no setor imobiliário, o que poderia colocar pressão ao nível da liquidez.

“A manutenção das taxas de juro em níveis mais elevados poderá levar a correções de preços no mercado imobiliário residencial e comercial (no qual os FII – Fundos de Investimento Imobiliário – maioritariamente investem), e colocar assim pressão na liquidez dos FII”, refere o mesmo relatório, acrescentando que “possíveis choques de liquidez, por via de resgates em volume anormalmente elevado, teriam efeitos bastante diferenciados, na medida em que a grande maioria dos imóveis das respetivas carteiras se encontra em Portugal, além de que o liquidity mismatch entre ativos e passivos dos FII é manifestamente superior ao dos FIM”.

A manutenção das taxas de juro em níveis mais elevados poderá levar a correções de preços no mercado imobiliário residencial e comercial (no qual os FII – Fundos de Investimento Imobiliário – maioritariamente investem), e colocar assim pressão na liquidez dos fundos imobiliários.

Risk Outlook da CMVM para 2024

Dito isto, as comissões e ‘janelas’ de resgate aplicadas nos fundos imobiliários “poderão fazer face a uma desmobilização de capital e permitir uma adequada gestão dessa liquidez pelas entidades gestoras dos FII”.

Crise na dívida tem impacto, mas é “limitado” a máximo de 2%

O movimento de subida de taxas de juro a nível global tem tido grande impacto nos mercados e no desempenho dos ativos. Com as carteiras dos fundos de investimento em Portugal muito expostas a obrigações, estes produtos poderão ser negativamente afetados num cenário adverso de maiores subidas de juros – o que não se está a perspetivar neste momento, uma vez que tanto a Reserva Federal dos EUA como o Banco Central Europeu (BCE) estão a dar indicações no sentido de começarem a descer juros já em 2024.

Segundo a CMVM, no final de outubro de 2023, 39,6% do património dos FIM encontrava-se alocado a obrigações de dívida pública e privada ou a instrumentos equiparados (7.064,2 milhões de euros). Já no caso da gestão individual de carteiras, o investimento direto em títulos de dívida situava-se nos 54,9% (17.717 milhões de euros). Esta exposição é ainda maior, uma vez que tanto nos fundos como na gestão de carteiras há exposições indiretas a títulos de dívida através de posições em ETF e noutros fundos de investimento.

Entre os 15 fundos de investimento mobiliário com maior investimento em obrigações denominadas em euros e dólares, as perdas potenciais num cenário adverso oscilam entre 0,15% e 2,13% do valor total dessas obrigações.

Risk Outlook da CMVM para 2024

Uma vez que a valorização dos instrumentos de dívida é influenciada pelas variações das taxas de juro de mercado, a CMVM calcula que, num cenário adverso marcado por maiores oscilações de taxas de juro, “entre os 15 fundos de investimento mobiliário com maior investimento em obrigações denominadas em euros e dólares, as perdas potenciais num cenário adverso oscilam entre 0,15% e 2,13% do valor total dessas obrigações”. Entre estes FIM, quatro apresentam perdas potenciais superiores a 1,5%, sendo que, em média, “as perdas para este setor situam-se em 1,2% do valor gerido da dívida denominada em euros e dólares”.

No caso da gestão de carteiras, as perdas potenciais são superiores. “Já entre as entidades responsáveis pela GIC, seis registam perdas potenciais superiores a 1,5% sendo que para três delas essas perdas são superiores a 2%. Em termos agregados, as perdas potenciais totalizam 2%”, conclui a CMVM.

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Finangeste vende Fórum Barreiro a investidores internacionais, um ano após compra ao BCP

Há menos de um ano, a empresa de recuperação de créditos tinha adquirido este centro comercial na cidade Barreiro ao BCP por pouco mais de três milhões de euros.

A Finangeste anunciou esta quinta-feira a venda do centro comercial Fórum Barreiro a um family office internacional e a uma empresa internacional de promoção imobiliária. A identidade não foi revelada, assim como o preço desta transação.

A conclusão da venda acontece menos de um ano depois de a empresa de recuperação de créditos ter adquirido o shopping ao BCP por pouco mais de três milhões de euros e “em parceria com investidores nacionais”, ficando com 100% das ações da sociedade Multi 24, S.A.

Localizado no centro da cidade do Barreiro e inaugurado em 2008, o espaço comercial teve “obras ligeiras” e foi “melhorado através de investimento, reposicionamento no mercado e novas medidas de gestão”. A Finangeste, que se apresenta como uma das principais promotoras imobiliárias em Portugal, estimou em janeiro um investimento de quatro milhões de euros na modernização.

O imóvel, com dois pisos acima de solo e duas caves, tem uma área bruta locável (ABL) aproximada de 17.974 metros quadrados e “conta agora com insígnias de renome internacionais e continua a ser alvo de comercialização”. Neste negócio, a Finangeste contou com o apoio de parceiros externos como a CMS na estruturação legal e a EY na estruturação fiscal.

Fundada em 1978 pelo Governo português para atuar como gestor de ativos ao serviço do Banco de Portugal e de outros doze bancos, a Finangeste passou a empresa privada em 2015. Coinveste com investidores internacionais e atualmente gere mais de mil milhões de euros em ativos em Portugal.

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Quase 14% dos anúncios de emprego são vagas para informáticos

Portugal é dos países da UE onde vagas para informáticos mais pesam no total dos anúncios online de emprego. Só Eslováquia, Chipre, Luxemburgo e Áustria superam a fatia portuguesa.

De todos os anúncios de emprego divulgados online nos países da União Europeia (UE), 8,5% são vagas para especialistas das tecnologias de informação e comunicação. É na Eslováquia que é mais expressiva a fatia de oportunidades nesse setor no total de ofertas. Já Portugal está em quinto lugar nessa tabela. Por cá, 13,7% dos anúncios de empresas procuram informáticos.

“Entre o quarto trimestre de 2022 e o terceiro trimestre de 2022, 8,5% dos anúncios de emprego online na UE foram dirigidos a especialistas das tecnologias de informação e comunicação”, informou esta quinta-feira o Eurostat.

Entre os Estados membros, foi na Eslováquia que a fatia de oportunidades no setor informático foi mais robusta. Nesse país, 16,5% dos anúncios de emprego de empresas estavam à procura destes profissionais.

Seguem-se o Chipre (14,8%), o Luxemburgo (14,7%) e a Áustria (14,4%). E Portugal aparece em quinto lugar na tabela europeia, já que 13,7% dos anúncios publicados por cá foram para especialistas em TIC.

Em contraste, a Eslovénia (3,7%), a Finlândia (4,1%), a Croácia (4,3%), a Dinamarca (5,7%) e a Roménia (6,1%) foram os países europeus onde as vagas para informáticos menos pesaram no total de anúncios publicados online, no período referido.

Os dados divulgados esta manhã permitem ainda perceber que empregos em concreto, dentro do setor informático, são mais populares.

Na UE, 59,1% das vagas para informáticos dirigiam-se especificamente a analistas de software e applications, bem como a software e applications developers. Outros 11% desses anúncios diziam respeito a vagas para técnicos de suporte. E 9,8% eram para profissionais de bases de dados e redes.

De notar que, entre os vários Estados-membros, Portugal registou a maior fatia de vagas de emprego para técnicos de suporte (27%), seguindo-se a Eslováquia (23,5%) e Malta (20,5%).

De acordo com uma análise recente da Manpower, o setor das tecnologias de informação tem das perspetivas de contratação são mais otimistas em Portugal, quanto ao primeiro trimestre do próximo ano.

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Politécnico de Viseu constrói nova residência com 150 camas

  • Lusa
  • 14 Dezembro 2023

A nova residência do Instituto Politécnico de Viseu terá capacidade para 150 camas. Paralelamente, serão requalificadas as três residências de estudantes do Campus Politécnico.

O Instituto Politécnico de Viseu (IPV) vai construir uma quarta residência para estudantes e requalificar as três existentes, disse esta quinta-feira o presidente.

“No âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] vamos avançar agora com a requalificação das três residências de estudantes do Campus Politécnico e também com a edificação de uma nova, a quarta, junto das existentes”, adiantou José Costa.

O presidente do IPV esclareceu à agência Lusa que a nova residência será para 150 camas e haverá ainda dois novos espaços anexos, que serão salas de estudo, sendo que uma delas funcionará 24 horas.

“O valor total é superior a 10 milhões de euros e é financiado a 100% pelo PRR. As obras deverão começar nos primeiros meses de 2024 para terminarem até ao final do ano de 2025″.

As três residências estudantis existentes, que totalizam 320 camas, foram “construídas há mais de 25 anos e nunca sofreram requalificação, ou seja, eram obras há muito desejadas” pelo IPV.

“Esta obra é um passo importantíssimo para o instituto, não só para os estudantes que estão nas residências, como também para atrair novos alunos”.

José Costa considerou que o maior desafio que se coloca nas instituições de ensino superior é o de ter fatores de atratividade que, simultaneamente, poupem o excesso de custo das famílias dos estudantes.

“Termos alojamentos a baixo custo é um fator de atratividade, mas temos de ter também condições nas instituições para que as pessoas não se fiquem só pelo ensino à distância e se sintam bem e este é um enorme desafio”, sublinhou.

No entender deste responsável, “as condições para um estudante estar numa instituição, com qualidade, e com baixos custos, é um fator determinante de atratividade e de saúde mental” do aluno.

“Se há um estudante que sente que a família tem dificuldades em mantê-lo a estudar, isso é um forte fator de instabilidade e da saúde mental do aluno que tem, obviamente, repercussões na família”, apontou.

José Costa lembrou que, em Moimenta da Beira, “existem 15 camas, em Lamego também está a ser construída uma residência para 47 camas e, em Viseu, sob a responsabilidade da Câmara Municipal, vai nascer uma com capacidade para 52”.

O IPV tem, este ano letivo, 6.256 alunos distribuídos por todas as escolas que o integram, como as unidades orgânicas de Viseu e Lamego, e ainda Moimenta da Beira e Sernancelhe.

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Banco de Inglaterra volta a manter a taxa de juro nos 5,25%

A taxa de juro no Reino Unido mantém-se no nível mais elevado dos últimos 15 anos, mas com os investidores a anteciparem vários cortes em 2024.

O Banco de Inglaterra manteve inalterada a taxa de juro nos 5,25% após 14 subidas consecutivas, como era esperado pelo mercado, depois desta quarta-feira a Reserva Federal norte-americana (Fed) ter também tomado a decisão de manter as Fed Funds inalteradas.

Com esta decisão, Andrew Bailey, governador do banco central do Reino Unido, mantém a taxa de juro no nível mais elevado dos últimos 15 anos, não trazendo qualquer surpresa para o mercado que antecipava já esta decisão.

O foco dos investidores está já em 2024, com as taxas swaps a apontarem esta quinta-feira para cortes de 113 pontos base no próximo ano por parte do Banco de Inglaterra, apesar de recentemente Andrew Bailey ter colocado de parte um cenário de cortes de taxas e no decorrer da conferência de imprensa após a publicação da decisão ter alertado que “estamos mais cautelosos que os mercados.”

Em comunicado, o Banco de Inglaterra revela que esta decisão foi tomada por maioria por parte dos membros do Comité de Política Monetária, com seis elementos a defenderem a manutenção da taxa de juro e três a apontarem para uma subida de 25 pontos base para 5,5%.

Além disso, o Banco de Inglaterra reforçou a ideia de que as taxas de juro deverão manter-se elevadas por algum tempo. “Tal como ilustrado pelas projeções do Relatório de Política Monetária de novembro, o Comité continua a considerar que é provável que a política monetária tenha de ser restritiva durante um período de tempo prolongado.”

Com a inflação no Reino Unido a registar um abrandamento significativo nos últimos meses, passando de uma taxa homóloga de 6,7% em setembro para 4,6% em outubro, a instituição liderada por Andrew Bailey afasta um cenário de novos aumentos. “Seria necessária uma maior restritividade da política monetária se houvesse provas de pressões inflacionistas mais persistentes”, lê-se no comunicado do banco central.

Apesar destes sinais, o governador do Banco de Inglaterra sublinhou que “ainda há algum caminho a percorrer em matéria de inflação”, referindo que “tomaremos as decisões necessárias para o índice de preços no consumidor regresse aos 2%”, e deixou ainda um desejo: “Espero que estejamos no topo do ciclo das taxas de juro”.

O comunicado do Banco de Inglaterra revela ainda que na reunião desta quinta-feira não houve qualquer discussão sobre a possibilidade de haver um corte das taxas de juro e mostra uma preocupação por parte do banco central no facto de a inflação no Reino Unido continuar a ser mais rígida do que nos EUA e na Zona Euro.

Texto atualizado às 13h05 com declarações de Andrew Bailey.

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