Taxa Euribor desce a três meses e sobe a seis e 12 meses

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Taxas usadas no crédito da casa desceram a três meses, mas subiram a seis e a 12 meses. Euribor continuam abaixo de 4% nos três prazos.

As taxas usadas no cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos mistos esta terça-feira. A Euribor desce a três meses, mas subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira. Ainda assim, continuam abaixo de 4% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,928%, ficou abaixo da de seis meses (3,960%) e acima da de 12 meses (3,754%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 3,754%, mais 0,003 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, também subiu para 3,960%, mais 0,005 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses baixou para 3,928%, menos 0,030 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se na quinta-feira.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“Teremos a primeira pós-graduação em IA para gestão”

  • BRANDS' ECO
  • 12 Dezembro 2023

José Crespo de Carvalho, presidente da Comissão Executiva do ISCTE Executive Education, revela ao ECO a ambição da internacionalização e a modernização na oferta de cursos para atingir esse objetivo.

A ambição de internacionalizar cada vez mais a sua oferta tem levado o ISCTE Executive Education a fazer algumas adaptações nos programas de formação de executivos de que dispõe.

A diversificação dos catálogos dos programas em open enrolment, a promoção do ethos humano na formação executiva e, ainda, a integração de Inteligência Artificial na oferta têm sido algumas das mudanças que o ISCTE tem vindo a fazer.

Em entrevista ao ECO, José Crespo de Carvalho, presidente da Comissão Executiva do ISCTE Executive Education, explicou em detalhe todas estas mudanças e revelou a vontade de conseguir acabar 2024 com metade dos seus alunos de origem internacional.

Como é que o Iscte Executive Education (IEE) está a adaptar os seus programas de formação de executivos para incorporar perspetivas globais e preparar líderes para operar num ambiente de negócios internacional?

O IEE está a implementar intercâmbios internacionais, parcerias com instituições estrangeiras, e incluir estudos de caso e projetos que abordem desafios globais. E está a internacionalizar a sua atividade através da presença em mercados com potencial. Do Médio Oriente à Ásia e da Europa às Américas, latina e do Norte.

A internacionalização é o pilar essencial da estratégia do IEE há quase 5 anos e traduz-se por alargar a oferta formativa a outros mercados, sejam eles de língua portuguesa, sejam de outras línguas, neste caso oferecidos em inglês.

Trata-se de um movimento quase sem precedentes em termos de formação executiva em Portugal. A formação executiva usualmente “ficava por casa” e aproveitava os recursos, leia-se clientes, internos ao mercado. E, com isso, alimentava a sua operação de open enrolment e vice-versa.

No entanto, existindo tantos mercados e um decréscimo significativo das pirâmides etárias nas faixas mais jovens e promissoras em termos executivos futuros no mercado nacional, sobretudo quando analisadas a médio prazo, bem como um êxodo notável de bons quadros para trabalharem noutros países, então será interessante explorar várias alternativas fora de portas e por via de vários modelos. É isso que o Iscte Executive Education está a fazer na China, Médio Oriente, América Latina, EUA e Europa.

Por alguma razão fomos classificados pelo Financial Times como a operação de formação de executivos número 1 em Portugal, em diversidade e proveniência geográfica dos participantes, e número 14 no mundo. Por alguma razão temos levado a cabo um processo de internacionalização que corrobora estes resultados, tendo hoje uma carteira extensíssima de contactos internacionais e de prospects a explorar e muitos casos já efetivados. Não esquecer, como é óbvio, que apanhámos uma pandemia pelo meio que atrasou este desiderato, que consideramos chave na estratégia de desenvolvimento da formação de executivos.

Há objetivos? Claro que sim. Acabar 2024 com 50% de alunos internacionais e também 50% das receitas no mercado internacional.

De que maneira o Iscte Executive Education está a diversificar os seus catálogos de programas em open enrolment para atender às dinâmicas de procura por parte dos mercados, incluindo novos temas e formatos inovadores?

Estamos a introduzir cursos modulares, micro certificações, certificações médias e mais longas e diplomas de estudos pós-graduados, programas online com presença do docente, formatos e-learning e abordagens práticas para manter os nossos programas relevantes e atrativos.

Aliás, os programas serem práticos é uma característica nada despicienda na medida em que é isso que nos caracteriza desde há 35 anos, altura em que fomos criados. Chamamos a atenção, porém, para o facto de todas estas introduções se estenderem ao mercado internacional, onde se torna absolutamente relevante levar também inovação, novos temas e novos formatos.

Em abertura temos programas de mercado de capitais, na área das tecnologias, da qualidade, do place marketing e place branding, do desenvolvimento pessoal e coaching, da sustentabilidade, e teremos a primeira pós-graduação em inteligência artificial para gestão lançada em Portugal, a começar no próximo semestre, que esperamos que seja um turning point em tudo o que se faz em termos de formação executiva. Já usamos muitas ferramentas de Inteligência Artificial, mas, neste momento, e ao lançarmos uma pós-graduação, seremos os pioneiros nesta área, explorando mercados e abrindo horizontes a profissionais para usarem IA em Gestão e nas diversas áreas da gestão.

Já o disse, mas repito: continuamos a explorar igualmente novos formatos – formatos imersivos, formatos com desafios, jogos e todas as dimensões que consideramos importantes para estimular pessoas individual e coletivamente a fazerem mais e melhor.

José Crespo de Carvalho, presidente da Comissão Executiva do ISCTE Executive Education
O Iscte Executive Education está a fortalecer a sua posição no segmento corporativo, desenvolvendo programas customizados que atendem às necessidades específicas das empresas? Pode explicar-nos mais sobre isso?

Usamos muito a ideia de piloto. Um curso breve em piloto para testar uma ideia. E, depois, abrir esse tópico às instituições para que elas possam validar e aprofundar o piloto com um programa mais longo. No entanto, se isto é importante no mercado nacional, mais importante é no mercado internacional, onde há diferenças culturais assinaláveis.

Fomos a operação de formação de executivos que ficou em quinto lugar no mundo nos rankings do Financial Times, em termos de crescimento da formação corporate. Isso significa para nós uma responsabilidade muito grande, quer para continuar a crescer, quer para continuar a fazer mais e melhor.

Uma coisa satisfaz-nos muito: é muitíssimo raro uma empresa abandonar-nos depois de comprovar a excelência do serviço que oferecemos. O grau de retenção é enorme e isso é um motivo de orgulho para a nossa atividade corporate.

De que forma o Iscte Executive Education está a promover um ethos humano na formação executiva, garantindo proximidade ao participante e construção de um saber-saber, saber-fazer e saber-ser?

Primeiro temos de ter uma base sólida de valores a transmitir e partilhar. E, nesse aspeto, não transigimos nem um milímetro. Depois devemos explorar o domínio cognitivo (Saber-Saber), psico-motor (Saber-Fazer) e sócio-afetivo (Saber-Ser e Saber-Estar). Só assim as aprendizagens podem estar relacionadas com um pensamento lógico, teoria e conceitos, com a manipulação de instrumentos práticos de desenvolvimento de atividades e tarefas – sobretudo as mais orientadas para o acréscimo de valor, podem ser realizadas no domínio social e afetivo ou, também, através de componentes sociais e afetivas. Muito importante entrar em sentimentos, em comportamentos, em capacidade de adaptação à mudança e gestão dessa mudança, às relações pessoais e interpessoais e à maestria com que se abordam e ultrapassam obstáculos e desafios.

A mentoria, a atenção aos participantes, os projetos práticos, os grupos de trabalho, o desenvolvimento de competências interpessoais e o desenho de fronteiras éticas, de princípios e de valores torna-se absolutamente essencial.

Como é que o IEE planeia integrar tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial e a realidade virtual, para aprimorar a experiência de aprendizagem na formação de executivos?

Estamos a investir em plataformas online avançadas, em simulações virtuais e na “gamificação” para oferecer experiências de aprendizagem mais envolventes e de caráter mais aplicacional. Estamos, como já referi, a introduzir fortemente IA em praticamente todos os módulos e a compor programas à volta da IA. A Inteligência Artificial para Gestão será seguramente um passo à frente de todos os nossos concorrentes. Levá-la para o mercado internacional será, igualmente, uma experiência a não perder.

O Iscte Executive Education está a incorporar avaliação contínua e feedback no processo de formação executiva para garantir a relevância e eficácia dos programas?

Certamente que sim. A adoção de ferramentas de avaliação online, o feedback regular dos mentores e a construção conjunta e próxima com os participantes – e isto não é apenas discurso, verifica-se mesmo na prática – e os mecanismos de acompanhamento pós-programa para ajustar continuamente os currículos são absolutamente fundamentais.

Dar prioridade ao desenvolvimento de competências socio-emocionais, como inteligência emocional e liderança ética, na formação de executivos é um dos objetivos do IEE. Mas como o faz?

Há cada vez mais seminários, workshops e módulos específicos, há cada vez mais atividades práticas de resolução de problemas, e verifica-se um coaching e um mentoring individuais para promover um equilíbrio entre habilidades técnicas e competências interpessoais.

Finalmente, quer-nos falar da coleção de livros das Vozes? Para que fazem livros como 67 Vozes por Portugal, 101 Vozes pela Sustentabilidade, 71 vozes pela Competitividade, 77 vozes pela nossa Saúde ou 88 vozes sobre a Inteligência Artificial? E podem esperar-se mais?

As vozes são uma ligação à sociedade civil, a quem quiser participar. Com convites, bem certo. Mas feita a pessoas que estão na órbita da escola e pessoas que nada têm ou pouco têm a ver com ela. Procuramos trazer diversidade de pensamento, originalidade, pontos de vista diferentes, complementaridade, debate e conhecimento e partilha. Procuramos fazer um conjunto de readings que sejam serviço público, serviço à sociedade em geral e que permitam, a preços contidos, fazer chegar mensagens à sociedade, no seu todo, sobre as quais esta deveria estar informada e deveria gostar de participar.

Tudo começou em plana pandemia com a ideia das vozes por Portugal. Ninguém sabia para onde íamos e o que nos esperava depois. Foi uma belíssima forma de darmos um pontapé de saída para nos pormos a pensar em Portugal e no futuro. A partir daí surgiram as áreas temáticas, como a Sustentabilidade, a Saúde, a Competitividade, a Inteligência Artificial, e ainda temos estruturadas outras vozes, sendo um projeto de afirmação para e por Portugal. Portugal que sabe pensar. Portugal que quer participar. Portugal que pretende tornar-se melhor e mais estruturado e que tem ideias e sabe como levar à prática.

Não temos tradição de grandes e profundos debates sobre vários temas. As “Vozes por…” são esses grandes e profundos debates sobre vários temas. Basta estar atento a elas. Estão à venda em todas as livrarias. Diria mais, se há projeto com sentido na área de educação é exatamente este: debate, liberdade de opinião, pluralidade, complementaridade e construção.

O Iscte Executive Education está a participar na forma como quer ver a sociedade no futuro, dando espaço a todo o tipo de pensamento e incluindo. E isso é fundamental.

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Lisboa luta pelo fim da violência contra mulheres

  • BRANDS'Local Online
  • 12 Dezembro 2023

Desde o dia 25 de novembro que Lisboa iniciou o movimento “Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Raparigas”, que vai decorrer até ao dia 10 de dezembro.

No dia 25 de novembro, data em que comemorou o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a Câmara Municipal de Lisboa aderiu a um movimento de 16 dias, denominado, “Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Raparigas”, que culmina a 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Edifícios públicos, monumentos, estátuas e embaixadas de vários países, vão iluminar-se de cor laranja, cor da luta pela eliminação da violência contra a Mulher, de forma a responder ao apelo das Nações Unidas, a que aderiu a Soroptimist International, uma ONG que, em 121 países na Europa e no resto do mundo, integra mais de 72 mil mulheres profissionais, que põem o seu saber ao serviço de outras mulheres e raparigas com o objetivo de contribuir para a sua educação e capacitação e assim permitir uma melhor qualidade de vida.

Este ano, o movimento tomou a iniciativa de lançar uma campanha focada na prevenção da violência que se dirige a todos com o logótipo “Read The Signs – LEIA OS SINAIS”. Não apenas as vítimas devem conhecer esses sinais, mas também homens e mulheres, que poderão, até, tomar consciência do seu próprio comportamento abusivo e também procurar ajuda.

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“A Inteligência Artificial vai ser a revolução da saúde”

  • BRANDS' ECO
  • 12 Dezembro 2023

Carolina Amorim, co-founder e CEO da EMOTAI, é a quarta convidada do podcast Vale da Inquietação.

Carolina Amorim, co-founder e CEO da EMOTAI, é a convidada do quarto episódio do podcast Vale da Inquietação, que teve como mote “A Inteligência Artificial e o bem-estar”. Nesta conversa, moderada por Pedro Duarte, vice-presidente da CIP, foi debatida a forma como a IA pode melhorar a qualidade de vida, a saúde e a felicidade das pessoas, bem como os benefícios e os custos sociais que traz para os indivíduos e as comunidades.

De acordo com a CEO da EMOTAI, a pandemia veio acelerar o processo de digitalização de dados e o consequente uso da Inteligência Artificial na área da saúde. Exemplo disso foi o projeto desenvolvido pela EMOTAI, que consiste numa banda, que se coloca na cabeça, e grava ondas cerebrais, ritmo cardíaco e movimentos do corpo. “Nós aplicamos Inteligência Artificial e fusão de dados, de forma a conseguirmos compreender como a pessoa se está a sentir e, com base nesta informação, nós recomendamos qual é o melhor programa para que aquela pessoa consiga melhorar“, explicou.

Estes programas podem conter exercícios de respiração, concentração, meditação, dependendo do que a pessoa avaliada precisa naquele momento. No entanto, à medida que a banda vai recolhendo, continuamente, mais dados sobre a pessoa que está a avaliar, os programas vão-se tornando cada vez mais específicos, mais personalizados, com vários níveis de dificuldade, de forma a promover melhorias num curto espaço de tempo.

É precisamente por esta personalização que a IA consegue fazer que Carolina Amorim defende que esta é uma ferramenta que pode ser muito útil na melhoria das condições de vida de cada indivíduo: “O maior impacto da IA na saúde vai ser sempre através da personalização, ou seja, em deixar de ter um diagnóstico ou um tratamento que é feito com base no que resulta com a generalidade. Quanto mais nos focarmos em personalizar cada solução a cada pessoa, melhor vai ser o impacto do diagnóstico e do tratamento“.

Eu acho que é mais importante nós nos focarmos em ter uma grande base de dados que não seja sempre focada no mesmo tipo de pessoa, o que tipicamente é algo muito caro, mas devia ser algo em que as empresas deviam investir. E também devíamos introduzir métodos de explain ability, ou seja, explicarmos porque é que o modelo de IA tomou aquela decisão. A IA está a desenvolver-se tão rápido que agora o desafio é perceber como é que nós, enquanto humanos, conseguimos acompanhar o desenvolvimento disto para não ficarmos para trás“, continuou.

Por outro lado, Carolina Amorim também explicou que esta pressão pode piorar o estado de saúde das pessoas: “A IA veio para baixar a carga de trabalho das pessoas e ajudar em certas tarefas que são mais repetitivas, mas o problema é que cada vez estamos a exigir mais das pessoas. Numa lógica de “se isto é feito pela IA, então tu tens de trabalhar mais na outra parte, ser mais rápido e produzir cada vez mais” e isso nunca vai melhorar o burnout ou outros problemas associados às pessoas trabalharem demasiado”.

A solução, de acordo com a CEO da EMOTAI, passa por usar a IA como um aliado para exigir menos das pessoas e não o contrário. Nesse sentido, deu ainda o exemplo da semana de quatro dias de trabalho que, com a ajuda da IA, poderia resultar muito bem. “A semana de quatro dias, se for bem feita, vai ter bastante sucesso porque a verdade é que a quantidade de horas produtivas que nós temos durante a semana equivale aos quatro dias. Nós só conseguimos ficar concentrados uma média de 30 a 50 minutos numa tarefa que gostamos. Se for uma que não gostamos, só conseguimos 10 minutos. E, se não fizermos pausa, então cai para 0″, revelou.

Ainda na lógica de olhar para a Inteligência Artificial como um meio para aumentar o bem-estar social, Carolina Amorim reforçou os benefícios que esta ferramenta traz ao conseguir fazer uma maior prevenção da doença e um melhor diagnóstico: “Isto tem impactos económicos enormes porque haverá menos pessoas internadas, menos medicação, pessoas mais felizes e mais saudáveis e será igual para qualquer grupo económico, uma vez que vai ser muito mais fácil fornecer estas soluções a toda a gente. A Inteligência Artificial vai ser a revolução da saúde”.

Os dilemas éticos, as oportunidades de transformação e as implicações sociais da revolução tecnológica, mais concretamente da Inteligência Artificial, serão os temas abordados ao longo da primeira temporada do podcast “Vale da Inquietação”, uma iniciativa da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e da Microsoft.

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Qual o segredo para evitar fuga de trabalhadores? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham em média 38,4 anos, valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Mais de metade das empresas portuguesas confessa dificuldades na retenção dos trabalhadores. E as saídas voluntárias dos trabalhadores já estão acima dos níveis pré pandemia. Afinal, o que está a falhar? Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, Sara Mendes, head of people and talent da KLx (campus tecnológico do grupo Crédit Agricole) junta-se a nós para debater esta questão e as ferramentas que podem ser adotadas para contornar essa fuga de trabalhadores.

Ouça o episódio no leitor acima ou aqui.

“Não conta só o trabalho. É importante as pessoas terem um trabalho desafiante, mas também sentirem-se bem remuneradas, sentirem que são parte da equipa e sentirem que há mais para lá do trabalho”, diz Sara Mendes. Ao ECO, fala da importância dos salários, dos benefícios extra ordenado e também do papel das lideranças nesta dinâmica.

De acordo com um estudo recente da Randstad, mais de oito em cada dez empresas alertam que encontrar os profissionais adequados requer cada vez mais tempo, o que resulta num agravamento dos custos e prejudica a produtividade. Nesse cenário, a Randstad explicava que a retenção de talento tem conquistado redobrada importância. Crucial é mesmo a palavra escolhida pela empresa de recursos humanos, que fala numa “guerra por profissionais qualificados“.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de novembro, vamos explorar essa questão do ponto de vista da retenção de talento.

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Preço das casas leva cada vez mais pessoas a centro de alojamento de emergência do Algarve

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Entre as pessoas que procuram ajuda estão indivíduos que trabalham mas não conseguem suportar o preço das casas, uma média de 500 a 700 euros por um T0 ou um T1.

O elevado preço da habitação leva cada vez mais pessoas ao Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) do Algarve, nos arredores de Faro, evitando que várias famílias caiam numa situação de sem-abrigo.

O responsável pelo CAES do Algarve, Fábio Simão, afirma que existem muitos fatores que levam as pessoas em situação de precariedade a procurarem este centro, mas não tem dúvida em afirmar que a crise habitacional é o principal.

(Luís Forra/Lusa) Centro de Alojamento de Emergência Social do Algarve

Nós estamos a falar de pessoas que algumas delas trabalham, mas não existe resposta, não existem casas para arrendar. Aliás, não existem casas que tenham preços decentes para uma pessoa viver”, disse Fábio Simão à agência Lusa.

O centro, situado num edifício devoluto cedido pelo Ministério da Agricultura, em Braciais, na periferia de Faro, recebeu 154 pessoas desde a sua inauguração em 1 de setembro de 2022.

“Estamos a falar aqui de uma média de 500 a 700 euros por um T0 ou um T1. Isto é impraticável para quem recebe um ordenado mínimo”, sublinha o responsável pelo CAES.

As pessoas e famílias “em situação desprotegida” e sem meios para pagar uma casa acabam por dar entrada no CAES em primeiro lugar devido a casos de desemprego e em seguida de violência doméstica, perda de autonomia, despejo, doença ou incêndio, de acordo com os responsáveis do centro.

“O CAES visa evitar que a pessoa fique na rua. Não deixam de ser pessoas em situação de sem-abrigo, porque elas não têm casa”, afirma Fábio Simão que está envolvido em vários projetos de ajuda aos mais desfavorecidos.

Sem casas a um preço considerado acessível, o CAES impede estas pessoas de caírem numa situação de sem-abrigo, dando-lhes um apoio precioso durante três meses ou, no máximo, seis meses.

Segundo o também presidente do Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS), nos últimos meses tem-se sentido um agravamento do número de pessoas a precisar de ajuda no Algarve.

Fábio Simão acrescentou que o número de sem-abrigo costumava diminuir nesta época, entre o verão e o Natal, mas isso não aconteceu este ano.

O CAES algarvio tem 46 camas, mas só 30 estão ocupadas desde o início, no âmbito de protocolos com Segurança Social (25 camas) e com o município de Faro (cinco).

O investimento neste equipamento social foi de 700 mil euros — com apoio do município (180 mil euros) e restante verba garantida pelo MAPS, entidade que apresentou o projeto do CAES, incluindo um empréstimo bancário de 310 mil euros.

Grande parte do mobiliário e material que equipa o edifício foi doado por várias empresas e hotéis, além de particulares.

A Lusa falou com uma das utentes do centro, Ana (nome fictício), que ali está com o marido doente e desempregado e um filho de três anos, que contou à Lusa que ali se sente acolhida, sublinhando que os funcionários do CAES “estão sempre prontos para ajudar”.

Este agregado familiar saiu da casa “sem condições” que alugava por 250 euros na Ilha da Culatra, concelho de Faro, porque a senhoria precisou do local para alojar o filho que, sua vez, tinha sido obrigado a abandonar um outro quarto que também alugava.

Ana não esconde a sua angústia pela situação que está a viver, não tendo ainda a certeza se vai conseguir dar um rumo à sua vida durante os três meses em que pode permanecer no centro de apoio.

Outro caso de uma pessoa sem meios para pagar uma habitação é o de Maria, mãe com duas filhas de 4 e 7 anos, que foi “despejada” da sua casa de Portimão e não conseguiu encontrar habitação no seu regresso a Faro. Antes de entrar no CAES, Maria acampou durante dois meses e meio na Praia de Faro com as filhas.

Segundo números fornecidos à Lusa, cerca de 70% das pessoas ajudadas são de nacionalidade portuguesa, 20% são europeus e 10% de fora da Europa.

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Condenação de jornalistas por violação de segredo de justiça afinal é nula

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) declarou nula a decisão que condenou em novembro os jornalistas Carlos Rodrigues Lima e Henrique Machado por violação do segredo de justiça.

O Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) declarou nula a decisão que condenou em novembro os jornalistas Carlos Rodrigues Lima e Henrique Machado por violação do segredo de justiça, impondo uma nova distribuição do processo.

Segundo o despacho do TRL, a que a Lusa teve acesso, em causa está a participação do juiz desembargador Rui Teixeira no acórdão de 8 de novembro que puniu os dois jornalistas. O magistrado já tinha apreciado também o anterior recurso do Ministério Público (MP) relativamente à decisão instrutória, em 2022.

“Nenhum juiz pode intervir em recurso relativo a processo em que tiver proferido ou participado em decisão de recurso anterior que tenha conhecido, a final, de decisão instrutória. Assim sendo, deveria o juiz desembargador adjunto (…) ter-se declarado impedido”, pode ler-se no despacho assinado pela desembargadora Maria Margarida Almeida, após as defesas dos jornalistas terem invocado a nulidade do último acórdão.

No primeiro acórdão, em 2022, o magistrado reverteu a decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal de não levar os arguidos a julgamento; já no segundo acórdão, Rui Teixeira integrou o coletivo que anulou a absolvição dos jornalistas no julgamento, aplicando a Carlos Rodrigues Lima (atualmente na revista Visão, mas que à data dos factos integrava a Sábado) uma pena de multa de 150 dias e 1.500 euros, por três crimes de violação de segredo de justiça, e a Henrique Machado (atualmente na TVI/CNN, mas então no Correio da Manhã) uma pena de multa de 105 dias e 1.005 euros por um crime de violação do segredo de justiça.

“Assim, declara-se nulo o acórdão proferido em 8 de novembro de 2023 e determina-se a remessa dos autos à secção central, a fim de se proceder a segunda distribuição, para substituição do meritíssimo juiz desembargador, Dr. Rui Teixeira, como juiz-adjunto nestes autos, por outro meritíssimo colega, que se não mostre impedido”, acrescenta.

A decisão proferida na última semana realça ainda que a nova distribuição não poderá também englobar a desembargadora Cristina Almeida e Sousa, uma vez que está igualmente impedida por ter sido juíza-adjunta de Rui Teixeira no recurso do MP sobre a decisão instrutória.

Na origem deste processo está a divulgação de notícias sobre os casos dos ‘e-mails’ do Benfica, E-toupeira e Operação Lex pelos dois jornalistas em 2018.

Neste processo chegou a estar também acusado Pedro Fonseca, na altura coordenador (e hoje diretor) da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, por abuso de poder, violação de segredo de justiça e falsidade de testemunho. No entanto, o então juiz de instrução Carlos Alexandre decidiu não o levar a julgamento, decisão que seria depois confirmada pela Relação de Lisboa, após recurso do Ministério Público.

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“Balance in Motion” é a essência da nova marca da MdME

A MdME lançou uma nova marca. Centrada no conceito de "Balance in Motion", a sociedade de advogados apresentou a sua nova estratégia e "visão para o futuro".

Centrada no conceito de “Balance in Motion”, a sociedade de advogados MdME apresentou a sua nova estratégia e “visão para o futuro”. O objetivo é refletir a jornada “transformacional” do escritório que passou de boutique a prestar um serviço full service.

“A nova imagem da marca pretende capturar esta transformação e refletir uma trajetória dinâmica e preparada para o futuro. Num mundo em rápida mudança, a MdME está focada em apoiar empresas líderes e empreendedores com visão de futuro a permanecerem à frente do mercado”, referem em comunicado. O novo site já está disponível.

Segundo as firma, a sua equipa multicultural e os seus escritórios “estrategicamente localizados” permitem estar numa “posição única para conectar pessoas e empresas da grande China e do mundo lusófono”.

Assim, a MdME apostou na essência “Balance in Motion”, abraçando a conexão de forças interdependentes que existem dentro do escritório e que definem a sua identidade. Segundo explicou a firma, “Balance in Motion” é um equilíbrio “dinâmico” que exige adaptação, direção e confiabilidade.

“Num mundo imprevisível e em constante transformação, a MdME acredita que é essencial dominar essas novas dinâmicas, de forma a compreender os desafios dos seus clientes e ajudá-los a alcançar as suas ambições“, referem.

Rui Proença, managing partner da MdME, acredita que a essência da nova marca da firma representa um “nível distintivo de serviço”, baseado na inovação jurídica, no pragmatismo comercial e numa capacidade de resposta “incomparável”. “Reflete a nossa trajetória preparada para o futuro e o nosso compromisso de estar lado a lado com os nossos clientes em tempos de grandes mudanças”, acrescentou.

A MdME é um escritório full-service, focado em negócios, com escritórios em Macau, Hong Kong e Lisboa. Fundada há cerca de 15 anos, a sociedade de advogados conta com mais de 80 membros e 12 parceiros.

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Oito em cada dez clientes de eletricidade já têm contador inteligente

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

O número de contadores inteligentes de eletricidade com leituras remotas ativas ultrapassou a marca dos cinco milhões.

O número de contadores inteligentes de eletricidade com leituras remotas ativas ultrapassou a marca dos cinco milhões, o que representa uma cobertura de 80% dos clientes em Portugal continental, divulgou esta terça-feira a E-Redes.

Em comunicado, a empresa de distribuição de eletricidade explicou que “no total, há 5,5 milhões de contadores inteligentes instalados e 90% dos equipamentos já está em telegestão, permitindo a recolha de dados automática, dispensando os consumidores do envio de leituras e possibilitando a emissão de faturas, por parte dos comercializadores, sem recurso a estimativas ou acertos”.

(Lusa/ António Cotrim)

A E-Redes disse, assim, manter a meta de “até ao final de 2024 ter 100% de contadores inteligentes instalados nas casas dos portugueses”.

A empresa considerou que os contadores inteligentes são benéficos para os clientes, que “podem acompanhar o seu perfil energético e ajustar o consumo de eletricidade, sem que os técnicos da E-Redes tenham de se deslocar ao local para executar ordens de serviço ou para recolher leituras”, bem como às empresas, “uma vez que permitem aos clientes acesso a serviços e planos de preços adaptados aos perfis e necessidades de consumo”.

Adicionalmente, “com o atual parque instalado de contadores inteligentes estima-se uma diminuição da emissão de CO2 de mais de 2.190 toneladas em 2023″, apontou o presidente do Conselho de Administração da E-Redes, José Ferrari Careto, citado na mesma nota.

A instalação de contadores inteligentes aplica-se aos consumidores de eletricidade em baixa tensão – com potência contratada até 41,4 quilovolt-ampere (kVA), que se destina tipicamente a clientes residenciais, lojas, escritórios e pequenas empresas.

Em fevereiro de 2022, a E-Redes anunciou que tinha ultrapassado quatro milhões de contadores inteligentes de eletricidade instalados, cobrindo dois terços dos clientes em Portugal continental, dos quais 3,1 milhões estavam em telegestão.

Em julho deste ano, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aprovou os novos regulamentos para o setor elétrico, assentes num “modelo que se pretende crescentemente descentralizado” e que inclui uma redução crescente da faturação por estimativa.

“A cobrança de consumos por estimativa aos consumidores será cada vez menor à medida que os contadores inteligentes e a sua integração em redes inteligentes for sendo operacionalizada”, referiu então o regulador, recordando que o objetivo é que, até ao final de 2024, todos os clientes em Portugal continental tenham contadores inteligentes.

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Xiaomi quer igualar faturação com smartphones e outros produtos até 2025

  • Lusa
  • 12 Dezembro 2023

Atualmente, representam 60% das receitas. Mas o diretor da Xiaomi Portugal pretende que a faturação com smartphones represente metade, com os restantes produtos a representarem a outra metade.

O diretor da Xiaomi Portugal ambiciona igualar a faturação do negócio de smartphones e do restante ecossistema dentro de dois anos. Atualmente, os smartphones representam 60% das receitas da Xiaomi Portugal, enquanto os restantes 40% dizem respeito a wearables, robôs, televisões, trotinetes elétricas, entre outros produtos.

“Nós temos como ambição, nos próximos dois anos, chegar a 50%, ou seja, dividir a faturação” entre os smartphones e ecossistema, afirma Tiago Flores. Isto é, até 2025, a empresa pretende “equiparar em termos de faturação as duas grandes famílias” de produtos, acrescenta.

Atualmente, dentro do ecossistema, que representa 40% da faturação da tecnológica chinesa em Portugal, os wearables, que incluem relógios e auscultadores, pesam 22%; depois, com 20%, os robôs (aspiradores); seguem-se as televisões Android TV, com 15%; e as trotinetes elétricas, com 15%. “Depois, tudo o que sejam smart devices [dispositivos inteligentes], as câmaras, as air fryers, tudo isso pesa 12%”, detalha o responsável, em entrevista à Lusa.

No segmento ecossistema, os wearables são os produtos mais vendidos, seguido dos aspiradores robô, das televisões e das trotinetas. Face a 2022, em termos de quantidades de smartphones, “apresentamos à data um crescimento entre os 15% e 20%” e o negócio do ecossistema “cresce a dois dígitos”, refere.

O negócio em Portugal tem estado a correr “bem” e, de acordo com dados da consultora a IDC, “continuamos a crescer acima do mercado em smartphones“, o qual está “ligeiramente estagnado” em termos de unidades, prossegue o responsável pela Xiaomi Portugal.

“Temos conseguido apresentar crescimentos em unidades em relação ao ano passado”, salienta Tiago Flores, sublinhando que a tecnológica chegou ao final do terceiro trimestre “a uma quota de mercado de 30% [de smartphones] no mercado nacional”.

Este desempenho “tem dois eixos de desenvolvimento”, diz. O primeiro “é que, contrariamente a muitas marcas que estavam no mercado, não abandonámos nenhum segmento”, mas “reforçámos até”, salienta Tiago Flores. Além disso, “na nossa gama média temos ganhado muito terreno, temos mantido a competitividade de preço e oferecendo cada vez mais tecnologia”, argumenta. A Xiaomi está em segundo lugar no mercado de smartphones em Portugal em quota de mercado.

“O nosso grande objetivo é continuar a oferecer ao consumidor a melhor experiência de smartphones, juntamente com o nosso ecossistema conectado e ajudar os consumidores nesta transição digital”, sublinha o responsável.

Tiago Flores recorda que a marca fez duas campanhas “muito fortes” este ano, sendo que na primeira metade do ano lançaram uma “campanha com criadores locais”, em que foram a “sítios muito icónicos de Portugal” e convidaram dois criadores de conteúdos, no âmbito da parceria da Xiaomi e da Leica nos smartphones. No segundo semestre, com a chegada da Xiaomi Master Class a Portugal, convidaram o fotógrafo e fotojornalista Rui Caria para participar no projeto.

Estes são “dois investimentos locais que fizemos este ano”, sublinha, sem adiantar valores. “Estamos comprometidos em criar maior conteúdo local, conteúdo português, produzido em Portugal, com agências portuguesas, com criadores portugueses, para de facto potenciar e mostrar a nossa tecnologia de uma forma muito localizada”, afirma Tiago Flores.

Xiaomi vê crescer número de utilizadores com mais de cinco dispositivos da marca conectadosBoliviaInteligente via Unsplash

Xiaomi quer portefólio “mais competitivo” nos telemóveis em 2024

Para 2024, “queremos trazer portfólio mais competitivo na parte dos smartphones e continuar a ser consistentes no binómio preço justo e do ponto de vista tecnológico”, sendo que no ecossistema “queremos trazer mais equipamento e novas categorias”.

A Xiaomi Portugal mantém o objetivo de cinco milhões de equipamentos conectados em Portugal até 2024: “Estamos bem encaminhados”, remata.

Quanto ao 5G, trata-se de um segmento “que começa a penetrar em equipamentos de mais baixo valor [e] acreditamos que no próximo ano essa tendência se vai intensificar”, refere.

Quanto à inteligência artificial (IA), esta “já está presente” na tecnologia da Xiaomi “há muito tempo” e, em 2024, através do novo sistema operativo, vai permitir uma maior interligação entre o smartphone e o ecossistema.

A Xiaomi tem neste momento 623 milhões de utilizadores de smartphones ligados a nível global e 699 milhões de equipamentos IoT (Internet das Coisas) conectados no mundo. “Temos um crescimento muitíssimo significativo de utilizadores que têm mais de cinco” dispositivos Xiaomi, que “são mais de dez milhões em todo o mundo”, conclui.

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UTAO ainda não iniciou estudo sobre impacto da recuperação do tempo de serviço dos professores

  • ECO
  • 12 Dezembro 2023

A unidade de apoio ao Parlamento alega ter poucos meios para a avaliação complexa e abrangente que lhe é solicitada. Rui Baleiras diz que ainda será analisada a "viabilidade" do trabalho.

Falta de meios e a incerteza quanto ao interesse do Parlamento no novo contexto político são os motivos apontados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para ainda não ter iniciado a avaliação do impacto orçamental da contagem do tempo de serviço dos professores, avança o Público esta terça-feira.

O estudo foi pedido pelo líder do PSD, Luís Montenegro, quando, em setembro, defendeu o pagamento integral do tempo de serviço dos docentes, a um ritmo de 20% ao ano. Mas Pedro Nuno Santos, candidato a secretário-geral do PS, já considerou esse trabalho como essencial para apresentar uma proposta concreta sobre a forma como os professores poderão recuperar o tempo de serviço congelado, lembra o jornal.

O coordenador da UTAO, Rui Baleiras, já tinha avisado que seria impossível concluir a avaliação a tempo das votações da proposta de Orçamento de Estado para 2024, devido à complexidade e abrangência que requer, agravada pelos poucos meios de que dispõe. Agora, ao Público, o responsável disse estar a aguardar uma reunião com o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças para “analisar a viabilidade do estudo”.

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Hoje nas notícias: Farfetch, professores e promoções

  • ECO
  • 12 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) ainda não iniciou a avaliação do impacto orçamental da contagem do tempo de serviço dos professores. A Farfetch pode despedir 2.000 trabalhadores, que representam 25% da sua força de trabalho. Portugal paga menos de juros do que há um ano. Estas são algumas das notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

UTAO ainda não iniciou estudo sobre a contagem do tempo dos professores

Falta de meios e incerteza quanto ao interesse no estudo no novo contexto político são as razões apontadas pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para ainda não ter começado a avaliação do impacto orçamental da contagem de tempo de serviço dos professores. Até agora, sabe-se que fações dos dois partidos com mais representação parlamentar têm interesse no estudo: foi o próprio PSD que o pediu e o candidato a secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considera-o essencial para apresentar uma proposta concreta quanto à forma como os docentes poderão recuperar os anos de carreira que estiveram congelados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Farfetch pode vir a despedir até 25% dos trabalhadores

A Farfetch, um “unicórnio” de ADN português, pode despedir cerca de 2.000 pessoas este ano, ao invés dos 800 trabalhadores que estava previsto abandonarem a empresa. O marketplace de moda de luxo poderá cortar até 25% da sua força de trabalho para garantir a viabilização, numa altura em que está sob forte pressão na bolsa. A agravar a situação está o facto de que, desde que é cotada, distribuiu ações pelos seus colaboradores que serviam como prémios e incentivos salariais, o que agora os está a afetar devido à desvalorização que tem sofrido em Wall Street.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Metade das vendas do retalho alimentar são feitas em promoção

Portugal é o segundo país da Europa onde as vendas em promoção representam uma maior proporção de vendas dos bens de grande consumo, como alimentos bebidas, higiene pessoal e para o lar. “O número de vendas em promoção no retalho alimentar tem estabilizado sensivelmente nos 50% nos últimos três anos”, diz Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Do universo de 18 países analisados, Portugal fica atrás apenas da República Checa que soma 60,6% de artigos em promoção face ao total de produtos.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Portugal está a pagar menos juros do que há um ano

De acordo com a Direção-Geral do Orçamento (DGO), o Estado gastou em juros e em últimos encargos da dívida pública 6,2 mil milhões de euros em outubro deste ano, valor apurado em contabilidade pública. Desde outubro de 2022, verifica-se uma redução de 0,6% que a DGO explica com “a diminuição dos juros e encargos financeiros suportados pelas entidades publicas reclassificadas e dos juros e outros encargos da dívida pública”. Ou seja, o país está a pagar menos juros do que há um ano.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Portugueses que vencem doenças castigados nos seguros e créditos

Os portugueses que sobrevivem a doenças continuam a ser discriminados no acesso a crédito e a seguros, mostrando que a Lei do Direito do Esquecimento não está a ser respeitada. O regulador já recebeu 21 queixas desde janeiro de 2022, seis das quais este ano. As queixas apresentadas dão conta de casos em que as simulações de crédito das pessoas que já tiveram alguma doença agravados a 1200% e de seguros de vida a aumentar 200% face a pessoas sem doenças, mesmo que não tenham atualizado a sua situação clinica.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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