Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência após explosão em barragem da Ucrânia

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

Tanto a Ucrânia como a Rússia solicitaram uma reunião do órgão máximo de decisão da ONU para discutir a destruição parcial da barragem, que provocou uma situação de emergência na região de Kherson.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) vai reunir-se esta terça-feira de urgência para abordar a explosão ocorrida esta terça-feira na barragem ucraniana de Kakhovka (sul), no rio Dniepre, cuja autoria gerou trocas de acusações entre Kiev e Moscovo.

Tanto a Ucrânia como a Rússia solicitaram uma reunião do órgão máximo de decisão das Nações Unidas para discutir a destruição parcial desta infraestrutura, que provocou uma situação de emergência na região ucraniana de Kherson. A reunião foi agendada para as 16:00 locais (21:00 hora de Lisboa).

Embora tenha mantido dezenas de reuniões sobre a guerra na Ucrânia desde que se iniciou a invasão russa, em fevereiro de 2022, o Conselho de Segurança da ONU permanece totalmente bloqueado sobre o tema devido ao poder de veto detido pela Rússia, um dos cinco membros permanentes do órgão.

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“Construir uma grande marca de raiz hoje em dia é um exercício dantesco”, diz António Casanova

Além de António Casanova, a mesa redonda da APAN juntou Francisco Pedro Balsemão (CEO Impresa), José Pedro Dias Pinheiro (chairman GroupM) e Vera Pinto Pereira (presidente EDP Comercial).

António Gomes, Vera Pinto Pereira, Francisco Pedro Balsemão, António Casanova e José Pedro Dias Pinheiro

Construir uma grande marca de raiz hoje em dia é um exercício dantesco“, afirmou António Casanova, CEO da Unilever-Fima. A ideia foi defendida numa mesa redonda do Better Marketing, conferência organizada pela Associação Portuguesa de Anunciantes – APAN.

Segundo António Casanova, se se olhar para a história das grandes marcas é quase impossível encontrar marcas que sejam construídas só na internet, fora dos meios tradicionais.

E provavelmente isto vai significar – e é um dos receios que temos – que o futuro pertence mais às grandes marcas do que no passado, porque construir uma grande marca de raiz hoje em dia é um exercício dantesco”. Ou seja, as grandes marcas podem quase dar-se ao luxo da inércia, pela dificuldade que é construir marcas novas, defendeu.

“Havemos de evoluir para micro momentos, estamos todos nesse caminho”, disse o CEO da Unilever-Fima, acrescentando que no entanto esse não é um caminho desejado e fácil para os grandes anunciantes, pelo que esse, provavelmente, será sempre um caminho um pouco marginal à indústria.

Por seu turno, Vera Pinto Pereira defendeu que, num palco tão “ruidoso”, o impacto da marca tem de ser claro, com valores definidos e uma narrativa muito alinhada com a ideologia da empresa, o que leva a coerência, explicando que a EDP saiu do tema da música porque “sentimos a necessidade, de um ponto de vista de coerência, de nos afirmarmos noutras matérias”.

Segundo a administradora da EDP, a estratégia das marcas tem de ser adaptada aos vários meios existentes, devendo existir uma aposta “fortíssima” no brand content de forma a “ativar” uma narrativa de credibilidade.

Temos de comunicar com propósito“, afirmou, quer isso seja através de anúncios ou breves documentários, deu como exemplo, acrescentando que a EDP normalmente fala sobre o que já fez e não sobre o que vai fazer, numa lógica de comunicar com um caminho feito.

Segundo Vera Pinto Pereira, as marcas têm de seguir uma linha “muito clara alinhada com o negócio”, pois “é a coerência que constrói reputação”, sendo que para companhia – detendo 70% de quota de mercado – “seria impensável não comunicar de forma transparente”, observou.

O CEO da Impresa reforçou a relevância da televisão, referindo que é um meio incomparável com “qualquer outro”, acrescentando que não é possível criar uma grande marca sem a televisão. Segundo Francisco Pedro Balsemão, nenhum outro meio audiovisual tem o cuidado com a curadoria e produção de conteúdos longform de qualidade, sendo que “as marcas querem estar onde está a qualidade”.

A SIC, a Unilever ou a EDP têm enorme notoriedade e querem estar onde estão as outras marcas com notoriedade”, apontou.

O efetivo e visível “corte geracional” no que toca às mudanças no consumo de media implica uma “mudança de hábitos expressiva“, defendeu José Pedro Dias Pinheiro, chairman do GroupM, referindo que antes existia uma relação muito direta entre comunicação e resultados, mas que atualmente os consumidores deixaram de acreditar no que os fabricantes diziam e passaram a acreditar no que os grupos na internet dizem sobre esses produtos o que cria uma “fase de intermediação”.

Os conteúdos estão a passar em relevância os canais”, defendeu José Pedro Dias Pinheiro.

António Casanova pareceu concordar com esta ideia, referindo que a probabilidade de aparecerem novos meios é enorme, e isso tem sido verificado em todas as gerações, e afirmando “no fim do dia a coisa mais importante é o conteúdo, não tenho dúvida nenhuma disso“.

“Já tenho dúvida que esse conteúdo deva ser sobretudo uma criação dos anunciantes. Tenho muito mais dúvida disso. Eu acho que a melhor lógica para a maior parte dos anunciantes é estacionarem as suas marcas junto a grandes conteúdos criados por outrem“, disse o CEO da Unilever-Fima, que defendeu ainda que existirão sempre meios favorecidos pelos grandes anunciantes e outros que serão favorecidos pelos que não têm capacidade de investir nesses meios e que procurarão outros mais de nicho.

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UE fechou 256 investigações por fraude em 2022, duas em Portugal

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

O OLAF recomendou a recuperação de 426,8 milhões de euros e conseguiu “impedir a perda de 197,9 milhões de euros do orçamento da UE”.

O Gabinete Europeu Contra a Fraude (OLAF) fechou 256 investigações em 2022, duas das quais em Portugal, e conseguiu impedir que quase 200 milhões de euros se perdessem, foi anunciado esta terça-feira. O OLAF anunciou em comunicado que abriu 192 investigações durante o último ano e encerrou 256 ao longo de 2022 ao nível da União Europeia (UE) e nas instâncias nacionais.

“Em 2022 houve esforços excecionais para concluir um importante número de investigações influenciadas pelo período da pandemia. Os 256 processos encerrados diziam respeito a 624 milhões de euros de dinheiro dos contribuintes da UE”, acrescentou a instituição.

O gabinete recomendou a recuperação de 426,8 milhões de euros e conseguiu “impedir a perda de 197,9 milhões de euros do orçamento da UE”. No que diz respeito a Portugal, o OLAF levantou três investigações e concluiu duas com recomendações. A Hungria foi o país com mais investigações (15).

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Se Costa não exonerar Galamba já hoje “é primeiro-ministro de brincadeira”, diz Hugo Soares

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

"O primeiro-ministro deve, até final do dia, exonerar o ministro João Galamba, caso contrário é também ele um primeiro-ministro de brincadeira", disse Hugo Soares.

O secretário-geral do PSD desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a exonerar “até final do dia” o ministro das Infraestruturas, considerando que ficou provado que João Galamba mentiu ao parlamento e ao país depois da audição de António Mendonça Mendes.

Tivemos um secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro que disse que o ministro João Galamba é mentiroso e mentiu ao país e à comissão parlamentar de inquérito. O que o PSD diz hoje é que o primeiro-ministro deve, até final do dia, exonerar o ministro João Galamba, caso contrário é também ele um primeiro-ministro de brincadeira”, afirmou Hugo Soares, em declarações aos jornalistas à porta do Grupo Parlamentar do PSD, na Assembleia da República.

Questionado se o PSD admite avançar com uma comissão de inquérito sobre a atuação dos serviços de informações, caso essa demissão não se verifique, o secretário-geral do PSD remeteu essa questão para outro dia. “O resto a seu tempo”, afirmou, sem responder a mais perguntas.

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Contrato dos fundos Airbus “é lesivo dos interesses da TAP”, diz João Leão

João Leão, ex-ministro das Finanças, afirmou na comissão parlamentar de inquérito que os fundos Airbus recebidos por Neeleman para capitalizar a TAP podem não ser legais.

João Leão afirmou na comissão parlamentar de inquérito à TAP, esta terça-feira, que não teve conhecimento da existência dos fundos Airbus quando era ministro das Finanças, mas do que veio a saber posteriormente sobre o contrato feito por David Neeleman considera que este lesou os interesses da companhia aérea.

“Tenho muitas dificuldades em perceber essa operação. Terá havido uma auditoria que alegadamente apurou ilegalidades. Qualquer procedimento em que se faça um contrato para a TAP mas o desconto vá para o acionista não é legal”, considerou João Leão. “É lesivo dos interesses da TAP”, concluiu.

A Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, assumiu na compra de 61% da TAP em 2015 o compromisso de capitalizar a companhia aérea com 226,75 milhões de euros. Dinheiro que foi entregue ao empresário de nacionalidade brasileira e americana pela Airbus, no âmbito da desistência de um contrato para a compra de 12 aviões A350 e a aquisição de 53 aeronaves da família A320 e A330. Uma análise legal da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, pedida pela TAP em 2022 e noticiada pelo ECO, considera a capitalização ilegal.

“Parece-me inadequado e ilegítimo acionista privado apropriar-se de 226 milhões que são da TAP. Deve ser investigado”, reiterou mais à frente na audição.

O antigo ministro das Finanças afirmou que enquanto exerceu funções governativas não foi informado da existência dos chamados fundos Airbus. “Não tive nenhum conhecimento desse processo e enquanto fui ministro nunca me foi comunicado”, disse.

Relação “bastante produtiva” com Pedro Nuno Santos

Hugo Carneiro quis saber como era a relação do ex-ministro com Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas, que o criticou quando ainda estava no Governo. “No âmbito da TAP a nossa relação foi bastante produtiva e correu bastante bem”, respondeu João Leão.

“Nunca houve questão ou tensão em particular. O senhor ministro da Infraestruturas dedicou-se de forma muito dedicada aos desafios operacionais da TAP. Nós focámo-nos na parte financeira e na negociação do plano de reestruturação com a Comissão Europeia. Foi um diálogo positivo, acrescentou. O diálogo aconteceu, no entanto, sobretudo através do secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, que era quem estava com o dossiê do plano de reestruturação.

João Leão foi também questionado sobre a saída de Alexandra Reis e a indemnização bruta de 500 mil euros, que teve de devolver parcialmente. O ex-ministro das Finanças referiu que só soube da renúncia da antiga administradora executiva quando foi comunicada pela CMVM e da indemnização quando foi noticiada.

O antigo governante defendeu que cabia à ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, e ao chairman, Manuel Beja, terem comunicado às Finanças a intenção de proceder a alterações no conselho de administração para que fossem aprovadas em assembleia geral.

João Leão foi ministro das Finanças entre 15 de junho de 2020 e 30 de março de 2022, entrando para o cargo logo após a aprovação de um empréstimo de emergência de 1,2 mil milhões, convertível em capital, para a TAP. Foi também já com o antigo secretário de Estado do Orçamento de Mário Centeno à frente do ministério que foi fechada a renacionalização da TAP, com o Estado a elevar a participação para 72,5% do capital com a compra da participação de David Neeleman, e foi concluída a negociação do plano de reestruturação da companhia aérea. Economista, é atualmente vice-reitor do ISCTE.

A comissão parlamentar de inquérito para “avaliar o exercício da tutela política da gestão da TAP” foi proposta pelo Bloco de Esquerda e aprovada pelo Parlamento no início de fevereiro com as abstenções de PS e PCP e o voto a favor dos restantes partidos. Nasceu da polémica sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis para deixar a administração executiva da TAP em fevereiro de 2022, mas vai recuar até à privatização da companhia em 2015. Tomou posse a 22 de fevereiro, estendendo-se até 23 de julho.

(notícia atualizada às 22h20)

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Finlândia expulsa nove diplomatas russos por espionagem

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

As expulsões são "um grande revés para os serviços de informação russos na Finlândia", indicaram as "secretas" finlandesas na rede social Twitter.

As autoridades finlandesas anunciaram esta terça-feira que se preparam para expulsar nove diplomatas russos colocados em Helsínquia por atividades de espionagem. “A Finlândia vai expulsar nove pessoas da embaixada russa que trabalhavam em serviços de informações”, afirmou o Governo finlandês num comunicado divulgado após uma reunião com o Presidente, Sauli Niinisto, e com o Conselho Ministerial de Política Externa e de Segurança.

As decisões são baseadas na avaliação do Serviço de Segurança e Informações finlandeses (SUPO)”, disse Marja Liivala, diretora-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em declarações à agência France-Presse (AFP). Segundo o SUPO, as expulsões são “um grande revés para os serviços de informação russos na Finlândia”, indicou o organismo na rede social Twitter.

As relações entre os dois países vizinhos deterioraram-se após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o que levou a Finlândia a romper com décadas de não-alinhamento militar ao candidatar-se à adesão à NATO em maio de 2022 e da qual se tornou oficialmente membro em abril passado.

Em maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, Pekka Haavisto, indicou que a Rússia congelou as contas bancárias da embaixada finlandesa em Moscovo e do consulado em São Petersburgo no final de abril. O congelamento coincidiu com o anúncio da estatal finlandesa Fortum de que Moscovo tinha assumido o controlo da sua subsidiária russa, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a assinar um decreto que aprovava a aquisição.

Em fevereiro, a Finlândia também iniciou a construção de uma vedação de 200 quilómetros na fronteira com a Rússia, face a receios de um potencial fluxo migratório procedente do território russo.

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Presidente do grupo SATA diz que não há ilegalidades nas contas

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

Teresa Gonçalves referiu que “historicamente, na empresa, sempre foram registados impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais”.

A presidente do conselho de administração da SATA disse esta terça-feira que não há “engenharia financeira” na empresa e que a inscrição de impostos diferidos como receitas era uma prática no passado e é utilizada por várias companhias europeias.

No parlamento açoriano, Teresa Gonçalves referiu que “historicamente, na empresa, sempre foram registados impostos diferidos ativos sobre prejuízos fiscais”. A CEO da companhia aérea açoriana salvaguardou que, contrariamente ao passado, há duas questões relevantes que, em 2022, “determinaram que o conselho de administração da SATA tivesse feito o registo nesse ano”. Uma deles refere-se a uma alteração da lei do Orçamento do Estado de 2023, que “coloca um fim à limitação temporal para reporte de prejuízos fiscais”.

“Outra questão relevante, e que não existia no passado, é que a perspetiva de recuperação dos prejuízos fiscais teve como base projeções de lucros futuros a gerar pelos resultados fiscais no período de 2023 a 2025, tal como aprovado no plano de reestruturação da Comissão Europeia”, acrescentou. Teresa Gonçalves foi chamada hoje à Comissão de Economia do parlamento regional, por iniciativa do BE/Açores.

O deputado bloquista António Lima afirmou recentemente que a “evolução aparentemente positiva que se verifica nos resultados da SATA em 2022 se explica pela utilização de engenharia financeira que melhorou artificialmente os resultados, nomeadamente através da inscrição de impostos diferidos como receitas”.

“O auditor [PWC] não discorda do registo de ativos por impostos diferidos, sendo que a dúvida que existe é tão somente acerca do montante total, que dependerá da evolução futura do negócio. E esta é a única questão que é levantada, não é mais nenhuma”, afirmou Teresa Gonçalves. A gestora referiu que foram apenas considerados impostos diferidos ativos por prejuízos fiscais até ao limite de 15 anos, no caso da Azores Airlines, e de 11 anos, no caso da SATA Air Açores. “Está-se a assumir que se vai utilizar esses ativos nestes prazos”, declarou.

Teresa Gonçalves frisou que “as principais empresas europeias de aviação com regras fiscais semelhantes ao grupo SATA também têm registado impostos diferidos ativos por prejuízos fiscais, como é o caso da Lufthansa, do grupo Ibéria, da Easyjet, Air France/KLM e TAP”.

“Mal seria um governo que permitisse às empresas, públicas ou privadas, usarem este mecanismo e estas não o fizessem. As contas cumprem todas as normas legais, como salientado pelo ROC [revisor oficial de contas] e pelo auditor nos relatórios da SATA. Não existe qualquer ilegalidade nas contas da SATA, mas sim uma diferença de julgamento contabilístico relativamente à quantificação da recuperabilidade dos prejuízos fiscais”, afirmou.

Segundo a representante, desde 2014 os relatórios do auditor e do ROC apresentam uma reserva sobre o registo destes impostos relativos aos prejuízos fiscais. “Pelo menos desde 2014 a 2019, a reserva do auditor e do ROC era objetiva quanto à quantificação do que estava incorreto nas contas e concluía-se que os resultados estavam sobreavaliados no montante exato do registo total do imposto diferido ativo dos prejuízos fiscais”, explicou.

O deputado bloquista António Lima considerou, por seu turno, que “a questão fundamental é que os resultados pioram em 2022” no grupo SATA, salvaguardando que o assunto dos “impostos não foi considerado ilegítimo por ninguém”, mas “poderá não ser prudente”.

António Lima considerou que “os resultados estão sobreavaliados, como diz o auditor” e contrariamente ao que afirma a CEO da SATA, uma vez que, “olhando para os números, não é isso que se vê”. O Ebitda (lucro operacional líquido, a par das depreciações e amortizações) “piorou em 2022”, acrescentou.

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“Falhas persistentes” de energia causaram constrangimentos nas comunicações em Portugal

Problemas no abastecimento público de eletricidade num ponto crítico para as comunicações em Portugal causaram problemas nas redes e serviços digitais.

Um problema de abastecimento elétrico num ponto nevrálgico das comunicações eletrónicas em Portugal causou constrangimentos em vários serviços digitais esta terça-feira à tarde.

A falha afetou diretamente um data center da Equinix, uma empresa norte-americana que presta serviços de conexão de redes e data centers, causando problemas indiretamente noutros serviços. O ECO experienciou falhas num serviço de televisão por cabo de uma mesma operadora em duas zonas distintas de Portugal, por exemplo.

“Devido a falhas persistentes no abastecimento público de energia, houve uma interrupção momentânea de serviço no LS1 International Business Exchange (IBX) de Portugal na terça-feira de 6 de junho, que afetou alguns serviços locais da Equinix. No entanto, a situação já está sob controlo e todos os serviços foram rapidamente restaurados”, disse ao ECO fonte oficial da Equinix.

Esta terça-feira à tarde, o site DownDetector, que agrega dados não auditados comunicados livremente pelos consumidores, apontava para possíveis problemas em diversos serviços na internet, incluindo nas redes das três maiores operadoras, Meo, Nos e Vodafone.

Por volta da hora a que começaram estes problemas, alguns sites populares também aparentavam estar indisponíveis, mas não há informação que permita confirmar se havia relação entre os vários problemas que estavam a ser reportados ou observados.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h48)

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Professores manifestam-se em Lisboa para recuperação do tempo de serviço

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

Os protestos têm o simbolismo de o dia de hoje coincidir com o tempo de serviço que os professores reclamam há vários anos: 06/06/2023.

Milhares de professores estão esta terça-feira a manifestar-se em Lisboa para exigirem a recuperação do tempo de serviço congelado (seis anos, seis meses e 23 dias). A manifestação, que decorre entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República, é organizada pela plataforma de nove organizações de professores e acontece no mesmo dia em que os docentes realizam uma greve nacional.

Depois da manifestação realizada durante a manhã no Porto, que reuniu professores do norte e centro do país, o protesto em Lisboa reúne docentes da região sul. Os protestos têm o simbolismo de o dia de hoje coincidir com o tempo de serviço que os professores reclamam há vários anos: 06/06/2023.

Empunhando bandeiras de vários sindicatos e cartazes onde se pode ler “Respeito e Dignidade”, “Apoiar os Professores é Apoiar a Educação” e “Em defesa da Escola Pública”, os professores gritam palavras de ordem como “Não Paramos”, “Ó Costa Escuta, os Professores Estão Em Luta” e “Seis.23, Já Cá Estamos Outra Vez”.

A greve de hoje assim como as previstas para os exames e avaliações foram convocadas pela plataforma de nove organizações: Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional da Educação (FNE), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).

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Morais Leitão assessora venda da Predibisa à Savills

A equipa da Morais Leitão foi liderada por Bernardo Lobo Xavier (sócio) e contou com a participação de João P. Monjardino (associado).

A Morais Leitão assessorou os sócios da Predibisa – Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda., consultora imobiliária consolidada no mercado imobiliário do Porto, na negociação da sua venda à Savills Portugal – Consultora Imobiliária Global, que está presente em Portugal desde 2018.

A equipa da Morais Leitão foi liderada por Bernardo Lobo Xavier (sócio) e contou com a participação de João P. Monjardino (associado).

A consultora imobiliária internacional Savills, que está em Portugal desde 2018, anunciou no dia 1 de Junho a aquisição da Predibisa, especializada no mercado da região do Porto. O valor da aquisição não foi revelado.

A Predibisa presta aconselhamento imobiliário residencial e comercial no Norte de Portugal há mais de 30 anos, tem dois escritórios no Porto e emprega 30 pessoas. Já a Savills tem escritórios em Lisboa e na cidade Invicta, contando atualmente com uma equipa de 120 pessoas.

Com um sólido percurso em Portugal e reconhecendo a importância da Predibisa na região do Porto a Savills, através da concretização desta operação, dá mais um passo natural rumo à expansão geográfica no país. Estamos muito satisfeitos por vir a trabalhar com esta sólida equipa e alargar o leque de serviços aos nossos clientes no Porto”, diz Paulo Silva, da Savills Portugal.

Em comunicado enviado às redações, o responsável sublinha “o Porto tem vindo a registar uma trajetória brilhante através da transformação significativa do seu tecido urbano, por isso, a Savills traça uma estratégia sólida que lhe permite fazer face à crescente procura de serviços especializados nesta zona do país.“

Em 2022, o volume de investimento imobiliário em Portugal atingiu os 3,3 mil milhões de euros, continuando o país a ser visto como um safe heaven para os investidores. O mercado assenta em “fundamentos sólidos”, atraindo um leque cada vez mais diversificado de investidores e tenants que procuram expandir a sua atividade no continente europeu, na análise da consultora.

A consultora internacional Savills tem um total de 700 escritórios e está presente na Europa, Ásia Pacifico, África, América e Médio Oriente. Entrou no mercado português há cinco anos através da aquisição da Aguirre Newman.

 

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Dormidas em alojamento local foram mais de 38 milhões em 2019, 40% do total

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

Os turistas alojados em AL gastaram 5,8 mil milhões de euros em restauração e bebidas e 4,2 mil milhões em transportes, “onde a TAP é um dos grandes beneficiários”, avança estudo.

As dormidas em Alojamento Local (AL) ultrapassaram 38 milhões em 2019, representando cerca de 40% do total de dormidas em Portugal, segundo um relatório preliminar de um estudo sobre o impacto do AL em Portugal.

O estudo sobre “Avaliação de Impacto do Alojamento Local em Portugal” está a ser desenvolvido pela NOVA SBE a partir de dados combinados do Eurostat e do Instituto Nacional de Estatística (INE), a pedido da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP).

De acordo com resultados preliminares do estudo, o número de dormidas em AL em 2019 foi de 38,4 milhões, “representando cerca de 40% do total de dormidas em território nacional”. Os autores realçam que o INE subestima o total de dormidas em AL em Portugal, porque contabiliza apenas o número de dormidas em estabelecimentos com 10 ou mais camas, que corresponderam a 10,2 milhões de dormidas em 2019.

Dados oficiais da União Europeia (CETUR/EUROSTAT) “apontam para um total superior a 28,2 milhões de dormidas em AL com menos de 10 camas, em Portugal, no mesmo período” (não contabilizados pelo INE), lê-se no sumário do relatório preliminar.

Ainda segundo o relatório preliminar, os turistas que em 2019 se alojaram em unidades de AL gastaram mais de 8 mil milhões de euros na economia portuguesa, “o que correspondeu a mais de 8,5% das exportações totais de bens e serviços e cerca de 3,8% do PIB”. As dormidas em AL representaram cerca de 40% do total de dormidas em território nacional em 2019, uma percentagem que foi mais elevada em alguns destinos, como Lisboa e Porto.

Os autores destacam que “as despesas dos turistas com o alojamento só correspondem, em média, a 26% do total dos seus gastos”, pelo que, “sem o alojamento local, há o risco de se perder o rendimento associado ao AL” e também os restantes 74% despendidos por estes turistas noutros produtos e serviços.

Entre estes produtos e serviços, os turistas alojados em AL gastaram 5,8 mil milhões de euros em restauração e bebidas e 4,2 mil milhões de euros em transportes, “onde a TAP é um dos grandes beneficiários”, além de despesas em supermercados, as margens comerciais, os 500 milhões de euros gastos em operadores turísticos diversos, serviços culturais e recreação e lazer.

“Na ausência de Alojamento Local e mesmo perante o crescimento de uma taxa de ocupação dos hotéis de 15% ao longo do ano, para valores nunca vistos em termos anuais, mais de 23 milhões de dormidas ficariam sem ocorrer. Em termos diretos, a perda destas dormidas significaria também perder 4,7 mil milhões de euros das despesas dos turistas, o que corresponde à destruição de 2,2% do PIB nacional”, é realçado.

Para substituir a atual capacidade de alojamento em unidades de AL em Portugal seria necessário construir 1.030 novos hotéis, “dos quais 168 no Porto, 169 no Algarve e mais 211 hotéis na cidade de Lisboa”. O estudo ‘Avaliação de Impacto do Alojamento Local em Portugal’ está a ser desenvolvido pelos professores João Bernardo Duarte, Pedro Brinca e João Pedro Ferreira da Nova SBE.

“Para 2022 ainda não foram disponibilizados valores do turismo recetor pelo INE, mas os valores adiantados pelo Governo apontam para um ano ainda melhor em termos de receitas”, destacam. Já o Eurostat colocou o número total de dormidas em Portugal, em 2022, na mesma ordem de grandeza que em 2019, com 30.992.816 dormidas registadas em AL (tinham sido 31.064.000 em 2019), o que indica “uma enorme resiliência” do setor, que no ano passado “praticamente tinha recuperado da pandemia”.

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Serviço Caixadireta já está a funcionar após avaria

  • Lusa
  • 6 Junho 2023

O serviço Caixadirecta esteve “inoperacional devido a uma avaria”. Fonte oficial, cerca das 18:00, indicou que a situação da Caixadireta estava “regularizada”.

O serviço Caixadireta já está a funcionar, depois de uma avaria que fez com que ficasse “inoperacional” nas últimas horas, disse à Lusa fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos (CGD), indicando que a situação está “regularizada”.

Cerca das 16:00 desta terça, a mesma fonte, questionada pela Lusa, confirmou que o serviço Caixadirecta estava “inoperacional devido a uma avaria” e que as equipas técnicas estavam “a trabalhar para ter o serviço reposto o mais rapidamente possível”.

A Lusa tinha recebido algumas denúncias de clientes da CGD, que não estavam a conseguir aceder aos serviços da Caixadireta. A mesma fonte oficial, cerca das 18:00, indicou que a situação da Caixadireta estava “regularizada”.

(artigo atualizado às 18h41)

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