Feira do Livro de Lisboa ganha dois dias extra após festejos do Benfica

A 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa vai prolongar-se por mais dois dias terminando a 13 de junho, anunciou esta terça-feira a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.

Depois de retomar o calendário pré-pandemia, a Feira do Livro de Lisboa vai prolongar-se por mais dois dias, terminando a 13 de junho, anunciou esta terça-feira a organização.

“Em resposta ao desafio apresentado na cerimónia de inauguração pelo excelentíssimo senhor presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a Feira do Livro de Lisboa vem anunciar a prolongação da sua duração até dia 13 de junho”, adianta a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), sublinhando que a decisão foi tomada após “auscultação de todos os envolvidos, entre participantes, editores, livreiros e restantes parceiros”.

“A programação cultural vai prolongar-se igualmente por estes dias adicionais, com vários dos eventos anulados a serem remarcados”, sublinha ainda a organização.

A 93.ª Feira do Livro de Lisboa, que decorre anualmente no Parque Eduardo VII, em Lisboa, regressou este ano às datas pré-Covid e estava previsto que terminasse a 11 de junho. No sábado, a Feira do Livro teve que encerrar às 17h, ou seja, seis horas mais cedo, devido aos festejos dos adeptos do Benfica, clube que se sagrou campeão nacional de futebol. Esta situação levou ao “cancelamento ou reagendamento” de 155 eventos.

O arranque do ano trouxe boas notícias para o setor livreiro. Até março, venderam-se 2,8 milhões de livros, gerando 39,3 milhões de euros em receitas, o que representa uma subida de 13% face aos primeiros três meses do ano passado, segundo os dados da GFK a que o ECO teve acesso.

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Empresários têxteis de Famalicão viajam até à China

Comitiva é composta por entidades de referência do setor como o Citeve, Universidade do Minho, Modatex ou ATP, e empresas como a ROQ, SweaTrofa, Cityberia, Fradelsport, Riopele e Nalmok Consulting.

Uma comitiva de cerca de 30 pessoas ligadas à indústria têxtil está por estes dias na China, onde durante duas semanas vão ter a oportunidade de partilhar experiências, aproximar empresas e fomentar o intercâmbio entre empresas e instituições do sistema científico e tecnológico.

A comitiva é composta por entidades de referência deste setor, como o Centro Tecnológico Têxtil e de Vestuário (Citeve), a Universidade do Minho, o Modatex, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) e ainda empresas como a ROQ, SweaTrofa, Cityberia, Fradelsport, Riopele e Nalmok Consulting.

“Dando a conhecer o que de melhor se faz em Famalicão no setor têxtil, promovendo a indústria e o sistema científico e tecnológico, criam-se assim oportunidades para futuras relações entre empresas e universidades, nomeadamente nas aplicações têxteis à saúde, ao automóvel, ao desporto e proteção, áreas de investigação privilegiada da universidade têxtil de Wuhan”, referiu Augusto Lima, vereador da economia, empreendedorismo e relações internacionais do município de Famalicão.

O programa da missão empresarial inclui reuniões e conferências, visitas a universidades e também a empresas, designadamente nas localidades de Wuhan, Pequim, Hangzhou e Zhaoxing.

Para Augusto Lima, a “China pode ser encarada não só como fornecedor, mas também como parceiro e cliente, devido à forte necessidade de produtos de maior valor acrescentado e oportunidades de desenvolvimento de projetos de investigação e desenvolvimento, potenciadores da atração e intercâmbio de talento. Um outro ponto a realçar é a possibilidade da atração de investimento em áreas tecnológicas e industriais, pelo que esta missão pode contribuir para a implementação da estratégia Created IN Famalicão”.

Esta iniciativa partiu de um convite da embaixada da China em Portugal e da Universidade Têxtil de Wuhan, em cooperação com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCIL-C).

A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa foi fundação há 45 anos e é uma das mais antigas câmaras de comércio bilaterais europeias, formalmente estabelecida em 1978 com o objetivo de desenvolver as relações comerciais e económicas entre a República Popular da China e Portugal.

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Governo equaciona adotar mais medidas contra a seca no dia 1 de julho

Duarte Cordeiro revelou que a Comissão Permanente de Acompanhamento da Seca reúne-se na próxima quinta-feira para equacionar reforçar medidas contra a seca nas regiões em stress hídrico.

A Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca vai voltar a reunir-se no próxima quinta-feira, 1 de julho, para equacionar adotar mais medidas contra o agravamento da seca.

De acordo com o ministro do Ambiente e da Ação Climática, a reunião, que contará com a presença da ministra da Agricultura, servirá para fazer um ponto de situação relativamente às albufeiras no país, usadas para a produção de energia e para fins agrícolas, e avaliar a quantidade de água nos solos.

“Estamos numa situação em que identificamos seca extrema e severa no sul do país e sabemos que em termos de água nas albufeiras estamos numa situação melhor àquela do ano passado”, adiantou Duarte Cordeiro em declarações aos jornalistas, esta terça-feira, à margem do Lisbon Energy Summit.

Ainda assim, o ministro não descarta a necessidade de serem adotadas mais medidas face ao agravamento de stress hídrico nas regiões mais vulneráveis do país, como o Algarve e no litoral alentejano. De momento, já foram impostas restrições no consumo de água nas barragens da Bravura e do Monte da Rocha.

Estamos com 79% de capacidade de água nas albufeiras. Em muitas regiões do país, estamos numa situação melhor face àquela que estávamos no ano passado, noutras estamos numa situação um bocado mais crítica”, disse, acrescentando nestas regiões “pode vir a ser equacionado tomar mais medidas” no dia 1 de julho, não detalhado quais seriam.

Reconhecendo que estas medidas são apenas de natureza conjuntural, Duarte Cordeiro adiantou que “em breve” o Governo apresentará mais “medidas estruturais” nas regiões identificadas em situação de stress hídrico, nomeadamente Alentejo, Tejo e Viseu à semelhança do que aconteceu no Algarve.

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Luís Castro Henriques já deixou de ser presidente da AICEP. CREsAP emite parecer sobre sucessor, Filipe Costa

Madalena Oliveira e Silva está a exercer o cargo de forma interina até que Filipe Costa possa assumir liderança da agência. Cresap já emitiu parecer, uma vez que se aplica estatuto de gestor público.

A saída era conhecida desde setembro do ano passado, mas o mandato só terminava no final de 2022. No entanto, Luís Castro Henriques manteve-se no cargo até 30 de abril. O primeiro-ministro anunciou, durante uma visita à Accenture Portugal, que o responsável já cessou funções. O senhor que se segue será Filipe Costa, tal como o ECO avançou.

Luís Castro Henriques estava na administração da AICEP desde 2014 e passou a presidente em 2017. Mas, na verdade, terminou funções no final de abril e é Madalena Oliveira e Silva quem tem exercido o cargo de forma interina, até que Filipe Costa assuma a presidência.

O nome de Filipe Costa tinha também de passar previamente pelo crivo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CREsAP), já que ao cargo de presidente da AICEP se aplica o estatuto de gestor público. O ECO confirmou que a CREsAP já emitiu o parecer, mas o documento não é público até que a nomeação seja publicada em Diário da República.

A tutela da AICEP é conjunta entre os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, Economia e Finanças, mas a gestão operacional compete ao secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, que depende do ministro dos Negócios Estrangeiros. E este responsável político há muito que quer mudanças na gestão da agência. A saída de Luís Castro Henriques enquadra-se nessa lógica.

A liderança do organismo público que promove a globalização da economia portuguesa passa agora para as mãos de Filipe Costa, que estava à frente da AICEP Global Parques. Sabia-se que a passagem de testemunho não iria ser imediata porque Castro Henriques ainda tinha de apresentar o plano de contas, que entregou a 31 de março, mas foi acabou por “dar” mais um mês à casa enquanto se agurada a publicação do despacho de nomeação de Filipe Costa.

Filipe Costa é presidente executivo da AICEP Global Parques desde julho de 2018. Conhece bem a agência até porque, antes do cargo que agora ocupa, foi durante três anos delegado da AICEP em São Francisco (EUA) e antes em Xangai (China), entre 2011 e 30 de junho de 2015. Em 2011, o secretário de Estado da Internacionalização Bernardo Ivo Cruz, que tem a tutela da agência, era também delegado da AICEP e, por inerência, conselheiro económico e comercial na embaixada portuguesa no Brasil, onde dirigiu o centro de negócios para a América Latina.

Castro Henriques está de regresso ao seu cargo de origem na EDP. Foi, entre 2010 e 2014, diretor-adjunto da direção de marketing e responsável pela área de marketing analytics na elétrica, mas também assessor do conselho de administração e gestor de projeto na EDP Inovação.

O responsável garante que saiu da AICEP por vontade própria — disse-o em entrevista ao Observador e com vários recordes no currículo. As exportações já pesam mais de 50% do PIB e foram captados 47 novos projetos estrangeiros em 2022, que criaram mais de 7.130 empregos. Ou seja, foi superado o recorde de projetos angariados em 2021 (41 projetos).

Nota: Notícia atualizada com a precisão de que o plano de contas da Aicep foi entregue a 31 de março.

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Montenegro admite comissão de inquérito ao SIS se Costa não responder às questões do PSD

Presidente do PSD diz que está a ser ultimado o questionário para enviar ao primeiro-ministro. Se não houver resposta, Luís Montenegro admite avançar com uma comissão de inquérito.

O PSD está a ultimar o questionário que será enviado ao primeiro-ministro sobre o envolvimento do Governo no contacto com o Serviço de Informações de Segurança (SIS) durante os incidentes de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas, em que o ex-adjunto do ministro João Galamba levou um computador contendo informação classificada. Se a questão não for esclarecida, Luís Montenegro admite avançar com uma comissão parlamentar de inquérito.

“Nesta fase, as respostas estão do lado do Governo e do primeiro-ministro. Vamos endereçar estas perguntas ao primeiro-ministro para que ele não desperdice a oportunidade de clarificar toda esta ocorrência e de evitar uma comissão de inquérito sobre este assunto, que do nosso ponto de vista deve ser evitada”, afirmou.

“Mas não podemos excluir de todo essa possibilidade, porque se não sobrar outro instrumento de esclarecimento que não seja esse, não teremos outro remédio”, acrescentou Montenegro, que falava esta terça-feira aos jornalistas, à margem de uma conferência de imprensa sobre o alojamento local, em Lisboa.

O líder social-democrata deu ainda conta de algumas das questões que serão enviadas. “Em primeiro lugar, quem foi que efetivamente acionou a diligência dos serviços de informação. Quem é que dentro do Governo fez essa interação e acompanhou o desenvolvimento dessa operação?”, começou por enumerar.

“Em segundo lugar, porque é que a PSP e a PJ não tomaram elas próprias a iniciativa de chamar os serviços e se havia necessidade e enquadramento legal para essa chamada“, continuou. “Em terceiro lugar, sabermos de uma vez por todas [se] o que foi dito aos serviços secretos foi que houve um roubo no Ministério das Infraestruturas. O primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, quando falaram ao país, sabiam ou não sabiam qual era o enquadramento daquela situação?”

O país não pode continuar a conviver com serviços que atuam numa zona muito sensível se não souber que isso ocorre dentro da legalidade e sem nenhum tipo de abuso face aquilo que são as determinações legais.

Luís Montentegro

Presidente do PSD

“De uma coisa tenho a certeza absoluta. O país não pode continuar a conviver com serviços que atuam numa zona muito sensível se não souber que isso ocorre dentro da legalidade e sem nenhum tipo de abuso face aquilo que são as determinações legais”, argumentou o líder do PSD.

No debate sobre política geral, que ocorreu na semana passada no Parlamento, António Costa defendeu o contacto com os serviços secretos e que estes atuaram dentro da legalidade. “Não chega o primeiro-ministro dizer que foi legal. É preciso demonstrá-lo. É preciso que sejam respondidas as perguntas”, reiterou Luís Montenegro.

“Até ao momento, o que temos visto são versões diferentes e equívocos, até na qualificação jurídica da ocorrência. O primeiro-ministro diz que é um roubo; se for um roubo é da competência das autoridades de investigação criminal tomar conta da ocorrência e fazer todas as diligências. Logo aí a atuação dos serviços de informações não era legítima. Se não foi um roubo porque foram acionados diretamente por membros do Governo ou membros dos gabinetes?”, completou Montenegro.

O presidente do PSD abordou ainda a recusa por parte do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, em esclarecer a sua intervenção naquela noite. Questionado novamente este domingo, no final da convenção do Bloco de Esquerda, voltou a recusar responder às perguntas dos jornalistas.

“O secretário de Estado adjunto [do primeiro-ministro], independentemente do que vier a dizer em sede parlamentar, já podia ter vindo contribuir para o esclarecimento mas só veio contribuir para avolumar ainda mais as dúvidas”, disse Luís Montenegro. “Parece que estão a preparar as respostas para que tudo encaixe”, concluiu.

 

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IAPMEI vai lançar App do Empreendedor. Saiba como funciona

Nova aplicação móvel, com ferramentas e informação útil, é apresentada pelo IAPMEI como um "ponto de encontro entre entidades do ecossistema empreendedor através da criação de uma comunidade digital".

A Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) vai lançar a App do Empreendedor. A aplicação tem como objetivo primordial ser um ponto de encontro entre entidades do ecossistema empreendedor através da criação de uma comunidade digital, que promove o networking e a partilha de conhecimento e contactos.

A aplicação disponibiliza uma biblioteca de conteúdos e informação útil para empreendedores e empresas, acompanhando o seu percurso e segmentada pelas fases de ideia, projeto e startup. A app contará com uma agenda de eventos, notícias sobre empreendedorismo e contactos de entidades do ecossistema empreendedor. Vai disponibilizar ainda vídeos, podcasts, e-books e artigos de acordo com o ciclo de vida dos projetos empresariais.

A aplicação do Empreendedor vai contar ainda com quizzes para aferir conhecimentos sobre diversas temáticas relacionadas com o empreendedorismo e disponibilizar ferramentas e instrumentos de apoio e capacitação para o desenvolvimento de projetos.

A App do Empreendedor é um produto com origem no Startup Boost powered by Capacitar para Empreender, um projeto promovido pelo IAPMEI e cofinanciado por Compete 2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo Social Europeu.

O IAPMEI, em parceria com a Associação Portuguesa de Business Intelligence (APBI), vai realizar o seminário final do projeto Startup Boost powered by Capacitar para Empreender na quarta-feira, 31 de maio, pelas 14 horas, nas instalações da Real Companhia Velha, em Vila Nova de Gaia. Será apresentado o percurso das diversas ações de capacitação para o empreendedorismo.

“Como Desenvolver Negócios Inteligentes e Empreendedores” será um dos temas em cima da mesa e contará com um conjunto de várias personalidades do ecossistema empreendedor e da inovação, que irão partilhar a sua visão sobre as tendências tecnológicas inteligentes mais marcantes da atualidade.

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Bosch faturou 2.000 milhões em Portugal e vai investir mais 200 milhões em 2023

Com fábricas em Aveiro, Braga e Ovar, o grupo alemão que emprega 6.500 pessoas e é um dos maiores exportadores do país, faturou 2 mil milhões em 2022 e vai investir 200 milhões durante este ano.

A Bosch fechou o ano 2022 com vendas totais que superam os dois mil milhões de euros em Portugal, o que representa um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. A exportação para mais de 50 países em todo o mundo representa 97% das vendas do grupo de origem alemã.

“Foi um ano muito positivo para a Bosch em Portugal. Superámos pela primeira vez os dois mil milhões de euros em faturação, com todas as localizações em Portugal a evoluírem positivamente e a contribuir para a consolidação dos nossos negócios, reforçando Portugal como um dos principais países na Europa para o Grupo Bosch”, afirma Javier González Pareja, presidente do Grupo Bosch em Portugal e Espanha, citado em comunicado.

No mercado local, a Bosch registou vendas consolidadas de 364 milhões de euros, 5,5% acima do nível de 2021. “Temos assistido a um crescimento sustentado em Portugal. Há cinco anos estávamos nos 1,5 mil milhões de euros de faturação, e este ano registamos o melhor resultado de sempre. Este crescimento geral só é possível graças à dedicação e ao profissionalismo dos nossos colaboradores”, completa Carlos Ribas, responsável em Portugal e administrador técnico da Bosch em Braga.

No final de 2022, a empresa contava com mais de 6.500 colaboradores em Portugal, assumindo-se como um dos maiores empregadores e exportadores no país. Em Portugal, o grupo tem unidades de produção em Aveiro, Braga e Ovar, e conta ainda com um centro de serviços em Lisboa.

A empresa irá continuar a expandir as instalações no país, com um investimento de mais de 100 milhões em infraestruturas, e também continuar a apostar em projetos de Investigação e Desenvolvimento (I&D), desenvolvidos em parceria com as universidades portugueses. Considerando esta última componente, o investimento previsto para 2023 deverá chegar a cerca de 200 milhões de euros em Portugal. “Prevemos continuar a crescer e a recrutar de forma transversal nas nossas localizações, e a reforçar o papel da Bosch como dinamizadora da economia nacional e da criação de valor e emprego no país”, reforça Carlos Ribas.

A nível global, o grupo Bosch fechou o ano passado com uma faturação de 88,2 mil milhões de euros, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. O grupo alemão que emprega 421 mil pessoas a nível mundial ambiciona crescer entre 6% e 9% em 2023.

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Euribor cai a três, seis e 12 meses, depois de máximos na segunda-feira

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

Esta terça-feira, a taxa Euribor a 12 meses baixou para 3,965%, enquanto a seis e a três meses recuou para 3,770% e 3,474%, respetivamente.

As taxas Euribor desceram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses, depois de terem subido para novos máximos desde novembro de 2008 na segunda-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta terça-feira para 3,965%, menos 0,017 pontos, depois de ter subido em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,647% em março para 3,757% em abril, mais 0,110 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também recuou esta terça-feira, ao ser fixada em 3,770%, menos 0,011 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado na segunda-feira. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,267% em março para 3,516% em abril, mais 0,249 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, desceu esta terça-feira, ao ser fixada em 3,474%, menos 0,009 pontos, depois de ter subido na segunda-feira até 3,483%, um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 2,911% em março para 3,179% em abril, ou seja, um acréscimo de 0,268 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Ex-autarca de Murça condenado a três anos e seis meses de pena suspensa

  • Lusa
  • 30 Maio 2023

O Tribunal de Vila Real condenou o ex-presidente da Câmara de Murça a uma pena suspensa de três anos e seis meses de prisão pelos crimes de prevaricação e falsificação de documentos agravado.

O Tribunal de Vila Real condenou esta terça-feira o ex-presidente da Câmara de Murça João Teixeira a uma pena suspensa de três anos e seis meses de prisão pelos crimes de prevaricação e falsificação de documentos agravado.

João Teixeira, que foi presidente da Câmara de Murça entre 2001 e 2013, eleito pelo PS, foi ainda condenado ao pagamento de uma multa de 800 euros pelo crime de peculato. O coletivo de juízes do Tribunal de Vila Real decidiu condenar o antigo autarca por todos os crimes que o levaram a julgamento, 10 anos depois de ter saído do município.

O ex-autarca estava acusado pelo Ministério Público (MP) dos crimes de peculato, prevaricação e falsificação de documento agravado num caso relacionado com uma viagem a Angola por parte de uma comitiva municipal com o objetivo de formalizar um protocolo de geminação com o município de Cambulo, na província de Luanda — Norte.

Nesta viagem, que aconteceu entre 30 de junho e 7 de julho de 2013, seguiram viagem duas pessoas que não trabalhavam, nem tinham qualquer ligação profissional com a Câmara de Murça, designadamente a mulher do ex-autarca e o marido da secretária do gabinete da presidência, sendo que a inclusão destas duas pessoas na comitiva não foi precedida de qualquer deliberação ou autorização camarária. O custo total desta viagem, para o município, foi de 9.580 euros.

Durante a leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes realçou a prova documental deste caso, apesar de os factos terem ocorrido há uma década, salientando que os “documentos têm mais memória do que as pessoas”.

Referiu ainda que, relativamente à inclusão da mulher do ex-autarca na comitiva, “não encaixa na justificação do acompanhamento protocolar”, e que, quanto ao marido da secretária, o seu nome não consta de qualquer documento.

Pelos crimes de prevaricação e falsificação de documento agravado, o arguido foi condenado, em cúmulo jurídico, a uma pena de três anos e seis meses de prisão, suspensa na sua aplicação por igual período, enquanto, pelo crime de peculato, foi condenado a uma pena de multa de 800 euros. João Teixeira terá ainda de pagar uma indemnização de 3.193 euros, valor referente aos voos e vistos daquelas duas pessoas.

No final, a defesa do antigo presidente disse apenas que vai analisar o acórdão, com 120 páginas, para, depois, decidir se recorre ou não.

No início do julgamento, a 18 de abril, o arguido negou qualquer crime e justificou que aquelas duas pessoas, uma das quais sua mulher, foram convidadas pelas autoridades locais a irem a Angola, aquando de uma visita de uma comitiva daquele país africano ao município de Murça, no distrito de Vila Real.

Justificou ainda que, na altura, por causa de um problema de saúde, não viajava sem a sua esposa e que o marido da sua secretária conhecia bem o território angolano em causa e que, naquele país, desempenhou ainda as funções de motorista da comitiva portuguesa.

O antigo presidente apontou uma falha na ata municipal que não incluiu a deliberação da comitiva municipal que se deslocou a Angola e negou ter ordenado a repartição da despesa à agência de viagens que tratou deste processo.

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Australiana Corio alia-se à portuguesa Hyperion com olhos postos no leilão de eólicas offshore

Com olhos postos no primeiro leilão offshore, a australiana Corio aliou-se à portuguesa Hyperion para avaliar uma possível participação no concurso que será lançado ainda este ano.

A Corio Generation, do grupo australiano Macquarie, aliou-se à portuguesa Hyperion Renewables para explorar oportunidades de desenvolvimento e construção de parques eólicos sobre o mar em Portugal. O acordo servirá também para avaliar a participação da promotora australiana no primeiro leilão eólico offshore em Portugal, que será lançado este ano.

De acordo com a nota divulgada esta terça-feira, as duas empresas assinaram um Memorando de Entendimento (MoU), concretizando, desta forma, a entrada da Corio no mercado português. “Esta parceria combina o vasto conhecimento da Corio na preparação de leilões e avaliação de zonas marítimas, com a longa experiência da Hyperion no desenvolvimento e gestão de projetos de energia renovável em Portugal”, informa o comunicado.

“Para ajudar a desbloquear o potencial eólico offshore de Portugal, sabíamos que precisávamos de encontrar um parceiro como a Hyperion Renewables“, cita a nota as declarações de Guillermo Martínez-Navas, diretor de novos mercados e Américas da Corio Generation.

A comunicação chega dias depois de terem sido revelados detalhes quanto ao primeiro leilão de eólicas offshore, que deverá ser lançado ainda este ano. Na primeira fase concorrencial, serão colocados em leilão quatro lotes com uma potência de 2 GW. O objetivo do Governo é garantir o desenvolvimento de 10 GW de eólicas no mar até 2030.

A Corio Generation é considerada como um dos principais promotores de eólico offshore a nível global, com um portfólio de projetos de 30 gigawatts (GW) na Europa, Ásia e Américas, incluindo o projeto Grey Whale de 1,5 GW na Coreia do Sul, um dos maiores parques eólicos offshore flutuantes do mundo. A empresa com sede no Reino Unido foi nomeada na semana passada “Promotor Eólico Offshore do Ano” no Wind Investment Awards 2023, estando, atualmente, a desenvolver vários projetos de offshore flutuante na Europa, incluindo em França, Reino Unido e Noruega.

Portugal entra assim na lista de mercados de interesse da australiana, o qual será explorado com a ajuda da Hyperion Renewables, empresa portuguesa que desenvolveu 640 megawatts de projetos em toda a Península Ibérica desde que foi estabelecida, em 2006. Até ao momento, possui um pipeline de 3,4 GW em projetos solares, eólicos, hidrogénio verde e baterias, incluindo 180 MW de projetos solares fotovoltaicos em construção.

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Capacidade de hidrogénio em Portugal pode triplicar face à estratégia inicial

"Neste momento temos algo como o dobro ou o triplo já de intenções de investimento firmes em Portugal", assegura a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia.

A secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, estima que o país deverá contar com o dobro ou mesmo o triplo da capacidade de hidrogénio que estava prevista na estratégia nacional — contava-se, inicialmente, que fossem instalados 2,5 gigawatts de eletrolisadores até 2030. Agora podem passar a 5 ou 7,5 gigawatts (GW).

“A estratégia nacional para o hidrogénio precisa de ser atualizada porque foi feita num contexto diferente. Os fatores de competitividade do nosso país permitiram-nos atrair muitos projetos da cadeia de valor do hidrogénio verde, onde se incluem os sustainable aviation fuels, por exemplo. Diria que face à capacidade prevista na estratégia nacional, iremos multiplicar por um fator de 2 ou de 3“, explicou a governante, à margem da conferência Lisbon Energy Summit.

Neste momento temos algo como o dobro ou o triplo já de intenções de investimento firmes em Portugal“, continuou Fontoura Gouveia, confrontada com a afirmação do ministro das Infraestruturas de que Portugal conta já com “um número interessante de projetos” de combustível para aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês). Precisamos de hidrogénio para descarbonizar a indústria química, mas também para atrair novas indústrias e é aí que se inserem os combustíveis sustentáveis da aviação“, sublinhou.

As intenções de investimento têm sido avançadas tanto por indústrias que já se encontram em Portugal, como outras que desejam entrar no país, acrescentou ainda a secretária de Estado.

Offshore ainda sem detalhe

Apesar de o ministro do Ambiente ter adiantado, na semana passada, que o leilão de eólico offshore começaria com a licitação de mais de 1 GW, tendo depois o líder da Direção Geral de Energia e Geologia especificado que poderia estender-se até aos 2 GW, a secretária de Estado da Energia esclarece que a decisão final está dependente das informações que constem do relatório técnico, que deverá ser entregue na quarta-feira. A partir daí, segue-se um “trabalho intenso durante o verão”.

Para já, Fontoura Gouveia afirma que a intenção é avançar “o mais depressa possível” e “lançar o leilão ainda este ano”. Mas não tem uma data definitiva para o lançamento. Espera que o mercado seja, contudo, informado sobre as condições do leilão após o trabalho que será desenvolvido essencialmente no verão.

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OA do Porto recebe queixas de advogados a trabalhar em cafés e centros comerciais

O Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados recebeu cerca de 15 queixas sobre advogados a atender clientes em cafés e centros comerciais. Conselho de Deontologia está a analisar casos.

Já chegaram este ano cerca de 15 queixas ao Conselho Regional do Porto (CRP) da Ordem dos Advogados sobre advogados a atender clientes em cafés e centros comerciais. Segundo avançou a Renascença, a maioria dos casos é por falta de condições económicas para pagar a renda de um escritório.

As queixas referem-se a atendimentos feitos tanto na cidade do Porto como em Braga, explicou Jorge Barros Mendes, presidente do CRP. O Conselho de Deontologia está a analisar as queixas recebidas.

Para o líder do CRL, esta situação viola o sigilo profissional a que os advogados estão sujeitos. Em 2022, o CRL recebeu mais de 40 queixas.

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