Exclusivo Tecnológica da Daimler Trucks muda escritório para Baixa-Chiado num “compromisso com o país”

O espaço recebe os 130 colaboradores da tb.lx. Tecnológica ocupa espaço gerido pelo Heden que investiu 600 mil euros na sua reconversão.

TBLX escritórios

A tb.lx acaba de inaugurar um novo escritório no coração de Lisboa, na Baixa-Chiado. O espaço, que vai acolher os atuais 130 colaboradores a empresa de produtos digitais da Daimler Truck AG, é “um compromisso com o país”, assegura Christian Lessing, CEO da tb.lx. O espaço, reconvertido pela gestora de espaços de coworking Heden, implicou um investimento de 600 mil euros.

A mudança para um novo espaço vinha a ser pensada ainda o mundo enfrentava a pandemia da Covid-19. Um encontro entre os responsáveis da tb.lx e do Heden num evento sobre trabalho. “Foi um match. Mantivemos contacto e cerca de um ano depois começamos a trabalhar”, recorda Mona Hanselka, diretora de marketing e comunicação da tb.lx e responsável pelo projeto do escritório, durante a visita ao espaço com o ECO.

A conversa resultou na reconversão de um edifício de cinco pisos, com 654 metros quadrados de área, totalmente dedicado às necessidades do modelo de trabalho da tb.lx. Os agora mais de 130 colaboradores têm um “modelo de trabalho 100% híbrido, flexível. Temos de incentivar as pessoas a vir ao escritório”, comenta Mona Hanselka. Os trabalhadores usufruem, desde setembro de 2022, de uma jornada de 36 horas de trabalho.

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Mona Hanselka, diretora de marketing e comunicação da tb.lx

O design e configuração do espaço — cocriado com a equipa do Heden — reflete esse posicionamento. Os cinco pisos acolhem seis salas de reuniões — incluindo um espaço para a realização de workshops –, com nomes como Alfama, Parque das Nações ou Belém (numa referência a diversas zonas da cidade que acolhe a tecnológica desde 2018); cinco open spaces para trabalho flexível com uma área de secretárias fixas para trabalho individual e com uma sala silenciosa para tempo de concentração. Há ainda um anfiteatro para eventos; uma cozinha e um terraço exterior que permite aos colaboradores trabalhar ou aproveitar o ar livre durante o horário laboral.

O espaço tem capacidade para 200 pessoas, dos quais 43 são lugares sentados, mas a configuração — com mesas de trabalho espalhados pelos diversos pisos — permite uma abordagem de trabalho flexível para os 130 colaboradores, de dez nacionalidades dos quais 80% engenheiros de software.

A reconversão do edifício de traça antiga — na zona do entre o Teatro da Trindade e o café Brasileira — ficou a cargo do Heden. O espaço, totalmente ocupado pela tb.lx, é um dos projetos que a gestora de coworking tem planeado abertura para este ano — o segundo é na zona de Alvalade — num investimento de 1,5 milhões de euros. “O investimento será maior”, admite Manuel Bastos, cofundador da Heden, ao ECO, adiantando que só a transformação da antiga sucursal da Fidelidade implicou um investimento de 600 mil euros.

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Christian Lessing (tb.lx) e Manuel Bastos (Heden)

“Os nossos locais de trabalho representam os nossos valores, os princípios das empresas”, destaca Christian Lessing, CEO da tb.lx, durante a inauguração do espaço. O escritório “representa a nossa forma de trabalho híbrida: verdadeiramente chave para nós”, refere, mas também a atividade da empresa.

Pelos espaços são visíveis várias fotografias dos camiões de marcas da Daimler Truck — incluindo a Mercedes-Benz Trucks, Freightliner, Western Star, Thomas Built Buses, FUSO, BharatBenz, Setra e Rizon — para as quais a tb.lx desenvolve produtos de software centrados nas áreas da mobilidade elétrica, para mercados como Alemanha, EUA, Japão e Índia, ajudando as marcas do grupo no processo de transição elétrica dos veículos pesados.

Materiais naturais e sustentáveis, como a cortiça e o burel, foram por isso usados na reconversão do espaço, tendo-se recorrido a energia 100% verde, e procurou-se que os fornecedores estivessem “sempre que possível” nunca a mais de 50 quilómetros, aponta Manuel Bastos.

Crescimento da equipa dependente da evolução do negócio

Equipa tem ao dispor um espaço com capacidade para 200 pessoas, para uma equipa que hoje tem 130 pessoas, número que representa um crescimento de 17% num ano, e uma taxa de retenção de 91%, cerca de 10% superior à média do setor, segundo os dados partilhados pela tb.lx. Significa que em 2024 iremos assistir ao mesmo nível de crescimento em termos de talento?

“O escritório não foi feito para receber muitas pessoas, porque temos um modelo híbrido de trabalho. O que significa que pode vir ao escritório se tiver um trabalho colaborativo, mas que pode ficar em casa se precisar se de focar. Portanto, não é um sinal que toda a gente tem de vir para a empresa”, afirma Christian Lessing, CEO da tb.lx, em entrevista ao ECO.

“Não vou falar especificamente de números. Estamos a ver como o mercado se desenvolve. A adoção de veículos ecológicos está a subir, mas de forma lenta no mercado dos camiões e mais procura está a chegar-nos. Tenho a certeza que vamos crescer ao longo do ano, porque a procura está a aumentar, mais camiões elétricos estão a ir ara a rua, a infraestrutura está a ser construída”, diz. “Depende do desenvolvimento do mercado, mas esperamos crescer nos próximos anos e teremos de nos adaptar”, afirma, sem apontar números.

Conheça melhor o espaço:

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