Pedro Nuno Santos critica “governo de vitimização” de Montenegro

"PS será oposição responsável", diz Pedro Nuno Santos, em resposta ao novo primeiro-ministro. "Votaremos a favor do que concordamos e contra o que discordamos", garante.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, respondeu ao repto do primeiro-ministro na tomada de posse – sobre se seriam uma força de bloqueio –, reiterando que o “PS será oposição responsável”. “Votaremos a favor do que concordamos e contra o que discordamos”, sumariza o líder socialista, em conferência de imprensa.

Pedro Nuno Santos acusa ainda Montenegro de ter tido um discurso no qual “em vez de governo de ação, é da vitimização”. “O que assistimos ontem foi como um desafio, uma chantagem sobre o PS, como se o PS estivesse obrigado a viabilizar o Governo”, aponta.

Para o líder socialista, o trabalho do partido “não é ser bengala do PSD”, sendo que o “PS não cede nem tem receios de chantagens, é fiel e firme na defesa daquilo que acredita”. Ainda assim, assume que defenderão as suas posições e vão aprovar aquilo com que concordarem.

“Esperamos que o Governo não se coloque em becos sem saída”, atira, apontando que foi a Aliança Democrática e Luís Montenegro que se disponibilizaram a governar sem maioria absoluta. Quem quis governar com estes resultados “tem de criar as condições”, argumenta.

Pedro Nuno Santos falou ainda sobre a questão da margem orçamental, apontando que Montenegro teve um “discurso típico de governos da direita sobre não haver dinheiro”. “o é um excedente orçamental que coloca pressão sobre a governação, é o programa económico da AD“, argumenta o socialista, reiterando que a “teoria dos cofres cheios não nasceu com o PS, resultou de campanha eleitoral em que AD prometeu tudo a todos”.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, faz uma declaração aos jornalistas após a tomada de posse do novo governo liderado por Luís Montenegro, na sede do PS, em Lisboa, 03 de abril de 2024JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Voltou ainda a sinalizar que “será muito difícil de estar ao lado da AD na viabilização de um OE”, tendo apenas mostrado disponibilidade para um Orçamento retificativo que dê resposta às reivindicações dos profissionais da Função Pública.

No discurso de tomada de posse, Luís Montenegro desafiou o PS a assumir se será “oposição democrática” ou “bloqueio“. O primeiro-ministro argumentou que o Partido Socialista, em particular, – e apesar da sua legitimidade para se poder afirmar como fiscalizador e alternativa futura – deve ser “claro e autêntico quanto à atitude que vai tomar: ser oposição democrática ou ser bloqueio democrático“.

Para Montenegro, as oposições devem “respeitar o princípio de nos deixar trabalhar e executar o programa do Governo”. “Não se trata de uma adesão a esse programa, mas antes de saber se há um bloqueio à sua execução”, sublinhou, apelando à viabilização do programa do Governo – que será apresentado no Parlamento a 10 de abril.

O primeiro-ministro defendeu também no seu discurso que é preciso ter noção que Portugal não ficou “um país rico” só porque teve “um superávite orçamental”, que coloca “vários problemas”, como conduzir à “reivindicação desmedida e descontrolada de despesas insustentáveis” ou à ideia de que “não há necessidade de mudar estruturalmente a nossa economia e o Estado”.

(Notícia atualizada às 17h10)

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Dos “cofres” aos impostos, Montenegro mostra agenda e narrativa do novo Governo

Nas entrelinhas do discurso de posse, primeiro-ministro ata Pedro Nuno ao “bloqueio democrático”, recusa “despesas insustentáveis” na ressaca do excedente, abraça temas do Chega e redesenha os fundos.

Tomada de posse do XXIV Governo Constitucional no Palácio da Ajuda - 02ABR24
Tomada de posse do XXIV Governo Constitucional no Palácio da AjudaHugo Amaral/ECO

No discurso de tomada de posse de Luís Montenegro, em que começou a assinalar o “enorme sentido de responsabilidade” com que assume funções após as eleições mostrarem “a vontade do povo na mudança política” e acabou a citar o Papa Francisco – “contamos com todos, todos, todos” –, o novo primeiro-ministro deixou vários sinais sobre a narrativa e as prioridades políticas do novo Executivo.

Das condições de governabilidade com que o Governo minoritário contará para esta legislatura “de quatro anos e meio” aos recados para a responsabilização da oposição, sobretudo para o Partido Socialista, passando pelo refrear das promessas eleitorais e pelo desenho de algumas medidas e áreas prioritárias, como a baixa de impostos, a reorientação estratégica dos fundos comunitários ou o combate à corrupção, uma leitura do discurso de Montenegro nas entrelinhas.

Atar Pedro Nuno Santos a força de “bloqueio democrático”

  • “O Partido Socialista (…) deve ser claro e autêntico quanto à atitude que vai tomar: ser oposição democrática ou ser bloqueio democrático”

Após ter vencido as legislativas com a margem mais estreita de sempre, Luís Montenegro fez questão de assinalar logo no início do discurso que “cabe a todos os agentes políticos mostrar a sua maturidade e o seu grau de compromisso com a vontade dos portugueses”, expressa nas urnas a 10 de março. Da parte do novo Executivo deixou a promessa de que terá “humildade, espírito patriótico e capacidade de diálogo” e lançou a frase que marcou a intervenção inaugural: “Este Governo está aqui para governar os quatro anos e meio da legislatura”.

Algo que, numa referência às palavras do secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, logo na noite eleitoral, em que se prontificou a liderar a oposição, Montenegro avisou esperar também das restantes bancadas parlamentares. “Em particular o Partido Socialista, que governou 22 dos últimos 28 anos, apesar da sua legitimidade em se constituir como fiscalizador da ação do Governo e em alternativa futura, que compreendemos com total respeito democrático, deve ser claro e autêntico quanto à atitude que vai tomar: ser oposição democrática ou ser bloqueio democrático”, advertiu.

Viabilizar Governo implica executar programa até final do mandato

  • “A investidura parlamentar, nestas circunstâncias, só pode significar que as oposições vão respeitar o princípio de nos deixarem trabalhar e executar o Programa de Governo”.

“Deixem-nos trabalhar”. Já passaram mais de três décadas desde que foi proferida por Aníbal Cavaco Silva uma das frases que ficaram para a história da política nacional – o então primeiro-ministro aludia às críticas da oposição parlamentar e do Presidente da República, Mário Soares – e que Luís Montenegro retomou no discurso da tomada de posse, em que advertiu igualmente que o novo Executivo “não está aqui de turno”. “A investidura parlamentar, nestas circunstâncias, só pode significar que as oposições vão respeitar o princípio de nos deixarem trabalhar e executar o Programa de Governo”, sublinhou na cerimónia no Palácio da Ajuda.

Não podia ser mais direta a alusão à expressão que Cavaco gravou na pedra da política nacional e também à garantia que já foi deixada por Pedro Nuno Santos de que o PS não irá votar favoravelmente a moção de rejeição que o PCP apresentará ao programa de Governo da Aliança Democrática (AD), que será apresentado a 10 de abril e discutido nos dois dias seguintes. Algo que, interpreta o novo primeiro-ministro, “não significa apenas permitir o início da ação governativa [mas] a sua execução até ao final do mandato ou, no limite, até à aprovação de uma moção de censura”. Isto é, deixar passar os Orçamentos do Estado até haver uma coligação negativa entre o PS e o Chega.

“Cofres cheios” não abrem a torneira da despesa pública

  • “Temos a noção de que não ficámos um país rico só porque tivemos um superavit orçamental.

Foi um dos temas quentes na fase de transição de pastas, promete marcar o início da legislatura e não foi esquecido na tomada de posse. Luís Montenegro herda um excedente de 3,2 mil milhões de euros, o que representa 1,2% do PIB, acima do saldo orçamentado de 0,8% para 2023, mas o novo primeiro-ministro salienta que “não ficámos um país rico só porque tivemos um superavit orçamental” e que a “teoria dos ‘cofres cheios’ conduz à reivindicação desmedida e descontrolada de despesas insustentáveis”, além de que “[induzir] o país a pensar que não há necessidade de mudar estruturalmente a economia e o Estado porque afinal parece que está tudo bem”. Uma ideia “perigosa, errada e irresponsável”, avisou ainda.

Com as pressões para o aumento dos gastos públicos a chegarem de vários setores, dos professores aos polícias, Luís Montenegro procurou colocar um travão que já tinha sido ensaiado na véspera pelo PSD, através do presidente do conselho de jurisdição, José Matos Correia, de que o novo Executivo não poderá dar tudo a todos, nem tem essa “disponibilidade”, e deverá resistir a “satisfazer reivindicações corporativas”. E em linha com os avisos deixados pelos economistas, como Carlos Lobo, especialista em Finanças Públicas, de que o superavit “virtuoso” pode “tornar-se perigoso” ao subir a pressão para aumentos salariais e agravar o risco de desequilíbrios orçamentais.

Redução de impostos como medida de política económica

  • “Baixar os impostos não é uma benesse do Governo. Baixar os impostos é uma medida de política económica e justiça social.”

Habitação, saúde, educação, justiça, política externa. Durante os 30 minutos em que falou ao país, pela primeira vez desde a noite eleitoral, Luís Montenegro fez referência a várias áreas de governação, mas deixou uma nota mais estrutural e demorada à redução da carga fiscal prometida para a legislatura e em que assentou, aliás, o ambicioso cenário macroeconómico apresentado pela AD: economia a crescer 3,5%, dívida pública inferior a 90% do PIB, um ligeiro excedente orçamental, o emprego a crescer acima de 1% e as exportações mais de 4% até ao final da legislatura.

“Baixar os impostos não é uma benesse do Governo. Baixar os impostos é uma medida de política económica e justiça social. A carga fiscal elevada é um bloqueio à economia, à produtividade e ao sentimento de justiça”, assegurou o novo primeiro-ministro. Joaquim Miranda Sarmento, o novo ministro das Finanças, contabilizou durante a campanha, enquanto um dos mentores do programa económico com que a AD concorreu às legislativas, quanto custavam essas propostas fiscais: são 3 mil milhões que o Estado devolve aos portugueses com a redução do IRS, mais 1,5 mil milhões em IRC e há ainda 500 milhões através da conjugação de várias medidas na habitação.

Quais as principais medidas que constavam do programa eleitoral e que devem ser agora vertidas para o programa de Governo? Reduzir o IRS até ao 8.º escalão, através da redução das taxas marginais entre 0,5 pontos e três pontos face a 2023; isentar de impostos e contribuições os prémios de produtividade até ao limite de um vencimento mensal; reduzir em dois terços as taxas de IRS aplicáveis aos rendimentos dos jovens até aos 35 anos (com uma taxa mínima de 15%); atualizar os escalões de IRS e as tabelas de retenção na fonte em linha com a inflação e o crescimento da produtividade; e reduzir o IRC em dois pontos percentuais por ano até aos 15% no final da legislatura.

Tomada de posse do XXIV Governo Constitucional no Palácio da Ajuda - 02ABR24
Tomada de posse do XXIV Governo Constitucional no Palácio da AjudaHugo Amaral/ECO

Redesenhar aplicação dos fundos comunitários

  • “O PRR, como de resto os outros fundos, não pode ser mais uma oportunidade para desbaratar dinheiro público.

A execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), outro tema forte nas últimas semanas e que provocou uma troca de argumentos entre Luís Montenegro e Mariana Vieira da Silva, mereceu uma palavra especial na posse do primeiro-ministro. “O PRR, como de resto os outros fundos, não pode ser mais uma oportunidade para desbaratar dinheiro público. Tem de ser uma oportunidade de investimento reprodutivo que alicerce uma economia forte e resiliente”, apontou o chefe do novo Executivo, abrindo assim a porta a eventuais mexidas no desenho dos pacotes comunitários. Manuel Castro Almeida, que irá tutelar este dossiê, advertiu há dois anos para o uso sistemático de fundos europeus para pagar despesa corrente do Estado.

Na passagem de pastas, António Costa fez um ponto de situação do PRR que apontava para a necessidade de concluir seis metas e marcos para que o novo Governo possa pedir o quinto cheque da bazuca, que ascende a 2,88 mil milhões de euros líquidos. Mas, de acordo com o ponto de situação do quinto pedido de pagamento feito pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, há quatro reformas e um investimento que “não se encontram totalmente completos” e são classificados como “em estado crítico”. Mas há mais 24 metas e marcos que ainda não estão fechados, porque ainda se encontram na fase de recolha e/ou envio de evidências, para posterior submissão à Comissão Europeia.

“Abraçar” a agenda do Chega: corrupção, imigração e segurança

  • “Irei propor a todos os partidos com assento parlamentar a abertura de um diálogo com vista a uma fixar uma agenda ambiciosa, eficaz e consensual de combate à corrupção”.

No arranque de uma legislatura em que a bancada parlamentar do Chega, com um total e 50 deputados, poderá ser determinante para o sucesso e para a sobrevivência do Governo liderado pelo PSD, depois de ter conseguido mais de um milhão de votos nas legislativas, Montenegro fez uma incursão por temas que têm marcado o discurso do partido liderado por André Ventura, puxando-os para a agenda do novo Executivo. Desde logo, a imigração, dizendo que o país não pode estar “nem de portas fechadas, nem de portas escancaradas”, ou a insegurança, prometendo aos portugueses “zelar pela sua segurança e dos seus bens”.

No entanto, o principal destaque foi para o tema da corrupção, em que a AD tem “propostas ousadas e inovadoras” e outros partidos têm ideias que “merecem ser igualmente estudadas, discutidas e consideradas”. Anunciou que a nova ministra da Justiça vai avançar logo a seguir à investidura parlamentar com um diálogo formal com todas as forças políticas para “fixar uma agenda ambiciosa, eficaz e consensual de combate à corrupção”.

“O objetivo é, no prazo de dois meses, ter uma síntese de propostas, medidas e iniciativas que seja possível acordar e consensualizar, depois de devidamente testada a sua consistência, credibilidade e exequibilidade. A partir daí partiremos para a aprovação das respetivas leis, seja por proposta do Governo, seja por iniciativa do Parlamento”, detalhou Montenegro.

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Operação Influencer. Ministério Público já recebeu requerimento da defesa de Costa

  • ADVOCATUS
  • 3 Abril 2024

Na terça-feira, António Costa afirmou que quer ser ouvido “com a maior celeridade possível” pela justiça portuguesa no caso da Operação Influencer e que ia apresentar um requerimento.

O Ministério Público confirmou esta quarta-feira que já recebeu o requerimento por parte da defesa de António Costa junto do Supremo Tribunal de Justiça, avança a RTP. Isto depois de o primeiro-ministro cessante afirmar querer ser ouvido “com a maior celeridade possível” pela justiça portuguesa no caso da Operação Influencer.

“Dei instruções para hoje mesmo [o advogado] apresentar o requerimento junto do senhor coordenador do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça para que possam proceder à minha audição para se esclarecer qualquer dúvida que tenham”, disse António Costa, à saída da tomada de posse do novo executivo na terça-feira.

Não há nada pior do que haver uma suspeita e ela não ser esclarecida”, insistiu Costa, antes de acrescentar que “agora é tempo para que as suspeitas se esclareçam”. O ex-primeiro-ministro demitiu-se a 7 de novembro depois do seu nome ter sido citado num comunicado da Procuradoria-Geral da República sobre uma investigação judicial ao centro de dados de Sines e a negócios ligados ao lítio e hidrogénio.

Costa disse estar “totalmente disponível para colaborar com a justiça” e reiterou que “quem está sujeito a uma suspeição pública”, como a que existia sobre si, “deve preservar as instituições”.

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Nossa e União Zoófila desafiam portugueses adotar uma “obra-prima”

  • + M
  • 3 Abril 2024

A campanha "Adote uma Obra-Prima" é da Nossa para a União Zoófila e pode ser visitada no Museu de Arte Contemporânea / Centro Cultural de Belém nos dias 6 e 7 de abril.

Uma ação de sensibilização para o combate ao abandono animal vai assumir a forma de exposição. A campanha “Adote uma Obra-Prima” é da Nossa para a União Zoófila e pode ser visitada no Museu de Arte Contemporânea / Centro Cultural de Belém a 6 e 7 de abril.

A exposição mostra animais de companhia que foram retratados por artistas mundialmente famosos, como Rembrandt, Botticelli, Monet, Gauguin ou Renoir e que ficaram para sempre ao lado dos seus donos. “E se as pessoas evoluíram ao longo destes séculos, os animais continuam muito semelhantes e é possível encontrar hoje na União Zoófila, cães e gatos que parecem retirados destas obras-primas”, explica a agência de Nuno Cardoso.

“O abandono animal é cada vez mais um flagelo social, e poder contar com a criatividade, disponibilidade e a solidariedade de organizações como a Nossa ou o MAC/CCB é um grande passo para dar a estes animais de companhia a vida digna que tanto merecem”, diz Luísa Barroso, responsável da União Zoófila. “Não é todos os dias que conseguimos atrair a atenção do grande público e dar esta exposição toda aos cães e gatos que vivem na União Zoófila“, prossegue citada em comunicado.

Esta é uma oportunidade única e um exemplo perfeito de como a arte pode contribuir para causas tão nobres como o combate ao abandono animal. Quando este projeto nos foi apresentado, não hesitámos e, desde o primeiro segundo, demonstrámos disponibilidade para o receber nas nossas instalações”, acrescenta Rita Lougares, chief curator do MAC/CCB.

Para além da exposição, foi também criado um site no qual as obras podem ser revistas e onde se se pode saber mais sobre os animais disponíveis para adoção.

Ainda durante o mês de abril, as obras vão passar para a Mona Ideas Store | Art, estando depois prevista a sua passagem por outros museus.

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Sistema elétrico espanhol com excedente de 3.178 milhões de euros em 2023

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

As receitas totais do sistema elétrico espanhol no ano passado ascenderam a 17.478,3 milhões de euros.

O setor elétrico espanhol teve um excedente de cerca de 3.178 milhões de euros em 2023, de acordo com dados publicados pela Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) de Espanha.

As receitas totais do sistema elétrico espanhol no ano passado ascenderam a 17.478,3 milhões de euros, enquanto os custos foram 14.360,7 milhões de euros.

A procura por parte dos consumidores foi de 219.895 gigawatts (GWh).

Segundo a CNMC, estes dados relativos a 2023 são ainda provisórios e os números definitivos deverão ser calculados dentro de alguns meses.

 

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Estado tem 43 mil prédios rústicos e 17.500 urbanos inscritos na Autoridade Tributária

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

Segundo o anterior Governo, dos imóveis do Estado 9.989 prédios estão afetos à habitação e 4.506 afetos a serviços.

O Estado português tem 42.990 prédios rústicos e 17.445 prédios urbanos inscritos na matriz da Autoridade Tributária, a grande maioria afetos a habitação e serviços, segundo informação enviada pelo anterior executivo ao parlamento.

Em resposta a uma pergunta da Iniciativa Liberal (IL) sobre os imóveis registados na base de dados da inscrição matricial da Autoridade Tributária (AT), o anterior Ministério das Finanças informa que se encontram inscritos em nome do Estado português um total de 42.990 prédios rústicos e 17.455 prédios urbanos.

Segundo a resposta assinada pela chefe de gabinete do anterior ministro das Finanças, Fernando Medina, o Estado tem 9.989 prédios afetos à habitação e 4.506 afetos a serviços. Do total de prédios urbanos, 1.276 são afetos a arrecadações e arrumos, 925 a armazéns e atividade industrial, 331 afetos a comércio e 266 a estacionamento coberto ou não coberto.

Os prédios afetos a comércio e serviços em construção industrial são os em menor número (50), enquanto os que não têm afetação totalizam 102.

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Wells lançou a sua primeira campanha sem cookies pela mão da Arena Media

  • + M
  • 3 Abril 2024

Esta solução - introduzida agora pela Arena Media em Portugal -  é o terceiro projeto a ser implementado pelo grupo a nível internacional.

A recente campanha da Wells que visa reforçar o seu posicionamento pelo bem-estar da mulher é a primeira campanha institucional da marca com segmentações que não recorreram ao uso de third-cookies (dados de navegação dos utilizadores recolhidos e partilhados com terceiros). Ao invés disso, foi utilizado o Converged, plataforma de gestão de audiências da Havas Media Network.

Desde novembro de 2023 – altura em que a Arena Media apresentou uma visão estratégica para o uso de dados para a Wells – que a agência do grupo Havas tem vindo a recolher no Converged dados de first-party (dados recolhidos diretamente junto dos clientes), que incluem perfis de navegação no site, clientes impactados por campanhas de display & video, search e campanhas de email marketing.

Para esta nova campanha institucional da Wells, a Arena Media colocou pela primeira vez em prática esta estratégia e utilizou informação zero party data (dados que os consumidores partilham de forma proativa e intencional), proveniente de dados de painel da YouGov, de forma a definir as audiências a serem impactadas, nas plataformas da Meta e programático.

Essas audiências foram posteriormente replicadas com o uso de inteligência artificial no Converged, numa solução inovadora e única a nível mundial, utilizando segmentos e atributos de Meta”, que foram depois ativadas no Facebook e Instagram, explica-se em nota de imprensa.

Em termos de engagement e cobertura, os resultados “têm sido notáveis, inclusive com redução de custos logo no início da campanha, demonstrando a eficácia desta estratégia e conduzindo a que a mesma abordagem esteja já a ser implementada noutras campanhas da Wells”, lê-se na mesma nota de imprensa.

Numa altura em que o futuro do marketing digital parece cada vez mais passar pelo fim da utilização de cookies, a Havas Media Network pretende assim “reafirmar o seu compromisso com a inovação”, preparando os seus clientes para “enfrentar os desafios futuros do marketing digital, independentemente das mudanças no panorama tecnológico”.

É muito gratificante estarmos a utilizar as soluções mais inovadoras a nível mundial com clientes portugueses e que a Arena Media esteja a liderar e garantir que os seus clientes estejam preparados para o futuro cookieless, com esta ferramenta exclusiva, o Converged”, diz Miguel Serrão, head of digital da Havas Media Network, citado em comunicado.

Esta solução cookieless, agora introduzida em Portugal, é o terceiro projeto a ser implementado no universo internacional Havas.

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Albufeira lança medidas para reduzir consumos de água

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

O objetivo “é que todos tomem consciência da gravidade da situação e adotem os comportamentos adequados”. Apesar da chuva registada na última semana, o Algarve continua em situação de seca.

A Câmara de Albufeira, no distrito de Faro, vai lançar um conjunto de medidas para promover a redução do consumo de água e comportamentos que conduzam a uma gestão mais eficaz dos recursos hídricos, foi anunciado esta quarta-feira. Num comunicado, o município indicou que adotou um conjunto de 23 medidas que visam dar resposta à situação de seca hidrológica em que se encontra a região do Algarve, cuja “explicação detalhada vai ser enviada à população com a próxima fatura da água”.

O objetivo “é que todos tomem consciência da gravidade da situação e adotem os comportamentos adequados”, pois apesar da chuva registada na última semana, o Algarve continua em situação de seca hidrológica extrema, “com níveis baixíssimos de água subterrânea e reservas superficiais”, lê-se na nota. “Se não houver uma redução efetiva dos consumos, o fornecimento de água à população e às empresas fica seriamente comprometido, com enormes prejuízos para as famílias e para a economia local”, alertou o presidente da Câmara de Albufeira, José Carlos Rolo, citado na nota.

Entre as medidas para promover a redução dos consumos, a autarquia vai disponibilizar “de forma gratuita, um serviço de auditoria e aconselhamento aos maiores consumidores de água do concelho”. A medida, aponta, “visa sensibilizar para a necessidade de substituir plantas que exigem elevado consumo de água, por espécies vegetais autóctones, mediterrânicas e resilientes às alterações climáticas”.

O projeto de colaboração gratuito com os grandes consumidores, para o qual vão ser disponibilizados os serviços técnicos de arquitetura paisagista e gestão de rega municipais, pretende apoiar as unidades hoteleiras com espaços verdes e fazer um diagnóstico e aconselhamento relativamente às zonas relvadas existentes nas propriedades.

“A equipa técnica começa por fazer uma auditoria ao local, após o que irá sugerir planos de plantação, equipamentos de rega e espécies de baixa necessidade hídrica, de acordo com a natureza e arquitetura das zonas ajardinadas”, realça a autarquia. O serviço é gratuito mas está sujeito a marcação prévia através do endereço eletrónico [email protected]

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Fórum para a Competitividade vê PIB a crescer entre 1% e 1,3% no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

“O facto de o PIB ter um crescimento de 1,5% em cadeia no 1.º trimestre de 2023, um valor excecional, ditará agora um forte abrandamento do PIB homólogo”, refere o Fórum.

O Fórum para a Competitividade estima que a economia portuguesa tenha crescido entre 1% e 1,3% no primeiro trimestre do ano face ao período homólogo, de acordo com a nota de conjuntura divulgada esta quarta-feira. Os economistas do Fórum para a Competitividade apontam para uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em termos homólogos e em cadeia.

Segundo a nota de conjuntura, o crescimento homólogo do PIB desacelerou de 2,2% para entre 1% e 1,3% no primeiro trimestre e em cadeia de 0,8% para entre 0,3% e 0,6%. “O facto de o PIB ter um crescimento de 1,5% em cadeia no 1.º trimestre de 2023, um valor excecional, ditará agora um forte abrandamento do PIB homólogo”, refere.

O Fórum sublinha que se assiste “a uma nova deterioração da conjuntura externa, ainda que limitada”.

“No entanto, espera-se também que as condições melhorem a partir do segundo semestre de 2024, com a ajuda da descida das taxas de juro do BCE [Banco Central Europeu], devendo o próximo ano ser já de um desempenho próximo da tendência”, antevê.

Segundo o fórum, a incerteza política terá custos económicos, sobretudo com “o adiamento de projetos de investimento, em particular daqueles que dependem de autorizações governamentais”.

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Governo cessante publica nova plataforma de resolução alternativa de litígios

A RAL+ pretende promover o recurso a meios de resolução alternativa de litígios, permitindo dar início online a processos de mediação familiar ou laboral, ou em julgados de paz.

O decreto-lei que cria e regula a Plataforma RAL+ foi publicado esta quarta-feira em Diário da República. Esta plataforma digital pretende promover o recurso a meios de resolução alternativa de litígios, permitindo dar início online a processos de mediação familiar ou laboral, ou em julgados de paz.

“Os meios de resolução alternativa de litígios, nomeadamente a mediação, os julgados de paz e a arbitragem, têm sido, ao longo das últimas décadas, uma das áreas em que se tem investido para melhorar o sistema de justiça em Portugal”, refere o Governo cessante.

Com a pretensão de continuar a apostar nestes meios de resolução alternativa de litígios, o Executivo criou assim a Plataforma RAL+, que servirá a gestão e funcionamento dos diferentes meios de resolução alternativa de litígios geridos ou apoiados pelo Ministério da Justiça – sistemas públicos de mediação familiar e laboral, julgados de paz e centros de arbitragem de conflitos de consumo que integram a rede de arbitragem de consumo.

“A criação desta plataforma vem ao encontro do disposto no Programa do Governo do XXIII Governo Constitucional, no qual se prevê, designadamente, que nos processos onde estejam em causa conflitos comuns na vida dos cidadãos, alguns de resolução especialmente urgente, o sistema de justiça assegura respostas muito rápidas, a custos reduzidos, nomeadamente através dos julgados de paz ou de outros sistemas de resolução alternativa de litígios, bem como a criação de condições para a modernização da rede de centros de arbitragem de consumo, designadamente através da criação de uma plataforma digital para resolução alternativa de litígios”, lê-se no decreto-lei.

O Governo pretende assim aproximar os cidadãos e empresas da justiça, tornando possível a prática de um conjunto de atos de forma desmaterializada.

Através da via online, os cidadãos passam a poder pedir informações sobre o funcionamento dos meios de resolução alternativa de litígios, iniciar os diferentes procedimentos ou processos, como de mediação familiar, laboral e processos nos julgados de paz e nos centros de arbitragem de conflitos de consumo, e consultar os processos de resolução alternativa de litígios em que estejam envolvidos.

Com a RAL+, o Governo acredita que irá aumentar a eficiência, eficácia e transparência dos sistemas públicos de mediação familiar e laboral, dos julgados de paz e dos centros de arbitragem de conflitos de consumo. A plataforma vai ainda permitir a redução de custos para os intervenientes.

“Ao mesmo tempo será possível monitorizar, em tempo real, a atividade destes meios de resolução alternativa de litígios, uma vez que a plataforma recolhe indicadores e estatísticas sobre a atividade, produzindo informação analítica que permite suportar a gestão e o rigoroso controlo contabilístico”, revelam.

Nos julgados de paz e nos centros de arbitragem de conflitos de consumo a disponibilização da RAL+ será feita de forma faseada, “de modo a permitir um acompanhamento mais próximo da utilização da plataforma pelas diferentes categorias de utilizadores, nos julgados de paz e centros de arbitragem de consumo, pela entidade gestora da plataforma”.

O que se pode fazer na RAL+?

A Plataforma RAL+ vai permitir a prática de atos e a consulta dos procedimentos e processos, a comunicação com outros sistemas de informação no âmbito da tramitação dos procedimentos e dos processos e a recolha e tratamento de dados estatísticos e indicadores de gestão. A plataforma terá ainda mecanismos de apoio à tramitação dos procedimentos e dos processos, designadamente de automatização de atos e de comunicações.

A todos estes atos terão acesso as partes dos processos, os mandatários, outros representantes legais das partes, o juízes de paz, trabalhadores e mediadores – que exerçam funções nos julgados de paz –, mediadores e trabalhadores que exerçam funções nos sistemas públicos de mediação familiar e laboral, árbitros, trabalhadores, diretores e mediadores que exerçam funções nos centros de arbitragem de conflitos de consumo que integram a rede de arbitragem de consumo, conservadores de registo civil, presidentes de comissões de proteção de crianças e jovens, entidades de fiscalização e supervisão, e a DGPJ.

Com o decreto-lei é assim regulado o sistema de informação de suporte à gestão e tramitação dos procedimentos nos sistemas públicos de mediação familiar e laboral e dos procedimentos e dos processos nos julgados de paz e nos centros de arbitragem de conflitos de consumo que integram a rede de arbitragem de consumo.

O desenvolvimento da RAL+ compete ao Ministério da Justiça e a sua gestão à Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ). O Ministério da Justiça será responsável pela promoção dos meios de resolução alternativa de litígios.

Todos os procedimentos e processos tramitados na Plataforma RAL+ são feitos por via eletrónica.

Em caso de indisponibilidade da Plataforma RAL+, os atos dos diversos utilizadores podem excecionalmente ser praticados de duas formas. No caso dos procedimentos nos sistemas públicos de mediação familiar e laboral, pode ser feito via recurso aos meios de comunicação eletrónica admitidos por despacho do diretor-geral da Política de Justiça. Já no caso dos procedimentos e dos processos nos julgados de paz e nos centros de arbitragem de conflitos de consumo com recurso aos meios admitidos pelo juiz de paz ou pelo diretor do centro de arbitragem.

“Logo que cesse a indisponibilidade a que se refere o número anterior, os atos praticados são registados na Plataforma RAL+ e inseridos os respetivos documentos”, explicam.

Segundo o decreto-lei, para efeitos de tramitação pode haver comunicação de dados entre a Plataforma RAL+ e os sistemas de informação de suporte à atividade dos tribunais, dos serviços do Ministério Público, dos serviços de registo civil, das comissões de proteção de crianças e jovens e dos serviços de informação das estatísticas da justiça, bem como com quaisquer outros sistemas previstos no artigo 37.º da Lei n.º 34/2009, de 14 de julho.

“A Plataforma RAL+ garante a integralidade, autenticidade e inviolabilidade dos procedimentos e dos processos que aí são tramitados e da demais informação que contenha, bem como o respeito pelos regimes de sigilo aplicáveis, pelo regime de proteção e tratamento de dados pessoais e pelas normas de segurança e de acesso à informação e de disponibilidade técnica legalmente estabelecidas”, sublinham. Assim, para aceder à plataforma é preciso fazer uma autenticação do utilizador.

Já o prazo de conservação dos dados é de 20 anos, contados a partir do arquivo administrativo. Para fins de arquivo de interesse público, devem ser conservados sem limite de prazo: a decisão final; e os acordos e eventuais decisões de homologação que hajam ocorrido, com registo na plataforma.

“O decreto-lei aplica-se, numa primeira fase, aos procedimentos nos sistemas públicos de mediação familiar e laboral e aos procedimentos e processos nos julgados de paz do Oeste, do concelho de Sintra, do concelho de Vila Nova de Poiares, do concelho de Santo Tirso e do agrupamento de concelhos de Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande e Penela”, revelam.

A lei aplica-se ainda aos procedimentos e processos nos julgados de paz do concelho de Terras de Bouro, do concelho da Trofa, do agrupamento dos concelhos de Aguiar da Beira, Penalva do Castelo, Sátão, Trancoso e Vila Nova de Paiva, do agrupamento dos concelhos de Tarouca, Armamar, Castro Daire, Lamego, Moimenta da Beira e Resende, e do concelho de Miranda do Corvo, 45 dias após a data da publicação.

O decreto-lei aplica-se aos “procedimentos e processos nos demais julgados de paz a partir de 1 de setembro de 2024” e aos “procedimentos e processos nos centros de arbitragem de conflitos de consumo que integram a rede de arbitragem de consumo a partir de 1 de outubro de 2024”.

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Praça Martim Moniz será um novo jardim

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  • 3 Abril 2024

O projeto de requalificação da Praça Martim Moniz, em elaboração, vai criar um novo jardim para a população. Em abril, a praça terá em exposição imagens de todos os projetos que foram a concurso.

A Praça Martim Moniz foi objeto de um concurso público internacional, de março a junho de 2023, que recebeu 21 propostas. O projeto vencedor, selecionado por um júri de especialistas e aprovado em reunião da Câmara Municipal de Lisboa em 2023, foi desenvolvido pelas arquitetas Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis Pacheco, numa adjudicação por ajuste direto de 462 mil euros.

O projeto, denominado “Jardim do Mundo”, tem um orçamento global previsto para a intervenção de sete milhões e setecentos mil euros e assenta nos seguintes eixos: revelar a história, resgatar o vale, ter um novo jardim para as pessoas, vivo e enraizado na cidade, e fundado num solo do mundo.

Para isso, a requalificação irá apostar na criação de um amplo espaço verde, em homenagem aos terrenos agrícolas que em tempos ali existiram, mas respeitando o património histórico da Cerca Fernandina, e da Porta da Mouraria. De referir, ainda, que este projeto teve origem num processo participativo, no qual a população manifestou vontade de criar um jardim na praça do Martim Moniz.

O “Jardim do Mundo” é o “resultado de um processo de participação pública”, assinalou Joana Almeida, vereadora do Urbanismo, que reforçou o “desejo forte” da população de ter um novo jardim para o centro da cidade, “com a melhoria da circulação rodoviária, a redução do ruído, a promoção da acessibilidade pedonal e o aumento da segurança “.

Foram entregues 20 propostas no prazo estabelecido, das quais 17 apresentaram condições de ser analisadas e poderão ser vistas, até dia 15 de abril, numa exposição que estará a decorrer na Praça Martim Moniz, que deverá estar concluída em 2027.

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Time Out Market chega ao Porto em maio com 12 restaurantes e uma torre de 21 metros

  • Lusa
  • 3 Abril 2024

Projeto construído na ala sul da Estação de São Bento soma 16 espaços, incluindo 12 restaurantes, dois bares e uma torre de 21 metros em ferro e vidro.

O Time Out Market, em S. Bento, no Porto, cuja abertura chegou a estar prevista para o final de 2023, vai ser inaugurado em maio, pretendendo afirmar-se como “um novo centro gastronómico e cultural da cidade”, foi anunciado esta quarta-feira.

“O Time Out Market é um conceito que valoriza e celebra o melhor do Porto e estamos muito entusiasmados por, em breve, abrirmos portas. Selecionámos chefs premiados, restaurantes reconhecidos e alguns tesouros locais – todos representam a incrível cena gastronómica do Porto. Reunimo-los num espaço único, renovado por Souto de Moura, um dos maiores nomes da arquitetura nacional. Estamos dedicados a fazer do Time Out Market Porto um novo centro gastronómico e cultural da cidade e uma mais-valia para a baixa portuense”, afirma Inês Santos Almeida, diretora-geral do Time Out Market Porto, citada em comunicado.

Estamos dedicados a fazer do Time Out Market Porto um novo centro gastronómico e cultural da cidade e uma mais-valia para a baixa portuense.

Inês Santos Almeida

Diretora-geral do Time Out Market Porto

O projeto de arquitetura da autoria do portuense e Pritzker Eduardo Souto Moura, ocupa uma área de cerca de dois mil metros quadrados onde vão funcionar 16 espaços: 12 restaurantes, dois bares e uma torre com duas unidades com vista privilegiada sobre a cidade e um espaço exterior.

A torre de 21 metros em ferro e vidro – considerada “intrusiva” pela Unesco – é inspirada nos reservatórios de água elevados que existiam junto às estações ferroviárias.

Numa informação remetida à Lusa, a Time Out refere que o dia exato será anunciado em breve, assim como os restantes nomes que vão marcar presença na ala sul da centenária Estação de S. Bento.

A abertura do Time Out Market chegou a estar prevista para os meses de novembro ou dezembro de 2023, contudo, acabou por ser adiada. À data, o gabinete de comunicação da Time Out justificava o adiamento com a dimensão do projeto em causa.

O projeto do Time Out Market para a ala sul da Estação de São Bento, cujas obras avançaram em março de 2023, implicou um investimento na ordem dos 7,5 milhões de euros e a recuperação do edifício existente, anteriormente utilizado como zona de apoio à estação, assim como o espaço exterior.

Construída ao lado do edifício principal, a torre de 21 metros, em ferro e vidro, é “a grande peça central e fundamental” do projeto que, no respeito pela DNA do edifício, acaba por ser “uma renovação”, salientava em declarações à Lusa, em agosto de 2023, a vice-presidente para a Península Ibérica Ana Alcobia.

À data, a responsável afirmava ainda não temer o regresso da contestação em torno da construção da torre, mostrando-se confiante que “instalação” de Souto Moura irá ser entendida como “uma peça de arte”.

Aquando do seu anúncio, em 2016, o projeto foi alvo de críticas, tendo o seu promotor, em 2017, ano para o qual estava pensada a sua abertura, decidido suspender a apreciação do Pedido de Informação Prévia relativo ao mercado que pretendiam instalar na Estação de S. Bento, depois de críticas do então vereador do Urbanismo, Rui Losa, que apelidou de “inqualificável” a proposta da Time Out para a estação, classificada como monumento nacional.

Envolto em polémica desde então, o projeto viria a ser aprovado, em maio 2019, pela Direção-Geral do Património Cultural, apesar das críticas do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – ICOMOS, órgão consultivo da UNESCO para o património, que recomendou que o projeto não fosse aceite.

Num primeiro parecer, de 02 de abril de 2018, o ICOMOS defendia que o projeto era um “exemplo de demolição excessiva” e “fachadismo” e não tinha “em conta as recomendações internacionais em matéria de intervenção sobre património construído”.

Sobre a torre de 21 metros, considerava que “não teria impacto visual no meio envolvente”, uma vez que, “na sua cota máxima, não ultrapassa a cota da gare”, posição que viria a alterar após informações adicionais, recomendando a sua redução.

Em janeiro de 2021, o projeto surgiu como uma das 14 obras ou projetos que punham em risco o valor patrimonial do Centro Histórico do Porto classificado como património mundial desde 1996, incluído no mais recente Relatório Mundial sobre Monumentos e Sítios em Perigo.

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